margaret mead revolucionou a antropologia ao torná

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Margaret Mead revolucionou a antropologia ao torná-la popular e ao alcance dos leigos. Seu objetivo era dar às pessoas comuns uma ferramenta para entender seu lugar no mundo. Ela demonstrou que os papéis sexuais eram determinados pelas expectativas sociais e provou a importância das relações raciais para a conservação da espécie. Mas seus estudos inovadores, registrados em livros como Coming of Age in Samoa (1928), sempre criaram polêmica. Segundo os críticos, os dados das pesquisas da antropóloga eram seletivos e suas conclusões simplistas. A cientista foi considerada uma aventureira sexual pelos conservadores. Sem se preocupar com os ataques, ela acreditava que o objetivo da antropologia era melhorar a raça humana. Para isso, defendia que o mundo moderno tinha muito o que aprender com outras civilizações. Em inúmeros livros e artigos, escreveu sobre os direitos da mulher e contra o racismo e o preconceito sexual. Nascimento : 16/12/1901 Morte : 15/11/1978 16/12/1901 Nascimento de Margaret Mead (antropóloga americana) 00/00/1919 Margaret Mead começa a estudar na Universidade DePauw (Indiana) (Aprox. 18 anos) 00/00/1929 Margaret Mead conclui seu doutorado na Columbia University (Aprox. 28 anos) 00/00/1939 Publicação de 'From the South Seas' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 38 anos) 00/00/1956 Publicação de 'New Lives for Old' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 55 anos) 00/00/1959 Publicação de 'An Anthropologist at Work' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 58 anos) 00/00/1970 Publicação de 'Culture and Commitment' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 69 anos) 15/11/1978 Morte da antropóloga americana Margaret Mead (76 anos 10 meses 30 dias) 00/00/1980 Publicação de 'Aspects of the Present' (obra póstuma de Margaret Mead) 01 Quando estudamos as sociedades mais simples, não podem deixar de nos impressionar as muitas maneiras como o homem tomou umas poucas (1901•1978)

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Margaret Mead revolucionou a antropologia ao torná-la popular e ao alcance dos leigos. Seu objetivo era dar às pessoas comuns uma ferramenta para entender seu lugar no mundo. Ela demonstrou que os papéis sexuais eram determinados pelas expectativas sociais e provou a importância das relações raciais para a conservação da espécie. Mas seus estudos inovadores, registrados em livros como Coming of Age in Samoa (1928), sempre criaram polêmica. Segundo os críticos, os dados das pesquisas da antropóloga eram seletivos e suas conclusões simplistas. A cientista foi considerada uma aventureira sexual pelos conservadores. Sem se preocupar com os ataques, ela acreditava que o objetivo da antropologia era melhorar a raça humana. Para isso, defendia que o mundo moderno tinha muito o que aprender com outras civilizações. Em inúmeros livros e artigos, escreveu sobre os direitos da mulher e contra o racismo e o preconceito sexual.

Nascimento : 16/12/1901Morte :          15/11/1978

16/12/1901 Nascimento de Margaret Mead (antropóloga americana)00/00/1919 Margaret Mead começa a estudar na Universidade DePauw (Indiana) (Aprox. 18 anos)

00/00/1929 Margaret Mead conclui seu doutorado na Columbia University (Aprox. 28 anos)

00/00/1939 Publicação de 'From the South Seas' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 38 anos)

00/00/1956 Publicação de 'New Lives for Old' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 55 anos)

00/00/1959 Publicação de 'An Anthropologist at Work' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 58 anos)

00/00/1970 Publicação de 'Culture and Commitment' (obra de Margaret Mead) (Aprox. 69 anos)

15/11/1978 Morte da antropóloga americana Margaret Mead (76 anos 10 meses 30 dias)

00/00/1980 Publicação de 'Aspects of the Present' (obra póstuma de Margaret Mead)

01 Quando estudamos as sociedades mais simples, não podem deixar de nos impressionar as muitas maneiras como o homem tomou umas poucas sugestões e as traçou em belas e imaginosas texturas sociais que denominamos civilizações. Seu ambiente natural muniu-o de alguns constrastes e periodicidades notáveis: o dia e a noite, a mudança das estações, o incansável crescer e minguar da lua, a desova dos peixes e as épocas de migração dos animais e pássaros. Sua própria natureza física forneceu-lhe outros pontos importantes: idade e sexo, ritmo de nascimento, maturação e velhice e a estrutura do parentesco consanguíneo. Diferenças entre um e outro animal, entre um e outro indivíduo, diferenças em ferocidade ou em mansidão, em coragem ou em esperteza, em riqueza de imaginação ou em perseverante obtusidade - todas proporcionaram sugestões a partir das quais foi possível desenvolver as idéias de categoria e casta, de sacerdócios especiais, do artista e do oráculo.

