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AVALIAÇÃO DA POLITICIDADE DO CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: POR DINÂMICAS EMANCIPATÓRIAS PARA A ENFERMAGEM Maria Raquel GM Pires - UnB

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AVALIAÇÃO DA POLITICIDADE DO CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: POR DINÂMICAS EMANCIPATÓRIAS PARA A ENFERMAGEM. Maria Raquel GM Pires - UnB. Gestão da ajuda-poder na construção da autonomia de sujeitos, expresso pelo conhecer para cuidar melhor, cuidar para confrontar, cuidar para emancipar ; - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Maria Raquel GM Pires - UnB

AVALIAÇÃO DA POLITICIDADE DO CUIDADO

NA ATENÇÃO BÁSICA: POR DINÂMICAS

EMANCIPATÓRIAS PARA A ENFERMAGEM

Maria Raquel GM Pires - UnB

Page 2: Maria Raquel GM Pires - UnB

-Gestão da ajuda-poder na construção da

autonomia de sujeitos, expresso pelo conhecer

para cuidar melhor, cuidar para confrontar,

cuidar para emancipar;

- Interação e desconstrução presente nas

relações consigo que se estabelecem com o

outro - em sentido político, subjetivo e

reconstrutivo - capaz de dinâmicas libertárias;

- Epistemologia crítica do cuidado: foco na

humanidade que é sapiens e demens, razão e

loucura, comunhão e destruição, poder e

contra-poder, corpo, alma e desejo. Biopolítica

de produção emancipatória de sujeitos

centrada em concepções filosóficas,

ontológicas, ecológicas e políticas – para além

da ciência moderna.

(Pires, 2005)

Page 3: Maria Raquel GM Pires - UnB

-Ciência (functivos), a filosofia (conceptos) e a

arte (afectos e perceptos) mergulham no ‘caos’

para regressarem com ‘variáveis’

(ciência) ,‘variações’ (filosofia) e ‘variedades’

(arte) para entender o real.

- Conhecimento: imagem de um rizoma não-

linear, em oposição a ‘arvore’ da ciência

moderna; criação, invenção e intensidade em

que o desejo ocupa lugar fundamental;

- Arte: produz sensações e acessos à ‘máquina

desejante’ num ‘corpo sem órgãos’; propicia

‘linhas de fugas’, ‘diferenciação’,

‘desterritorialização’, liberdades e recriação de

sujeitos.....POLITICIDADES !!!!

Page 4: Maria Raquel GM Pires - UnB

A politicidade do cuidado no trabalho do

enfermeiro e da Equipe Saúde da Família

(ESF) – expresso nas concepções, nos

objetos e nas discussões de produções

científicas qualificadas recentes - tende

mais para o domínio autoritário ou para a

transcendência de sujeitos ? Há indícios de dinâmicas

emancipatórias centradas na

relação da autonomia e poder nas

práticas realizadas ?

Page 5: Maria Raquel GM Pires - UnB

Refletir sobre a politicidade do cuidado como

gestão da ajuda-poder para as mudanças no

trabalho em saúde e na enfermagem;

Mapear as produções científicas qualificadas

recentes sobre o trabalho da equipe e do

enfermeiro na Estratégia Saúde da Família;

Avaliar as convergências e as dissonâncias à

politicidade do cuidado nas produções científicas

selecionadas;

Exemplificar uma possibilidade de tecnologia

educativa para a emergência de sujeitos

sensíveis no trabalho em saúde e na

enfermagem.

Page 6: Maria Raquel GM Pires - UnB

-Revisão sistemática de literatura sobre

cuidado e trabalho da equipe de

saúde/enfermeiro na ESF, em periódicos

qualificados do scielo, de 2006 (Portaria e

Pacto da ABS) a 2012;

- Descritores: PSF e enfermagem; PSF e

trabalho; Saúde da Família; Cuidado em

saúde; Cuidado.

- Critérios: Inclusão: artigos completos on line,

base Quali-Capes. Exclusão: produções

repetidas, análises da política ou do modelo de

atenção em perspectiva macroestratégicas, de

formulação ou de gestão, sem adentrar na

micropolítica do trabalho em saúde.

Page 7: Maria Raquel GM Pires - UnB

-Extração de categorias temáticas por análise

de conteúdo do material flutuante presente

nos resumos;

- Avaliação das concepções, dos objetos, do

CIPESC predominante, da metodologia, das

convergências, tangencias e dissonâncias à

politicidade do cuidado, segundo referencial

teórico-metodológico próprio, nas produções

sobre o trabalho da enfermagem e as

concepções de cuidado na ABS.

