material pesquisa 3 (parte 3 de 4)-cultura cigana

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Cultura Cigana, Nossa História por nós – parte III copyright©Nicolas Ramanush – grupo sinte-valshtike – presidente ong www.embaixadacigana.com.br

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Terceira parte (de quatro) sobre cultura cigana, material de pesquisa. Cultura Cigana, Nossa História por nós – parte III copyright©Nicolas Ramanush – grupo sinte-valshtike – presidente ongwww.embaixadacigana.com.br

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  • Cultura Cigana, Nossa Histria por ns parte III copyrightNicolas Ramanush grupo sinte-valshtike presidente ong

    www.embaixadacigana.com.br

  • Nossa Histria por ns-parte III-copyright Nicolas Ramanush

    Hoje podemos afirmar que a origem mais remota de todos os grupos chamados generizamente por ciganos a ndia. No final do sculo 18 vrios estudos de linguistica comparada realizados entre o Romani e lnguas indo-europias comprovaram a orgirem indiana dos ciganos. E o primeiro estudioso a descrever essa teoria foi Samuel Augustini ab Hortis em 1775 na sua obra "Zigeuner em Ungaren traduo do ttulo: Ciganos Hgaros.

    Mas atravs da antropologia podemos tambm constatar estudos que apontam para essa mesma orgem. Pois alm do idioma, prevaleceram valores culturais, socioculturais e prticas religiosas. Por exemplo: entre ciganos Calderash existe uma instituio denominada de Kris que funciona como um tribunal composto pelos ancios para resolver problemas entre membros; e ao analisar essa possibilidade na ndia encontramos o panshayat que um sistema utilizado na ndia. A palavra "panshayat" significa, literalmente, a assembleia (ayat) dos cinco (pansh) sbios e os ancios escolhidos respeitados e aceitos pela comunidade. Tradicionalmente, estes panshayats existem para resolver litgios entre indivduos das vilas.

    Outro exemplo bastante significafico so as Leis sobre a necessria distncia entre castas que ainda existe na ndia e que pode ser comparada segregao que encontramos entre os grupos ciganos: Rom, Calon e Sinte. Da mesma forma que membros de determinadas jatis (castas) apenas realizavam casamentos endogmicos (costume social que prescreve o casamento entre indviduos do mesmo grupo social ou subgrupo), tambm ainda existe grupos e subgrupos ciganos que praticam a endogamia, ocorrenco um nmero insignificante de casamentos com no-cigtanos ou com ciganos de outros grupos.

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    Na ndia ramos os dalits a mais baixa entre as castas. No passado, ramos conhecidos como os "senhores da estrada". Andvamos de um lugar para outro, atravessando rios e florestas. Percorramos a ndia inteira, chegando ao Oriente Mdio, para depois retornar. Atravessvamos reinos inimigos entre si. Para ter-se uma idia, s o Rajasto era dividido em pelo menos cem pequenos reinos. Dispnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada regio. que todos precisavam do nosso trabalho. De fato, transportvamos mercadorias, servamos de "correio" para as longas distncias e ramos tambm os banqueiros dos grandes senhores - podamos comprar ouro e troc-lo por bens de consumo ou dinheiro. Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos no eram carregados por ns em nossas longas viagens. Preferamos enterrar tudo em lugares secretos. No momento certo, sabamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negcios. Nunca fizemos guerra. Como outros cls, durante uma guerra, podamos ser recrutados para ajudar um determinado exrcito, mas nunca para o combate. Ficvamos na retaguarda, prestando todo tipo de servio necessrio s tropas. Em caso de derrota, nada soframos, porque todos reconheciam o nosso valor social. Outras atividades importantes sempre foram, a msica, a dana, a acrobacia e o teatro nas cortes dos reis ou para os soldados. Hoje, vocs podem encontrar-nos aos milhes em periferias annimas, pobres, s vezes miserveis. Dignidade suficiente, porm, no nos falta, numa sociedade que mudou muito desde os tempos em que ns, ciganos, ramos reis das estradas. ramos os Banjaras (ciganos msicos e danarinos), os Hakkipikki caadores do centro sul da ndia;

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    os Gadha Lohar que trabalhavam com metais; os Rabari pastores de ovelhas, cabras e camelos; os Korwas fabricantes de pulseiras, colares e coroas; os Kalibilias, os Nat e os Bopas danarinos, msicos e acrobatas. Estes so os verdadeiros nomes dos grupos que deram origem aos grupos que no futuro seriam chamados genericamente de ciganos.

    Ns, no entanto, costumamos usar autodenominaes completamente diferentes. E hoje, costumamos distinguir trs grandes grupos:

    os ROM, ou Roma, falam a lngua romani; so divididos em vrios sub-grupos, com denominaes prprias, so predominantes nos pases balcnicos, mas a partir do Sculo XIX migraram tambm para outros pases europeus e para as Amricas.

    Portanto, Rom a autodenominao que a maioria dos ciganos utiliza no mundo quando querem se rotular em condies tnicas. Etimologicamente, a autodenominao Rom est vinculada com o nome Dom que por metaplasmo passou a ter este som Rom. Hoje, numerosos indivduos da casta indiana dalit, espalham-se ao redor do norte da ndia e so rotulados de Dom. Rom (Dom) um termo muito antigo. O Dom j aparecia em registros do " Sdhanaml " (sculo oito). Naquele momento, o rei dos Dom, Heruka regeu um dos pequenos reinos indianos. (Antigamente havia um nmero enorme de reinos pequenos na ndia). Em pesquisas recentes ainda encontramos runas de lugares com nomes como " Domdigarh ".

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    Durante a dinastia Gupta nossos mais remotos antepassados perderam o poder e posio, ou seja, perderam o estado tnico original e tornaram-se uma casta indiana. E obvio que os vencedores consideraram os derrotados como inferiores.

    Os antepassados dos Dom pertenceram populao pr ariana da ndia que eles habitaram antes dos arianos invadirem a ndia em 1500 AC. Naquele momento, o Dom no usava ainda o termo Dom para se autodenominar , mas o termo caracterizava o tipo fsico, a cultura e a religio.

    Bem, este texto foi elaborado para lanar um pouco de luz na Questo Cigana, pois vez por outra ouvimos um membro de determinado cl dizer que ele sim o verdadeiro cigano e que o outro j no por esse ou aquele item. Contudo isso decorre do fato de que a maioria dos rom (ciganos) traz de forma atvica aquela segregao oriunda das diferenas entre castas e infelizmente acaba por mant-las com relao aos grupos e subgrupos. Segue abaixo uma sntese sobre os diversos grupos e subgrupos j catalogados.

    A autodenominao do grupo que eu fao parte, por exemplo, Sinte usada por membros de um cl de ciganos, cujo maior nmero ainda mora na Alemanha. Conseqentemente, a denominao dada por membros de outros cls ao cigano que vive na Alemanha Sinte. Mas importante esclarecer que existem subgrupos do Sinte: o Sinte Piemontekari (os que vivem no norte da Itlia) o Sinte Valshtike ( os que vivem ao sul da Frana) e o Sinte Gachkane (os que vivem no norte da Alemanha).

