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  • 1

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO

    CENTRO DE CINCIAS HUMANAS

    DEPARTAMENTO DE GEOCINCIAS

    CURSO DE GEOGRAFIA

    Maria de Jesus Ferreira

    IMPACTOS AMBIENTAIS RECENTES NA REA DA BACIA

    DO RIO SANTO ANTNIO, PAO DO LUMIAR- MA.

    So Lus

    2003

  • 2

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO

    CENTRO DE CINCIAS HUMANAS

    DEPARTAMENTO DE GEOCINCIAS

    CURSO DE GEOGRAFIA

    Maria de Jesus Ferreira

    IMPACTOS AMBIENTAIS RECENTES NA REA DA BACIA DO RIO SANTO

    ANTNIO, PAO DO LUMIAR -MA

    Monografia apresentada ao curso

    de Geografia da Universidade

    Federal do Maranho, como

    requisito parcial para obteno do

    grau de Licenciatura em Geografia.

    Orientador: Prof. Dr. Antonio Cordeiro Feitosa

    So Lus

    2003

  • 3

    FERREIRA, Maria de Jesus.

    Impactos ambientais recentes na rea da Bacia do rio Santo Antnio, Pao do

    Lumiar MA / Maria de Jesus Ferreira.- So Lus, 2003.

    43 f.

    Monografia (Licenciatura em Geografia) Curso de Geografia, Universidade

    Federal do Maranho, 2003.

    Bacia Rio Santo Antnio - Pao do Lumiar (MA) Impactos ambientais I.

    Ttulo.

    CDU:556.51:504.03 (812.1)

  • 4

    Maria de Jesus Ferreira

    IMPACTOS AMBIENTAIS RECENTES NA REA DA BACIA DO RIO SANTO

    ANTNIO, PAO DO LUMIAR- MA.

    So Lus, ____/___/______.

    BANCA EXAMINADORA

    ____________________________________ Prof. Dr. Antnio Cordeiro Feitosa

    (Orientador)

    __________________________________________ Prof. Esp. Zulimar Mrita Ribeiro Rodrigues

    (Examinadora)

    ______________________________________________ Prof. Ms. Ronaldo Rodrigues Arajo

    (Examinador)

  • 5

    A Deus e a minha famlia.

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a todos aqueles que contriburam de forma direta ou

    indireta para elaborao deste trabalho. De modo especial, agradecemos:

    A Deus, pela sua infinita bondade de permitir- me alcanar mais uma vitria em

    minha vida.

    A toda minha famlia, em especial a minha me Maria Domingas, aos meus

    irmos Francisco das Chagas e Neilde Ferreira por estarem sempre do meu

    lado me incentivando.

    A meu esposo Alan, pelo apoio durante a realizao deste trabalho.

    Ao professor Dr. Antonio Cordeiro Feitosa pela sua disponibilidade e

    orientao segura deste trabalho.

    A todos os professores do curso, especialmente Jos Carlos e Juarez Diniz

    pela contribuio e incentivo.

    Ao Fernando pela sua disponibilidade e dedicao durante a execuo desta

    monografia.

    A professora Mrita, pela sua amizade e incentivo ao longo do curso.

    A todos os amigos do curso, em especial Rosiane, Hlia, Joelma, Ada, Eveline,

    Sabrina, Eduardo, William, Jos Maria, Allisonclayton, Jasmina, Jane, Illeana,

    Jodelma e Marcos.

    A Wanderson pela sua amizade e seu auxlio durante s pesquisas de campo.

    A Nana pela sua compreenso e auxlio durante as pesquisas bibliogrficas.

    Aos integrantes do Ncleo de Estudos e Pesquisas Ambientais NEPA, pela

    amizade e companheirismo.

    A Maria Cristina , Ademar e Ndia pelo incentivo.

    A professora Celia do Ensino Mdio pelo apoio dado.

    Aos meus tios que tenho profunda admirao, Gracinha e Mundico pelo apoio

    e incentivo dado para que eu conquistasse essa vitria.

  • 7

    Nada mais livre do que a

    natureza e, todavia,

    regida por leis invariveis.

    Coelho Neto

  • 8

    RESUMO

    Abordam-se os problemas ambientais recentes na rea da bacia do rio Santo

    Antonio no municpio de Pao do Lumiar, enfatizando seus principais impactos,

    decorrentes das atividades humanas que transformam as caractersticas

    naturais desse rio atravs da ocupao, desmatamento, eroso, assoreamento,

    deposio de lixo e lanamento de esgoto in natura. Propem-se medidas de

    proteo e de utilizao racional dos recursos naturais da rea.

    Palavras-chaves: problemas ambientais, bacia, rio Santo Antnio

  • 9

    ABSTRACT

    The recent environmental problems are approached in the area of the basin of

    the river Santo Antonio in the municipal district of Pao of Lumiar, emphasizing

    your principal impacts, current of the human activities that transform the natural

    characteristics of that river through the occupation, deforestation, erosion,

    assoreamento, deposition of the garbage and release of sewer in natura. They

    intend protection measures and of rational use of the natural resources of the

    area.

    Key-words: environmental problems, basin, Santo Antonio river.

