martins pena (1)
TRANSCRIPT
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8/16/2019 Martins Pena (1)
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Conservatório Dramático e Musical
“Dr. Carlos de Campos”
TEATRO ADULTO
HISTORIA DO TEATRO BRASILEIRO
SEMINARIO
“MATINS PENA – COMÉDIA DE COSTUMES”
NOME: CELSO STEFAO R.E: !"!#"$%#
NOME: &ESS'CA MAC(ADO R.E: !"!#"$$)
NOME: T('ESLE* +ES R.E: !"!#,-%-
TATUÍ – 2016
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Traal/o e0i1ido como re2uisito
parcial de avalia34o na
disciplina de (istória do Teatro
5rasileiro do 67 semestre do
Curso de Teatro Adulto do
Conservatório de Tatu8.
Orientadora9 :ro;< =rica :edro
TATUÍ – 2016
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“O tempo acostumar! Eis aí porque vemos entre nóstantos absurdos e disparates. Este tem jeito parasapateiro: pois vá estudar medicina... Excelente médico! Aquele tem inclinao para c"mico: pois no sen#or$ será político... Ora$ ainda isso vá. Estoutro só tem jeito paracriador ou borrador: nada$ é o%icio que no presta... &ejadiplomata$ que borra tudo quanto %a'. Aqueloutro c#ama(l#e toda a propenso para a ladroeira) manda o bomsenso que se corrija o sujeitin#o$ mas isso no se %a':seja tesoureiro de repartio$ %iscal$ e lá se vo os co%resda nao * +arra... Essoutro tem uma +rande car+a de pre+uia e indol,ncia e só serviria para lei+o de convento$no entanto vemos o bom do mandrio empre+ado p-blico$ comendo com as mos encru'adas sobre a pana o pin+ue ordenado da nao.
CA>LOS? T>EC(O DE “O O@'O”
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CONTEXTO HISTÓRICO
Em usca de uma identidade nacional? por volta da primeira metade do sBculo
'? nasce o romantismo no 5rasil? movimento art8stico e cultural á e0istente
na Europa desde o sBculo @'''. Tanto na poesia como na prosa e no teatro?
;oram sur1indo as primeiras mani;esta3es desses novos ideais. o 5rasil?
duas pulica3es s4o consideradas o marco inicial do >omantismo. As duas
oras ;oram lan3adas em :aris? por on3alves de Ma1al/4es? no ano de !$6,9
a revista iterói e o livro de poesias Suspiros poBticos.
A literatura rasileira só teve um desenvolvimento si1ni;icativo com a ;u1a da
;am8lia real portu1uesa de apole4o para o 5rasil 2ue realiGou 1randes
avan3os art8sticos e culturais
Martins :ena ;oi um dos poucos autores rasileiros a se dedicar unicamente ao
teatro. asceu em !$!"? 2ue? assistindo a importantes acontecimentos
/istóricos de nossa terra? como a independHncia do 5rasil em !$%% e a
adica34o de D. :edro ' em !$6! Iepisódio este 2ue vai ser tema do seu conto
de estreia? “+m episódio de !$6!”? pulicado em aril de !$6$ na
revista ainete de LeituraJ? viria a ;alecer precocemente aos trinta e trHs anos?em !$#$.
Outra caracter8stica importante B 2ue o 5rasil era uma das Knicas colnia a ter
um sistema econmico escravista 1erando oposi3es entre os autores da
Bpoca ;aGendo oras com temas direta ou indiretamente aolicionistas.
INDEPENDÊCIA DO BRASIL
uando o 5rasil era colnia de :ortu1al? n4o podia ;aGer nada por conta
própria. Todas as decises importantes eram tomadas pelos portu1ueses? e
uma das coisas 2ue mais irritava o povo rasileiro era uma espBcie de trato
2ue e0istia entre a colnia I5rasilJ e a metrópole I:ortu1alJ? 2ue se c/amava
:acto Colonial. esse NtratoN? o 5rasil tin/a 2ue enviar suas ri2ueGas naturais
para :ortu1al? onde essa matBriaprima era trans;ormada em produtos 2ue?
depois? eram comercialiGados com o 5rasil. O 1rande prolema era 2ue
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:ortu1al proiia o 5rasil de produGir suas próprias mercadorias e de comprar
produtos de outros pa8ses? ele só podia comprar de :ortu1al. AlBm do :acto
Colonial? :ortu1al ainda corava altos impostos do 5rasil? e essa coran3a
come3ou depois 2ue descoriram minas de ouro em nossas terras. :or
causa disso tudo? muitas revoltas aconteciam em diversas re1ies do pa8s.
Em !$-$? a Fran3a invadiu :ortu1al e a Fam8lia >eal teve 2ue ;u1ir para o
5rasil. Esse ;oi um ;ato importante para a nossa independHncia? pois? a partir
da8? os portos do 5rasil ;oram autoriGados a ;aGer comBrcio com outros
pa8ses e n4o mais só com :ortu1al. Em !$!"? o 5rasil dei0ou de ser apenas
uma colnia? apesar de ainda estar so o dom8nio de :ortu1al? 2uando Dom
&o4o @' criou o >eino +nido de :ortu1al? 5rasil e Al1arves. Esses ;oramal1uns passos em dire34o P independHnciaQ
o dia R de setemro de !$%%? Dom :edro receeu novas ordens? vindas do
rei? de voltar para :ortu1al imediatamente. Mas ele n4o 1ostou nada dessa
/istória? pois ele 2ueria ;icar no 5rasil. Teve uma decis4o muito di;8cil para
tomar9 ir e perder o 1overno do 5rasil ou ;icar e desoedecer Ps ordens de
:ortu1al. Escol/eu a se1unda op34o? e a /istória o;icial conta 2ue? na tarde
de R de setemro? Ps mar1ens do >io 'piran1a? Dom :edro er1ueu sua
espada e 1ritou9 N'ndependHncia ou morteQN. Assim? o 5rasil n4o pertencia
mais a :ortu1al e passou a ter suas próprias leis. Dom :edro ;oi coroado
imperador com o t8tulo de Dom :edro '.
