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Matéria: LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO PRF
Professor: MORGANA DIEFENTHAELER
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1- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO EDITAL
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO: 1 Lei nº 9.503/1997 e suas alterações (institui o
Código de Trânsito Brasileiro - CTB). 2 Decreto nº 4.711/2003(dispõe sobre a
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT). 3 Resoluções do Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN) e suas alterações: 04/1998; 14/1998;
24/1998; 26/1998; 32/1998; 36/1998; 92/1999; 110/2000; 160/2004;
197/2006; 205/2006; 210/2006; 211/2006; 216/2006; 227/2007 (exceto os
seus anexos); 231/2007; 242/2007; 253/2007; 254/2007; 258/2007;
268/2008; 273/2008; 277/2008; 289/2008; 290/2008; 292/2008; 349/2010;
356/2010; 360/2010; 371/2010 (exceto as fichas); 396/2011; 432/2013;
441/2013; 453/2013; 471/2013; 508/2014; 520/2015; 525/2015; 552/2015;
561/2015 (exceto as fichas)
2- QUESTÕES COMENTADAS
Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa
automobilística com seus veículos, fazendo manobras arriscadas, em via
pública, sem que tivessem autorização para tanto. Nessa contenda, houve
colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de natureza grave em
um transeunte.
Considerando a situação hipotética apresentada e o disposto no Código de
Trânsito Brasileiro, julgue os itens a seguir.
51: Godofredo e Antônio responderiam por crime de trânsito
independentemente da lesão corporal causada, pois a conduta de ambos gerou
situação de risco à incolumidade pública.
Gabarito: Certo
Comentário: O crime de racha, em si mesmo, é tipificado como crime de
trânsito pelo CTB:
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida,
disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:
Ainda, não restam dúvidas de que a situação exposta na questão de fato gerou
risco à incolumidade pública, haja vista que a disputa foi realizada em via
pública e com manobras arriscadas.
52: Godofredo e Antônio estão sujeitos à pena de reclusão, em razão do
resultado danoso da conduta delitiva narrada.
Gabarito: Certo
Comentário: Primeiramente, note que, ao contrário da questão anterior, esta
questão pede que você considere a situação narrada em sua totalidade.
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Tendo isto em mente, podemos afirmar que o crime cometido por ambos foi a
forma qualificada do crime, cuja pena é de reclusão:
Art. 308 [...]
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza
grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem
assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3
(três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
53: Por se tratar de lesão corporal de natureza culposa, é vedada a instauração
de inquérito policial para apurar as condutas de Godofredo e Antônio, bastando
a realização dos exames médicos da vítima e o compromisso dos autores em
comparecer a todos os atos necessários junto às autoridades policial e judiciária.
Gabarito: Errado
Comentário: A pena mínima para o crime cometido é de 3 anos de reclusão,
logo, é afastada a aplicação da lei nº 9.099/99, não se considerando o crime
como de menor potencial ofensivo, sendo necessária a instauração de inquérito
policial e não sendo possível a apuração dos fatos mediante termo
circunstanciado.
Ainda, veja o teor do art. 291 do CTB, o qual dispõe que quando a lesão corporal
culposa for ocasionada por racha, mesmo que não seja de natureza grave (e,
portanto, não configure a forma qualificada do crime), será instaurado inquérito:
Art. 291 [...]
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos
arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente
estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de
veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50
km/h (cinqüenta quilômetros por hora).
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado
inquérito policial para a investigação da infração penal.
Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética
de crime de trânsito, seguida de uma assertiva a ser julgada, com base no
disposto no Código de Trânsito Brasileiro.
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54: Lucas, motorista de ônibus, quando dirigia seu coletivo, atropelou e matou,
culposamente, uma pedestre. Sávio, ao conduzir seu veículo em um passeio
com a família, atropelou culposamente, na faixa de pedestre, uma pessoa, que
faleceu no mesmo instante. Severino, ao dirigir seu veículo, atropelou
culposamente uma transeunte que estava na calçada; ela morreu em seguida.
Nessas situações, Lucas, Sávio e Severino responderão por crime de trânsito,
cujas penas poderão, pelas circunstâncias fáticas, ser aumentadas até a
metade, e suas habilitações para dirigir deverão ser suspensas.
Gabarito: Certo
Comentário: A questão se refere às formas majoradas do crime de trânsito de
homicídio culposo:
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros.
Note que o artigo 302 refere que a pena é a detenção e a suspensão/proibição.
QUESTÃO CONTROVERSA – POSSIBILIDADE DE RECURSO
1) A assertiva refere que os cidadãos da questão terão, obrigatoriamente, as
suas habilitações para dirigir suspensas. Ocorre que o art. 302 prevê, como
pena obrigatória, a suspensão do direito de dirigir OU A PROIBIÇÃO de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
A questão não deixa claro se Sávio e Severino já possuíam habilitação para
dirigir, de forma que, se eles não possuíssem, a pena obrigatória não seria a
suspensão da habilitação (por impossibilidade fática), mas sim, a de proibição.
Neste sentido, o termo “obrigatoriamente” torna a questão errada, pela falta de
informações suficientes a respeito de Sávio e Severino que permitam afirmar
que eles já possuíam uma habilitação.
2) Ademais, a questão refere que “penas poderão, pelas circunstâncias fáticas,
ser aumentadas até a metade” . Ocorre que a forma majorada do crime de
homicídio culposo de trânsito prevê que a pena será aumentada DE 1/3 (UM
TERÇO) ATÉ A METADE, conforme o art. 302, §1º, do CTB.