  • 10

    SUMRIO

    LISTA DE ILUSTRAES 11

    1 INTRODUO 12

    2 METODOLOGIA 14

    3 - CARACTERIZAO AMBIENTAL DA REA 15

    3.1 Localizao e situao 15

    3.2 - Geologia e Geomorfologia 17

    3.3 Clima 17

    3.4 Vegetao 18

    3.5 Hidrografia 20

    3.6 - Populao 20

    3.7 Histrico da ocupao 21

    3.8 Atividades econmicas e culturais 22

    4 - PARMETROS MORFOMTRICOS 23

    4.1 - Hierarquia fluvial 23

    4.2 - Padro de drenagem 24

    4.3 - Anlise areal da bacia 25

    4.4 - Descarga lquida 27

    4.5 - rea e forma da seco transversal 28

    5 - IMPACTOS AMBIENTAIS RECENTES DA BACIA DO RIO SANTO

    ANTNIO 29

    5.1 Ocupao 29

    5.2 Desmatamento 31

    5.3 Eroso e assoreamento 32

    5.4 Lixo 34

    5.5 Lanamento de esgoto 36

    5.6 - Qualidade e aproveitamento da gua 36

    6 CONCLUSO E RECOMENDAES 39

    REFERNCIAS 41

  • 11

    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURAS

    Figura 01 Localizao da rea de estudo 16

    Figura 02 Aspecto de vegetao mista e capoeira 19

    Figura 03 Vegetao de mangue 19

    Figura 04 Plantao de verduras e legumes 23

    Figura 05 Padro de drenagem e comprimento da bacia do rio Santo Antnio

    26

    Figura 06 Sees transversais do rio Santo Antnio 28

    Figura 07 Mapa de uso e ocupao do solo 30

    Figura 08 Ocupao de bares prximo as margens do rio 31

    Figura 09 Desmatamento prximo as margens do rio 32

    Figura 10 Extrao de barro 33

    Figura 11 Extrao de barro 33

    Figura 12 Eroso elica nas margens do rio 34

    Figura 13 Lixo a cu aberto 35

    Figura 14 Acmulo de lixo nas margens do rio 35

    Figura 15 Colorao escura da gua devido ao lanamento de esgoto 36

    TABELA

    Tabela 01 Anlise Fsico-qumica de guas baixo curso do rio Santo Antnio

    38

  • 12

    1 - INTRODUO

    A forma de apropriao e ocupao do solo pelo homem contribui para

    a intensificao dos problemas ambientais, e, conseqentemente, o desequilbrio

    ecolgico. Os problemas ambientais constituem uma questo bastante polmica,

    gerando conflitos entre interesses de empresas nacionais e estrangeiras,

    organizaes no-governamentais, rgos pblicos, pessoas e comunidades na

    definio e aplicao de uma poltica ambiental efetiva.

    Com o desenvolvimento econmico, social e tecnolgico, o homem no

    vem respeitando os limites dos recursos naturais, causando alteraes nos

    ecossistemas, como a reduo da produtividade e sua diversidade de espcies.

    Em nvel mundial, as alteraes ambientais e as conseqentes modificaes das

    paisagens esto provocando uma ruptura no funcionamento do ambiente natural.

    As questes ambientais vm sendo debatidas desde meados do sculo

    XX, tendo sua expresso mxima referenciada nas conferncias mundiais sobre

    Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, 1972 e Meio Ambiente e

    Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992, com o intuito de atribuir a todos

    os pases as responsabilidades pela preservao dos seus recursos, para que se

    tenha um desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente equilibrado. O

    crescimento da tecnologia e o desenvolvimento econmico alteram os sistemas

    naturais, ocasionando grande desequilbrio ecolgico como: a diminuio das

    reas de florestas, a eroso dos solos, a reduo sensvel das terras agrcolas

    arveis e a poluio dos recursos hdricos.

    Segundo Cunha (1996:340), a paisagem terrestre modelada pelas

    atividades humanas e o grau de alterao de um espao, em relao a outro,

    avaliado pelos seus diferentes modos de produo e estgio de desenvolvimento.

    Na composio da paisagem terrestre, os recursos hdricos so de

    grande importncia para os seres vivos, pois sem eles praticamente impossvel

    existir vida na Terra. De acordo com Coelho Neto (1996:93), a gua constitui um

    dos elementos fsicos mais importantes na composio da paisagem terrestre,

    interligando fenmenos da atmosfera inferior e da litosfera e interferindo na vida

    vegetal, animal e humana, a partir da interao com os demais elementos de seu

    ambiente de drenagem.

  • 13

    A gua integra o grupo de recursos da natureza que podem se renovar.

    Porm, apesar dessa capacidade de renovao, j se observa a escassez deste

    recurso, pois a maior parte dos cursos dgua, vem enfrentando graves problemas

    ambientais causados pela deposio de dejetos de origem humana, tanto

    domsticos como industriais transformando-os em verdadeiros esgotos cu

    aberto.

    As bacias hidrogrficas constituem sistemas ambientais que agregam

    elementos naturais e atividades humanas em relativo equilbrio. Porm, qualquer

    alterao no modo de interveno do homem pode gerar impacto ambiental

    negativo, implicando o comprometimento para o ambiente e para o prprio

    homem.

    No Brasil, a problemtica ambiental passa a receber maior ateno a

    partir de 1930, em funo do processo de expanso da agricultura, da

    urbanizao e da revoluo tecnolgica, que contriburam para modificaes

    sensveis da natureza em troca de um ganho econmico imediato, no sendo

    avaliados o esgotamento dos recursos naturais. Desse modo, observam-se

    crescentes modificaes em todos os ecossistemas, principalmente nas reas

    urbanas, onde os efeitos da degradao ambiental so mais intensos.

    Os recursos hdricos brasileiros compreendem uma das mais extensas

    e ricas redes fluviais do mundo, distribudas desigualmente atravs da grande

    extenso do pas, divididas em bacias hidrogrficas.

    A rede hidrogrfica brasileira utilizada para suprir a necessidade de

    gua para alimentao, comunicao, abastecimento e usos mltiplos. Entretanto,

    em muitos rios, essas atividades so prejudicadas por receberem grande

    quantidade de resduos slidos, alterando a hidrodinmica atravs de processos

    de eroso e de deposio de sedimentos que resultam em impactos ambientais.

    Um exemplo dos impactos apresentado por Tauk (1991:95),

    ressaltando que dos 572 municpios do Estado de So Paulo, somente 33 contam

    com Estao de Tratamento de Esgotos. Os demais lanam grande quantidade

    de esgotos in natura nos rios e em represas.

  • 14

    O rio Tiet, em So Paulo, demonstra bem esse quadro pois um dos

    mais poludos do Brasil, devido os resduos domsticos e industriais que so

    lanados no seu leito e em suas margens.

    No que se refere ao territrio maranhense, a ilha do Maranho dispe

    de uma considervel rede de bacias hidrogrficas. Porm, os principais rios

    destas bacias, destacando-se o Anil, o Bacanga e o Pacincia, se encontram em

    estgio avanado de degradao ambiental.

    Segundo Maranho (1998:08), os rios da ilha esto em acelerado

    processo de degradao ambiental, que compromete o abastecimento de gua da

    capital, como o caso do rio Santo Antnio que inclusive usado para irrigao

    de hortalias e tambm como manancial subterrneo, atravs de uma bateria de

    poos.

    Na rea da bacia do rio Santo Antnio, as atividades antrpicas tm-se

    intensificado ao longo das duas ltimas dcadas, acarretando srias

    conseqncias ambientais, devido construo de obras de engenharia com

    nveis diferenciado de interferncia na organizao do espao. O leito do rio est

    sofrendo vrios problemas ambientais, devido ao lanamento de efluentes

    domsticos provocando assoreamento, contaminao e poluio das guas, e

    comprometendo o uso domstico da gua.

