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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação Gestão de Recursos Humanos MARKETING PESSOAL CAROLINE MACHADO FALCÃO RIO DE JANEIRO JULHO/ 2009

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Page 1: MARKETING PESSOAL CAROLINE MACHADO FALCÃO · marketing pessoal, pois explicita a característica do produto chamada pessoa. 2.1 Planejamento do Marketing Pessoal Segundo Acimar (1999)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Pós-Graduação Gestão de Recursos Humanos

MARKETING PESSOAL

CAROLINE MACHADO FALCÃO

RIO DE JANEIRO

JULHO/ 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Pós-Graduação Gestão de Recursos Humanos

MARKETING PESSOAL

RIO DE JANEIRO

JULHO/ 2009

Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa e Monografia como requisito parcial para a obtenção ao Curso de Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos. Professora: Ana Paula Ribeiro

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SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................03

INTRODUÇÃO..........................................................................................................04

1. BREVE DEFINIÇÃO SOBRE ADMINISTRAÇÃO E MARKETING......................05

2. O MARKETING PESSOAL E SUA COMPOSIÇÃO.............................................07

2.1 Planejamento do Marketing Pessoal..............................................................09

2.2 Ambiente do Marketing Pessoal.....................................................................10

2.3 Análise do Conhecimento Pessoal................................................................10

3. ALGUMAS FERRAMENTAS PARA FORTALECER A MARCA PESSOAL E

UTILIZÁ-LA COMO FATOR DE DIFERENCIAL COMPETITIVO............................17

3.1 Relacionamento Interpessoal.........................................................................18

3.2 Gestos e Posturas..........................................................................................19

3.3 Comunicação..................................................................................................19

3.4 Etiqueta...........................................................................................................21

3.5 Vestuário.........................................................................................................21

CONCLUSÃO............................................................................................................24

REFERÊNCIAS..........................................................................................................26

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RESUMO

Este estudo abordou a utilização do marketing pessoal e suas

ferramentas, como um diferencial competitivo para a moderna Administração

de Empresas numa era globalizada. O estudo também aborda a importância da

análise do conhecimento pessoal como um fator de alta importância, pois, por

meio de um aprofundamento em temas que se relacionam com o ser humano,

relações interpessoais, planejamento e projetos foi possível entender que para

dar um grande passo para a conquista do crescimento pessoal, o indivíduo

necessita concentrar esforços de maneira organizada e estudada através da

observação do meio onde se atua. Ao final, o estudo apresenta algumas

ferramentas para fortalecer a marca pessoal e uma conclusão que o marketing

pessoal tornou-se um instrumento estratégico fundamental para o

desenvolvimento da marca forte e que essa marca é uma das principais

ferramentas de posicionamento no mercado profissional.

Palavras-chave: Administração, marketing, planejamento, ambiente,

motivação, conhecimento pessoal, ferramentas.

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Introdução

O presente artigo trata de um tema importante na moderna

Administração que é a utilização do Marketing Pessoal e como o profissional

deve se portar em um mercado competitivo, utilizando as ferramentas de

marketing pessoal em busca de empregabilidade.

O objetivo deste trabalho é apresentar a importância e o cuidado que o

profissional deve ter com sua aparência e atitudes, onde estas revelam a

maneira de ser de cada um e são relevantes como diferencial competitivo.

Além deste, o trabalho também apresenta uma breve definição sobre

administração e marketing, que são compositores do Marketing Pessoal,

apresenta a definição de Marketing Pessoal e a sua composição nas formas de

planejamento, ambiente e análise do conhecimento pessoal e, por fim,

apresenta algumas ferramentas para fortalecer sua marca pessoal e a

utilização destes como fatores de diferencial competitivo.

O tema escolhido tem grande importância para uma sociedade

caracterizada pela mudança contínua e, cada vez mais, avassaladora, os

profissionais precisam estabelecer ações pessoais e profissionais para que se

adaptem às mudanças, às novas exigências de mercado e alta competitividade

existente. O marketing pessoal vem ao encontro desta necessidade emergente

dos profissionais atuais. Da mesma forma que produtos são administrados por

meio de um conjunto de ações para consolidá-los na mente do consumidor,

todo profissional pode e deve cuidar da embalagem de seu próprio produto:

sua imagem.

Pretende-se, através deste trabalho mostrar a importância do cuidado

que todos devem ter com a aparência pessoal e principalmente com as

atitudes, que revelam a maneira de ser de cada um.

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CAPITULO 1

Breve definição sobre administração e marketing

De acordo com Kotler (1999), pode-se definir Administração de várias

formas, depende do ponto de vista com que vamos analisá-la. No dicionário

Aurélio, administração apresenta algumas definições tais como: gerir, ministrar,

conferir, mas quando falamos em negócios podemos dar uma definição mais

consensual. Segundo a literatura específica, administração é um processo pelo

qual o administrador cria, dirige, opera, controla e mantém uma organização no

mercado.

Para Lacombe (2003) a tarefa da administração é a de interpretar os

objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional

por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os

esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização. A

essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio das pessoas

que ele coordena

Kotler (1999) diz que da palavra latina para ‘mercadoria’, mercis, derivou

o termo francês marché, o ‘mercado’, onde as mercadorias eram

comercializadas. Os ingleses gostaram da palavra e inglesando a pronúncia e

a grafia, virou market. De market surgiu ‘marketing’ - "Tudo o que influi na

comercialização de um produto".