Ou seja, dizer que a pena poderá ser aumentada até a metade é incorreto, na
medida que o artigo do CTB diz que este aumento deverá ser de no mínimo,
1/3. Esta informação é omitida pela questão, dando a entender que a pena
poderia ser aumentada, por exemplo, em ¼, situação não prevista pelo CTB.
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55: Alfredo, conduzindo seu veículo automotor sem placas, atropelou um
pedestre. Alessandro, dirigindo um veículo de categoria diversa das que sua
carteira de habilitação permitia, causou lesão corporal culposa em um
transeunte, ao atingi-lo. Nessas situações, as penas impostas a Alfredo e a
Alessandro serão agravadas, devendo o juiz aplicar as penas-base com especial
atenção à culpabilidade e às circunstâncias e consequências do crime.
Gabarito: Certo
Comentário: A questão trata das agravantes genéricas previstas pelo art. 298
do CTB, para as quais não é previsto um valor mínimo ou máximo de aumento,
devendo ser ponderadas, pelo Juiz, a culpabilidade e as circunstâncias e
consequências do crime:
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de
trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave
dano patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria
diferente da do veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo
com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a
pedestres.
56: Felipe, ao violar a suspensão para dirigir, foi flagrado e autuado pela
autoridade competente, em operação de fiscalização, conduzindo seu veículo
automotor em via pública. Nessa situação, Felipe responderá por crime de
trânsito e poderá receber como pena nova imposição adicional de suspensão
pelo dobro do primeiro prazo, sendo vedada a substituição de pena privativa de
liberdade por restritiva de direito, em razão da natureza da infração.
Gabarito: Errado
Comentário: O crime de dirigir com a CNH suspensa está previsto no art. 307
do CTB:
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Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste
Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional
de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Há duas informações equivocadas na assertiva.
A primeira é que a nova suspensão será estabelecida pelo mesmo prazo que a
anterior, e não pelo dobro.
Ainda, há a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, caso o infrator contemple os requisitos previstos pelo art.
44 do CP:
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas
de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime
não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja
a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente.
57: Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou um transeunte,
causando-lhe ferimentos leves. Luciano não prestou socorro à vítima nem
solicitou auxílio da autoridade pública. Nessa situação, a conduta de Luciano
será considerada atípica caso um terceiro tenha prestado apoio à vítima em seu
lugar.
Gabarito: Errado
Comentário: O crime de omissão de socorro não é afastado quando a vítima é
socorrida por terceiros:
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar
imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa,
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir
elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo,
ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com
morte instantânea ou com ferimentos leves.
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Wellington, maior e capaz, sem habilitação ou permissão para dirigir veículo
automotor, tomou emprestado de Sandro, também maior e capaz, seu veículo,
para visitar a namorada em um bairro próximo àquele onde ambos residiam.
Sandro, mesmo ciente da falta de habilitação de Wellington, emprestou o
veículo.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens que se seguem,
à luz do Código de Trânsito Brasileiro.
58: Sandro responderá por crime de trânsito somente se condução de
Wellington causar perigo de dano.
Gabarito: Errado
Comentário: Enquanto a conduta de Wellington é crime de trânsito de perigo
concreto, a conduta de Sandro é de perigo abstrato, não exigindo que seja
gerado perigo de dano:
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo
de dano:
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a
pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de
dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou
mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com
segurança:
59: Wellington responderá por crime de trânsito, independentemente de gerar
perigo de dano ao conduzir o veículo.
Gabarito: Errado
Comentário: A conduta de Wellington é crime de trânsito de perigo concreto,
exigindo o art. 309 que haja perigo de dano para que seja configurado o crime:
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo
de dano:
Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética
relativa a infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
60: Dirigindo seu veículo automotor, Caio foi abordado por policial rodoviário
federal, que constatou que a validade de sua carteira nacional de habilitação
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estava vencida havia mais de trinta dias. Nessa situação, Caio será multado,
sua carteira de habilitação será recolhida e seu veículo será removido.
Gabarito: Errado
Comentário: A medida administrativa primária prevista pelo art. 162 do CTB é
a de retenção, e não de remoção:
Art. 162. Dirigir veículo:
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta
dias:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e
retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;
Somente seria cabível a remoção do veículo caso não se apresentasse, no local,
condutor habilitado, nos termos do art. 270, §4º, do CTB.
61: Um policial rodoviário federal abordou o condutor de um veículo por dirigir
sem usar o cinto de segurança. Nessa situação, depois de aplicar multa, o
policial poderá reter o veículo somente até a colocação do cinto pelo motorista,
se não constatar outra infração de trânsito.
Gabarito: Certo
Comentário: QUESTÃO CONTROVERSA – CABE RECURSO
A questão utilizou, em sua redação, uma expressão popular: “depois de aplicar
a multa, o policial [...]”.
O policial, como agente de trânsito, não pode, tecnicamente, aplicar
multa em ninguém.
Esta competência é exercida com exclusividade pela Autoridade de Trânsito,
após regular processo administrativo, e não pelo agente de trânsito no momento
da abordagem, nos termos do art. 256, II, do CTB:
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas
neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele
previstas, as seguintes penalidades:
II - multa;
Uma possibilidade para tornar a expressão correta seria: “depois de lavrar o
auto de infração de trânsito, o policial [...]” ou “depois de realizar a autuação,
o policial [...]” termos que foram inclusive utilizados com propriedade em outras
questões da prova, senão vejamos:
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“Se um policial rodoviário federal autuar, por infração de trânsito, um condutor
de veículo em circulação no Brasil, mas licenciado no exterior, o infrator deverá
pagar a multa no país de origem do licenciamento do automóvel, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.”