    Mediante a ausncia de estudos relacionados com a problemtica

    ambiental que o rio Santo Antnio vem enfrentando, fez-se necessrio a

    realizao do presente estudo, com objetivo de investigar as situaes que

    contriburam para a degradao ambiental da rea desta bacia e indicar medidas

    de proteo e de utilizao racional dos recursos hdricos.

    2- METOLOGIA

    Para a execuo do presente trabalho, adotou-se os seguintes

    procedimentos metodolgicos:

    - Levantamento e anlise do acervo bibliogrfico pesquisado, incluindo

    livros, artigos, revistas, monografias e relatrios tcnicos, que discorrem

    sobre a problemtica ambiental referente aos recursos hdricos;

  • 15

    - Levantamento do material cartogrfico, como imagem de satlite SPOT,

    de 1991, na escala de 1:100.000 e as folhas n 10, 11, 17, 18, 19, 25, 26,

    27, 32 e 33 da carta preliminar elaborada pela Diretoria do Servio

    Geogrfico do Ministrio do Exrcito DSG / ME, de 1980 na escala de

    1:10.000, com curvas de nvel em intervalo de 5m, que abrangem

    totalmente a rea-objeto do estudo. As diferentes escalas foram

    compatibilizadas para a escala de trabalho, em 1:50.000, com emprego de

    pantgrafo de madeira, 60 cm, marca Trident, sem prejuzos de dados e de

    informaes;

    - Realizao de trabalho de campo nos meses de abril e outubro com registro

    fotogrfico, objetivando identificar os principais problemas ambientais

    decorrentes da degradao fluvial;

    - A determinao dos parmetros morfomtricos, a qual foi baseada nos

    estudos de Christofoletti (1981:103) e Cunha (1996:157), para fins de

    caracterizao dos seguintes parmetros fluviais: hierarquia fluvial,

    descarga lquida, velocidades da superfcie e mdia, rea e forma da seo

    transversal, padro de drenagem, rea da bacia e comprimento do rio

    principal.

    - O uso do planmetro marca Koizumi para medio da rea da bacia.

    As coletas de amostras de gua, para a anlise dos parmetros qumico,

    fsico e bacterolgico realizado pela CAEMA.

    3-CARACTERIZAO AMBIENTAL DA REA

    3.1 - Localizao e situao

    A rea de estudo localiza-se na poro nordeste da Ilha do Maranho,

    compreendendo o municpio de Pao do Lumiar e parte de So Jos de Ribamar

    e de So Lus. delimitada pelas seguintes coordenadas geogrficas: ao norte,

    2o2756 de latitude sul e 44o0513 de longitude oeste; ao sul, 02o3648 de

    latitude sul e 44o1121 de longitude oeste; a leste, 2o3000 de latitude sul e

    44o0207 de longitude oeste; a oeste 2o3443 de latitude sul e 44o1216 de

    longitude oeste (Figura 01).

  • 16

    Figura 01 Localizao da rea de estudo

  • 17

    3.2- Geologia e Geomorfologia

    A geologia da rea estudada corresponde ao topo da bacia sedimentar de

    So Lus, composta principalmente por rochas de idade Terciria da Formao

    Itapecuru, constituda de arenitos e siltitos, e da Srie Barreiras, composta

    essencialmente de arenitos porosos e de um modo geral friveis. Estas estruturas

    so responsveis pela ocorrncia de superfcies tabulares e subtabulares

    modeladas por processos erosivos, nos topos e nas vertentes, e plancies aluviais

    quaternrias ocupadas por mangues depsitos de vasas.

    Conforme pesquisas realizadas por Feitosa (1989:13), os estudos sobre a

    geologia do Maranho, foram direcionados inicialmente para investigao do

    potencial econmico da rea continental e, posteriormente, para o conhecimento

    da plataforma continental e reas ocenicas adjacentes. Desses estudos surgiram

    importantes trabalhos focalizando a estrutura geolgica sedimentar.

    No que se refere a geomorfologia da rea, Feitosa (1989:21) afirma que

    durante a evoluo morfolgica da ilha ocorreram diferentes fases de

    desenvolvimento na medida da intensidade da ao dos agentes morfogenticos.

    As transformaes mais significativas resultaram numa paisagem ponteada de

    formas residuais, que encerram caracteres de antigos ambientes.

    A geomorfologia da bacia do rio Santo Antnio dominada por formas

    tabulares e subtabulares com bordas por vezes abruptas que decaem em direo

    ao curso do rio, em forma de colinas com declividade suave, modeladas por

    processos denudacionais de origem climtica. Na zona costeira, tais processos

    esto representados pelos agentes oceanogrficos: ondas, mars e correntes; e

    climticos: temperatura, pluviosidade, umidade e ventos.

    3.3 - Clima

    As condies climticas da rea, inserem-se num contexto mais amplo,

    incluindo as influncias da massa de ar Equatorial Continental e Equatorial

    Atlntica, correspondendo rea de ocorrncia dos ventos alsios de nordeste.

    Associam-se a estes fatores, alm da localizao prxima ao Equador, a

    exposio frontal ao Oceano Atlntico e a configurao morfolgica da zona

  • 18

    costeira do Maranho, que favorece o deslocamento das massas de ar em

    direo ao sul (FEITOSA,1996:30).

    Segundo a classificao de Kppen (1948), o clima da rea de estudo

    corresponde ao tipo Aw, tropical mido, caracterizado por dois perodos bem

    distintos: um chuvoso, com grandes excedentes pluviomtricos, que se estende

    de janeiro a junho e outro seco, com deficincia hdrica, que compreende o

    perodo de junho a dezembro.

    De acordo com Feitosa (1989:45) a temperatura supera os 26oC,

    atingindo nveis superiores nos meses de outubro e dezembro e inferiores em

    abril e maio. A precipitao mdia anual oscila em torno de 2000 mm anuais,

    tendo cerca de 80% do perodo chuvoso distribudo entre os meses de janeiro e

    junho, maior concentrao em maro e abril e nveis mais baixos nos meses de

    setembro e outubro.

    3.4- Vegetao

    A cobertura vegetal natural reflete as condies ecolgicas do ambiente,

    no levando em considerao a interveno ou a ocupao humana.

