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Notícias InforFisco MARÇO A MAIO DE 2007 SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2007 .................................. 2 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 3 3. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL .............................................................. 6 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO................................................ 7 5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 15 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 16 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 21

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Notícias InforFisco

MARÇO A MAIO DE 2007

SUMÁRIO

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2007.................................. 2

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 3

3. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL .............................................................. 6

4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO................................................ 7

5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 15

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 16

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 21

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2007

DIPLOMA ASSUNTO

PORT 321-A/2007,

de 26.3.2007

IRC - CONTABILIDADE - ORGANIZAÇÃO - MEIOS INFORMÁTICOS - Cria um ficheiro normalizado com o objectivo de permitir uma exportação

fácil de um conjunto predefinido de registos contabilísticos quando

solicitados pelos serviços de inspecção tributária. A organização deste

ficheiro é obrigatória para as entidades que, exercendo a título principal

uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, organizem a

sua contabilidade com recurso a meios informáticos. Esta obrigação

aplica-se, relativamente aos sistemas de facturação, às operações

efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2008 e, relativamente aos sistemas

de contabilidade, aos registos correspondentes aos exercícios de 2008 e

seguintes.

DL 81/2007,

de 29.3.2007

DGCI - ORGANIZAÇÃO - Define a missão, atribuições e tipo de

organização da Direcção-Geral dos Impostos.

PORT 348/2007,

de 30.3.2007

DGCI - ESTRUTURA - Determina a estrutura nuclear dos serviços e as

competências das unidades orgânicas da DGCI.

DL 114/2007,

de 19.4.2007

REGULARIDADE FISCAL - CERTIDÃO - DISPENSA - Institui a

faculdade de dispensa, no relacionamento com os serviços públicos, de

apresentação de certidão comprovativa de situação tributária ou

contributiva regularizada sendo esta informação recolhida directamente

pelo serviço público, por via electrónica, nos sites das Declarações

Electrónicas e do Serviço Segurança Social Directa, após prévio

consentimento do titular dos dados.

PORT 499/2007,

de 30.4.2007

IRC - IRS - IVA - SELO - IES - DECLARAÇÃO ANUAL - Define os

termos da transmissão electrónica de dados da informação empresarial

simplificada (IES) instituída pelo Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Janeiro.

DL 196/2007,

de 15.5.2007

IVA - FACTURA ELECTRÓNICA - REQUISITOS - Regula as condições

técnicas para a emissão, conservação e arquivamento das facturas

emitidas por via electrónica nos termos do Código do IVA.

. 2 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

PORT 629/2007,

de 30.5.2007

IMV - LIQUIDAÇÃO - PAGAMENTO - Procede à fixação do prazo para a

liquidação e pagamento do imposto municipal sobre veículos (IMV)

relativo ao ano de 2007. Nos casos em que a aquisição do dístico se

efectue junto dos revendedores e outras entidades autorizadas o prazo

decorre entre 14 de Junho e 31 de Julho; e entre 1 de Junho e 31 de

Julho, nos casos em que a aquisição dos dísticos se efectue por

liquidação electrónica.

PORT 630/2007,

de 30.5.2007

IMI - CADERNETA PREDIAL RÚSTICA - Aprova os modelos oficiais da

matriz predial rústica informatizada e da caderneta predial de prédios

rústicos.

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

4/2007,

de 6.3.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Divulga as tabelas de retenção de IRS a aplicar em 2007, aprovadas pelo

Despacho n.º 62/2007, de 19 de Fevereiro, do Secretário Regional das

Finanças e do Plano da Região Autónoma da Madeira.

5/2007,

de 13.3.2007

IRS - REGIME SIMPLIFICADO - CONTABILIDADE - OPÇÃO - PRAZO -

Divulga entendimento no sentido de que os sujeitos passivos que, embora

preenchendo os requisitos para tributação pelo regime simplificado,

optaram, em 2006, pelo regime da contabilidade devem exercer

novamente essa opção até ao final do mês de Março de 2007.

Relativamente aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado

que pretendam optar pelo regime da contabilidade organizada podem

fazê-lo até ao fim do mês de Março, ainda que não tenham completado 3

anos de permanência naquele regime. Ambas as opções serão válidas

para o triénio 2007-2009.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART28)

. 3 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

6/2007,

de 13.3.2007

IRC - REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO - GRUPO DE SOCIEDADES - Esclarece dúvidas relativamente ao cumprimento das

obrigações declarativas no âmbito do Regime Especial de Tributação dos

Grupos de Sociedades (RETGS), em face das alterações introduzidas ao

artigo 63.º do CIRC pela Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (Lei do

OE/07).

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART63)

- OFÍCIOS-CIRCULADOS

N.º/DATA ASSUNTO

20123, da DSIRC,

de 2.3.2007

DERRAMA - Divulga a taxa da derrama, lançada para cobrança em 2007,

a aplicar nos concelhos de Mértola, Ponte da Barca e Sobral de Monte

Agraço e que será de 10%.

30100, da DSIVA,

de 28.3.2007

IVA - INCIDÊNCIA - SUJEITO PASSIVO - SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - REVERSE CHARGE - Divulga o entendimento da

administração tributária sobre o sentido e alcance da norma da alínea j),

do n.º 1, do artigo 2.º do CIVA, que estabelece o regime de inversão do

sujeito passivo em caso de aquisição de serviços de construção civil.

(Obs. Orientação reformulada. Vd. Of. Circulado n.º 30101, de 24 de Maio

de 2007)

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART2 N1 J)

90010, do Gab SDG-

Cobrança,

de 30.3.2007

BAO - Divulga o novo traçado do Boletim de Actividade Oficioso, de

preenchimento obrigatório sempre que forem detectadas omissões,

alterações ou inexactidões relativamente aos dados de cadastro único, e

respectivas instruções de preenchimento.