Ainda segundo Kotler (1999) no Brasil, a área de marketing aportou na

década de 60, e seus pioneiros tiveram muita dificuldade em explicar o que

eles faziam. Então, resolveram radicalizar: passaram a vestir calça verde,

camisa marrom-café, paletó xadrez e gravata cor de abóbora, ou qualquer

combinação que pudesse ser percebida a 500 metros de distância. E aí todo

mundo entendeu: marketing era algo completamente diferente.

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Marketing é um conjunto de conhecimentos, oriundos de diversas áreas

do conhecimento humano, que tenham aplicação para facilitar as trocas que se

efetuam no mercado, é mais a aplicação, metodologia, prática dos

conhecimentos que favoreçam o estabelecimento de trocas proveitosas no

mercado, enfim, é mais tecnologia do que ciência.

Hoje, ninguém mais discute a importância do marketing. Focado no

cliente, consolidou-se como uma atividade sistemática da organização voltada

à busca de oportunidades de realização das necessidades do meio ambiente,

visando benefícios específicos com o mínimo de desperdício e de recursos.

Segundo Proust (2000) “A verdadeira viagem de descoberta não

consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos”.

Podemos observar que o mercado atual vive a era denominada de era

da Informação, associada ao conhecimento, aliada ao relacionamento onde é

exigida de nós uma constante decisão sobre a nossa postura e comportamento

diante das mudanças vigentes. Alcançar o sucesso profissional ou pessoal

pode parecer complicado, difícil e muitas das vezes até impossível. Nesse

contexto, o marketing pessoal surge como uma metodologia, um guia que tem

por objetivo auxiliar você a elevar o seu aprimoramento pessoal, e a perceber o

que pode ser um diferencial competitivo. É também uma ferramenta que

fornece métodos e técnicas de reconhecimento e aprimoramento de suas

qualidades e habilidades natas, para a realização de seus objetivos tanto

pessoais como profissionais.

O Marketing Pessoal é considerado uma ferramenta estratégica

essencial para o profissional moderno que precisa e quer otimizar seu talento,

sua competência e habilidade pessoal. Empregar as estratégias do Marketing

Pessoal pode diminuir o tamanho do caminho que é necessário percorrer para

se chegar ao topo de suas habilidades. E esse é um caminho que pode ser

percorrido por todos, porém, exige estudo, paciência, disciplina, perseverança

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e determinação. Exigências essas que tem o objetivo de direcionar suas

atitudes e comportamentos de forma a otimizar suas habilidades, natas e as

necessárias a serem desenvolvidas, para nortear seu comportamento e

conseguir alcançar o seu sucesso.

O presente trabalho é descritivo quanto aos fins. Para isso foram

utilizados livros da área de Marketing Empresarial, Marketing e apostilas de

empresas, que tratam de ações comportamentais e estratégicas, marketing de

relacionamento e apresentação pessoal, onde fazem um breve histórico do

tema pertinente ao trabalho. Quanto aos meios trata-se de pesquisa

bibliográfica incluindo alguns artigos de sites pertinentes a área e de grande

credibilidade, indicado por profissionais de Administração, Marketing e

Recursos Humanos, que se utilizam da mesma ferramenta para se manterem

atualizados quanto as novidades relacionadas a área.

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CAPITULO 2

O Marketing Pessoal e sua Composição

Há uma lição que os primeiros marqueteiros ensinaram há 50 anos e

que continua sendo a chave de tudo: visibilidade.

Segundo Acimar (1999) Marketing Pessoal é a administração e

divulgação de uma imagem autêntica, única, com a qual você se sinta bem e

que pareça coerente aos olhos do público. No mercado competitivo em que

vivemos construir uma boa imagem pessoal, profissional e social exige postura

adequada. Se você não plantar, nada irá colher. Portanto se existe um "plano

de marketing" detalhado para um produto, não há motivo para não existir um

"plano de marketing pessoal" mais detalhado ainda. E ele começa com as duas

perguntas mais básicas do marketing: “O que o produto "Você" tem que os

outros não têm? Todas as pessoas sabem disso?”. Se você preferir o

anonimato não despertará ódio, mas também não despertará admiração. Se

conseguir a admiração, despertará ódio. O mais importante é sentir-se bem

com a sua opção.

Acimar (1999) apresenta ainda que deve-se utilizar como forma de lei,

importantes regras como fale menos e ouça mais, faça o que os outros querem

e não o que você gosta, venda somente a uns poucos e não a todos, invista em

marketing antes que precise, saia de trás do balcão e vá atrás do cliente, não

sendo assim, um piloto de escrivaninha, agrade, agrade, agrade e agrade o

seu cliente e por fim o eterno jargão o cliente sempre tem razão.

Existem características determinantes citadas por diversos autores de

marketing pessoal que introduzem o indivíduo a oferecer benefícios reais e que

podem promover sua marca junto à sociedade.

