marx e pedagogia moderna
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• Idéias pedagógicas de Marx:- Agosto de 1869: Conselho Geral da Associação
Internacional dos Trabalhadores- Instruções aos Delegados e O Capital- Eccarius
Ensino Tecnológico e Trabalho Infantil
“O trabalho produtivo das crianças comporta uma forma de
exploração infantil”
Ensino e produção material unificados
Trabalho das crianças nas fábricas, na forma
da época, abolido
Os trabalhos nas fábricas não davam às
crianças aquisições técnicas ou culturais
Restituir à classe artesã uma forma de ensino superior
Para Marx, o vínculo precoce do ensino ao trabalho era “um dos mais poderosos meios de
transformação da sociedade” (p. 93)
Duração do trabalho:2 horas 9 aos 12 anos4 horas 13 aos 15 anos6 horas 16 aos 17 anos
Proposta da Burguesia
Proposta de Marx
Ensino Profissional Universal
Adestrar o operário
Fazer frente à introdução de
novas máquinas
Ensino Tecnológico
Teórico e Prático
Plenitude do Desenvolvimento
Humano
Marx denunciará o fato de que “a divisão do trabalho aprisiona os operários a um
determinado ramo da indústria” (p. 95)
O ensino deveria “fazer adquirir conhecimentos de fundo, isto é, as bases científicas e
tecnológicas da produção e a capacidade de manejar instrumentos essenciais das várias profissões (...) trabalhar com o cérebro e as
mãos, porque isso corresponde a uma plenitude do desenvolvimento humano” (p.
95)
Homem completo que “trabalha não apenas com as mãos, mas também com o cérebro e que, consciente do processo que desenvolve, domina-o e não é por ele dominado” (p. 95)
Idéia burguesa da pluriprofissionalidad
e
Marx e o homem
completo
Parece que até hoje, na pedagogia socialista, o ensino tecnológico é visto
como mera questão de pluriprofissionalidade...
Estruturas Sociais
Sistema Escolar (Produto e parte da
sociedade)
Marx observa a questão...
Vs....como uma relação de condicionamento recíproco
Não confiar demasiadamentena possibilidade de uma revolução social promovida pelo sistema de
ensino, nem tampouco esperar, de forma
passiva,pela transformação das estruturas
sociais.
Advertência!!!
Marx, Karl. Prefácio à crítica da economia política, 1957. p. 9-13
1. Estrutura econômica (forças produtivas + relações de produção= base real)
2. Superestrutura jurídica e política
3. Formas determinadas de consciência social
Para Marx, entre as estruturas sociais é estabelecida uma relação no mínimo tripla:
“[...] o modo de produção da vida material condiciona, em geral, o processo social, político e espiritual da vida, ou ainda mais em geral, que não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é seu ser social que determina sua consciência.”(Marx, 1957, p. 11)
Manacorda. Marx e a Pedagogia Moderna, p. 103
ENSINOESTATAL
CONTROLE DO ESTADO
No entanto, Marx afirma que isto não é absolutamente indispensável.
ESTADO GOVERNO=A ESCOLA PODE SER ESTATAL SEM ESTAR SOB O
CONTROLE DO GOVERNO
Marx recorre ao exemplo dos EUA:
Massachusetts
Cada cidade é obrigado a garantir a todas as crianças o ensino
elementar
5.000 hab.
Escolas de ensino politécnico
Cidades maiores
Ensino Superiores
ESCOLA COMO ESTATAL
QUAL SERIA O PAPEL DO ESTADO?
Estado promulga as disposições gerais
Contribui com seus fundos
Controla a obediência
Determinar por lei os recursos para as escolas
Supervisionar com os inspetores o cumprimento dessas disposições
Resumindo:
...
O governo pode:
nomear inspetores, cuja atribuição é vigiar a observância das leis.
Intrometerem-se com o ensino em si.
Sem que tenham o direito:
Estado contribui com alguma coisa mas não muito!Marx recorre ao exemplo dos EUA:
Massachusetts 1/8 dos impostos é gasto com o ensino
Nova Iorque 1/5 dos impostos é gasto com o ensino
Marx reprova completamente a
idéia de uma educação a cargo do
Estado!
Desde a nomeação até a escolha dos manuais
Pode depender das representações locais
Considera ser democráticas em
vários graus
Marx recorre ao exemplo dos EUA:
“Os comitês escolares que administram as escolar, são organizações locais, eles nomeiam os professores e selecionam os livros de texto” (Marx apud Manacorda p.96)
Isso efetivamente ocorre no nosso ensino?
O que dizer sobre:Cartilha do Professor? Caderno do Professor? Jornalzinho e outros?
Objetividade do Ensino• Discurso de encerramento de MarxO conteúdo do ensino escolar Para Marx as matérias que permitem uma interpretação de partido ou
classe, que, como a economia política e a religião, permitem conclusões diferentes, não devem ser admitidas nas escolas de qualquer grau.
Na escola, devem-se ensinar matérias como ciências naturais e gramática, que não variam quando não ensinadas por um crente ou por um livre pensador. Todo o resto os jovens devem assimilar da própria vida.
Capitalista X Comunista • Marx não projeta uma passagem de um
estado burguês a um estado proletário, mas sim de um estado capitalista a uma sociedade comunista.
Ditadura Proletária para mudanças de classe
Liberdade colocar o Estado a serviço da sociedade e não a sociedade subordinada ao Estado.
• Marx define como hipocrisia burguesa a existência da escola separada da política e afirma que nossa obra no campo da escola consiste também na luta pela eliminação da burguesia.
• Marx é contra o ensino e restringe apenas as coisas certas e aos instrumentos de sua aquisição e uso.
• Para Marx há lugares para as ciências mentais na escola, e tem que haver o intercâmbio orgânico com a natureza em que a liberdade humana se explicita como regulamentação racional desse intercâmbio.
Condicionamentoaos manuais de instrução Desumanização
• Para Marx aprendizagem está muito destinada a necessidade e assim precarizando a mesma.
Educação utilitarista (manual de instrução) Alienação humana
• Proposta central do marxismo• Oposição as pedagogias (tradicional e novas)• Repúdio ao ensino subjetivo• Relação entre homem e trabalho (industria
capitalista)• Industria: atividade vital, firma a relação entre
homem e natureza• Ciências naturais: contraponto entre
desumanização e transformação
Opções Pedagógicas e Conteúdos Educativos
Bibliografia- MANACORDA, M. A. Marx e a Pedagogia Moderna. São Paulo: Cortez,
1991.- MARX, K. Instruções aos delegados do Conselho Central Provisório, AIT,
1868. In: MARX, K.; ENGELS, F. Textos sobre educação e ensino. 2. ed. São Paulo: Moraes, 1992
- MARX, K.; ENGELS, F. Manisfesto do Partido Comunista. Lisboa: Avante, 1997.
- MARX, K. O capital: crítica da economia política. 8. ed. São Paulo: Difel, 1982. Livro 1, v. 1 e 2.