60055, do Gab SDG

Justiça Tributária,

de 15.4.2007

PT - CPPT - EXECUÇÃO COMUM - RECLAMAÇÃO DE CRÉDITOS - Instruções sobre reclamação de créditos fiscais em processo de execução

comum.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART80)

. 4 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

20124, da DSRI,

de 9.5.2007

IRS - DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL - Orientação relativa à

intervenção da DSRI (Direcção de Serviços de Relações Internacionais)

na apreciação de reclamações, recursos e impugnações respeitantes à

aplicação de normas destinadas a evitar a dupla tributação internacional

do rendimento.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART81)

30101, da DSIVA,

de 24.5.2007

IVA - INCIDÊNCIA - SUJEITO PASSIVO - SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - REVERSE CHARGE - Divulga o entendimento da

administração tributária sobre o sentido e alcance da norma da alínea j),

do n.º 1, do artigo 2.º do CIVA, que estabelece o regime de inversão do

sujeito passivo em caso de aquisição de serviços de construção civil.

(Obs. Reformula a orientação divulgada através do Ofício-Circulado n.º

30100, de 28 de Março de 2007)

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART2 N1 J)

90011, do Gab. do SDG da

Cobrança,

de 29.5.2007

IRC - INÍCIO DE ACTIVIDADE - ALTERAÇÕES - CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE - DECLARAÇÃO - INTERNET - Comunica ter sido alargado

o processo de desmaterialização total das declarações de cadastro a

todos os sujeitos passivos, pessoas colectivas e pessoas singulares.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART111)

- CIRCULARES DA DGAIEC

N.º/DATA ASSUNTO

29/2007,

de 13.4.2007

IVA - MATÉRIA COLECTÁVEL - IMPORTAÇÃO - INTERNET - Divulga

entendimento no sentido da exigibilidade de apresentação de factura,

para liquidação do IVA devido, na importação de bens adquiridos a

empresas via Internet, por particulares. Considera que se estas

transacções chamadas de “comércio electrónico” têm como suporte uma

factura, em tudo idêntica às emitidas para transacções entre empresas,

esta deverá ser apresentada no momento da importação, servindo para

efeitos do cálculo do valor aduaneiro e, consequentemente, para a

constituição da base tributável do IVA.

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART17 N1)

- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS

N.º/DATA ASSUNTO

Desp. n.º 9979/2007,

de 2.5.2007

PT - PA - DGCI - DELEGAÇÃO DE PODERES - Delega competências

próprias nos chefes dos serviços de finanças e directores de finanças.

(Publicação: DR, II, n.º 104, de 30.5.2007)

(O texto integral deste Despacho pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPA ART35)

- SECRETÁRIO REGIONAL DO PLANO E FINANÇAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

N.º/DATA ASSUNTO

Desp. n.º 62/2007,

de 19.2.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Aprova as Tabelas de Retenção de IRS para vigorarem durante o ano de

2007 na Região Autónoma da Madeira.

(Publicação: JORAM, II, n.º 42. de 1.3.2007)

3. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

TIPO SUMÁRIO

Acórdão n.º 311/2007,

Proc. n.º 127/07,

de 16.5.2007

PT - INSTITUIÇÃO DESPORTIVA - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - Julga inconstitucionais, por violação das disposições conjugadas dos

artigos 103.º, n.º 2, e 165.º, n.º 1, alínea i) da Constituição da República

Portuguesa, as normas constantes dos números 1 e 2, do artigo 39.º do

Decreto-Lei n.º 67/97, na parte em que as mesmas admitem a

responsabilidade pessoal, ilimitada e solidária, pelo pagamento das

dívidas fiscais ao credor tributário das pessoas aí mencionadas.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DL 67/97 ART39)

. 6 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 498/06

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - PRÉMIOS - SORTEIO - CONCURSO - I - Os prémios em espécie atribuídos em concursos e sorteios estão sujeitos

a IRS. II - A tributação destes rendimentos ocorre por retenção na fonte a

título definitivo com carácter liberatório, nos termos do artigo 74.º do

CIRS. III - Tal retenção cabe à entidade organizadora do concurso ou

sorteio que deduzirá, nos termos do artigo 94.º do CIRS, a importância

correspondente ao rendimento sujeito a tributação. IV - O prémio pago

que é entregue ao beneficiário corresponde ao valor líquido de IRS. V -

Mostra-se devidamente fundamentada a correcção quando ao seu

destinatário se dá a conhecer o itinerário cognoscitivo e valorativo

subjacente, enunciando as razões de facto e de direito que a motivaram,

qualificando e quantificando o facto tributário.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART71 N2 B)

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 587/06

IVA - DEDUÇÃO - IMÓVEL - PRÉDIO - ALIENAÇÃO -REGULARIZAÇÃO - I - A fundamentação tem que ser expressa, clara,

suficiente e congruente. II - Está suficientemente fundamentado o acto de

liquidação adicional se as conclusões do relatório da fiscalização

esclarecem, minimamente, o contribuinte que dele foi notificado, das

razões de facto e de direito que levaram a Administração Fiscal a liquidar

o imposto em causa. II - Se durante o período de regularização das

deduções relativas ao activo imobilizado, o contribuinte procedeu à venda

dos bens imóveis, onde exercia a sua actividade, a um terceiro que, por

sua vez, o arrendou àquele para o exercício da mesma actividade e

continuando afectos à sua finalidade industrial, o contribuinte está

obrigado a regularizar, a favor da Administração Fiscal, o IVA que havia

deduzido e resultante do investimento feito como proprietário e,

posteriormente, como inquilino. IV - Na verdade, os bens saíram do

activo imobilizado da firma, não podendo sequer conjecturar-se a

possibilidade de se considerar que continuam afectos à sua finalidade

industrial, pois, não sendo mais pertença da mesma, não poderia estar

afecta a essa finalidade, já que o que possui agora é o direito ao

arrendamento e não os bens em si mesmo.

