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MAREV Regimento Interno Residentes

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MAREV

Regimento Interno

Residentes

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Regimento Interno - Residentes .

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SUMÁRIO

REGIMENTO INTERNO DOS RESIDENTES DA .............................................................................................. 3

ASSOCIAÇAO MARINGÁ APOIANDO A RECUPERAÇÃO DE VIDAS - MAREV .......................................... 3

Capítulo I: Triagem ...................................................................................................................................... 3

Capítulo II: Internação ................................................................................................................................. 5

Capítulo III: Metodologia de Tratamento Acrescentar o trabalho profissional ....................................... 6

Capítulo IV: Do Período de Adaptação no Recanto de Patmos ............................................................... 6

Capítulo V: Do Tratamento .......................................................................................................................... 7

Capítulo VI: Atividades ................................................................................................................................ 8

Capítulo 7: Dos direitos dos Residentes ..................................................................................................11

Capítulo 8: Dos deveres dos residentes ...................................................................................................13

Capítulo 9: Das Advertências ....................................................................................................................18

Capítulo 10: Do Desligamento Voluntário (Alta Requerida) ....................................................................18

e Involuntário (Alta administrativa) ...........................................................................................................18

Capítulo 11: Do Encerramento...................................................................................................................19

Capítulo 12: Das Relações Familiares e Visitas .......................................................................................19

Capítulo 13: Das Disposições Gerais ........................................................................................................21

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REGIMENTO INTERNO DOS RESIDENTES DA

ASSOCIAÇAO MARINGÁ APOIANDO A RECUPERAÇÃO DE VIDAS - MAREV

O presente Regimento Interno refere-se ao funcionamento operativo de normas e regras da Comunidade

Terapêutica Associação Maringá Apoiando a Recuperação de Vidas - MAREV, segundo o Estatuto da mesma

entidade, denominada pela abreviação ortográfica MAREV.

O procedimento inicial de tratamento é a Triagem e se realiza na Casa São Francisco de Assis, localizada na

Av. Guaiapó, 767, Conjunto Requião I, Maringá/PR.

O próximo passo é o internamento que se dá em uma propriedade rural denominada Recanto de Patmos,

localizada na estrada Paulo Guerra, s/nº Gleba Ribeirão Sarandi, lote n.º 218-A.

Capítulo I: Triagem

Art. 1º. – Denomina-se Triagem, o processo de avaliação do candidato ao internamento na MAREV.

Parágrafo Único: É indispensável este procedimento para que haja o internamento do candidato.

Art. 2º. - Para ser realizada a Triagem, é necessário que o candidato esteja presente, consciente (sem o uso

de substâncias que alterem seu poder de compreensão cognitiva) e acompanhado de pelo menos um

responsável legal.

Art. 3º. – O agendamento da triagem deve ser realizado antecipadamente, por meio de contato telefônico

e/ou pessoalmente.

§ 1º. – a Triagem é realizada com dia e horário estabelecidos, por ordem de chegada no local, pela Equipe de

Tratamento;

§ 2º. – a Triagem é realizada na Casa São Francisco de Assis, com sede na Av. Guaiapó, 767, Conjunto

Requião I, Maringá/PR;

§ 3º. – o atendimento de Triagem é realizado em no máximo cinco candidatos por período e seus respectivos

responsáveis legal. Os demais serão agendados para datas posteriores.

Art. 4º. – A Triagem será realizada por profissionais de Psicologia e Serviço Social credenciados pela

MAREV.

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Art. 5º. – Dos procedimentos a serem realizados:

I - Anamnese Psicológica com o candidato para preenchimento do prontuário;

II - Anamnese Social com o responsável legal, para complemento do preenchimento do prontuário.

Art. 6º. – Dos Critérios de Avaliação:

I – Ter idade entre 12 e 59;

II – Adesão voluntária pelo candidato;

III – Ser adicto, ou seja, dependente químico e/ou alcoolista;

IV – Não são elegíveis para tratamento neste serviço oferecido, os candidatos em avaliação que

apresentarem grau de comprometimento grave no âmbito orgânico e/ou psicológico, devendo ser

encaminhados a outras modalidades de atenção;

V – Não apresentar antecedências criminais a cumprir em regime fechado.

Art. 7º. – Caso a equipe técnica de Triagem avalie o candidato como apto ao tratamento, o candidato e seu

responsável legal:

I – devem receber orientações sobre o programa terapêutico, presente no Manual de Tratamento, entregue

neste momento;

II – Devem receber a relação básica de internamento, o qual solicita exames laboratoriais e atestados

específicos, documentos pessoais, materiais de estudo para o tratamento, documentos e materiais escolares

(caso não tenha completado o ensino médio), enxoval, materiais para higiene pessoal e limpeza, sem os

quais não será efetivado o internamento;

III – Encaminhamento da família e/ou responsável legal para grupos de mútua ajuda (Amor-Exigente, Allanon,

Cristma, NATA, NAFTA);

IV – Quando estiver em mãos com os exames laboratoriais e os atestados do candidato, o responsável

deverá entrar em contato com a entidade, e havendo vaga disponível, a Assistente Social agendará o

internamento; e caso não haja disponibilidade de vaga no momento do contato, o candidato aguardará na

lista de espera;

V – Nos casos em que o candidato estiver aguardando a vaga para o tratamento, o mesmo será

encaminhado à rede de serviços (grupos de mútuo ajuda, serviço ambulatorial e/ou desintoxicação).

Parágrafo Único - Caso o candidato seja considerado inapto ao tratamento, será sugerido encaminhamentos

para rede de serviços adequados ao candidato, tendo a possibilidade de uma nova triagem em momento

posterior.