Segundo Davidson (2000), existem diversas características que podem

realizar o marketing pessoal. Dentre as principais características, citam-se as

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seguintes: estabelecimento de metas pessoais, uso do tempo de forma correta,

o benefício do estudo, organização, imagem pessoal, a busca de um mentor, a

hora do almoço, tornando-se um mentor, obtendo crédito para a equipe, ser

bem-sucedido e criar adversários, ser um bom ouvinte e orador. Geralmente

são estes os predicados que formam os lideres. O estabelecimento de metas

pessoais é fundamental para o sucesso do marketing pessoal. O quanto antes,

as metas sejam definidas, melhores serão os resultados em longo prazo, diz

Davidson. As pessoas devem observar que, para se ter sucesso profissional e

pessoal, é necessário estipular metas de médio e longo prazo, pois a carreira

sugere uma continuidade, e metas baseadas apenas no presente não

estimulam um caminho correto e promissor no futuro, ou pelo menos, o deixa

mais nebuloso. Usar o tempo de forma correta é uma característica

fundamental para pessoas que praticam com excelência o marketing pessoal,

pois, segundo Davidson (2000), reconhecer onde o tempo foi perdido é uma

boa maneira de reservar para si próprio mais tempo para planejar o marketing

de sua carreira. A criação de pequenas regras de controle, chamada de micro

controle por Davidson, ajuda o indivíduo a controlar o uso do tempo com

eficiência. Estudar e buscar novos conhecimentos faz com que o indivíduo

sempre esteja preparado para novos desafios, ato comum a pessoas que

buscam sucesso.

Ainda segundo Davidson (2000), até quando se viaja, a negócios ou a

lazer, deve-se aproveitar esse tempo para reflexões e busca de novos

conhecimentos. A organização é individual, algo exclusivamente seu, segundo

Davidson. Se não tivermos controle de nossas metas e compromissos,

provavelmente cairemos no erro, minimizando as chances de sucesso. A

imagem e as atitudes pessoais contam, e muito, para uma pessoa que pratica

marketing pessoal, pois explicita a característica do produto chamada pessoa.

2.1 Planejamento do Marketing Pessoal

Segundo Acimar (1999) podem-se citar alguns passos para fazermos um

bom planejamento de marketing pessoal, pois são estes que nos levam a

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melhoria de nossa imagem. Passos como: elaborar um resumo onde este deve

conter as metas com seus principais objetivos e fazer a análise da situação

descrevendo as principais características pessoais. Nesta análise da situação,

deve estar presente itens como: antecedentes (resumo dos últimos anos de

vida), previsões (acompanha nossos antecedentes e o desempenho que

queremos para o futuro), oportunidades e ameaças (idéias luminosas e os

medos), pontos fortes e pontos fracos (objetivos e metas), fixar objetivos

específicos e metas a serem cumpridas, estratégias (a estratégia do marketing

pessoal é como um jogo onde somos o técnico e iremos realizar nosso plano

de jogo), programa de ação (o plano pode ser delineado para as 52 semanas

do ano, como também para períodos menores, pois podemos mudá-lo de

acordo com as oportunidades e problemas surgidos, orçamento (orçar o

investimento e o retorno esperado), controle (este é o último passo), pois nada

mais é que uma auditoria para monitorarmos o andamento e o progresso que o

nosso plano está tomando.

2.2 Ambiente do Marketing Pessoal

Para Acimar (1999) O ambiente de marketing pessoal é todo e qualquer

lugar onde estamos inseridos, ou seja, onde estamos atuando, nossas ações,

atitudes e a própria maneira de agirmos sempre irá depender de onde estamos,

pois cada sociedade, país, religião, etc., possuem sua própria cultura e modo

de viver e conviver. No mundo globalizado, devemos ainda avaliar pontos

importantes no ambiente de marketing como o ambiente econômico, político,

cultural e o comércio internacional.

2.3 Análise do Conhecimento Pessoal

Embora o conhecimento sempre tenha sido necessário para elaborar o

marketing pessoal, sua importância aumentou vertiginosamente com o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

É fundamental saber como utilizar as informações e o conhecimento já

existentes para o desenvolvimento do seu marketing pessoal. O

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"conhecimento" não se encontra apenas nos documentos, nas bases de dados

e nos sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas

práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas para aumentar

sua produtividade e conquistar novas oportunidades.

Para Acimar (1999) existem fatores que são primordiais para o bom

desenvolvimento do nosso conhecimento pessoal. Acimar (1999) passa que

para o fator confiança, os maiores inimigos do sucesso pessoal e profissional

é a falsa impressão de dependência da ajuda de outros ou de fatores externos

para sermos bem sucedidos, a insegurança e o medo de vencer, se destacar e

se tornar alvo de críticas. A auto-estima é determinada pelo conceito que

fazemos de nós mesmos. Para que sigamos desfrutando a vida de forma

plena, é necessário desenvolvermos a auto confiança adicionada ao auto

respeito.

Acimar (1999), diz que a auto confiança implica no sentimento de

competência pessoal e o auto respeito no sentimento de nosso valor como

pessoa. Quando desenvolvemos estes dois sentimentos, a nossa auto estima é

positiva e estamos capacitados a lidar melhor com os desafios da vida. As

críticas, os apelidos, as injustiças recebidas, a falta de compreensão e apoio,

as nossas necessidades de carinho e afeto que não foram bem aceitas, fizeram

com que não nos sentamos merecedores de desfrutar determinados prazeres

da vida.

Profissionalmente não conseguimos nos realizar, pois não temos a auto

confiança necessária para concorrer num mercado de trabalho que é cada vez

mais competitivo e agressivo exigindo firmeza e decisões rápidas e precisas.