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    Grupo Rom:

    Ambrelara, o termo designa um subgrupo Rom de ciganos nascidos na Eslovquia que sobreviviam e alguns ainda sobrevivem do conserto de guarda-chuva;

    Asurara, assim se autodenominou o subgrupo Rom de ciganos que chegou Eslovquia e se apresentou aos ciganos de l como fabricantes e vendedores de jias, anis, pulseiras e brincos.

    Aurari, originalmente um subgrupo Rom de ciganos da Romnia que vivia de trabalhar o ouro. Hoje em dia a maioria fabricante de artefatos de madeira.

    Balanara, um subgrupo Rom de ciganos da Eslovquia que vivia da fabricao de cochos e colheres de madeira.

    Bergitska, subgrupo Rom de ciganos que por tradio habitam as bordas polons - eslovacas da regio montanhosa. Eles falam um dialeto que compartilhado entre os ciganos Eslovacos e Srvios desenvolveram as profisses de msicos e ferreiros.

    Bosha, subgrupo Rom de ciganos originrios da Armnia.

    Calderash um subgrupo Rom originrio da Romnia e como o prprio nome em romeno indica caldare significa caldeiro. Eles ainda vivem como fabricantes e consertadores de caldeires, panelas, tachos etc. Hoje a maioria vive espalhada pela Europa e Amricas.

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    Chuxni um subgrupo Rom de ciganos originrios da Rssia, cuja profisso principal era a de fabricante de peneira.

    Djambaza um subgrupo Rom de ciganos que viviam do comrcio de cavalos nas regies dos Blcs e da Turquia.

    Druckara um subgrupo Rom de ciganos originrios da Eslovquia e como o nome em eslovaco j denuncia (significa tronco de rvore) ganhavam a vida grudados em troncos das rvores colhendo e vendendo avels.

    Djug uma casta de ciganos que ainda vive na ndia e o nome em snscrito significa santo porque na realidade abdicam de uma vida normal para viverem rezando todos os dias. E para isso eles recebem em troca a ajuda do povo tal qual os mendigos.

    Fandari um subgrupo Rom de ciganos da Rssia que exerceram atividades militares.

    Gharbilband um subgrupo Rom de ciganos que pertenceu a casta homnima da ndia que vivia da fabricao e comercio de peneiras. E ao chegar Europa fixaram-se na Romnia e Hungria.

    Ghurbat-Lovara um subgrupo Rom encontrado em quase toda regio balcnica que tornaram-se os melhores negociantes de cavalos. Hoje em dia a maioria encontra-se dispersa por Europa e Amricas.

    Labanci um subgrupo Rom j completamente extinto que serviu como oficiais do exrcito de Hapsburg imperial usados por kuruz hngaro rebelde (os participantes na insurreio feudal). Eram originalmente membros do grupo Bergitska.

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    Mechkara ou Ursari, um subgrupo Rom de ciganos da Romnia que viviam do adestramento de ursos para apresentaes pblicas e em circos.

    Patavara um subgrupo Rom de ciganos que perambula por todo o leste europeu e como o nome em Romani j denuncia (significa trapo) Eles ainda hoje recolhem roupas velhas para depois revend-las.

    Romungro, um subgrupo Rom de ciganos, como o prprio nome j denuncia, nascidos na Hungria ( Rrom + Hngaro).

    Seliyeri um subgrupo Rom de ciganos originrios do Ir que ainda hoje vive da fabricao e comrcio de caldeires e pentes.

    Servika um subgrupo Rom de ciganos que so dessa forma denominados por serem oriundos da Srvia. Mas tambm autodenominados Machuaia porque oriundos de cidade da Srvia com o mesmo nome.

    Xoraxane (a pronuncia rrorarran) um subgrupo Rom de ciganos que passaram a professar a religio islmica.

    Grupo Cal: falam a lngua cal, ciganos ibricos, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde so mais conhecidos como gitanos, mas que no decorrer dos tempos se espalharam tambm por outros pases da Europa e foram deportados ou migraram inclusive para o Brasil.

    Cal um grande grupo de ciganos originrios da Espanha, sul da Frana e Finlndia e Catalunha. Eles falam o Cal um para-Romani misturado com o espanhol. As principais

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    profisses so as de msico, danarino e criadores adestradores de cavalos.

    Calon subgrupo no Brasil e Portugal so chamados de Calon e falam o Cal que um para-Romani misturado ao portugus).

    Grupo SINTI: falam a lngua romani-sint so mais encontrados na Alemanha, Itlia e Frana, onde tambm so chamados Manush;

    Bohmiens, um subgrupo Sinte de ciganos originrios da Repblica Tcheca que foram habitar regies da Frana.

    Burgenland, um subgrupo Sinte de ciganos originrios da ustria sendo a grande maioria da profisso de ferreiros e msicos.

    Estrekarja um subgrupo Sinte de ciganos originrios da ustria.

    Lombardos um subgrupo Sinte ciganos originrios da Lombardia que deram incio ao trabalho como circenses. Foi com esse subgrupo que membros de outros subgrupos originaram os ciganos do cl Boyashas artistas circenses.

    Manush um subgrupo Sinte ciganos cuja maioria atualmente vive ao sul da Frana. Tambm autodenominado de Sinte-Valshtike.

    Piemontakeri um subgrupo Sinte cigano cuja maioria atualmente vive ao norte da Itlia. Tambm autodenominado de Sinte-Piemontekari .

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    Sinto um grande grupo Sinte ciganos originrio do norte da Alemanha que ainda hoje so encontrados na ustria, Republica Tcheca, Eslovnia e diversos outros paises do leste europeu e tambm autodenominados Sinte- gachekanes.

    Conforme vimos acima, cigano um termo genrico surgido na Europa do Sculo XV e nunca dar conta das diversas diferenas existentes entre todos os subgrupos dos grandes grupos Rom, Cal e Sinte.