    Na rea objeto de estudo, encontram-se trs conjuntos florsticos,

    representados pela floresta secundria mista e capoeira, nas reas emersas

    (tabuleiros) e os mangues na plancie flvio - marinha do rio Santo Antnio.

    A floresta secundria mista e a capoeira (Figura 02) ocorrem nas zonas

    tabulares e de colinas, tendo surgido a partir da destruio da floresta tropical

    subpereniflia, totalmente devastada na rea de estudo, sendo que o maior

    desmatamento est mais concentrado nas nascentes do rio Paran, decorrente

    principalmente da implantao do conjunto residencial homnimo.

    Nessa regio encontram-se algumas espcies de considervel valor

    econmico tais como: Euterpe oleracea (Juara), Copafera langsdorffit (copaba),

    Hymenaea courbaril (jatob), Carapa guianensis (andiroba), Symphonia globulifea

    (anani), Mauritia flexuosa(buriti) entre outras.

  • 19

    O manguezal acompanha a desembocadura do rio Santo Antnio (Figura

    03) e de seus afluentes at o limite da mar salobra, tendo como principais

    espcies a Rhizophora mangle, L, Lagunculria racemosa, G, e Avicennia nitida,

    J.

    Figura 02 Aspecto de vegetao mista e capoeira

    Figura 03 Vegetao de mangue

  • 20

    3.5- Hidrografia

    A hidrografia da ilha do Maranho compreende um conjunto de pequenas

    bacias hidrogrficas destacando-se as seguintes: Anil, Bacanga, Pacincia, Tibiri,

    Cachorros, em So Lus, Antnio Esteves, e Santo Antnio em Pao do Lumiar e

    Jeniparana, em So Jos de Ribamar (MARANHO, 1998:07).

    O rio Santo Antnio nasce no bairro Cidade Operria, onde esto as

    maiores altitudes da sua bacia, atingindo cotas superiores a 60m (BEZERRA,

    2001). O seu comprimento total chega a 25,3 km, e sua foz localiza-se na baa de

    Curupu. O mesmo possui outras denominaes: Cururuca e So Joo.

    Analisando o curso do rio Santo Antnio, Feitosa (1996:44) entende que,

    por drenar reas de menor densidade demogrfica, onde as atividades antrpicas

    ainda se caracterizam por sua prtica rural, tm suas margens relativamente

    conservadas, embora a qualidade da gua esteja parcialmente comprometida

    pelos ndices de coliformes fecais, alm do assoreamento por eroso pluvial.

    3.6 - Populao

    A organizao do espao regional tm sofrido rpidas transformaes,

    particularmente ao longo das trs ltimas dcadas, em face ao fluxo migratrio.

    At meados do sculo XVI, o territrio estadual era habitado por grupos indgenas

    que viviam da caa, pesca e coleta. No incio do sculo XVII os franceses

    iniciaram o processo de ocupao do interior da ilha, porm foram expulsos em

    1616 pelos portugueses. Em seguida, foram dominados por holandeses,

    retomando a posse definitiva da terra em 1618.

    Com a ocupao sistemtica dos colonizadores, o povoamento comeou

    a ocorrer de forma mais intensa, avanando do litoral para o interior atravs dos

    cursos doa rios que desguam no Golfo Maranhense

    No que se refere a populao do municpio de Pao do Lumiar, a grande

    maioria est localizada na zona rural e uma pequena parcela na rea urbana. Em

    1970, a populao rural era de 13.002 habitantes, enquanto a urbana 516

    (BRASL,1971). O nmero de pessoas aumentou, porm permaneceu a

  • 21

    caracterstica rural. No censo de 2000 foram registrados 75.000 habitantes rurais

    e apenas 1.188 urbanos.

    De acordo com a diviso municipal da ilha do Maranho, o conjunto do

    Maiobo localiza-se na zona rural do municpio de Pao do Lumiar, porm esse

    conjunto possui caractersticas de zona urbana, como, equipamentos urbanos,

    infra-estrutura e saneamento bsico, enquanto quase todo o municpio de Pao

    do Lumiar caracteriza-se como uma comunidade com baixssimo perfil urbano,

    com grande parte do seu territrio ocupado por pequenos povoados que no

    dispem de infra-estrutura suficiente para a qualificao como reas urbanas.

    3.7 - Histrico da ocupao

    O processo de ocupao da ilha do Maranho iniciou-se com a chegada

    dos primeiros ndios, anteriormente ao incio da colonizao europia, em perodo

    ainda desconhecido.

    Segundo Feitosa (1996:51) , os primeiros franceses aqui chegaram como

    corsrios servio da coroa francesa, anteriormente a 1608 quando Daniel de La

    Touche fundou a Frana Equinocial. A primeira instalao construda foi o Forte

    de So Luiz, fixado na poro noroeste da Ilha do Maranho, iniciando assim o

    processo de ocupao das regies circunvizinhas. Ainda segundo este autor,

    quando os franceses chegaram Ilha do Maranho, em 1612, comandados por

    Daniel de La Touche, encontraram-na povoada por nativos da regio, os

    tupinambs, divididos em vrias aldeias.

    Em relao a ocupao da rea de estudo, est ligada historicamente ao

    municpio de Pao do Lumiar. Esse municpio surgiu a partir de uma lgua de

    terras doada por Pedro Dias e sua mulher Apolnia Bustamante ao jesuta Lus

    Figueira, no stio denominado Anindiba, em 1625.

    Pela Carta Rgia de 11 de junho de 1761, foi elevada categoria de vila,

    com a denominao de Pao de Lumiar, por causa das suas caractersticas

    naturais que lembram uma localidade homnima que existe em Portugal

    (MARQUES,1970:630).

  • 22

    Em 27 de fevereiro de 1931, a vila de Pao do Lumiar foi anexada ao

    municpio de So Lus, permanecendo nesta condio at a criao do Decreto

    Lei Estadual no 159, de 06 de dezembro de 1938, que a desmembrou de So Lus

    para anexar-se a So Jos de Ribamar. Sua autonomia foi conquistada em 1959,

    com a Lei no 1890 de 7 de dezembro, possuindo uma rea de 185 km2, a qual foi

    alterada com aps a publicao da Lei no 6132 de 10 de dezembro de 1994 que

    cria o municpio da Raposa (BRASIL, 1971).