:ortu1al n4o aceitou ;acilmente a independHncia do 5rasil? e muitas lutas
ocorreram em vários lu1ares do pa8s. Somente em !$%" B 2ue o 1overno
portu1uHs recon/eceu nossa independHncia? mas? para isso? o 5rasil teve
2ue pa1ar a :ortu1al % mil/es de liras. Dom :edro ' 1overnou o nosso pa8s
de !$%% atB !$6!? e ;oi durante seu 1overno 2ue a primeira Constitui34o ;oi
promul1ada.
Os primeiros pa8ses 2ue recon/eceram a independHncia do 5rasil ;oram os
Estados +nidos e o MB0ico. :ortu1al e0i1iu do 5rasil o pa1amento de %
mil/es de liras esterlinas para recon/ecer a independHncia de sua e0
colnia. Sem este din/eiro? D. :edro recorreu a um emprBstimo da'n1laterra.
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Emora ten/a sido de 1rande valor? este ;ato /istórico n4o provocou rupturas
sociais no 5rasil. O povo mais pore se2uer acompan/ou ou entendeu o
si1ni;icado da independHncia. A estrutura a1rária continuou a mesma? a
escravid4o se manteve e a distriui34o de renda continuou desi1ual. A elite
a1rária? 2ue deu suporte D. :edro '? ;oi a camada 2ue mais se ene;iciou.
MARTINS PENA
Luis Carlos Martins :ena nasceu no dia " novemro de !$!" no >io de
&aneiro. = patrono da Academia 5rasileira de Letras? na Cadeira %). Fil/o de
&o4o Martins :ena e Francisca de :aula &ulieta :ena. Ficou ór;4o de pai
2uando tin/a apenas um ano de idade e de m4e aos deG. Dai por diante ;oi
criado por tutores 2ue o incentivaram a aprender as artes do comBrcio. Após
completar o curso de ComBrcio em !$6"? passou a estudar? dentre outras
coisas? pintura? mKsica? literatura e teatro. Dedicouse tamBm ao estudo de
outras l8n1uas? tendo 1rande ;acilidade em dominálas.
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De !$#, a !$#R? ;eG cr8tica teatral como ;ol/etinista do &ornal do Commercio.
Seus te0tos ;oram reunidos em Fol/etins. Sua maior contriui34o P literatura
rasileira ;oi como teatrólo1o. Martins :ena B considerado o ;undador da
comBdia de costumes no teatro rasileiro? na 2ual satiriGa a sociedade
rasileira de ent4o. Ao mostrar como ;uncionavam as rela3es sociais?
contriuiu para a compreens4o /istóricosocioló1ica do seu tempo? em como
com a lin1u8stica? visto 2ue escrevia as ;alas das persona1ens? utiliGando a
lin1ua1em colo2uial da Bpoca.
Considerado o primeiro dramatur1o de desta2ue do pa8s? em suas comBdias e
;arsas utiliGa com precis4o a lin1ua1em colo2uial para satiriGar os desmandos
dos pol8ticos e a /ipocrisia do clero. Critica o 1overno e o ;uncionamento dosservi3os pKlicos em O Ci1ano e ComBdia sem T8tulo
Sua ora B asicamente sore a vida do >io de &aneiro da primeira metade do
sBculo ' e e0plora o povo comum da ro3a e das cidades.
Outras
caracter8sticas importantes s4o o seu e0traordinário estilo cmico e a sátira?
usada para censurar? entre outras coisas? a /ipocrisia da '1rea e os ausos
pol8ticos. @ale lemrar 2ue 1ra3as a esse estilo conse1uiu 1rande popularidade
n4o só no per8odo em 2ue viveu? mas tamBm nos dias atuais? pois suas oras
s4o representadas com H0ito nos dias atuais.
NI...J se perdessem todas as leis? escritos? memórias da /istória
rasileira dos primeiros "- anos desse sBculo '? 2ue está a ;indar?
e nos ;icassem somente as comBdias de Martins :ena? era poss8vel
reconstruir por elas a ;isionomia moral de toda esta Bpoca. I...J parece
2ue o dramatista rasileiro está vivo entre nós e escreveu /oe as
suas comBdias” S8lvio >omero I!$"!!)!#J9
E essa espantosa atualidade de :ena permanece sempre vitaliGado pela
comBdia de costumes.