“Haja vista o horário e o local da vistoria, bem como as condições de transporte
do veículo, o policial rodoviário federal deverá lavrar auto de infração pelo
descumprimento da restrição de tráfego, cabendo a aplicação de penalidades
previstas no CTB.”
Se a questão tivesse sido formulada desta forma, estaria, de fato, correta, pois
o art. 167 do CTB prevê que é infração grave deixar de usar o cinto, cabendo a
penalidade de multa e a retenção do veículo até que o cinto seja colocado
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança,
conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.
62: Márcio conduzia seu veículo automotor produzindo fumaça em níveis
superiores aos legalmente permitidos. Nessa situação, conforme o nível de
fumaça exalada, a conduta de Márcio pode configurar tanto infração
administrativa como crime de trânsito.
Gabarito: Errado
Comentário: Não há tipificação de crime de trânsito para a conduta de conduzir
veículo automotor produzindo fumaça em níveis superiores aos legalmente
permitidos.
63: O condutor estacionou o seu veículo sem observar a distância máxima
permitida de afastamento da guia da calçada. Nessa situação, o condutor poderá
ser multado e seu veículo, removido.
Gabarito: Certo
Comentário: Esta é a penalidade (multa) e a medida administrativa para a
infração de estacionar o veículo sem observar as distâncias previstas para a
guia da calçada:
Art. 181. Estacionar o veículo:
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro:
Infração - leve;
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Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
64: O condutor de um veículo foi abordado por policial rodoviário federal depois
de ultrapassar outro veículo pelo acostamento. Nessa situação, o policial poderá
multar o condutor, mas não poderá reter nem remover o seu veículo.
Gabarito: Certo
Comentário: QUESTÃO CONTROVERSA – CABE RECURSO
A questão utilizou, em sua redação, uma expressão popular: “o policial poderá
multar o condutor”.
O policial, como agente de trânsito, não pode, tecnicamente, multar
ninguém.
Esta competência é exercida com exclusividade pela Autoridade de Trânsito,
após regular processo administrativo, e não pelo agente de trânsito no momento
da abordagem, nos termos do art. 256, II, do CTB:
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas
neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele
previstas, as seguintes penalidades:
II - multa;
Uma possibilidade para tornar a expressão correta seria: “o policial poderá
autuar o condutor” ou “o policial poderá lavrar o auto de infração”, termos que
foram inclusive utilizados com propriedade em outras questões da prova, senão
vejamos:
“Se um policial rodoviário federal autuar, por infração de trânsito, um condutor
de veículo em circulação no Brasil, mas licenciado no exterior, o infrator deverá
pagar a multa no país de origem do licenciamento do automóvel, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.”
“Haja vista o horário e o local da vistoria, bem como as condições de transporte
do veículo, o policial rodoviário federal deverá lavrar auto de infração pelo
descumprimento da restrição de tráfego, cabendo a aplicação de penalidades
previstas no CTB.”
Se a questão tivesse sido formulada desta forma, estaria, de fato, correta, pois
o art. 202, I, prevê que é infração gravíssima ultrapassar pelo acostamento,
cabendo a penalidade de multa (5x) e nenhuma medida administrativa.
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Com base no disposto no Código de Trânsito Brasileiro, julgue os próximos itens.
65: Para que uma concessionária de serviço público de transporte de
passageiros conheça a pontuação de infrações atribuída a um motorista de seu
quadro funcional, que, no exercício da atividade remunerada ao volante, tenha
tido seu direito de dirigir suspenso, ela deve ter autorização do respectivo
empregado, uma vez que essa informação é personalíssima.
Gabarito: Errado
Comentário: A resposta a esta questão encontra-se no art. 261, §8º, do CTB,
incluído pela Lei nº 13.154/2015:
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço público tem
o direito de ser informada dos pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos
motoristas que integrem seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada
ao volante, na forma que dispuser o Contran.
Ou seja, não é necessária autorização do motorista contratado para que a
concessionária de serviço público contratante tenha acesso à sua pontuação.
A informação de que o motorista teve seu direito de dirigir suspenso é
irrelevante para a resposta à questão.
Ademais, apesar de o §8º estar dentro do artigo que dispõe acerca da suspensão
do direito de dirigir, a lei não traz uma vinculação direta entre ambas as
situações, não sendo necessário que o motorista já esteja com o direito de dirigir
suspenso para que a empresa tenha conhecimento da pontuação.
A lógica é o contrário disso: a concessionária tem o direito de ser informada da
pontuação dos seus motoristas justamente para que possa exercer um
controle sobre eles, para não permitir que um motorista com a CNH suspensa
dirija algum veículo e para verificar a possibilidade de indicar ao motorista a
realização do curso preventivo de reciclagem.
66: Se um policial rodoviário federal autuar, por infração de trânsito, um
condutor de veículo em circulação no Brasil, mas licenciado no exterior, o
infrator deverá pagar a multa no país de origem do licenciamento do automóvel,
na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Gabarito: Errado
Comentário: Note que, nesta questão, a banca utilizou corretamente o termo
“autuar”.
A questão está incorreta pois todos os débitos devem ser quitados antes de o
veículo sair do país:
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Art. 119 [...]
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional
sem o prévio pagamento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos valores
correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos
que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares,
independentemente da fase do processo administrativo ou judicial envolvendo a
questão.
Art. 260 [...] § 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no
exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva deverá ser paga
antes de sua saída do País, respeitado o princípio de reciprocidade.
