marcela takiguti rebouças bióloga da secretaria municipal ... · 2 apresentação o governo...
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Eduardo Sthur
Prefeito Municipal
Rodrigo Max Berger
Secretário Municipal de Meio Ambiente
Marcela Takiguti Rebouças
Bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Edeilson da Silva Soares
Engenheiro Civil da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos
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Apresentação
O Governo Municipal de Santa Maria de Jetibá tem uma grande preocupação de acompanhar as
questões que envolvem resíduos sólidos, dedicando ao tema à atenção necessária para que através do
correto gerenciamento, nossa cidade, o meio ambiente e a população não sejam prejudicadas por uma
má conduta no manuseio dos resíduos sólidos urbanos.
Este projeto está impresso em frente verso para contribuir com a sustentabilidade dos recursos
naturais.
Nesse sentido a gestão municipal dentro de sua administração pôs como meta a implantação da coleta
seletiva urbana dos resíduos sólidos, obtendo assim uma melhoria na qualidade de vida de todos os
munícipes Santamarienses.
Sendo assim, e de acordo com a Lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos junto do Poder Público Municipal, apresentamos o Projeto “Cidade
Limpa Cidade Linda”, que está inserido no âmbito da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos que aponta
e descreve de forma sistêmica as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos produzidos no
município que para o primeiro momento busca a implantação da coleta seletiva, por meio da triagem
dos resíduos sólidos recicláveis.
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SUMÁRIO
PÁG.
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................
04
2. ASPECTOS GERAIS.................................................................................................................. 05
2.1. História........................................................................................................................................ 06
2.2. Flora............................................................................................................................................. 10
2.3. Fauna........................................................................................................................................... 10
2.4. Abastecimento de água................................................................................................................ 11
2.5. Esgotamento Sanitário................................................................................................................. 11
3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL............................................................................ 12
4. OBJETIVOS................................................................................................................................ 05
5. PROPOSTAS............................................................................................................................... 06
6. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO........................................................................................ 07
6.1 Área de Implantação.................................................................................................................... 07
6.2 Gestão e Funcionamento............................................................................................................. 11
7. METODOLOGIA DO GALPÃO DE TRIAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
RECICLÁVEIS...........................................................................................................................
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7.1 Resíduos Sólidos no Município................................................................................................... 12
7.2 Acesso/ logística do Galpão de Triagem dos Resíduos Sólidos Recicláveis.............................. 13
7.2.1 Fluxograma do Processo Produtivo............................................................................................. 14
8. Gestão do Galpão de Triagem dos Resíduos Sólidos Recicláveis............................................... 15
9. Plano de Investimento................................................................................................................. 18
10. CONCLUSÃO............................................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................ 21
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1. INTRODUÇÃO
O Presente documento se refere ao Projeto de implantação de um Galpão de Triagem de Resíduos
Sólidos Recicláveis do Município de Santa Maria de Jetibá atendendo parte da Lei Federal nº 12.305 de
02 de agosto de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), Decreto Federal nº 7.404 de 23 de
dezembro de 2010 (Regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos) e tendo como base a
iniciativa do poder público municipal em adequar e implantar a Política Nacional dos Resíduos Sólidos
no Município.
O Projeto Cidade Limpa Cidade Linda procura demonstrar alguma das estruturas que o município
necessita para aplicar a coleta seletiva municipal, sendo a grande preocupação da atual da gestão pública
de Santa Maria de Jetibá, em paralelo à apresentação das metas e proposta de desenvolvimento das
ações voltadas à questão aqui discutida, sendo importante salientar que o presente documento representa
o início de um processo de reorganização da gestão municipal dos resíduos sólidos gerados no
município que foram. Também irá atender aos Termos de Compromisso Ambiental nº 01/13 e 02/13
assinado em 31 de julho de 2013 e ao Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos do Município.
O reconhecimento da importância de diversos atores sociais como corresponsáveis na gestão de resíduos
sólidos, a valorização da reciclagem e a promoção de ações educativas para mudanças de valores e
hábitos da sociedade são alguns dos elementos deste Projeto, sendo então uma gestão integrada,
descentralizada e compartilhada. Trata-se de prioridades relativamente novas, uma vez que foram
incorporadas a partir do início da década de 1990 por alguns governos municipais. Inúmeras razões
explicam o desenvolvimento tardio destas novas prioridades: o descaso ou desconhecimento por parte da
sociedade sobre os impactos socioambientais gerados pelos resíduos sólidos.
