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I I MARKETING PESSOAL: O PROFISSIONAL DO TIPO QUALIDADE TOTAL CÍNTIA BENTO DA SILVA UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO - DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSO DE REENGENHARIA EM RECURSOS HUMANOS Mestre: Robson Materko Rio de Janeiro fevereiro/2002

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I

I

MARKETING PESSOAL: O PROFISSIONAL DO TIPO QUALIDADE TOTAL

CÍNTIA BENTO DA SILVA

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES -

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO -

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

CURSO DE REENGENHARIA EM RECURSOS HUMANOS

Mestre: Robson Materko

Rio de Janeiro

fevereiro/2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

CURSO DE REENGENHARIA EM RECURSOS HUMANOS

MARKETING PESSOAL: O PROFISSIONAL DO TIPO QUALIDADE TOTAL

Monografia de conclusão do curso de pós-graduação “lato-sensu”.

Orientador: Professor Mestre Robson Materko

Aluna: Cíntia Bento da silva

Rio de Janeiro,

fevereiro/2002.

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III

Agradecimentos

Agradeço especialmente a Deus, por ter abençoado a realização desta pós-

graduação.

Vão aqui os meus agradecimentos a minha família, que doaram muitas vezes

horas de convívio, porém me incentivando a fazer este estudo.

Ao Cristiano, que teve muita paciência para agüentar os sábados sozinho.

Às minhas amigas, que estiveram juntas comigo neste ano.

Enfim, a todos que possuem um significado muito importante em minha vida, e

sei que estão torcendo por mim.

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Dedico aos meus pais Antônio e Odete, pelo estímulo

e oportunidade oferecidos, muito

mais do que a mim, este trabalho lhes pertence.

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V

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Algumas pessoas dizem que conhecimento

é poder, mas isso não é verdade.

Caráter é poder.

Shri Sathya Sai Baba.

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Resumo

O profissional do tipo qualidade total é aquele que consegue manter o alto nível

de conduta pessoal e intelectual. Aquele que sabe gerenciar seus pontos fortes e

fracos.

O marketing pessoal é realidade que não se pode mais negar. É preciso saber

manter relacionamentos pessoais e profissionais.

Atualmente, os profissionais estão muito parecidos, e o grande diferencial é a

pessoa que cada um é.

O profissional de hoje tem que estar atento também ao seu eu interior. As

organizações estão à procura de quem as leve para excelência.

A conduta pessoal do profissional é analisada tanto quanto a intelectual, pois

não adianta ser um grande profissional, mas com um comportamento que não condiz

com suas experiências.

É preciso agir corretamente, ter ética. Ser um profissional ético, e também

intuitivo. É preciso ser um profissional exemplar, nota dez.

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Sumário

INTRODUÇÃO....................................................................................................08

Capítulo I: O QUE É MARKETING PESSOAL...................................................11

1.1. O marketing pessoal e a empregabilidade..................................................15

Capítulo II: FALANDO DO PROFISSIONAL TIPO QUALIDADE TOTAL...........16

2.1. A conduta é fator tão importante quanto o desempenho.............................17

2.2. O importante é ser um profissional ético.....................................................20

2.3. O poder da intuição.....................................................................................23

2.4. é preciso ser um ativista..............................................................................24

Capítulo III: O PROFISSIONAL PRONTO PARA O MERCADO........................26

3.1. Em direção ao profissional do tipo qualidade total......................................28

3.2. O quociente emocional no trabalho.............................................................30

3.3. O mercado de trabalho que o profissional do tipo qualidade total...............30

CONCLUSÃO.....................................................................................................38

BIBLIOGRAFIA...................................................................................................40

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INTRODUÇÃO

O mercado atual está competitivo e isso ninguém mais pode questionar. Os

profissionais estão cada vez mais parecidos entre si. A oferta é pouca e a procura

acirrada. O que uma pessoa pode fazer para se tornar um atrativo para este

mercado, para ser tornar desejada por este mercado. Por onde deve começar? São

algumas perguntas que freqüentemente nos fazemos em meio a este turbilhão de

desempregos, pessoas insatisfeitas com seus empregos e por ai vai. Mas sempre há

uma saída para quem realmente pretende estar neste campo minado, que é o

indivíduo preocupar-se verdadeiramente consigo mesmo, com a convicção de que o

primeiro passo a dar é ser uma pessoa do tipo qualidade total, fazer o próprio

marketing pessoal. É sempre ser uma pessoa de boa conduta profissional e pessoal.

É estar atualizado, ser uma pessoa ética, intuitiva.

Não se pode prever se ficaremos para sempre em uma determinada empresa,

pois o que há hoje é empregabilidade, temos que nos tornar sempre interessantes

para ao mercado, sempre produtivos e com margem de empregabilidade em

elevação.

O marketing pessoal é um grande aliado para aquele profissional que está

preocupado com seu sucesso, com aquele profissional que deseja ser um grande

profissional do milênio. Não por vaidade, mas por necessidade, pois a competição

no mercado é acirrada e não há tempo para perder. As empresas possuem objetivos

definidos, e nós como profissionais devemos estar cientes destes objetivos e nos

adequar a eles. Temos que nos capacitar para agregar valores às instituições que

participamos ou pretendemos participar. O ser humano em sua essência esta sendo

muito valorizado nas empresas atualmente.

O marketing pessoal não é para tratar as pessoas como um objeto, ele procura

valorizar as pessoas, o ser humano em si. Na forma do “só colhemos aquilo que

plantamos”.

O marketing pessoal objetiva a valorização do ser humano em todos os seus

atributos, características e complexa estrutura. Sua meta é possibilitar a realização

do indivíduo plenamente, divulgando e demonstrando cada uma de suas

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capacidades e potencialidades. Nossos talentos e dons, quando possuem valor

econômico, são comparáveis a produtos e serviços e a eles podem ser aplicadas

todas as técnicas de marketing. Isto é, podemos aplicar os instrumentos do

marketing aos nossos diferenciais competitivos (mercadológicos).

É preciso caminhar junto com as mudanças do mercado de trabalho, nos

preocupando com a preparação pessoal específica individual.

O que o profissional do milênio deve se preocupar é em ajustar os seus pontos

fortes e fracos às oportunidades e ameaças no mercado de trabalho.

Há muita tecnologia, muitos dispositivos mecânicos à nossa disposição, mas

ainda o conteúdo humano é o mais importante de todos.

As empresas são prédios, mas quem as comandas são pessoas, que possuem

coração e mente. Então, temos que fazer o possível para que eles trabalhem junto

conosco de maneira humana.

Quando o profissional se preocupa com seu marketing pessoal, ele está

querendo se tornar uma pessoa do tipo qualidade total. Não há como pensar em

marketing pessoal, sem pensar em uma pessoa com margem de erro mínima, uma

pessoa do tipo qualidade total, que se preocupa com a qualidade do seu trabalho, do

seu interior, do seu ser em si. Na realidade é o que as organizações esperam de nós,

que sejamos dinâmicos, participativos, decisivos e competentes, ou seja, uma

pessoa preocupada com a melhoria constante em todos os aspectos da vida

corporativa e até mesmo pessoal, que também vem sendo bastante considerada

pelas organizações.

A conduta do profissional tem sido bastante observada e considerada nas

organizações, às vezes só competência não basta, é preciso saber lidar com os

outros, é preciso saber usufruir do lado humano. Humanizar as relações de trabalho

com os colegas. A postura do profissional influi em sua admissão ou demissão, é um

grande detalhe e faz muita diferença.

Um bom profissional, aquele do tipo qualidade total, é apresentável em todos

os aspectos. Não estamos falando de perfeição, mas quase nos aproximando a ela.

É a certeza de estar agindo corretamente, com ética, sem querer ser

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politicamente correto, mas a questão da consciência, a questão de ser um grande

profissional, o melhor profissional. O que faz a diferença, o que tem o quesito a mais

no meio de tantas pessoas com qualificações parecidas. Mas a única opção diferente

é o ser de cada um. Esse nunca poderá se igualar a ninguém. Essa é a grande

questão. É a questão para quem se preocupa em ter uma carreira longa e pautada

na segurança de estar executando um bom trabalho; fazendo bem o que lhe foi

designado.

O profissional do tipo qualidade total, ele é intuitivo por natureza. A intuição é

uma grande aliada deste tipo de profissional, pois ela é um diferencial competitivo.