Estes aspectos da ora de Martins :ena se devem Ps caracter8stica do teatro
da Bpoca. uase sempre? após a representa34o de um drama? era encenada
uma ;arsa? cua ;un34o era aliviar a plateia das emo3es causadas pelaprimeira apresenta34o. a maioria das veGes? essas pe3as eram de ori1em
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estran1eira Icomumente portu1uesaJ. Martins :ena? ent4o? perceeu 2ue
poderia dar ao teatro uma natureGa mais rasileira a partir de tipos? situa3es e
costumes? tanto rurais 2uanto uranos? ;acilmente identi;icáveis pelo pKlico do
>io de &aneiro. s cenas rurais? reservou a comicidade e o /umor? e0plorados
por meio dos /áitos rKsticos e maneiras roncas da curiosa 1ente rural? 2uase
sempre pessoas in1Hnuas e de oa 8ndole. &á Ps cenas uranas? reservou a
sátira e a ironia? compondo tipos maliciosos e escol/endo temas 2ue
representavam muitos dos prolemas da Bpoca? como o casamento por
interesse? a carestia? a e0plora34o do sentimento reli1ioso? a desonestidade
dos comerciantes? a corrup34o das autoridades pKlicas? o contraando de
escravos? a e0plora34o do pa8s por estran1eiros e o autoritarismo patriarcal?
mani;esto tanto na escol/a de pro;iss4o para os ;il/os 2uanto de marido para
as ;il/as. Tudo costurado a uma lin1ua1em simples e popular.
Dotado de sin1ular veia cmica? soue aproveitar o momento em 2ue se
intensi;icava a cria34o do teatro romntico rasileiro? 2ue possiilitava tratar
das situa3es e persona1ens do cotidiano? e mostrou a realidade de um pa8s
atrasado e? predominantemente? rural? ;aGendo a plateia rir de si mesma. Seus
te0tos envolvem? soretudo? ;la1rantes da vida rasileira? do campo P cidade.
= considerado ainda um dos principais precursores do >omantismo no 5rasil e
um dos primeiros autores a retratar o processo de uraniGa34o no sBculo '.
Em # de outuro de !$6$? NO &uiG de :aG na >o3aN B sua primeira pe3a 2ue
c/e1a aos palcos? encenada pela compan/ia teatral de &o4o Caetano? o mais
cBlere encenador de sua Bpoca. esse mesmo ano? entra para o MinistBrio
dos e1ócios Estran1eiros? onde e0erce vários car1os? como amanuense da
Secretaria dos e1ócios Estran1eiros? em !$#6? e adido P Le1a34o do 5rasil
em Londres? 'n1laterra? em !$#R.
Dei0a numerosa produ34o9 2uase 6- pe3as?
dentre comBdias? sátiras? ;arsas e dramas escritos atB os 66 anos. Durante sua
passa1em por Londres? contrai tuerculose e morre? no dia R de deGemro de
!$#$? em Lisoa? :ortu1al.
http://teatropedia.com/wiki/Jo%C3%A3o_Caetanohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9diahttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1tirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Farsahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Farsahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dramahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9diahttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1tirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Farsahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dramahttp://teatropedia.com/wiki/Jo%C3%A3o_Caetano
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OBRAS
O &uiG de :aG na >o3a
A Fam8lia e a Festa da >o3a
@itiGa ou O ero de Espan/a
O &udas no Sáado de Aleluia
O amorador ou A oite de S4o &o4o
Os TrHs MBdicos
A 5arri1a do meu Tio
Os CiKmes de um :edestre ou O Terr8vel Capit4o do Mato
As Des1ra3as de uma Crian3a
O Diletante
Os Meirin/os
+m Se1redo de Estado
O Cai0eiro da Taverna
Os 'rm4os das Almas
uem Casa uer Casa
O ovi3o
Os Dois ou O 'n1lHs Ma2uinista
+m sertaneo na corte
O ci1ano
As casadas solteiras
O usuário
O o1o de prendas
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DRAMAS
Fernando ou o cinto acusador
Dom &o4o de lira ou o repto
Dona Leonor Teles
'taminda ou o 1uerreiro tup4
@itiGa ou o ero de Espan/a
Drama sem >ótulo
S!"# $ %#"&'$()*$*# # $ !"$ *# M$"+)'& P#'$, $&&)- #%"#&&/ /-
")+) *$ )-%"+')$ &3 4#"5&&)-.
“E /artins 0ena no é seno isto$ um escritor de teatro. 1o autor dramático
possui em +rau de que se no antol#a outro exemplo na nossa literatura$ as
qualidades essenciais ao o%icio e ainda certos dons$ que as realam: sabeima+inar ou arranjar uma pea$ combinar as cenas$ dispor os e%eitos$ travar o
dialo+o$ e tem essa espécie de observao %ácil$ elementar$ corriqueira e
super%icial$ mas no caso preciosa$ que é um talento do +,nero. 2o raro tem o
trao psicoló+ico do caricaturista$ e o jeito de apan#ar o ras+o si+ni%icativo de
um tipo$ de uma situao$ de um ve'o. 0ossui veia c"mica narrativa$
espont3nea e ainda abundantemente$ in%eli'mente$ porém 4de%eito desta
mesma virtude5 com %acilidade de se desmandar na %arsa.
“A maior parte das peas de /artins 0ena so antes %arsas que comédias.