A elaboração deste projeto apresentou várias fases distintas, com muitas dúvidas em sua adequação e
por isso possui caráter de acordo com a realidade do município. Após várias análises foi estudada a
melhor forma de estruturar e interpretar todas as frentes apresentadas pelo município que tratassem do
tema, ficando claro que o município de Santa Maria de Jetibá, possui particularidades e que o presente
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projeto seria feito em cima destas. Para tornar possível a aplicação do projeto dentro dos padrões que o
município possui e assim ter sucesso em sua implantação.
2. ASPECTOS GERAIS
Localizado a 80 quilômetros da Capital Vitória é possível chegar ao município de Santa Maria de Jetibá
pela BR 101-norte passando por Fundão e posteriormente pela ES-261. Outro acesso é pela BR 101-sul
com destino a Cariacica seguindo pela ES-080. O município possui uma altitude de 706 metros está
localizado na região das montanhas, fazendo divisa com Domingos Martins (sul), Santa Leopoldina
(leste), Afonso Claudio (oeste) e Itarana e Santa Teresa (norte).
O município é divido em dois Distritos: Sede e Garrafão e possui 37 comunidades entre elas: São
Bento, Rio Taquara, Rio do Queijo, São João do Garrafão, Alto Rio Lamego, Rio Sabino, Alto Rio
Plantoja, Córrego Simão, Garrafão, Rio Lamego, Alto Santa Maria, Rio Veado, Rio Plantoja, Rio
Cristal, Rio Claro, Barra do Rio Claro, Rio Possmoser, Barracão do Rio Possmoser, Barra do Rio
Possmoser, Rio Aparecida, Alto São Sebastião, São Sebastião do Meio, Córrego do Ouro, Rio das
Pedras, Alto Jequitibá, Rio Triunfo, Alto Caramuru, Caramuru, Jequitibá, São Sebastião de Belém,
Sede, Santa Luzia, Alto Recreio, Recreio, Rio Novo, São José do Rio Claro e Rio Bonito.
A economia do município está diretamente ligada à agricultura. Santa Maria de Jetibá é o segundo maior
produtor de ovos do Brasil, sendo o primeiro produtos de ovos, gengibre e morango do Estado do
Espirito Santo, sendo o maior abastecedor da Ceasa – ES e mercados dos Estados do Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Bahia e outros Estados do Nordeste. A diversidade agrícola é muito rica sendo assim se
cultiva várias culturas entre elas: chuchu, folhosas, beterraba, repolho e cebola, lavouras de milho,
feijão, café e outros.
Os traços da colonização europeia também é outro fator que deve ser destacado, o município possui um
número significativo na agricultura orgânica familiar, tendo como finalidade atividades agrícolas,
culturais, artesanatos, educação rural e crédito fundiário, além da força e determinação do povo para o
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trabalho. Mesmo sendo um município extremamente agrícola 43 por cento da mata atlântica ainda é
preservada dentro de Santa Maria de Jetibá. (IPEMA 2003).
2.1. História
A origem do povoamento da região de Santa Maria de Jetibá foi decorrente do processo de colonização
que se iniciou com a fundação da Colônia de Santa Leopoldina, situada às margens do rio Santa Maria
da Vitória, entre a Cachoeira Grande e a Cachoeira José Cláudio, onde foi demarcada, em 1856, uma
extensão de terra de quatro por quatro léguas, abrigar os primeiros imigrantes europeus que chegaram ao
Brasil.
Nesse mesmo ano vieram os primeiros colonos suíços, em número de 60, que instalaram a sede da
colônia dentro da área demarcada, às margens do rio Santa Maria da Vitória, quatro milhas acima da
Cachoeira do Funil, no lugar ainda hoje denominado Suíça, em homenagem a esses imigrantes. A
colônia, então passou a ser considerada Colônia de Santa Maria.