O profissional que tiver este detalhe a mais sairá na frente, pois as empresas

querem tudo para ontem, querem soluções mágicas. E o intuitivo dá sua solução e

resolve o problema, às vezes de forma inusitada, mas resolve. E é deste profissional

que o mercado precisa. Que saiba quebras as barreiras, de forma acertiva, sendo um

ativista, compartilhando os objetivos e com obsessão por vencer.

O mercado está a procura deste profissional do tipo qualidade total, e para

conseguir alcançar este objetivo, temos que estar preparados, e bem preparados,

pois a competição é grande. E um pequeno detalhe faz a diferença.

Este tipo de profissional “perfeito”, que todos pretendem seguir o exemplo, é

fruto de estudo, dedicação e consciência do objetivo a ser alcançado.

É um profissional preocupado com a minimização de perdas. É um profissional

que o mercado almeja e precisa nestes tempos atuais.

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CAPÍTULO I:

O QUE É O MARKETING PESSOAL?

O marketing pessoal nada mais é do que a capacidade individual de atrair e

manter relacionamento pessoais e profissionais (entre a equipe, com clientes, com

gerentes, diretores, etc) de forma permanente, para que, através e por meio deles,

se realizem ciclos de atendimento de necessidades mútuas, gerando satisfação a

todos.

“É uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing em

benefício da carreira profissional e da vida pessoal dos indivíduos, valorizando os

seus diferenciais mercadológicos, suas vantagens competitivas, catalisando os

processos que facilitem o melhor posicionamento de mercado possível.

Parafraseando Philip Kotler, o Marketing Pessoal é o processo que inclui a

concepção, o planejamento e a execução de ações que viabilizem a projeção

pessoal das pessoas e dos profissionais.”1

E é através de uma estratégia devidamente estruturada a partir do campo de

atuação pessoal e profissional, os objetivos que precisam ser traçados, o ambiente,

as particularidades do público-alvo e as características pessoais do indivíduo, que o

marketing pessoal será desenvolvido.

É preciso ter em mente certos conceitos para que possamos nos avaliar,

fazendo nosso marketing pessoal, por exemplo, como anda nossa comunicação

pessoal, tanto a oral quanto a escrita? O que temos de características pessoais

1 NETO, Carvalho. O que é o Marketing Pessoal. http://www.carvalhoneto.com.br

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positivas e a melhorar? A nossa linguagem corporal, postural, gestual e voz estão de

acordo com o que queremos de nós mesmos? A nossa comunicação com o público

está clara? Em nossas características, há o espírito de liderança, de capacidade de

influenciar? E como anda nossa imagem pessoal, nossos fundamentos de etiqueta?

Somos inibidos ou desinibidos? Temos desenvolvido nossas habilidades inter-

relacionais? Quer dizer, são estes, determinados pontos que podem fazer a nossa

diferença pessoal. E adicionar um algo mais em nós mesmos.

Por isso, é importante trabalhar o marketing pessoal, pois assim, adquirimos

este tão falado diferencial básico em relação à concorrência, desenvolvendo

importantes habilidades de percepção, convívio social e profissional, liderança e

carisma. O sucesso permanente passa obrigatoriamente pelo sucesso individual nos

relacionamentos dos mais variados tipos, do porteiro ao diretor-presidente. O

marketing pessoal é uma ferramenta indispensável para os que desejam crescer.

“Estudos atualizados indicam que cerca de 55% do que os outros pensam sobre nós

(inclusive o chefe, o futuro cliente, etc) são definidos pelos nossos aspectos

exteriores (imagem, apresentação, comunicação)”.2

Já não basta falar inglês fluentemente ou ser formado em uma faculdade de

ponta. Com mudanças rápidas e crises freqüentes, empregadores aumentam as

exigências para quem está a procura de um cargo em grandes empresas.

"Procuramos pessoas que saibam caminhar sobre a água, profissionais com

conhecimento profundo em mais de uma área e que aprendam rápido”. 3

“O que distingue um profissional de outro são experiências pessoais”.4

Aspectos comportamentais também contam muitos pontos na seleção de uma

empresa. Contratações e demissões são definidas por questões de atitude.

Além de todas essas características, os pretendentes a cargos têm de saber

trabalhar num cenário de crise quase permanente. É preciso identificar

oportunidades nesse contexto e agir rapidamente.

2 GALVÃO, Junia. As vantagens em desenvolver o Marketing Pessoal. http://www.skywalker.com.br.3 PIANUCCI, Jair. Mercado multiplica exigências a profissionais. http://www.skywalker.com.br.4 LEITE, Cristina Paula. Escola de Administração de Empresas. http://www.skywalker.com.br.

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As empresas buscam pessoas "globalizadas", que possam atuar em diferentes

culturas e que dominem pelo menos, os idiomas inglês e espanhol.

Saber se relacionar e trabalhar em equipe têm sido uma das qualidades mais

procuradas por recrutadores.

O marketing pessoal para um profissional atual, já não é mera vaidade, e sim,

passou a ser uma necessidade primária, já que a cada dia os profissionais estão se

parecendo mais tecnicamente; o diferencial está sendo a pessoa que cada um é. O

temperamento, as atitudes e a maneira de se relacionar são fatores cruciais para o

sucesso da carreira. As relações pessoais devem sim, ser valorizadas no trabalho,

por que os relacionamentos, ainda que sejam profissionais, são movidos pela

emoção.

O que podemos pensar sobre o marketing pessoal em relação às empresas? O

que sabemos é que as organizações possuem objetivos certeiros, temos que nos

adequar a estes objetivos e enquadrar o nosso “feeling”.

Temos que saber ser “ser humano” dotado de personalidade própria,

possuidores de conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis

à adequada gestão dos recursos organizacionais. Que em suma, quer dizer que,

temos que estar capacitados para agregar valores à instituição, impulsionar a

organização e dotá-la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua

constante renovação e competitividade neste mundo de tantas mudanças e desafios.

É muito importante o profissional estar atento ao seu eu, atento para como anda

sua imagem tanto interior quanto a exterior, pois as empresas não querem mais

agentes passivos, inertes e estáticos. Elas querem sim, pessoas capazes de

conduzir a organização ao sucesso e à excelência. E isso é bom para os dois lados,

pois uma empresa não funciona sozinha, quem a comanda são seus ativos

humanos. Então realmente existe essa necessidade de nós, como profissionais,

humanizarmos nossas ações profissionais, realmente fazermos investimentos na

organização onde estamos ou onde poderemos estar. Investimentos como esforço,

dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos.

Podemos, então sintetizar essa relação de indivíduo com empresa, da seguinte

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forma: “as pessoas como recursos são, empregados isolados nos cargos; possuem

horário rigidamente estabelecido; são preocupadas com, normas e regras; são

subordinadas ao chefe; possuem fidelidade à organização; são dependente dos

chefes; são alienados em relação à organização; dão ênfase à especialização;

somente executam tarefas; dão ênfase nas destrezas manuais; são apenas mão-de-

obra.

As pessoas como parceiros são colaboradores agrupados em equipes;

possuem metas negociadas e compartilhadas; se preocupam com resultados; estão

preocupadas com o atendimento e a satisfação do cliente; possuem

interdependência entre colegas e equipes; são participativas e comprometidas; dão

ênfase à ética e a responsabilidade; fornecem atividade; dão ênfase ao

conhecimento e possuem inteligência e talento.”5

Devemos ter sempre em mente que nossa estratégia de carreira deve

perseguir incessantemente o ajuste dos nossos pontos fracos e fortes às

oportunidades e ameaças existentes no mercado de trabalho. Deve-se ter

flexibilidade para adaptar nossos objetivos e planos às mudanças do ambiente,

sejam as mudanças que ocorrem dentro de nós mesmos (ambiente interno), sejam

as que se processam no mundo à nossa volta (ambiente externo). Deste modo, mais

importante do que seguir regrinhas sempre mutáveis sobre como se vestir, o que

conversar ou como comportar-se em cada das milhares de situações possíveis de se

produzir em cada momento de nossa carreira, é fundamental aprender a pensar

estrategicamente em busca de coerência entre seus atos e a realidade do ambiente

que nos cerca. Quando aprendemos a efetuar uma eficiente análise ambiental, não

precisaremos de receitas de bolo: saberemos exatamente como se comportar em

cada situação, sem sofrer uma desnecessária ansiedade.

Um profissional que faça bom uso de seu marketing pessoal é aquele que é

talentoso, intelectualmente preparado, ético e com responsabilidade para com o

empresa, família, ambiente e sociedade. Pois antes de estarmos sujeitos às leis

5 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 3 ed. São Paulo: Campus, 2000. P.77.