6ndependentemente dessa denominao$ que ele próprio l#es deu$ a sua
%eio e estilo é de %arsa. Ele exa+era o %eitio c"mico das situa7es e
persona+ens$ acumula o burlesco sobre o ridículo$ mani%estamente no intuito
de mel#or divertir$ provocando(l#e o riso abundante e descomedido$ o seu
p-blico. 8 traduo que o conse+uiu plenamente. Ainda #oje se representam
as comedias de 0ena com o mesmo sucesso de %ranca #ilaridade que l#e%i'eram nossos pais. A mais de meio século de distancia$ lidas ou ouvidas$
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deixam(nos a impresso de representarem su%icientemente no essencial e
característico o meio brasileiro que l#es serviu de modelo e tema. E só talve'
delas$ em todo o nosso teatro$ se poderá di'er a mesma coisa. 9 4rec#os do
livro ;istória da literatura Ed. que so descritos no livro “O teatro de /artins
0ena 9 edio critica por 1arc? 1amasceno. @io de aneiro$ BCD5
RESUMO DA OBRA O NO4I7O
ComBdia em trHs atos
Casandose pela se1unda veG por interesse na ;ortuna de FlorHncia? Amrosio;aG a cae3a da mul/er para mandar seus ;il/os a um convento? assim como
;eG com Carlos? sorin/o de FlorHncia e criado por ela. :assados seis lon1os
meses dentro do convento? Carlos decide ;u1ir? e para sua surpresa descore
2ue neste pe2ueno per8odo sua tia consentiu com a ideia do marido a respeito
dos ;il/os? e ;ica espantando? come3ando a ter certeGa na sua suspeita a
respeito do /omem. E para sua sorte? para con;irmar os ;atos? c/e1a P casa
>osa? 2ue B atendida por Carlos e diG 2ue veio ao encontro de seu /omem? Amrosio.
Casado duas veGes? e0atamente? assim como pretende aplicar o 1olpe em
FlorHncia? /avia ;eito o mesmo com sua primeira mul/er? ao 2ual com a morte
da m4e dela? assumiu seus ne1ócios e partiu com a desculpa de 2ue iria a
MontevidBu a ;im de 1erar mais lucros? e nunca mais voltou. 'ludida? ou com
medo do marido ter morrido por n4o ter mais noticias? >osa 2ue B do Ceará
vem para o >io de &aneiro em usca de noticias? pois tin/a ouvido 2ue omarido casara novamente.
Após conversar com >osa? Carlos ;inalmente vH as esperan3as em pe1ar o
sacana. :ede para 2ue >osa se esconda en2uanto Amrosio se apro0ima? o
mesmo discute com Carlos ori1ando a voltar para o convento. Mas Carlos ;aG
com 2ue Amrosio percea 2ue ele á sae de tudo? mostrando a ele 2uem
está escondida no 2uartin/o ao lado? e Amrosio sai correndo. Espantada por
con;irmar 2ue ele realmente tin/a se casado com outra? e meio sem entender a
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ideia de Carlos? aceita 2ue tro2uem de roupa? pois neste e0ato momento est4o
vindo do convento em usca do novi3o? assim levando >osa? 2ue esta
dis;ar3ada no lu1ar.
Amrosio volta para casa? e se depara com a mul/er 2ue na verdade B Carlosdis;ar3ado? e este se1ura o o1o atB o momento em 2ue Amrosio tenta se
desculpar com >osa? ent4o ele se revela e diG 2ue a1ora está em suas m4os?
pois tem provas? assim como a certid4o de casamento 2ue >osa dei0ou com
ele. Desesperado? Amrosio pede auda e diG 2ue está disposto a tudo? e
Carlos mostra suas condi3es9 Ele e &uca n4o ser mais ;rades? e se casar com
Em8lia. Amrosio aceita? e mesmo assim e0i1e 2ue o 1aroto entre1ue a
certid4o? 2ue recusa. este momento c/e1am a casa FlorHncia e Em8lia? 2uepercee a presen3a da mul/er atB descorir 2ue B na verdade o sorin/o. E
como desculpa a tudo o 2ue ela deve ter ouvido? os dois diGem 2ue na verdade
se passa de um ensaio para uma monta1em de sáado de aleluia. Elas
acreditam? e aproveitando o momento Carlos coloca tudo na roda? diGendo 2ue
Amrosio consentiu em tirálo do convento e dei0ar se casar com 2uem
realmente ama.
E 2uando tudo parece estar indo em? novamente aparece o mestre dos
novi3os para prender Carlos? e conta sore o ocorrido de terem levado uma
mul/er no lu1ar? 2ue estava dis;ar3ada a mandado de Carlos. DiGem sore a
decis4o de tirar ele do convento. FlorHncia inda1a o marido a respeito desta
mul/er? 2ue estava escondida no 2uarto e 2ue ele correu 2uando o sorin/o
mostrou? ele tenta dis;ar3a? mas n4o conse1ue e por ;im acaa contando 2uH
se passa de um anti1o amor. Anti1o amor? passado? pois 2uem ele realmente
ama B FlorHncia. Mas mesmo tentando convencer a mul/er? c/e1a P casa>osa 2ue diG lo1o de cara 2ue o /omem B dela. E a con;us4o come3a
novamente? a;inal o /omem será de 2uemU
:or ;im Amrosio acaa ;u1indo e está escondido em al1um lu1ar. FlorHncia
encontrase deprimida devido aos acontecimentos. Envia uma carta ao
convento para solicitar a sa8da de Carlos? o padre mestre retorna a casa? mas
dessa veG para diGer 2ue Carlos ;u1iu novamente. FlorHncia pede para 2ue
Em8lia repense se B com este /omem 2ue realmente 2uer se casar. O 2ue
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FlorHncia n4o sae? mas Em8lia sim? B 2ue o sorin/o está escondido de ai0o
de sua cama. O criado retora após levar a carta? unto com um ;rade? e este
;rade nada mais B do Amrosio dis;ar3ado.
