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Matéria Petrono,cias GCOMEX VAI MONTAR BASE DE OPERAÇÕES PARA ATENDER À MARGEM EQUATORIAL A GComex atua desde 2003 fortemente no mercado de logís9ca do setor de óleo e gás, que considera um gargalo no cenário brasileiro até hoje, e recentemente fechou contrato para dar apoio logís9co ao FPSO OSX1, do grupo EBX. No início deste ano estrearam uma base de operações no Caju, no Rio de Janeiro, e tem nos planos a montagem da próxima base, agora na região norte ou nordeste do Brasil, para atender às a9vidades na Margem Equatorial, que surgirão após a 11ª rodada de licitações da ANP. O CEO da GComex, Carlos Eduardo Paes Leme, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou os projetos e a trajetória da empresa. Quais serviços a GComex está prestando para a OSX em relação ao FPSO OSX1? No caso do OSX1, estamos fazendo a logísAca na nossa base no Caju, onde temos uma área desAnada a armazenar os equipamentos do FPSO, além de uma área confinada para o controle da receita federal para tudo que diz respeito ao Repetro (regime especial de importação de equipamentos para o setor de óleo e gás). Fora a base portuária, que é onde fazemos todo o gerenciamento de materiais, embarque e desembarque, estamos fazendo toda a operação portuária, o transporte de pessoal, o acesso das pessoas ao porto, estamos fornecendo equipamentos de mobilização de carga e descarga, entre outras aAvidades relacionadas à logísAca. Quais são as complicações por que o FPSO está passando? O que falta para atender às requisições do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho? É uma fiscalização natural, que poderia acontecer em qualquer lugar. O FPSO está numa fase de finalização do processo de comissionamento e testes, então já estavam previstas todas as observações do Ministério do Trabalho alegando irregularidades. O FPSO veio de Cingapura com a previsão de que seriam feitas adequações aqui no Brasil, em função de exigências específicas da legislação brasileira. O que importa é que o navio jamais sairia do porto sem atender a essas adequações. Mas houve adiamento na previsão de início da operação do FPSO em Waimea, não? Na verdade eu não tenho conhecimento da previsão, fomos contratados para fazer a operação em 60 dias, então não tem nenhuma novidade em relação as datas. Podese falar em 50 dias, 60 dias ou o que for, mas o mais importante é que vai sair quando atender a todas as exigências necessárias. Nesse período de adequações do FPSO houve alguma mudança nas a9vidades da GComex? Pelo contrário. Estamos com tudo dentro do cronograma, sem alteração, pois, como já te disse, todas as solicitações já estavam previstas. Quais são os serviços que a GComex oferece ao mercado de óleo e gás? A GComex hoje é um grupo forte em logísAca, fundamentalmente no mercado de petróleo, gás e energia. Desde a abertura da companhia, no final de 2003, parAcipamos

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Page 1: materias site gcomex · 2012. 9. 17. · Temos’ operação’ numa’ área’ privada,’ onde’ realizamos’ a’ inteligência’ logísAca,’ o’ armazenamento,’ o’

Matéria  Petrono,cias

G-­‐COMEX  VAI  MONTAR  BASE  DE  OPERAÇÕES  PARA  ATENDER  À  MARGEM  EQUATORIAL

A   G-­‐Comex  atua  desde  2003   fortemente  no  mercado   de  logís9ca  do  setor  de  óleo  e  gás,  que  considera  um  gargalo  no   cenário   brasileiro   até   hoje,   e   recentemente   fechou  contrato  para  dar  apoio  logís9co  ao  FPSO  OSX-­‐1,  do  grupo  EBX.   No   início   deste   ano   estrearam   uma   base   de  operações  no  Caju,  no  Rio  de  Janeiro,  e  tem  nos  planos  a  montagem   da   próxima   base,   agora   na   região   norte   ou  nordeste  do  Brasil,  para  atender  às  a9vidades  na  Margem  Equatorial,  que  surgirão  após  a  11ª  rodada  de  licitações  da  ANP.   O   CEO   da   G-­‐Comex,   Carlos   Eduardo   Paes   Leme,  conversou   com   o   repórter   Daniel   Fraiha   e   contou   os  projetos  e  a  trajetória  da  empresa.