    As denominaes pelas quais ciganos foram denominados pelos bizantinos incluem: athingani (membros de uma seita de magos), da qual posteriormente surgiram, "Cikn", "Tsigane", "Zigeuner", "Zingaro ", Gitano, Cigano.

    xodo

    Quando e por que deixamos a ndia um fato que ainda no foi devidfamente esclarecido. O lingista Terrence T. Kaufmann afirma que os ciganos deixaram a ndia no sculo IV aC, isto , no momento em que o exrcito de Alexandre, o Grande, invadiu o norte da ndia. Quase todas as publicaes histricas sobre ciganos citam uma lenda registrada pelo poeta persa Firdausi em sua extensa obra, "Shah Namah" ("O Livro dos Reis") de 1011. Segundo a lenda, um governante indiano deu ao rei Bahram V (420-438) 10.000 Luris (msicos) que foram para entreter o seu povo a trabalhar com msica. Shah Bahram deu aos msicos sementes de milho para semeadura e bestas de carga para que pudessem se estabelecer e comear a cultivar a terra. Os msicos aparentemente comeram as sementes e no ano seguinte voltaram para receberem mais. Para pun-los, o sh ordenou-lhes que vagassem pelo mundo em seus burros, uma vez que no estavam dispostos

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    ao trabalho de agricultura. Outros historiadores apresentam uma lenda semelhante, por exemplo, o historiador persa Hamza Isfahani em um trabalho de (961) e um historiador rabe em Talibi em 1020. Comparando as trs lendas o nmero de msicos difere, bem como o nome do rei indiano. Para os msicos, alm do nome Luri, eles usaram o nome Zott, que a forma rabe de pronunciar a palavra Jat de origem indiana. Os Jats de hoje na ndia so os agricultores, Durante o reinado de Bahram V. pertenciam populao Sindi, alguns criavam bufalos, e outros eram pescadores. Donald Kenrick historiador, tambm acredita que os ciganos so descendentes dos Zotts, que mais tarde se estabeleceram com seus bfalos em uma rea pantanosa ao sul de Basra. Em 855, Ainzarba foi conquistada pelos bizantinos e os Zotts foram deportados para o interior de Bizncio. O cigano Ian Hancock acredita que pramos originalmente lutadores Rajput cujo exrcito era composto de uma grande variedade de castas. Hancock data a partida dos ciganos da ndia por volta da invaso de Mahmud Gazhni sculo 11. Hancock baseia sua teoria em pesquisas lingusticas. Contudo, no podemos deixar de fora que o xodo cigano tenha sido causado pela fome, fato que aindo hoje ocorre no Rajasto. A nica certeza de que se tem at o momento que nossa origem mais remota a ndia. Mas quando e os por qus ainda necessitam de respostas.

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    Dispora

    Passagem pela Prsia

    No h nada documentado de origem cigana que indique a durao de nossa estadia no Imprio Persa. Apenas existem fontes persas ou rabes que tratam do tema. Tanto em uma como na outra aparece o nome de Zott e Luri. So trs fontes do sculo 10 e 11 que tratam da migrao de grupos originrios da ndia para o imprio Sassanides desde o sculo 5 dC:

    Em 961 dC, o historiador rabe Hamza al-Isfahani relatou que certa vez, devido falta de cantores no seu prprio pas, Shah Bahram Gur V. (420 -438 dC) pediu ao rei da ndia para que lhe enviasse msicos. Conta-se que 12.000 cantores foram enviados para a Prsia. O relatrio termina com a afirmao de que "pertencem tribo do Zott."

    Uma segunda verso desta histria pode ser encontrada no pico nacional persa "Shahnameh", concluda em 1011 dC Em sua descrio do processo de imigrao, o seu autor Firdausi pouco difere de Hamza. O fato de que ele s fala de 10.000 msicos de nenhuma importncia. O que mais impressionante, porm, que Firdausi chama os imigrantes "Luri". De acordo com o poeta, aos Luri foram dados pelo rei a cada um, um boi, um burro e sementes. Em vez de trabalharem como agricultores, no entanto, os Luri comeram as sementes e os animais e retornando o Rei no ano seguinte, irado, proibiu-os de permanecerem em seu imprio.

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    Em 1020, uma terceira verso foi registrada pelo Historiador Al-Talibi que traduzindo um texto do persa para o rabe apontava o nmero de Luri diferente, de 4.000 msicos.

    Ainda hoje, existem grupos nmades no Ir, Afeganisto e Paquisto, conhecidas como Luri, Nuri ou Luli. Ao contrrio dos ciganos, no entanto, falam Beluchi ao invs do idioma Romani.

    Em uma tentativa de reconstruir o processo de dispora aps a migrao dos ciganos no Imprio Persa, a pesquisa de comparao lingstica realizada por John Sampson, o primeiro estudioso a classificar os dialetos Romani (1923), baseou seus estudos sobre a suposio de que os imigrantes ciganos chegaram Prsia, simultaneamente, formando um grupo homogneo que compartilhava a mesma lngua. Na opinio de Sampson, durante a longa estadia na Prsia, este grupo inicialmente homogneo foi dividido em dois.

    Passagem pela Armnia

    Novamente os estudos lingusticos comprovam nossa passagem pela Armnia. O Romani tambm contm vrias expresses do armnio. Uma indicao ainda mais significativa o fato de que a lngua armnia no apenas influenciou o lxico, mas tambm a pronncia do Romani. A mudana das aspiradas, sons sonoros em snscrito (bh) para surdas sons aspirados (pH) em Romani s pode ter ocorrido em funo de longo perodo em contato com falantes de armnio.

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    A emigrao de ciganos para a Armnia parece ter ocorrido de forma gradual. No incio, a devastao do pas pelos conflitos em curso entre gregos e rabes pode ter desempenhado um papel importante. Quando, no incio do sculo 11 A Armnia Ocidental foi integrada ao Imprio Bizantino, as condies eram especialmente favorveis, j que nessa poca os ciganos se moveram para oeste sem ter que atravessar uma fronteira. E mais tarde, o ataque do Seldschuk sobre a Armnia desencadeou uma onda de migrao de ciganos para o Imprio Bizantino. Com a derrota do exrcito bizantino em Manzikert em 1071 e a conseqente perda da Anatlia, os refugiados se mudavam para o oeste para Constantinopla e Thrakien. De l, eles seguiram para os Balcs e para a Europa Central.

    Todas as informaes sobre ciganos, no Imprio Bizantino, vm de fontes no ciganas. Todos os documentos nos quais encontramos meno sobre ciganos,em Bizncio, so divididos em diferentes categorias.

    H posies diferentes e por vezes conflitantes sobre os ciganos, em documentos da poca, com referncia Igreja e Estado, religio e sociedade.

    Fontes da Igreja, em compndios gregos ortodoxos sobre leis eclesisticas e leis imperiais bizantinas que se referiam a assuntos eclesisticos, so completamente negativas em relao aos ciganos. Eles eram chamados de praticantes de magia.

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    No sculo 14 os ciganos j estavam definitivamente incorporados em Bizncio, onde se casavam com gregas e convertiam-se ao cristianismo.

    Passagem por Srvia, Bulgria, Valquia, Moldvia

    Desde meados do sculo 14, um nico grupo de pessoas so mencionadas em passagens ao Sudeste em documentos europeus, so pessoas chamadas de "ciganos".

    H um documento da Srvia em que, em 1348, Stefan deu IV - alm de alfaiates, ferreiros e artesos de sela para cavalos - alguns "C'ngari" chegam ao mosteiro de Prizren. Estranho que Cngar em srvio significa sapateiro.