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Art. 8º. – A triagem tem validade de 90 dias.

Capítulo II: Internação

Art. 9º. – A internação consiste na entrada do candidato na Comunidade Terapêutica, ato no qual deverá

estar acompanhado do responsável legal, ter sido aprovado pelo processo de Triagem e ter agendado seu

internamento previamente com a Assistente Social.

§ 1º. – A internação se dá em uma propriedade rural denominada Recanto de Patmos, localizada na Estrada

Paulo Guerra s/nº Gleba Ribeirão Sarandi, lote n.º 218-A, onde é feito todo o tratamento.

Parágrafo Único – Para o internamento, o candidato e seu responsável legal devem estar presente na Casa

São Francisco de Assis (Triagem), situada a Av. Guaiapó, 767, Conjunto Requião I, Maringá/PR, no dia e

horário pré-estabelecidos pela Assistente Social.

Art. 10º. – Para o ato do internamento, o candidato e seu responsável legal devem apresentar:

I – Exames laboratoriais e atestados específicos;

II – Documentos pessoais;

III – Materiais de estudo para o tratamento;

IV – Documentos e materiais escolares (caso não tenha concluído o ensino médio);

V – Enxoval;

VI – Materiais para higiene pessoal;

VII – Materiais de limpeza.

Art. 11º. – No ato de internamento, será solicitada assinatura do termo exigência para o internamento, termo

de uso de imagem, protocolo de documentos, declaração de ciência: regras para reintegração familiar, termo

de compromisso 24 horas, termo de compromisso e deveres, termo “despesa passagem”, sendo também

realizada pela equipe de coordenação a revista de busca corporal minuciosa no candidato e seus pertences.

Parágrafo Único – A revista se realizará com respeito à dignidade humana, sem exposição ou humilhação do

candidato.

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Capítulo III: Metodologia de Tratamento

Art. 12º. – A metodologia de trabalho é fundamentada na trilogia terapêutica Oração, Trabalho e Disciplina,

cujas atividades contemplem e desenvolvam os aspectos das dimensões humanas: bio-psico-social, mística,

sócio-político-ecológico e capacitação técnica.

§ 1º. – Entende-se por Oração o desenvolvimento da Espiritualidade com proposta de uma reflexão espiritual,

aceitação de um Poder Superior e uma nova maneira de olhar a vida, subsídios necessários no processo de

reformulação de projeto de vida, primando pelo respeito à liberdade religiosa.

§ 2º. – Entende-se por Trabalho a atividade consciente e social do homem, visando a transformar o meio em

que habita segundo suas próprias necessidades. Através do trabalho, aumenta-se a possibilidade de

desenvolvimento da linguagem, a troca e transmissão de experiências adquiridas, a organização social, bem

como a transformação e aperfeiçoamento de métodos de trabalho. O trabalho pode ser entendido de duas

formas: o trabalho físico e o trabalho emocional/ intelectual. Sob o ponto de vista bio-psico-social, o trabalho

gera o convívio entre os pares, contribuindo para o equilíbrio da dimensão humana afetiva do residente em

processo terapêutico no MAREV.

§ 3º. – Entende-se por Disciplina o ato de manter uma ordem conveniente ao funcionamento de determinada

coisa. É respeitar e seguir as regras estabelecidas. O homem tem a capacidade de observar os

comportamentos que lhe agradam e, como resultado, apreender os meios para atingir seus objetivos. Isso

facilita a tarefa de disciplinar. A disciplina não deve depender somente de um individuo, mas de cada

situação, dos objetivos e dos motivos que levaram ao estabelecimento de determinada norma. O padrão de

disciplina deve ser reavaliado de acordo com as diversas situações.1

Capítulo IV: Do Período de Adaptação no Recanto de Patmos2

Art. 13º. – O período de adaptação no Recanto de Patmos compreende o período em que os novos

residentes 3 se adaptam as normas, regras e rotinas da casa.

Parágrafo Único – este período é de 15 dias.

1 DRUMMOND, Maria Canal Caetano. DRUMMOND, Helio Caetano Filho. “Drogas: a busca de respostas”. Ed.

Loyola, SP, 1998. 2 Recanto de Patmos é a nomenclatura utilizada a fazenda onde os residentes passam pelo período de tratamento na

entidade MAREV. 3 Residente é a nomenclatura utilizada para se referir ao usuário de substância psicoativa em recuperação.

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Art. 14º. – O residente em período de adaptação terá atividades específicas, devidamente acompanhadas e

orientadas por uma equipe técnica, objetivando o aprendizado das tarefas, atividades, normas e regras da

Comunidade Terapêutica.

Parágrafo Único – o residente em período de adaptação não está sujeito às medidas sócio-educativas,

porém, está sujeito às regras de desligamento e abandono de tratamento.

Capítulo V: Do Tratamento

Art. 15º. – O tratamento compreenderá o período de 09 meses de internamento, distribuídos em 03 etapas e

associados aos 12 Passos para os Cristãos adaptados do A.A - Alcoólicos Anônimos e N.A – Narcóticos

Anônimos, bem como avaliados através de observações e formulários, entre outros instrumentos ao término

de cada etapa, dos objetivos atingidos.

Art. 16º. – A Primeira Etapa, corresponde aos quatro primeiros passos. Nesta Etapa, a pessoa tanto aceita a

mudança, quanto a rejeita. O trabalho terapêutico consiste em subsidiar a ação de mudança e dá inicio às

atividades que continuarão por todo o tratamento.