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governamentais, estamos submetidos às leis universais, que são essencialmente

éticas porque nos orientam para o bem comum.

O marketing pessoal é um grande aliado para o profissional que realmente sabe

o quer, sabe o lugar para onde quer ir. Para o profissional que conhece o seu próprio

temperamento e a pessoa que é.

E o profissional que faz uso desta arma não se torna egocêntrico, ele

freqüentemente se avalia. Quais são os seu valores? Seus objetivos? Qual a sua

contribuição? Será que trabalha bem comas pessoas ou é um solitário?

“Leonardo da Vinci tinha um caderno cheio de perguntas que fazia a si próprio.

E Mozart conhecia isso muito bem. Ele é o único homem na história da música que

conseguiu ser igualmente bom em dois instrumentos completamente diferentes. Não

era apenas um grande virtuose do piano, mas também do violino. E, no entanto,

decidiu que só se pode ser bom em um instrumento, porque, para ser bom, é preciso

praticar diariamente durante 3 horas. Não há horas suficientes no espaço de um dia

para isso. Portanto, ele desistiu do violino. Ele sabia disso, e tomou nota.

Os super-realizadores sempre souberam quando deviam dizer ”não”. E sempre

sabiam qual o seu objetivo e onde deviam se situar. Foi isso que os tornou super-

realizadores. E agora todos nós temos de aprender a fazer a mesma coisa. O que

não é difícil, pois o segredo, como Leonardo e Mozart faziam, é tomar notas e depois

conferir o que se escreveu.”6

1.1. O marketing pessoal e a empregabilidade

O Marketing Pessoal não trata as pessoas como a um objeto.

Antes, valoriza o ser humano em todos os seus atributos, características e complexa

estrutura física, intelectual e até espiritual. Aplica as descobertas da Administração e

das ciências do comportamento para que as pessoas atinjam

mais rapidamente seus objetivos.

6 DRUCKER, Peter. Você está preparado? Revista Você S.A. São Paulo, agosto/2000. p. 50.

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Funciona mais ou menos assim: se você não plantar nada colherá. Se plantar poderá

obter, ou não, uma boa colheita. Mas todas as pessoas que venceram na

Vida optaram pela Segunda hipótese: plantaram.

Esforço, energia, tempo e dinheiro são gastos na formação de profissionais que

depois nem sempre se realizam profissionalmente. Vocações verdadeiras e

capacidade de luta são desperdiçadas pelo desconhecimento de procedimentos

simples para a consecução de seus posicionamentos de mercado. Isso é um

desserviço para a nação.

Paralelamente, em virtude do aumento dos níveis do desemprego, o interesse

pelo tema da empregabilidade cresceu muito. Ele trata justamente da capacidade de

inserção de profissionais no mercado e da alavancagem de suas profissões através

das possibilidades que o uso do marketing oferece, em especial o marketing pessoal.

CAPÍTULO II:

FALANDO DO PROFISSIONAL TIPO QUALIDADE TOTAL

Não é pretensão aqui definir qualidade total com tanta propriedade e precisão,

mas pode-se entender que qualidade não é apenas beleza, nem ao menos leveza,

ou até mesmo exclusivamente desempenho, ou ainda, só uma bela embalagem, etc.

A verdade é que a qualidade possui um alvo específico e concreto: o consumidor. E

este consumidor somos nós. Todos nós. Os consumidores de qualidade profissional

e pessoal, no sentido comportamental, que será qualificado. E com isto, é certo que

não há qualidade que não seja total.

“O conceito de qualidade total confere ao cliente (externo e interno) um grau de

importância que o transforma no referencial básico de toda a estrutura da qualidade

total. Como se pode facilmente imaginar, esta ênfase requer um conjunto bem

definido de ações na empresa. Estas atividade envolvem um modelo específico de

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missão da organização e incluem ações específicas, que vão do processo de

conhecimento do cliente até a definição das formas mais adequadas que a empresa

dispões para atendê-lo”.7

A consciência que temos que ter é que a nossa contribuição efetiva para a

empresa acontecerá ser realmente formos um profissional do tipo qualidade total.

Uma pessoa do tipo qualidade total é aquele que tem a capacidade de manter o

mais alto nível de conduta pessoal e profissional em todos os campos de sua vida.

É saber gerenciar todos os seus pontos fortes e todos os seus pontos fracos, que é o

primordial de um marketing pessoal para pessoas do tipo qualidade total.

É importante saber que as organizações esperam que sejamos atuantes,

dinâmicos, decisivos mesmo. E há alguns objetivos que só nós poderemos alcançar;

metas que só nós poderemos atingir; desafios que só nós poderemos superar;

resultados que só nós poderemos gerar. Por isso, espera-se uma participação

entusiasta, competente e eficiente no desenvolvimento de nossas ações.

Então podemos chegar a uma conclusão do que realmente devemos queremos

de nós mesmos:

“Deve conhecer perfeitamente sua funções. Isto requer sua participação em

treinamentos, cursos de formação ou especialização; estudos, leituras, reflexões

e análises.

Deve ser uma pessoa motivada. Isto requer definir o que o motiva, viabilizar

recurso para garantir sua própria motivação, participar dos programas da

empresa nesta área e motivar os outros.

Deve ser uma pessoa que conhece seu ambiente de trabalho. Isto envolve

conhecer objetivos, políticas, normas de funcionamento, cultura e práticas

correntes de sua empresa.

Deve ser uma pessoa comprometida com a qualidade. Isto envolve atentar para

todos os princípios da qualidade – como, por exemplo, permanente preocupação

e atenção aos clientes.

7 PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997. P. 25.

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Deve ser uma pessoa preocupada com melhorias contínuas. Isto envolve as

ações profissionais que são praticadas na empresa e as próprias ações pessoais,

que têm reflexos na organização – caso típico da eficiência em cada atividade

realizada.”8

2.1. A conduta é fator tão importante quanto o desempenho

É uma ilusão crer que uma pessoa por ser muito competente não possa perder

seu emprego de uma hora para outra; isso vem ocorrendo, e por um motivo que

talvez os profissionais ainda não tenham percebido: a própria conduta pessoal de

cada um. “Quando o profissional é despreparado, incapaz ou mal-educado, é fácil

dar um palpite certeiro sobre o porquê de uma demissão. Se a empresa no momento

da demissão passasse por um processo de redução do quadro de funcionários,

também seria simples entender o que aconteceu. Mas um profissional de primeira

linha, com bom currículo e uma boa performance, é complicado e precisa ser

repensado”.9

Engana-se quem pensa que as demissões são apenas para funcionários

inabilitados, que não cumpre suas obrigações. Elas também ocorrem e com grande

freqüência em funcionários comprometidos e com constante preocupação de se

manter atualizado, quer dizer, alguém com a empregabilidade em alta. O que será

que atinge essa pessoa? Como uma pessoa que tem todo um preparo, pode ser ver

na rua de um dia para a outro? É a falta de um marketing pessoal bem definido, são

problemas de atitudes, mal comportamento mesmo.

“Muitas organizações estão dispostas a abrir mão de profissionais competentes

por questões comportamentais. Não apenas estão dispostas: elas têm, mesmo, feito

exatamente isso. Estamos falando de grandes empresas como a montadora Renault,

o banco Merrill Lynch. Essas a muitas outras companhias mandam as pessoas

embora por causa de suas atitudes, postura e modo de proceder. É um alerta

8 PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. 2 ed. Atlas: São Paulo, 1997. P. 206.9 GUSMÃO, Marcos. Por que seu emprego pode estar em perigo. Revista Você S.A. São Paulo, maio/2000. p.33.

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importante, pois a maioria das pessoas pensa que perde o emprego por quaisquer

motivos que não esses. Muitos pensam que é por não possuir competência, falhas

no currículo ou por não se manterem atualizados”.10

Isso nos leva a crer, que as empresas estão dando, hoje em dia, um peso

enorme a aspectos subjetivos da vida profissional. Então um profissional não deve

jamais se esquecer de procurar estar atualizado também com seu lado humano, pois

seu temperamento, suas atitudes, sua maneira de se relacionar e de liderar pessoas

são atualmente fatores cruciais para determinada empresa decidir ou não pelo

rompimento ou admissões de contratos de trabalho. São, portanto, itens essenciais

para qualquer um se manter empregado. É difícil passar adiante deste fator, já que

as organizações passaram a dar um valor bem maior no que diz respeito à maneira

com que os colaboradores se conduzem como ser humano. Elas estão de olho nas

suas características pessoais e não somente nas profissionais.