    H tambm uma escritura de doao da Bulgria. Neste documento, o Rei Ivan Schischman fez vrias cidades, entre elas algumas chamadas de "agupovi kleti" "cabanas de ciganos".

    Em 1385, Dan I, vojvoda da Valquia, confirmou algumas obras de doao que haviam sido dadas aliana da Virgem Maria, Tismana, pelo seu antecessor, que incluiu 40 salase ("comunidades tenda") do Acingani " .

    Os ciganos se estabeleceram nos Balcs, na segunda metade do sculo 14. Nos principados do Danbio eles eram bem-vindos por causa de suas habilidades. A fim de preservar permanentemente o fator econmico autoridades laicas e da igreja logo impediram os ciganos de viajarem.

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    Quando os principados da Moldvia (em 1396) e Valquia (em 1500) tornaram-se obrigados a pagar tributos ao Imprio Otomano, o comrcio nessas regies quase completamente chegou a um impasse. Os ciganos tornaram-se propriedade do estado e da igreja ou de grandes proprietrios particulares ( portanto, escravos durante sculos).

    Passagem pela Hungria

    Tambm no reino da Hungria, que na poca inclua Transilvnia, grandes partes da antiga Iugoslvia e Tchecoslovquia, a chegada de ciganos no pode ser definida em uma data precisa. De 1370 em diante, a palavra "Cigan" em diversas variaes aparece como sobrenome.

    Outra meno da poca encontramos na carta de conduo segura para Nikolaus de Gara, que se diz ter sido emitida para ciganos na ausncia do rei Sigismundo da Hungria (em 1416).

    Na Hungria o conhecimento que os ciganos possuiam sobre o processamento de metal fez com que o Rei os protegesse (pelo menos por um certo periodo).

    Na Europa Central e Ocidental os ciganos aparecem em grandes grupos liderados por pessoas com ttulos de nobreza, e reivindicando um estatuto peregrino. De acordo com descries contemporneas, tais "grupos de peregrinos" eram compostos por 30, 100 e s vezes mais de 300 pessoas, viajando a p ou a cavalo.

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    De acordo com as crnicas, os lderes apresentaram-se oficialmente aos governadores da cidade a sua chegada. Muitas vezes, eles podiam mostrar cartas de salvo-conduto ou de recomendao pelos governantes religiosos e seculares, que lhes asseguravam o salvo-conduto e proteo contra ataques. A motivao alegada para a sua viagem religiosa fazia que fossem recebidos de uma forma amigvel e hospitaleira. A este respeito, a obrigao de fornecer aos peregrinos com hospedagem, alimentao e dinheiro, uma obrigao que foi levada muito a srio pela sociedade medieval. Entradas em vrios livros de despesas mostram que este dever cristo foi cumprido em todos os lugares, pelo menos na primeira apario dos ciganos.

    A migrao de ciganos para a Europa Central e Ocidental coincide com a invaso turca na Europa do Sudeste. Foi, portanto, fcil deduzir que os ciganos fugiram dos turcos.

    Passagem pela Espanha

    Chegados Espanha atravs dos montes Pirineus, o primeiro documento que da conta desse fato data de 1425, quando o rei Juna II de Arago confere autorizao de passagem para os condes ciganos Juan e Toms, que se autodenominavam condes do Egito Menor. E a partir de ento os ciganos espalharam-se por toda a Europa.

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    Cronologia embasada em documentos que demonstram claramente as expulses (criando o esteretipo de nomadismo) e posteriores leis contra o nomadismo.

    224 Prsia: No reinado do Shah Ardashir, ciganos chegam da ndia para trabalhar. 420 Prsia: Bahram Gur, Shah da Persia, importa ciganos msicos da ndia. 661 Imprio rabe: Ciganos chamados de zott so levados da ndia para a Mesopotmia. 669 Imprio rabe: O Califa Muawiya deporta ciganos de Basra para Antioquia na costa do mediterrneo 710 Imprio rabe: O Califa Walid reinstala os ciganos Zott da Mesopotmia para a Antioquia 720 Imprio rabe: O Califa Yazid II envia mais ciganos Zott para a Antioquia. 820 Imprio rabe: Estabelecimento do Estado Independente de ciganos Zott na Mesopotmia. 834 Imprio rabe: Os ciganos Zott derrotados pelos rabes e muitos deles reassentados na cidade que faz fronteira com Ainzarba. 855 Imprio rabe: Batalha de Ainzarba. Os gregos derrotam os rabes e levam os ciganos Zott e familiares.como prisioneiros do Imprio Bizantino.

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    1050 Imprio Bizantino: Acrobatas e veterinrios (prticos) so chamados de athigani em Constantinopla. 1192 ndia: Batalha de Terain. Os ltimos ciganos partem para o Oeste. 1290 Grcia: Ciganos sapateiros aparecem no Mount Athos. 1322 Creta: Relatos da presena de ciganos na ilha.

    1347 Imprio Bizantino: A Peste Negra chega a Constantinopla. Ciganos se movem para o Oeste. 1348 Srvia: Relatos da presena de ciganos em Prizren. 1362 Crocia: Relatos da presena de ciganos em Dubrovnik. 1373 Corfu: Relatos da presena de ciganos na ilha 1378 Bulgria: Ciganos vivendo em vilas prximas do Mosteiro de Rila. 1384 Grcia: Relatos da presena de ciganos sapateiros em Modon. 1385 Romnia: Primeiro registro da transao de escravos ciganos. 1399 Bohmia: Os primeiros ciganos mencionados em uma crnica. 1407 Alemanha: Ciganos visitam Hildesheim. 1416 Alemanha: Ciganos expulsos da regio de Meissen. 1417 Imprio Romano: O rei Sigismund concede salvo-conduto para que

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    os ciganos possam ir at Lindau. 1418 Frana: Relatos de presena dos primeiros ciganos em Colmar. 1418 Sua: Chegada dos primeiros Ciganos. 1419 Blgica: Relatos da presena dos primeiros ciganos em Anturpia. 1420 Holanda: Relatos da presena dos primeiros ciganos em Deventer. 1422 Itlia: Ciganos chegam a Bolonha. 1423 Itlia: Andrew, Duque do pequeno- Egito, e seus seguidores partem para visitar o Papa Martin V em Roma. 1423 Eslovquia:Relatos da presena dos primeiros ciganos em Spissky. 1425 Espanha: Relatos da presena de ciganos em Zaragoza. 1447 Catalunha: Relatos da presena dos primeiros ciganos. 1453 Imprio Bizantino: Os turcos capturam Constantinopla. Alguns ciganos fogem para o Oeste. 1453 Eslovnia: relatada a presena de um cigano ferreiro no pas. 1468 Chipre: Relato da presena dos primeiros ciganos. 1471 Sua: Parlamento reunido em Lucema expulsa ciganos. 1472 Romnia: O Duque Friedrich pede a seu povo para ajudar os ciganos peregrinos. 1485 Siclia: Relato dos primeiros ciganos. 1489 Hungria: Msicos ciganos tocam na