Com relação à sinalização de trânsito, julgue os itens subsequentes.
Questão 67: Nas rodovias de pista dupla localizadas em vias rurais, a
velocidade máxima permitida para automóveis, camionetas e motocicletas será
a mesma.
Gabarito: Certo
Comentário: A questão está correta, nos termos do art. 61 do CTB:
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será
de:
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias de pista dupla:
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e
motocicletas;
68: A sinalização de trânsito segue uma ordem de prevalência: as ordens do
agente de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e outros sinais;
as indicações do semáforo sobre os demais sinais; e as indicações dos sinais
sobre as demais normas de trânsito.
Gabarito: Certo
Comentário: Correta, nos termos do art. 89 do CTB:
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
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Com relação ao Sistema Nacional de Trânsito, julgue os seguintes itens.
69: A Polícia Rodoviária Federal integra o Sistema Nacional de Trânsito,
competindo-lhe, no âmbito das rodovias e estradas federais, implementar as
medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito.
Gabarito: Certo
Comentário: Correta, nos termos do art. 20 do CTB:
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas
federais:
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito;
70: O CONTRAN é o órgão máximo executivo de trânsito da União, cabendo a
coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito ao Departamento
Nacional de Trânsito (DENATRAN).
Gabarito: Errado
Comentário: O CONTRAN é o órgão máximo normativo e consultivo de trânsito
da União!
O órgão máximo executivo é o DENATRAN:
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e
entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão
máximo normativo e consultivo; [...]
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União:
Ainda, a coordenação máxima do SNT não é feita pelo DENATRAN, mas sim,
pelo Ministério estabelecido no Decreto 4.711/03, que recentemente sofreu
alteração legislativa.
Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética relativa a
operações de fiscalização em rodovias federais seguida de uma assertiva a ser
julgada à luz do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e das resoluções do
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
71: Em uma operação de fiscalização, na abordagem de um veículo automotor,
o policial rodoviário federal, ao notar que o condutor do veículo apresentava
vermelhidão nos olhos, odor de álcool no hálito, desordem nas vestes e fala
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alterada, solicitou que o motorista se submetesse ao competente teste, mas o
etilômetro apresentou súbita pane, tornando-se inservível para o teste. Nessa
situação, diante da impossibilidade de confirmar alteração da capacidade
psicomotora do condutor, o policial ficou impedido de lavrar o auto de infração
pela conduta de direção sob a influência de álcool prevista no CTB.
Gabarito: Errado
Comentário: O próprio CTB já dispõe que o etilômetro não é a única maneira
de verificar a alcoolemia do condutor:
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou
que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame
clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de
álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
Nesse sentido, a Resolução nº 432/2013 do CONTRAN também elencou algumas
formas que podem ser utilizadas:
Art. 3o A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência
dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem
realizados no condutor de veículo automotor:
I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou
entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo
de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar
(etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora
do condutor.
§ 1o Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão ser utilizados
prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito
admitido.
72: No interior de um automóvel com capacidade para cinco pessoas, o
condutor transportava quatro crianças: uma de oito anos de idade, no banco
dianteiro; e outras três, todas de nove anos de idade, no banco traseiro. Cada
criança utilizava o cinto de segurança individual. Apesar de ser mais nova que
as demais, a criança transportada no banco dianteiro era a de maior estatura.
Nessa situação, a disposição das crianças no veículo está em conformidade com
a legislação de trânsito brasileira.
Gabarito: Certo
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Comentário: A redação original do art. 2º da Resolução nº 277/2010 do
CONTRAN dispunha o seguinte:
Art. 2o Na hipótese de a quantidade de crianças com idade inferior a dez anos
exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, será admitido o transporte
daquela de maior estatura no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança do
veículo ou dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura.
Ocorre que esta disposição foi REVOGADA pela Deliberação nº 100/2010 do
CONTRAN, referendada pela Resolução nº 391/2010 do CONTRAN, que alterou
esta Resolução.
O art. 2º passou a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º O transporte de criança com idade inferior a dez anos poderá ser
realizado no banco dianteiro do veículo, com o uso do dispositivo de retenção
adequado ao seu peso e altura, nas seguintes situações:
I – quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco;
II – quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a lotação do banco
traseiro;
III – quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de cintos de
segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos traseiros.
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com idade superior a quatro anos
e inferior a sete anos e meio poderão ser transportadas utilizando cinto de
segurança de dois pontos sem o dispositivo denominado “assento de elevação”,
nos bancos traseiros, quando o veículo for dotado originalmente destes cintos.”
Ou seja, a norma acerca da estatura não está mais presente na legislação de
trânsito, sendo IRRELEVANTE a informação acerca de qual delas possuía maior
estatura.
A banca colocou esta informação buscando confundir o candidato.
73: Estudos técnicos adequados constataram a necessidade de instalar
equipamentos de controle de velocidade do tipo fixo em trecho de rodovia
federal onde é alto o índice de atropelamentos de pedestres. Nessa situação,
respaldado nas evidências técnicas, a intervenção na via poderá ser realizada
desde que mediante prévia autorização do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Gabarito: Certo
Comentário: Nos termos da Resolução 289/08 do CONTRAN, é necessária a
autorização do DNIT:
Art. 2º [...]
Parágrafo único. Para a instalação de equipamento do tipo fixo de controle de
velocidade, o DPRF solicitará ao DNIT a autorização para intervenção física na
via.