Amrosio a sós com a e0mul/er pede para ela dar todo o din/eiro 2ue tiver? ea amea3a a ater? Carlos ent4o sai de ai0o da cama e ate no /omem? 2ue se
esconde dentro de um armário. Os viGin/os ouvem o arul/o e vem para
socorrer a mul/er? ela diG 2ue tem um ladr4o? mas n4o cita nomes? e os
viGin/os encontram Carlos de ai0o da cama e atem nele? ele ;o1e e os
viGin/os avisam o 2ue aconteceu. >osa aparece para conversar com FlorHncia?
diGendo 2ue amas n4o tem culpa de todo ocorrido? pois ;oram en1anadas por
este maldito /omem? e elas consentem em vin1arse. Amrosio 2uera umaparte do armário 2ue estava escondido e coloca a cae3a para ;oram? as duas
mul/eres pe1am um peda3o de pau para ater nele mesmo ele implorando por
perd4o? mas elas se vin1am. >etornam os viGin/os com Carlos diGendo 2ue
;inalmente pe1aram o ladr4o? FlorHncia diG sore o en1ano o mostra 2ue
Amrosio B o culpado? e ele vai preso. :or ;im Carlos B dispensado do
convento e a1ora está livre para se1uir seu ;uturo ao lado de Em8lia.
N+$& &!"# $ !"$
Se1ue trec/o retirado do livro “ Teatro de Martins :ena V ComBdias V Edi34o
critica por DarcW Damasceno”
Emora n4o e0ista manuscritos da pe3a nem as edi3es? di1am o ano em 2ue
decorre a a34o? /á na Se34o de Manuscritos da 5ilioteca acional uma carta
de :ena ao secretário do Conservatório Dramático 5rasileiro 2ue nos permite
considerar o ano de !$#" como o de elaora34o da comBdia. Eis a carta9
“Am.F @u%ino ( &ei que estás muito mal comi+o por no #aver eu comparecido
* sesso de domin+o) tens ra'o$ mas al+uma coisa deve(se desculpar aos
doentes. Ordenou(me o /édico que mudasse de ar por al+uns dias$ e
obedecendo(l#e parti na sexta(%eira de madru+ada para acarepa+uá$ e$
con%esso(te$ no lembrei(me ento da sesso. ;oje aqui c#e+uei de boa sa-de
para o que me determinares$ e no entanto rubrica(me a comédia que junto vai$
e devolve(me pelo mesmo portador$ que dela ten#o muita pressa.
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Adeus
eu am.F do G.
0enna.
RESUMO DA OBRA 8UEM CASA, 8UER CASA
Dona Faiana e o sen/or icolau tem dois ;il/os? Faiano e Olaia. Faiano se
casa e leva sua esposa :aulina pra dentro de casa por n4o ter condi3es de
ancar uma casa para eles. O irm4o de :aulina? Eduardo? sempre visitava a
casa deles 2ue? por ;im? se apai0ona por Olaia e os dois acaam casando. Elescontinuam morando na casa de Dona Faiana pelo mesmo motivo. icolau B
um /omem muito reli1ioso 2ue só tem tempo para se preocupar com coisas da
i1rea.
A partir disso? a /istória se desenvolve com muitas intri1as entre a ;am8lia.
:aulina 2uer ser dona de casa? mas por ser irrenta e dominadora? conse1ue
ter seu marido na palma da m4o? dei0ando Faiana enciumada pela posse da
casa. Eduardo n4o traal/a e passa o dia todo tocando raeca IviolinoJ?
enc/endo os ouvidos da so1ra. Olaia só o apoia nessa coisa de ser mKsico.
:or n4o a1uentar tanta 1ente numa casa só? Faiana implora para Anselmo?
pai de :aulina e Eduardo? a arrumar uma casa para os ;il/os sa8rem de lá. E no
;im da pe3a? ele a concee o pedido. E o des;ec/o da pe3a vHm com as
;am8lias diGendo9 “ A min/a casa está Ps vossas ordens. uando 2uiser...”.
:ois eles e0plicam 2ue 2uem se casa B por2ue se 2uer uma casa.
RESUMO DA OBRA – O CAIXEIRO DA TA4ERNA
ComBdia em ! ato.
Manuel B um Cai0eiro? 2ue cuida do ar da dona An1Blica? 2ue após ;icar viKvasó pensa em arrumar um marido? Manuel B um ótimo pretendente? mas este
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esta casado as escondidas com Deolinda? uma viGin/a? Manuel n4o pode
assumir seu casamento para 2ue An1Blica n4o desconsidere a possiilidade
dele se tornar Sócio do ar? ele en1ana todos e passa apuros com o 'rm4o de
Deolinda 2ue esta a ca3a do marido oculto de sua irm4.
Francisco? ami1o de Manuel? B o Knico 2ue sae de tudo e tenta audar o ami1o
diGendo atB mesmo 2ue ele B o marido de Deolinda? mas a mentira B revelada
2uando An1Blica con;essa a Francisco 2ue esta a procura de um marido? e 2ue
teria pensado neste como possiilidade? Francisco ent4o assume seu interesse
por ela revelando o se1redo do ami1o? e 2uando todos descorem 2ue Manuel
B um tremendo amicioso e mentiroso? todos os cercam mas este com um
depoimento comovente de 2ue só 2ueria ser sócio do ar? ;aG as pessoas aoredor se sensiiliGarem e tudo se resolve? An1Blica ira casar com Francisco
mas sua sociedade será de Manuel 2ue B aceito pelo cun/ado como marido de
Deolinda.