. 7 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART24 N5)

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 647/06

IVA - REGIME ESPECIAL - BENS EM SEGUNDA MÃO - MATÉRIA COLECTÁVEL - VEÍCULO AUTOMÓVEL - IA - I - As directivas

comunitárias têm aplicação directa no direito interno português se as

disposições respectivas forem incondicionais e suficientemente precisas e

tenha já transcorrido o prazo para a sua transposição para o direito

interno. II - A transmissão de bens em segunda mão (carros usados

adquiridos em países da CE), ocorrida depois de 1 de Janeiro de 1995,

mas antes da vigência do Decreto-Lei n.º 199/96 de 18 de Outubro, é

regulada directamente pelas pertinentes normas da Directiva n.º 94/5/CE,

de 14 de Fevereiro de 1994. III - O valor tributável dos veículos

comprados em segunda mão no estrangeiro e vendidos no território

nacional é constituído pela diferença entre o preço de compra, com

inclusão do IVA e o preço de venda. IV - No preço de compra não se inclui

o imposto automóvel, pois este é pago em Portugal e a aquisição dos

veículos ocorreu no estrangeiro.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DL 199/96 ANEXO ART4)

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 877/06

IRC - CONTRA ORDENAÇÃO - PAGAMENTO POR CONTA - De acordo

com o facto típico modelado pela alínea f), do n.º 5, do artigo 114.º do

Regime Geral das Infracções Tributárias, para que a falta de pagamento

por conta constitua infracção tributária punível de forma equiparável a

«falta de entrega da prestação tributária», torna-se absolutamente

necessária a existência de lucro tributável ao final do período do

respectivo pagamento por conta.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART114)

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 1220/06

PT - LGT - SENTENÇA - EXECUÇÃO - JUROS DE MORA - I -

Destinando-se os juros indemnizatórios e moratórios a compensar o

contribuinte pela mesma privação da disponibilidade da prestação

tributária indevidamente cobrada, eles não são cumulativos. II - Assim, os

primeiros são devidos até ao termo do prazo da execução espontânea do

julgado - artigo 43.º da Lei Geral Tributária. III - E os segundos a partir daí

e até efectivo e integral pagamento - artigo 102.º, n.º 2 do mesmo

diploma. IV - Como está em causa a reparação da privação da

. 8 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

disponibilidade da prestação tributária, é sobre esta importância (a quantia

ilegalmente liquidada) que os juros - indemnizatórios e moratórios - são

calculados. V - Está totalmente vedada pela lei a possibilidade de os juros

indemnizatórios serem fonte de novos juros - artigo 560.º do Código Civil.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART102)

Acórdão, de 7.3.2007,

Proc. n.º 6/07

PT - LGT - PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO - INTIMAÇÃO PARA CONCLUSÃO - I - Requerido à Administração Tributária o reembolso de

imposto retido na fonte, na falta de decisão no prazo do artigo 57.º, n.º 1

da Lei Geral Tributária, pode o interessado requerer em juízo a intimação

para a conclusão do procedimento em prazo a fixar pelo juiz. II - Nem a

impugnação do indeferimento presumido, nem a acção para

reconhecimento de um direito, constituem meio mais adequado «para

assegurar a tutela plena, eficaz e efectiva dos direitos ou interesses em

causa».

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART57 N1)

Acórdão, de 14.3.2007,

Proc. n.º 796/06

CONVENÇÃO ALEMANHA - IRS - IRC - VALORES MOBILIÁRIOS - MAIS VALIAS - I - De acordo com o artigo 6.º, n.º 5 da Convenção

celebrada entre Portugal e a Alemanha para evitar a dupla tributação em

matéria de impostos sobre o rendimento e sobre o capital, os rendimentos

que um residente de um Estado contratante aufira derivados da alienação

onerosa de bens mobiliários situados no outro Estado contratante só

podem ser tributados nesse outro Estado contratante se, de acordo com o

direito fiscal do Estado contratante em que tais bens estiverem situados,

tais rendimentos forem assimilados aos rendimentos derivados dos bens

imobiliários. II - Caso contrário, só podem ser tributados no Estado

contratante de que o alienante é residente, por força do n.º 4, do artigo

13.º da mesma Convenção. III - Assim, nos termos das disposições legais

citadas, a mais-valia realizada por uma residente na Alemanha em

resultado da alienação onerosa de uma quota de uma sociedade com

sede em Portugal só pode ser tributada na Alemanha, uma vez que no

sistema fiscal português os rendimentos dos bens mobiliários não se

mostram assimilados, isto é, equiparados aos rendimentos dos bens

imobiliários.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

. 9 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

Pesquisa: Descritores supra ou CONVENCAO ALEMANHA ART6)

Acórdão, de 14.3.2007,

Proc. n.º 189/07

PT - LGT - SIGILO BANCÁRIO - DERROGAÇÃO - REQUISITOS - I - A

derrogação do sigilo bancário, nos termos da alínea c), do n.º 2, do artigo

63.º-B da LGT, na redacção da Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro, só

é possível quando existam indícios da prática de crime doloso em matéria

tributária. II - Não existem indícios da prática de crime doloso em matéria

tributária se apenas vem comprovada a existência de dois empréstimos

sobre o mesmo imóvel e que o interessado não colaborou com a

administração tributária. III - Em tal caso, não é de conceder a derrogação

do sigilo bancário.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART63-B)

Acórdão, de 21.3.2007,

Proc. n.º 829/06

PT - CPPT - EXECUÇÃO FISCAL - OPOSIÇÃO - PRAZO - I - Citado

regularmente o executado, dispunha este do respectivo prazo legal para

se opor à execução. II - Pelo que, decorrido tal prazo, fica precludido o

direito de o executado se opor à execução. III - Se o executado for citado

uma segunda vez, tal citação não tem a virtualidade de lhe permitir, em

novo prazo, opor-se à execução.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART203)