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    Ilha de Czepel 1492 Espanha: Primeiro esboo da Lei elaborada em 1499. 1493 Itlia: Ciganos so expulsos de Milo. 1498 Alemanha : Sacro Imprio Romano ordena a expulso de ciganos. 1499 Espanha: Ordenada a expulso de ciganos pela Pragmtica de Reis Catlicos. 1500 Rssia: Relato da presena dos primeiros ciganos. 1504 Frana: Ordenada a expulso de ciganos. 1505 Dinamarca: Dois grupos de ciganos peregrinos entram no pas, provavelmente originrios da Espanha. 1510 Sua: Pena de morte introduzida para ciganos encontrados no pas. 1512 Catalunha: Expulso de ciganos. Sucia: Chegada dos primeiros ciganos. 1514 Inglaterra: Mencionada a presena dos primeiros ciganos no pas. 1515 Alemanha: Bavria fecha suas fronteiras para os ciganos. 1516 Portugal: Ciganos so mencionados na Literatura. 1525 Portugal: Ciganos so banidos do pas. Sucia: Ciganos so ordenados a deixarem o pas. 1526 Holanda: Proibido o transito de ciganos em todo o pas. 1530 Inglaterra e Gales: Ordenam a

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    expulso dos ciganos. 1534 Eslovquia: Ciganos so executados em Levoca. 1536 Dinamarca: Ciganos so ordenados a deixarem o pas. 1538 Portugal: Comea a deportao de ciganos para as Colnias. 1539 Espanha: Envio de homens ciganos para trabalho forado nas galeras. 1540 Esccia: Ciganos tem permisso para viverem de acordo com suas prprias leis. 1541 Repblica Tcheca: Ciganos so acusados de tocarem fogo em Praga. 1544 Inglaterra: Ciganos so deportados para Noruega. 1547 Inglaterra: Andrew Boorde publica livro sobre cls ciganos. 1549 Bohemia: Ciganos so declarados ilegais e expulsos. 1553 Estnia: Os primeiros ciganos aparecem no pas. 1554 Inglaterra: A pena de morte aplicada a qualquer cigano que no deixe o pas em um ms. 1557 Polnia e Litunia: Ordenada a expulso de ciganos. 1559 Finlndia: Ciganos aparecem na ilha de land. 1562 Inglaterra: Estende a pena de morte queles que vivem ou viajam como os ciganos. 1563 Itlia: O Conclio de Trento afirma

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    que ciganos no podem ser padres. 1573 Esccia: Declara que ou os ciganos se tornam fixos ou deixam o pas. 1574 Imprio Otomano: Ciganos trabalham como mineiros na Bsnia. 1574 Portugal: Portugal Deporta ciganos para Brasil e Angola. 1579 Portugal: Probe o uso de roupas ciganas. 1580 Finlndia: Relato de ciganos no continente. 1584 Dinamarca e Noruega: Ordenada a expulso de ciganos. 1586 Bielorssia: Expulso de ciganos. 1589 Dinamarca : Pena de morte decretada para ciganos que no deixarem o pas. 1595 Romnia: Stefan Razvan, filho de um escravo cigano, se torna regente na Moldvia. 1611 Esccia: Trs ciganos so enforcados sob a Lei de 1554. 1633 Espanha: Pragmtica de Felipe IV entra em vigor e ciganos so expulsos. 1637 Sucia: Introduzida pena de morte para ciganos que no deixarem o pas. 1692 ustria: Relato de ciganos em Villach. 1714 Esccia: Duas ciganas so executadas. 1715 Esccia: Dez ciganos deportados

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    para a Virginia. 1728 Holanda: Aberta caada aos ciganos (qualquer pessoa tem o direito de matar ciganos). 1746 Espanha: Ciganos so obrigados a viverem em guetos. 1748 Sucia: Expulso de ciganos. 1749 Espanha: Ordenada a perseguio e priso de todos os ciganos. 1758 Portugal: Impede que os ciganos do Brasil falem sua prpria lngua. 1758 Imp. ustro-Hngaro: Maria Theresa comea o programa de assimilao de ciganos. 1759 Rssia: Ciganos banidos de So Petersburgo. 1765 Austro-Hngaro: Joseph II continua o programa de assimilao. 1776 ustria: Primeiro artigo publicado sobre a origem indiana da lngua Romani. 1782 Hungria: Dois ciganos enforcados sob acusao de canibalismo. 1783 Rssia: Poltica Estabelecimento contra o nomadismo. Espanha : a lngua e vestimenta ciganas so proibidas. Reino Unido: revogada a maioria da legislao contra os ciganos. 1791 Polnia : Introduzida a Lei de Estabelecimento contra o nomadismo. 1802 Frana: Ciganos na provncia Basca so cercados e aprisionados. 1812 Finlndia : Lei confina ciganos em

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    asilos. 1822 Reino Unido: Com a Turnpike Act os ciganos foram obrigados a pagar pedgio. 1830 Alemanha: Autoridades em Nordhausen retiram as crianas ciganas de suas famlias e promovem a adoo em famlias no ciganas. 1835 Dinamarca: Decretada a caa aos viajantes em Jutland. Reino Unido: a Lei Highways Act refora a cobrana de pedgio para ciganos de 1822 da Lei Turnpike Act. 1837 Espanha: George Borrow traduz O Evangelho de So Lucas para o Romani. 1848 Transilvnia: Serfs (escravos da regio) e escravos ciganos so emancipados. 1849 Dinamarca: A presena de ciganos permitida. 1855 Romnia: Ciganos que eram escravos na Moldvia so emancipados. 1856 Romnia: Ciganos que eram escravos na Valquia so emancipados. 1860 Sucia: Restries para imigrao de ciganos so facilitadas. 1865 Esccia: Introduzida Lei de Transgresso para ciganos. 1868 Holanda: Relatada nova imigrao de ciganos. 1872 Blgica: Ciganos so expulsos.