(1901•1978)

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Gênero: Uma Breve IntroduçãoMaria Luiza Heilborn

Doutora em Antropologia, Professora Adjuntado Departamento de Ciências Sociais da

Universidade do Rio de Janeiro - UERJ

(Artigo extraído do livro Gênero e Desenvolvimento Institucional em ONGs- Núcleo de Estudos Mulher e Políticas Públicas, IBAM, 1995)

Tem-se falado muito em gênero ultimamente. Tropeça-se nesta palavra em artigos de jornais, nos panfletos dos movimentos sociais, em trabalhos acadêmicos. Um pouco da história do conceito pode ajudar a entender o que significa esse termo que parece ter amaldiçoado a palavra sexo.

Gênero é um conceito das ciências sociais que se refere à construção social do sexo. Significa dizer que a palavra sexo designa agora, no jargão da análise sociológica, somente a caracterização anatomofisiológica dos seres humanos e a atividade sexual propriamente dita. O conceito de gênero existe, portanto, para distinguir a dimensão biológica da social. O raciocínio que apóia essa distinção baseia-se na idéia de que há machos e fêmeas na espécie humana, mas a qualidade de ser homem e ser mulher é realizada pela cultura (Heilborn, 1991). Mas, por que é possível afirmar-se que homens e mulheres só existem na cultura, ou melhor, que são realidades sociais e não naturais?

A antropologia, ciência que estuda a diversidade cultural das sociedades, é o campo do saber que melhor pode responder a esta questão. Ela sustenta e vem demonstrando que, em se tratando de cultura, a dimensão biológica fica bastante obscurecida na medida em que é próprio da condição dos humanos a capacitação cultural como essencial à sobrevivência. É a cultura que humaniza a espécie, e o faz em sentidos muito diferentes. Através da comparação entre diversas sociedades, pode-se perceber que homens e mulheres são concebidos e modelados de maneira muito variada, salientando-se, assim, a fraca indicação que a natureza desempenha na definição de comportamentos sociais. Um bom exemplo dessa modelação dos seres humanos diz respeito às convicções muito difundidas sobre correlação inata entre sexo e personalidade. Tomando a cultura ocidental, imagina-se que o masculino é dotado de maior agressividade e o feminino de maior suavidade e delicadeza. Em geral, no senso comum, imagina-se que esses traços de comportamento são naturais. A antropóloga americana, Margareth Mead, resolveu estudar essa questão na década de 30. Seu livro:Sexo e Temperamento (Mead, 1969) é uma das mais conhecidas obras antropológicas fora do gueto acadêmico. Nele estão os resultados de sua pesquisa na Nova Guiné sobre o que então se chamava de papéis sexuais, e que hoje em dia chamamos de construção social do gênero. Da comparação entre três culturas (Arapesh, Mundugomor e Tchammbuli) que compartilhavam de uma organização social semelhante, Mead destaca que

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em duas delas (as duas primeiras mencionadas) a cultura não estabelece um padrão sentimental distinto para homens e mulheres. Existe sim um tipo de personalidade ou temperamento socialmente aprovado para todos os integrantes da sociedade. Assim, segundo os nossos critérios de avaliação a cultura Arapesh poderia ser caracterizada como maternal, tendo na docilidade o traço valorado. Já entre os Mundugomor o comportamento agressivo era incentivado para homens e mulheres. "Entre os Arapesh e os Mundugomor, os homens e as mulheres possuem idealmente a mesma personalidade social, ao passo que entre os Tchammbuli suas personalidades se opõem e se completam idealmente" (Mead, 1969, p.255). O caso analisado por Mead diz respeito à questão de como determinadas culturas podem não enfatizar uma relação entre sexo e personalidade. Já em outras, o sistema simbólico em torno da diferença sexual pode eleger o que chamamos de afetividade como um campo privilegiado de diferenciação entre os gêneros. Uma outra dimensão da vida social em que se expressam essas representações sobre masculino e feminino é a dimensão sexual do trabalho.