    3.8 - Atividades econmicas e culturais

    Tendo seu territrio ocupado por reas predominantemente rurais da Ilha

    do Maranho, a economia desenvolvida no municpio de Pao do Lumiar,

    caracteriza-se por atividades do setor primrio, em especial a agricultura, que se

    destaca por sua importncia para a populao do municpio.

    As atividades econmicas desenvolvidas na rea da bacia do rio Santo

    Antnio seguem o padro das que so praticadas em nvel regional, consistindo

    de prticas agrcolas que caracterizam a economia dos municpios de Pao do

    Lumiar e de So Jos de Ribamar. Essas atividades esto concentradas na

    agricultura de subsistncia e na produo de verduras e legumes (Figura 04)

    destinados s feiras e mercados de So Lus e So Jos de Ribamar.

    Faz-se necessrio ressaltar, ainda, a importncia da pecuria que se

    apresenta como uma atividade econmica de grande relevncia na estrutura

    produtiva local, abastecendo o comrcio de So Lus. A pesca praticada de

    forma artesanal, no mar, igaraps, rios e lagos, destacando-se, a produo de

    peixe, camaro, caranguejo e sururu, sendo esta atividade, utilizada pelos

    proprietrios na produo para o prprio consumo. Apenas o pescado de primeira

    qualidade (pescada e camaro grado) so repassados aos intermedirios que os

    comercializam no Maiobo e em So Lus (RIBEIRO,1999:27).

    No que se refere aos aspectos culturais da rea, as manifestaes

    folclricas e religiosas mais importantes so: bumba-meu-boi, tambor de mina,

    tambor de crioula, festa do Divino Esprito Santo. Alm dessas, existem ainda as

    festas de So Sebastio, Santo Antnio, Santa Maria e Nossa Senhora da Luz.

  • 23

    Figura 04 Plantao de verduras e legumes

    4 - PARMETROS MORFOMTRICOS

    Levando em considerao a dinmica da paisagem da rea nordeste da

    Ilha do Maranho, fez-se necessrio o estudo dos parmetros morfomtricos da

    bacia do rio Santo Antnio, para caracterizar as transformaes dessa rea,

    atravs da dinmica da drenagem, alm de ser um importante instrumento para

    conhecimento da influncia antrpica direta ou indireta no equilbrio fluvial, cujos

    reflexos esto na eroso, no assoreamento, em inundaes e no

    comprometimento da qualidade da gua.

    4 -1 Hierarquia Fluvial

    Segundo Christofoletti (1980:106), a hierarquia fluvial consiste no

    processo de se estabelecer a classificao de determinado curso de gua no

    conjunto total da bacia hidrogrfica na qual se encontra.

    Conforme a ordenao de Strahler (1952) apud Christofoletti (1980:106),

    os menores canais sem tributrios, so considerados como de primeira ordem,

  • 24

    estendo-se desde a nascente at a confluncia; os canais de segunda ordem

    surgem da confluncia de dois canais de primeira ordem e s recebem afluentes

    de primeira ordem; os canais de terceira ordem surgem da confluncia de dois

    canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e de primeira

    ordem; os canais de quarta ordem surgem da confluncia de dois canais de

    terceira ordem, podendo receber tributrios das ordens inferiores, e assim

    sucessivamente.

    De acordo com a metodologia proposta por Strahler (1952) apud

    Christofoletti (1980:107), pode-se classificar o rio Santo Antnio como um canal

    de 4a ordem. No conjunto, os rios da bacia do Santo Antnio compreendem 62

    canais de 1a ordem, 14 de 2a ordem, 05 de 3a ordem e 1 de 4a ordem.

    4-2 Padro de drenagem

    Conforme Christofoletti (1980:102) a drenagem fluvial composta por um

    conjunto de canais de escoamento interrelacionados que formam a bacia de

    drenagem, definida como a rea drenada por um determinado rio ou por um

    sistema fluvial.

    De acordo com Cunha (1994:223), no que se refere ao escoamento fluvial

    as bacias de drenagem podem ser classificadas em: exorricas, quando a

    drenagem se dirige para o mar; endorricas, quando a drenagem se dirige para

    uma depresso, dissipa-se nas areias do deserto ou penetra nas depresses

    crsticas. O padro arrico expressa uma drenagem sem estruturao em bacia

    hidrogrfica, sendo o caso das reas desrticas, onde a precipitao

    insignificante, e a atividade dunria, intensa. Quando as bacias so subterrneas,

    como nas reas crsticas, so denominadas como criptorricas. De acordo com

    esta classificao, a bacia do rio Santo Antnio pode ser classificada como

    exorrica.

    Os padres de drenagem, para Christofoletti (1980:103), referem-se ao

    arranjamento espacial dos cursos fluviais que podem ser influenciados em sua

    atividade morfogentica pela natureza e disposio das camadas rochosas, pela

  • 25

    resistncia litolgica varivel, pelas diferenas de declividade e pela evoluo

    geomorfolgica da regio.

    Utilizando-se o critrio geomtrico, os tipos bsicos dos padres de

    drenagem so: dendrtica, em trelia, retangular, paralela, radial, anelar,

    desarranjadas ou irregulares. A bacia do rio Santo Antnio apresenta padro de

    drenagem do tipo dendrtica, tambm designada arborescente, pois assemelha-se

    configurao de uma rvore (Figura 02).

    4.3 - Anlise areal da bacia

    Para Christofoletti (1980:113), na anlise areal das bacias hidrogrficas

    esto englobados vrios ndices nos quais intervm medies planimtricas

    dentre as quais destacam-se: a rea e o comprimento da bacia, e a densidade

    dos rios.

    A rea da bacia, corresponde a rea drenada pelo conjunto do sistema

    fluvial. Esse parmetro pode ser calculado atravs de vrias tcnicas, pela

    pesagem de papel uniforme, atravs do uso de programas de computador. Entre

    as tcnicas mais simples, est o uso do planmetro: busca-se um ponto adequado

    para se posicionar o plo do instrumento, de modo que os braos do mesmo

    possam deslizar e alcanar, de forma confortvel, todos os pontos do permetro,

    percorre-se todo o contorno da figura a medir, com o minicrculo do traador

    coincidindo rigorosamente com a linha de contorno, sempre deslizando no sentido

    horrio, at retornar origem. Aplicando-se esta metodologia, verificou-se que a

    rea da bacia do rio Santo Antnio est em torno de 108 km.