Acórdão, de 21.3.2007,

Proc. n.º 1180/06

IVA - OFERTA - PEQUENO VALOR - CONCEITO – I - É material e

organicamente inconstitucional, por ofender o artigo 103.º, n.º 2, e 165.º,

n.º 1, alínea i) da CRP, a criação, por Circular da DGCI, de um limite

máximo, calculado em função do volume de negócios do ano anterior,

para «ofertas de pequeno valor» referidas na 2.ª parte da alínea f), do n.º

3, do artigo 3.º do C.I.V.A. II - Há lugar a pagamento de juros

indemnizatórios, nos termos dos n.º 1 e 2, do artigo 43.º da LGT, no caso

de ser judicialmente anulada a autoliquidação efectuada de acordo com

instruções genéricas da administração tributária, publicadas em circular.

Obs. A doutrina deste acórdão refere-se à Circular n.º 16/89, da DGCI,

que define o que, para efeitos de aplicação do regime do IVA, se deve

considerar como ofertas de pequeno valor segundo os usos comerciais.

No mesmo sentido deste acórdão vd. STA, Ac. de 11.4.2007, Proc. 35/07,

Ac. de 26.4.2007 - Proc. 7/07, Ac. de 26.4.2007, Proc. 36/07, Ac. de

26.4.2007, Proc. 53/07, Ac. de 26.4.2007, Proc. 54/07 e Ac. de 2.5.2007,

Proc. 106/07.

. 10 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

(O texto integral deste Acórdão, bem como da Circular e dos Acórdãos

acima referidos, pode ser consultado na Base InforFisco. Pesquisa:

Descritores supra ou CIVA ART3 N3 F)

Acórdão, de 21.3.2007,

Proc. n.º 1201/06

PT - RECLAMAÇÃO GRACIOSA - INDEFERIMENTO TÁCITO - RECURSO HIERÁRQUICO - Ao abrigo do disposto no n.º 1, do artigo

76.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, cabe recurso

hierárquico de decisão de reclamação graciosa, tanto de decisão de

indeferimento expresso como de decisão de indeferimento tácito.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART76)

Acórdão, de 11.4.2007,

Proc. n.º 99/07

PT - RECLAMAÇÃO GRACIOSA - INDEFERIMENTO - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - I - Da decisão de indeferimento de reclamação graciosa pode

haver impugnação judicial, no prazo de 15 dias. II - Todavia, da decisão

de indeferimento de reclamação graciosa pode haver também recurso

hierárquico (facultativo e sem efeito suspensivo), no prazo de 30 dias. III -

E da decisão do recurso hierárquico é admissível, ainda, impugnação

judicial, no prazo de 90 dias. IV - O meio processual próprio para a

discussão da legalidade do acto de liquidação tributária é a impugnação

judicial, e não o recurso contencioso.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART102)

Acórdão, de 11.4.2007

Proc. n.º 204/07

PT - RGIT - CONTRA ORDENAÇÃO - COIMA - DECISÃO - REQUISITOS - Decretada, em processo judicial de contra-ordenação

tributária, a nulidade insuprível resultante da ausência de fundamentação

da decisão administrativa que aplica a coima, não há lugar à absolvição

da instância do arguido, mas à baixa dos autos à autoridade que aplicou a

coima, para eventual renovação do acto sancionatório.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART63)

Acórdão, de 18.4.2007,

Proc. n.º 1177/06

IRS - DEDUÇÃO - PENSÕES - I - As pensões a que o sujeito passivo

esteja obrigado, para efeitos de abatimento em vista do apuramento do

rendimento colectável em IRS, são unicamente as obrigações

comprovadas através de sentença judicial ou de acordo judicialmente

homologado - de harmonia com o disposto na alínea g), do n.º 1, do artigo

55.º do Código do IRS [redacção da Lei n.º 2/92, de 9 de Maio]. II - Deste

modo, para o dito abatimento, o valor das pensões será elegível na estrita

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medida em que tiver expressão judicial apenas. III - E, assim entendida,

aquela norma tributária não padece de inconstitucionalidade.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART56)

Acórdão, de 18.4.2007,

Proc. n.º 242/07

PT - LGT - LISTA DE DEVEDORES - PUBLICIDADE - A pendência de

oposição à execução fiscal em que se discute a verificação dos

pressupostos da reversão contra o responsável subsidiário obsta a que a

Administração insira o seu nome na lista de contribuintes cuja situação

tributária não se encontra regularizada, ao abrigo da alínea a), do n.º 5, do

artigo 64.º da Lei Geral Tributária, na redacção da Lei n.º 60-A/2005, de

30 de Dezembro.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART64 N5)

Acórdão, de 26.4.2007,

Proc. n.º 39/07

PT - LGT - JUROS INDEMNIZATÓRIOS - PRESSUPOSTOS - I - A

liquidação de emolumentos notariais, relativa à celebração de uma

escritura de alteração do pacto social de uma sociedade anónima,

efectuada com base na aplicação da taxa indicada no artigo 5.º da Tabela

de Emolumentos do Notariado, aprovada pela Portaria n.º 996/98, de 25

de Novembro, em função do valor do acto, constitui uma imposição sem

carácter remuneratório para efeitos dos artigos 10.º e 12.º, n.º 1, alínea e)

da Directiva 69/335/CEE, do Conselho, de 17 de Julho de 1969. II - Como

tal, não estando a possibilidade de liquidação de tais emolumentos

prevista neste artigo 12.º, ela é ilegal, por violação daquele artigo 10.º. III

- Para efeitos da obrigação de pagamento de juros indemnizatórios,

imposta à administração tributária pelo artigo 43.º da L.G.T., havendo um

erro de direito na liquidação e sendo ela efectuada pelos serviços, é à

administração que é imputável esse erro, sempre que a errada aplicação

da lei não tenha por base qualquer informação do contribuinte. V - Esta

imputabilidade do erro aos serviços é independente da demonstração da

culpa de qualquer dos seus funcionários ao efectuar liquidação afectada

por erro, podendo servir de base à responsabilidade por juros

indemnizatórios a falta do próprio serviço, globalmente considerado.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART43 N1)