As organizações estão acreditando cada vez mais que as nossas atitudes, a

nossa postura e a nossa forma de agir, na prática, fazem a diferença.

“Os profissionais estão ficando cada vez mais parecidos do ponto de vista

técnico. O que vai diferenciar, mesmo, um profissional do outro é a pessoa que cada

um é”.11

É simples entender a razão pela qual nem sempre as pessoas notam a

importância de ter empatia, de serem simpáticas e de saberem se comunicar bem.

Alguém com essas características pessoais pode até ser chamado bonzinho, “puxa-

saco”, político dentro dos seus empregos. Mas essa é a política de quem saber fazer

o marketing pessoal: ser uma pessoa apresentável em todos os aspectos. Mas todo

esse conflito acontece, pois é complicado crer que todos esses atributos pessoais

possam realmente influenciar no desempenho profissional e em uma possível

admissão ou demissão. É por isso que se erra a todo instante ao considerar

aspectos mais concretos da vida profissional – deficiências como o não domínio de

um idioma, por exemplo, os grandes vilões de uma história de admissões e

10 Ibid, p. 34.11 MINARELLI, José Augusto. Recolocação de Executivos no mercado. Revista Você S.A. São Paulo,maio/2000. p. 35.

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demissões.

A realidade é que não dá mais para se preocupar com o só você-profissional, e

também se preocupar e procurar melhorar o você-humano.

O importante é ter consciência de que o temperamento e outras características

individuais inerentes à personalidade são parte legítima da qualificação de qualquer

profissional. Quem é você como pessoa, e não só como profissional, representa o

modo como se empenhará no emprego e pelo emprego. Os nossos valores humanos

e as nossas atitudes têm praticamente o mesmo peso que suas qualificações

técnicas no processo de seleção.

O que vem ocorrendo é que muitas empresas até toleram um deficiência em

seu leque de qualificações, pois não há nada como um curso de treinamento

específico para corrigir este erro não possa fazer; agora tolerar alguém com um

comportamento inconveniente já é mais complicado. Como vemos, não tem para

onde correr. Tudo em nós é observado, avaliado e apreciado com cuidado. O

marketing pessoal está valendo a pena ser investido, como já deveria ser há muitos

anos. Sempre vale a pena investir em nós mesmos como pessoas que somos.

O fato a observar é que, é óbvio que não vamos mudar de personalidade para

nos manter ou conseguir uma colocação no mercado, pois esta opção não existe.

Mas podemos gerenciar nossa personalidade, ponderando e avaliando cada situação

que nos ocorre. Com isso, não mudaremos nosso jeito de ser, nem mesmo seremos

obrigados a representar alguém que não somos. Só teremos um pouco mais de jogo

de cintura e enfrentaremos com mais confiança e polidez as circunstâncias. “O

fundamental é saber controlar seus impulsos pessoais para não atrapalhar sua

carreira. Se você, por exemplo, não costuma dar bom-dia quando chega ao escritório

e esse é um hábito valorizado na organização, é simplesmente burrice não fazer

isso. Por outro lado, se as pessoas só se cumprimentam nos intervalos de almoço,

no café e nunca dentro do escritório, cumprimentar efusivamente quem passar na

sua frente vai irritar os colegas. Parece simples demais, mas realmente às vezes as

soluções são bem simples.”12

12 GUSMÃO, Marcos. Por que seu emprego pode estar em perigo. Revista Você. S.A. São Paulo, maio/2000. p.39.

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A realidade é que o mercado está cada vez mais competitivo, e com tudo isso,

não dá mais para dispensar nada em um profissional, nem mesmo o seu lado

pessoal. Ganha aquele que somar seu lado profissional com seu lado pessoal. É

preciso estar atento à sua eficácia e à seu comportamento.

2.2. O importante é ser um profissional ético

Agir corretamente, não é só uma questão de consciência, mas também, um dos

quesitos fundamentais para quem quer ser um grande profissional, uma pessoa do

tipo qualidade total.

A nossa atitude como profissional em relação às questões éticas é a diferença

entre o sucesso e o fracasso. Basta um deslize, uma escorregadela, e pronto. A

imagem do profissional ganha, no mercado, a mancha vermelha da desconfiança.

Atuar eticamente, vai muito além de não roubar ou não fraudar a empresa.

Inclui o respeito com os colegas, chefes, etc.

“A importância da ética nas empresas cresceu a partir da década de 80, coma

redução das hierarquias e a conseqüente autonomia dada às pessoas. Os chefes,

verdadeiros xerifes até então, já não tinham tanto poder para controlar a atitude de

todos, dizer o que era certo ou errado. Por outro lado, o corte nos organogramas

deixou menos espaço para as promoções. A disputa por cargos cresceu e, com ela,

o desejo de passar a perna nos colegas para conseguir sobressair a qualquer custo.

Assim, nos últimos anos, os escritórios vivaram um campo fértil para a

desonestidade, a omissão, a má conduta e a mentira. No nosso dia-a-dia, os sete

pecados capitais (luxúria, ira, inveja, gula, preguiça, soberba e avareza) servem

como uma espécie de parâmetro para o bom ou mau comportamento em sociedade.

No universo corporativo, a falta de ética poderia muito bem entrar nessa lista. A

maioria de nós age com honestidade simplesmente porque quer dormir com a

consciência tranqüila, ou então, porque tem medo das conseqüências que podem

resultar em atos ilegais ou contrários à ética.”13

13JACOMINO, Dalen. Você é um profissional ético? Revista Você S.A. São Paulo, julho/2000.p.28.

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A realidade é que ser ético é uma qualidade fundamental para quem se

preocupa em ter uma carreira longa, respeitada e sólida. Quem está sempre atento

às implicações éticas de cada decisão consegue desistir de uma empresa pouco

confiável antes de se queimar.

O interessante é que as próprias empresas vêm adotando o hábito de checar o

passado de todos os candidatos ao emprego. E o melhor é que quem tem a ficha

limpa sempre terá as portas abertas nas melhores empresas do mercado.

Ser ético não é somente seguir regras, é agir direito, proceder bem, sem

prejudicar os outros, estando sempre tranqüilo com a consciência pessoal. É uma

questão de atitude, de escolha.

Algumas virtudes são imprescindíveis para uma pessoa de qualidade total,

como por exemplo, a honestidade, que tem de estar acima de tudo, as nossas

relações devem se basear na franqueza, mesmo que seja preciso ir contra a opinião

da maioria. É claro que não vamos ser intolerantes ou até mesmo inflexíveis, isso

não adianta, pois precisamos também ouvir as pessoas ou avaliar determinada

situação sem pré-julgamentos, pois às vezes uma idéia absurda pode ser a solução

de um problema.

A questão é ser uma pessoa íntegra e humilde, agir de acordo com nossos

próprios princípios, mesmo nos momentos mais críticos. Ouvir o que os outros têm a

dizer e reconhecer que o sucesso individual é resultado do trabalho da equipe. Mas é

bom deixar claro, que estamos falando de ética, sem demagogia, a ética do que é

verdadeiro, a ética da verdade, as empresas não nos procuram porque somos

santos, mas por sermos pessoas com clareza de princípios, pessoas qualidade total.

“A ética gera questões extremamente delicadas, e na maioria das vezes, de

foro íntimo. Não existe uma receita universal, pronta e completamente eficaz para

resolvê-las. A decisão sempre varia de pessoa para pessoa, de consciência para

consciência. Cada um tem o s seus limites, impostos por suas crenças e pela leis, e

deve segui-los”.14

Podemos tomar posse de algumas estratégias de segurança para andar com

14 JACOMINO, Dalen. Você é um profissional ético? Revista Você S.A. São Paulo, julho/2000. p. 34.

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segurança neste terreno perigoso, que é ser um profissional ético, como por

exemplo, saber exatamente quais são os seus limites éticos, evitando fazer algo que

não possamos assumir em público. É fundamental termos nossa estampa limpa.

Podemos ainda trabalhar sempre com base em fatos reais e jamais em

suposições. Procurar sempre fazer aquilo que temos certeza, e não porque alguém

nos disse, sem ao menos termos visto aquilo.

Também devemos atentar para os riscos de cada decisão que tomamos. Toda

decisão sofre conseqüências para os envolvidos, podem ser boas ou ruins, mas é

preciso estar atento.

É importante salientar que mesmo ao optarmos por uma solução mais ética,

poderemos nos envolver em situações delicadas, pois ser ético, muitas vezes,

significa perder dinheiro, status e benefícios.