Nossos dons e talentos, que são únicos em cada ser humano, foram

esquecidos e negligenciados e nem tentamos colocá-los em prática. Não

arriscamos por timidez e medo de não dar certo. Negamos a nossa essência

divina e nos sentimos presos e incapazes de caminhar pela vida, colhendo tudo

aquilo que merecemos.

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Segundo Acimar (1999), podemos a qualquer hora nos ver livre dessas

amarras, se nos dispusermos a entrar em contato com estes sentimentos, não

os negando ou rejeitando-os, pois eles foram necessários para que

pudéssemos caminhar até hoje. É através da aceitação que vamos poder

transmutá-los em novas oportunidades de crescimento. O empreendedor tem

confiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil para

ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais,

ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, tornando-o mais

empreendedor.

Para Acimar (1999) a motivação é um outro fator e define que

compreender a motivação humana tem sido um desafio para muitos

administradores e aos psicólogos. Várias pesquisas têm sido elaboradas, e

diversas teorias têm tentado explicar o funcionamento dessa força que leva as

pessoas a agirem em prol do alcance de objetivos.

Acimar (1999) define que Motivação é um estado pessoal, intransferível.

Ninguém tem o poder de motivar ninguém. Pode-se incentivar, transmitir

entusiasmo, emocionar, seduzir, aliciar, estimular. Motivar, não. Motivação não

é uma injeção de ânimo que se aplica em alguém. Entretanto, apesar de

pessoal e intransferível, a motivação sofre influência de fatores externos ao

indivíduo, porque todos nós influenciamos e somos influenciados pelo

ambiente. Existem, portanto, duas maneiras de se analisar a motivação: de fora

ou de dentro – ou seja, a motivação do outro ou a nossa própria motivação.

Pela perspectiva da liderança, a motivação depende de cinco condições:

o compromisso com o objetivo, a expectativa de crescimento através do

trabalho, a forma de atuação do líder, recompensas adequadas às

necessidades pessoais e adequação da atividade ao perfil individual.

Considerando a questão a partir de uma perspectiva individual, pois trata-se de

uma condição pessoal, é preciso saber que existem três fatores pessoais de

motivação: Gostar do que faz, ou seja, quem faz o que não gosta precisa lutar

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contra o tédio, violentando suas tendências e preferências, o que é fortemente

desmotivador, tendo assim o perfil motivacional considerado, não do ponto de

vista de quem escala alguém para uma função, mas de quem elege para si

mesmo uma determinada atividade, comprometer-se com o que faz, ou seja,

reconhecer em seu trabalho uma causa pessoal é fonte de satisfação e

realização, que resultam em motivação e por fim, estabelecer metas pessoais -

Como se pode saber se o trabalho nos conduz na direção desejada ou não?

Determinando aonde se quer chegar. Buscar realização pessoal através do

trabalho motiva mais do que o próprio trabalho, por mais especial que seja.

Manter-se motivado é, portanto, trabalho de automotivação. Uma pessoa

que gosta do que faz e se compromete com o que faz – porque considera

importante sua atividade e tem metas pessoais bem definidas, que lhe dão

perspectiva de auto-realização através do trabalho – será uma pessoa

motivada.

Outro fator existente para a análise do conhecimento pessoal e a auto-

organização. A vida exige de nós adaptação constante ao inesperado e é o

fator flexibilidade que determinará o nível de auto-organização.

Segundo Acimar (1999) a auto-organização é o grande segredo da

produtividade. Se você buscar os motivos pelas quais não produziu tanto

quanto gostaria em alguma situação, chegará à conclusão de que o motivo foi

à desorganização, ou seja, a dificuldade em lidar com a interferência de fatores

externos, a má administração do tempo disponível, a não sistematização das

atividades que fizeram com que você levasse mais tempo do que o necessário

para realizar algo e a influência de hábitos negativos. Imagine que vivemos

num ambiente onde os fatores externos interferem em nossas vidas

constantemente, a habilidade de auto-organização é justamente conseguir lidar

com estes fatores de forma mais coerente e flexível possível, para que as

metas pessoais sejam alcançadas sem que a pessoa se estresse por ter que

lidar com o inesperado.

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A maioria das pessoas pensa que organização é somente a arrumação

de objetivos e papéis, a administração e a organização de atividades e tarefas.

Existem ainda dois outros níveis de auto-organização cujo desenvolvimento é

muito útil. São eles a organização psicológica e a organização mental. A

primeira está relacionada à inteligência emocional e capacidade de gerenciar

os sentimentos e emoções e utilizá-los de forma coerente e adequada. A

organização mental envolve raciocínio, concatenação e comunicação de idéias,

inteligência espacial e criatividade.

Outro fator de composição são os objetivos pessoais, projeto de vida.

Acimar (1999) mostra que há muita gente falando de sucesso pessoal.

Uns dizem que para ter sucesso é preciso capacitar-se, qualificar-se, ou seja,

estar sempre incorporando novos conhecimentos para ampliar o background

técnico. Nessa sociedade globalizada e extremamente competitiva não existe o

time do mais ou menos. Ou se é de primeira grandeza ou satélite apagado. Ou

se é brilhante ou inexistente. O conhecimento é por demais importante nesse

cenário. Porém, para se alcançar sucesso, algo mais prioritário deve ser

refletido preliminarmente: projeto de vida. Infelizmente, pouquíssimas pessoas

dão atenção a esse assunto. Ter projeto de vida é construir os objetivos

pessoais, é materializar sonhos, é concretizar idéias. É guiar, conduzir, dirigir a

vida e não deixar apenas que as coisas aconteçam.