Parágrafo Único – Os objetivos deste período compreendem:

I - Desintoxicação;

II - Adaptação às Regras e Normas da Casa;

III - Introdução ao Processo de Espiritualidade;

IV - Inicio de atendimentos de saúde;

V - Inicio de terapia em grupo e/ou individual;

VI - Inicio das atividades laborais,

VII - Iniciar participação nos demais Projetos e Atividades da Entidade, descritos no capítulo VI.

Art. 17º. – A Segunda Etapa corresponde do 4o. ao 8o. passo. Nesta Etapa, se prevê a consciência e

construção de mudança. A estratégia terapêutica consiste em auxiliar a pessoa a determinar a linha de ação

a ser seguida na busca da mudança de estilo de vida.

Parágrafo Único – Os objetivos deste período compreendem:

I - Compreender claramente as regras;

II - Iniciar a elaboração do projeto de vida;

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III - Iniciar o resgate de relações familiares;

IV - Iniciar a Prevenção de Recaída;

V – Dar continuidade na participação de projetos e atividades da Entidade.

Art. 18º. – A Terceira Etapa corresponde do 9o ao 12o. passos. Nesta Etapa, o residente engaja-se em ações

específicas para chegar a uma mudança. Tendo o desafio de manter a mudança obtida pela ação anterior e

evitar a recaída. A manutenção da mudança exige uma diversidade de habilidades e estratégias diferentes

das que foram primeiramente necessárias para a obtenção de mudança. A função terapêutica neste caso

consiste em auxiliar a pessoa a dar passos rumo à mudança e auxiliar o residente em identificar e a utilizar

estratégias de prevenção de recaída. Este estágio corresponde à reinserção social.

§ 1º. – Os objetivos deste período compreendem:

I - Concluir projeto de vida;

II - Visitas familiares;

III - Concluir e adequar à prevenção de recaída;

IV - Verificar o desenvolvimento das 05 dimensões humanas;

V – Dar continuidade na participação de projetos e atividades da Entidade;

VI – Encaminhamento e acompanhamento de grupos de mútua-ajuda para adictos (NA - Narcóticos Anônimos

e A.A - Alcoólatras Anônimos, Grupo da Sobriedade, NATA - Núcleo Apoio a Toxicômanos e Alcoólatras);

VII – Visitas Domiciliares pela equipe técnica;

VIII – Encaminhamentos para Rede Social (saúde, educação, cultura, mercado de trabalho);

IX – Graduação.

§ 2º. Entende-se por visitas familiares as saídas programadas, ou seja, três visitas domiciliares, a primeira

aos 06 meses, a segunda aos 07 meses e a terceira aos 08 meses de internamento, objetivando o processo

de reinserção.

Capítulo VI: Atividades

Art. 19º. – As atividades propostas serão desenvolvidas durante os nove meses de internamento, sempre

associadas às necessidades dos Residentes.

Art. 20º. – Atividades Relacionadas à Oração: 4

I - Estudos Bíblicos (Leitura Bíblica);

II - Os 12 passos de um Adicto5;

4 Catecismo da Igreja Católica. Ed. Vozes, 1993.

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a. Primeiro Passo: Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que

tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

b. Segundo Passo: Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à

sanidade.

c. Terceiro Passo: Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o

concebíamos.

d. Quarto Passo: Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

e. Quinto Passo: Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza

exata de nossas falhas.

f. Sexto Passo: Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

g. Sétimo Passo: Humildemente rogamos a ele que nos livrasse de nossas imperfeições.

h. Oitavo Passo: Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos

a reparar os danos a elas causados.

i. Nono Passo: Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo

quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou outrem.

j. Décimo Passo: Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitimos

prontamente.

k. Décimo Primeiro Passo: Procuramos, por meio da prece e da meditação, melhorar nosso contato

consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em

relação a nós e forças para realizar essa vontade.

l. Décimo Segundo Passo: Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos

transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

III - Retiro Espiritual.

IV - Atendimento individualizado com orientação espiritual.

V – Grupos de Oração, RCC (Renovação Carismática Católica, Catequese, Grupo de Formação Humana).

VI – Momentos de reflexão, orações e cânticos.

Art. 21º. – Atividades Relacionadas ao Trabalho de Laborterapia: consiste no trabalho de manutenção da

entidade, com o propósito de transformar o meio em que habita segundo suas próprias necessidades. Através

do trabalho laboral, estimula-se o cuidado com a organização, auto-estima, o trabalho em grupo, a humildade,

a empatia, a solução de problemas na convivência do grupo, bem como o aprendizado de tarefas domésticas

e de subsistência.

5 RAHM, Pe. Haroldo J. “Doze Passos para os Cristãos: Jornada espiritual com Amor-Exigente”. Ed. Loyola. SP, 1994.

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§ 1º. – A laborterapia, no Recanto de Patmos se dá em rotatividade quinzenal, com duração de

aproximadamente três horas diárias sob supervisão constante de um membro da equipe de tratamento.

§ 2º. – A laborterapia se dá nos seguintes trabalhos:

I – Cozinha: preparação de alimentos e auxiliam na limpeza e manutenção da cozinha;

II – Faxina: limpeza interna e externa dos dormitórios, salas de reunião, salas de atendimentos, refeitório e

banheiros;

III – Horta: realização do plantio e cultivo de hortaliças, raízes e vegetais;

IV – Almoxarifado: controle e liberação de materiais e manutenção das ferramentas em geral;

V – Trato de animais: manejo, alimentação, limpeza e demais cuidados necessários;

VI – Pomar e jardinagem: manutenção de flores, gramados, cultivo e colheita de frutas;

VII – Padaria: preparação de alimentos (pães, bolos, bolachas etc.) e auxiliam na limpeza e manutenção da

padaria;

VIII- Centro de Formação: sala de atendimento, biblioteca, informática e capacitação, limpeza interna e

externa.