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    1874 Imprio Otomano: Ciganos mulumanos recebem os mesmos direitos que os mulumanos em geral ( esses ciganos so chamados de Xoraxan). 1875 Dinamarca: Mais uma vez ciganos so barrados no pas. 1876 Bulgria: Os moradores massacram ciganos mulumanos em Koprivshtitsa. 1879 Hungria: Conferncia Nacional dos Ciganos realizada em Kisfalu. Srvia: o nomadismo banido. 1886 Bulgria: O nomadismo banido. Alemanha: Bismarck ordena expulso de ciganos. 1888 Reino Unido: Fundada a Gypsy Lore Society. 1899 Alemanha: Estabelecida a Polcia de Informao Cigana em Munique por Alfred Dillmann. 1904 Alemanha: Parlamento Prussiano por unanimidade adota uma proposta de regular a circulao e o trabalho de ciganos. 1905 Bulgria: Realizada Conferncia em Sofia, pedindo o direito de voto para ciganos. Alemanha: Um Censo de todos os ciganos realizado na Bavria. 1906 Finlndia: Estabelecida uma Misso para os ciganos. Frana: Introduo da carteira de identidade para nmades. Alemanha: Ministro prussiano

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    introduz questes especiais para o combate ao incmodo cigano. 1914 Noruega: A cerca de trinta ciganos concedida a nacionalidade de noruegus. Sucia: Lei de Deportao tambm dificulta nova onda de imigrao cigana. 1918 Holanda: Lei introduz controle s caravanas e vans de ciganos. 1919 Bulgria: Fundada a Organizao Istiqbal. 1922 Alemanha: Em Baden, todos os ciganos so fotografados e tm suas impresses digitais colhidas. 1923 Bulgria: A Organizao Istiqbal inicia a publicao de um jornal. 1924 Eslovquia: Um grupo de ciganos julgado por canibalismo e julgados inocentes. 1925 USSR: Estabelecimento da Unio Pan-Russa de Ciganos. 1926 Alemanha: O Parlamento Bavariano cria uma nova Lei para combater o nomadismo cigano. 1926 Sua: O Pro Juventude inicia uma campanha de remoo forada de crianas ciganas de suas famlias para adoo por estrangeiros 1926 USSR: Primeiros movimentos para estabelecimento de ciganos nmades. 1927 Alemanha: Legislao requer que ciganos sejam fotografados e tenham impresses digitais colhidas. Bavaria decreta leis

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    proibindo de realizarem viagens em grandes grupos e de possuir armas de fogo. Noruga: A Lei Aliens impede ciganos no pas. 1927 USSR: Journal Romani Zorya (Romany Dawn) inicia suas publicaes. 1928 Alemanha: O nomadismo cigano, na Alemanha, colocado sob constante vigilncia da polcia. Hans F. Gnther escreve matria afirmando que foram os ciganos os responsveis pela introduo do sangue estrangeiro na Europa. 1928 Eslovquia: Massacre de ciganos em Pobedim. 1929 USSR: Nikolai Pankov edita o livro Romani Buti i Dzinaiben (Trabalho e Conhecimento). 1930 Noruega: Um mdico recomenda que todos os ciganos e viajantes sejam esterelizados. 1930 USSR: Aparece a primeira Edio do jornal Nevo Drom [Novo Caminho]. 1931 USSR: O Teatro Romen inaugurado em Moscou. 1933 ustria: O governo em Burgerland declarou a retirada de todos os direitos civis dos ciganos. 1933 Bulgria: Jornal Terbie [Educao] inicia a publicao Alemanha: O Partido do Nacional Socialismo chega ao poder e medidas contra os ciganos so iniciadas.

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    Msicos ciganos foram impedidos pela Cmara de Cultura do Estado de exercer seus trabalhos. O cigano Sinte, boxeador Johann Trollmann foi despojado de seu titulo de campeo meio-pesado pelo fato de ser cigano.Adotada Lei de Preveno da Hereditariedade. Tambm conhecida como Lei da Esterelizao. Durante a Semana dos Mendigos muitos ciganos foram presos. Letnia: Evangelho de So Joo traduzido para Romani. Romnia: Associao Geral dos ciganos da Romnia realiza a Conferncia Nacional. Revistas Neamul Tiganesc [Gypsy Nao] e Timpul [Time] iniciam suas publicaes. 1933 URSS: Teatro Romen executa a pera Carmen. 1934 Alemanha: Ciganos que no podiam provar nacionalidade alem so expulsos. 1934 Romnia: Realizado o Congresso Internacional Cigano de Bucareste.

    1935 Alemanha: Casamentos entre ciganos e alemes so proibidos. 1935 Iugoslvia: Jornal Romano Lil inicia suas publicaes. 1936 Alemanha: O direito de voto retirado dos ciganos. Junho-Aberto Campo de Concentrao em

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    Marzahn. Institudo decreto Geral de Combate ao cigano como ameaa. 1937 Polnia: Janusz Kwiek eleito rei dos ciganos. 1938 Alemanha: AbrilDecreto sobre a luta preventiva contra o crime: Crime: Todos os ciganos so classificados como anti-sociais. Muitos ciganos so presos a enviados para trabalhos forados em campos de concentrao. JunhoSegunda onda de prises com intuito de fornecer trabalho para construir os campos de concentrao. O Centro de Higiene Racial comea a criar um arquivo de cls ciganos. Outubro Estabelecido o Centro Nacional contra a Ameaa Cigana. Dezembro Decretada A Luta Contra a Ameaa Cigana. 1938 USSR: O governo determina a proibio da lngua e cultura Romani. 1939 Alemanha: SetembroDeportao de 30.000 ciganos. Outubro Decreto Estabelece: Ciganos no podem viajar. NovembroCiganos ricos so despojados de seus bens e enviados ao Campo de Concentrao de Ravensbrck. Alemanha ocupa a Repblica Tcheca: e o nomadismo cigano proibido.

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    1939 Polnia: Carteiras de Identidades Especiais so obrigatrias aos ciganos. 1940 ustria: AgostoInternamento de ciganos no campo de concentrao Salzburg. Outubro Ordenado o internamento de ciganos no Campo de Concentrao de Burgenland. NovembroInternamento de ciganos no campo de concentrao de Lackenbach. Repblica Tcheca: Agosto trabalho de ciganos em campo de concentao de Lety e Hodonn. Frana: Abrilgoverno abre campo de concentrao para nmades. 1940 Alemanha: Heinrich Himmler ordena o reassentamento de ciganos na Polnia ocidental. 1941 Estados Blticos: DezembroO governador Hinrich Lohse ordena que os ciganos sejam tratados como os Judeus. 1941 Crocia: O Campo de Concentrao de Jasenovac aberto. 1941 Repblica Tcheca: Outubro Deciso de que os ciganos do protetorado sejam enviados a campos de concentrao. 1941 Alemanha: MaroIncia-se a excluso das escolas de crianas ciganas. JulhoReinhard Heydrich e Heinrich Himmler criam lei para que os ciganos entrem no plano de

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    soluo final tal qual o problema dos judeus. 1941 Letnia: DezembroCento e um ciganos so executados em Libau. 1941 Polnia: Outubro Um Campo cigano e estabelecido no gueto judeu de Lodz para cinco mil reclusos. 1941 Alemanha: MaioO Estado do Comando Militar alemo determina que os ciganos devem ser tratados como os judeus. NovembroO comando militar alemo determina a priso de todos os ciganos e judeus, para serem usados como refns. 1941 Eslovquia: Abril decretada a separao dos ciganos da maioria da populao. 1941 USSR: JunhoTask Forces so utilizadas para matar sistematicamente judeus e ciganos. DezembroTask Force mata 824 ciganos em Simferopol. 1941 Iugoslvia: Outubroexrcito alemo mata 2.100 ciganos em represlia ao soldados mortos por guerrilheiros. 1942 Bulgria: Agosto6,500 ciganos so fichados pela polcia em um nico dia. 1942 Crocia: Maio O governo determina a priso de todos os ciganos e a deportao deles para extermnio no campo de