A ética é uma questão delicada, pois o profissional ou tem ou não tem. Vem de

dentro para fora, está intrínseco dentro de cada um. Não dá para adquirir em

workshops, palestras, cursinhos.

Enfim, agir eticamente dentro ou fora de uma organização sempre foi e será

uma decisão pessoal. Decisão esta que poderá acarretar resultados desejados ou

indesejados, e isso ninguém pode decidir por nós. É ser um profissional consistente

entre princípios, valores e comportamento.

2.3. O poder da intuição

O marketing pessoal, é fundamental para um profissional ser tornar qualificado

e seguro de si. E há várias maneiras de poder ser tornar uma pessoa do tipo

qualidade total. A intuição é um grande aliado de alguém que pretende ser

“qualidade total”, pois muitas empresas vêm fugindo de soluções óbvias, raciocínio

lógico, exato, científico. O que elas estão à procura mesmo é de profissionais que

dão asas à sua criatividade.

A intuição pode parecer algo abstrato ou frágil, mas pode surpreender.

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“Se estivéssemos na década de 80, sua fé no instinto soaria quase como uma

irresponsabilidade. Executivo com “E” maiúsculo tinha de ter os pés no chão e ser

100% racional. Suas ações de decisões deveriam ser sempre conseqüência de um

raciocínio lógico. Esperava-se dele, o tempo todo, que colocasse a matemática antes

da filosofia.”15

Atualmente, a intuição passou a ser valorizada, sendo agora, um diferencial

competitivo tanto para as organizações quanto para os profissionais que querem se

destacar no meio da multidão, pois a intuição oferece soluções não óbvias para

determinados problemas.

O fato é que a intuição está ganhando cada vez mais espaço neste mundo

competitivo, porque as empresas hoje passam por uma fenômeno de urgência, onde

tudo tem quer para ontem, sem ao menos tempo para refletir, analisar, estudar ou

pesquisar. A decisão tem de ser tomada rapidamente antes que a concorrência

pense na mesma coisa e saia na frente.

“Fazer algo depressa, muitas vezes é mais importante do que fazer algo

perfeito. Sem ter todas as respostas que desejamos em mãos, temos de decidir. É

justamente nesse momento crucial que a intuição mostra seus méritos, e que os

profissionais capazes de intuir corretamente o que deve ser feito se valorizam.”16

É certo que falar sobre a intuição é sempre mais fácil do que entender

exatamente o que ela significa. Em momentos de decisão profissional podemos

defini-la como um impulso que nos aconselha a agir desta ou daquela maneira e que

não se fundamenta em pressupostos rigorosamente lógicos, mas é claro que não

podemos dizer que a intuição necessariamente tenha que ir de encontro ao que é

lógico. É uma arma, mas que também precisa ter senso para discernir entre o que é

puro capricho e o que é intuitivo. A intuição, na verdade anda de mãos dadas com a

razão, pois ela até pode dispensar fatos precisos, claramente definidos, mas nunca

vai dispensar o ato de pensar. É a maneira de fazermos o que sentimos associar-se

ao que pensamos.

Como bons profissionais, temos de estar atentos para desenvolver essa

15 SILVEIRA, Mauro. O poder da intuição. Revista Você S.A. São Paulo, julho/2000. p. 66.16 Ibid, p. 68.

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habilidade de compreender os nossos próprios sentimentos e de acessar esse banco

de dados interior de forma rápida, pois o mercado precisa de pessoas intuitivas

também, é tão importante ser intuitivo como saber inglês ou saber trabalhar em

equipe.

A realidade é que a intuição é mais uma das armas que nós, como profissionais

podemos obter, sem racionalizarmos demais uma determinada questão, pois quando

assim o fazemos estamos matando a intuição e, como conseqüência, toda e

qualquer solução mais criativa que possamos vir a ter. É preciso aprender a pensar

por si mesmo, é necessário ser intelectualmente curioso.

2.4. É preciso ser um ativista

O profissional de hoje precisa pretender ser um ativista, uma pessoa que

quebrar barreiras, que compartilha objetivos e tem obsessão por vencer.

Encarar que hoje, nenhum de nós pode fazer as coisas mais importantes

sozinhos. A parceria, a colaboração e a aliança são as chaves para enfrentar

desafios.

“Concepção clara, confiança, concentração, consistência, compromisso, caráter

e capacidade para desfrutar do processo são condições universais para o

sucesso.”17

A grande essência de um vencedor é saber compartilhar suas aspirações. É

uma virtude que consegue causar impacto no sistema. São pessoas que não se

deixam impactar.

“Um profissional pode ser um ativista:

Se tiver capacidade de analisar os dados disponíveis, fará melhor que os outros.

Mas se for capaz de enxergar o que vai acontecer no futuro, será um ativista;

Se enxergar uma oportunidade e usar os recursos disponíveis, será melhor do

que os outros. Mas, se não se acostumar com a falta de recursos e usar a

imaginação, será um ativista;

17 MORRIS, Tom. Sabedoria Antiga. Revista Você S.A. São Paulo, agosto/2000. p. 54.

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Se souber avaliar as ferramentas disponíveis, será melhor que os outros. Se

souber usá-las para criar horizontes, será um ativista;

Se ampliar um negócio já existente, será melhor que os outros. Se criar um novo

negócio, será um ativista.”18

Um bom profissional realmente precisa de grandeza. Essa é uma qualidade que

pode ser conquistada e preservada. Basta que encorajar a desobediência, e

descobriremos o que os outros não sabem, expandiremos nosso conceito de

negócios, criaremos um novo capital estratégico, caçaremos as vacas sagradas das

organizações, redefiniremos os seus interesses e balancearemos a autoconfiança

com a humildade. Muitos profissionais escapam da grandeza porque incorrem em

patologias comuns:

1. Mensageiros sem cabeça: O sucesso imuniza os profissionais contra as

notícias ruins. A solução é ter honestidade e humildade dos altos executivos.

2. Clones e clãs: Falta de diversidade nas experiências. Solução a

socialização.

3. Liderança arrogante: Falta de habilidade de aprender com os outros.

Solução humildade.

O importante é saber que o processo que nos leva à ação, à mudança e à

liderança implica em acreditar no que se está fazendo. É claro que também

precisamos da capacidade de realizar, de mostrar resultados. Sem fé, porém, não

iremos adiante. Vai viver do passado. Não vai construir o futuro.

O fato é que nenhum de nós pode fazer as coisas sozinho. A parceria, a

colaboração e a aliança são as chaves para enfrentar desafios.

CAPÍTULO III:

O PROFISSIONAL PRONTO PARA O MERCADO

O envolvimento do profissional com a empresa trará uma contribuição

significativa, se este for do tipo qualidade total.

18 PRAHALAD, C.K. Assuma o risco. Revista Você. S.A. São Paulo, agosto /2000. p. 47.

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O profissional do tipo qualidade total é aquele exemplo a ser seguido, um

referencial a ser considerado por pares, superiores e até subordinados.

Espera-se desse profissional que ele saiba vender seu produto de força

eficiente e eficaz. É um profissional preocupado em estar atualizado, estuda, lê, faz

reflexões e análises concretas. Está motivado e procura passar motivação a quem

está ao seu redor.

O profissional do tipo qualidade total conhece a empresa em que trabalha, sabe

o que acontece ao seu redor no ambiente de trabalho, tornando-se uma pessoa

comprometida com a qualidade, preocupada com a melhor performance sempre da

empresa.

“Há algumas expectativas concretas a respeito do profissional do tipo qualidade

total:

Redução de erros, falhas e desperdícios e minimização de custos.

Exemplo: eliminar erros em cálculos, análises ou respostas às consultas técnicas.

Otimizar os recursos que estão sob sua responsabilidade ou foram colocados à

sua disposição.

Exemplo: racionalizar o uso do material de trabalho. Observe que o recurso mais

precioso é o tempo. Exemplo de otimização do tempo: não chegar atrasado a

qualquer compromisso.

Desenvolver atividades que agregam valor ao produto ou ao serviço.

Exemplo: pautar as relações com subordinados não apenas pelo contato simples,

superficial e rápido, mas por um processo que sempre enfatize atenção total a cada

um deles.

Integrar-se aos objetivos da companhia.

Exemplo: conhecer, em detalhes, as políticas da companhia e implementá-las

efetivamente, em todas as atividades do dia-a-dia. Em particular, atentar para as

políticas da qualidade.

Avaliar sempre suas próprias ações.