- Indicadores da politicidade do cuidado:

identificam forças limitantes e propulsoras de

mudanças na política de saúde; abordam as

relações de poderes; explicitam ambigüidades

da ajuda-poder centrada na autonomia

(Pires e Göttems, 2009)

Page 8: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 1- Total de produções científicas revisadas segundo descritores e critérios de inclusão, base de dados Scielo,

2006 a 2012, Brasil

Page 9: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 2- Participação de enfermeiros ou de programas de pós-graduação em enfermagem nas autorias dos artigos sobre trabalho e cuidado na ESF, base Scielo,

2006 a 2012, Brasil

Page 10: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 3- Análise das produções sobre o trabalho do enfermeiro na ABS quanto ao tema de estudo e CIPESC, em artigos selecionados

do Scielo, 2006 a 2012, Brasil.

Page 11: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 4-Análise das produções sobre o trabalho do enfermeiro na ABS quanto ao método, as convergências e as dissonâncias à

politicidade do cuidado, em artigos selecionados do Scielo, 2006 a 2012, Brasil.

Page 12: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 5-Análise das concepções e das propostas de cuidado na ABS quanto ao tema de estudo e ao método, base Scielo, 2006 a

2012, Brasil.

Page 13: Maria Raquel GM Pires - UnB

Tabela 5-Análise das concepções e das propostas de cuidado na atenção básica quanto ao diálogo de áreas de conhecimento e à

politicidade do cuidado, base Scielo, 2006 a 2012, Brasil.

Page 14: Maria Raquel GM Pires - UnB

-A expressiva produção da enfermagem sobre o trabalho e o

cuidado na atenção básica sinaliza a forte presença da

categoria na política de saúde e seu lugar estratégico para

possíveis mudanças - restando fortalecer a politicidade do seu

agir e as reflexão sobre a praxis;

-Nas produções qualificadas sobre o trabalho da enfermagem,

há de se ampliar os enfoques das dimensões do CIPESC, as

relação entre a autonomia e o poder da prática social, o rigor

e a diversidade metodológica, as avaliações e as

convergências com a politicidade;

- Convergiram com a politicidade do cuidado as produções

que aprofundaram os enfoques teóricos, a crítica à ciência

moderna, as reflexões sobre as contradições da realidade e o

diálogo com outras áreas de conhecimento, em especial a

filosofia.

Page 15: Maria Raquel GM Pires - UnB

A politicidade do cuidado no trabalho do

enfermeiro e da Equipe Saúde da Família (ESF)

– expresso nas concepções, nos objetos e nas

discussões das produções científicas

qualificadas recentes investigadas – caracteriza-

se pela presença das práticas diretivas,

verticais, calcada na racionalidade instrumental

e no modelo biomédico. Ocorrem, porém,

resistências a essa tendência geral, expressas

por concepções de cuidado imersas em relações

de poderes, ambivalências e tensões da

realidade social.

Page 16: Maria Raquel GM Pires - UnB

Apresento-lhes um tecnologia educativa que, em seu

diálogo com a arte, pode promover ‘linhas de

fuga’,‘diferenciações’, ‘rupturas’ e politicidades para

a emergência de sujeitos sensíveis no trabalho em

saúde e na enfermagem.

Da série ‘Didáticos-para-Recriar-se’, o vídeo:

A bêbada, o equilibrista e a dança do cuidado

Obrigada !

Page 17: Maria Raquel GM Pires - UnB

DELEUZE, G. GUATTARI, F O que é a filosofia. Rio de Janeiro:Ed 34, 1992

DELEUZE, G. GUATTARI, F. O Anti-édipo. São Paulo:Ed 34, 2012

PIRES, M.R.G.M. Politicidade do Cuidado como referência emancipatória para a enfermagem: conhecer para cuidar melhor, cuidar para confrontar, cuidar para emancipar. Rev. Lat. Am Enferm, 13(5):729-36, set./out., 2005.

PIRES, M.R.G.M. Politicidade do Cuidado e Avaliação em Saúde: instrumentalizando o resgate da autonomia de sujeitos no âmbito de programas e políticas de saúde. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., 5 (supl 1): S71-S81, 2005.

PIRES, M.R.G.M. Politicidade do cuidado e processo de trabalho em saúde: conhecer para cuidar melhor, cuidar para confrontar, cuidar para emancipar. Ciênc. Saúde Coletiva, 10, n4:1025-35, 2005.

Pires MRGM, Göttems LBD. Análise da gestão do cuidado no Programa Saúde da Família: referencial teórico-metodológico. Revista Brasileira de Enfermagem. 2009; 62(2): 294-99