É uma pena perceber pessoas com um potencial maravilhoso que

fracassam na vida por falta de um plano pessoal. Ter projetos de vida é

arquitetar o destino. Para fazer o seu planejamento pessoal é preciso que seja

seguido de algumas etapas essenciais:

• A primeira etapa é a reflexão pessoal. Ela consiste num grande exame

de consciência. É um exercício onde se busca refletir sobre a vida. O

que estou fazendo da minha vida? Será que minha vida não está indo

pelo ralo? Estou feliz com que estou fazendo? O que faço traz-me

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felicidade? Perguntas como essas são importantes e ajudam-nos a dar

um grande balanço na nossa vida. Mais ainda. É na fase da reflexão

pessoal que passamos a pensar sobre a atividade que nos fará uma

pessoa realizada.

• A segunda etapa do projeto de vida refere-se à visão estratégica

pessoal. A visão traduz o que uma pessoa quer ser ou tornar-se num

determinado horizonte de tempo. É relevante indicar mais ou menos o

escopo de tempo necessário para alcançar a visão. Além disso, tudo é

de fundamental importância que a visão seja algo que significativamente

gere realização para a pessoa. A visão é o grande norte pessoal. Deve

estar afinada com os sonhos mais nobre de uma pessoa. Em síntese, a

visão deve estar em sintonia com a vocação pessoal. Depois que se

constrói a visão, é a hora da confecção dos objetivos pessoais.

Ainda segundo Acimar (1999) há três tipos de objetivos pessoais: os

estratégicos, os táticos e os operacionais.

Objetivos estratégicos pessoais são os objetivos pessoais de longo

prazo. Eles serão responsáveis por desdobrar a visão. Eles devem detalhar o

que deve ser feito para conquistar a visão.

Já os objetivos táticos pessoais estão num nível de detalhamento ainda

maior. Eles esclarecem quais são as ações que devem ser desenvolvidas para

conquistar os objetivos estratégicos pessoais. Eles são objetivos de médio

prazo.

Por fim, estão os objetivos pessoais operacionais que estão numa esfera

de especificidade mais intensa que os táticos pessoais. Eles são objetivos de

curto prazo.

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É importante notar, que assim como o planejamento estratégico

empresarial, o projeto de vida pessoal (respeitando, logicamente, as devidas

diferenças) é sistemático. Ou seja, deve ser pensado do mais macro para o

mais particular, conquistando as metas de menor alcance para que os objetivos

de maior amplitude sejam atingidos satisfatoriamente.

Como se vê, o projeto de vida quando bem formulado, é uma ferramenta

onde a pessoa constrói, a cada dia, um degrau da escada para o sucesso, e

realização pessoal.

Finalmente, Acimar (1999) cita o último fator, que são as metas. Para

Acimar (1999) meta é um objetivo qualificado e quantificado. É aquilo em

direção a que o esforço é dirigido. Uma das regras básicas ou pré-requisitos

para o sucesso é que temos que ter uma meta. Segundo estudos, 95% dos

seres humanos não são bem sucedidos, enquanto apenas 5% o são. A

principal razão para esta alta taxa de insucesso é que a maioria das pessoas

nunca fixou uma meta. As pessoas que não tem uma meta compensatória,

rumo a qual estejam progressivamente trabalhando, não são bem sucedidas.

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CAPITULO 3

Algumas ferramentas para fortalecer a marca pessoal e utilizá-

la como fator de diferencial competitivo.

Segundo Castro (1991) quando se consegue fazer uma associação

mental entre slogan e marca ponto para a agência de propaganda. Existem

frases fáceis de lembrar, mas que a conexão com o fabricante não é tão

automática, por exemplo: "Os nossos japoneses são mais criativos que os

japoneses dos outros" é da Sharp ou da Toshiba? Mas há casos que

dispensam até a marca, como: "Uma boa idéia"; "1.001 utilidades"; "Vale por

um bifinho".

Slogans pessoais não são diferentes dos comerciais e podem até brotar

espontaneamente. Na maioria dos casos, porém, eles têm de ser criados e

divulgados pela própria pessoa, como fazem as agências com as marcas e

slogans. Todos têm um slogan, mesmo não percebido.

Ainda para Castro (1991) se a pretensão é voar alto, que tal fazer o teste

do slogan? Peça para alguns colegas fazer uma frase sobre você. Se os

resultados forem disparatados, é sinal de que você não conseguiu deixar

marcado o que considerava ser o seu "ponto forte". Se forem iguais, mas

diferentes do que você imaginava que seriam, está na hora de investir numa

boa campanha de marketing pessoal. E se baterem com a sua autopercepção,

parabéns: você já saiu na frente numa corrida, muito disputada, na direção do

sucesso."

É essencial saber como se é percebido pelas outras pessoas. Cada

ação: um e-mail que é enviado, um telefonema, o comportamento em eventos

e reuniões, criam impressões que constroem a marca pessoal. Deve-se definir

quais valores se quer projetar e associar o próprio nome às qualidades que se

considera importantes, pois quando as ações refletem os valores pessoais, as

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pessoas têm uma idéia clara de quem é quem. Lembrando sempre que

integridade e honestidade são fundamentais neste processo.