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Acórdão, de 26.4.2007,

Proc. n.º 50/07

IRC - INCIDÊNCIA - NÃO RESIDENTE - ASSISTÊNCIA TÉCNICA - ENGINEERING - I - Um contrato, cujo objecto fundamental seja o de

«instalar um Sistema de Controlo Automática de Velocidade de Comboios

(…) compreendendo: estudo e projecto do Sistema, incluindo software,

equipamento e instalações (…)», assume natureza de contrato de

prestação de serviços técnicos (engineering), e não de contrato de

transferência de tecnologia ou de know-how. II - Pelo que não é tributável

em Portugal o rendimento proveniente de tal contrato, ao abrigo da alínea

c), do n.º 3, do artigo 4.º do Código do IRC [redacção originária].

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART4 N3 C)

Acórdão, de 26.4.2007,

Proc. n.º 127/07

IRC - INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO - PROVISÕES - I - Nos termos da

alínea d), do n.º 1, do artigo 33.º do CIRC, na redacção anterior à Lei n.º

30-G/2000, são fiscalmente dedutíveis as provisões constituídas de

harmonia com a disciplina imposta pelo Banco de Portugal às empresas

submetidas à sua fiscalização. II - As provisões fiscalmente dedutíveis

tanto podem resultar de uma disposição de carácter genérico como de um

acto administrativo individual e concreto do Banco de Portugal, de acordo

com o n.º 18 do Aviso n.º 3/95. III - Sendo irrelevante para efeitos de

consideração como custo fiscal que a constituição duma provisão que se

mostre adequada, do ponto de vista prudencial, resulte de uma prévia

determinação do Banco de Portugal ou de uma sua posterior ratificação.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART34 N1 D)

Acórdão, de 26.4.2007,

Proc. n.º 187/07

PT - LGT - SIGILO BANCÁRIO - DERROGAÇÃO - REQUISITOS - I - O

acesso da administração tributária a informação bancária relevante

relativa a familiares ou terceiros depende de autorização judicial expressa,

nos termos do n.º 7, do artigo 63.º-B da LGT. II - Os sócios e/ou

administradores duma empresa que está a ser alvo de uma inspecção

não podem deixar de considerar-se, para este efeito, terceiros ainda que

se encontrem numa relação especial com aquela.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART63-B)

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Acórdão, de 2.5.2007,

Proc. n.º 1105/06

PT - RGIT - CONTRA ORDENAÇÃO - COIMA - EXTINÇÃO - I - A

responsabilidade subsidiária do gerente falecido transfere-se para os

herdeiros do responsável, embora limitada às forças da herança. II - Nos

termos do disposto no artigo 62.º do RGIT as obrigações de pagamento

da coima e de cumprimento das sanções acessórias relativas a contra-

ordenações tributárias extinguem-se com a morte do arguido. III - Assim

sendo, a responsabilidade dos sucessores do executado originário ou dos

responsáveis solidários ou subsidiários não existirá nos casos em que a

execução tem por objecto decisão de condenação em coima ou sanção

acessória pecuniária aplicadas pela prática de contra-ordenação fiscal.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART62)

Acórdão, de 2.5.2007,

Proc. n.º 1137/06

IVA - DEDUÇÃO - ALOJAMENTO - DORMITÓRIO - I - É pressuposto do

direito à dedução do IVA que os bens e serviços estejam directamente

relacionados com o exercício da actividade dos contribuintes. II - Exclui-

se, por isso, do direito à dedução o imposto contido nas despesas

referidas no n.º 1, do artigo 21.º do CIVA, ou seja, nas despesas que não

tenham carácter estritamente profissional, tais como despesas

sumptuárias, recreativas ou de representação. III - Não se verificará,

contudo, nos termos da alínea b), do n.º 2 deste preceito a exclusão do

direito à dedução no caso de despesas relativas a fornecimento ao

pessoal da empresa, pelo próprio sujeito passivo, de alojamento,

refeições, alimentação e bebidas, em cantinas, economatos, dormitórios e

similares. IV - Uma construção, designada como “casa do caseiro”, que é

utilizada pelos trabalhadores da recorrente para aí pernoitarem e

confeccionarem as suas refeições, não sendo propriamente uma cantina

ou um dormitório, não pode deixar de ser, para efeitos da previsão da

alínea b), do n.º 2, do artigo 21.º do CIVA, pelo menos considerada um

espaço similar, na medida em que, possuindo cozinha, quartos e casa de

banho, é utilizada com essas funcionalidades. V - O imposto relativo a tal

construção não está, por isso, excluído do direito à dedução, consagrado

no n.º 1, do artigo 20.º do CIVA.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART21 N2 B)

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Acórdão, de 2.5.2007,

Proc. n.º 292/07

PT - LGT - SIGILO BANCÁRIO - DERROGAÇÃO - REQUISITOS - I - A

Administração Fiscal tem o poder de derrogação do sigilo bancário

apenas quando existam «indícios da prática de crime doloso em matéria

tributária», designadamente, em «situações em que existam factos

concretamente identificados gravemente indiciadores da falta de

veracidade do declarado» - de harmonia com o disposto na alínea c), do

n.º 2, do artigo 63.º- B da Lei Geral Tributária (na redacção da Lei n.º 30-

G/2000, de 29 de Dezembro). II - A situação de existência de dois

empréstimos, garantidos pelo mesmo prédio, não preenche a previsão

legal de «factos (…) gravemente indiciadores da falta de veracidade do

declarado», para efeitos de tributação em imposto municipal de Sisa. III -

Como assim, em tal situação, não tem fundamento legal o acesso da

Administração Fiscal a todos os documentos bancários do contribuinte. IV

- Os «factos concretamente identificados gravemente indiciadores da falta

de veracidade do declarado» constituem um prius da derrogação do sigilo

bancário - pelo que o acesso «a todos os documentos bancários» do

contribuinte é ilegítimo quando em busca da verificação daqueles factos

pressupostos.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART63-B)