RESUMO DA OBRA – UI9 DE PA9 NA RO7A
ComBdia em ! ato.
Manuel B um pai de ;am8lia? traal/a na ro3a como lavrador? casado com Maria
>osa e :ai de Anin/a? uma ovem apai0onada por &osB da Fonseca 2ue
planeam casarse em se1redo? mas &osB B capturado pela 1uarda nacional
para servir contra a revolu34o ;arroupil/a. Manuel B convocado para traal/ar
na 1uarda e ;ica responsável pela entre1a de &osB atB o 2uartel? o mesmo o
leva para a casa e tranca &osB em um 2uarto para se1uirem no dia se1uinte?
porem Anin/a e &osB ;o1em e casamse? no dia se1uinte contam tudo o 2ue
/ouve para os pais de Anin/a 2ue os perdoa? levando assim &osB atB o &uiG de
:aG na ro3a 2ue o livra de servir na >evolu34o.
RESUMO DA OBRA UM SERTANEO NA CORTE
IComBdia incompletaJ entre !$66 e !$6R.
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Toias B um sertaneo 2ue visita pela primeira veG o >io de &aneiro? para
entre1ar uma carta de um sar1ento ao :ereira Imorador do >&J? ao c/e1ar no
Estado? o mesmo á B e0plorado por sua i1norncia? e B en1anado por dois
ci1anos? 2ue com um anel ;also diG ser de 1rande valor? o primeiro ci1ano tenta
vender? o se1undo se ;aG de ;il/o de um avaliador de ouro e mente seu real
valor ;aGendo assim o Toias comprar o ;also anel.
Ao c/e1ar na casa do Sen/or :ereira ;ica espantado com o piano? ac/ando
2ue B um cai04o com um ic/o 2ue canta onito dentro? acredita 2ue :aris?
sea um /omem ;ora outras atrapal/adas 2ue o sertaneo passa na corte.
A comBdia ;ica incompleta a partir deste ponto? ;oi encontrada somente uma
copia? e acreditase 2ue ;ora perdida o restante? por conter ase ;orte de
persona1ens e uma lin1ua1em corrida de ;ácil desenvolvimento.
RESUMO DA OBRA OS DOIS / O INLÊS MA8UINISTA
Saendo das inten3es de ainer I'n1lHs interessado a enri2uecer no 5rasilJ e
e1reiro IContraandista de e1rosJ de pedir a m4o de Mari2uin/a? Fel8cio?primo e amor de Mari2uin/a? ar2uiteta um plano para virar ainer e e1reiro
um contra o outro. Fel8cio diG a ainer 2ue e1reiro o c/ama de Nvel/acoN? e
diG a e1reiro 2ue ainer denunciou um de seus navios ne1reiros para as
autoridades. uando os dois pretendentes se encontram novamente? partem
para a luta? e se torna con/ecido para ClemHncia as inten3es de ainer
IClemHncia aparenta á con/ecer das inten3es de e1reiroJ. ClemHncia ;ica
surpresa 2uando descore 2ue ainer procurava se casar com Mari2uin/a e
n4o com ela. e1reiro se esconde atrás de uma cortina? escutando os diálo1os
de clemHncia e ouvindo 2ue ela enviará uma carta propondo casamento a
ainer? e ent4o sai de cena. Alerto? marido de ClemHncia e supostamente
morto? entra em cena? e encontra e1reiro atrás da cortina. Os dois se
escondem? e Alerto se sente tra8do por sua mul/er. Eles ouvem Fel8cio e
Mari2uin/a? ;il/a de Alerto? demonstrarem amor um pelo outro. ainer e
ClemHncia reentram em cena separadamente e procedem a discutir um acordo
de casamento? 2ue ainer entendeu como um casamento com Mari2uin/a? e
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ClemHncia como um casamento entra ela mesma e ainer. Alerto pula para
;ora da cortina e mostra sua indi1na34o com sua mul/er? amea3ando ir
emora. Fel8cio? Mari2uin/a e sua pe2uena irm4 &Klia entram em cena? e
Fel8cio convence Alerto a ;icar. Alerto ent4o perdoa ClemHncia? e permite o
casamento de Mari2uin/a e Fel8cio.
AN;LISE CRÍTICA
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Gaixeiro da taverna$ Sen/or Manuel? cuida de um ar? e no te0to ele altera
al1uns in1redientes para aumentar o produto? nos dias de /oe vários
restaurantes s4o ;ec/ados ou anunciados em ornais locais? o mau
;uncionamento? por alterar produto? inserir salitro em alimentos? limpar data de
validade? colocar a1ua em vin/o e tudo mais.
O 2ue 2ueremos c/e1ar com tudo isto B 2ue Martins :ena ;oi o pioneiro da
comedia de costumes no 5rasil? e nestas # pe3as 2ue decidimos comentar ;ica
cr8vel no desenrolar da /istoria? o costume e a comBdia? sendo o autor
totalmente ;iel aos acontecimentos? tanto 2ue para nós leitores? sentimos um
certo descon;orto ao ver em suas pe3as ne1ros sendo maltratados? porem
na2uela Bpoca era normal? e isto poderia ser lido naturalmente sem nen/umdesa1rado. A presen3a do ne1ro B em ;orte em al1umas pe3as em Os dois ou
6n+l,s maquinista e0iste atB mesmo um persona1em 2ue contraandeia o
ne1ro. Mas n4o podemos nos es2uecer? 2ue as pe3as de :ena? n4o se ;ala
tanto em escravid4o? e nem tanto nas classes sociais mais elevadas? mas sim
em pessoas comuns do cotidiano Ido >io de &aneiroJ? ent4o vemos pessoas
como ;uncionários pKlicos? cai0eiros? e assim por diante.