§ 3º. – Os residentes em período de adaptação farão apenas trabalhos internos da casa.

Art. 22º. – Atividades relacionadas ao Trabalho Terapêutico:

I - Atendimento psicoterápico individual ou em grupo (Psicóloga);

II - Atendimento individual social ou em grupo (Assistente Social);

III - Atendimentos individuais (Coordenação);

IV - Grupo de Apoio (A.A, G.A.S.), de Sentimento e de Confronto;

V - Prevenção de Recaída;

VI - 12 passos;

VII - Oficina de Cidadania;

VIII - Oficina Multifamiliar;

IX - Oficina de Música;

X - Oficina de Informática;

XI - Atendimento Médico;

XII – Atendimento odontológico;

XIII – Escolarização CEEBJA;

XIV – Cursos profissionalizantes;

XV- Palestra de prevenção.

Parágrafo Único – As atividades serão descritas, organizadas e ampliadas no Plano de Ação Anual.

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Art. 23º. – Atividades Relacionadas à Disciplina:

I - Práticas Esportivas;

II - Cronogramas;

III - Medidas Sócio-Educativas;

IV - Reuniões gerais e de fechamento semanal (participam equipe de tratamento e residentes).

Parágrafo Único – As atividades serão descritas, organizadas e ampliadas no Plano de Ação Anual.

Art. 24º. – Atividades relacionadas ao Lazer – são atividades previstas em cronograma, cujo objetivo é de

proporcionar momentos de prazer, descontração e integração entre equipe de tratamento e residentes:

I - Esporte: Atividade de condicionamento físico, futebol, futsal, jogo de malha, basquete, tênis de mesa, jogos

de tabuleiros e pedagógicos;

II - Televisão – filmes pré-selecionados, jornais, esportes, programas culturais, educativos e espirituais;

III - Jogos recreativos ex: (gincana);

IV – Músicas pré-selecionadas;

Capítulo 7: Dos direitos dos Residentes

Art. 25º. – Receber um tratamento digno, respeitoso e seguro, independente de raça, credo religioso ou

político, nacionalidade, orientações sexuais, antecedentes criminais ou situação financeira.

Art. 26º. – Viver em ambiente sadio e livre de drogas lícitas ou ilícitas (ex: tabaco, crack e álcool), sexo e

violência.

Art. 27º. – Estar protegido de todas as formas de violência que ferem a dignidade humana.

Art. 28º. – Ser encaminhado a recursos externos, em caso de doenças, quando a Entidade não dispuser de

meios para atendê-lo.

Art. 29º. – Ter possibilidade de expor sugestões e críticas construtivas, relacionadas com a vida da entidade

a equipe técnica de tratamento.

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Art. 30º. – Deixar o programa a qualquer tempo, sem sofrer nenhum tipo de constrangimento. Deverão ser

tomadas as medidas necessárias, e o residente deverá aguardar na entidade, participando de todas as

atividades, por um período de máximo de 24 horas (dias úteis), 72 horas (feriados e fim de semana).

Art. 31º. – Cumprir as normas da comunidade terapêutica, livremente aceita por ele.

Art. 32º. – Contribuir para que haja um clima de cordialidade e de respeito mútuo dentro da entidade.

Art. 33º. – O residente tem direito de receber uma ligação por mês após a visita, de seu responsável legal,

caso este encontra-se em localidades muito distante que impossibilite a visita.

Art. 34º. – Os residentes poderão enviar duas (02) cartas por semana, para familiares e amigos desde que

aprovado pela equipe de tratamento.

Art. 35º. - Os residentes poderão receber cartas de seus familiares, que após serem lidas pela coordenação,

serão entregues para o residente.

Art. 36º. – Os residentes terão direito de receber espontaneamente, atendimento de orientação espiritual

individualizado.

Art. 37º. – No dia do aniversário do residente, será permitido receber de seu responsável legal, bolo e

refrescos para a comemoração junto da entidade.

Art. 38º. – Os residentes poderão ter saídas autorizadas para atendimentos médicos, odontológicos,

falecimentos de familiares de primeiro grau, audiências, perícias médicas (INSS) e outros casos necessários,

obedecidas às normas abaixo:

§ 1º. – Nos casos de enfermidades graves e emergências, é de responsabilidade da equipe técnica da

MAREV comunicar a família após o atendimento inicial;

§ 2º. – Nos casos em que o residente necessite de internação, repouso, medicamentos, dieta alimentar e

outros, por orientação médica, o mesmo poderá ser afastado da entidade e encaminhado à família

temporariamente, ficando garantida sua vaga após a liberação médica e continuidade de seu tratamento,

desde que não haja violação da abstinência do uso de drogas ou álcool neste período;

§ 3º. – Em casos especiais não citados, a decisão será analisada pela Equipe técnica.