5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 1.3.2007,

Proc. n.º 230/98

IRS - MATÉRIA COLECTÁVEL - MÉTODOS INDIRECTOS - PRESSUPOSTOS – I - Tendo a Fazenda Pública apurado a matéria

tributável de um contribuinte por métodos indiciários, cabia-lhe demonstrar

a verificação de algum dos requisitos legais consagrados no artigo 38.º do

CIRS, então em vigor, demonstrando ainda a impossibilidade de apurar tal

matéria por outro método. II - Sendo certo que, no entender do Tribunal,

não foram pela Administração Fiscal provados factos suficientes que

permitam enquadrar a situação numa das alíneas, maxime na alínea d),

do citado artigo 38.º do CIRS, a liquidação impugnada tem de ser

anulada, procedendo a respectiva impugnação.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART39)

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Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

Acórdão, de 8.3.2007,

Proc. n.º 2700/06

PT - CPPT - NOTIFICAÇÃO INSUFICIENTE - ÂMBITO - I - Nos termos

do n.º 1, do artigo 37.º do CPPT se a comunicação da decisão em matéria

tributária não contiver a fundamentação legalmente exigida, ou outros

requisitos exigidos pelas leis tributárias, pode o interessado requerer a

notificação dos requisitos que tenham sido omitidos ou a passagem de

certidão que os contenha, isenta de qualquer pagamento. II - O âmbito do

n.º 1, do artigo 37.º do CPPT restringe-se à comunicação das decisões

em matéria tributária, o que se não verifica ante uma notificação para o

exercício do direito de audição prévia relativamente à intenção de

reversão da execução. III - O pedido de passagem de certidão, no que

respeita à fundamentação das liquidações subjacentes ao processo de

execução, apenas e aquando da citação para a execução fiscal logra de

apoio jurídico no referido artigo 37.º do CPPT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART37)

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 6.3.2007,

Proc. n.º 1527/06

PT - RGIT - IVA - CONTRA ORDENACAO - COIMA - DISPENSA - I - A

possibilidade da não aplicação de qualquer coima ao abrigo do disposto

no artigo 32.º do RGIT, tal como anteriormente do artigo 116.º da LGT,

dependia do preenchimento cumulativo dos respectivos pressupostos,

onde desde logo se exigia que da prática da infracção não tenha

ocasionado prejuízo efectivo à receita fiscal; II - Consistindo a infracção

na falta da entrega nos cofres do Estado do IVA cobrado aos seus

clientes, tal infracção causa prejuízo efectivo, encontrando-se tal infracção

fora do campo de aplicação de tal norma; III - A redução do montante da

coima a 10% do mínimo cominado no Dec-Lei n.º 224-A/2002, de 14 de

Novembro, tem como pressupostos, que o arguido pague,

cumulativamente, o imposto causal da infracção e o montante da coima

assim reduzido, até 31 de Dezembro de 2002, o que pressupõe uma

actividade positiva da mesma a tal requerer no sentido de pretender

beneficiar de tal regime.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART32)

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Acórdão, de 13.3.2007,

Proc. n.º 1576/07

IRC - CUSTOS - CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA - I -

Constituem proveitos ou ganhos os derivados de operações de qualquer

natureza em consequência de um acção normal ou ocasional, básica ou

meramente acessória do ente colectivo; II - A contrapartida recebida ou a

receber, devida pela realização de trabalhos a mais efectuados em certo

contrato outorgado, constitui igualmente um proveito do exercício em que

os mesmos trabalhos tiveram lugar; III - O não pagamento de tais

trabalhos a mais realizados, não pode ser considerado um custo no

exercício seguinte, à margem das regras fiscais, como seja pela não

constituição de provisões para créditos de cobrança duvidosa (artigos 33.º

e 34.º do CIRC) ou através do regime dos créditos incobráveis (artigo 35.º

do mesmo CIRC); IV - As pessoas colectivas em geral e as sociedades

em particular, têm a capacidade de exercício de direitos limitada aos fins

que visam prosseguir, não podendo perdoar dívidas e daí retirar efeitos

fiscais, como seja o de constituir um custo fora do âmbito em que a lei

permite a constituição de provisões para créditos de cobrança duvidosa

ou do regime dos custos por créditos incobráveis.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART35)

Acórdão, de 17.4.2007,

Proc. n.º 1633/07

IVA - INCIDÊNCIA - SUCURSAL - REPARTIÇÃO DE CUSTOS - I - A

sucursal bancária de um banco estrangeiro de um estado membro da CE

não passa de um estabelecimento desprovido de personalidade jurídica

que pertence a uma pessoa colectiva e que efectua a actividade desta,

sendo as operações que realiza directamente imputáveis à empresa-mãe

ou dominante, embora possa ter autonomia na sua gestão, (contratar,

facturar etc.). II - Assim, em princípio, a verba debitada pela "casa-mãe"

traduz apenas a imputação à sucursal da quota parte da sua

responsabilidade nas despesas com pareceres, serviços gerais de

informática, apoio de serviços jurídicos e de contencioso incorridos num

primeiro momento por aquela e de que esta última veio, por via indirecta,

a beneficiar. III - Por essa ordem de ideias, o pagamento realizado pela

sucursal mais não seria que um mero reembolso das referidas despesas,

uma mera reposição de despesas efectuadas pela "casa-mãe" no seu

exclusivo interesse e que, nessa medida, não poderão ser consideradas

como a contraprestação de qualquer serviço. Destarte, não se verificando

as razões de evitação da fraude fiscal ou de distorção da concorrência

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

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Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

que motivam as ficções legais consagradas no n.º 2 do artigo 4.º do CIVA,

não se estará perante uma operação sujeita a imposto.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART4 N1)