Exemplo: utilizar medidas objetivas para desenvolver suas avaliações. Fixe seus

próprios padrões e empenhe-se para superá-los de forma contínua, permanente,

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com segurança.

Aperfeiçoar-se continuamente.

Exemplo: você pode garantir que acredita na Qualidade Total. Mas se diz, também,

que não tem tempo para estudá-la, conhecê-la melhor, aprimorar-se no assunto, não

poderá participar ativamente de seu processo de implementação – não – poderá,

sequer, envolver-se com ela. Jamais será uma pessoa tipo Qualidade Total.”19

Para tornar-se um profissional do tipo qualidade total, requer dedicação e

desempenho, e para atingir as metas desejadas devemos começar com as nossas

ações mais simples, as que estamos acostumando a desempenhar. O importante é

prestar atenção nas pequenas coisas, nas ações simples, corriqueiras, às vezes,

muito fáceis de executar.

“Coisas que quase se presta atenção, e que, se executadas corretamente,

podem economizar-lhe, no mínimo, tempo, para não mencionar outro recursos.:

1. Chegar na hora às reuniões.

2. Atender ao telefone antes do terceiro toque.

3. Reduzir o tempo de resposta às solicitações de informações.

4. Manter a mesa de trabalho organizada.

5. Ter à mão somente os materiais relativos à atividade atual (ou daquele dia de

trabalho).

6. Manter a forma física.

7. Não gastar mais do que cinco minutos procurando coisas perdidas.

8. Não permitir que as coisas se misturem.

9. Não deixar pequenas tarefas para depois.

10. Não esquecer de fazer algo que deveria ter sido feito.

11. Não esquecer se fez algo que deveria ter sido feito.

12. Cumprir prazos.

13. Não guardar materiais de uso discutível, em nome de uma possível utilidade

futura.

14. Procurar minimizar as dificuldades em entender o que ouve.

19 PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. 2 ed. Atlas: São Paulo, 1997. P.207.

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15. Procurar minimizar as dificuldades em ouvir as outras pessoas.

16. Dar prioridade às atividades de curto prazo sem deixar de atentar para aquelas

de longo prazo.

17. Evitar imediatismos sem se descuidar com os resultados esperados.

18. Retornar rapidamente ao que estava fazendo após as interrupções.

19. Não adiar tarefas chatas.

20. Não adiar tarefas pequenas.

21. Não adiar tarefas que parecem de execução simples e rápidas.

22. Evitar erros nas atividades do dia-a-dia (por exemplo: ao discar um número de

telefone ou ao se referir a determinada pessoa).

23. Evitar erros nas redações de documentos ou quaisquer outras informações

escritas.

Note que esta lista é incompleta. Você pode acrescentar vários outros itens,

conforme as características de suas atividades. Tentar identificar outros itens, além

daqueles citados, já é um bom começo.”20

3.1. Em direção ao profissional do tipo qualidade total

O profissional que deseja ser do tipo qualidade total, tem que ter como primeiro

passo a minimização de perdas. Mas como fazer isto? Simples: são ações de curto

prazo, de natureza essencialmente corretiva. Podemos enfatizar as atividades

relativas ao que se poderia chamar de “desvios dos padrões de desempenho”. Que

tende a ser algo que apresenta um período de tempo definido, ao final do qual a

atividade estará concluída. Por isso, ela é limitada, restrita às ações usuais.

Este profissional preocupado com seu desempenho, tem que estar atento

também para a melhoria do trabalho que está sendo feito. Que passa da simples

correção de erro para posições mais consistentes, maduras, em que se começa a

questionar sobre a oportunidade de melhorias.

Podemos ver alguns exemplos do que foi dito:

20 PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. 2 ed. Atlas: São Paulo, 1997. p. 208.

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“1. Se você divide com os outros a análise dos defeitos em sua área de atuação,

você pode contar com os outros para ajudar a evitá-los. Este processo envolve a

humildade de reconhecer a existência do erro.

2. Você percebe que está carregando material do trabalho para casa e o traz de volta

sem ler. Talvez haja falta de planejamento: você não programou o que faria à noite,

apareceu um compromisso que você mais ou menos esperava e, daí, não pôde ler o

que pretendia. Fez um esforço inútil: carregar o material da empresa para casa e

desta para a empresa.

3. Se você verifica várias vezes se fechou a porta da frente de sua casa, você

procedeu a várias inspeções desnecessárias. Se tivesse prestado atenção no que

fazia, teria evitado várias ações.”21

Este tipo de profissional também deve estar movido pelo desejo de mudar. Pois

não adianta superar tantos problemas, corrigir diversas falhas e defeitos, mas

continuar insatisfeito com várias coisas, que achamos dever mudar. Por exemplo:

1. Você acha que só trabalha sob pressão.

2. Você costuma culpar os outros por seus próprios erros.

3. Você anda impaciente com todos.

4. Você anda intolerante com seus subordinados.

5. Você faz algo que, mais tarde, se revela inútil.

6. Você faz coisas que não parecem caminhar na direção do alcance de metas

estabelecidas.

7. Você parece sentir-se pouco motivado.

8. Você vive de mau humor.”22

Quando o profissional consegue agregar todos esses fatores e há disposição

para enfrentá-los, passa à racionalização do desempenho. Onde teremos a

otimização do processo. Onde o profissional passa a gerar benefícios para a

empresa; onde passa a oferecer uma contribuição efetiva em prol da melhoria da

empresa. Onde o profissional passa a desenvolver atividades essencialmente

preventivas, voltadas para consolidar posições já conquistadas, melhorias já

21 PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. 2 ed. Atlas: São Paulo. p.208.22 Ibid, p. 209.

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garantidas. Seu horizonte de planejamento passa para médio e longo prazo, e seu

desempenho é pautado por atividades nas quais são evidenciadas suas

capacidades, otimizando os recursos de que dispõe. Passa a trabalhar num contexto

de melhoria contínua, sem prazo para acabar e abrangente (envolve todas suas

ações). Passa a desenvolver atividades que agregam valor ao processo produtivo e

aos produtos e serviços da empresa. E, para grande satisfação pessoal, estamos

nos tornando um profissional do tipo qualidade total.

3.2. O quociente emocional no trabalho

O que separa as pessoas que se dão bem na vida daquelas que ,apesar de

serem espertas e inteligentes, falham? O sucesso de uma pessoa depende de seu

QE, ou quociente emocional, e não do seu QI, quociente de inteligência. O que se

traduz em atributos como confiança, automotivação, empatia, capacidade de

aprender sozinho e relacionamento interpessoal. A verdade é que o QE nunca foi tão

importante quanto hoje.

“Em tempos de grandes mudanças, como os atuais, a inteligência emocional é

que determina, que vai conseguir as promoções e quem vai ficar a ver navios. As

regras do trabalho estão mudando e nós estamos sendo julgados não apenas pelo

quanto espertos somos e que habilidades técnicas temos. Estamos sendo julgados

pela capacidade de conviver com os outros.

As competências básicas que as empresas procuram hoje em seus funcionários

são habilidade de comunicação, relacionamento interpessoal e iniciativa. Todas elas

são elementos da inteligência emocional. E quanto mais alto você sobe na

organização mais essas coisas fazem diferença.”23

Você tem poder de persuasão? A resposta a essa pergunta pode ser decisiva

para quem ambiciona galgar altos postos nas empresas. Os líderes mais brilhantes,

têm uma alta capacidade de colocar todo mundo no mesmo barco.

Para ser um líder de fato é preciso ter inteligência emocional.

23 GOLEMAN, Daniel. Qual é o seu QE no trabalho? Revista Você S.A. São Paulo, novembro/1998. p. 15.

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3.3. O mercado de trabalho quer o profissional do tipo qualidade total

O mercado de trabalho que o profissional do tipo qualidade total, se você quiser

ser um, vai ter de enfrentar a maior e mais difícil das batalhas travadas no mundo

corporativo até hoje. Pois nunca se viu uma competição tão acirrada e complexa. Na

nova economia, a competição é global, o capital é abundante, as idéias surgem

instantaneamente. É globalização, comunicação instantânea, volatilidade financeira,

galopantes mudanças na informática. E por aí vai, o assunto é extensivo, e não há

tempo par brincadeiras: para ser o melhor é preciso correr contra o tempo, é preciso

dedicação exclusiva. No próximo milênio os profissionais viverão sob intensa

competição local e precisarão saber aproveitar as grandes oportunidades globais.