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Capítulo 8: Dos deveres dos residentes

Art. 39º. – Estar disposto a cumprir o regulamento, o regimento interno e os cronogramas de atividades e

horários, e alguns cuidados importantes para o convívio em comunidade:

§ 1º. – Dormitório:

I. Se acordar antes do horário do despertar, permanecer em silêncio;

II. Manter silêncio após as 22h;

III. Arrumar sua cama, todos os dias;

IV. Lavar toda a roupa de cama e banho, a cada 7 (sete) dias ou quando necessário ;

V. Manter sua higiene pessoal;

VI. Fazer a barba, cavanhaque e bigode, pelo menos, a cada 2 (dois) dias;

VII. Cortar o cabelo pelo menos uma vez ao mês;

VIII. Deixar armários sempre organizados;

IX. Colocar colchões no sol todos os Sábados;

X. Limpar bem tênis, sapatos e chinelos antes de guardar;

XI. Não é permitido guardar qualquer tipo de alimento ou remédios nos armários;

XII. Não é permitido permanecer nos quartos em horário de atividades do cronograma sem autorização da

equipe de tratamento;

XIII. Não é permitido deixar roupas sujas no quarto e nos armários;

XIV. Não é permitido colar, escrever e pregar qualquer objeto nos armários;

XV. Não é permitido deixar meias dentro de tênis, bota ou sapato;

XVI. Não é permitido entrar nos quartos durante a faxina;

XVII. Não é permitido deixar sapatos ou tênis em baixo dos beliches;

XVIII. Não é permitido deitar nas camas fora do horário permitido;

XIX. Não é permitido sentar na cama do companheiro sem permissão;

XX. Não é permitido entrar no quarto que não reside;

XXI. Sair do quarto após o toque de recolher, somente para ir ao banheiro;

XXII. Não deixar objetos pendurados ou jogados na cama;

XXIII. Não fazer atividades no dormitório;

XXIV. Não é permitido andar nu ou somente de cueca no dormitório.

§ 2º. – Banheiros:

I. Lavar bem as mãos, com sabonete, todas as vezes que utilizar o banheiro;

II. Dar descarga após o uso do vaso sanitário;

III. Respeitar o corpo e respeitar-se;

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IV. Manter o banheiro limpo e organizado;

V. Fazer uso correto de vasos sanitários, chuveiros e pias;

VI. Não é permitido sair do banheiro nu ou de toalha;

VII. Não é permitido deixar objetos pessoais no banheiro;

VIII. Não é permitido deixar roupas no banheiro;

IX. Não é permitido lavar roupa, chinelo ou qualquer outro objeto debaixo do chuveiro;

X. Não é permitido tomar banho com os pés sujos de terra (lavar os pés antes na ducha externa);

XI. Não é permitido deixar pasta de dentes, pente, escova de dente no lavatório comunitário;

XII. Jogar papel somente no cesto;

XIII. Ao sair do banho passar rodo para tirar o excesso de água, independente de ter outra pessoa para tomar

banho;

XIV. Não é permitido ficar com gracejos ou brincadeiras indecorosas;

XV. O banho não deve ultrapassar 05 (cinco) minutos.

§ 3º. – Almoxarifado:

I. Guardar as ferramentas após uso devidamente organizadas;

II. Lavar e cuidar das ferramentas;

III. Qualquer dano de uso indevido de ferramentas poderá ser solicitado a reposição pela família.

IV. Não é permitido pegar e ou manusear materiais e ferramentas sem autorização.

§ 4º. – Cozinha:

I. Estar limpo e uniformizado (toca e avental);

II. Lavar a cozinha após o uso;

III. Limpar a geladeira e freezer todos os dias e a cada mudança de auxiliar de cozinha (15 dias), e faxina

geral no fim de semana ou quando se fizer necessário;

IV. Despertar segundo o cronograma especificado pela Equipe técnica;

V. Após almoço, café e jantar deixar a cozinha limpa e organizada;

VI. Não é permitido comer qualquer tipo de alimento dentro da cozinha;

VII. Não é permitido entrar sem camisa dentro da cozinha;

VIII. Não é permitido trabalhar com unhas grandes e mãos sujas;

IX. Não é permitido comer fora dos horários estabelecidos, inclusive os que trabalham na cozinha;

X. Não é permitido entrar na despensa de alimentos, sem autorização;

XI. Não é permitido deixar louças e panelas sujas de um dia para o outro;

XII. Não é permitido guardar comida em panelas de alumínio no fogão, forno, balcão frigorífico, geladeira ou

freezer, sobras de comida deverão ser guardando em vasilhas com tampas de plástico;

XIII. Seguir cronograma e obrigações dos auxiliares de cozinheiros;

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XIV. Trabalhar de avental e touca;

XV. Seguir as orientações do cardápio elaborado pela nutricionista;

XVI. Zelar para que não haja desperdício de alimento e material de limpeza;

XVII. Manter tudo organizado e limpo;

XVIII. § 5º. – Refeitório;

XIX. Não é permitido jogar comida fora;

XX. Não é permitido conversar durante as filas das refeições;

XXI. Não é permitido bater os pratos nos cesto do lixo;

XXII. Não é permitido comer sem camiseta ou com camiseta sem mangas ou regatas;

XXIII. Não é permitido conversar com a equipe da cozinha quando estiver servindo;

XXIV. Não é permitido repetir antes de todos se servirem, inclusive a equipe da cozinha;

XXV. Lavar as mãos antes das refeições;

XXVI. Respeitar as filas;

XXVII. Observar o silêncio na hora das refeições;

XXVIII. Servir-se somente daquilo que vai comer, evitando desperdiço;

XXIX. Separar o lixo em cesto separado (ex. copos de plástico separado de resto de comidas);

XXX. Colocar talheres, bandejas e copos em recipientes separados, conforme orientação da equipe da

cozinha.