No ano seguinte, 1857, chegaram mais 222 imigrantes, constituídos por alemães e luxemburguenses, de
lugares como a Renânia e West Gália. Uma parte dos imigrantes se estabeleceu em um povoado
denominado Cachoeira de Santa Leopoldina, o povoado foi o mais se desenvolveu. Em março de 1867,
a sede foi transferida para a Colônia de Santa Leopoldina. A Colônia tinha terras elevadas e férteis e
pouca distância da Capital da Província do Espírito Santo, com a qual se comunicava pelo rio Santa
Maria da Vitória. A fertilidade das terras não era, porém, igual em território da Colônia. O relevo, em
geral montanhoso, exigiu, então, que fossem cultivadas as terras situadas nos vales dos rios e córregos
afluentes ao rio Santa Maria da Vitória.
A penetração na região se estendeu, por isso, um pouco para o Norte, na direção dos rios Timbuí e Cinco
de Fevereiro. Em 16 de maio de 1873, imigraram para a Colônia de Santa Leopoldina 413 Pomeranos, e,
ainda neste mesmo mês, chegaram mais 366 Pomeranos, todos luteranos. Neste período, também
chegaram algumas famílias procedentes da Saxônia, que vieram com o firme propósito de se estabelecer
e criar bases na mesma. No ano de 1876, foi a Colônia ampliada para o Norte, na direção do Rio Doce e
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Piraquê-Açu. Com a entrada de novos imigrantes, em 1877, uma parte dela tomou a denominação de
Conde D’Eu, hoje, Ibiraçu.
À margem do rio Timbuí foi fundada uma povoação, que recebeu o nome de Santa Teresa, atualmente
sede do Município do mesmo nome. A população da Colônia de Santa Leopoldina prosperou
acentuadamente no ano de 1878 e se tornou a mais populosa do Império com, aproximadamente, 7000
habitantes, depois das Colônias de Blumenal e Dona Francisca na então Província de Santa Catarina.
Desta forma, podemos constatar que a colonização de toda a área compreendida pelos Municípios de
Santa Teresa, Ibiraçu e Santa Leopoldina, teve como pólo irradiador a cidade de Santa Leopoldina, na
altura também chamada de Cachoeiro e Cachoeiro de Santa Leopoldina. Após a I Guerra Mundial, a
imperatriz Maria Teresa, esposa de D. Pedro II, de origem austríaca, promoveu a vinda de uma grande
leva de Pomeranos que desorientados com o pós-guerra, o desmantelamento dos principais feudos, a
queda de muitas casas reais e a consequência da nova ordem político-territorial implantada na Europa e
o desaquecimento de algumas regiões e países, resolveram imigrar para outros continentes.
Após sua chegada ao Brasil, no ano de 1873, a maioria dos Pomeranos se estabeleceu nas regiões ainda
hoje denominadas de Luxemburgo e Jequitibá, na Colônia de Santa Leopoldina. Na década seguinte,
parte desses imigrantes se dirigiu para a Região de Santa Maria de Jetibá. Eram, principalmente,
Pomeranos, mas também havia imigrantes oriundos das regiões do Reno e de Hessen, na Alemanha, de
Luxemburgo e da Holanda, que iniciavam, assim, uma segunda etapa do processo de imigração.
Apesar da diversidade de origem desses imigrantes, todos foram religiosa e socialmente assimilados pela
cultura Pomerana, já que se constituía maioria. Como era usual entre os Pomeranos, foi providenciada a
instalação de uma escola, uma capela e uma pastoral, precedida pela demarcação do cemitério, em 1879.
Três anos mais tarde, já estava concluída a construção da escola que servia igualmente como capela para
a comunidade celebrar os seus cultos. Inaugurada em 1882, com a celebração do primeiro culto em
Santa Maria, essa igreja foi construída na localidade hoje denominada São Sebastião.
As principais famílias que se instalaram na região, foram: Klens, Henke, Berger, Foesch, Boldt,
Hackbart, Bausen, Kosanke, Ruge, Siebert, Holz, Kruger e Seick.
