matl_de_apio_societária_ii_2013

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Atualização: de acordo com a Legislação até Jul/2012 Prof. Márcio J. David Euclides Bezerra

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Page 1: Matl_de_Apio_Societária_II_2013

Atualização: de acordo com a Legislação até Jul/2012

Prof. Márcio J. David

Euclides Bezerra

Page 2: Matl_de_Apio_Societária_II_2013

SUMÁRIO

AULA Nº 1 – APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO..........................................................4

1 APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO.......................................................................4

1.1 PLANO DE ENSINO.....................................................................................4

1.2 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE SOCIETÁRIA PARA AS COMPANHIAS.....5

AULA Nº 2 – INVESTIMENTOS: TEMPORÁRIOS..........................................................8

2 INVESTIMENTOS: TEMPORÁRIOS. CLASSIFICAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO............8

AULA Nº 3 – INVESTIMENTOS: PERMANENTES, CLASSIFICAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO PELO MÉTODO DE CUSTO E MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.................13

3 INVESTIMENTOS PERMANENTES.....................................................................13

3.1 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES......................13

AULA Nº 4 – PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E GANHO DE CAPITAL.................19

4 CONCEITO DE CONTINGÊNCIA E GANHO DE CAPITAL....................................19

AULA Nº 5 – DMPL DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 23

5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.........................23

AULA Nº 6 – DFC – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA..............................25

6 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA...........................................................25

6.1 MÉTODO DIRETO......................................................................................27

6.2 MÉTODO INDIRETO...................................................................................27

AULA Nº 7 – DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO.............................35

7 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO......................................................35

AULA Nº 8 – FORMA DE TRIBUTAÇÃO: CSLL E IRPJ...........................................43

8 FORMA DE TRIBUTAÇÃO................................................................................43

8.1 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO E DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA..........................................................................................43

AULA Nº 9 – RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E NOTAS EXPLICATIVAS................50

9 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E NOTAS EXPLICATIVAS.............................50

10 BIBLIOGRAFIA................................................................................................53

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Bezerra, EuclidesContabilidade Societária II — Material de Apoio.Universidade Nove de Julho (UNINOVE), 2012.54 f.

Atualizado: David, Márcio J.Diagramador: Nunes, OlairFerreira

Apostila de Contabilidade Societária II — Universidade Nove de Julho (UNINOVE), de

São Paulo — Graduação em Ciências Contábeis.

1. Contabilidade — Tributação, Notas Explicativas e Relatório da Administração.

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AULA Nº 1 – APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO.

OBJETIVO DA AULA:

1 APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO

1.1 PLANO DE ENSINO

Disciplina: Contabilidade Societária II

Carga Horária: 80h

Semestre: 4o.

Grade / Ano2011/2

Perfil Docente: Formação em Ciências Contábeis com experiência acadêmica e profissionalEmenta: Demonstrações Financeiras conforme a Lei das Sociedades Anônimas (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado), Avaliação de Investimentos, Provisões.Conteúdo Programático: Investimentos Temporários e Permanentes;Métodos de Avaliação: custo e equivalência patrimonial; Provisões para Contingências;Ganho de Capital (Venda de Ativos Imobilizados e Investimentos Permanentes);DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa; DVA – Demonstração do Valor Adicionado;

Objetivo:Continuar Introdução à Contabilidade Societária I e propor ao aluno uma formação técnica mais próxima da realidade contábil vivida nas empresas no mundo globalizado.Metodologia: Aulas expositivas, exercícios e trabalhos individuais completos envolvendo Diário, Razão/Razonetes, Balancetes, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado; Relatório da Administração, cálculo de impostos.

Avaliações:Avaliação A1: Prova dissertativa e aplicações de exercicios conceituais quando aplicaveisAvaliação A2: Prova IntegradaAvaliação A3:Prova IntegradaSistema de Avaliação: o aproveitamento do aluno também poderá por meio de instrumentos diversificados de avaliação, seminário, trabalho individual, em grupo, participação nas atividades, ou outra forma que o docente julgar necessária. A avaliação é expressa por nota(s) representadas numericamente, em escala de 0 (zero) a 10 (dez). Além da nota mínima, o aluno tem que apresentar freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento).Regime de oferecimento: presencial Bibliografia:BásicaIUDÍCIBUS, S. de, et al..Manual de Contabilidade Societária (Aplicável a todas as Sociedades); S.Paulo; Ed Atlas; 2010.

O objetivo é demonstrar junto ao aluno a importância dessa disciplina, as principais alterações da legislação societária e promover a apresentação do conteúdo que será trabalhado durante todo o nosso curso.

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ComplementarALMEIDA, Marcelo C.; Manual Prático de Interpretação Contábil da Lei Societária; 2ª edição; São Paulo; Ed Atlas; 2012RIBEIRO, Osni M.; Contabilidade Intermediária; 02º edição; São Paulo; Ed Saraiva; 2009RICARDO, A.; Contabilidade Gerencial e Societária; 01º edição; São Paulo; Ed. Saraiva; 2005MARION, J.C.; Contabilidade empresarial; 11º edição; São Paulo; Ed. Atlas; 2005SANTOS, A. dos. Demonstração do Valor Adicionado. 2.ed.São Paulo: Editora Atlas, 2007.

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1.2 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE SOCIETÁRIA PARA AS COMPANHIAS

Em uma economia globalizada, onde as mudanças são inevitáveis e os recursos são escassos, as empresas precisam estar atentas e buscar ser cada vez mais, bem estruturadas, competitivas e dinâmicas, visando dar continuidade aos seus negócios com a missão de maximizar dos resultados econômicos e financeiros do seu patrimônio.

O alcance destes objetivos depende de uma série de fatores: o segmento que está inserido no mercado, a relação com clientes e fornecedores, o governo com a legislação civil e tributária, o modelo de gestão, o meio ambiente, a sociedade, etc.

Destacamos que para atingir esses objetivos são indispensáveispossuir informações objetivas e ao mesmo tempo relevantes e oportunas para tomada de decisão. Com isso, aparece afigura do profissional que Você já conhece, que é o Contador. Esse profissional precisa estar atento às mudanças que ocorrem ao seu redor e conhecer muito bem, a nossa contabilidade, em especial a contabilidade societária, para prover os gestores das companhias com dados e informações que poderão gerar decisões cada vez mais acertadas.

Na realidade, a contabilidade societária e uma ramificação da contabilidade geral. No quadro abaixo, resumidamente lembramos a Você, qual é o fluxo das informações dentro de uma companhia e a sua importância junto aos usuários:

BP Fornecedores

DRE

DFC

DMPL

FuncionáriosDVA

Analisar

Outros usuáriosPrevisões

Sócios constituem

uma empresa

Empresa que faz

negócios e o Gestor

Contabilidade registra

dados

Produz relatórios Contábeis

para

Usuários que são supridos

de informações

Depto. Contábil

 Bancos

Governo / Sindicato

Precisa tomar

decisões

Gerenciar banco de

dados

Querem ver o lucro

NOTAS EXPLICATIVAS

Fonte: Euclides Bezerra

Vamos nos recordar de alguns conceitos básicos que havíamos aprendido em outros módulos:

Contabilidade: “...é uma ciência social, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a Contabilidade utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como sua principal ferramenta”.Professores IUDÍCIBUS E MARION (2000, p. 35).

Resumidamente podemos dizer que contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma metodologia própria com a finalidade de:

a. Controlar o Patrimônio das entidades.

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b. Apurar o resultado das atividades das entidades.

c. Prestar informação para a tomada de decisão.

A contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante planejamento, execução, controle das demonstrações financeiras e análise e interpretação dos fatos nela ocorrida.

Podemos afirmar que a Contabilidade é um sistema de informação e avaliação que busca interpretar dados qualitativos, quantitativos, monetários e físicos para gerar informações que serão utilizadas para a tomada de decisão; Administrativa, financeira e estratégica de uma entidade que possui um patrimônio.

Patrimônio: – é o conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma determinada pessoa física ou jurídica.

Bens – são todas as coisas, com expressão monetária, que pertencem à uma pessoa (física ou jurídica) e que estejam em sua posse direta ou indireta.

São as coisas úteis que uma entidade possui para seu uso, consumo ou troca, capazes de satisfazer às suas necessidades.

Os bens se dividem em bens tangíveis e bens intangíveis.

EXEMPLO:Carro - bem tangível e móvel.

EXEMPLO:Terreno – bem tangível e imóvel

EXEMPLO:Marcas e patentes – bem intangível

Direitos – correspondem aos valores a receber de terceiros.

EXEMPLO:Salário a receber (na visão do empregado)

EXEMPLO:Duplicatas a receber (na visão da empresa ou entidade)

Obrigações – conjunto de dívidas pertencentes a uma entidade. Em contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis.

EXEMPLO:Salários a pagar (na visão do empregador)

EXEMPLO:Fornecedores pagar (na visão do empregador)

EXEMPLO:Tributos a pagar (na visão do empregador)

Se a contabilidade controla, apura resultado e presta informações sobre o patrimônio da entidade. E agora lembramos que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações, não podemos esquecer que se convencionou-se a dividir esses patrimônio em dois blocos: Ativo e Passivo e o seu resultado será o patrimônio líquido da entidade.

Ativo – é o conjunto de bens e direitos de propriedade da entidade. São os itens positivos do patrimônio, que trazem benefícios, proporcionam ganho para a entidade. Representa as aplicações de recursos no patrimônio.

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Passivo – são as obrigações exigíveis da entidade, ou seja, as dívidas que serão cobradas a partir da data de seu vencimento, junto a terceiros, bem como os valores aplicados pelos proprietários no negócio.Representa as origens de recursos no patrimônio.

PatrimônioLíquido – representa os recursos obtidos para aplicação no ativo proveniente dos sócios. Representa a obrigação da entidade para com os sócios. A diferença entre bens e direitos e as obrigações junto a terceiros, corresponde ao patrimônio líquido. Faz parte também do patrimônio líquido o resultado apurado entre a receita e a despesa.

