mari e as coisas da vida

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Mari e as coisas da vida

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Mari não tem receio de dizer o que está pensando, o que deseja fazer nem o que está sentindo. A avó é igualzinha, e as duas, desde sempre, compartilharam de muitos segredos. Certo dia, a avó adoece e perde a capacidade de se mover e de se expressar. Mari não entende o que está acontecendo. Apesar disso, a menina é a única pessoa que capta tudo o que a avó deseja e continua a enxergá-la como a mesma mulher cheia de vida, com quem dividia deliciosos momentos.

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Page 1: Mari e as coisas da vida

Marie as coisas da vida

Page 2: Mari e as coisas da vida

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Tradução Cristiano Zwiesele do Amaral

Page 3: Mari e as coisas da vida

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Texto Tine Mort ierIlustrações Kaatje Vermeire

pulo do gato

Marie as coisas da vida

Page 4: Mari e as coisas da vida

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Page 5: Mari e as coisas da vida

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Mari nasceu em uma cadeira de palha, debaixo de uma cerejeira.

Sua mãe estava lendo. Um livro muito emocionante. Tão emocionante que ela nem percebeu que o bebê estava a caminho. Foi algo como quando você está com muita vontade de fazer xixi e pensa: “eu ainda posso segurar mais um pouquinho”.

Consegue me segurar mais um pouquinho, é? Isso é o que você pensa!

De paciência, Mari não tem nem um tiquinho.

Deixe-me sair! Neste mesmo segundo!Fez força e empurrou e esperneou até que, de repente,

lá estava ela.

Page 6: Mari e as coisas da vida

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Mari foi crescendo depressa, só vendo.

Com seis meses de idade, já corria pelo jardim. Ia da cerejeira ao portão, depois dava uma volta em torno do laguinho, depois retornava ao ponto de partida. E, depois, tudo de novo.

Viu como sou rápida? Deu para ver, não deu? Tão rápida assim, só mesmo eu!

Page 7: Mari e as coisas da vida

Alguns meses depois, falou sua primeira palavra. Não foi “papai” nem “mamãe”, mas “bolacha”. Mari vivia com fome.

“Bolacha”, dizia. E É PRA JÁ!Ela as devorava. Não sobrava na lata nem uma migalha para contar

a história.

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