maria - culto cristão

Upload: burotech

Post on 19-Oct-2015

42 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Conhecer e amar Maria, Conhecer e amar Jesus

Maria no culto cristo: devoo e liturgiaAfonso Murad www.maenossa.blogspot.comCurso de Mariologia (9)

{Devoes populares marianas TeroProcissesRomarias aos santurios marianosConsagrao a MariaAs sete dores e as sete alegrias de MariaAs diferentes Nossas SenhorasNovenasOfcio da ImaculadaCoroao a MariaPromessas...

Quais so as mais importantes na sua cidade ou regio?Que valores e desafios estas devoes apresentam para a pastoral? Dimenses do culto cristotica: o culto a Deus consiste em fazer o bem e lutar contra o mal (Is 1,10-17; Tg 5).Mstica: corao sintonizado com Deus (espiritualidade).Ritual: o culto toma forma por meio de palavras, gestos, tradies e ritos.(*Rito: gesto simblico comunitrio que estabelece relao com o sagrado)Culto catlico se expressa em:Manifestaes individuais.Devoo: expresses cultuais livres, criadas e sustentadas pelo povo, pelos religiosos(as), por movimentos e pelo clero, que podem ser adotadas por quem se identificar com elas.Liturgia: Expresso do culto oficial da Igreja. Tem normas e padronizao, devendo ser inculturada em Igrejas particulares e comunidades locais.A quem ns cultuamos?A TRINDADE Nossa orao :Ao PaiPelo FilhoNo Esprito.Ou diretamente a Jesus.

Ento, para que e por que rezar aos santos?A comunho dos SantosOs evanglicos anunciam que Jesus o Senhor (Fl 2,11), o nico mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5). Assim, os santos seriam somente exemplos de vida crist para ns.Os catlicos acreditam que todos os cristos contribuem na ao salvadora de Cristo, o nico Senhor. Os que morreram em estado de santidade esto em ntima comunho com a Igreja peregrina neste mundo (comunho dos santos).Os santos e MariaCremos que Jesus o messias, e ns somos o povo messinico. Colaboramos na obra de Deus aqui neste mundo e tambm depois da morte. Os santos esto vivos em Deus. So exemplo de vida e tambm intercessores.Maria e os santos no esto no mesmo nvel que Deus (Pai, Filho, Esprito). So como riachos que levam ao grande rio, que Cristo. Conseguem dons de Deus, mas no os concedem.A devoo aos santos e a Maria legtima, mas no obrigatrio invocar sua intercesso.Maria tem lugar especial na comunho dos Santos: mais perto de Jesus e mais perto de ns (LG 54).O culto a Maria no Vaticano IICristo o nico mediador. A misso materna de Maria no diminui a mediao nica de Cristo, mas mostra a sua potncia. No se origina de uma necessidade interna, mas do dom de Deus. No impede, mas favorece a unio dos fiis com Cristo (Constituio Dogmtica Lumen Gentium, 60).

Nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano do Verbo encarnado e redentor. Mas o sacerdcio de Cristo participado de vrios modos pelo povo de Deus, e a bondade de Deus difundida nas criaturas. A nica mediao do Redentor suscita nas criaturas uma variada cooperao, que participa de uma nica fonte (LG 62).

O culto de Maria na IgrejaO culto a Maria singular, diferindo e se orientando para o culto Trindade (LG 66).O Conclio recomenda o culto Maria, evitando tantos os exageros quanto a demasiada estreiteza de esprito. A verdadeira devoo Maria no consiste num estril e transitrio afeto, nem numa v credulidade, mas no reconhecimento da figura de Maria e no seguimento de sua vida de f (virtudes) (LG 67).

Orientao da Marialis Cultus(Exortao apostlica de Paulo VI em 1975)De acordo com o esprito do Conclio Vaticano II, deplorvel e inadmissvel, tanto no contedo quanto na forma, as manifestaes cultuais e devocionais meramente exteriores, bem como expresses devocionais sentimentalistas estreis e passageiras. Tudo o que "manifestadamente lendrio ou falso" deve ser banido do culto mariano (MC38)."A finalidade ltima do culto bem-aventurada Virgem Maria glorificar a Deus e levar os cristos a aplicarem-se numa vida absolutamente conforme sua vontade"(MC39).Cooperao na nica mediao de CristoNo captulo 8 do documento conciliar Lumen Gentium, do Vaticano II se afirma com clareza que Jesus o nico mediador. Os santos cooperam na nica mediao de Cristo.A partir do Conclio, melhor denominar Maria e outros santos como participantes, cooperadores ou colaboradores da nica mediao de Cristo.Um exemplo de devoo: o rosrioH rosrios diferentes, como os dos franciscanos e dos servitas.O rosrio comeou a ser rezado por monges analfabetos, que recitavam a primeira parte da Ave-Maria, 150 vezes.Por volta do ano 1300, um dominicano dividiu as Ave-Marias em quinze dezenas, iniciando com um Pai-Nosso. Outro frade introduziu a meditao dos mistrios.A segunda parte da Ave-Maria foi colocada por volta do ano 1480.O rosrio se espalhou por toda parte.Joo Paulo II acrescentou os mistrios da Luz. O rosrio aumentou para 200 Ave Marias.O rosrio uma bela e profunda devoo marial, oferecida livremente aos fiis.Maria na liturgiaReforma do Vaticano II: Maria colocada em ntima relao com Cristo e a Igreja.Solenidades: Maria, me de Deus (1 jan), Anunciao (25 mar), Assuno (15 ago), Imaculada (8 dez), padroeira do pas.Festas: Visitao (31 maio), nascimento (8 set).Algumas memrias: N.S. das Dores (15 set), N.S. Lourdes (11 fev), N.S. Carmo (16 julho), N.S. Rosrio (7 out).Orientaes pastoraisValorizar as manifestaes devocionais que ajudam a criar comunidade.Enriquecer as devoes marianas com a Bblia e a reflexo em grupo.Centrar-se em Jesus e nas prtica concreta de fazer o bem.Respeitar as expresses do povo, mas no criar mais coisas, sem raiz.Adaptar a devoo e o culto realidade da regio.A devoo boa, na medida certa. Deve-se evitar o devocionismo, a devoo desequilibrada e exagerada.Para saber maisAfonso Murad, Maria. Toda de Deus e to humana. Compndio de Mariologia. Paulinas/Santurio. 2012, cap. 11.www.maenossa.blogspot.com