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A adaptação desses imigrantes não foi muito fácil. Tentaram implantar as culturas de seus países de
origem como o trigo e não foram bem sucedidos. Uma fábrica de cerveja instalada por Germano Berger,
a partir do trigo, funcionou durante algum tempo. Muitos desistiram indo se instalar em outras regiões,
normalmente de terras mais quentes como as do Norte do Estado do Espírito Santo, que acreditavam ser
melhor para a lavoura e para habitação. Alguns deles estão hoje retornando à região de Santa Maria de
Jetibá, depois que o desmatamento e a posterior seca esgotaram as terras outrora consideradas
produtivas. A comunidade Pomerana do interior permanece, ainda hoje, com alguns dos costumes dos
seus países de origem, sendo o mais conhecido a celebração dos casamentos, com várias cerimônias
típicas se desenrolando durante três dias.
Parte da comunidade ainda se comunica através da língua Pomerana, precisando, em certas ocasiões, da
intermediação de intérprete, principalmente quando precisam vir à Sede do Município para fazer as suas
compras ou utilizar-se de alguns serviços. A preservação da cultura e da Língua dá ao visitante a
impressão de estar ainda no início da colonização. Ao passar pelas ruas e avenidas da cidade o visitante
encontrará a população autóctone se comunicando em pomerano. Santa Maria de Jetibá é um dos poucos
lugares no mundo onde ainda se usa a língua pomerana.
Em meados de 1870, quando acontecia a unificação alemã, o povoado da província Pomerânia sofria
com as disputas por conquistas territoriais entre a Alemanha e países vizinhos e, grande parte da
população existente nesse território, resolveu buscar uma nova vida na América. Nesse período, parte
do povoado pomerano migrou para o Brasil e, no Espírito Santo, concentraram-se na região das
montanhas, principalmente, em um altiplano localizado na colônia de Santa Leopoldina, chamado
Jequitibá. O município de Santa Maria de Jetibá foi criado no dia 6 de maio de 1988, através da Lei
Estadual n° 4.067, com a participação efetiva do então prefeito de Santa Leopoldina, Helmar Potratz,
que atendendo aos anseios da população, se engajou na luta pela emancipação. Atualmente, o município
é um dos núcleos mais populosos do povo pomerano no mundo. Situado na região serrana, o município
possui uma área de 734 Km² e está a 80 km da capital, além de possuir uma altitude variável de 400 a
1300 metros.
A preservação da língua e da cultura pomerana pelos habitantes de Santa Maria de Jetibá impressiona os
turistas que com a ajuda do clima frio, parecem estar em um pedaço da Europa. Com um dos melhores
climas do mundo, Santa Maria de Jetibá possui um povo trabalhador e ordeiro, preocupado em manter
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suas tradições. Hoje no município, estão em atividade 10 grupos de danças folclóricas e 12 grupos de
trombonistas, que fazem um trabalho de recuperação e preservação da cultura. Santa Maria de Jetibá
possui hoje a melhor estrutura agrária do Espírito Santo e uma das melhores do Brasil.
Formada originalmente por agricultores familiares, tem uma grande diversidade de produção agrícola
sendo caracterizado como o maior produtor de hortifrutigranjeiros capixaba. A marcante atividade
agrícola é explicada por seus colonizadores: o povo pomerano, eminentemente agrícola, já na Europa,
havia tornado a Província Pomerânia no maior celeiro agrícola de todo o continente. Importante pólo de
produção primária, assentado, principalmente, na avicultura, olericultura e cafeicultura, Santa Maria de
Jetibá é o maior pólo avícola do Estado e segundo produtor de ovos do país, possuindo um plantel de 4
milhões de aves poedeiras.
A avicultura está sustentada em bases tecnológicas apropriadas e modernas, dirigida por empresários
locais, que são responsáveis pela produção de 2,8 mil ovos/dia. Parte da produção avícola vem de
pequenos agricultores, organizados em uma cooperativa, que fornece todos os insumos a assistência
técnica e orienta a comercialização, dos quais 130 associados avícolas produzem 840 mil ovos/dia. A
olericultura representa a atividade mais bem distribuída no município, praticamente alcançando 80% das
3 mil propriedades familiares existentes. A diversificação de culturas é muito grande, destacando-se as
produções de chuchu, repolho, cenoura, beterraba, couve-flor, pimentão, vagem, pepino, abobrinha,
alface, alho e tomate.