Quais  serviços  a  G-­‐Comex  está  prestando  para  a  OSX  em  relação  ao  FPSO  OSX-­‐1?No   caso   do  OSX-­‐1,  estamos   fazendo  a   logísAca   na   nossa   base  no  Caju,  onde  temos  uma  área  desAnada  a  armazenar  os  equipamentos  do  FPSO,  além  de  uma  área  confinada  para  o  controle   da   receita   federal   para   tudo   que   diz   respeito   ao   Repetro   (regime   especial   de  importação   de   equipamentos   para   o  setor   de  óleo   e  gás).   Fora   a   base   portuária,   que  é  onde   fazemos   todo   o   gerenciamento   de  materiais,   embarque  e  desembarque,   estamos  fazendo   toda   a   operação   portuária,   o   transporte   de   pessoal,   o   acesso   das   pessoas   ao  porto,   estamos   fornecendo   equipamentos   de   mobilização   de   carga   e   descarga,   entre  outras  aAvidades  relacionadas  à  logísAca.

Quais   são   as   complicações  por   que   o   FPSO   está   passando?   O   que   falta   para  atender   às  requisições  do  Ministério  do  Trabalho  e  do  Ministério  Público  do  Trabalho?É   uma  fiscalização  natural,  que  poderia   acontecer   em  qualquer  lugar.  O   FPSO   está  numa  fase  de  finalização  do  processo  de  comissionamento   e  testes,  então   já   estavam  previstas  todas  as  observações  do  Ministério  do  Trabalho  alegando  irregularidades.  O  FPSO  veio  de  Cingapura   com  a   previsão  de  que  seriam   feitas  adequações  aqui  no  Brasil,   em   função  de  exigências  específicas  da  legislação  brasileira.  O  que  importa  é  que  o  navio  jamais  sairia  do  porto  sem  atender  a  essas  adequações.

Mas  houve  adiamento  na  previsão  de  início  da  operação  do  FPSO  em  Waimea,  não?Na   verdade   eu   não   tenho   conhecimento   da   previsão,   fomos   contratados   para   fazer   a  operação  em  60  dias,  então  não  tem  nenhuma  novidade  em  relação  as  datas.  Pode-­‐se  falar  em  50  dias,  60  dias  ou  o  que  for,  mas   o  mais   importante  é  que  vai  sair  quando  atender  a  todas  as  exigências  necessárias.

Nesse  período  de  adequações  do  FPSO  houve  alguma  mudança  nas  a9vidades  da  G-­‐Comex?Pelo  contrário.  Estamos  com  tudo  dentro  do  cronograma,  sem  alteração,  pois,  como  já   te  disse,  todas  as  solicitações  já  estavam  previstas.

Quais  são  os  serviços  que  a  G-­‐Comex  oferece  ao  mercado  de  óleo  e  gás?A   G-­‐Comex   hoje   é   um   grupo   forte   em   logísAca,   fundamentalmente   no   mercado   de  petróleo,  gás   e  energia.  Desde  a  abertura   da   companhia,  no  final  de  2003,  parAcipamos  

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aAvamente   das   campanhas   de   exploração,   produção   e   desenvolvimento   nas   Bacias   de  Campos   e  Santos,   com   um  belíssimo   percentual   das   operadoras   internacionais.  Também  temos  uma  divisão  chamada  HRoil,  que  trabalha   com  recursos  humanos,  fornecendo  mão  de   obra   específica   para   o   mercado   de   petróleo.   Temos   mais   de   3   mil   registros   de  funcionários   que   já  passaram   pela   casa   em  projetos     nossos.  Hoje  temos   um  quadro  de  aproximadamente  400  pessoas   trabalhando  para   a   G-­‐Comex   e  esperamos   começar  2012  com  cerca  de  mil  funcionários.

Por  que  aumentará  tanto  em  tão  pouco  tempo?Porque  fechamos   alguns  contratos   com  a  Petrobrás,  como  o  BGL-­‐1,  em  que  toda   a  equipe  de  operação  praAcamente  é  da  G-­‐Comex.  Só  nesse  contrato  são  cerca  de  200  funcionários.  Estamos   também   em   outra   negociação   com   a   Petrobrás   em   que   teremos   cerca   de   500  pessoas  trabalhando,  além  de  outros  projetos.

