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acometidos por podridoes, sugere-se que 0 6rgao coletado apresente os sintomas iniciais de podridao. Acondicionamento e envio das amostras para analise Para 0 acondicionamento das amostras de plantas doentes, recomenda-se 0 usa de sacos de papele/ou embalagens de papelao, pois evitam a retenc;ao de umidade. Quando se utilizam embalagens plasticas, devem-se fazer pequenas perfurac;oes na mesma para reduzir a umidade em seuinterior e assim evitar 0 desenvolvimento de microrganismos sapr6fitas que podem mascarar os resultados da diagnose. Quando 0 envio imediato das amostras para analise nao e posslvel, 0 ideal e que a sua manutenc;ao seja feita na geladeira (nunca no congelador). 0 transporte das amostras de plantas doentes em caixas de isopor, sobretudo em regioes de temperaturas elevadas, diminui os riscos de deteriorac;ao da amostra. E imprescindlvel enviar, junto com a amostra, informac;oes a respeito da variedade cultivada, distribuic;ao da doenc;a no campo e descric;ao dos sintomas, sistemas de cultivo e irrigac;ao adotados,tipo de solo, adubac;oes qUlmica e organica efetuadas, bem como a utilizac;ao de agrot6xicos (fungicidas, inseticidas e herbicidas ). A diagnose correta das doenc;as de plantas pode auxiliar produtores e profissionais da area agricola a evitar 0 erro e a conseqOente recomendac;ao inadequada de medidas de controle, principalmente no usa de agrot6xicos. Equips Tecnlca Mariss6nia de Araujo Noronha Pesquisadora da Embrapa Meio-Norte [email protected]brapa.br DIAGNOSE DE DOENCAS DE PLANTAS: COLETA, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE Candido Athayde Sobrinho Pesquisador da Embrapa Meio-Norte candido@cpamn.embrapa.br Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria Centro de Pesquisa Agropecuaria do Meio-Norte Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento Av.Duque de Caxias, 5650, Bairro Buenos Aires Caixa Postal, 01 - 64006-220 - Teresina, PI Fane: (86) 3089-9100 - Fax. (86) 3089-9130 wwwcpamn.embrapa.br sac@cpamn.embrapa.br Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento E~ Tiragem: 300 exemplares Teresina, PI - outubro de 2008

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Page 1: Mariss6nia de Araujo Noronha marissonia@cpamn.embrapa.br ... · apresentando sintomas e sinais (micelio e escler6cios do fungo Sclerotium ralfsii) da Principais problemas na diagnose

acometidos por podridoes, sugere-se que 06rgao coletado apresente os sintomas iniciaisde podridao.

Acondicionamento e envio dasamostras para analise

Para 0 acondicionamento das amostras deplantas doentes, recomenda-se 0 usa de sacosde papel e/ou embalagens de papelao, poisevitam a retenc;ao de umidade. Quando seutilizam embalagens plasticas, devem-se fazerpequenas perfurac;oes na mesma para reduzir aumidade em seu interior e assim evitar 0desenvolvimento de microrganismos sapr6fitasque podem mascarar os resultados dadiagnose.

Quando 0 envio imediato das amostras paraanalise nao e posslvel, 0 ideal e que a suamanutenc;ao seja feita na geladeira (nunca nocongelador). 0 transporte das amostras deplantas doentes em caixas de isopor, sobretudoem regioes de temperaturas elevadas, diminuios riscos de deteriorac;ao da amostra.

E imprescindlvel enviar, junto com a amostra,informac;oes a respeito da variedade cultivada,distribuic;ao da doenc;a no campo e descric;aodos sintomas, sistemas de cultivo e irrigac;aoadotados, tipo de solo, adubac;oes qUlmica eorganica efetuadas, bem como a utilizac;ao deagrot6xicos (fungicidas, inseticidas eherbicidas ).

A diagnose correta das doenc;as de plantaspode auxiliar produtores e profissionais da areaagricola a evitar 0 erro e a conseqOenterecomendac;ao inadequada de medidas decontrole, principalmente no usa de agrot6xicos.