A região representa uma produção de cerca de 40% de hortigranjeiros que se consome na grande
Vitória, além de alcançar mercados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. A produção de olerícolas
do município tem variado em torno de 120 a 140 mil toneladas anuais. No ramo da olericultura,
atualmente, se incrementa e aperfeiçoa a produção de olerícolas pelo processo orgânico. A cafeicultura
também é atividade importante na região, bem distribuída entre as propriedades rurais, abrangendo 2 mil
agricultores, com uma produção aproximada de 90 mil sacas de café ao ano. Devido às boas condições,
tanto climáticas como de produção, e à proximidade com diversos centros consumidores, outras
atividades têm despontado como a produção de mel, a psicultura, a floricultura, a fruticultura, a
produção de tubérculos, a agroindústria e o turismo.
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2.2. Flora
A formação florestal dominante do Município enquadra-se como floresta perenifólia (Embrapa, 1978),
densa com sub-bosques, também densos; formação higrófila e ombrófila, com árvores de 20 a 30m de
altura e diâmetros variáveis, sempre verdes durante o ano, ocorrendo em áreas praticamente sem estação
seca marcante, com precipitações regulares. Distribui-se em lugares elevados com altitudes acima de
600m.
Constitui uma floresta rica em madeira mole e branca, com inúmeras espécies de palmeiras (palmito,
indaiá etc.) e embaúbas, com ocorrência significativa de epífitas, musgos e cipós. As espécies ocorrentes
são: canela amarela, pequiá, cedro, murici, sucupira, quaresma, jequitibá e outros. Nas áreas mais altas,
há ocorrência de floresta subperenifólia, sempre verde, decídua em parte. Ocorre em regiões com
estação seca de 2 a 3 meses (déficit hídrico) e mais de 1.000mm de precipitação pluviométrica total
anual. Nesta há, também, grande quantidade de madeira mole, mais intrincada, com sub-bosques muito
densos. Os exemplares arbóreos, além de altos são de grande diâmetro, destacando-se a peroba do
campo, o murici, o jequitibá, o jacarandá-caviúna, o guaribu-amarelo, o ipê, o jatobá etc.
Nesta área, é grande a ocorrência de gramíneas principalmente o capim gordura, as samambaias, os
arranha gatos etc.
2.3. Fauna
Outrora abundante, a fauna existente no município resume-se a poucos exemplares de diversas espécies
que habitam, principalmente, as regiões mais altas. O desmatamento, a caça predatória e a matança para
proteger as culturas, tornou a fauna praticamente extinta. Muitas espécies da fauna do município estão
na relação de proteção especial, em virtude do risco de extinção. As espécies ainda encontradas na
região são: macacos (sagüi, barbado, mono), tatu, muriquis, paca, preguiça, veado, gato do mato, gambá,
ouriço-cacheiro, coelho, lontra, preá e raposa. A avifauna é constituída pelo tucano, jacu, araponga,
periquito, macuco e outros pássaros mais comuns. É interessante ressaltar que, no período de janeiro a
abril, aparecem na região papagaios migrantes, provavelmente, em busca de alimentos.
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2.4. Abastecimento de Água
A empresa responsável pelo abastecimento de água no município é a Companhia Espírito Santense de
Saneamento- CESAN um dos três pontos de captação se localiza no Rio São Sebastião de Cima com
quantidade de água captada de 1.647m³/dia. A Estação de Tratamento-ETA é localizada na Av. Herman
Roelk no Centro do município, tendo uma quantidade de tratamento de água de 1.736,13m³/dia e
capacidade máxima de tratamento de 1.752,19m³/dia. O resíduo gerado pela ETA é de 6,8m³/dia. A rede
possui uma extensão de 33,43km e atende a uma população de 8.991 habitantes, ou seja, 78,3% de todos
os habitantes das localidades do Centro, São Sebastião do Meio, São Luiz, Vila dos Italianos, Vila
Jetibá. A população não atendida se localiza na Zona Rural, onde a maioria possui cacimbas ou
nascentes.
O segundo ponto de captação é no Rio Garrafão com capacidade de água captada de 83,03m³/dia. A
ETA se localiza no distrito de São João do Garrafão na Av. João Pedro Lauvers, s/nº, tendo uma
quantidade de água tratada de 77,71m³/dia e capacidade máxima de tratamento de 86,4m³/dia. O resíduo
gerado pela ETA é de 0,55m³/dia. Esta rede possui 2,5km de extensão e atende a uma população de 502
habitantes, ou seja, 66,4% de todos os habitantes de Vila de Cima e Vila de Baixo. A população não
atendida se localiza na Zona Rural, onde a maioria possui cacimbas ou nascentes.