Após essas lembranças, podemos falar um pouco sobre a Contabilidade Societária. Esta contabilidade é direcionada para as empresas com finalidade de lucro, em especial as sociedades anônimas.

SociedadeAnônima - É uma sociedade constituída por meio de um estatuto social que estabelece que seus sócios sejam considerados acionistas e o capital é dividido em ações de um mesmo valor nominal.

A responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das açõessubscritas ou adquiridas, regida pelas leis nº 6404/76, 11.638/07 e 11.941/09.

É sempre uma sociedade comercial com o objetivo de lucro. É denominada pela expressão “Companhia” ou “Sociedade Anônima SA”.

Companhia (S/A Aberta) a capitação de recursos é realizadas junto a bolsas de valores e no mercado de balcãoenquanto as Fechadas não vendem suas ações ao público em geral. É uma sociedade restrita a pequenos grupos.

Ação -valor mobiliário emitido pela sociedade anônima, que representa a menor unidade do capital social, que confere direitos e deveres aos seus titulares. Segundo as espécies, destacam-se as ações ordinárias e as preferenciais.

AçãoOrdinária: confere ao titular os direitos essenciais do acionista, especialmente participação nos resultados da companhia e direito de voto em Assembléia.

Ação Preferencial: confere ao titular prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele.

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AULA Nº 2 – INVESTIMENTOS: TEMPORÁRIOS

OBJETIVO DA AULA:

2 INVESTIMENTOS: TEMPORÁRIOS. CLASSIFICAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO

Investimentos – De uma maneira geral, investimento é o ato ou efeito de investir ou aplicar capital (recursos financeiros ou não), com o objetivo de obter lucro. Esses investimentos podem ser em títulos, ações, imóveis, obras de arte, etc.

As entidades ou empresas quando dispõe deexcesso de disponibilidades,sobra de caixa ou riqueza própria aplicam-se esses recursos em investimentos que podem ser: temporários ou permanentes.

Os investimentos permanentes são quando a empresa compra algum investimento (exemplo: valores mobiliários) e não tem a intenção de desfazer-se no encerramento do balanço patrimonial (intenção de permanência), enquanto os investimentos temporários, a intenção é explícita em vender a qualquer momento.

Pela lei societária, a intenção de ficar com o “investimento” por determinadoperíodo, isto é, prazo de permanência, define em qual grupo do ativo será classificado este bem.

Nos investimentos temporários, a intenção é explícita em vender a qualquer momento, isto é, são aqueles investimentos que possuem caráter e intenção de realização, podendo ser classificado no ativo circulante ou no ativo realizável á longo prazo, dependendo da intenção de realização do comprador dessas aplicações (exemplo: aplicações financeiras, caderneta de poupança, certificado de depósito bancário, fundo de investimento, etc).

PRINCIPAIS TÍTULOS

As empresas para se financiar, captam recursos por meio de títulos de crédito emitidos por entidades financeiras e também títulos emitidos por entidades não financeiras, como Notas Promissórias, Duplicatas e Debêntures.

Debêntures – são títulos de renda fixa de longo prazo, emitido por sociedades anônimas, que garantem aos debenturistas além de juros, a participação no resultado do emitente. Podem possuir claúsulade conversibilidade em ações, caso não sejam liquidadas até o final do prazo.

Derivativos – são instrumentos financeiros cujo valor deriva ou depende do preço ou desempenho de mercado de determinado bem básico,taxa de referência ou índice.

Antes de fazermos o cálculo e a contabilização, que está logo abaixo, vamos conhecer o que é um CDB. O certificado de depósito bancário é um título de crédito emitido por um banco que paga uma taxa de juros ao investidor. O banco emite este título para captar recursos no mercado e repassar esse dinheiro para os tomadores de empréstimos. Dependendo das características do CDB eles podem ter rentabilidade garantida, ser de baixo risco de crédito, ocasionando segurança ao investidor. Portanto é um dos produtos financeiros oferecidos pelos bancos.

Imagine que pelo seu controle esteja sobrando no seu caixa R$ 100.000,00 durante um prazo de 30 dias e Você buscando maximizar o resultado da empresa,

O objetivo desta aula é conceituar os investimentos temporários, a sua classificação e contabilização.

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resolve aplicar este valor num CDB (certificado de depósito bancário) e o banco oferece uma taxa de juros de 5% ao mês e 22,5% de imposto de renda para este período, já definido na aplicação.

VAMOS AOS CÁLCULOS: Valor aplicado – R$ 100.000,00 – taxa de 5,0% a.m. por 30 dias – IRRF –

22,5%

Valor dos juros pagos no período – R$ 100.000,00 x 5% = R$ 5.000,00

Valor do imposto de renda incidente sobre o rendimento – R$ 5.000,00 x 22,5% = R$ 1.125,00

CONTABILIZAÇÃO:Aplicação dos R$ 100.000,00

DB Ativo CirculanteAplicação em CDB

CR Ativo Circulante (Disponível)Banco

Histórico Valor

100,000.00Aplicação em CDB no Banco XXX por 30 dias com taxa de 5% de juros.

Resgate dos R$ 100.000,00 já com os juros.

DB

Ativo Circulante (Disponível)Banco 103,875.00

Conta de Resultado (Despesa)IRRF 1,125.00

CR

Ativo Circulante (Disponível)Resgate da aplicação em CDB 100,000.00

Conta de Resultado (Receita)Rendimentos sobre CDB 5,000.00

Histórico Valor

Resgate em CDB no Banco XXX por 30 dias com taxa de 5% de juros e o rendimento do período.

O que acabamos de expor trata-se de apenas um investimento temporário, pois o prazo foi de 30 dias. A legislação societária além do prazo, define outros critérios de avaliação. A Lei das S/A nº 6.404/76, 11638/07 e 11941/09, no seu artigo 183, inciso I, informa:

“No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável á longo prazo:

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e,

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito..”

Para melhor entendimento, é preciso definir instrumentos financeiros. Os instrumentos financeiros são ativos financeiros não derivativos que compreendem aplicações em renda fixa e em renda variável e estão divididos em três categorias:

a. São aplicações mantidas até o seu vencimento e em sua grande maioria são representadas por títulos de renda fixa, onde os pagamentos são fixos

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ou determináveis e prazo definido, que a empresa tem a intenção de manter até o vencimento; (esses ativos são avaliados pelo valor de custo de aquisição, ajustados nos respectivos vencimentos até a data do fechamento do balanço, com os rendimentos ou perdas. Essas variações são lançadas na demonstração do resultado do exercício);

b. São ativos financeiros mensurados ao valor justo, classificado como mantido para negociação (exemplo: aplicações financeiras), o ganho ou a perda CPC 38 item 55 - letra a;

c. São ativos financeiros não derivativos, disponíveis para venda, ganho ou perda CPC 38 item 55 – letra b.

As aplicações destinadas à negociação e disponíveis para venda (b ou c), devem ser avaliadas pelo seu valor justo.

A CVM conceitua, valor justo como “o montante pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo em uma transação em que não há favorecidos, Ou seja, um valor de mercado em condições de pleno equilíbrio entre as partes envolvidas na negociação”.

Dentre essas aplicações, apenas os ativos financeiros disponíveis para venda têm como contrapartida a conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial” líquido dos efeitos tributários (IR e CSLL), na qual permanece até que seja baixado e neste momento é transferido para resultado como despesa ou receita.

Assim, as aplicações para negociação (destinadas à negociação imediata e já disponibilizadas para este fim) serão ajustadas, em cada balanço, ao seu valor justo, computados no resultado do exercício.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS QUE RENDEM JUROS

Nestes casos, os juros transcorridos devem ser incorporados ao valor do ativo de acordo com o regime de competência. Para o cálculo dos juros pode-se utilizar o critério linear ou exponencial. No critério linear, sendo este o que usaremos nos exercícios, divide-se o total de juros da aplicação pelo número de dias desta; o resultado, correspondente ao juro diário, é multiplicado pelo numero de dias transcorrido no exercício.

Prazo da Aplicação: 180 dias

Valor da aplicação financeira em 02/10/20X0: R$1.000,00

Valor de resgate em 31/03/20X1: R$1.150,00

Juros total: R$150,00 (R$1.150,00 - R$1.000,00)

Até 31/12/X0: 90 dias

Juros transcorridos até 31/12/20X0: R$150,00x 90 = R$75,00

180

CONTABILIZAÇÃO:

DB Ativo CirculanteInvestimentos Temporários

CR Conta de ResultadoReceitas Financeira

Histórico Valor

75.00

CONTABILIZAÇÃO E EXEMPLO PRÁTICO

Uma determinada empresa efetuou uma aplicação em 01/10/20X0 ao custo de aquisição de R$1.000,00. Os rendimentos até a data do balanço são de R$75,00.

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Entretanto, na data do Balanço, após a apropriação da receita, verificasse que o valor de mercado da aplicação era R$1.045,00. Diante desta situação teremos de provisionar:

Valor Contábil R$1.075,00

Menos: (+) Valor de Mercado R$1.045,00

Valor a Provisionar R$ 30,00

PERANTE A LEI Nº 11.638/07 A CONTABILIZAÇÃO DO EXEMPLO SERIA:Obs.: A contabilização será ilustrada através do mesmo exemplo, sendo a aplicação avaliada nas três categorias (para negociação, disponíveis para venda e mantidos até o vencimento) em que dividem-se os ativos financeiros.