Como  foi  a  criação  da  HRoil  e  por  quê  criaram?Foi  em  2006,  em  um  momento  em  que  todo  mundo  discuAa  a  falta  de  mão  de  obra.  Como  já   lidávamos   com   soluções,  não  quisemos   ficar  parados.   Vimos   que  poderíamos   ser   um  braço  dos   clientes   nessa   procura,  para   ajudar   nas  operações.  Então  desenvolvemos   esse  projeto  e  hoje  tem  sido  talvez  um  dos  melhores  negócios  da  companhia.

Quais  são  os  destaques  da  empresa?Além  da  HRoil,  temos  a  base  de  operações  no  Caju,  que  começou  a  operar  este  ano,  ainda  no  primeiro  semestre.  Fizemos  lá  uma  operação  com  o  Skandi  Acergy,  da  Subsea  7;  fizemos  várias   atracações   de  barcos   de  apoio  de  sísmica,   de  unidades   AHTS.   E   entendemos   que  temos  no  Porto  do  Rio  uma  das  maiores  opções  para   esse  gargalo  logísAco  que  desafia   o  setor   do   petróleo  hoje.  Acredito  que   2012  será   um  ano  muito   importante  para   a   nossa  base  de  operações.  Temos  uma  expectaAva  de  faturar  cerca  de  40  milhões  de  reais  com  ela  no  próximo  ano.

E  em  2011?Por  ser  o  primeiro  ano  da  nossa  base  de  operações,  o  início  de  uma  consolidação,  devemos  fechar  2011  em  R$  10  milhões.

Como  foi  a  criação  da  G-­‐Comex?Ela  começou  no  final  de  2003,  com  a  abertura  do  mercado  de  petróleo,  que  gerou  a   vinda  de   muitos   operadores   e   de   prestadoras   de   serviços   com   uma   grande   carência   de  fornecedores,  de  informação,  de  conhecimento  da  legislação,  enfim,  das  coisas  do  Brasil.  E,  vendo  isso,  começamos  a  estudar  onde  podíamos  atuar  para  dar  algum  Apo  de  facilitação  aos  clientes,  que  na  época  eram  fundamentalmente  as  companhias  internacionais.  Eu  não  era   do   setor   de   óleo   e   gás,   era   sócio   do   grupo   Granero,   e   trouxe   algumas   pessoas   do  mercado  de  petróleo  quando  fundei  a  G-­‐Comex.  O  objeAvo  era   ligar  o  meu  conhecimento  em  logísAca  com  o  deles  na  área  de  petróleo.  Posso  dizer  que  no  início  entendíamos  muito  de   logísAca   e   pouco   de   petróleo,   pois   ainda   não   falávamos   aquela   língua.   Mas   hoje  falamos  absolutamente  a  língua  do  petróleo.  Até  porque  nossa  atuação  é  exclusiva  na  área  de  petróleo  e  gás.

Como  vê  o  mercado  de  logís9ca  brasileiro  hoje?Aguçadíssimo.   É   um   grande   desafio   para   a   indústria,   porque   talvez   este   seja   o   maior  gargalo  de  todos   os   projetos  que  já  se  ouviu  falar  nos  próximos  10,  15  anos   na    área  de  petróleo  e  gás.  Talvez   para  o  pré-­‐sal  a   logísAca  seja   o  maior  desafio  que  será  encontrado.  Porque  ainda  não  existe  a  estrutura  necessária  para  tudo  o  que  está  por  vir  no  Brasil.  Não  adianta  ter  boas  intenções  se  não  houver  porto,  barcos,  bases  de  apoio  e  etc.

Como  é  a  estrutura  operacional  de  vocês?

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Temos   operação   numa   área   privada,   onde   realizamos   a   inteligência   logísAca,   o  armazenamento,   o   movimento,   e   mandamos   para   embarque   no   porto   público,   que  usamos  para  abastecer  e  desabastecer  as  embarcações.  É  importante  destacar  que  o  Porto  do  Rio  é  a  maior  estrutura  para  atendimento  offshore  da  Bacia  de  Campos  e  Santos  hoje.