Equips TecnlcaMariss6nia de Araujo NoronhaPesquisadora da Embrapa [email protected] DIAGNOSE DE DOENCAS

DE PLANTAS: COLETA,ARMAZENAMENTO

E TRANSPORTE

Candido Athayde SobrinhoPesquisador da Embrapa [email protected]

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuariaCentro de Pesquisa Agropecuaria do Meio-NorteMinisterio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento

Av. Duque de Caxias, 5650, Bairro Buenos AiresCaixa Postal, 01 - 64006-220 - Teresina, PIFane: (86) 3089-9100 - Fax. (86) 3089-9130

wwwcpamn.embrapa.br

[email protected]

Ministerio daAgricultura, Pecuaria

e AbastecimentoE~

Tiragem: 300 exemplaresTeresina, PI - outubro de 2008

Page 2: Mariss6nia de Araujo Noronha marissonia@cpamn.embrapa.br ... · apresentando sintomas e sinais (micelio e escler6cios do fungo Sclerotium ralfsii) da Principais problemas na diagnose

Importancia da diagnose dedoen~as de plantas

As plantas cultivadas muitas vezes tem a suaproduyao comprometida pela ocorrencia dedoenyas, que pod em ser de origem bi6tica ouabi6tica. Entende-se por doenyas de naturezabi6tica aquelas que sac causadas por fungos,bacterias, virus, nemat6ides e fitoplasmas,entre outros organismos, enquanto as doenyasde origem abi6tica sac uma resposta da plantaa fatores ambientais, como estresse hidrico ouexcesso de umidade, pouca luminosidade,chuvas de granizo ou mau manejo do solo(excesso ou deficiencia de nutrientes), alem dareayao aos agrot6xicos (fitotoxidez).

Entretanto, em razao de algumas doenyasapresentarem sintomas muito parecidos, aidentificayao do agente causal, seja de naturezabi6tica seja abi6tica, nem sempre e facil,podendo-se incorrer em erros de diagn6stico e,consequentemente, de adoyao de medidas decontrole.

o diagn6stico de uma doenya de planta podeser realizado na pr6pria area de cultivo por meioda observayao dos sintomas ou sinais(estruturas do fungo, gal has em raizes) dadoenya na planta afetada (Fig. 1), ou nolaborat6rio, onde as amostras previamentecoletadas sac submetidas as eta pas deidentificayao do agente causal. A amostra podeser constituida da planta inteira, partes daplanta doente (frutos, sementes, hastes, folhas)ou do solo coletado na area de cultivo.

Fig. 1. Planta de feijoeiroapresentando sintomas esinais (micelio eescler6cios do fungoSclerotium ralfsii) da

Principais problemas nadiagnose de doen~as de plantas

Com certa frequencia, as amostras de plantasdoentes que chegam para identificayao doagente causal apresentam-se inadequadas paraque se efetuem os procedimentos de diagnoseou as informayoes necessarias nao sacfornecidas, 0 que muitas vezes inviabiliza oudificulta 0 diagn6stico da doenya. A precisao e arapidez com que e realizada a diagnosedependem da qualidade da amostra que eenviada para analise, bem como dasinformayoes referentes a essa amostra. Anecessidade de um reenvio da amostra resultaem mais tempo para diagnosticar a doenya,retardando, assim, a adoyao de medidas decontrole.

Entre os principais problemas que dificultam adiagnose de doenyas de plantas, ressaltam-se:

• Material vegetal completamente seco ou emestado de decomposiyao.• Embalagens impr6prias para 0acondicionamento das amostras.• Armazenamento inadequado das amostraspara envio.• Atraso no envio das amostras para analise.

• Pouca ou nenhuma informayao acerca domanejo da cultura.

Procedimentos para coleta dasamostras em razao do 6rgao daplanta doente

A coleta das amostras depende do tipo desintoma que a planta apresenta no campo,devendo ser representativa da doenya nocampo para facilitar a diagnose. Portanto, paraplantas com sintomas de amarelecimento,subdesenvolvimento, murcha, podridoes deraizes e do colo, e necessario que sejaarrancada a planta inteira, evitando-se 0rompimento das raizes. No caso de arvores,deve-se coletar a regiao que vai da raiz ao colada planta.

Em areas onde as plantas demonstramsintomas de reduyao do cresci mento, clorose,formayao de galhas ou a presenya de cistos nasraizes, faz-se necessaria uma coleta maiscriteriosa das raizes e solo (umido), sempreevitando-se submeter as amostras (solo e raiz)a temperaturas elevadas e a perda de umidade.

Quando a planta apresenta ramos e/ou troncosnecrosados (cancros), recomenda-se coletaruma parte dos ramos ou troncos com sintomasde infecyoes recentes, pois lesoes mais vel hasou partes apodrecidas dificultam a diagnose.

Para plantas com sintomas na parte aerea,normalmente manchas foliares, crestamentos,mosaicos e c1oroses, devem-se coletar folhascom sintomas em diferentes intensidades.Na coleta de amostras de 6rgaos dearmazenamento como frutos, tuberculos,tuberas e raizes, que frequentemente sac