§ 6º. – Lavanderia

I. Não é permitido lavar roupa sem permissão;

II. Não é permitido utilizar a máquina de lavar sem esfregar a roupa;

III. Não é permitido deixar roupa no varal após estarem seca;

IV. Não é permitido torcer roupa nas torneiras;

V. Não é permitido deixar roupa de molho no tanque ou máquina de lavar;

VI. Não é permitido deixar por mais de 24 h roupas de molho em baldes;

VII. Esvaziar, limpar o tanque de lavar roupas;

VIII. Guardar baldes, escova e sabão após o uso;

IX. Lavar roupa de cama (lençóis e fronhas) toda semana, cobertas a cada 15 dias.

§ 7º. – Nas Reuniões

I. Não é permitido participar sem camiseta ou com camiseta sem mangas ou regatas;

II. Não é permitido sair durante as reuniões para ir ao banheiro, beber água ou buscar material;

III. Não é permitido utilizar shorts curtos na presença de grupos externos;

IV. Não é permitido rir e comentar sobre aberturas e partilhas;

V. Antes da reunião iniciar ir ao banheiro, beber água e pegar material;

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VI. Lavar-se antes de iniciar a reunião;

VII. Utilizar no peito crachá de identificação, durante a presença de grupos externos;

VIII. Sentar-se adequadamente;

IX. Participar ativamente da reunião, com atenção e dedicação;

§ 8º. – Das Saídas (Médicos / Atividades):

I. Não é permitido sair de shorts, chinelo, bonés ou toca;

II. Não é permitido trazer qualquer tipo de objeto ou alimento na volta para a entidade;

III. Não é permitido conversar com amigos, conhecidos ou parentes, que por ventura encontrar;

IV. Não é permitido fazer uso de telefone público, particular ou celular;

V. Não é permitido fumar;

VI. Zelar pela imagem da entidade;

VII. Usar a camiseta do Marev;

VIII. Falar educadamente e não se envolver em discussão com companheiros.

§ 9º. – Laborterapia:

I. Não é permitido escolher trabalho;

II. Não é permitido trabalhar externamente (horta, jardim, plantações, animais,etc.) de chinelo ou descalço;

III. Não é permitido sentar durante a hora de trabalho, mas somente nos intervalos determinados;

IV. Não é permitido parar o trabalho antes da hora determinada;

V. Não é permitido trocar de serviço sem autorização;

VI. Não é permitido deixar de cumprir o que foi determinado no trabalho;

VII. Estarem trocados com roupa de trabalho no inicio das atividades matinais;

VIII. Ao terminar a tarefa determinada avisar os coordenadores;

IX. Limpar as ferramentas utilizadas na laborterapia e devolve-la para o responsável, caso tenha ocorrido à

quebra de qualquer ferramenta comunicar os coordenadores/monitores;

X. Lavar-se após a laborterapia.

§ 10º. – Nos dias de Visita

I. Não é permitido sair das dependências da entidade;

II. Não é permitido permanecer dentro de carro de familiares;

III. Não é permitido utilizar telefone celular de familiares;

IV. Não é permitido aceitar qualquer tipo de alimento trazido pelos familiares, para consumo individual;

V. Não é permitido pegar dinheiro, cigarros de familiares;

VI. Não é permitido qualquer contato íntimo entre casais;

VII. Utilizar camiseta do Recanto de Patmos;

VIII. Utilizar no peito crachá de identificação;

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IX. Orientar os familiares sobre as normas da casa;

X. Não é permitido deitar nas camas sem autorização da equipe de tratamento (residentes e/ou familiares);

XI. Não é permitido em caso de desistência do tratamento, desligar-se no dia da visita.

Art. 40º. – Os familiares e residentes participarão das atividades internas coordenadas pela equipe técnica e

os grupos de apoio.

Art. 41º. – O relacionamento com os outros residentes deve ser de ajuda mútua, estímulo, confiança,

cooperação e respeito.

Art. 42º. – Obedecer e acatar as decisões e orientações da equipe técnica.

Art. 43º. – Observar rigorosamente a disciplina da entidade.

Art. 44º. – Zelar para que não haja bebidas alcoólicas, drogas e/ou medicamentos não prescritos por ordem

médica dentro da comunidade terapêutica.

Art. 45º. – Zelar para que não haja transação, contato ou uso de drogas de nenhuma espécie na entidade, é

responsabilidade de todos que encaram o processo de recuperação.

Art. 46º. – Os internos serão submetidos periodicamente a uma avaliação individual mensalmente sobre seu

desempenho nas atividades diárias de partilha, trabalho e disciplina.

Art. 47º. – Manter limpas as áreas internas e externas, utilizando sempre os lixos.

Art. 48º. – Devolver aos devidos lugares e em ordem os objetos de uso comum (bíblias, ferramentas, baldes,

rodos, vassouras, esponjas, etc.) após a utilização deixar sempre limpos.

Art. 49º. – Zelar para que não haja desperdício de produtos de uso comum (sabonetes, sabão, pasta de

dente, material de limpeza, etc.) e pela conservação dos objetos da MAREV.

Art. 50º. – Não será permitido ao residente, nos diversos ambientes (área comum, dormitório, banheiros,

almoxarifado, cozinha):

I - Usar e manusear ferramentas, equipamentos e veículos que possam trazer riscos de acidentes;

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II - Andar em trajes inadequados na entidade.

Capítulo 9: Das Advertências

Art. 51º. – O não cumprimento de quaisquer umas das normas descritas acima, implicará em medidas sócio

educativas (MSE).

Art. 52º. – Serão casos de advertência escrita:

I - A reincidência do não cumprimento das normas descritas;

II - Não cumprir as atividades propostas pela coordenação e equipe de tratamento sem justificativa;

III - Influenciar o grupo de modo negativo e/ou provocar discórdia entre os outros companheiros.