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COMÉDIA DE COSTUMES
Criada inicialmente por MoliXre? a comBdia de costumes? caracteriGase pela
cria34o de tipos e situa3es de Bpoca? com uma sutil sátira social. :roporciona
uma análise dos comportamentos /umanos e dos costumes num determinado
conte0to social? tratando ;re2uentemente de amores il8citos? da viola34o de
certas normas de conduta? ou de 2ual2uer outro assunto? sempre suordinados
a uma atmos;era cmica. A trama desenvolvese a partir dos códi1os sociais
e0istentes? ou da sua ausHncia? na sociedade retratada. As principais
preocupa3es dos persona1ens s4o a vida amorosa? o din/eiro e o deseo de
ascens4o social. O tom B predominantemente sat8rico? espirituoso e cmico?
oscilando entre o diálo1o vivo e c/eio de ironia e uma lin1ua1em Ps veGes
conivente com a amoralidade dos costumes. o 5rasil esse 1Hnero B
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considerado o mais caracter8stico do teatro rasileiro e seu principal
representante B Martins :ena.
Antes dele? a produ34o teatral no nosso pa8s estava relacionada a temas
reli1iosos e tin/a ;un34o moraliGante? ;eita 2uase sempre em tom solene? 2uese a;astava da popula34o mais simples.
Martins :ena deu um novo ol/ar ao teatro ao acrescentar elementos opostos
como o /omem urano e o rural? ou a vida na Corte e na prov8ncia. Assim?
utiliGando uma estrutura simples e encena3es leves com persona1ens
caricatos? as pe3as provocavam o riso da plateia e apontavam aspectos
reprováveis em di;erentes setores da sociedade rasileira. Dentre os principais
temas das comBdias de Martins :ena est4o as 2uestes pol8ticas? as
di;eren3as entre os tipos roceiros e metropolitanos e o con;lito entre as
realidades e valores aplicados nos 1randes centros uranos e nas prov8ncias.
Apesar de sua ora estar inserida em um per8odo antes do >omantismo? por
conta das temáticas e aorda1ens utiliGadas? os estudiosos o consideram um
autor romntico. AlBm dos persona1ens? podemos destacar tamBm os temas
presentes em suas pe3as ;re2uentemente como as ;estas t8picas da ro3a e dacidade? os casamentos e dotes? alBm de temas reli1iosos? divis4o de ;ortunas e
2uestes pol8ticas.
A COMÉDIA BRASILEIRA
Em !$6$? era lan3ado o “&uiG de paG na ro3a” de Martins :ena 2ue marca o
inicio da comBdia rasileira. :ouco antes? on3alves de Ma1al/4es /aviac/amado a aten34o do pKlico para o tema da nacionalidade? ;ator 2ue iria
criar? emora tardiamente? condi3es capaGes de liertar o teatro rasileiro da
in;luHncia esteriliGante representada pelo cultivo de temas e situa3es
divorciadas da cultura nacional.
'ndiretamente? on3alves de Ma1al/4es teria ainda outro mBrito9 o de lan3ar?
2uando da encena34o de Antnio &osB? o primeiro 1rande ator rasileiro &o4o
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Caetano? autor de “Li3es dramáticas”? documento ásico para a compreens4o
do teatro da Bpoca.
Martins :ena B na verdade o ;undador da comBdia de costumes rasileira? veio
ines1otável e talveG o mais ;ecundo de toda a dramatur1ia nacional. o diGer de S8lvio >omero Icritico e /istoriadorJ? constituem “O papel /istórico na vida do
pa8s? na primeira metade do sBculo '”
Apesar disso o teatro de Martins :ena n4o resiste? em termos de critica? a uma
análise pro;unda. Emora dotado de a1udo senso de carpintaria e tipi;ica34o e
de uma lin1ua1em realmente popular? isenta a preciosismos eruditos e
pie1uices romnticas? o autor mantBmse al/eio P estrutura colonialista da
Bpoca? perdendose muitas veGes em sátiras arti;iciais e 1raceos pouco
acess8veis P plateia de /oe. As 2ualidades? porBm? superam os de;eitos e
diretores /áeis tHm remontado com H0ito várias de suas pe3as? como “O
novi3o”.
A atmos;era da Bpoca? carre1ada de deseos de renova34o? era muito ;avorável
a um teatro de ar1umentos nacionais. Todo esse entusiasmo pela constitui34o
e pela lierdade? untamente com o nacionalismo? austavase P moda daBpoca? e espel/ava a 1rande corrente do >omantismo 2ue? revisto e corri1ido?
aportava com al1umas dBcadas de atraso Ps mar1ens do 'mpBrio do 5rasil.
O@O CAETANO
&o4o Caetano dos Santos ;oi um importante encenador e empresário teatral
rasileiro no sBculo '? nasceu em 'taora8? no >io de &aneiro. Apesar de ser um amante das tra1Bdias? &o4o Caetano representou persona1ens cmicos
marcantes? inclusive? ;oi o primeiro a apresentar a pe3a “&uiG de :aG na ro3a”?
em !$6$.
AlBm de ser tradicionalmente con/ecido como o maior ator de sua Bpoca?