O terceiro ponto de captação é no Córrego Abeldt com capacidade de água captada de 132,2m³/dia. A
ETA se localiza em Alto Rio Possmouser na Av. Reinaldo Berger, s/nº, tendo uma quantidade de água
tratada de 120,1m³/dia e capacidade máxima de tratamento de 177,12m³/dia. O resíduo gerado pela ETA
é de 0,223m³/dia. Esta rede possui 2 km de extensão e atende a uma população de 714 habitantes, ou
seja, 88,6% de todos os habitantes da Comunidade de Rio Possmouser . A população não atendida se
localiza na Zona Rural, onde a maioria possui cacimbas ou nascentes.
2.5. Esgotamento Sanitário
O tratamento de esgoto do município também é realizado pela CESAN. A rede coletora possui uma
extensão de 22,753 km e atende a uma população da área urbana de 6.463 habitantes, ou seja, 48,5% nos
bairros: Centro, Vila Nova, Vila Jetibá e São Luiz. A Estação de Tratamento de Esgoto se localiza
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Rodovia Dalmácio Espíndula, s/nº, bairro Centro e trata uma quantidade de 820,8m³/dia e possui uma
capacidade máxima de 2.414,9m³/dia. O esgoto tratado é lançado no Rio Santa Maria da Vitória.
3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
Lei n 1.385, de 03 de outubro de 2011- Adota a resolução CMA-SMJ nº 01 de 07/07/2011, como
diretriz para as construções residenciais ou de baixo impacto ambiental, localizadas em áreas de
preservação permanente, na zona urbana consolidada de Santa Maria de Jetibá.
Lei nº 1.095, de 24 de dezembro de 2008- Institui o Código Municipal de Proteção ao Meio Ambiente
e dispõe sobre o sistema municipal do meio ambiente para a administração da qualidade ambiental,
proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais do
município de Santa Maria de Jetibá-ES.
Lei nº 903, de 29 de agosto de 2006- Dispõe sobre a vigilância ambiental em saúde, a prevenção e o
controle de zoonoses e endemias, o controle da população de cães e gatos nas áreas urbanas e rurais do
município de Santa Maria de Jetibá.
Lei nº 67, de 20 de novembro de 1990- Autoriza o poder executivo representar o município na
construção do consórcio intermunicipal para proteção ambiental das Bacias Hidrográficas dos Rios
Santa Maria da Vitória e Jucu e dá outras providências.
4. OBJETIVOS
Este Projeto tem como finalidade o desenvolvimento das atividades voltadas para o manejo adequado
dos resíduos em todo Município de Santa Maria de Jetibá, de modo a promover os trâmites legais para
que as ações de: coleta, transporte, reciclagem dos resíduos, disposição final, o gerenciamento integrado,
descentralizado e compartilhado de resíduos sólidos, o gerenciamento do monitoramento ambiental, a
economia dos recursos naturais, a comunicação e informação dos resultados, o selamento pelo meio
ambiente natural e preservado, bem como a melhoria na qualidade ambiental propícia à vida,
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assegurando assim que as condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses municipais e à
proteção da dignidade da vida humana são os principais objetivos do presente documento.
Os objetivos específicos são:
I. Implantar um galpão de triagem de resíduos sólidos recicláveis
II. Integrar e articular ações relativas à gestão de resíduos sólidos;
III. Disciplinar a gestão, reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos;
IV. Estimular e valorizar as atividades de coleta de resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis;
V. Fomentar:
a) A adoção de métodos, técnicas e processos no gerenciamento dos resíduos sólidos e na prestação
dos serviços de limpeza municipal que privilegiem a minimização desses resíduos;
b) Reutilização de produtos;
c) A destinação dos resíduos sólidos, de forma não prejudicial à saúde pública e compatível com a
conservação do meio ambiente;
d) Apoiar cooperativas ou associações de trabalhadores autônomos que realizem a coleta, o
transporte, a triagem e o beneficiamento de resíduos sólidos reutilizáveis ou recicláveis;
e) O estímulo à ampliação de mercado para materiais secundários e produtos reciclados direta ou
indiretamente;
f) O desenvolvimento, a apropriação, a adaptação, o aperfeiçoamento e o uso efetivo de tecnologias
adequadas ao gerenciamento de resíduos sólidos;
g) A implementação de ações de educação ambiental, em especial as relativas a padrões
sustentáveis de consumo e descarte dos resíduos.