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74: Em uma rodovia federal, em um trecho em curva localizado fora do
perímetro urbano, é alto o índice de acidentes de trânsito, apesar de haver
medidor de velocidade do tipo fixo instalado no local. Nesse caso, no sentido de
aumentar a fiscalização do excesso de velocidade nesse trecho, será correta a
utilização de equipamento do tipo portátil à distância de um quilômetro do
medidor de velocidade do tipo fixo já instalado.
Gabarito: Errado
Comentário: A Resolução 396/11 do CONTRAN traz a distância mínima que
deve ser respeitada entre o medidor de velocidade do tipo portátil e o medidor
do tipo fixo que já esteja instalado na via:
Art. 4º [...]
§ 7o Quando em determinado trecho da via houver instalado medidor de
velocidade do tipo fixo, os equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel,
somente poderão ser utilizados a uma distância mínima daquele equipamento
de:
I – quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com
características de via urbana;
II - dois quilômetros em vias rurais e vias de trânsito rápido.
A questão traz as seguintes informações acerca da via:
- É uma rodovia federal;
- Está fora do perímetro urbano;
Logo, a questão deixou muito claro que se trata de uma via RURAL sem
características urbanas.
Assim, a situação se enquadra no inciso II do dispositivo colacionado acima,
devendo ser observada uma distância MÍNIMA de 2km entre o medidor do tipo
fixo e o medidor portátil, o que torna a assertiva errada.
O fato de o trecho ser em curva não tem relevância para a resposta à questão.
75: Constatado que no para-brisa de um veículo automotor havia sido aplicada
película não refletiva, o policial rodoviário federal, utilizando-se de um medidor
de transmitância luminosa legalmente aprovado, verificou o valor de 70% de
transmitância luminosa do conjunto vidro-película na área central do para-brisa.
Nessa situação, não há o que se falar em auto de infração, pois o valor verificado
está dentro do padrão de regularidade previsto na legislação de trânsito
brasileira.
Gabarito: Certo
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Comentário: CONTROVERSA – CABE RECURSO
A matéria relativa a películas e transmitância luminosa encontra-se regulada na
Resolução nº 254/2007 do CONTRAN:
Art. 3o A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% para os
vidros incolores dos pára-brisas e 70% para os pára-brisas coloridos e
demais vidros indispensáveis à dirigibilidade do veículo.
Art. 7o A aplicação de película não refletiva nas áreas envidraçadas dos
veículos automotores, definidas no art. 1°, será permitida desde que atendidas
as mesmas condições de transparência para o conjunto vidro-película
estabelecidas no Artigo 3° desta Resolução.
Art.10 A verificação dos índices de transmitância luminosa estabelecidos nesta
Resolução será realizada na forma regulamentada pelo CONTRAN, mediante
utilização de instrumento aprovado pelo INMETRO e homologado pelo
DENATRAN.
A medição da transmitância luminosa, entretanto, está regulada pela Res.
253/2007 do CONTRAN, a qual, alterada pela Res. 385/2011 do CONTRAN,
passou a dispor o que segue:
Art. 4° O auto de infração, além do disposto no art. 280 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB e regulamentação específica, deverá conter, expressos em
valores percentuais:
I – a medição realizada pelo instrumento;
II – o valor considerado para fins de aplicação de penalidade; e
III – o limite regulamentado para a área envidraçada fiscalizada.
1o Para obtenção do valor considerado deverá ser acrescido à medição
realizada o percentual relativo de 7%.
§ 2o Além das demais disposições deste artigo, deverá ser informada no auto de
infração a identificação da área envidraçada objeto da autuação.
O gabarito foi colocado como “certo” pois a questão considerou que o ato de o
PRF “verificar” a transmitância de 70% equivaleria à medição realizada. Ou seja,
ainda deveria ser acrescentado o percentual de 7% pra se chegar ao valor
considerado.
Neste caso, não importaria qual o tipo de parabrisa que o veículo contivesse,
pois a transmitância estaria adequada ao percentual estabelecido no art. 3º da
Res. 254/07-CONTRAN.
Ocorre que em nenhum momento a Res. 253/07 utiliza o termo “verificada”
ou “verificar” para se referir à medição realizada ou ao valor considerado, de
forma que a questão deixa dúvidas acerca de em qual hipótese se enquadra a
situação narrada:
- Se o percentual de 70% se refere à medição realizada, ou seja, se ainda
caberia o acréscimo do percentual de 7%;
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- Ou, ao contrário, se o percentual de 70% se refere ao valor considerado,
portanto, já considerando o acréscimo legal.
Ainda, o art. 10 da Res. 254/07 refere o seguinte: “a verificação dos índices
transmitância luminosa estabelecidos nesta Resolução [...]”.
Ou seja, a Res. 254/07 associa a “verificação” ao “valor considerado”, ou
seja, aquele que já considerado o percentual de erro do equipamento.
Tal constatação leva ao entendimento de que a questão deveria ser anulada,
pois não informa qual o tipo de parabrisa a que se refere e, portanto, torna
impossível de se verificar se a assertiva está certa ou errada.
De acordo com o que dispõem as resoluções do CONTRAN acerca do transporte
de bicicletas em veículos automotores, julgue os itens que se seguem.
76: O transporte de bicicletas em dispositivos fixados no teto de veículos estará
em conformidade com a legislação de trânsito caso a altura do sistema veículo-
dispositivo-bicicletas não ultrapasse 4,4 metros.
Gabarito: Certo
Comentário: O transporte eventual de cargas ou de bicicletas está
regulamentado na Resolução 349/2010 do CONTRAN.