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    concentrao em Jasenovac. 1942 Alemanha: MaroUm imposto de renda adicional cobrado dos ciganos. JulhoUm decreto do Estado Maior das Foras armadas decide que os ciganos devem cumprir o servio militar. Himmler decide deportar os ciganos da grande Alemanha para o campo de concentrao de Auschwitz- Birkenau. 1942 Polnia: JaneiroTodos os Sinti e Roms do gueto de Lodz so transportados e mortos na cmara de gs em Chelmno. Abril Ciganos so trazidos para o gueto de Varsvia e mantidos na priso em Gesia. MaioTodos os ciganos no distrito de Varsvia so internados em guetos judeus. Julho Vrias centenas de ciganos polacos so mortos no campo de extermnio de Treblinka. 1942 Romnia: Cerca de 20.000 ciganos so deportados para Transnistria. 1942 Srvia: Agosto Harald Turner, chefe da administrao militar alem, anuncia que "a questo cigana foi totalmente resolvido." 1943 Polnia: JaneiroCiganos do gueto de Varsvia so transferidos para o campo de extermnio Treblinka. Fevereiro Primeiros transporte de ciganos Sinti e Roms da Alemanha so entregues ao

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    novo Comando de Ciganos em Auschwitz-Birkenau. Maro Em Auschwitz, a Schutzstaffel (Storm Troopers) (SS) executou na cmara de gs cerca de 1.700 ciganos entre homens, mulheres e crianas. MaioMais 1,030 ciganos entre homens, mulheres e crianas so executados nas cmaras de gs pela SS em Auschwitz por ordem de Josef Mengele. JulhoHimmler visita o Comando de

    Ciganos em Auschwitz e ordena que os ciganos sejam mortos. 1944 Blgica: Janeiro realizado o transporte de 351 ciganos Roms e Sinti da Blgica para Auschwitz. 1944 Holanda: MaioMais 245 Roms e Sinti so enviados para Auschwitz. 1944 Polnia: 2 de agosto1,400 so enviados de Auschwitz para o campo de concentrao em Buchenwald. E os restantes 2,900 so mortos nas cmaras de gs. 1944 Eslovquia: Ciganos se juntam aos guerrilheiros no chamado Levante Nacional. 1946 Frana: Mateo Maximoff publica seu primeiro romance em Romani Ursitory. 1946 Polnia: Roma Ensemble fundada. 1947 Bulgria: Teatro Cigano se estabelece em Sofia.

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    1951 Bulgria: Teatro Cigano fechado em Sofia. 1952 Frana: Inicia-se o movimento Pentecostal entre os Sinti- Gacgekane (alemes). 1953 Dinamarca:Ciganos so readmitidos no pas. 1958 Bulgria: O nomadismo banido. 1958 Checoeslovquia: O nomadismo banido. 1958 Hungria: Organizao Nacional de Ciganos fundada. 1960 Inglaterra e Gales: Criam leis impedindo o Caravanismo. 1960 Frana: Communaut Mondiale Gitane fundada. 1962 Alemanha: Tribunais determinam que os ciganos foram perseguidos por razes raciais. 1962 Noruega: Comit Governamental Cigano criado. 1963 Irlanda: publicado Relatrio da Comisso sobre itinerncia cigana. 1963 Itlia: Criado o regime de ensino Opera Nomadi. 1964 Irlanda: Grupo de Ao Itinerante criado. 1965 Frana: Communaut Mondiale Gitane banida e o Comit International Tzigane estabelecido. 1966 Reino Unido: Gypsy Council instituido. 1967 Finlandia: National Gypsy Association fundada.

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    1968 Inglaterra e Gales: institudo um Conselho para determinao de lugares onde as caravanas podem ficar. 1968 Holanda: Todos os distritos devem possuir espaos para caravanas. 1969 Bulgria: So criadas escolas segregadas para ciganos. 1970 Reino Unido: National Gypsy Education Council fundada. 1971 Reino Unido: First World Romany Congress nas proximidades de Londres. 1972 Checoeslovquia: Inicia o programa de esterilizao de ciganos. 1972 Frana: Uma Banda conhecida como Los Reyes (atual Gypsy Kings) foi fundada. 1972 Iugoslvia, Macednia: A Radio broadcasts em Romani comea a transmitir de Tetovo. 1975 Europa: O Comit do Conselho Europeu adota uma resoluo positiva a respeito do nomadismo dos ciganos. 1975 Hungria: Aparecem as primeiras publicaes da revista Rom som (eu sou cigano). 1975 Naes Unidas: Subcomisso aprova resoluo sobre a proteo dos Ciganos. 1978 Sua: Segundo World Romany Congress ocorre em Genebra. 1979 Hungria: National Gypsy Council

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    formado. 1979 Noruga: Cartilhas em Romani so produzidas para o ensino da lngua materna s crianas ciganas. 1979 Naes Unidas: International Romani Union reconhecida por suas aes sociais e econmicas. 1980 Iugoslvia: Uma proposta de gramtica em Romani publicada em Skopje. 1981 Alemanha: Terceiro World Romany Congress em Gttingen. 1981 Iugoslvia: Estatuto Nacional decide que ciganos esto em p de igualdade com outras minorias. 1982 Frana: O novo governo Franois Mitterrand promete ajudar aos nmades. 1984 Europa: Parlamento Europeu aprova resoluo de ajuda aos ciganos. 1984 ndia: Festival Chandigarh. 1985 Frana: Primeira exibio mundial de Arte Cigana ocorre em Paris. Sucia: uma famlia de ciganos atacada em Kumla com pedras e bombas caseiras. 1986 Frana: Conferncia International Gypsy ocorre em Paris. 1986 Espanha: Casas ciganas so incendiadas em Martos. 1986 Iugoslvia, Saraievo: Ocorreu o Seminrio International Romany. 1988 Hungria: fundada a Organization Phralipe.