"Normalmente, acreditamos que somos vistos e

julgados por nossa capacidade técnica e um

pouco pela nossa imagem pessoal. No entanto a

maioria dos julgamentos – acreditem – está

baseada no espírito da marca. (...). Baseado em

que? A maioria das pessoas não sabe dizer. A

maioria delas sentou-se à frente do médico e

jamais perguntou que nota ele tirou na faculdade

(...). O que fez sair dizendo que ele era ótimo foi o

sorriso no rosto, a atenção, o carinho, o cuidado

aparente, a beleza da sala, a iluminação, o sorriso

da secretária, (...), a maioria qualifica um

profissional (...) por fatores não muito lógicos (...).

Essa compreensão de qualidade está muito mais

ligada ao conceito vendido do que a performance

(...)." (PAIVA e BENDER, VocêSA 12/2002).

3.1 Relacionamento Interpessoal

Tuckerman (2000) apresenta que a convivência social exige regras

simples regidas pelo bom senso, cuja finalidade é a de estabelecer um convívio

alegre, cordial e harmônico. O sucesso profissional e pessoal pode fazer

grande diferença quando se une competência, conhecimento e uma boa

educação. As regras de etiqueta, ao contrário de se relacionarem com

sofisticação, devem estar ligadas à calma e à simplicidade, à observação e ao

raciocínio.

Paradoxalmente, tudo o que se vê no dia-a-dia conspira contra o bem

estar. Atual tornou-se o sistema do desaprender. Em todo canto divulgam-se

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novas maneiras de trair, trapacear ou maltratar. A pessoa bem educada é

sempre uma presença marcante e agradável.

O que nos agrada nas pessoas? Pensando e refletindo sobre esta

questão quase sempre saberemos responder a todas as dúvidas sobre regras

de etiqueta. É antes de tudo uma questão de bom senso e inteligência.

Algumas regras de etiqueta variam de cultura para cultura, de região

para região, porém, as diretrizes que às regem possuem princípios básicos que

são eternos.

Segundo Tuckerman (2000) todos nós temos dúvidas sobre as formas

educadas e cerimoniosas de trato. A boa educação é um treinamento contínuo,

desde a idade infantil até o envelhecer, trás satisfação, desenvolve a

comunicação entre as pessoas e aflora virtudes que constituem a base para o

bem estar. Portanto, cultive as regras da boa convivência e procure aceitar as

pessoas como elas são com seus hábitos e modo de ser. Evite promover

julgamentos ou falar mal de qualquer pessoa. Cumprimente com vontade e

atenção especial, mesmo quando estiver de mau humor. Sorria. Seja

organizado. Agradeça favores, presentes e elogios. Um gesto de extrema

importância é devolver tudo o que nos for emprestado, regras que fazem de

você uma pessoa especial.

3.2 Gestos e Posturas

Segundo Ribeiro (1993) viver bem começa por sentar-se bem, e a

postura é fundamental. Costas retas, queixo erguido e aquele ar de quem está

sempre de bem com a vida. Mas cuidado! Não exagere para não parecer

pedante. Deixe as costas confortavelmente retas, que a elegância e a fluidez

no andar vão surgir naturalmente.

É importante lembrar que cada pessoa tem seu estilo, geralmente

herdado de seus pais e do meio em que vive. Contudo, certas características

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podem ser trabalhadas para se obter maior suavidade. Ribeiro (1003) orienta

evitar gestos nervosos e bruscos, apontar com o dedo, acenos exagerados,

mímicas exageradas, falar muito alto, entre outros, e afirma que é

perfeitamente possível treinar e aprender a usar gestos com moderação.

3.3 Comunicação

Segundo Ribeiro (1993) a comunicação é apresentada como forte fator

de ótima apresentação. Diversas ferramentas se apresentam na composição

da comunicação. Inicialmente, Ribeiro (1993) passa que usar as palavras com

habilidade é essencial no mudo dos negócios. Pode ser um profissional

brilhante, mas se comete erros gramaticais, de pronúncia e de vocabulário,

engole as palavras, tem uma inflexão falsa ou uma voz desagradável, terá

dificuldade em persuadir os outros a aceitar suas idéias ou a comprar seus

produtos.

Ainda para Ribeiro (1993) é muito importante manter a distância correta

das pessoas. Se ficar muito longe, vai criar uma barreira; muito perto, uma

invasão de privacidade, próxima a violência. Pegar lapelas, tocar no braço,

falar ao ouvido, tudo isso tem uma grande chance de transformar o interlocutor

em alguém muito desagradável.

Ribeiro (1993) cita que a simpatia aproxima as pessoas e torna a vida

mais fácil. Não existe regra, mas preocupar-se com o bem-estar das pessoas é

um bom começo.

Abuse do muito obrigado, com licença, desculpe e, por favor, porque

você só tem a ganhar com isso, mas pelo amor de Deus, diga ‘por favor’ e não

‘faz favor’, ‘com licença’ e não ‘dá licença’. As mulheres dizem obrigada e os

homens, obrigado. Não é por acaso que as mães ensinam a seus filhos esta

palavra. Crianças que sabem usar estas palavras se transformam em sucesso

instantâneo assim que abrem a boca.

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Para Ribeiro (1993) cumprimentos e apresentações são fatores presente

na comunicação, pois as pessoas, ao serem apresentadas pelo nome,

encontram maior facilidade para se comunicarem. Ribeiro cita que para uma

comunicação feita por carta, esta deve ser escrita à mão, mas quando

digitadas a assinatura deverá ser de próprio punho. O papel adequado é o

branco ou em tons pastéis. A tinta deve ser azul ou preta. Para o caso de e-

mail vale a informalidade, mas jamais a deselegância. Evite extrapolar ao fazer

piadas e gracinhas na internet. A digitação deve ser clara, objetiva sem erros.

Evite gírias e abreviaturas ou textos rebuscados com todos os recursos do

computador. O e-mail deve ser assinado e terminar com uma saudação.

Ribeiro (1993) finaliza apresentando os fatores cartão de visitas e

telefone. Para o uso dos cartões de visitas ele lembra, não saia de casa sem

seus cartões, mas seja seletivo ao passá-lo adiante. Afinal, eles contêm

informações sobre você. Entregue sempre com a parte impressa voltada para

cima. Durante uma reunião, controle a ansiedade para entregar seu cartão ao

executivo principal, cabe a ele tomar a iniciativa. Cartão com foto? Somente

para quem trabalha numa empresa de filmes fotográficos. Jamais troque

cartões durante o almoço ou o jantar, mesmo de negócios. Se for inevitável,

seja discreto e, de preferência, entregue o cartão depois que a sobremesa for

servida.

Para a utilização do telefone, Ribeiro (1993) lembra que é muito

importante dar toda atenção à pessoa que ligou, não folheie papéis ou faça

ruídos que denotem distração de sua parte; não masque chiclete ou beba

enquanto estiver ao telefone; se a linha cair, a responsabilidade de ligar é da

pessoa que ligou; evite ligar muito cedo ou muito tarde, e muito menos na hora

das refeições; ao ligar, seja rápido e objetivo, pois não sabemos se a pessoa

está ou não ocupada e por fim, o toque do celular é indiscreto e inconveniente,

devendo ser usado para comunicação muito breve e urgente. Ao ouvir o toque

do celular, peça licença e procure um lugar mais tranqüilo para atender. De

modo geral, o celular deve estar desligado sempre que você estiver utilizando o

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serviço de outro profissional, o que implicaria em atrasos no atendimento a

outros clientes.

Pode usar o celular: em salas de espera e filas de banco; em casa de

amigos, sempre pedindo licença e em barzinhos.

3.4 Etiqueta

Segundo Tuckerman (2000) o almoço de negócios funciona como um

teste que lança luz sobre as habilidades sociais. Ao convidar um cliente para

almoçar, ofereça a ele algumas opções de restaurante e uma ou duas datas.

Na manhã do dia D, deve-se ligar confirmando o encontro. Quem convida

chega antes. Quanto à postura, o ideal é sentar-se ereto, sem colar as costas

no encosto da cadeira e evitar esticar ou cruzar as pernas para não incomodar

o vizinho da frente. Quanto às mãos, mantê-las sobre a mesa, apoiando os

punhos. Nunca descanse o braço sobre o colo ou joelhos. O guardanapo deve

permanecer sobre o colo o tempo todo.

Ao terminar a refeição, pede-se a nota, e não a conta. Reclamações

sobre o valor? Nem pensar. Se achar que há algum engano, trate do assunto

depois que o convidado tiver se retirado. Quem convida paga, a não ser que

seja previamente estipulada outra forma.

3.5 Vestuário

Segundo Tuckerman (2000) existe uma grande informação na pessoa

bem vestida. É claro que a roupa serve principalmente para nos cobrimos com

ela. Mas basta fazer uma auto-análise honesta, mesmo breve, para

verificarmos que, no nosso vestuário, o que serve realmente para cobrir (para

proteger do calor ou do frio e para ocultar a nudez que a opinião pública

considera vergonhosa) não supera os cinqüenta por cento do conjunto. Os

restantes cinqüenta por cento vão da gravata à bainha das calças, passando

pelas lapelas do casaco e chegando até a sola dos sapatos e isto se nos

detivermos ao nível puramente da quantidade, sem estender a investigação

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aos porquês de uma cor, de um tecido, de uma felpa ou de umas riscas em vez

de um tecido ou de uma cor uniforme.

Tuckerman (2000) diz que antes de falar no tipo de roupa recomendável

para uma apresentação é importante alertar sobre um aspecto aparentemente

óbvio e banal, mas que é negligenciado com freqüência, os sapatos. É

inadmissível que alguém vá para frente de um grupo usando sapatos sujos ou

esfolados. Ao se decidir pela roupa que irá usar, leve em conta os seguintes

fatores:

A atividade profissional – Observe como os profissionais que exercem

atividade semelhante à sua costumam se vestir. É de se esperar, por exemplo,

que o diretor de uma instituição financeira ou um advogado, se for homem, se

apresente de terno e gravata, e se for mulher também se vista de maneira mais

formal. Se, entretanto, num outro extremo, for um esportista, seria normal se

aparecesse diante da platéia com roupas informais.

A época – Não seria adequado aparecer diante da platéia vestido como

se ainda estivesse na década de 40 ou 50, com roupas ultrapassadas. Por

outro lado, seria também muito inconveniente assistir pela televisão a um

desfile de modas realizado em Milão e no dia seguinte envergar um dos trajes

mais ousados, aparecendo como se fosse um marciano descendo de uma

nave.