Quais  são  os  principais  negócios  da  G-­‐Comex  em  andamento?Temos   o  OSX-­‐1,  que  é  a   nossa   grande  vitrine,  o  BGL-­‐1  da   Petrobrás,  que  é  outro  grande  negócio,   além   de   grandes   clientes   internacionais,   como   a   BP   e   a   Perenco.   Também  fornecemos  mão  de  obra  para  a   Transocean,  para  o  Stena  Drilling  Drillmax,  em  que  quase  toda  a  tripulação  é  da  G-­‐Comex.  Temos  operações  portuárias  com  a  Norskan,  com  a  Subsea  7,  enfim,  uma  gama  de  processos  muito  boa.

O  que  a  G-­‐Comex  espera  dos  próximos  anos?Esperamos  um  aquecimento  ainda  maior  do  mercado.  Porque  tudo  que  estamos  ouvindo  falar  ainda   são  planos,  então  esperamos   que,  quando   começarem   as  operações   mesmo,  haja   um  aquecimento  maior.  As   operadoras   de  serviços,  que  de  fato  movem  a   cadeia   do  setor,  aumentarão  suas  aAvidades  durante  os  processos  de  exploração  e  produção.

Há  algum  contrato  novo,  alguma  novidade?Temos  projeto  de  abrir  bases  similares  à  do  Rio  na  região  norte  ou  nordeste.  A  base  carioca  tem  20  mil  metros  quadrados  de  páAo  e  mais  mil  metros    quadrados  de  área  coberta,  com  área   segregada   e   licenciada   para   armazenagem  de  químicos.   Contamos   com  tudo   que  é  necessário   para   dar   o   apoio   logísAco   ao   setor,   desde   equipamentos   de   içamento,  guindaste,  empilhadeira  até  carretas  e  etc.  Tudo  que  está  englobado  nas  aAvidades  entre  a  retroárea  e  o  porto.

E  quando  deve  ser  instalada  a  base  da  região  norte/nordeste?Mais  ou  menos  em  conjunto  com  a  11ª  primeira  rodada  de  licitações  da  ANP,  para  atender  à  Margem  Equatorial.  Devemos   invesAr  em   torno  de  5  a   10  milhões  de  reais   no  projeto,  que  será  do  mesmo  porte  da  base  do  Rio,  com  o  máximo  de  semelhança  possível.  As  obras  para   instalar   a   base   aqui   levaram   cerca   de  um  ano   e  meio,  mas   lá,   como   já   teremos   o  know-­‐how,  deve  levar  um  ano  no  máximo  para  termos  uma  estrutura  pronta.  

Fonte:  Petronoacias

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Cobertura  Niterói  Naval  Offshore  -­‐  NNO  2011

Em  paralelo  a  Feira  Niterói  Naval  Offshore,  foi  realizado  no  dia  9  de  novembro,  o  Business  

Mee9ng  promovido  pela  MBS  Produções.

O  encontro  aproximou  empresários,profissionais  e  fornecedores  do  setor  naval  e  offshore.

Segundo  a  responsável  pelo  evento,  Milena  Barcelos,  o  Business  Mee9ng  tem  como  obje9vo  

reunir  empresas  do  setor  de  petróleo  e  gás  e  será  realizado  em  todas  as  edições  da  

Feira  Niterói  Naval    Offshore.

A  primeira  edição  do  evento  teve  apoio  da  Federação  das  Indústrias  do  Estado  do  Rio  de  

Janeiro  (Firjan),  Copiadora  Futuro,  Nicomex,  Cais  de  Icaraí/  Perine,  CCR  Ponte,  Wellstream,  

Mistral  Editora,  Assim  Saúde,  TN  Petróleo,  Four  Corretora  e  patrocínio  das  empresas    Schulz  

Tubos  e  Conexões,  Sindicato  Nacional  da  Indústria  da  Construção  e  Reparação  Naval  

(Sinaval),    Associação  Brasileira  das  Empresas  do  Setor  Naval  e  Offshore  (Abenav),  Duarte  de  

Almeida,    Chamon  Transportes  Marí9mos,    INPH  e  G-­‐COMEX  LOGÍSTICA.

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RetrospecAva  TN  Petróleo  2011