APLICAÇÃO CLASSIFICADA COMO “PARA NEGOCIAÇÃO”Na data da compra:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Ativo Circulante (Disponível)Caixa / Banco

Histórico Valor

1,000.00

NA DATA DO BALANÇO, EM 31/12/X0, REFERENTE À PARCELA DOS JUROS JÁ TRANSCORRIDOS:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Conta de Resultado (Receitas)Receitas Financeiras / Receitas s/ Outros Investimentos

Histórico Valor

75.00

NA DATA DO BALANÇO, APÓS A APROPRIAÇÃO DA RECEITA, CONTABILIZAÇÃO A VALOR DE MERCADO, SABENDO-SE QUE ESTE É INFERIOR AO VALOR DE AQUISIÇÃO:

DB Conta de Resultado Despesas Financeiras

CR Ativo Circulante (Conta Redutora)Provisão p/ redução ao valor de mercado

Histórico Valor

Perda por ajuste ao valor de Mercado 30.00

APLICAÇÃO CLASSIFICADA COMO “DISPONÍVEL PARA VENDA”

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Na data da compra:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Ativo Circulante (Disponível)Caixa / Banco

Histórico Valor

1,000.00

NA DATA DO BALANÇO, EM 31/12/X0, REFERENTE À PARCELA DOS JUROS JÁ TRANSCORRIDOS:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Conta de Resultado (Receitas)Receitas Financeiras / Receitas s/ Outros Investimentos

Histórico Valor

75.00

NA DATA DO BALANÇO, APÓS A APROPRIAÇÃO DA RECEITA, CONTABILIZAÇÃO A VALOR DE MERCADO, SABENDO-SE QUE ESTE É INFERIOR AO VALOR DE AQUISIÇÃO:

DB Patrimônio Líquido DB Ativo CirculanteAjuste de Avaliação Patrimonial Impostos Diferidos

CR Ativo Circulante (C.Redutora-Investimentos Temporarios) CR Patrimônio LíquidoProvisão p/ redução ao valor de mercado Ajuste de Avaliação Patrimonial

Histórico Valor Histórico Valor

30.00 Considerar 25% + 9% IR e CSLL 30.00

APLICAÇÃO CLASSIFICADA COMO “MANTIDAS ATÉ O VENCIMENTO”Na data da compra:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Ativo Circulante (Disponível)Caixa / Banco

Histórico Valor

1,000.00

NA DATA DO BALANÇO, EM 31/12/X0, REFERENTE À PARCELA DOS JUROS JÁ TRANSCORRIDOS:

DB Ativo CirculanteInvestimento Temporários/Títulos e Valores Mobiliários

CR Conta de Resultado (Receitas)Receitas Financeiras / Receitas s/ Outros Investimentos

Histórico Valor

75.00

NA DATA DO BALANÇO, APÓS A APROPRIAÇÃO DA RECEITA, CONTABILIZAÇÃO A VALOR DE MERCADO, SABENDO-SE QUE ESTE É INFERIOR AO VALOR DE AQUISIÇÃO.

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AULA Nº 3 – INVESTIMENTOS: PERMANENTES, CLASSIFICAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO PELO MÉTODO DE CUSTO E MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Objetivo da Aula:

3 INVESTIMENTOS PERMANENTES

Os investimentos permanentes, pela própria natureza do nome, requerem a intenção de permanecer com o bem. Podemos citar, por exemplo, aquisição de uma obra de arte.

A legislação societária destacou um grupo de contas, chamado de “investimentos”, onde são aplicados os recursos em bens de natureza não monetária, representados por valoresmobiliários, sem prazo de vencimento ou taxa de rendimento pré-determinada. O rendimento desses investimentos está diretamente relacionado às oscilações de cotações de preços de compra e de venda.

Então toda vez que houver a intenção de permanecer com o bem adquirido e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia, deve ser classificado no grupo de investimentos.

Podemos citar outros exemplos:como participações em coligadas, participações em controladas, participações em outras empresas, participações em incentivos fiscais, obras de arte, terrenos e imóveis não de uso (para renda).

Talvez neste momento, você deve estar ser perguntado sobre novo item que surgiu nesta aula. Vamos então conceituar ele e rever outros?

VALORES MOBILIÁRIOS

São títulos de investimento que a sociedade anônima emite para obtenção dos recursos que necessita. Também emitidos por entidades financeiras e outras entidades comerciais. Esses títulos representam unidade ou fração de um patrimônio. Exemplos: ações, quotas, bônus de subscrição.

AÇÃO

Valor mobiliário emitido pela sociedade anônima, que representa a menor unidade do capital social, que confere direitos e deveres aos seus titulares. Segundo as espécies, destacam-se as ações ordinárias e as preferenciais.

AÇÃO ORDINÁRIA

Confere ao titular os direitos essenciais do acionista, especialmente participação nos resultados da companhia e direito de voto em Assembléia.

AÇÃO PREFERENCIAL

Confere ao titular prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele.

3.1 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES

A Lei nº 6.404/76 introduziu critérios contábeis de avaliação de investimentos. Basicamente, passaram a existir dois métodos de avaliação de investimentos: Método de Custo de Aquisição ou Método da Equivalência Patrimonial.

O objetivo desta aula é Conceituar os investimentos permanentes, a sua classificação e contabilização por meio de custos e de equivalência patrimonial.

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Em suma, o método de custo é adotado para os investimentos menores e o método da equivalência patrimonial para os mais significativos, em termos de participação acionária na investida.

A lei 6404/76, artigo 183, inciso III, informa:

“No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;”

Este artigo trata da avaliação pelo Método de custo de aquisição. No MÉTODO DE CUSTO os investimentos são avaliados ao preço de custo, ou seja, pelo valor efetivamente despendido na transação, deduzido da provisão para perdas permanentes.

PROVISÃO PARA PERDAS

Segundo a legislação deverá ser constituída uma provisão para cobrir as perdas prováveis na realização do valor do investimento quando comprovadas como permanentes (INVESTIMENTOS / Provisão para perdas permanentes).

Normalmente, para determinar tais perdas observam-se as demonstrações contábeis das investidas e apura-se o valor patrimonial das ações possuídas para comparar-se com os registros da investidora. Se a empresa onde foi feito o investimento está operando com prejuízo, o valor de seu patrimônio estará reduzido e através da comparação mencionada será necessário efetuar-se a provisão.

No método de custo os rendimentos obtidos do investimento, os dividendos, são registrados pelo regime de caixa, ou seja, quando do seu recebimento. Tal receita é considerada como operacional e feita no subgrupo à parte (OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS / Dividendos e rendimentos de outros investimentos).

Aproveitamos para informar que dividendos é o direito que o titular de uma empresa tem de participar dos lucros dessa empresa. Essa participação varia de acordo com a quantidade de ações que o titular possui. Isto é, a empresa obtém um resultado positivo e a Assembléia Geral Ordinária da companhia define o percentual sobre este lucro, que será distribuído ou pago entre os acionistas.

CONTABILIZAÇÃO E EXEMPLO PRÁTICO

Em março de 2008, uma determinada empresa adquiriu a participação em outra empresa no valor de R$2.610,00, que representa 9% do capital votante da investida. Algum tempo depois a investida pagou dividendos à investidora no valor de R$80,00.

Na data de aquisição de participação:

DBAtivo Não Circulante

CR Ativo Circulante (Disponível)Caixa / Banco

Histórico Valor

2,610.00

Investimentos/Participações permanentes em outras sociedades (Avaliadas pelo método de custo)

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No recebimento de dividendos:

DB Ativo Circulante (Disponível)Bancos

CRAtivo Não Circulante

Histórico Valor

80.00

Outras Receitas e Despesas Operacionais / Dividendos e rendimentos de outros investimentos.

Outro critério previsto na Lei atualizada das S/A, artigo 248, trata sobre MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (MEP) e diz:

“No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:”

Por este critério de avaliação, a companhia deve reconhecer a equivalência do seu investimento com base no patrimônio líquido da investida.

Para ficar mais claro, informamos o conceito do MEP: A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício.  O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada.

Os professores, José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, destaca:

O método da equivalência patrimonial tem por objetivo avaliar determinadas participações pelo valor correspondente à aplicação do percentual de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido da investida em determinada data.

No método da equivalência patrimonial, os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma coligada ou controlada devem ser reconhecidos no momento de sua geração, independente de serem ou não distribuídos, atendendo desta forma ao principio de competência.

O valor do investimento é determinado no final do exercício mediante a aplicação, sobre o valor do patrimônio liquido da investida, da porcentagem de participação da investidora. Assim, se o valor do patrimônio da investida aumentar ou diminuir (em decorrência do lucro ou prejuízo do exercício) haverá um aumento ou diminuição proporcional na conta de investimento da investidora, registrado em contrapartida como receita (OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS / Participação nos resultados de coligadas ou controladas pelo método da equivalência patrimonial).

Dividendos - Uma vez que no método de equivalência patrimonial o lucro obtido em uma investida é registrado no momento de sua geração, o recebimento do dividendo é uma redução do investimento, pois a receita já foi registrada e quando o dividendo é recebido o mesmo deve reduzir o direito já registrado anteriormente. Os dividendos em dinheiro representam uma troca de investimentos por dinheiro na investidora.

Se uma entidade investidora possui 30% do capital votante de outra entidade (investida), ela tem direito a 30% do Patrimônio Líquido dessa entidade.

Segue abaixo novos conceitos:

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INVESTIDORA é a entidade que adquire investimento de outra entidade.

INVESTIDA é a entidade que recebe investimento da investidora.

CONTROLADA: sociedades nas quais a controladora, direta ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. O controle pode ser direto ou indireto.

Controle direto – a investidora tem mais de 50% das ações da investida com direito a voto.

Controle indireto – a investidora possui o controle da investida por outras controladas.

Empresa B e C são controladas de A

COLIGADA: A lei 11941/2009 redefiniu o conceito de coligada, conforme estáestabelecido no artigo 243, parágrafos 1º, 4º e 5º:

§ 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.

§ 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Resumindo, a investidora só pode informar que possui investimentos em coligadas, quando possuir 20% ou mais do capital votante, sem controlá-la.

EQUIPARADA A COLIGADA: sociedades quando uma participa direta ou indiretamente com 10% ou mais do capital votante de outra sem controlá-la.

CONTABILIZAÇÃO E EXEMPLO PRÁTICO

Em abril de 2008 uma determinada empresa adquiriu a participação em outras empresas conforme demonstrativo abaixo, sendo que em todas as participações à investidora possuía mais de 20% do capital votante das investidas.