Primeiramente, veja o que dispõe o art. 8º:
Art. 8o A bicicleta poderá ser transportada na parte posterior externa ou
sobre o teto, desde que fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque.
§ 1o O transporte de bicicletas na caçamba de caminhonetes deverá respeitar o
disposto no Capítulo II desta Resolução.
§ 2o Na hipótese da bicicleta ser transportada sobre o teto não se aplica
a altura especificada no parágrafo 2o do Artigo 5°.
Assim, o limite de altura que será aplicado será o da Resolução 210/2006 do
CONTRAN, que trata dos pesos e dimensões dos veículos:
Art. 1o As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são as
seguintes:
[...]
II – altura máxima: 4,40m;
Correta, assim, a questão.
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77: Independentemente de instruções do fabricante, nos dispositivos instalados
na parte traseira externa do veículo, a quantidade de bicicletas que podem ser
transportadas depende do comprimento do balanço traseiro ocupado pelas
bicicletas, que, de acordo com a legislação pertinente, não pode ultrapassar
60% da distância entre os eixos do veículo transportador.
Gabarito: Errado
Comentário: O transporte eventual de cargas ou de bicicletas está
regulamentado na Resolução 349/2010 do CONTRAN.
Primeiramente, veja o que dispõe o art. 8º:
Art. 8o A bicicleta poderá ser transportada na parte posterior externa ou
sobre o teto, desde que fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque.
§ 1o O transporte de bicicletas na caçamba de caminhonetes deverá
respeitar o disposto no Capítulo II desta Resolução.
Ou seja, já temos duas certezas: (1) a bicicleta pode ser transportada na parte
traseira externa do veículo, em dispositivo apropriado; (2) este transporte deve
respeitar as normas do capítulo II da resolução.
Sobre a relação entre a quantidade de bicicletas e o balanço traseiro, vejamos
a disposição do cap. II:
Art. 6o Nos veículos de que trata esta Resolução, será admitido o transporte
eventual de carga indivisível, respeitados os seguintes preceitos: [...]
II- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da distância entre
os dois eixos do veículo.
Ou seja, também está correto o fato de que não pode ultrapassar 60% do
balanço traseiro.
O que está errado é a oração inicial da assertiva, haja vista que as instruções
do fabricante devem ser sempre respeitadas:
Art. 5o Permite-se o transporte de cargas acondicionadas em bagageiros ou
presas a suportes apropriados devidamente afixados na parte superior externa
da carroçaria.
§1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve informar as condições
de fixação da carga na parte superior externa da carroçaria e sua fixação
deve respeitar as condições e restrições estabelecidas pelo fabricante
do veículo
Art. 9o O dispositivo para transporte de bicicletas para aplicação na
parte externa dos veículos deverá ser fornecido com instruções precisas
sobre:
I- Forma de instalação, permanente ou temporária, do dispositivo no
veículo,
II- Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de transporte;
III- Quantidade máxima de bicicletas transportados, com segurança;
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IV- Cuidados de segurança durante o transporte de forma a preservar a
segurança do trânsito, do veículo, dos passageiros e de terceiros.
78: Não se permite o transporte de bicicleta em veículo com o compartimento
de carga aberto, mesmo que o comprimento da bicicleta ultrapasse o
comprimento da caçamba ou do referido compartimento.
Gabarito: Errado
Comentário: O transporte eventual de cargas ou de bicicletas está
regulamentado na Resolução 349/2010 do CONTRAN.
Vejamos, inicialmente, o que diz o art. 10 da Resolução:
Art. 10 Para efeito desta Resolução, a bicicleta é considerada como carga
indivisível.
Sendo a bicicleta carga indivisível, veja o que a Resolução fala acerca do
transporte deste tipo de carga:
Art. 7o Será admitida a circulação do veículo com compartimento de carga
aberto apenas durante o transporte de carga indivisível que ultrapasse o
comprimento da caçamba ou do compartimento de carga.
Ou seja, a situação descrita no art. 7º, relativamente à única hipótese em que
se admite que um veículo circule com o compartimento de carga aberto, é
exatamente a descrita na assertiva da questão.
Ocorre que a questão refere que a bicicleta não poderia ser transportada desta
forma, quando, na verdade, ela pode ser transportada exatamente como
descrito na assertiva, por ser considerada carga indivisível.
No dia 3/1/2019, às 21 horas, um policial rodoviário federal, em rodovia federal
de pista simples, abordou um veículo do tipo cegonha — combinação de um
caminhão-trator e um semirreboque —, com 22 metros de comprimento e
distância entre eixos extremos de 18 metros, que transportava veículos nas
plataformas inferior e superior. O disco-diagrama do registrador instantâneo e
inalterável de velocidade e tempo do veículo mostrava superposição de
registros, o que impossibilitava a leitura do tempo de movimentação do veículo
e de suas interrupções. Na ficha de trabalho de autônomo do condutor
constavam: data de saída = 3/1/2019 e hora de saída = 17 horas.
Além disso, a autorização especial de trânsito de posse do condutor não
permitia o tráfego em local e horário distintos do que prevê a norma aplicável.
Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens, à luz do CTB e
das resoluções do CONTRAN.
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79: Nessa situação, apesar de o disco-diagrama não se prestar para exame,
não cabe a aplicação de penalidade decorrente do defeito no aparelho
registrador, já que foi possível a fiscalização do tempo de direção do motorista
por meio da verificação da ficha de trabalho do autônomo.
Gabarito: Errado
Comentário: Note que, para este tipo de veículo, o tacógrafo é um
equipamento obrigatório
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de
passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior
a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
Pela descrição do veículo dada pela questão, também não é possível enquadrá-
lo em nenhuma hipótese de exceção de exigibilidade do tacógrafo, previstas
pela Resolução 14/1998 do CONTRAN.