Acórdão, de 9.5.2007,

Proc. n.º 1104/06

IRC - NÃO RESIDENTE - RETENÇÃO NA FONTE - PROPRIEDADE INTELECTUAL - Os rendimentos pagos a entidades estrangeiras por

aquisição de videoclips e formatos televisivos destinados a exibição em

Portugal devem ser enquadrados no disposto nos artigos 69.º, n.º 2,

alínea a) e 75.º, n.º 1, alínea a) (actuais artigos 80.º, n.º 2, al. a) e 88.º, n.º

1, al. a), ambos do CIRC, e como tal estão sujeitos a retenção na fonte.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART88 N1A)

Acórdão, de 9.5.2007,

Proc. n.º 1530/06

PT - LGT - IRC - MÉTODOS INDIRECTOS - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - I - A exigência da reclamação para a comissão de revisão, enquanto

pressuposto do processo de impugnação, no caso da Administração

Fiscal ter procedido à correcção da matéria colectável por recurso a

métodos indiciários, apenas é legalmente imposta quando e na medida

em que, neste processo judicial, se discuta a quantificação operada pela

Administração Tributária. II - Contudo, a dedução da referida reclamação

já não é requisito do processo de impugnação judicial de liquidação, por

referência a exercício em que a tributação tenha recorrido a presunções,

se e na medida em que o fundamento daquele referido processo seja o da

verificação dos necessários pressupostos legais à utilização de tal tipo de

metodologia. III - Ao não estar indiciada, com foros de segurança,

segundo juízos de razoabilidade e normalidade adequada, a

impossibilidade de tributação da recorrida/impugnante de forma directa,

ainda que mediante correcções a operar pela Administração Tributária,

que não se encontra(va)m reunidos os necessários e legais pressupostos

para que a Administração Tributária pudesse lançar mão da metodologia

que lançou, pelo que, o acto tributário impugnado padece de vício de

violação da lei que impõe a respectiva eliminação da ordem jurídica.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART86 N2)

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

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Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

Acórdão, de 15.5.2007,

Proc. n.º 215/04

PT - LGT - ACTO TRIBUTÁRIO - ANULAÇÃO - I - Anulado por acórdão

do TCA, com fundamento em vício de forma, o despacho do Ministro das

Finanças que indeferiu o recurso hierárquico interposto quanto a

correcções efectuadas à matéria tributável da exequente nos exercícios

de 1994 a 1996, à administração tributária cabe a imediata e plena

reconstituição da legalidade do acto. II - Deste modo, se, na sequência

daquele despacho, haviam sido praticados actos de liquidação, sendo

certo que a exequente efectuou pagamentos relativos a esses acto e

prestou garantia bancária, tem direito a receber o indevidamente pago,

indemnização por garantia indevida e juros moratórios, ao abrigo dos

arts.º 100.º e 102.º da LGT. III - Apesar de ter sido proferido novo

despacho, expurgado do vício pelo qual o anterior fora anulado, as

liquidações efectuadas na sequência desse despacho nada têm a ver com

as anteriores, não podendo os pagamentos anteriormente efectuados

quanto a liquidações anuladas ser retidas pela Administração Tributária

para pagamento das novas liquidações.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART100)

Acórdão, de 22.5.2007,

Proc. n.º 1068/06

PT - LGT - NEGÓCIO JURÍDICO - SIMULAÇÃO - I - A nulidade da

sentença por falta de fundamentação de facto ou de direito só abrange a

falta absoluta de motivação da própria decisão e não já a falta de

justificação dos respectivos fundamentos; isto é, a nulidade só é operante

quando haja total omissão dos fundamentos de facto ou de direito em que

assenta a decisão. II - A fundamentação dos actos tributários ou

«praticados em matéria tributária» que «afectem os direitos ou interesses

legalmente protegidos dos contribuintes», deve ser expressa, através de

sucinta exposição dos fundamentos de facto e de direito da decisão,

equivalendo à falta de fundamentação a adopção de fundamentos que,

por obscuridade, contradição ou insuficiência, não esclareçam

concretamente a motivação do acto. III - A notificação da decisão

constitui um acto externo e posterior ao processo de formação do acto

tributário. A eventual existência de um vício na notificação da liquidação

(designadamente, o de não vir acompanhada da existente fundamentação

da decisão que se pretende levar ao conhecimento do contribuinte),

jamais acarretaria a anulação da liquidação notificada. IV - A tributação

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

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Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

das empresas deve fazer-se pelo lucro real, sendo regra geral a da

determinação do lucro tributável com base na respectiva declaração de

rendimentos, a qual, por sua vez, assenta na contabilidade.