Empresa Participação no capital Valor Investimento

A 25% $8.200,00

B 45% $6.400,00

EMPRESA A

EMPRESA B

EMPRESA C

60% - controle direto

90% - controle direto

90% - controle indireto

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Ao final do exercício,o Patrimônio Liquido das investidas eram:

Empresa A = $46.000,00

Empresa B = $13.000,00

Algum tempo depois as investidas efetuaram o pagamento de dividendos a investidora nos valores de:

Empresa A $1.320,00

Cálculo da Equivalência Patrimonial:

Empresa PL Investida X = - =

A 46,000.00 25% 11,500.00 8,200.00 3,300.00

B 13,000.00 45% 5,850.00 6,400.00 (550.00)

Participação no Capital

Valor após Equivalência

Valor Contábil

Valor da Equivalência

Na data de aquisição de participação:

Empresa A

DB Ativo Não Circulante (Investimentos)Participações permanentes em outras sociedades

CR Ativo Circulante (Disponível)Bancos

Histórico Valor

8,200.00

Empresa B

DB Ativo Não Circulante (Investimentos)Participações permanentes em outras sociedades

CR Ativo Circulante (Disponível)Bancos

Histórico Valor

6,400.00

Após apuração de Lucro ou Prejuízo do Exercício:

Empresa A

DB Ativo Não Circulante (Investimentos) Participações permanentes em outras sociedades

CR Conta de Resultado (Receita)Outras Receitas Operacionais

Histórico Valor

3,300.00

Empresa B

DB Conta de Resultado (Despesas)Outras Despesas Operacionais

CR Ativo Não Circulante (Investimentos)Participações permanentes em outras sociedades.

Histórico Valor

550.00

Participação nos resultados de coligadas ou controladas pelo MEP.

Participação nos resultados de coligadas ou controladas pelo MEP.

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No recebimento de deividendos:

Empresa A

DB Ativo Circulante (Disponível)Bancos

CR Ativo Não Circulante (Investimentos)Participações permanentes em outras sociedades

Histórico Valor

1,320.00

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AULA Nº 4 – PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E GANHO DE CAPITAL.

Objetivo da Aula:

4 CONCEITO DE CONTINGÊNCIA E GANHO DE CAPITAL

CONTINGÊNCIA

É uma condição ou situação cujo resultado final, pode ser favorável ou desfavorável, dependendo dos eventos futuros incertos. Em contabilidade essa definição se restringe às situações existentes à data das demonstrações financeiras, cujo efeito financeiro será determinado por eventos futuros que possam ocorrer ou deixar de ocorrer.

Esta provisão está intimamente ligada aos riscos e incertezas de um fato, pois representam encargos ou riscos que, conforme a Lei das Sociedades Anônimas, deverão ser contabilizados até a data do balanço. As suas principais características são:

Determinação com base em estimativa;

Sem data certa de vencimento;

Eas vezes, sem nome exato do credor.

As estimativas quanto ao desfecho e aos efeitos financeiros das contingências são determinadas pelo julgamento da administração da empresa, apoiadas em estudos e pareceres técnicos, que reflitam uma posição isenta e revisadas pelo auditor independente. Tanto as estimativas quanto a revisão devem incluir o exame dos eventos ocorridos após a data do balanço, complementado pela experiência obtida em transações semelhantes.

As contingências são divididas em ativas e passivas. As contingênciasativasquando se tratar de um possível ganho, por atendimentos aos princípios contábeis, não devem ser reconhecidos contabilmente, porém devem ser divulgados em nota explicativa, com a descrição da sua natureza, o valor potencial e a expectativa da companhia sobre a sua eventual realização. A contingênciapassiva deve ser registrada na contabilidade, pois pode ser uma possível obrigação que resulta de acontecimentos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não totalmente sob controle da empresa, isto é, relativo a fato já ocorrido, cujos efeitos ainda não podem ser definidos. Esta provisão, dependendo do andamento de se realizar pode ser classificada no passivo circulante, no passivo não circulante ou no ativo, como conta retificadora. O exemplo típico que é evidenciado no ativo é a conta: provisão para devedores duvidosos. No passivo tem-se como exemplo: provisão para contingências fiscais ou reclamações trabalhistas, indenizações contratuais, etc.

EM QUAIS CIRCUNSTÂNCIAS UMA EMPRESA PODERÁ REGISTRAR UM GANHO CONTINGENTE DE ACORDO COM AS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS?O IBRACON e a CVM informam: "Como regra geral, ganhos contingentes não devem ser objeto de contabilização em obediência à convenção contábil do conservadorismo, pela qual uma receita somente deve ser reconhecida quando realizada".

O objetivo desta aula é conceituar e ensinar como calcula e contabiliza a Provisão para contingências.

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“A convenção do Conservadorismo (também denominada Prudência) estipula que entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio igualmente válido, segundo os princípios fundamentais de contabilidade, a Contabilidade deverá efetuar o lançamento do menor valor atual para o ativo e o maior valor para o passivo”.

Em regra geral, o lançamento a ser efetuado de uma provisão para contingência é: debitar a conta de despesas por ocasião de sua constituição e creditar a conta provisão para contingências. Exemplo:

DB Conta de Resultado (Despesa)Reclamações Trabalhistas

CR Passivo CirculanteProvisão para Reclamações Trabalhistas

Histórico Valor

CONCEITO DE GANHO DE CAPITAL

O Ganho de Capital consiste no resultado na alienação, por extinção, desgaste, perecimento, desapropriação, obsolescência, ou na liquidação de bens do ativo permanente. Se essa diferença entre o valor da alienação e o valor contábil for positiva dizemos que ocorreu um ganho de capital, se for negativa ocorreu uma perda de capital. É bom ressaltar que o valor contábil do bem corresponde a:

Resultado = diferença entre o valor alienado dos bens e o seu valor contábil

Alienação = ato que transfere a propriedade de bens patrimoniais

(+) Custo de aquisição

(-) Depreciação, Amortização, Exaustão, Provisões

(=) Valor Contábil

O ganho ou perda de capital pode ser avaliado sobre bens do ativo imobilizado, investimentos avaliados pela equivalência patrimonial, investimentos avaliados pelo custo de aquisição, e outros.

ALIENAÇÃO DE BEM DO ATIVO IMOBILIZADO

Nesse caso de alienação, a apuração do ganho de capital deve ser feito da seguinte maneira:

Elementos Valores

Máquinas 240,000.00

(-) Depreciação Acumulada (168,000.00)

(=) custo ou Valor contábil da máquina 72,000.00

Valor da Alienação 102,000.00

(-) Custo contábil da máquina (72,000.00)

(=) Ganho de Capital 30,000.00

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EXEMPLO:

Conta: Veículos

Data de aquisição: 1/31/2004

Valor da aquisição: 36,000.00

Valor depreciado até 31/12/2006: 21,000.00

Taxa depreciação ao ano 20%

Venda a vista em 30/04/2007 23,000.00

Depreciação

Valor do Veículo 36,000.00

(x) taxa anual de depreciação 20%

Quota anual de depreciação 7,200.00

Quota mensal de depreciação 600.00

Saldo da depreciação até 31/12/2006 21,000.00

Em 2007

Jan 600,00

Fev 600,00

Mar 600,00

Abr 600,00 2,400.00

TOTAL = R$ 21.000,00 + R$ 2.400,00 = R$ 23.400,00

APURAÇÃO DO RESULTADO DA VENDA:1. Valor da venda em 30/04/2007 R$ 23.000,00

2. (-) Custo ou valor contábil:

Veiculo R$ 36.000,00

(-) Depreciação Acumulada R$ (23.400,00) R$ 12.600,00

3. Receita operacional (Ganho de Capital) R$ 10.400,00

CONTABILIZAÇÃO:

DB

Ativo Circulante (Disponível)Bancos 23000

Ativo Circulante (Disponível)Bancos

CR Ativo Não Circulante (Imobilizado)Veículos (depreciação Acumulada)

Histórico Valor

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BANCOS

Débito Crédito

$23.000,00

IMOBILIZADO / Veículos $36.000,00

IMOBILIZADO / Veículos – depreciação

acumulada (conta credora)

$23.400,00

RESULTADOS OPERACIONAIS /

GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO

IMOBILIZADO / Ganhos e perdas na

alienação ou baixa de imobilizado

$10.400,00

Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Ganhos e Perdas de Capital

Art. 418.  Serão classificados como ganhos ou perdas de capital, e computados na determinação do lucro real, os resultados na alienação, na desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo permanente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 31).

§ 1º  Ressalvadas as disposições especiais, a determinação do ganho ou perda de capital terá por base o valor contábil do bem, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte e diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 31, § 1º).

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AULA Nº 5 – DMPL DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Objetivo da Aula:

5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

A CVM obriga as sociedades anônimas a efetuar a DMPL. A Lei das S/A obriga as demais entidades a fazer a DLPA. A diferença entre as duas demonstrações está em informar que a primeira (DMPL) é mais completa, e a segunda (DLPA) é apenas uma parte da primeira, pois está contida dentro da DMPL.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL, segundo a legislação do Conselho Federal de Contabilidade é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, ocorrido no patrimônio líquido da entidade, num determinado período de tempo. A estrutura da DMPL descriminará:

a. Os saldos no início do período;

b. Os ajustes de exercícios anteriores;

c. As reversões e transferências de reservas e lucros;

d. Os aumentos de capital discriminando sua natureza;

e. A redução de capital;

f. As destinações do lucro líquido do período;

g. As reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos correspondentes; (extinta com a 11638/07)

h. O resultado líquido do período;

i. As compensações de prejuízos;

j. Os lucros distribuídos;

k. Os saldos no final do período.

Costumo dizer aos alunos que esta demonstração é parecido com um jogo antigo, chamado “batalha naval”, onde vamos preenchendo os campos e efetuando os cálculos de uma forma óbvia, pois torna-se fácil de memorizar o aprendizado. Veja abaixo o exemplo:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA EMPRESA CONTINOVE S/A EM 31/12/2007 EM R$ Capital Social 700.000,00

Reserva de Capital 50.000,00

Reservas de Lucros 35.000,00

Total do Patrimônio Líquido 785.000,00

O objetivo desta aula é Conceituar a DMPL e proceder a sua elaboração.