    Em relao ao comprimento da bacia, Christofoletti (1980:113) apresenta

    vrias definies, dentre as quais pode-se destacar:

    a) distncia medida em linha reta entre a foz e o ponto do permetro que

    assinala a eqidistncia entre este ponto e a foz;

    b) maior distncia medida em linha reta entre a foz e determinado ponto

    do permetro;

  • 26

    c) distncia medida em linha reta entre a foz e o mais alto ponto situado

    ao longo do permetro;

    d) distncia medida, em linha reta, acompanhando paralelamente o rio

    principal.

    Dependendo das caractersticas de cada bacia, faz-se a escolha do

    critrio mais adequado para a mensurao de seu comprimento, ou em alguns

    casos pode-se usar as quatro definies.

    O comprimento total da bacia do rio Santo Antnio de aproximadamente

    21,0 km (Figura 05). Para a obteno desta medida, considerou-se a distncia,

    em linha reta, acompanhando paralelamente o rio principal, devido a forma da

    bacia.

    Figura 05 Padro de drenagem e comprimento da bacia do rio Santo Antnio.

  • 27

    A densidade de rios, corresponde relao existente entre o nmero de

    cursos de gua e a rea da bacia hidrogrfica. Sua finalidade comparar a

    freqncia ou a quantidade de cursos de gua existentes em uma rea de

    tamanho padro, como o quilmetro quadrado. Esse ndice foi primeiramente

    definido por Horton (1945), sendo calculado pela frmula Dr = N/A, onde Dr a

    densidade de rios, N o nmero total de rios ou cursos de gua e A a rea da

    bacia (CHRISTOFOLETTI, 1980:115).

    Na rea de estudo, foi utilizada a ordenao de Strahler (1952), para a

    determinao da densidade de rios, a qual a quantidade de rios corresponde

    soma de todos os canais de primeira ordem, obtendo-se o ndice de 0,574.

    4.4 - Descarga lquida

    Segundo Guerra (1997:195) descarga lquida, a quantidade de gua

    que passa por uma seo do rio em um segundo. Os dados so apresentados

    sob a forma de m3/s. A anlise da descarga lquida importante em regies com

    alto ndice de deficincia de recursos hdricos, porque permite conhecer o

    comportamento dos cursos dgua e, a partir dos dados e das infomaes

    obtidas, pode-se realizar o planejamento da captao, do uso e do

    aproveitamento deste recurso, como, por exemplo, na construo de audes,

    canais de irrigao, etc.

    A descarga lquida encontrada no trecho estudado (baixo curso) do rio

    Santo Antnio o resultado da relao entre a largura (22 m), a profundidade

    mdia (0,86 cm) e a velocidade da corrente (0,1213 m/s), obtendo-se a descarga

    de 2,30 m3/s. Esses dados foram obtidos durante o perodo chuvoso.

    A descarga lquida encontrada nesse mesmo trecho no perodo seco foi

    1,42 m3/s, sendo o resultado da relao entre a largura (22 m), a profundidade

    mdia (0,36 cm) e a velocidade da corrente (0,1770 m/s).

  • 28

    4.5 - rea e forma da seco transversal

    Segundo Cunha (1996:165) elaboraes sucessivas e repetidas dos

    perfis transversais, em uma escala de tempo intermediria (de meses a 1 ano),

    representa um bom mtodo para avaliar as mudanas laterais dos canais e a

    eroso das margens.

    Relativamente ao rio Santo Antnio, a seo transversal possui uma rea

    de 19 m2 com profundidade variando entre 1,08 cm a 0,73 cm (Figura 06).

    Ms: Abril Perodo: Chuvoso

    Vm.sup= 0,1428 m/s Vm.rio= 0,1213 m/s

    A= 19 m2 Q= 2,30 m3/s

    Ms: outubro Perodo: Seco

    Vm.sup= 0,2083 m/s Vm.rio= 0,1770 m/s

    A= 8,06 m2 Q= 1,42 m3/s

    MD

    -0,73-0,89-0,74-0,74-0,83-0,87-0,87-0,85-0,98-1,08

    -1

    0

    1

    0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

    m

    m

    MD

    -0,15-0,26-0,46

    -0,35-0,32-0,36-0,35-0,27-0,39-0,69

    -1

    0

    1

    0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

    m

    m

  • 29

    5 - IMPACTOS AMBIENTAIS RECENTES DA BACIA DO RIO SANTO ANTNIO

    As questes ambientais tm sido agravadas desde a consolidao do

    sistema econmico capitalista, em conseqncia da apropriao e do uso

    inadequado dos recursos naturais, com objetivo de alcanar riqueza e poder.

    Na Ilha do Maranho, a explorao dos recursos naturais tm gerado uma

    srie de impactos ambientais, principalmente aos cursos hdricos. A maioria dos

    rios encontram-se em estado adiantado de degradao, devido a interferncia

    humana, de forma irracional.

    Neste conjunto, est inserida a bacia do rio Santo Antnio, evidenciando-

    se diversos problemas ambientais, dentre os quais se destacam: ocupao,

    desmatamento, eroso e assoreamento, deposio de lixo e o lanamento de

    esgotos.

    5.1 - Ocupao

    Segundo Cunha e Guerra (1996:360), a ocupao desordenada de reas

    de uma bacia hidrogrfica gera agravamento nos desequilbrios de origem natural.

    Este desequilbrio se manifesta atravs da alterao de um ou mais parmetros

    ambientais como a fauna, a flora, a hidrodinmica e a morfologia entre outros.

    A ocupao dos espaos naturais na Ilha do Maranho, tem sido

    desenvolvida sem o planejamento adequado, causando desequilbrios ambientais

    de diferentes ordens de magnitude, com maior gravidade sobre os recursos

    hdricos.

    A ocupao (Figura 07) compreende s reas de manguezais e mata

    galeria que esto dispostos na rea da bacia do rio Santo Antnio, causando

    grande devastao pela rpida expanso urbana. O municpio de Pao do Lumiar,

    atualmente possui uma rea correspondente a 121,4 km e uma populao de

    76.188 habitantes (BRASIL,2000).Na rea da bacia do rio Santo Antnio, a

    ocupao (Figura 08) vm gerando alguns problemas, dentre os quais se

    destacam: ameaa sustentabilidade do sistema de aproveitamento da gua

    para consumo da populao ribeirinha e a devastao da fauna e da flora.