A formalidade - O ideal é usar um traje adequado à circunstância da

apresentação, mas se tiver dúvida quanto à formalidade do evento vá vestido

formalmente. Se, ao chegar, perceber que todos estão bem à vontade e que

deveria estar com roupas mais informais, se for homem, bastará tirar o paletó e

a gravata e dar uma arregaçada nas mangas da camisa que já estará

enturmado; se for mulher, embora seja um pouco mais difícil fazer a mudança,

sempre poderá retirar alguns acessórios e mostrar um ar mais descontraído.

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O hábito – Se estiver acostumado a comprar roupas novas com

freqüência nada como um zero quilômetro para fazer aquela apresentação

importante. Se, todavia, comprar roupas novas passa longe das suas

prioridades não convém mudar o hábito nesse momento, pois poderá ser mais

um detalhe de desconforto para sua apresentação. Prefira ir com aquela boa

que já faz parte do seu guarda-roupa, com a qual tem certeza de que se sentirá

bem.

O estilo – Independentemente de qualquer outro fator conta muito o seu

estilo, o tipo de roupa com o qual se sente à vontade. Se puder, com pequenas

adaptações a sua atividade profissional, à época em que vive e ao hábito de se

vestir, usar roupas com as quais se sinta bem, faça prevalecer seu estilo.

Assim, terá muito mais segurança e com certeza projetará uma personalidade

mais marcante. Vemos com freqüência, por exemplo, treinadores de futebol à

beira do campo vestindo terno e gravata com a maior desenvoltura, mesmo

debaixo de um calor que ultrapassa às vezes os 30 graus. Sentem-se bem

assim e fazem valer seu estilo. Cada carreira, um estilo. Investir em um guarda-

roupa profissionalmente confiável pode ser um ótimo cartão de visita.

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Conclusão

O trabalho apresentou uma grande interação com o universo que

envolve a construção de uma carreira bem sucedida por meio da utilização do

marketing pessoal. Foi possível verificar que o caminho profissional é um bem

individual a ser administrado com vigor e competência, pois no mercado

competitivo de hoje, é enorme a importância de um diferencial na atuação dos

profissionais.

Ficou claro com as pesquisas, que o profissional deve construir uma

marca pessoal no universo onde atua, sendo essa sua principal ferramenta

para se posicionar diante dos desafios. Assim, a elaboração de ações

estratégicas e a sua prática através de atitudes e comportamentos, conduzirão

a trajetória pessoal e profissional para o sucesso, por meio de qualidades e

habilidades inatas ou adquiridas do indivíduo que, aperfeiçoadas, promoverão

comportamentos favoráveis que levarão a conquista do destaque profissional e,

conseqüentemente, o poder.

Com os estudos foi possível identificar que a prioridade básica do

homem é o desenvolvimento pessoal. Lutar pelo crescimento traz satisfação e

respeito próprio. Sem conteúdo e habilidade não se faz um bom trabalho e não

se atinge o crescimento pessoal.

Gerenciar-se e administrar a própria vida pode parecer uma questão obvia para

todas as pessoas e as respostas podem parecer evidentes. Porém, administrar

de forma racional a própria carreira é uma revolução no comportamento

humano.

Por tudo isso, foi possível perceber que o Marketing Pessoal é uma das

coisas mais importantes na vida de um profissional, pois, disposto a planejar

sua carreira, ele terá a possibilidade de reconhecer suas potencialidades e

limitações. Isso deve ser feito constantemente. Produtos são planejados,

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testados, fabricados, comercializados e muitas vezes são retirados do mercado

para correções, aperfeiçoamentos ou lançamentos de novas versões mais

sofisticadas. Assim deve ser com todo profissional.

Alcançar o sucesso profissional ou pessoal pode parecer complicado,

difícil e muitas das vezes até impossível. Nesse contexto, o marketing pessoal

surge como uma metodologia, um guia que tem por objetivo auxiliar você a

elevar o seu aprimoramento pessoal, e a perceber o que pode ser um

diferencial competitivo. É também uma ferramenta que fornece métodos e

técnicas de reconhecimento e aprimoramento de suas qualidades e habilidades

natas, para a realização de seus objetivos tanto pessoais como profissionais.

O Marketing Pessoal é considerado uma ferramenta estratégica

essencial para o profissional moderno que precisa e quer otimizar seu talento,

sua competência e habilidade pessoal. Empregar as estratégias do Marketing

Pessoal pode diminuir o tamanho do caminho que é necessário percorrer para

se chegar ao topo de suas habilidades. E esse é um caminho que pode ser

percorrido por todos, porém, exige estudo, paciência, disciplina, perseverança

e determinação. Exigências essas que tem o objetivo de direcionar suas

atitudes e comportamentos de forma a otimizar suas habilidades, natas e as

necessárias a serem desenvolvidas, para nortear seu comportamento e

conseguir alcançar o seu sucesso.

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Referências

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SEBRAE. Treinamento de Marketing Pessoal. Consultor: Jonas Roberto Berger, Maravilha/SC, 1999. TUCKERMAN, Nanci & DUNNAN, Nancy. O livro completo de etiqueta de Amy Vanderbilt. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 942 p. VOCESA. Rio de Janeiro: Ed. Abril. Matérias diversas. Disponível em: <http://www.vocesa.abril.com.br>