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FATOS OCORRIDOS NO ANO DE 2008:Aumento de capital em dinheiro efetuado pelos acionistas no valor de 250.000,00

Resultado do Exercício – R$ 193.600,00

Dividendos obrigatórios de 50%

A DMPL visa demonstrar as mutações que ocorreram do patrimônio líquido e informar a composição do novo patrimônio líquido. Veja abaixo:

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTINOVE S/A EM 31/12/2008 EM R$

Descrição Total

Saldo em 31/12/2007 700,000.00 50,000.00 35,000.00 785,000.00

Aumento de Capital Social 250,000.00 - - 250,000.00

Resultado do Exercício - - 193,600.00 193,600.00

Dividendos Obrigatórios - - (96,800.00) (96,800.00)

Saldo em 31/12/2008 950,000.00 50,000.00 131,800.00 1,131,800.00

Capital Social

Reserva de Capital

Reservas de Lucros

Como pode ser observada a linha do saldo de 31/12/08 é a composição do novo patrimônio Líquido da empresa Continove S/A. E a coluna das Reservas de lucros é justamente a DLPA (Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados). Abaixo demonstramos a linha horizontal, na forma vertical que será apresentada no Balanço da empresa.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA EMPRESA CONTINOVE S/A EM 31/12/2008 EM R$CAPITAL SOCIAL 950.000,00RESERVA DE CAPITAL 50.000,00RESERVAS DE LUCROS 131.800,00TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.131.800,00

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AULA Nº 6 – DFC – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Objetivo da Aula:

6 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

O ciclo operacional de um negócio depende só do lucro? Pergunte ao fluxo de caixa.Várias empresas quebram por não saber gerir o seu fluxo de caixa. Considera-se que este relatório é o “coração do sistema financeiro da companhia”. Quase sempre os principais problemas de insolvências das companhias ocorrem pela inadequada administração do seu fluxo de caixa.

Este relatório permite a extração de informações relevantes sobre as variações comportamentais da empresa. Como por exemplo:

1. A empresa tem recursos suficientes para expandir os negócios?

2. Com os novos negócios, a empresa tem capacidade financeira para quitar suas dívidas e em qual período?

Poderia ser efetuadas outras mais perguntas... Por isso, segundo Gitman – “O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa”.

Esta pequena introdução é apenas para demonstrar a Você a importância desse novo relatório, DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa que surgiu em meados 1987 para atender às necessidades dos Estados Unidos, atribuída ao FASB – Conselho de Padrões e Contabilidade Financeira – o órgão responsável pela emissão de normas contábeis denominadas FAS – Financial Accounting Standards(Normas Contábeis Financeiras).

No Brasil, as sociedades anônimas terão que elaborar a DFC, por determinação da Lei 11638/007. Esta nova demonstração veio para substituir a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos), conforme é previsto artigo 176, inciso IV:

“Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa;”

Complementando no mesmo artigo 176, no parágrafo 6º é verificada a obrigatoriedade das demais companhias, sobre a DFC:

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (doismilhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

A elaboração da DFC deve seguir também o artigo 188 da lei 11638/07, na qual indicará as variações dos fluxos de caixa, previsto no inciso I:

O objetivo desta aula é conceituar a DFC, a sua importância e proceder a sua elaboração.

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Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:

I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:

a) das operações;

b) dos financiamentos; e

c) dos investimentos;

Afinal, o que vem a ser Demonstração dos Fluxos de caixa, uma vez que pelo contexto é um demonstrativo de grande relevância para qualquer entidade. Conforme Ribeiro, “DFC é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocaram modificações no saldo da conta Caixa.”

Se este conceito diz que é para evidenciar transações que modificaram o saldo da conta caixa, entende-se que está se falando de entradas e saídas de caixa, que compreende numerário em espécie, depósitos bancários disponíveis e equivalentes de caixa.

EQUIVALENTES DE CAIXA

Denominam-se os investimentos imediatamente conversíveis em moeda, de curtíssimo prazo e que apresentam baixo risco de alteração de valor, como por exemplo, as aplicações financeiras de curto prazo.

Relembrando o artigo 188 da lei das S/A, a DFC deve conter no mínimo 3 (três) fluxos:

FLUXO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Compreendem transações que envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e venda de bens e serviços, isto é, objeto social da companhia.

FLUXO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

Relacionam-se normalmente com o aumento e diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir bens e serviços. Incluem a concessão e o recebimento de empréstimos a acionistas e/ou empresas coligadas ou controladas e suas respectivas amortizações, a aquisição e venda de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras entidades e a aquisição e alienação de imobilizado.

FLUXO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS

Incluem a captação de recursos dos acionistas, são os recursos obtidos do Passivo não circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.

AS PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE AFETAM O CAIXA

Abaixo estão relacionadas em dois grupos as principais transações que afetam o caixa e aquelas que não o afetam.

TRANSAÇÕES QUE AUMENTAM O CAIXA

Integralização do Capital pelo Sócio ou Acionista: São os investimentos realizados pelos proprietários. Se a integralização não for efetuada em dinheiro, mas em bens permanentes, estoques, títulos etc, não afetará o Caixa.

Empréstimos Bancários e Financiamentos: São os recursos financeiros das Instituições Financeiras. Normalmente, os Empréstimos Bancários são utilizados como Capital de Giro (Circulante), e os Financiamentos para a aquisição de Ativo Não Circulante.

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Venda de Itens do Ativo Imobilizado: Caracterizada pela venda de componentes do Ativo Imobilizado (imóveis, maquinas, etc), proporcionando assim uma entrada de recursos financeiros.

Venda à Vista e Recebimento de Duplicatas a Receber (Clientes). A principal fonte de recurso do Caixa, sem dúvida, é a resultante de vendas.

Outras Entradas: Juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas, indenizações de seguros recebidas, etc.

TRANSAÇÕES QUE DIMINUEM O CAIXA

Pagamento de Dividendos aos Acionistas: Se os investimentos dos proprietários da empresa representam entrada em caixa, os dividendos pagos em cada exercício, significam diminuição do Caixa.

Pagamento de Juros e Amortização da Dívida: O resgate das obrigações junto às Instituições Financeiras, bem como os encargos financeiros (juros, comissões e etc), significam saída de dinheiro do Caixa.

Aquisição de Item do Ativo Não Circulante: São as aquisições à vista de Imobilizado e de itens do subgrupo Investimento (ações etc.).

Compra à Vista e Pagamento de Fornecedores: São as saídas de numerários referentes à matéria-prima e material secundário.

Pagamentos de Despesa/Custo, Contas Diversas a Pagar e Demais Obrigações: São os desembolsos com despesas administrativas de vendas, como itens do custo e demais obrigações.

TRANSAÇÕESQUENÃOAFETAMO CAIXA

Algumas transações não afetam o Caixa, pois não há encaixe nem desembolso, dentre elas, podemos citar:

Depreciação, Amortização e Exaustão. São reduções de Ativo para indicar a perda da vida útil dos elementos componentes do Ativo Imobilizado, em detrimento ao uso, à ação do tempo ou à obsolescência.

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD). Representam estimativas de prováveis perdas na venda a prazo para clientes e desta forma, não representam desembolso.

Acréscimos ou Diminuições de itens de investimentos pelo método de Equivalência Patrimonial.

MÉTODOS DE APRESENTAÇÃO DA DFC

6.1 MÉTODO DIRETO

A DFC pelo Método Direto é também denominado Fluxo de Caixa no sentido restrito. A sua elaboração parte do saldo do Caixa do período anterior, como saldo inicial, adicionado às entradas e subtraídas as saídas.

Muitos se referem a ele como o “verdadeiro Fluxo de Caixa”, por que nele são demonstrados todos os recebimentos e pagamentos que efetivamente concorreram para a variação das disponibilidades do período.

6.2 MÉTODO INDIRETO

Também denominado como Fluxo de Caixa no sentido amplo. Isto se explica pela análise dos fundamentos de sua elaboração. É estruturado por meio de um procedimento semelhante ao da DOAR podendo mesmo ser considerado como uma ampliação da mesma. Consiste em estender a análise dos itens não circulantes – próprias daquele relatório – à alteração ocorrida nos itens circulantes

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(passivo e ativo circulante), excluindo, logicamente, as disponibilidades, cuja variação estamos buscando demonstrar.

Assim, partimos do Lucro Líquido, no qual é efetuado um ajuste pelo valor das operações considerando receitas ou despesas, mas que não afetaram as disponibilidades, de forma que se possa demonstrar sua variação no período.

ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO

Primeiramente deve-se identificar e classificar as entradas e saídas de caixa, a serem observados em uma empresa. As entradas, também chamadas origens, representam variações que provocarão o aumento de caixa e, portanto maior liquidez. As saídas por sua vez, representarão o contrário:

Entradas e Saidas de Caixa

Entradas (Origens) Saídas (Aplicações)

Redução de Estoques Aumento de Estoques

Redução de Contas a Receber Aumento de Contas a Receber

Redução de Impostos a Recuperar Aumento de Impostos a Recuperar

Redução de Títulos a Receber Aumento de Títulos a Receber

Redução de Ativos Imobilizados Aumento de Ativos Imobilizados

Redução de Investimentos em ações Aumento de Investimentos em ações

Depreciação Pagamento de Dividendos

Lucro Líquido Após IR Prejuízo Líquido

Aumento de qualquer Passivo Aumento de qualquer Ativo

Para um entendimento mais didático deste conceito, vamos utilizar a seguinte proposição lógica: Uma determinada empresa apresenta os seguintes saldos no Balanço Patrimonial:

Ativo Passivo

Circulante 3,000 Circulante 1,500

Caixa 200

Bancos 100 Passivo Não Circulante 4,000

Aplicações 1,100

Estoques 600 Patrimônio Líquido 4,500

Clientes 1,000

Ativo Não Circulante 7,000

2,000

Imobilizado 5,000

Realizável a Longo Prazo

Deve-se inicialmente considerar os elementos Caixa, Bancos e Aplicações como sendo os componentes do "Caixa Financeiro" da empresa. Assim, os Estoques e Clientes serão chamados "Outros Circulantes". Desta maneira, o caixa financeiro corresponderá o valor de R$ 1.400,00. Os outros circulantes,R$ 1.600,00. Estes grupos serão agora transformados em uma equação:

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CAIXA FINANCEIRO + OUTROS CIRCULANTES + ATIVO REALIZÁVEL LP + ATIVO IMOBILIZADO= PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO NÃO CIRCULANTE + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CF + OC + ARLP + AI = PC + PNC + PL

1.400,00 + 1.600,00 + 2.000,00 + 5.000,00 = 1.500,00 + 4.000,00 + 4.500,00

É NECESSÁRIO AGORA ISOLAR O CAIXA FINANCEIRO EM RELAÇÃO AOS DEMAIS ELEMENTOS DA EQUAÇÃO:

CF = - OC - ARLP - AI + PC + PNC + PL

Em valores temos:

1.400,00 = -1.600,00 - 2.000,00 - 5.000,00 + 1.500,00 + 4.000,00 + 4.500,00

Neste momento devem-se considerar os reflexos provocados pelas variações (aumentos ou reduções) destes grupos em relação ao Caixa Financeiro. Como exemplo pode-se supor o aumento de 500 reais do grupo Passivo Não Circulante. Ele transformaria o Caixa Financeiro de R$ 1.400,00 para R$ 1.900,00. Por outro lado, a redução do mesmo grupo provocaria a redução do Caixa Financeiro. Diferentemente, o aumento de estoques provocará a redução do Caixa Financeiro. A redução deste estoque, porém, permitirá seu aumento.

É imprescindível frisar que os reflexos destas variações, na maioria das vezes, ocorrem de maneira indireta devendo ser entendidos como a decorrência de políticas propostas pela administração, as quais deverão ser incrementadas, incentivadas ou restritas. Também não devemos confundir esta concepção de origens e aplicações, com aquela observada contabilmente, por ocasião da formação da empresa. Aquela de maneira especial salienta a correlação direta de causa e efeito em termos de débito e crédito, entre os elementos formadores da empresa. Aqui se destaca os movimentos que indiretamente provocarão aumento ou redução de liquidez. A seguir podemos observar o modelo para a análise do Fluxo de Caixa da empresa.

EXEMPLO:Vamos utilizar os dados apresentados a seguir para montar o exemplo de elaboração e análise do Fluxo de Caixa:

Ativo 2008 2007 Variação (R$)

Circulante 1,223 1,004 219

Caixa 363 288 75

Aplicações Financeiras 68 51 17

Duplicatas a Receber 503 365 138

Estoques 289 300 (11)

Ativo Não Circulante 2,374 2,266 108

Imobilizado 4,669 4,322 347

( - ) Depreciação Acumulada (2,295) (2,056) (239)

Total 3,597 3,270 327

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Passivo 2008 2007 Variação (R$)

Circulante 620 483 137

Duplicatas a Pagar 382 270 112

Outras Contas a Pagar 159 114 45

Empréstimos a Pagar 79 99 (20)

Passivo Não Circulante 1,023 967 56

Financiamentos 1,023 967 56

Patrimônio Líquido 1,954 1,820 134

Capital Social 819 808 11

Reservas de Lucros 1,135 1,012 123

Total 3,597 3,270 327

Demonstração de Resultados - 2008

Receita de Vendas 3,074

( - ) CMV (2,088)

Lucro Bruto 986

Despesas de Vendas (203)

Despesas Administrativas (323)

Despesas de Depreciação (239)

Lucro Líquido do Exercício 221

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Saldo em 31/12/2007 1,012

( - ) Lucro Líquido do Exercício 221

( - ) Dividendos (98)

Saldo em 31/12/2008 1,135

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ELABORANDO A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Demonstração do fluxo de Caixa - Método Indireto

1 Fluxo das Atividades Operacionais

Lucro Líquido ou Prejuízo do Exercício 221

Depreciação e outras despesas que não representam saída de caixa 239

Variações dos Ativos Circulantes excluindo caixa e aplicações de liquidez imediata (127)

Variações dos Passivos Circulantes excluindo Empréstimos a Pagar 157

Total 1 490

2 Fluxo dos Investimentos

Variações dos Ativos Imobilizados Brutos / Investimentos (347)

Variação dos Realizáveis a Longo Prazo -

Total 2 (347)

3 Fluxo dos Financiamentos

Variações nos Empréstimos de curto prazo (20)

Variações no Passivo Não Circulante 56

Variações no P.L. (excluindo Reservas de Lucros) 11

Dividendos Pagos (98)

Total 3 (51)

4 Acréscimo/(Decréscimo) de Caixa = (1 + 2 + 3) = Variação das Disponibilidades 92

( ± ) Saldo Inicial das Disponibilidades 339

( = ) Saldo Final de Disponibilidades 431

ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO DIRETO

No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação diretamente ocorrida nas disponibilidades. Nesse método, são apresentados todos os itens que tenham provocado entrada ou saída de disponibilidades, ou seja, todos os pagamentos e recebimentos.

As diferenças entre os métodos direto e indireto são limitadas, exclusivamente, aos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são demonstrados de forma igual nos dois métodos.

EXEMPLO: Vamos utilizar os dados apresentados a seguir para montar o exemplo de elaboração e análise do Fluxo de Caixa:

Ativo 2008 2007 Variação (R$)

Circulante 315,250 188,000 127,250

Disponível 250 8,000 (7,750)

Duplicatas a Receber 125,000 120,000 5,000

Estoques 190,000 60,000 130,000

Ativo Não Circulante 13,000 15,000 (2,000)

Imobilizado 20,000 20,000 -

( - ) Depreciação Acumulada (7,000) (5,000) (2,000)

Total 328,250 203,000 125,250

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Passivo 2008 2007 Variação (R$)

Circulante 186,225 142,000 44,225

Fornecedores 154,000 90,000 64,000

Impostos a Recolher 28,725 29,000 (275)

Contas a Pagar - 8,000 (8,000)

Financiamentos 3,500 15,000 (11,500)

Passivo Não Circulante 4,000 - 4,000

Financiamentos 4,000 - 4,000

Patrimônio Líquido 138,025 61,000 77,025

Capital Social 61,000 21,000 40,000

Reservas de Lucros 77,025 40,000 37,025

Total 328,250 203,000 125,250

Observação: todas as despesas operacionais efetuadas a prazo transitam por Contas a Pagar.

Demonstração de Resultados - 2008

Receita de Vendas 1,026,800

( - ) CMV (526,800)

Lucro Bruto 500,000

Despesas Operacionais (402,250)

Despesas de Depreciação (2,000)

Lucro Líquido antes dos impostos 95,750

Provisão IR e CS (28,725)

Lucro Líquido do Exercício 67,025

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Saldo em 31/12/2007 40,000

( + / - ) Lucro Líquido do Exercício 67,025

( - ) Aumento de Capital (30,000)

Saldo em 31/12/2008 77,025

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34

PODEMOS ELABORAR A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONFORME SEGUE:

Duplicatas a Receber

Saldo Inicial 120,000

(+) Receita de Vendas (DRE) 1,026,800

(-) Perdas com clientes -

(=) Total de recebíveis 1,146,800

(-) Saldo Final (125,000)

Valores efetivamente recebidos no período 1,021,800

Movimentação dos Estoques

CMV (DRE) 526,800

( - ) Estoque Inicial (60,000)

( + ) Estoque Final 190,000

( = ) Compras de mercadorias 656,800

Fornecedores

Saldo Inicial - Fornecedores 90,000

(+) Compras (Movimentação Estoques) 656,800

(=) Total de pagáveis 746,800

(-) Saldo Final - Fornecedores (154,000)

Valores efetivamente pagos no período 592,800

Contas a Pagar

Saldo Inicial - Contas a Pagar 8,000

(+) Despesas Operacionais (DRE) 402,250

(=) Total de pagáveis 410,250

(-) Saldo Final - Contas a Pagar -

Despesas efetivamente pagas no período 410,250

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Demonstração do fluxo de Caixa - Método Indireto

1 Fluxo das Atividades Operacionais

Recebimentos de Clientes 1,021,800

(-) Pagamentos Fornecedores (592,800)

(-) Pagamento de Impostos e Contribuições (29,000)

(-) Pagamento de Despesas Operacionais (410,250)

Total 1 (10,250)

2 Fluxo dos Investimentos

Variações dos Ativos Imobilizados Brutos / Investimentos -

Variação dos Realizáveis a Longo Prazo -

Total 2 -

3 Fluxo dos Financiamentos

Variações nos Empréstimos de curto prazo (11,500)

Variações no Passivo Não Circulante 4,000

Variações no P.L. (excluindo Reservas de Lucros) 40,000

Dividendos Pagos (30,000)

Total 3 2,500

4 Acréscimo/(Decréscimo) de Caixa = (1 + 2 + 3) = Variação das Disponibilidades (7,750)

( + ) Saldo Inicial das Disponibilidades 8,000

( = ) Saldo Final de Disponibilidades 250

Demonstração do fluxo de Caixa - Método Indireto

1 Fluxo das Atividades Operacionais

Lucro Líquido ou Prejuízo do Exercício 67,025

Depreciação e outras despesas que não representam saída de caixa 2,000

Variações dos Ativos Circulantes excluindo caixa e aplicações de liquidez imediata (135,000)

Variações dos Passivos Circulantes excluindo Empréstimos a Pagar 55,725

Total 1 (10,250)

2 Fluxo dos Investimentos

Variações dos Ativos Imobilizados Brutos / Investimentos -

Variação dos Realizáveis a Longo Prazo -

Total 2 -

3 Fluxo dos Financiamentos

Variações nos Empréstimos de curto prazo (11,500)

Variações no Passivo Não Circulante 4,000

Variações no P.L. (excluindo Reservas de Lucros) 40,000

Dividendos Pagos (30,000)

Total 3 2,500

4 Acréscimo/(Decréscimo) de Caixa = (1 + 2 + 3) = Variação das Disponibilidades (7,750)

( ± ) Saldo Inicial das Disponibilidades 8,000

( = ) Saldo Final de Disponibilidades 250

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AULA Nº 7 – DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Objetivo da Aula:

7 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

A DVA foi inserida pela Lei nº 11.638/2007, (artigo 176, inciso V), no conjunto de demonstrações financeiras que as companhias abertas devem apresentar ao final de cada exercício social, estando, portanto, sujeita a todas as regras de aprovação.