Capítulo 10: Do Desligamento Voluntário (Alta Requerida)

e Involuntário (Alta administrativa)

Art. 53º. – Todo residente tem o direito de requerer seu desligamento em qualquer fase do tratamento.

§ 1º. – Ao desistir do programa, o residente deve solicitar à equipe de tratamento o seu desligamento,

justificando o motivo por escrito, dispondo-se há aguardar 24 horas (úteis) 72 horas (feriados e fim de

semana), tempo que poderá repensar se continuará no tratamento ou efetivar a desistência;

§ 2º. – A família será comunicada caso o residente opte pela desistência;

§ 3º. – A entidade não se responsabiliza por fugas que possam ocorrer com os residentes, cabendo somente

informar a ocorrência à sua família ou órgão competente;

§ 4º. – Em caso de desistência/abandono do tratamento de residentes encaminhados por determinação da

Justiça, será comunicado ao órgão responsável pelo encaminhamento;

§ 5º. – No caso de recaída o dependente só poderá retornar ao tratamento após 1 (um) ano, mediante

avaliação da equipe técnica e disponibilidade de vaga. Em casos excepcionais este prazo poderá ser

reduzido, conforme deliberação da equipe técnica, desde que haja disponibilidade de vaga.

Art. 54º. – O desligamento involuntário se dá por:

I - Desrespeitar voluntários, visitantes, equipe técnica e diretoria;

II - Receber a terceira advertência escrita;

III - Roubar ou tomar para si, objetos ou pertences de qualquer membro ou patrimônio da entidade;

IV - Sexo de qualquer espécie;

V - Ultrapassar os limites físicos da entidade sem autorização;

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VI - Usar, portar ou incentivar o uso de drogas dentro da entidade, inclusive o tabaco;

VII - Usar, portar ou incentivar o uso de drogas no período de saída para visitar familiares ou no caso de

saídas autorizadas;

VIII - Violência física ou qualquer espécie de agressão contra si, contra outro residente, equipe técnica,

voluntários, diretoria e visitantes.

Parágrafo Único – No desligamento involuntário do programa a equipe técnica comunicará de imediato o

responsável legal e comunicará em oficio o órgão responsável pelo encaminhamento.

Art. 55º. – No caso de desligamento involuntário o individuo não terá direito a retornar a entidade por tempo

indeterminado.

Art. 56º. – Os pertences do residente desligado ficarão na administração por no máximo uma semana, salvo

no caso de acordado com a equipe técnica. Após este período serão disponibilizados para doação.

Capítulo 11: Do Encerramento

Art. 57º. – O tratamento se encerra ao término de nove meses do tratamento terapêutico.

§ 1º. – Ao término de nove meses, deverá ser agendada uma celebração de conclusão de tratamento

terapêutico, intitulada “Graduação”, realizada na própria entidade, na presença de convidados do residente,

equipe técnica, diretoria, voluntários e do Padre celebrante.

§ 2º. – O residente graduado poderá retornar à entidade como visita, no dia da reintegração familiar (visita),

desde que esteja em acompanhamento externo e se mantenha em sobriedade.

§ 3º. – Caso venha a recair, poderá retornar ao tratamento terapêutico, após 12 (doze) meses de graduação,

sobre avaliação da equipe técnica.

Capítulo 12: Das Relações Familiares e Visitas

Art. 58º. – Entende-se por relações familiares o encontro mensal realizado na própria entidade tendo como

objetivo a manutenção, restauração e o fortalecimento do vínculo familiar.

§ 1º. – A reintegração familiar (visita) ao residente será concedida após o período de adaptação.

§ 2º. – A reintegração familiar (visita) acontecerá todo 1º domingo de cada mês entre as 09: 00 h e 16:00 h.

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§ 3º. – O responsável deverá comparecer na Triagem - Casa São Francisco de Assis, localizada na Av.

Guaiapó, 767, Conjunto Requião I, Maringá/PR. das 8:30 h as 9:30 h para retirar os crachás dos visitantes, é

necessário apresentação de carteirinhas de freqüência de reuniões de grupo de apoio.

§ 4º. – O deslocamento até a entidade poderá ser feito em carro particular.

§ 5º. – A Marev disponibilizará um ônibus para o deslocamento até a unidade de tratamento para familiares

que não possuem veículos próprios.

§ 6º. – Não será permitida a entrada na entidade após as 09h45min ou sem o crachá.

§ 7º. – O número máximo de visitantes, por residente, é de 5 (cinco) pessoas acima de 13 anos, desde que

comprovadas as suas freqüências nas reuniões do Amor Exigente e/ou outro grupo de mútua-ajuda. E abaixo

de 13 anos que tenha grau de parentesco com o residente são liberadas para as visitas e de participar das

reuniões.

§ 8º. – No lanche comunitário, do dia da reintegração familiar (visita), é de responsabilidade da família trazer

refrigerantes,salgados sobremesas e doces, que serão entregues a coordenação no Recanto de Patmos.

§ 9º. – A reintegração familiar (visita) termina às 16h, com devolução obrigatória dos crachás.