O exemplo de diversas sociedades ajuda a esclarecer que, embora certas idéias vigentes em determinados lugares sociais relacionem certos trabalhos com um dos sexos, em outra sociedade, a coisa se passa de modo muito distinto. Considere-se o caso da produção da cerâmica, que em alguns lugares é uma atividade masculina, em outros feminina ou ainda pode ser indiferente que seja feita por homens e mulheres. Resulta desse exemplo a conclusão de que a capacitação para uma determinada tarefa não é produzida originalmente pela natureza dos sexos, mas pela cultura que simboliza as atividades como masculinas ou femininas.

Há, no entanto, uma determinada dimensão em que a diferença se instala, é no trabalho reprodutivo, sendo que várias linhas interpretativas explicam estar na apropriação da fecundidade feminina pelo sexo masculino a origem da desigualdade entre os gêneros presentes em diversas sociedades (Barbieri, 1991). As mulheres têm tido um papel significativo na atividade procriativa até o atual momento, embora os avanços da tecnologia genética possam no futuro alterar esse quadro. Mas considerando o quadro atual, ocorre que a distribuição das tarefas entre os sexos é, em muitos sistemas culturais, entendida como uma espécie de extensão das diferenças anatômicas (procriativas) entre os sexos. Assim, parece "natural", que caiba ao sexo feminino uma série de tarefas associadas ao papel que a mulher ocupa no processo reprodutivo. O cuidado com a prole é sempre destinado às mulheres, mas este se situa para além do papel propriamente reprodutivo. Entretanto, ainda assim, recebe uma carga simbólica de atributo pré-social da condição feminina. As mulheres estariam, assim, ideologicamente, representadas como mais presas ou imersas no plano natural do que os homens. Contudo, a indicação da natureza ou o constrangimento que exerce sobre a organização social para essas tarefas é débil; em sociedade lidamos com formas institucionais e, portanto, arbitrárias. É apenas por um efeito da ideologia que ocorre ser freqüente "conceber instituições estáveis da sociedade antes como formas 'naturais' de organização da vida coletiva que como produtos mutáveis da atividade social". (Durham, 1983,p.15).

Deixemos de lado, as sociedades primitivas. As sociedades em que vivemos também estão organizadas por critérios de diferenciação de gênero, que importam em experiências sociais muito diversificadas para homens e mulheres. Este acondicionamento acopla-se com outros de igual importância como o de classe, raça e origem regional, de religião e assim por diante. Um exemplo pode ajudar a tornar claro o que chamamos de diferença na experiência social, considerando que esta é a dimensão possível de vida para todos nós seres produzidos, pela cultura. A socióloga francesa Anette Langevin (1987) fez diversos estudos demonstrando de que modo o tempo, aparentemente universal, é experimentado variadamente por homens e mulheres. O tempo da mulher é o tempo do outro; o tempo é usado para cuidar de terceiros menos do que aquele vivenciado pelo gênero masculino. O "desperdício do tempo" é socialmente mais aceito para as mulheres, assim como também quando se move na escala social, os mais pobres são submetidos a maiores perdas do seu tempo.

Em uma pesquisa realizada em dois bairros populares cariocas (Heilborn: no prelo), em que se buscava mensurar o tempo gasto por crianças dos dois sexos com o trabalho dentro de casa, observou-se que as meninas, em função da socialização para um determinado papel de gênero, utilizam grande parte do seu dia com atividades necessárias para o sustento de grupo doméstico. A partir da idade de cinco anos são responsáveis gradativamente por uma série de tarefas: limpar e varrer a casa, lavar e passar roupa, esquentar comida, quando não fazê-la e cuidar dos irmãos menores. Quando se contrasta o início das atividades femininas com as que são submetidos os meninos observa-se que estes, nessa primeira parte da

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infância, dispõem de muito mais tempo para brincar. Crianças do sexo masculino quando desempenham tarefas em casa ficam responsáveis por atividades simbolicamente marcadas como "exteriores" ao domínio da casa. Recorrentemente, as atividades domésticas para meninos São definidas como lavar banheiro e varrer quintal ou áreas mais externas da casa, como a laje superior, ou ainda jogar lixo fora. Tais tarefas revestem-se de uma categorização de masculino porque envolvem, segundo os sujeitos sociais, mais "peso". Não se trata, como bem se sabe, de implicar efetivamente trabalho mais pesado, mas sim a vigência do valor a ele atribuído, associada à concepção de que trabalho de homem envolve um sentido de maior força física necessária.