No artigo 188, inciso II da Lei das S/A, informa que a Demonstração do Valor Adicionado indicará: o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

O valor adicionado de uma empresa, elaborado na forma contábil, representa o quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire num determinado período e é obtido, de forma geral, pela diferença entre vendas e o total dos insumos adquiridos de terceiros. Este valor terá também o significado de toda a remuneração dos esforços aplicados na atividade da empresa.

Sob uma abordagem mais ampla, a Contabilidade utiliza a Demonstração do Valor Adicionado, para identificar e divulgar quanto à atividade da empresa gera de recursos adicionais para a economia local, como e para quem os distribui.

Esta é uma informação de fundamental importância para a gestão econômica governamental regional, dado que a instalação de uma empresa consome, necessariamente, recursos públicos, por meio da implementação de infra-estrutura básica como: asfalto, rede de água e esgoto etc ou na forma de subsídios, redução de impostos permanente ou temporariamente.

Para avaliação de investimentos faz-se necessário identificar os benefícios que podem gerar (ou que estão gerando) frente aos recursos que consomem de modo a se aferir as vantagens da permissão de sua instalação ou continuidade. Ou, ainda, para induzi-las à melhoria de seu comportamento social e econômico.

Idealmente, a empresa instalada em um determinado município deve empregar a mão-de-obra local, gerar benefícios para estes e seus familiares, além da comunidade que a cerca. Vivemos sob uma forma de administração pública descentralizada, ou seja, cada município recebe uma verba dos governos estadual e federal, e a completa com impostos municipais arrecadados, devendo gerenciar o atendimento das necessidades básicas de infra-estrutura e urbanização da cidade. Claro está que há necessidade de fomentar a criação de atividades econômicas que gerem impostos para complementar recursos e também ocupar a mão-de-obra disponível.

Empregar a mão-de-obra local implica em reduzir os serviços assistenciais do governo e em incentivar a criação de novos postos de trabalho e de geração de impostos, como as atividades comerciais e de serviços, além, obviamente, de elevar a renda da comunidade.

O objetivo desta aula é conceituar a DVA, a sua importância e proceder a sua elaboração.

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37

Contudo, se uma indústria obtém autorização para funcionamento em um município, mas utiliza mão-de-obra de outros municípios, os recursos distribuídos a título de remuneração serão consumidos neste outro município, desestimulando com isso a criação de atividades econômicas que pudessem absorver tais recursos e a força de trabalho disponível. No entanto, a indústria terá consumido os recursos municipais com o uso da infra-estrutura que lhe foi entregue.

Imagine-se uma empresa que consome todos os recursos já mencionados, o único benefício que propícia é o emprego dos moradores da cidade e não adiciona nenhum valor durante o seu processo produtivo. Esta é uma situação não muito comum, mas configuraria poucas alternativas de continuidade, dado que esta requer o reinvestimento dos resultados positivos, ou seja, dos lucros, na manutenção da empresa. Os sócios não podem estar permanentemente aportando novos recursos à companhia, esta deve ter condições para sua auto-manutenção. É necessário que seja agregado algum valor aos produtos da empresa de forma a justificar um sobre-preço que permita sua continuidade.

O valor adicionado constituí-se da receita de venda deduzido dos custos dos recursos adquiridos de terceiros como: matéria-prima, mercadorias para revenda, serviços de terceiros, energia elétrica, enfim todos os insumos adquiridos de terceiros e consumidos durante o processo operacional.

O resultado representa o que a empresa adicionou aos insumos/serviços adquiridos de terceiros para chegar ao seu produto/serviço final; corresponde, portanto, à riqueza gerada. É o que tem se convencionado denominar Valor Adicionado Bruto.

Todavia, a empresa utiliza-se também de instalações, máquinas, equipamentos e outros ativos de vida útil mais extensa, diminuindo-lhes o potencial de uso. Tal redução de potencial de uso na Contabilidade é refletida pela depreciação, amortização e exaustão. Assim sendo, dada a essencialidade do consumo parcial destes ativos para a geração da riqueza, seu valor deve ser deduzido do valor adicionado bruto, conduzindo ao valor adicionado líquido, o qual reflete a efetiva contribuição da empresa para a economia local.

Há ainda que se mencionar os valores recebidos de outras empresas sem sacrifícios operacionais, como o caso do resultado de participações societárias. A investidora realizou o investimento em algum momento passado, e nos períodos posteriores apenas receberá os frutos desta aplicação, sem qualquer esforço, pelo menos em princípio. O mesmo acontece com as receitas financeiras. Não há esforço da investidora, ela apenas aplica seus recursos no mercado e, dependendo das oscilações destes é que será sua receita.

Assim, o valor adicionado líquido somado às receitas recebidas em transferência demonstrará o total dos recursos distribuídos.

A distribuição do valor adicionado reflete quem são os beneficiados com o desempenho da empresa como: empregados, governo, terceiros, acionistas, os quais estão representados pela remuneração do pessoal e encargos sociais; impostos sobre vendas, produção e serviços, taxas e contribuições; juros sobre capital de terceiros e próprio, dividendos, aluguéis de móveis e imóveis e por fim pode ser retido a título de reinvestimento na organização.

A análise da distribuição do valor adicionado identifica a contribuição da empresa para a sociedade e os setores por ela priorizados. Este tipo de informação serve para avaliar a performance da empresa no seu contexto local, sua participação no desenvolvimento regional e estimular ou não a continuidade de subsídios e incentivos governamentais. E, em um contexto maior, pode servir de parâmetro para definição do comportamento de suas congêneres.

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38

Note-se, novamente, que o banco de dados necessário para a elaboração desta demonstração já está disponível na Contabilidade, fazendo-se necessário apenas um estímulo para que seja utilizado.

Ter informações sobre a conduta operacional, econômica e financeira das empresas é um fator primordial para a gestão governamental, seja municipal, estadual ou federal, principalmente no que se refere à alocação dos escassos recursos. O instrumento já existe: a Contabilidade. Por meio da identificação, mensuração e divulgação dessas referidas informações a Contabilidade pode contribuir muito com o governo e com a sociedade em geral, na busca de soluções para os emergentes e crescentes problemas sociais, principalmente no Brasil, país em desenvolvimento, com notória carência de recursos financeiros.

MODELO BÁSICO DE DVA:1 – RECEITAS

1.1.VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS.VENDAS DE MERCADORIAS

VENDAS DE PRODUTOS

VENDAS DE SERVIÇOS

1.2.PROVISÃO P/CRÉDITOS DUVIDOSOS

CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO PARA CRÉDITOS DUVIDOSOS

REVERSÃO DA PROVISÃO PARA CRÉDITOS DUVIDOSOS

1.3.OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

VENDAS DO IMOBILIZADO

CUSTO DE VENDAS DO IMOBILIZADO

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS2.1. CUSTOS DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS VENDIDOS

2.2. MATERIAIS, ENERGIA, SERVIÇOS DE TERCEIROS E OUTROS

2.3. PERDA/RECUPERAÇÃO DE VALORES ATIVOS

2.4. OUTRAS (ESPECIFICAR)3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)4 – RETENÇÕES

4.1. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (1-2-3) 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1. RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

6.2. RECEITAS FINANCEIRAS

7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (4+5)8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO:

8.1. PESSOAL E ENCARGOS

8.2. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

8.3. JUROS E ALUGUÉIS

8.4. JUROS S/ CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS

8.5. LUCROS RETIDOS/PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

DETALHAMENTOS DOS GRUPOS CONTÁBEIS FORMADORES DE TAL DEMONSTRATIVO:

1. RECEITAS

1.1.Vendas de mercadorias, produtos e serviços

Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde á receita bruta ou faturamento bruto.

Devem ser deduzidas as devoluções, os abatimentos incondicionais e os cancelamentos.

Para fins de facilitar a compreensão dos termos empregados neste grupo, define-se:

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39

Mercadorias - valores de revenda de produtos adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia adquire medicamentos de um distribuidor, e revende-os. Trata-se de mercadorias, e não de produtos.

Produtos - valores de venda de produtos de produção própria (indústria). Exemplo: uma indústria farmacêutica adquire insumos, industrializa-os e vende-os a distribuidores. Trata-se de produtos de produção própria vendidos.

Serviços – valores de venda de serviços executados por contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de auditoria independente, executados para um cliente.

1.2.Provisão p/créditos duvidosos

Inclui os valores relativos à constituição de provisão para créditos duvidosos, bem como da reversão da mesma.

1.3.Outras Receitas Operacionais

Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais como venda de imobilizado ou investimentos.

2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

2.1.Custos das mercadorias e serviços vendidos

Somam-se neste item todos os materiais (incluindo materiais de embalagem, materiais secundários, etc.) consumidos no custo dos produtos e serviços vendidos.

2.2.Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

Compreende todas as demais despesas operacionais não incluídas em outros itens, como energia elétrica aplicada na administração e vendas, serviços de terceiros não compreendidos como custos de produção, despesas administrativas e comerciais.

2.3.Perda/Recuperação de valores ativos

Inclui valores relativos a provisões para ajuste ao valor de mercado de estoques e investimentos, etc.

2.4.Outras

3. Especificar

4. RETENÇÕES

4.1.Depreciação, amortização e exaustão

5. Especificar

6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1.Resultado de equivalência patrimonial

Inclui os valores recebidos como dividendos e lucros relativos a investimentos avaliados ao custo.

6.2.Receitas financeiras

Compreende todas as receitas financeiras independentemente de sua origem, como juros sobre aplicações financeiras, juros sobre duplicatas de clientes, descontos obtidos, juros sobre atualizações de impostos recuperáveis, etc.