Mas a Administração Tributária pode proceder a correcções ao lucro

tributável declarado pelo contribuinte, quando este não cumpre os

deveres de cooperação a que está obrigado, designadamente o de ter a

contabilidade organizada nos termos da lei comercial e fiscal, cessando a

presunção de veracidade da escrita se se verificarem erros, inexactidões

ou outros fundados indícios de que ela não reflecte a matéria tributável

efectiva do contribuinte. V - O artigo 32.º do CPT (cfr., actualmente, o

artigo 39.º da LGT) não impede a Administração Tributária de, perante

uma escritura pública da qual consta determinado preço de venda, tributar

em IRC, se para tanto tiver razões juridicamente válidas, o

correspondente provento, considerando, por presunção ou por mera

correcção, um preço superior ao declarado. E não há, nisso, ofensa do

princípio da reserva de jurisdição, pois a lei não exige, para tanto,

declaração judicial de nulidade do negócio jurídico simulado, porque

constante de escritura pública, já que a mera simulação do preço não é

causa da nulidade de tal negócio.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART39 N1)

Acórdão, de 29.5.2007,

Proc. n.º 833/03

IVA - DEDUÇÃO - PRO RATA - HOLDING - SGPS - I - Estando em

causa nos autos a dedução de IVA por parte de SGPS, que realiza

operações sujeitas e operações não sujeitas a IVA, há que aplicar o

cálculo pro-rata, tal como determina o artigo 23.º, n.º 4 do CIVA. II - O pro-

rata é apurado de acordo com uma fracção em que o numerador é

constituído pelo valor do montante anual, imposto excluído, das

transmissões de bens e prestações de serviços que dão lugar a dedução

e o denominador pelo montante anual, imposto excluído, de todas as

operações efectuadas pelo sujeito passivo, incluindo as operações isentas

ou fora do campo de aplicação do imposto, designadamente as

subvenções não tributadas que não sejam subsídio de equipamento. No

entanto, e tal como tem vindo a sustentar o Tribunal de Justiça da UE,

nesse denominador não devem ser incluídos os dividendos e os juros

auferidos pelas holdings. III - Tendo a Administração Tributária calculado

o pro-rata com englobamento no denominador dos dividendos e juros

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Notícias InforFisco N.º 83 – Março a Maio de 2007

auferidos pela recorrente - SGPS - o cálculo desse pro-rata ofende o

disposto no artigo 23.º, n.º 4 do CIVA, pelo que as liquidações

posteriormente efectuadas com base naquele cálculo são ilegais devendo,

por isso, ser anuladas.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART23 N4)

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 15.3.2007,

Proc. n.º C-35/05

Reemtsma

IVA - DIRECTIVA - NÃO RESIDENTE - DEDUÇÃO - REEMBOLSO - IMPOSTO INDEVIDO - I - Os artigos 2.º e 5.º da Oitava Directiva

79/1072/CEE, do Conselho, de 6 de Dezembro de 1979, relativa à

harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes ao

imposto sobre o volume de negócios - Regras sobre o reembolso do

imposto sobre o valor acrescentado aos sujeitos passivos não

estabelecidos no território do país, devem ser interpretados no sentido de

que o IVA não devido que foi facturado por erro ao beneficiário das

prestações e seguidamente pago à Administração Fiscal do Estado-

Membro do lugar dessas prestações não pode ser objecto de reembolso

nos termos destas disposições. II - Com excepção dos casos

expressamente previstos pelas disposições do artigo 21.º, n.º 1, da Sexta

Directiva 77/388/CEE, do Conselho, de 17 de Maio de 1977, é unicamente

o fornecedor quem deve ser considerado o devedor do IVA perante as

autoridades fiscais do Estado-Membro do lugar das prestações. III - Os

princípios da neutralidade, da efectividade e da não discriminação não se

opõem a uma regulamentação nacional segundo a qual apenas o

fornecedor pode requerer o reembolso dos montantes indevidamente

pagos a título de IVA às autoridades fiscais e o destinatário dos serviços

pode intentar uma acção cível para repetição do indevido contra este

fornecedor. No entanto, se o reembolso do IVA se tornar impossível ou

excessivamente difícil, os Estados-Membros devem prever os

instrumentos necessários para permitir ao referido destinatário recuperar

o imposto indevidamente facturado, de modo a que o princípio da

efectividade seja respeitado. Esta resposta não é afectada pela

regulamentação nacional em matéria de tributação directa.

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(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 79/1072/CE ART2)

Acórdão, de 29.3.2007,

Proc. n.º C-111/05

Aktiebolaget NN

IVA - INCIDÊNCIA - TERRITÓRIO NACIONAL - MAR TERRITORIAL - ZONA ECONÓMICA EXCLUSIVA - PLATAFORMA CONTINENTAL - I - Uma operação que tem por objecto a entrega e a colocação de um cabo

de fibra óptica, que liga dois Estados-Membros e que se encontra

parcialmente fora do território da Comunidade, deve ser considerada uma

entrega de um bem, na acepção do artigo 5.º, n.º 1, da Sexta Directiva

77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, relativa à

harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos

impostos sobre o volume de negócios - Sistema comum do imposto sobre

o valor acrescentado: matéria colectável uniforme, conforme alterada pela

Directiva 2002/93/CE do Conselho, de 3 de Dezembro de 2002, quando

se verifique que, na sequência de ensaios de funcionamento efectuados

pelo fornecedor, o cabo é transferido para o cliente, que poderá dispor

dele como proprietário, que o preço do próprio cabo representa uma parte

claramente preponderante do custo total da referida operação e que os

serviços do fornecedor se limitam à colocação do cabo, sem alterar a sua

natureza e sem o adaptar às necessidades específicas do cliente. II - O

artigo 8.º, n.º 1, alínea a) da Sexta Directiva 77/388 deve ser interpretado

no sentido de que a competência para tributar a entrega e a colocação de

um cabo de fibra óptica que liga dois Estados-Membros e que se encontra

parcialmente fora do território da Comunidade pertence a cada

Estado-Membro proporcionalmente à extensão do cabo situado no seu

território, tanto no que respeita ao preço do próprio cabo e do resto do

material como no que respeita ao custo dos serviços correspondentes à

sua colocação. III - O artigo 8.º, n.º 1, alínea a) da Sexta Directiva 77/388,

em conjugação com os artigos 2.º, n.º 1 e 3.º da mesma directiva, deve

ser interpretado no sentido de que a operação de entrega e colocação de

um cabo de fibra óptica que liga dois Estados-Membros não está sujeita

ao imposto sobre o valor acrescentado relativamente à parte dessa

operação que se realiza na zona económica exclusiva, na plataforma

continental e no alto mar.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART3 N2)

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