  • 30

    Figura 07 Mapa de uso e ocupao do solo

  • 31

    Figura 08 ocupao de bares prximo as margens do rio

    5.2 - Desmatamento

    Na rea da bacia do rio Santo Antnio, a mata ciliar est completamente

    devastada no seu curso superior, localizada nas vertentes da Chapada do Tirirical

    e a sua destruio est relacionada ao acelerado processo de ocupao espacial,

    sem planejamento urbano, do municpio de So Lus, particularmente com a

    construo dos conjuntos habitacionais, Cidade Operria e Paran.

    Devido as caractersticas predominantemente rurais do municpio de Pao

    do Lumiar, o mdio e o baixo cursos do rio Santo Antnio esto razoavelmente

    conservados pois as ocupaes, nestas reas, caracterizam-se pela presena de

    pequenos povoados como: Pau deitado, Moj, Salina, Pindoba, Iguaba e

    Tinduba, nos quais no se evidencia grande devastao na vegetao protetora

    do curso dgua.

    No baixo curso do rio, o desmatamento das reas de mangues bastante

    reduzido, sendo um dos conjuntos florsticos mais conservados de toda Ilha,

    inclusive servindo de subsistncia para populao ribeirinha, atravs da extrao

    de mariscos e moluscos.

  • 32

    As conseqncias do desmatamento da vegetao, na rea - objeto do

    estudo, podem ser visualizadas nas proximidades do pesquepague Wang Park,

    principalmente no perodo chuvoso, quando ocorre o aumento do nvel de vazo,

    com transbordamento sobre o leito normal, dificultando a circulao de pedestres

    e de veculos (Figura 09).

    Figura 09 Desmatamento prximo as margens do rio

    5.3 Eroso e assoreamento

    Segundo Guerra (1994:150), os processos erosivos dependem de uma

    srie de fatores controladores como: erosividade de chuva, erodibilidade do solo,

    densidade da cobertura vegetal e caractersticas das encostas. A partir da ao

    desses fatores, ocorrem os mecanismos da infiltrao de gua no solo,

    armazenamento, escoamento em superfcie e em subsuperfcie que podem ser

    acelerados ou retardados a partir das intervenes humanas.

    No que se refere a rea de estudo, pode-se verificar que os processos

    erosivos ocorrem principalmente no perodo chuvoso, mediante a ao da

    drenagem pluvial e fluvial; e durante todo o ano, pela ao antrpica pois

    intensa a extrao e o transporte de barro (silte e argila) para a construo civil

    (Figura 10, 11). O material que fica solto transportado para o rio ocasionando o

    processos de assoreamento e de alterao da morfologia do canal.

  • 33

    Figura 10 Extrao de barro

    Figura 11 - Extrao de barro

  • 34

    No perodo seco dominam os agentes elicos que so responsveis pela

    modelagem do relevo, principalmente nas reas desprovidas de vegetao

    (Figura 12).

    Figura 12 eroso elica nas margens do rio

    5.4 - Lixo

    A rea de deposio do lixo no municpio de Pao do Lumiar no obedece

    nenhum padro de gerenciamento, causando degradao ambiental e problemas

    com a sade pblica. Constitui um lixo a cu aberto (Figura 13) com srios

    problemas sanitrios e ambientais, representando um grande prejuzo qualidade

    da gua do rio Santo Antnio e das reas de abastecimento atravs de poos,

    principalmente atravs da poluio do lenol fretico pelo chorume originado do

    lixo.

    Outro problema, o acelerado processo de ocupao espacial na rea

    com risco de intoxicao dos moradores e de exploso de gs metano (CH4)

    infiltrado no solo na rea do lixo. Alm disso, sua localizao est inadequada,

    devido proximidade da rea de expanso urbana e a direo predominante dos

    ventos que converge para alguns povoados do municpio como Pindoba e

    Iguaba.

  • 35

    Outra rea de deposio do lixo no municpio nas margens do rio Santo

    Antnio, que contribui para o processo de degradao ambiental desse ambiente

    (Figura 14).

    Figura 13 Lixo a cu aberto

    Figura 14 Acmulo de lixo nas margens do rio

  • 36

    5.5 Lanamento de esgoto

    O lanamento de esgoto domstico nos cursos dgua, provoca

    problemas muito srios como: a contaminao por bactrias patognicas e por

    substncias orgnicas e inorgnicas. Os resduos orgnicos lanados no canal,

    atravs de redes de esgotos, possibilitam a proliferao de bactrias e outros

    microrganismos que consomem o oxignio dissolvido. Sem oxignio os peixes

    vo morrendo aos poucos, e toda a vida no rio vai deixando de existir, morrendo

    inclusive as bactrias.

    O rio Santo Antnio era conhecido pelas suas guas claras e lmpidas,

    com rica fauna e flora. Porm, o lanamento de dejetos in natura atravs dos

    esgotos alterou sua qualidade ambiental (Figura 15).

    Figura 15 colorao escura da gua devido ao lanamento de esgoto.

    5.6 - Qualidade e aproveitamento da gua

    A gua um recurso indispensvel vida, pois um fator importante para

    o bem-estar social e para desenvolvimento econmico. Porm, esse recurso est

    ameaado devido explorao intensa e ao descaso do homem quanto

    conservao que contribuem para a sua degradao.

    A poluio das guas vem se tornando um problema de difcil soluo

    para a sociedade. Com o rpido crescimento da populao e o desenvolvimento

  • 37

    industrial, cresce tambm a explorao dos recursos hdricos, causando o seu

    desequilbrio. Segundo Drew (1998:178), a deteriorao da qualidade da gua

    nas cidades quase inevitvel, principalmente por causa dos rejeitos industriais e

    sanitrios que causam a elevao da concentrao qumica e do contedo

    orgnico dos rios.

    Na Ilha do Maranho, as bacias hidrogrficas, sofrem intensa degradao

    comprometendo a sua qualidade ambiental. Isto ocorre devido a m utilizao do

    recursos hdricos e ao descaso das autoridades locais pois compete ao poder

    pblico, juntamente com a populao, a preservao e a defesa de um ambiente

    ecologicamente equilibrado.

    A legislao ambiental estadual compreende muitas leis e decretos que,

    via de regra, no se relacionam especificamente com os municpios. A legislao

    vigente atualmente, com maior expresso, o Cdigo de Proteo do Meio

    Ambiente do Estado do Maranho, institudo pela Lei 5.405, de 08 de abril de

    1992, com as alteraes contidas na Lei 6.272, de 06 de fevereiro de 1995.