Caetano B considerado ainda o primeiro teórico da arte dramática no pa8s e
responsável pela pro;issionaliGa34o do teatro? com suas iniciativas no palco ou
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na administra34o de compan/ias 2ue atuavam tanto na capital como nas
prov8ncias.
AlBm de atuar? pulica dois livros sore a arte de representar9 N>e;le0es
DramáticasN? de !$6R? e NLi3es DramáticasN? de !$,%. Em !$,-? depois devisitar o Conservatório >eal da Fran3a? or1aniGa no >io de &aneiro uma escola
de Arte Dramática? totalmente 1ratuita. TamBm promove a cria34o de um Kri
dramático? para premiar a produ34o nacional. Considerado o maior ator de sua
Bpoca? morre no dia %# de a1osto de !$,6? no >io de &aneiro.
CONCLUS@O
Conclu8mos 2ue tem muito da /istória rasileira nas oras de Martins :ena? e
2ue a partir delas e? apenas sore elas? podemos reconstruir toda a /istória
da2uele per8odo. AlBm disso? nos retrata os costumes da sociedade rasileira
em meados do sBculo '. Muitas veGes? um retrato 2ue n4o a1rada muito os
nossos ol/os? pois nos mostra os ;undamentos contraditórios 2ue ;irmaram a
Bpoca. = sem dKvida? uma ;onte viva para a compreens4o da2uele per8odo.
:rocuramos mostrar nesse traal/o a rela34o entre as comBdias de Martins
:ena e a sociedade rasileira? alBm de se preocupar tamBm com al1uns
acontecimentos /istóricos durante a e0istHncia desse autor. :rocuramos estar
conscientes dos primeiros encenadores das pe3as de Martins :enas? e como
essas oras ;oram traGidas atB os dias de /oe.
A re;le04o sore esses te0tos 2ue lemos durante o processo? su1ere
2uestionamentos sore a classe ur1uesa? mostrandonos a corrup34o da;am8lia? do Estado? das leis? os costumes contraditório dessa sociedade.
Concluindo 2ue a classi;ica34o “comBdia” está mais li1ada P cr8tica social do
2ue o próprio riso em si? pois nos deparamos com uma certa semel/an3a com
nossos dias atuais.
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DESCRI7@O DAS ATI4IDADES
A partir do tema escol/ido pelo 1rupo? decidimos dividir os tópicos para as
pes2uisas e a partir desta pes2uisa individual se dada por completa ;oi
disponiiliGado para todos os inte1rantes estudarem todos os tópicos.
Os encontros para estudos ;oram realiGados via 1rupo de Y/atsapp e
;aceooZ? devido aos inte1rantes morarem em cidades di;erentes e
traal/arem durante o dia. estes 1rupos ;oram disponiiliGados sites e v8deos
para au0iliar ao estudo.
O processo para este seminário ;oi completamente coletivo? /avendo a
participa34o de todos os inte1rantes em todas as partes? desde a constru34odo traal/o escrito atB a cena.
Contaremos com o au0ilio de slides para a apresenta34o do traal/o.
Como Martins :ena B considerado o dramatur1o de maior desta2ue do pa8s e
suas pe3as aordarem temas ;acilmente recon/ecidos pela sociedade da
Bpoca? e n4o dei0ando de ser atual? optamos na constru34o da cena em
mostrar 2uatro de suas mais ;amosas oras? como “O ovi3o” I&BssicaJ? “uem
casa 2uer casa” IT/iesleWJ? “O cai0eiro da taverna” ICelsoJ e “O uiG de paG na
ro3a”IDou1las? convidadoJ. Foi de;inido ent4o? para cada inte1rante do 1rupo? ;aGer
um reve de resumo da ora lida? e para a cena? trans;ormar este resumo
sendo contado a partir da vis4o do persona1em escol/ido? ;aGendo com 2ue a
plateia possa revemente con/ecer a /istória de cada espetáculo? e 2uem
sae assim se interessar em ler. As oras citadas? ;oram lidas por todos os
inte1rantes deste seminário.
REERÊNCIAS
Livro V Teatro de Martins :ena V Edi34o critica por DarcW Damasceno. >io de
&aneiro? !)",.
/ttp9[[YYY.so/istoria.com.r[io1ra;ias[pena[
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caracteristicodoteatrorasileiro_scrid
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/ttp9[[YYY.recantodasletras.com.r[teorialiteraria[%-))"!
/ttp9[[YYY.2uestaodecritica.com.r[%--)[-%[comediasecostumes[
/ttp9[[YYY.todamateria.com.r[romantismocaracteristicaseconte0to/istorico[
/ttp9[[YYY.ue.com.r[1n[doYnloads[/istoriar[!)./tm
/ttp9[[YYY.in;oescola.com[io1ra;ias[oaocaetano[
/ttp9[[YYY.nossosaopaulo.com.r[>e1^S:[5arra^Escol/a[5^&oaoCaetano./tm
/ttps9[[YYY.Woutue.com[Yatc/Uv\t2TtY+,mmE
/ttps9[[YYY.Woutue.com[Yatc/Uv\G^p)2l`+*S+
http://www.questaodecritica.com.br/2009/02/comedias-e-costumes/http://www.todamateria.com.br/romantismo-caracteristicas-e-contexto-historico/http://www.uje.com.br/gn/downloads/historiabr/19.htmhttp://www.questaodecritica.com.br/2009/02/comedias-e-costumes/http://www.todamateria.com.br/romantismo-caracteristicas-e-contexto-historico/http://www.uje.com.br/gn/downloads/historiabr/19.htm