Assim, sendo o tacógrafo um equipamento obrigatório, o simples fato de estar
danificado de tal forma que se impossibilite a leitura do disco já é uma infração
de trânsito, não podendo o PRF se eximir de lavrar o AIT:
Art. 230. Conduzir o veículo:
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou
defeituoso, quando houver exigência desse aparelho;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;
80: O condutor em questão não ultrapassou o tempo máximo ininterrupto de
direção previsto na legislação de trânsito para o tipo de veículo referido.
Gabarito: Certo
Comentário: Nos termos do art.67-C do CTB, o tempo ininterrupto máximo de
direção é de 5 horas e meia, sendo que o condutor estava dirigindo apenas há
4 horas.
81: Haja vista o horário e o local da vistoria, bem como as condições de
transporte do veículo, o policial rodoviário federal deverá lavrar auto de infração
pelo descumprimento da restrição de tráfego, cabendo a aplicação de
penalidades previstas no CTB.
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Gabarito: Certo
Comentário: Aqui é cobrada uma matéria bastante específica sobre restrição
de tráfego de Combinações para Transporte de Veículos – CTV, constante na
Res. 735/2018 do CONTRAN:
Art. 4º O trânsito de Combinações para Transporte de Veículos – CTV e de
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP de que trata
esta Resolução será do amanhecer ao pôr do sol, e sua velocidade máxima de
80 km/h.
§ 1º Não se aplica a restrição quanto ao horário de trânsito contida no caput para
Combinações cujo comprimento seja de no máximo 19,80 m (dezenove metros
e oitenta centímetros).
§ 2º Será admitido o trânsito noturno das Combinações que apresentem
comprimento superior a 19,80 m (dezenove metros e oitenta centímetros) até
23,00 m (vinte três metros) nas vias com pista dupla e duplo sentido de
circulação, dotadas de separadores físicos, que possuam duas ou mais faixas de
circulação no mesmo sentido.
§ 3º Nos trechos rodoviários de pista simples será permitido também o trânsito
noturno, quando vazio, ou com carga apenas na plataforma inferior,
devidamente ancorada e ativada toda a sinalização do equipamento
transportador.
Não se enquadrando o veículo descrito na questão em nenhuma das exceções
previstas pelo artigo, o seu tráfego às 21hs de fato não era permitido, cabendo
autuação pelo art. 187 do CTB:
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação
estabelecida pela autoridade competente:
I - para todos os tipos de veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Com relação aos requisitos mínimos previstos nas resoluções do CONTRAN
acerca de segurança para amarração de cargas transportadas em veículos de
carga, julgue os itens subsequentes.
82: Nos veículos com carroceria aberta, os dispositivos de amarração devem
ser tensionados pelo lado externo das guardas laterais, independentemente do
espaço interno ocupado pela carga na carroceria, como mostram as figuras a
seguir.
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Gabarito: Errado
Comentário: Os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas
transportadas em veículos de carga estão dispostos na Resolução 552/2015 do
CONTRAN:
Art. 6o Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais
rebatíveis, no caso de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os
dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo lado interno das
guardas laterais (Figura 1).
Ou seja, a assertiva está errada, pois os dispositivos de amarração devem ser
tensionados pelo lado interno das guardas, e não pelo lado externo!
A resolução distingue, ainda, um sistema de amarração aceito de um não aceito:
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83: No caso de transporte de tubos apoiados sobre a carroceria e na posição
horizontal, apesar de a carga ultrapassar a altura do painel frontal da carroceria,
é permitida a circulação do veículo ante a impossibilidade de deslizamento
longitudinal da carga, como ilustra a figura a seguir.
Gabarito: Certo
Comentário: Os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas
transportadas em veículos de carga estão dispostos na Resolução 552/2015 do
CONTRAN.
O art. 8º trata da situação em tela:
Art. 8o No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o
painel frontal deve ter resistência suficiente para absorver os esforços previstos
nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que se destinam.
Parágrafo único. Neste caso, fica proibida a circulação de veículos cuja carga
ultrapasse a altura do painel frontal e exista a possibilidade de deslizamento
longitudinal da parte da carga que está acima do painel frontal (Figura 3).
No caso em tela, verifica-se que, embora os tubos não estejam amparados pelo
batente em toda a sua extensão, não há possibilidade de deslizamento da carga
mostrada na figura, de forma que a questão se encontra correta.
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84: Tanto em veículos do tipo baú frigorífico (como o da figura 1A9-I a seguir)
como em veículos do tipo baú lonado (como o da figura 1A9-II a seguir), é
opcional a existência de pontos de amarração internos para a carga
transportada.
Gabarito: Errado
Comentário: Os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas
transportadas em veículos de carga estão dispostos na Resolução 552/2015 do
CONTRAN:
Art. 9o Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”), as lonas laterais não
podem ser consideradas como estrutura de contenção da carga, devendo
existir pontos de amarração em número suficiente.
Art. 10. Nos veículos com carroceria inteiramente fechada (furgão carga
geral, baú isotérmico, baú frigorífico, etc.), as paredes podem ser consideradas
como estrutura de contenção, sendo opcional a existência de pontos de
amarração internos.
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Desta forma, os pontos de amarração internos somente são obrigatórios para o
veículo da figura 1A9-I (baú frigorífico), sendo obrigatórios para o veículo do
tipo baú lonado.