Art. 59º. – Durante a reintegração familiar (visita) cabe a família manter a prática de bons modos e disciplina

da entidade:

I - É permitido conhecer os quartos acompanhados da equipe técnica;

II - Não é permitido permanecer nos quartos;

III - Não é permitido deitar nas camas;

IV - O almoço será comunitário no refeitório;

V - Os locais de acesso no dia serão apenas nas áreas sociais: sala de televisão, quadra, refeitório, varanda

e jardins ao redor. Não será autorizado o acesso em locais como: cozinha, sala de atendimentos,

almoxarifado, horta e viveiro;

VI – É permitido utilizar os banheiros sociais da entidade;

VII - As salas de atendimentos serão utilizadas junto da equipe técnica;

VIII - Todo material (objetos, cartas, doces e outros) trazido para os residentes, deverá ser entregue a equipe

técnica com o nome do residente;

IX - Os alimentos deverão ser entregues a equipe técnica;

X - Não é permitido atirar lixos fora dos recipientes adequados;

XI - Não é permitida a entrega de dinheiro aos residentes;

XII - Não é permitido apanhar frutas, verduras, legumes, flores, etc. na entidade;

XIII - É responsabilidade dos visitantes manterem a organização da entidade nos dias de visita;

XIV - É vetado à família permitir que o residente possa dirigir e/ou entrar em veículos dos familiares;

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XV - Não é permitido partilhar aparelhos eletrônicos: mp3, celulares e similares;

XVI - Não é permito ultrapassar os limites da entidade;

XVII - Não é permitido o visitante portar maços/carteiras de cigarros consigo, proibido assim fumar na

entidade;

XVIII - Dentro da entidade são seguidas normas rígidas de conduta e disciplina, na dúvida do que é permitido

ou não, deve-se consultar a coordenação.

Art. 60º. – É importante que a família informe qualquer comportamento inadequado que venha perceber do

residente no dia da reintegração familiar (visita).

Art. 61º. – Os visitantes do sexo feminino devem estar trajadas de forma sóbria, não sendo permitido o uso

de shorts, mini-saias, roupas decotada e transparente. Do s visitantes do sexo masculino não será permitido

tirar a camisa ou camiseta, tal como não andar descalços. Caso os trajes sejam considerados inadequados,

será sugerido a troca da roupa ou o uso de uma camiseta da própria entidade, caso contrário, não será

permitido a permanência no recinto.

Art. 62º. – Não será permitido receber visitas de namoradas(os) e amigos sem autorização da equipe técnica,

e estas se darão nos mesmos dias da reintegração familiar (visita), obedecendo sempre o limite de 5 pessoas

acima de 13 anos por visita.

Art. 63º. – As famílias serão responsáveis pelas pessoas que forem indicadas para a visita, portanto, fica

vetada a entrada de pessoas que venham ou posam influenciar negativamente no andamento do tratamento.

Art. 64º. - Na reintegração familiar (visita), a equipe técnica entregará aos familiares ou responsáveis, uma

avaliação individual mensal do residente.

Art. 65º. – Durante o tratamento, serão realizadas visitas pela equipe técnica nas residências dos residentes,

cujo objetivo é observar sua realidade e buscar subsídios para o tratamento e resgate de vínculos entre o

residente e sua família.

Capítulo 13: Das Disposições Gerais

Art. 66º. - O residente deve cuidar de todo e qualquer material da entidade. Caso danifique qualquer material,

deverá substituir ou providenciar o seu conserto.

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Art. 67º. – Não é permitido trocas, vendas e/ou doações de qualquer espécie entre os residentes.

Art. 68º. – Não é permitido o uso de linguagem “chula”, de “baixo calão” e palavrões.

Art. 69º. – Tudo que entrar e sair da entidade será analisado pela equipe técnica, sejam cartas, objetos,

roupas entre outras coisas.

Art. 70º. – Ao ouvir o sinal, o residente deve se dirigir imediatamente ao local solicitado.

Art. 71º. – Não é permitido o uso de material pornográfico e/ou erótico de qualquer espécie.

Art. 72º. – Não é permitido qualquer tipo de agressão, seja física, moral e/ou verbal a equipe técnica,

companheiros da entidade, diretoria e voluntários.

Art. 73º. – Manter organizado seus objetos pessoais.

Art. 74º. – Cuidar de sua higiene pessoal e aparência.

Art. 75º. – Não é permitido armas de qualquer espécie e/ou equipamentos para fins de defesa pessoal.

Art. 76º. – Não é permitido uso de qualquer substância química dentro da MAREV, e qualquer medicamento

deverá ser entregue para a equipe técnica, com receita médica.

Art. 77º. – Não é permitido trazer ou manter dinheiro dentro da entidade.

Art. 78º. – Não é permitido trazer para a MAREV qualquer tipo de alimento, doces, refrigerantes para

consumo individual.

Art. 79º. – Não é permitido utilizar mp3 (ou similares), walkman, celular, brincos, piercings ou óculos de sol.

Art. 80º. – Não é permitido falar de adicção ativa, a não ser em reuniões acompanhados da equipe de

tratamento.

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Art. 81º. – Não é permitido colocar pés em banco, paredes, cadeiras ou sofá e deitar sobre o mesmo.

Art. 82º. – Não é permitido enviar qualquer tipo de carta, bilhete ou recado, para fora da entidade sem

conhecimento da equipe técnica.

Art. 83º. – Não é permitido entrar na cozinha, despensa e escritório sem permissão.

Art. 84º. – Não é permitido entrar com calçados em dias de chuva dentro dos cômodos.

Art. 85º. – Não é permitido deixar roupas ou sapatos jogados no chão ou nos cômodos.

Art. 86º. – Não é permitido ligar rádio ou televisão sem autorização.

Art. 87º. – Não é permitido Cuspir em locais indevidos.

Art. 88º. – Não é permitido Urinar fora dos banheiros.

Art. 89º. – Não é permitido Chamar o companheiro por apelido.

Art. 90º. – Não é permitido Fumar cigarro ou qualquer tipo de tabaco, conforme lei 9.294/96.

Art. 91º - Não é permitido ficar sem vestimenta apropriada na presença feminina.

Maringá, 24 de janeiro 2011.