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    1989 Europa: Resoluo do Conselho Europeu sobre a promoo da escola para as crianas ciganas e viajantes. 1989 Alemanha: Governo inicia deportao de milhares de ciganos do pas. 1989 Hungria: Parlamento Cigano estabelecido. 1989 Polnia: Ocorre o primeiro Romane Divesa Festival. 1989 Romnia: Os guardas das fronteiras cobram pedgio de ciganos. 1989 Espanha: Casas ciganas so atacadas em Andaluzia. 1990 Polnia: Exibio permanente de Artes Ciganas aberta em Tarnow. Quarto World Romany Congress ocorre prximo Varsvia; um alfabeto bsico em Romani adotado pelo Congresso. O jornal Rrom p-o Drom [Ciganos na estrada] inicia suas publicaes. 1990 Romnia: Mineiros atacam ciganos nos bairros em Bucareste. 1991 Repblica Tcheca: Inicia-se o ensino de cultura cigana na Universidade. 1991 Macednia: Ciganos tem igualdade de direitos na nova repblica. 1991 Polnia: Massacre de ciganos em Mlawa. 1991 Eslovquia: Governo d

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    nacionalidade e direito de igualdade aos ciganos. 1991 Ukraine: Polcia ataca acampamento cigano em Velikie Beryezni. 1992 Eslovquia: Teatro Romathan fundado em Kosice. 1992 Naes Unidas: Comisso de Direitos Humanos cria resoluo que reconhece os ciganos como minoria tnica. 1993 Repblica checa: O cigano Tibor Danihel morre afogado ao tentar fugir da gangue de skinheads. Sete romenos deportados de Usti nad Labem para Eslovquia. 1993 Alemanha: Primeira Conferncia Internacional sobre a Lingstica Romani em Hamburg. 1993 Hungria: Ciganos so reconhecidos como minoria nacional. 1993 Macednia: A lngua Romani oficialmente introduzida nas escolas. 1993 Eslovquia: Cyril Dunka um jovem cigano espancado pela polcia depois de um incidente no estacionamento. 1993 Reino Unido: Scottish Gypsy/Traveller Association fundada. 1993 Naes Unidas: Unio Romani elevada categoria II consultivo. 1994 Frana: Formada a Conferncia Permanente das Associaes

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    Ciganas em Strasbourg. 1994 Reino Unido: Ato da Justia criminaliza o nomadismo. 1995 ustria: Quatro ciganos so mortos a bomba em Oberwart, Burgenland. 1995 Repblica Tcheca: Tibor Berki morto por skinheads em Zdr nad Szavou. 1995 Hungria: Realiza a Segunda Exibio Internacional Mundial de Arte Cigana. International Romani Union organiza em Saraievo Conferencia da Paz em Budapest. 1995 Eslovquia: Mario Goral queimado e morto skinheads em Ziar nad Hronom. 1996 Albnia: Fatmir Haxhiu morre de queimaduras depois de ataque racista. 1996 Bulgria: Kuncho Anguelov e Kiril Perkov ciganos da regio, desertores do exrcito so baleados e mortos pela polcia

    militar. Repblica Tcheca: Crianas ciganas so expulsas de piscina pblica em Kladno. 1996 Europa: A Corte Europia de Direitos Humanos rejeita apelao / do Sr.Buckland contra a recusa de autorizao de construo na Inglaterra de local para estacionar as caravanas ciganas. 1997 Frana: MaroJose Mnager e

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    Manolito Meuche ciganos manushes so mortos a tiros pela polcia de Nantes. 1998 Repblica Tcheca: 46 Setembro International Romany cultural festival realizado em Praga. 1998 Reino Unido: 16 MaioFestival de Msica em Londres com a participao de ciganos tchecos e poloneses. Dezembro International Romani Union delegao, liderada por Rajko Djuric, participou da Conferncia do Nazismo em Washington. 1998 France: Loi Besson encorajou a proviso de locais para caravanas ciganas. 1999 Repblica Tcheca: Inicio do Festival Internacional de khamoro com o objetivo de mostrar a riqueza da cultura cigana e tradies que fazem parte da cultura checa e da europia e mundial. Contribuir para a integrao dos ciganos na sociedade checa e a criao de uma sociedade multicultural. 2000 Repblica Tcheca: JulhoQuinto World Romany Congress ocorreu em Praga. 2000 Vaticano: Maro Papa Joo Paulo II pede perdo pelos maus tratos aos ciganos realizados por catlicos.

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    2001 Alemanha: Novembro Escritores ciganos se renem em Cologne e decidem fundar uma associao internacional. 2001 ndia: AbrilLderes da International Romani Union leaders visitam o Romano Kher (Casa de Nehru e ao p da letra Casa Cigana) em Chandigarh. 2001 Itlia: Novembro. Duas centenas de membros do Conselho Nacional de marcham para protestar contra a habitao de ciganos na cidade. 2002 Crocia: Setembro Uma centena de pais croatas evitam a entrada de crianas ciganas na escola da aldeia de Drzimurec-Strelec. 2002 Julho: International Romani Writers Association Fundada em Helsinki. 2002 Hungria: Junho- um cigano, Laszlo Teleki apontado como o Secretrio de Estado Cigano. 2005 Alemanha: 12 Setembro Conferncia Internacional de Anticiganismo ocorreu em Hamburg. 2005 Rssia: JaneiroQuatrocentos ciganos deixam a cidade de Iskitim depois de uma massacre. 2006 Brasil: Institudo o Dia Nacional do Cigano. A data foi instituda por um decreto assinado pelo ento presidente Luiz Incio Lula da Silva, em 25 de maio de 2006, tendo sido comemorada pela

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    primeira vez em 24 de maio de 2007, pela SEPPIR em parceria com o Ministrio da Cultura. 2008 Eslovquia: Associao Cvica de Produo Roma foi fundada em Trebiov. Durante esse perodo, reafirmou-se como uma forte organizao sem fins lucrativos. Ela organiza os principais eventos culturais a nvel nacional e internacional e desde 2008 realiza o International Gypsy Fest em Trebisov. 2009 Brasil: O casal de ciganos Nicolas e Ingrid Ramanush fundam a Embaixada Cigana do Brasil Phralipen Romani que uma Sociedade Civil, sem fins lucrativos, de carter social, cultural e assistencial, que objetiva diminuir as diferenas atravs da cultura. Pessoas imbudas de um mesmo ideal: resgatar, fomentar e preservar a cultura cigana e auxiliar os membros de cls que ainda encontram obstculos de acessibilidade cidadania (documentos de identificao civil), sade pblica e ao ensino. Defender, recuperar e valorizar a histria e as tradies tnicas e culturais de nossa etnia assim como proteger os direitos patrimoniais consuetudinrios e o patrimnio cultural e intelectual do cigano.

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    Composta por representantes de vrios grupos ciganos e colaboradores de cultura no- cigana, valoriza o processo de construo de uma sociedade justa. Em junho, Nicolas Ramanush cigano Sinto-Valshtike publica a primeira proposta de gramtica e vocabulrio do Romani-Sinte da Amrica Latina o livro Palavras Ciganas. 2010 Frana: O presidente francs, Nicolas Sarkozy, comea a Expulso de ciganos que vivem de forma irregular no pas. O primeiro grupo sair em um avio fretado pelo governo em direo Bulgria e Romnia, levando 79 pessoas. O objetivo remover mais de 700 ciganos da Frana em apenas 10 dias e destruir 300 dos 600 acampamentos ilegais que existem no pas. 2011 Parlamento Europeu: O parlamento se reuniu para tratar sobre a estratgia da UE a favor da integrao dos ciganos. Eis o resultado final da aprovao: