Maria Rosa apresentou-se em seu escritório com a seguinte demanda.

Em 14 de janeiro de 2014 foi contratada verbalmente para trabalhar como atendente na loja de revenda de flores, flores sempre viva sendo que deveria trabalhar, em horário de comercio das 07 às 12 e das 14 às 18. Teria como salario o valor de R$835,00

Informou que apesar de iniciar o trabalho as 07;00, seu intervalo de almoço sempre foi de 30 minutos, e sempre encerrava as atividades as 20;00

No dia 16 de maio de 2015 foi dispensada sem justa causa. Por ter sido contratada verbalmente, nunca teve sua carteira de trabalho registrada. A loja pagou apenas os dias trabalhados

Você como advogado, deverá propor a resposta necessária a situação

Tanto Maria Rosa quanto a loja têm endereço na cidade de itanagra-ba

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA VARA DE

ALAGOINHAS-BA

Maria Rosa, com domicilio em Alagoinhas, Bahia

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA PELO RITO SUMARÍSSIMO

Através do Rito sumaríssimo com base nos artigos 840, parágrafo primeiro e 852-A

e seguintes da CLT em face da empresa FLORES SEMPRE VIVA com domicilio em

Alagoinhas, Bahia.

Com fim de postular o pagamento de parcelas rescisórias e direitos trabalhistas não

quitados, conforme expõe e finalmente propor:

1.0GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Sendo certo que a Reclamante atualmente, encontra-se desempregada, e não

possui condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo do seu sustento e

de sua família, requer se digne Vossa Excelência de deferir-lhe os benefícios da

Justiça Gratuita.

1.2 RESUMO DO CONTRATO DE EMPREGO.

A reclamante trabalhou para a reclamada desde o dia 14 de janeiro de 2014 até o

dia 16 de maio de 2015, quando foi demitida. A reclamante trabalhava das 07h. até

20h., com 30 minutos de almoço, na função de atendente, mediante a remuneração

mensal de R$ 835,00. Tendo sido demitida imotivadamente, não houve prévia

denúncia do pacto laboral, não recebendo até a presente data, suas verbas

rescisórias. Também, durante todo o contrato de trabalho, não recebeu qualquer

pagamento a título de gratificação natalina e horas extras. Da mesma forma, durante

o contrato de trabalho da reclamante, não gozou de férias e nem ao menos recebeu

o pagamento do terço constitucional. A Reclamada, por fim, não obstante a

prestação habitual dos serviços da reclamante, também, negou-se a anotar a

relação de emprego na Carteira Profissional da reclamante.

1.3 PEDIDO

Por todo o exposto, reclama:

I- Reconhecimento do vínculo empregatício e anotação da CTPS da reclamante;

II- Recebimento do 13º salário, relativo aos meses de 01/2014 a 05/2015, com as

devidas incidências e reflexos legais.

III – Pagamento de férias, acrescidas de um terço, referente ao contrato de trabalho

da reclamante, com as devidas incidências e reflexos legais.

IV- pagamento de horas extras diárias (4 hrs por dia) por excesso de jornada de

trabalho, com as devidas incidências e reflexos legais.

V- pagamento de horas extras (1 hr e meia por dia) devidas a supressão do intervalo

intra jornada (almoço).

VI-Recebimento da indenização referente à falta de aviso prévio, com a integração

ao tempo de serviço, acrescido dos devidos reflexos e incidências legais.

VII- Indenizações pela não entrega das guias de seguro desemprego em tempo

hábil, face ao que dispõe o inciso IV, do artigo 201, da Constituição Federal.

VIII- Aplicação das multas previstas nos artigos 467 e 477 da CLT.

Tudo acrescido de juros e correção monetária respectivos, até a data do efetivo

pagamento.

OUTROS REQUERIMENTOS:

Requer ainda que se digne Vossa Excelência designar dia e hora para a audiência

inaugural, notificando a Reclamada, no endereço de sua sede, conforme consta do

preâmbulo desta peça, para comparecer e, querendo, produzir defesa, sob pena de

revelia e confissão.

PROVAS

Por todo o exposto, protesta provar o alegado mediante produção de prova

testemunhal, se necessária, ouvida da reclamada, sob pena de confissão; e todas as

demais admitidas em direito.

Instruída e provada a presente reclamatória, espera seja a RECLAMADA condenada

a pagar os valores correspondentes a 13º salário, férias, aviso prévio, indenização

pela retenção das guias de seguro desemprego e demais cominações previstas na

Lei, além da anotação da CTPS da reclamante, tudo acrescido de juros e correção

monetária, além de arcar com os ônus processuais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Alagoinhas 04 de outubro de 2015

Rayner Philipe de Freitas

OAB: xxx.xxx.xxx.xxx.xxx