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7. Especificar

8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

8.1.Pessoal e encargos

Nesse item deverão ser incluídos salários, férias, 13º salário, FGTS, seguro de acidentes de trabalho, assistência médica, alimentação, transporte, etc.

8.2. Impostos, taxas e contribuições

Além das contribuições devidas ao INSS, comporão este item o imposto de renda da pessoa jurídica, contribuição social sobre o lucro, PIS, COFINS, ISS, CPMF e todos os demais impostos, taxas e contribuições.

8.3. Juros e alugueis

Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto às instituições financeiras, empresas do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo-se os custos e despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros.

8.4. Juros s/ capital próprio e dividendos

Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas, sócios ou titular.

8.5. Lucros retidos / prejuízo do exercício

Devem ser incluídos os lucros do período destinados a reservas de lucros e eventuais parcelas ainda ser destinação especifica.

ELABORAÇÃO – EXEMPLO PRÁTICO

A Cia. Golfinho apresentou seu balanço em 2007, com os seguintes saldos:

Balanço Patrimonial - 31/12/2007

Ativo Passivo

Circulante Circulante

Caixa/Bancos 5,000

Patrimônio Líquido

Ativo Não Circulante Capital Social 5,700

Imobilizado

Máquinas e Equipamentos 1,000

(-) Depreciação Acumulada (300)

DURANTE O EXERCÍCIO DE 2008, REALIZOU AS SEGUINTES OPERAÇÕES:1. Aquisição a vista de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 com incidência

de 18% de ICMS. Assim, o valor das compras líquidas foi de R$ 1.640,00 e o ICMS incluso no valor bruto das compras foi de R$ 360,00

2. Venda total das mercadorias, a vista, por R$ 6.000,00 destacando-se o ICMS de R$ 1.080,00.

3. No período, 10% das mercadorias vendidas foram devolvidas, ou seja, R$ 600,00. No valor dessa devolução, estão inclusos R$ 108,00 relativos ao ICMS que foi faturado no momento da venda. O custo das mercadorias que ora estão sendo devolvidas foi de R$ 200,00 e, portanto, o ICMS incluso nesse valor é de R$ 36,00.

4. Pagamento de pessoal no valor de R$ 290,00

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41

5. Despesas administrativas pagas correspondem ao consumo de materiais de escritório no valor de R$ 112,00

6. Venda a vista de imobilizado por R$ 600,00, cujo custo de aquisição foi de R$ 500,00 e já estava depreciado em R$ 150,00. Ou seja, a empresa obteve lucro de R$ 250,00 nessa transação.

7. O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados à alíquota de 24% sobre o lucro liquido.

A EMPRESA APRESENTOU AS SEGUINTES DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 2008:

Demonstração do Resultado do Exercício em 31/12/2008

Receita Bruta de Vendas 6,000

(-) IF/VC/DI (1,572)

Vendas Canceladas (600)

ICMS Faturado (972)

(=) Receita Líquida de Vendas 4,428

(-) Custo de Mercadoria Vendida (1,476)

(=) Lucro Bruto 2,952

(-) Despesas Operacionais

Despesas Administrativas (402)

Despesas com Salários (290)

Despesas Mat. Escritório (112)

(=) Resultado Operacional 2,550

(+) Outras Receitas 250

(=) LAIR 2,800

(-) IRPJ (420)

(-) CSLL (252)

(=) Lucro Líquido 2,128

Balanço Patrimonial - 31/12/2008

Ativo Passivo

Circulante Circulante

Caixa/Bancos 8,598 ICMS a Pagar 612

Estoque 164 IRPJ a Pagar 420

CSLL a Pagar 252

Imobilizado Patrimônio Líquido

Máquinas e Equipamentos 500 Capital Social 5,700

(-) Depreciação Acumulada (150) Reservas de Lucros 2,128

Total 9,112 Total 9,112

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA DO EXERCÍCIO DE 31/12/2008

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42

Demonstração do Valor Adicionado R$

1 RECEITAS 5,650

1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 5,400

1.2 Provisão p/ Créditos Liquidação duvidosa

1.3 Outras Receitas e Outras Despesas 250

2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 1,912

2.1 Custos das Mercadorias e Serviços Vendidos 1,800

2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 112

2.3 Perda/Recuperação de Valores Ativos

2.4 Outras

3 VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2) 3,738

4 RETENÇÕES

4.1 Depreciação, amortização e exaustão

5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3 - 4) 3,738

6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1 Resultado de Equivalência Patrimonial

6.2 Receitas Financeiras

7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 3,738

8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 3,738

8.1 Pessoal e encargos 290

8.2 Impostos, taxas e contribuições 1,320

8.3 Juros e Aluguéis

8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos

8.5 Lucros retidos/ (prejuízo do exercício) 2,128

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DESCRIÇÃO DOS ITENS QUE COMPÕEM A DVA:1.1.Vendas de mercadorias, produtos e serviços:

Corresponde ao valor da receita bruta, deduzidos das devoluções de vendas e dos abatimentos. O valor de R$ 5.400,00 refere-se às receitas de vendas no montante de R$ 6.000,00, deduzidas das devoluções de R$ 600,00

1.3. Outras Receitas:

Inclui valores considerados fora da atividade principal da empresa, no caso, os valores referem-se ao valor total obtido com a venda do imobilizado, isto é R$ 600,00 e o custo da baixa, valor R$ 350,00. Este valor corresponde à diferença entre o custo de aquisição R$ 500,00 e o valor da depreciação acumulada R$ 150,00

2.2.Custo das mercadorias e produtos vendidos:

São considerados os valores brutos de aquisição das mercadorias que foram vendidas no exercício. Portanto o valor de R$ 1.800,00 corresponde a R$ 1.476,00 relativos ao custo líquido mais R$ 324,00 de ICMS que foram incluídos no valor das compras.

CUSTO LÍQUIDO COMPRAS 100% VENDIDAS R$ 1.640,00DEVOLUÇÃO (RETIDO NO ESTOQUE) (R$ 164,00) [R$ 200,00–R$ 36,00]

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CUSTO LÍQUIDO R$ 1.476,00ICMS COMPRAS R$360,00ICMS (RETIDO DO ESTOQUE) R$ 36,00ICMS R$324,00

2.3.Materiais, energia, serviços de terceiros e outros:

Refere-se ao montante gasto com material de escritório no valor de R$ 112,00

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

8.1. Pessoal e encargos:

Trata-se do montante de R$ 290,00 de gastos com pessoal.

8.2. Impostos, taxas e contribuições:

Corresponde a parcela da riqueza criada pela empresa e destinada ao governo. É a soma de IR/CS de R$ 672,00, com o ICMS líquido de R$ 648,00 (diferença entre R$ 972,00 sobre vendas e R$ 324,00 incidentes sobre as mercadorias adquiridas e vendidas).

8.5. Lucros retidos/prejuízos do exercício:

Corresponde ao valor do lucro do exercício R$ 2.128,00

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8 BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

IUDÍCIBUS, S. de, et al.. Manual de Contabilidade Societária (Aplicável a todas as Sociedades); S.Paulo; Ed Atlas; 2010.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

RIBEIRO, Osni M.; Contabilidade Intermediária; 02º edição; São Paulo; Ed Saraiva; 2009

RICARDO, A.; Contabilidade Gerencial e Societária; 01º edição; São Paulo; Ed. Saraiva; 2005

MARION, J.C.; Contabilidade empresarial; 11º edição; São Paulo; Ed. Atlas; 2005

SANTOS, A. dos. Demonstração do Valor Adicionado. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

OLIVEIRA, P de G.; Contabilidade Tributária. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009

BIBLIOGRAFIA USADA

ALMEIDA, M. C. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1996.

ARAÚJO, I. P. S. Introdução à Contabilidade. 13. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

CTN – Código Tributário Nacional; Ed. Saraiva

CF – Constituição da República Federativa do Brasil; Ed. Saraiva

CFC. Resolução CFC nº 1159/09 -Brasília: CFC, 2009.

CFC. Resolução CFC nº 1157/09 -Brasília: CFC, 2009.

CFC. Demonstrações Contábeis: Estruturação e normas. -Brasília: Editora CFC, 2001.

CFC. Resolução CFC nº 737/92 -Brasília: CFC, 1992.

DIAS, A. M. CALDARELLI, C. A.Lei 11.638 - Uma revolução na contabilidade das empresas. 1. ed.São Paulo: Trevisan Editora Universitária, 2008.

FERNANDES, E. C. Impacto da Lei nº 11.638/07 sobre os Tributos e a Contabilidade. 1. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

FERREIRA J. R. Resumo de Contabilidade Geral. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009.

IUDÍCIBUS, S. de, et al..Manual de Contabilidade das Sociedades Por Ações (Aplicável às Demais Sociedades. Suplemento. São Paulo: Editora Atlas, 2009..

IUDÍCIBUS, S. de,et al..Manual de Contabilidade das Sociedades Por Ações (Aplicável às Demais Sociedades. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

IUDÍCIBUS, S. de, Equipe de Professores da FEA/USP.Contabilidade Introdutória. 9. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.

LEI DE SOCIEDADES ANÔNIMAS: atualizada pela Lei 11638/2007 pela web em 16/09/2008.

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LEI DE SOCIEDADES ANÔNIMAS: atualizada pela Lei 11941/2009 pela web em 08/07/2009.

MACHADO, H.B. - Curso de Direito Tributário; Editora Malheiros

QUINTANA, A. C. Fluxo de Caixa – Demonstrações Contábeis de acordo com a Lei 11.638/07. 1. ed.Curitiba:Juruá Editora, 2009.

RIBEIRO, O. M.Contabilidade Intermediária. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

RIBEIRO, O. M.Demonstrações Financeira - Mudanças na Lei das Sociedades por Ações: Como era e como ficou. 1. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.

SANTOS, A. dos.Demonstração do Valor Adicionado. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

SÁ, A. C. Fluxo de Caixa. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.

SCHMIDT, P. SANTOS, J. L. dos.Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.