À luz das disposições do CTB e das resoluções do CONTRAN acerca das regras
de circulação de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos
motorizados, julgue os itens seguintes.
85: Entre as três situações ilustradas a seguir, apenas o dispositivo utilizado na
figura 1A9-V é permitido para o transporte de galões de água mineral com
capacidade de até 20 litros.
Gabarito: Certo
Comentário: Nos termos da Resolução 356/2010, o transporte de galões de
água em motocicleta só pode ocorrer com o auxílio de sidecar:
Art. 12. É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos, e de
galões nos veículos de que trata a Lei no 12.009 de 29 de julho de 2009, com
exceção de botijões de gás com capacidade máxima de 13 kg e de galões
contendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros, desde que
com auxílio de sidecar.
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86: É permitido que motociclista levante a viseira do capacete enquanto o
veículo conduzido estiver parado, aguardando a travessia de pedestres diante
de semáforo.
Gabarito: Certo
Comentário: Esta situação é permitida pela Resolução nº 453/2013 do
CONTRAN:
Art. 3º, §3º, I - quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente
do motivo, a viseira poderá ser totalmente levantada, devendo ser
imediatamente restabelecida a posição frontal aos olhos quando o veículo for
colocado em movimento;
87: Situação hipotética: Em operação de fiscalização em uma rodovia
federal, a equipe da PRF verificou que o condutor de um quadriciclo não fazia
uso do capacete. O policial que abordou o condutor o liberou, considerando que
o uso de capacete pelo condutor desse tipo de veículo se restringe à condução
em vias urbanas pavimentadas. Assertiva: Nessa situação, foram adequadas
as condutas do policial e do condutor.
Gabarito: Errado
Comentário: Segundo a Resolução nº 453/2013 do CONTRAN, o condutor do
quadriciclo deve utilizar o capacete em todas as vias públicas:
Art. 1o É obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso de capacete
motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor,
triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça
pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar
inferior.
Ainda, no mesmo sentido o teor da Resolução 573/2015:
Art. 5º Devem ser observados os seguintes requisitos para condução do
quadriciclo nas vias públicas:
I - O condutor e o passageiro devem utilizar capacete de segurança, com viseira
ou óculos protetores, em acordo com a legislação vigente aplicável às
motocicletas, para os veículos enquadrados no inciso I do Art. 2º desta
Resolução.
No que se refere aos procedimentos para aplicação de penalidades previstos no
CTB e nas resoluções do CONTRAN, julgue os itens subsecutivos.
88: Situação hipotética: Ao abordar um veículo em rodovia federal, o policial
rodoviário federal constatou que o condutor, que era o proprietário do veículo,
dirigia sem utilizar o cinto de segurança. O policial lavrou o auto de infração,
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que continha a assinatura do condutor e especificava o prazo para apresentação
da defesa da autuação. Assertiva: Nessa situação, fica a PRF dispensada de
expedir a notificação da autuação ao proprietário do veículo.
Gabarito: Certo
Comentário: O procedimento está correto, nos termos da Resolução 619/2016
do CONTRAN:
Art. 3º [...]
§ 5o O Auto de Infração de Trânsito valerá como notificação da autuação quando
for assinado pelo condutor e este for o proprietário do veículo.
§ 6o Para que a notificação da autuação se dê na forma do § 5o, o Auto de
Infração de Trânsito deverá conter o prazo para apresentação da defesa da
autuação, conforme § 4o do art. 4o desta Resolução.
89: As receitas oriundas das multas aplicadas pela PRF serão repassadas ao
DNIT, órgão executivo rodoviário com circunscrição sobre as rodovias federais.
Gabarito: Errado
Comentário: Nos termos da Resolução 289/2008 do CONTRAN, as receitas
oriundas das multas aplicadas pelo DNIT e DPRF serão revertidas a cada órgão
arrecadador, que as aplicará nos termos do art. 320, caput e §1º:
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será
aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo,
policiamento, fiscalização e educação de trânsito.
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas
será depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado
à segurança e educação de trânsito.
90: Situação hipotética: Policial rodoviário federal, ao flagrar o condutor de
um veículo dirigindo alcoolizado, o que ficou comprovado pelo teste de
etilômetro, lavrou o competente auto de infração de trânsito. Assertiva: Nessa
situação, a própria PRF aplicará ao condutor infrator a penalidade de suspensão
do direito de dirigir, assegurando-lhe a ampla defesa, o contraditório e o devido
processo legal.
Gabarito: Errado
Comentário: A PRF não possui competência para aplicar penalidade de
suspensão do direito de dirigir, cabendo tal função apenas aos DETRAN:
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Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição:
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento,
reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de
Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
mediante delegação do órgão federal competente;
3- DADOS SOBRE A PROVA
Resoluções do CONTRAN cobradas na prova:
.
21; 52%
19; 48%
CTB X RESOLUÇÕES
CTB
RESOLUÇÕES
14/1998 210/2006 253/2007 254/2007
277/2010 289/2008 349/2010 356/2010
396/2011 432/2013 453/2013 552/2015
573/2015 619/2016 735/2018
Questões da prova comentadas Prof.ª Morgana Diefenthaeler
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Distribuição de Matérias:
Crimes de Trânsito; 9
Infrações; 6
Transporte de bicicleta; 3SNT; 3
Amarração de cargas; 3
Sinalização; 2
Penalidades; 2
Velocidade; 2
Alcoolemia; 1
Transporte de crianças; 1
Película; 1
Motorista profissional; 1
CTV; 1
Moto frete; 1Motocicleta; 1Quadriciclo; 1
MATÉRIAS