Nenhuma empresa terá recursos e ferramentas para competir nesse mercado

sozinha. Uma grande variedade de parcerias precisará ser feita. Empresas terão de

colaborar umas com as outras para criar valor. Ao mesmo tempo, elas vão competir

umas com as outras para extrair valor. Colaboração e competição, rápidas

mudanças, pressão por inovação e eficiência, demandas global e local serão parte

da rotina. Da rotina do profissional.

Isso quer dizer que o mundo corporativo vai precisar, antes de tudo, de

rebeldes. A era do “sim senhor” está chegando ao fim. Os rebeldes com causa terão

espaço nas melhores empresas. O tamanho de sua capacidade de se insubordinar

(no bom sentido) com o pré-estabelecido é o que vai determinar quanto você está

preparado para o próximo milênio. O importante é ter mente que é isso não tem nada

a ver com conhecer uma Segunda língua , ter uma passagem de estudos e

realizações que o diferencie dos demais, Ter vontade de trabalhar, ser esperto e

tecnologicamente literato. Claro que tudo isso é importante, pois são coisas que

devemos ser e ter. São elementares. Mas não vão conseguir fazer com que nos

distingamos da multidão só com isso.

Para garantir a sobrevivência no mundo corporativo do próximo milênio

literalmente teremos rebolar.

“Os novos profissionais precisam entender o cenário global e ao mesmo tempo

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agir nos detalhes. Eles precisam ser perseverantes para fazer as coisas

acontecerem. Eles precisam ser fortemente orientados para resultados. Eles

precisam ser profundamente comprometidos com os valores e padrões empresa e

deles mesmos. E precisam ter uma saudável quantidade de humildade, coragem e

humanidade.”24

A humildade, é útil nos momentos de sucesso. A coragem, nos momentos de

fracasso. A humanidade, em todos os momentos. As empresas vão procurar cada

vez mais profissionais com reconhecida integridade pessoal. Sendo preciso ser

reconhecido por seu elevado padrão ético na conduta dos negócios. As melhores

empresas com negócios pelo mundo atrairão profissionais com esse perfil. O

altruísmo, será um fator crítico num líder. Os profissionais do novo milênio devem

estar imbuídos de que a missão é maior que eles próprios ou maior que qualquer

indivíduo. Pois pede sacrifícios, lealdade e dedicação da equipe, qualquer equipe, se

o objetivo não for bom o bastante ou se o líder estiver em busca de glória pessoal.

O caos é que se vivemos em um cenário de perpétua mudança e grandes

descontinuidades, isso só tende a se acentuar, as velhas regras não servem mais. É

preciso romper com elas, ter coragem de criar coisas novas hoje e de abandoná-las

amanhã se for preciso. A experiência terá cada vez menos valor, porque as

companhias precisam de pessoas com novos conhecimentos, novos conceitos e

novas idéias. Para ser uma estrela no trabalho no próximo milênio, precisaremos ser

capazes de criar valor em cada função que ocupar. Só haverá a possibilidade de nos

darmos bem se soubermos cultivar um forte senso de análise, se tivermos

capacidade de adaptação, se pudermos formar opiniões rápidas e executar

mudanças. Resumidamente, é conseguir aprender sempre.

“Os profissionais do próximo milênio precisam ser hábeis em contar os grãos de

areia e, ao mesmo tempo, contemplar as estrelas.”25

As empresas querem pessoas que tenham a habilidade de liderar em diferentes

e variados ambientes e situações. Que transformem conceitos em ações e

solucionem problemas do mundo real. O profissional no próximo milênio precisa ser

24 GOMES, Maria Tereza. Prepare-se para o futuro. Revista Você S.A. São Paulo, novembro/1998. p.39.25 GOMES, Maria Tereza. Prepare-se para o futuro. REVISTA Você S.A. São Paulo, novembro/1998. p. 40.

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capaz de administrar com sucesso uma estrutura complexa e de autoridade

ambígua. Ao mesmo tempo que deve preservar a individualidade (aquilo que o

diferencia dos demais), o profissional precisará ser membro do time. Ou seja, uma

vezes será um bom seguidor. Outras um bom líder. No ambiente corporativo do

futuro (um futuro que começa já) as pessoas precisarão ser capazes de trabalhar

não apenas num time, mas em diferentes times, às vezes ao mesmo tempo. Vai ser

preciso ser igualmente capaz de seguir e liderar e sobretudo de reconhecer em qual

das duas posições é necessário se colocar em cada momento.

É um tanto desesperador pensar em, tantas exigências, que aliás não param

por ai. Pois entender o cenário econômico em que vamos viver é uma característica

indispensável para quem quiser ter chances. Sem ela, poderemos pendurar as

chuteiras. E há ainda muitas outras coisas que é preciso entender.

As mudanças no novo jogo da competição vão nos levar a um extraordinário

mundo de ambigüidades e incertezas. Precisaremos aprender a viver bem nele. O

profissional do futuro precisa ter uma visão clara de seu mercado, do rumo do seu

negócio e de como sua empresa quer estar colocada no mercado em que atua.

Questões como qualidade ou baixo custo, baixo custo ou diferenciação, global

ou local ainda dominam as empresas, só que são encaradas separadamente umas

das outras. No novo milênio, o profissional precisa saber que alta qualidade, baixo

custo, pressão do tempo, diferenciação e conservação do meio ambiente são

questões absolutamente compatíveis. São parte integrante de um processo de alta

performance e não podem ser vendidas separadamente. Ou seja, os líderes do

futuro precisam reconhecer a coexistência desses opostos e dar conta de todas

essas questões ao mesmo tempo.

Com a globalização, os líderes não apenas terão de ter habilidade

interpessoais, como também interculturais. Porque vai ser preciso saber lidar coma

diversidade. E diversidade também tem a ver com ter um chefe asiático e colegas de

trabalho da Coréia, Austrália, China e Tailândia.

Os profissionais do próximo milênio terão de continuamente reinventar seus

negócios. Não se trata apenas de derrubar paredes, abrir os escritórios e detectar

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novos mercados. Trata-se de acreditar que em time que está ganhando se mexe,

sim. Lembre-se: o futuro à nossa frente não permitirá que se sente sobre os louros

do passado ou do presente. Olhe o futuro e descubra o que há lá.

As empresas de amanhã vão precisar de profissionais capazes de lidar com a

inevitável globalização. Teremos de negociar com as múltiplas localizações, múltiplas

perspectivas e múltiplas culturas de uma mesma empresa.

Os líderes serão forçados a trabalhar com uma grande variedade de parcerias.

E isso coloca um dilema: como partilhar informações sem expor a empresa? Os

profissionais da nova era precisarão abrir suas informações para parceiros eventuais

e ao mesmo tempo ser opacos o suficiente para proteger o capital intelectual da

organização.

As organizações vão precisar responder com velocidade. Mas velocidade não

deve ser associada apenas à resolução rápida de problemas. Os profissionais do

próximo milênio deverão imprimir velocidade também à criação, codificação e

divulgação de novos conhecimentos para a empresa.

Obter todo esse conhecimento, é necessário para que o profissional entre no

jogo da competição, mas manter-se no time é outra história e depende de cada um,

de cada atitude individual em relação ao trabalho, à vida e à empresa. A capacidade

de questionar constantemente a si mesmo e a própria empresa será fundamental

para o sucesso no próximo milênio.

Diante de tantas informações abertas a todos, como poderemos nos destacar

no meio da multidão?

“As empresas voltarão a exigir coisas simples, atualmente esquecidas, como

saúde e cidadania. E eis algumas características primordiais para quem deseja se

destacar nas empresas de ponta do próximo milênio:

Ser saudável: O profissional de sucesso no próximo milênio vai cuidar

preventivamente de sua saúde física , mental e ecológica. As empresas vão estar de

olho nos seus hábitos. Cuidado com a obesidade, o fumo, o álcool. A pessoa é a

mesma dentro e fora da empresa. Quem dirige perigosamente o próprio carro vai

dirigir perigosamente a empresa. Entre dois candidatos iguais, a empresa fica com

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quem dirige com segurança. Todos nós precisaremos estar aptos para a batalha.

Esse será um capital inicial obrigatório em qualquer profissional. Uma pessoa que

não cuida de sua saúde não vai conseguir ficar na linha de frente das empresas.