Estrutura-se dessa maneira uma dinâmica das relações de gênero na família que vai construindo uma percepção diferenciada do tempo e da experiência entre as crianças. Os meninos, comparativamente às garotas, gozam nos primeiros anos de suas vidas de uma relativa "liberdade", derivada da construção social da masculinidade nesses grupos sociais. "Menino é mais livre", é a avaliação em tom de queixa mais comum que se ouve enunciar por parte das crianças do sexo feminino entrevistadas. Em decorrência do atributo de uma maior exterioridade frente ao domínio da casa, os meninos têm acesso a um tempo de lazer que decorre fora das vistas de seus parentes, que só podem, portanto, exercer sobre ele um controle menos direto. As meninas e adolescentes, via de regra, são objeto de restrições relativas aos locais que podem freqüentar e ao tempo que podem passar na "rua". Assim o tempo jamais é neutro. A infância é experimentada a partir de indicações sociais, que conformam a trajetória de vida.

Esses exemplos servem para ilustrar as indicações que o gênero pode oferecer para a análise de situações concretas, e de que modo a formulação de políticas públicas deve levar em consideração que a população-alvo de suas metas não é homogênea. Considerar a variedade das experiências sociais importa em melhor planejar a modificação das condições de vida da população.

Duas sociólogas inglesas Caroline Moser e Caren Levi (1988) desenvolveram uma distinção muito utilizada entre os instrumentos que devem orientar a formulação de políticas públicas, considerando-se uma perspectiva de gênero. As autoras identificam a existência de duas dimensões na vida das mulheres: o papel reprodutivo e o produtivo, sendo que nesse plano está implícita a concepção de trabalho sob remuneração. Os termos propostos pelas autoras são: necessidades práticas de gênero e necessidades estratégicas de gênero. As primeiras são aquelas em que, em função da atribuição de papéis sociais destinados pela lógica social às mulheres, recaem sob sua responsabilidade, por exemplo, no contexto dos movimentos sociais urbanos e luta pela melhoria das condições de vida nos quais as mulheres se envolvem com a administração comunitária - saneamento para melhor cuidado com as crianças. A formulação de políticas nessa área pode considerar as especificidades da vida feminina e de certo modo melhorar a qualidade de vida, bem como de outros sujeitos sociais que estão sob seus cuidados. Mas tais políticas não reverteriam a situação de distribuição assimétrica de papéis entre homens e mulheres, para que tal se passe são imperativas políticas que considerem as necessidades estratégicas de gênero. Estas são as políticas públicas que podem de fato alterar a divisão do trabalho entre os sexos, redefinindo portanto o papel da mulher na sociedade.

Recapitulando, gênero é um conceito que visa apontar para a não continuidade entre o sexo físico e o sexo social, e que tem sido usado por diversos campos de conhecimento. O comportamento esperado de uma pessoa de um determinado sexo é produto das convenções sociais acerca do gênero em um contexto social específico. E mais, essas idéias acerca do que se espera de homens e mulheres são produzidas relacionalmente; isto é: quando se fala em identidades socialmente construídas, o discurso sociológico/ antropológico está enfatizando que a atribuição de papéis e identidades para ambos os sexos forma um sistema simbolicamente concatenado.

Mas por que gênero? Essa categoria foi tomada de empréstimo à gramática. As disciplinas da linguagem, aliás, têm fornecido diversos instrumentos analíticos ao saber antropológico. Em seu sentido original, gênero é o fenômeno da presença em algumas línguas (por exemplo, as indo-européias) de desinências diferenciadas para designar indivíduos de sexos diferentes ou ainda coisas sexuadas.

Gênero, nas ciências sociais, como vimos, tomou outros foros e significa a distinção entre atributos culturais alocados a cada um dos sexos e a dimensão biológica dos seres humanos

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(Scott, 1990). O grande impacto que vem produzindo nas análises sociais funda-se em ter chamado a atenção para o fato de que uma parte da humanidade estava na invisibilidade - as mulheres - e seu uso assinala que tanto elas quanto os homens são produto do meio social e portanto sua condição é variável.

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HEILBORN, Maria Luiza. Gênero e condição feminina: uma abordagem antropológica. In: INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, Rio de Janeiro. Escola Nacional de Serviços Urbanos. Núcleo de Estudos Mulher e Políticas Públicas. Mulher e políticas públicas. Rio de Janeiro, 1991.p.23-37.

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