    De acordo com o Art. 2, do captulo I do Cdigo de proteo do Meio

    Ambiente do Estado do Maranho, a Poltica Estadual do Meio Ambiente tem por

    finalidade a preservao, conservao, defesa, recuperao e melhoria do meio

    ambiente, como bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de

    vida.

    Segundo a CAEMA (2002) os resultados dos parmetros analisados,

    esto dentro dos intervalos estabelecidos para as guas superficiais, devendo ser

    levado em conta, os dados relativos cadeia nitrogenada (amoniacal, nitroso e

    ntrico) (Tabela 01), que demonstram haver poluio recente, confirmada pela

    bacteriologia, uma vez que essas substncias so oxidadas rapidamente na gua.

    O resultado da anlise bacteriolgica das guas do baixo curso do rio

    Santo Antnio, no ponto coletado prximo ao Wang-Park, situado na Avenida

    Principal, Pinda foi de 2.419,2 coliformes fecais por 100 ml. Este ndice

    ultrapassa o nvel permitido pela Portaria 1.469, de 29 de Dezembro de 2000, do

    Ministrio da Sade, que estabelece valores menores do que 1 como aceitveis

    para que as guas estejam prprias para o consumo (CAEMA).

  • 38

    Tabela 01 - Anlise Fsicoqumica de guas do baixo curso do rio Santo Antnio.

    ANLISE FSICA

    DETERMINAO RESULTADO UNIDADE

    Cor Aparente 96,0 u.c

    Cor Verdadeira 77,0 u.c

    Odor No objetvel -

    Sabor No objetvel -

    Turbidez 19,0 n.t.u.

    Condutividade 100,0 Us/cm

    Resdou Total 50,0 Mg/l

    Ph 5,97 -

    ANLISE QUMICA

    DETERMINAO RESULTADO UNIDADE

    Alcal.De Hco-3 14,2 Mg/L Caco3

    Alcal.De Co-3 0,00 Mg/L Caco3

    Alcal.De Oh- 0,00 Mg/l CaCO3

    Dureza Total 22,73 Mg/l CaCO3

    Dureza Temporria 10,46 Mg/l CaCO3

    Dureza Permanente 12,27 Mg/l CaCO3

    Clcio 3,52 Mg/l Ca++

    Magnsio 3,35 Mg/l Mg++

    Cloretos 22,0 Mg/l Cl-

    Ferro 0,555 Mg/ Fe++

    Dixido De Carbono 33,03 Mg/l CO2

    Nitro Amonical 3,92 Mg/l N

    Nitro Nitroso 0,0056 Mg/l N

    Nitro Ntrico 5,98 Mg/l N

    Ci2 Residual - Mg/l Cl2

    Sulfatos 28,83 Mg/l SO4

    Cr Hexavalente 0,00 Mg/l Cr+6

    Fonte: CAEMA, 2002

  • 39

    6 CONCLUSO E RECOMENDAES

    O acelerado crescimento populacional, o desenvolvimento industrial e o

    uso cada vez maior de fertilizantes qumicos e inseticidas nas lavouras tm

    causado srios danos aos cursos hdricos e a vida de modo geral.

    No ambiente podem ocorrer acidentes ecolgicos, degradao

    generalizada e m utilizao dos recursos naturais que tornam irrecuperveis os

    nveis ideais de equilbrio ou comprometem o uso de muitas reas exigindo-se a

    elaborao de diagnsticos ambientais, para que se possa elaborar prognsticos

    e estabelecer diretrizes de uso dos recursos naturais de modo racional,

    minimizando a deteriorao da qualidade ambiental.

    De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, concluise que

    a rea da bacia do rio Santo Antnio est seriamente comprometida em seu

    equilbrio ecolgico, devido s atividades antrpicas, como: ocupao

    desordenada, que compromete a sustentabilidade do aproveitamento da gua; o

    desmatamento da mata ciliar, que mais intenso no curso superior; a eroso,

    causada pela ausncia da vegetao decorrente do desmatamento; o

    assoreamento, atravs da deposio do material que transportado para o rio; a

    deposio de lixo, nas margens do rio, em conseqncia da falta de conscincia

    ecolgica dos moradores e o lanamento de esgotos in natura devido falta de

    saneamento bsico.

    Para tentar minimizar os problemas de degradao ambiental, na rea da

    bacia do rio Santo Antnio recomendase, a aplicao de polticas pblicas

    orientadas a reduo dos impactos antrpicos e o eqacionamento dos

    problemas causados pelos impactos ambientais recorrentes e adoo de medidas

    mitigadoras que possam atenuar tais problemas.

    necessrio ainda, maior sensibilizao da populao quanto

    preservao dos recursos hdricos da rea, enfatizandose a importncia destes

    para a manuteno da qualidade ambiental e o desenvolvimento das atividades

    biticas geral.

    Vale ressaltar tambm a importncia da educao ambiental nas

    mudanas de mentalidade da sociedade com vista necessidade de se adotar

  • 40

    novas posturas quanto a sua participao de forma ativa nos problemas

    ambientais.

    Deste modo, faz-se necessrio trabalhar junto a comunidade, atividades

    sobre: a importncia da gua e de como suas atitudes podem tanto preservar

    esse recurso como alterar o no equilbrio do rio, o controle do desmatamento

    principalmente nas margens do rio, evitando ou atenuando os processos de

    eroso e de assoreamento e o trabalho de reflorestamento.

  • 41

    REFERNCIAS

    AMB, Elizngela Andrade. Caracterizao Ambiental da bacia do rio das Bicas,

    So Lus, 2002. UFMA. Monografia de graduao.

    BEZERRA, J. F. R. MACHADO, J. V. e FEITOSA, A. C. Estudos dos Parmetros

    Morfomtricos da Bacia do rio Santo Antnio, municpio de Pao do Lumiar MA.

    In: Anais do IX Simpsio Brasileiro de Geografia Aplicada. Recife, 2001.

    BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Censo Demogrfico do

    Maranho de 1970. Rio de Janeiro. IBGE, 1971.

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    _________. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

    Renovveis. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Turismo do Estado do

    Maranho. Diagnstico dos Principais Problemas Ambientais do Estado do

    Maranho. So Lus, LITHOGRAF, 1991.

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    CAEMA. Companhia de guas e Esgotos do Maranho. 2002.

    CHRISTOFOLETTI, Antonio. Geomorfologia. So Paulo, Edgard Blcher, 2

    edio, 1980.

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