Ser cidadão: Ser um profissional cidadão significa ter responsabilidade com

sua empresa, com as pessoas que trabalham nela e com a comunidade. Da próxima

vez em que for trabalhar numa organização, discuta seus valores e sua cultura. Eis

uma pergunta básica: será que os valores éticos da empresa combinam com os

seus? Ser cidadão é comunica-se bem com os vários públicos internos e externos. É

desenvolver as pessoas a sua volta. Não basta fazer e acontecer. É preciso deixar

substitutos. A empresa tem de sobreviver além de você. Uma boa oportunidade de

mostrar seu lado rebelde é defendendo suas idéias, sem capitular para a zona de

conforto política. Dizer amém para tudo o que o chefe diz não combina com a

rebeldia esperada do profissional do próximo milênio. Isso é bom para chefes

acomodados. Se quisermos ser reconhecidos como um profissional cidadão, temos

que entrar em frente diversas que levem ao sucesso da empresa. Fazer coisas

diferentes, seja enxerido, contribua com projetos de fora de sua área. Também tome

parte de iniciativas comunitárias em nome da empresa e em seu próprio nome. Ande

de metrô, de ônibus, de táxi. Isso aumenta sua capacidade de entender o

consumidor.

Ser curioso: “Ah, isso não vai dar certo”! É a frase que nunca se deve usar se

quiser ser um executivo do novo milênio. Aposte no novo, no diferente. Cada vez

mais será preciso estar aberto a novas idéias. Ser curioso significa também conviver

e incentivar a diversidade cultural. Há dois anos, o programa de trainee de Gessy

Lever vai atrás de candidatos de Fortaleza, Recife e Belo Horizonte, entre outras

cidades do país. A empresa quer gente que pense diferente dos paulistas e cariocas.

Numa proporção maior, o vaivém de executivos entre os escritórios das empresas

globais é cada vez maior. Ser curioso também é interessar-se em ouvir opiniões

contrárias às suas. É aprofundar-se em poucos e bons domínios técnicos. Não ser

um especialista que conhece profundamente um única área nem um generalista,

capaz de transitar com conforto em várias áreas. O ideal agora é ter conhecimento,

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muito conhecimento, sobre pelo menos três áreas de uma empresa. Ser curioso é

aprender com os próprios erros e com os dos outros. Quem é curioso é capaz de

inovar, de tornar concretos para o negócio lances de criatividade. O curioso também

vai encontrar tempo para o autodesenvolvimento.

Mesmo que tenha um MBA de Harvard, não vá achar que sabe tudo. Uma das

maneiras de manter a curiosidade em dia: uma vez por semana leia os cadernos dos

jornais que não costuma ler. Ou, então, convide para almoçar aquela pessoa que

trabalha numa área que você considera chatíssima. De uma chance para ela

explicar o que faz. Detalhe: quem sabe tudo pode ser bom para uma pequena

empresa, aquela que precisa de alguém que assuma várias áreas. Para uma

empresa de ponta, o melhor adjetivo que receberá será defasado.

Ser guerreiro: Se você tiver todas as características de um líder do próximo

milênio mas não for guerreiro, você não será um líder do próximo milênio. O

profissional que vai acontecer no futuro é aquele sempre capaz de ir á luta. De

antecipar-se aos desejos do consumidor. De costurar boas alianças na cadeia de

negócio para alcançar objetivos de longo prazo. De negociar objetivos desafiadores

(ninguém mais quer executivos que colocam para si objetivos fáceis para depois

bater no peito e dizer que atingiu as metas). É aquele que liderar seu grupo para

conseguir os resultados esperados. Que souber reconhecer o trabalho de colegas e

subordinados. O profissional do próximo milênio terá de ser determinado e ao

mesmo tempo saber que não pode ganhar sempre.

Ser bem-humorado: O mal-humorado atrapalha o moral da tropa. Por isso a

regra é a seguinte: na dúvida, seja alegre. Mantenha a boa educação, o tom de voz.

Tente enxergar o lado positivo das coisas. Como fazer isso sem cair na ingenuidade?

Celebre as realizações da equipe, comemore junto, incentive os encontros para

festejar vitórias da empresa. Outra maneira de criar um clima de alto astral no

escritório é privilegiar a comunicação cara a cara em vez do e-mail e do papel. Tudo

bem: o e-mail é uma mão na roda para transmitir mensagens a um grande número

de pessoas ao mesmo tempo. Mas não precisa fazer elogios só pelo computador. O

bem-humorado sabe que não dá para liderar equipe só na batalha. É preciso abrir

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espaço para o bate-papo.

A semana dos executivos da subsidiária brasileira da IFS (Industrial and

Financial Systems), consultoria sueca na área de softwares para gestão de negócios,

tem apenas quatro dias de trabalho. O quinto dia é liberado para pesquisa, estudos e

reciclagem. Os líderes do negócio costumam usar esse dia livre para um encontro às

segundas-feiras. Não se trata daquelas reuniões de avaliação de negócios,

cobranças e carões para quem não cumpriu as metas. Na IFS esse é um dia sem

agenda. Pode-se até discutir negócios, mas também é uma oportunidade para trocar

conhecimentos. Outra novidade na IFS: toda e qualquer informação sobre a empresa

está disponível para todo e qualquer funcionário que queira acessá-la em seu

micro.”26

O profissional do próximo milênio também será um profissional virtual. Onde é

sua residência, o escritório, a sede da empresa? Isso não vai fazer mais tanta

diferença. Para se encaixar nesse futuro, não poderemos mais pensar em

administrar um negócio sentado na cadeira. O mercado vai exigir que estejamos

perto dos clientes. Pegue um laptop, um celular e uma caixa postal de e–mail e o seu

escritório será onde você estiver. Isso tudo porque os clientes, cada vez mais,

querem o mesmo tipo de serviço em todo o mundo, querem falar com apenas um

executivo que represente seu fornecedor e querem ser atendidos o mais rápido

possível.

3. CONCLUSÃO

Através desta pesquisa podemos tomar alguns exemplos do que é bom ou ruim

para nossa vida profissional, e também, até mesmo a pessoal. Diante deste,

observamos alguns exemplos que podem somar à nossa experiência pessoal,

adequando-se ao nosso estilo e personalidade. São algumas dicas que podem fazer

a diferença no nosso marketing pessoal, na hora de enfrentar determinadas

situações dentro da empresa, ou para entrar em uma.

26 GOMES, Maria Tereza. Prepare-se para o futuro. Revista Você. S.A. São Paulo, novembro/1998. p. 42.

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Para ser uma pessoa do tipo qualidade total é preciso investir em si mesmo

com total força, o nosso marketing pessoal, o nosso diferencial, é peça fundamental

hoje em dia, no mundo profissional. E com dedicação e inteligência poderemos fazer

uso desta ferramenta para podermos nos aperfeiçoar e estar sempre com nossa

empregabilidade em alta.

Vimos que já não é preciso apenas a sua força intelectual para ser contratado,

mas a sua força interior, o ser humano que você é, importa muito para as

organizações.

O mercado está altamente competitivo, e para conseguir chegar até ele não

basta somente ter alguns cursinhos fora do país, falar algumas línguas, pois isso só

já não basta, pois são quesitos primordiais e essenciais que já não fazem a

diferença. Quem faz a diferença é você. O seu próprio eu, o que você é, o que você

pensa. O seu ser. Porque a única parte em que os profissionais não podem ser

parecidos é no perfil pessoal. Isso é próprio de cada um. E é em você que as

organizações estão pensando.

Não somente no seu intelecto, mas também na sua forma de ser e ver o mundo

e o que está à sua volta. Quem você é importa muito para a empresa.

O profissional do tipo qualidade total é aquele que saber ser intuitivo e usar sua

intuição de forma a contribuir deforma eficaz para a organização. É um ativista nato.

É um profissional preocupado com as informações ao seu redor, é um

profissional humano e sensato. É um ser quase perfeito.

A humildade é um característica forte deste profissional, que sabe lidar com as

situações de vitória e fracasso com a mesma dignidade.

O mercado precisa de profissionais do tipo qualidade total; de profissionais

preocupados com seu eu interior, preocupado com seu intelecto. Precisa de um

profissional completo e consciente de seu papel na organização, não só como mais

um, mas como um que pode acrescentar muito a todos.

Portanto, quanto mais investirmos em nós mesmos, no nosso ativo pessoal,

estaremos com alto índice de probabilidade de permanecermos neste mercado

competitivo. É um investimento alto, de corpo e de alma, é a sua mente e o seu

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intelecto que estão sendo analisados.

E assim, descobriremos o quanto é bom ser uma pessoa qualificada

profissionalmente, tanto intelectual como emocionalmente. Ser uma pessoa que faz

bem seu marketing pessoal, para ser do tipo qualidade total não é tarefa fácil, mas é

compensatória e vale a pena ver os resultados desse investimento interno.

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