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h) A adoção de soluções locais, regionais, compartilhadas e terceirizadas no encaminhamento dos
problemas relativos a acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, reutilização,
reciclagem, tratamento e disposição final de resíduos sólidos;
i) A valorização dos resíduos sólidos por meio de reciclagem de seus componentes, ou tratamento,
para fins de compostagem.
VI-. Atender as cláusulas previstas nos Termos de Compromisso Ambiental nº 01/13 e nº 02/13
para a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos Lei nº 12.305/10, firmado entre
Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos-IEMA e o Município de Santa Maria de Jetibá.
5. PROPOSTAS
O fundo será utilizado para cumprir os objetivos específicos acima citados, contudo a maior parte desse
investimento será utilizada para implantar um galpão com a finalidade de triar os resíduos sólidos
recicláveis urbanos. Além destas, outras ações serão implantadas para que este processo tenha sucesso
na cadeia municipal, como a obtenção de caminhão gaiola para a coleta destes resíduos recicláveis e a
obtenção da integração de todos os munícipes. A educação ambiental está incluída no Plano Municipal
de Resíduos Sólidos para a efetivação do projeto, dada a qual foi realizada pelos técnicos da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.
O Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização será destinado à construção
do galpão, assim como a aquisição de maquinários que serão utilizados no processo da triagem dos
resíduos sólidos recicláveis urbanos.
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6. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
6.1. Área de Implantação
O Galpão de Triagem de Resíduos Recicláveis do Município de Santa Maria de Jetibá-ES, será
implantado na região de São Sebastião do Meio, Zona Rural em uma área de 2,5 hectares, em distância
aproximada de 4 km da sede do Município. Esta área foi projetada em função do galpão de triagem e do
transbordo do lixo urbano.
O resíduo no transbordo é destinado a uma empresa especializada e licenciada e atua de forma isolada
com a área que será implantado o galpão de triagem. O transbordo, por sua vez, possui licença ambiental
e tem seu funcionamento adequado. A área pleiteada para ser implantado o galpão de triagem também já
possui licença ambiental, a qual segue em anexo emitida pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos-IEMA sob o número: 61803855, que autoriza a exercer à atividade: triagem,
armazenamento e beneficiamento de materiais reaproveitáveis (papel, plástico, vidro e metais)
localizado nas coordenadas UTM 314.393/7.783.773 (WGS84).
A área do empreendimento é composta por fragmentos de Mata Atlântica. A cobertura vegetal foi pouco
alterada em virtude das frentes migratórias, que abriram espaços para desenvolver a agricultura, contudo
se caracteriza como Mata Secundária, hoje preservada.
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Imagem do Google Earth da área a ser implantado o Galpão de Triagem.
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Abaixo seguem duas imagens das instalações do Galpão de Triagem de Resíduos Recicláveis.
Imagem 1- Croqui do Galpão a ser implantado.
Imagem 2- Layout da área frontal do Galpão
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Considerando a meta do Governo Federal de extinguir com os “lixões” até o ano de 2014, a atual gestão
do Governo Municipal possui a pretensão de aplicar a Política Nacional dos Resíduos Sólidos e se
enquadrar nas leis e metas do governo, assim mostrando seu comprometimento com o Meio Ambiente e
consequentemente as questões Sociais.
A área de interesse de implantação do Galpão foi utilizada antigamente como “lixão”, época em que as
questões ambientais não tinham tanta preocupação a nível nacional. Atualmente uma parte da área foi
recuperada e transformada em Área de Transbordo dos Resíduos Sólidos Urbanos de todo o município.
Nesta área estão dispostos 2 (dois) contêineres da empresa terceirizada que executa a coleta e disposição
final dos RSU, conforme a imagem abaixo a área se encontra em obras para melhor adequação e
conformidade com as leis vigentes.
Imagem 3: Área do Transbordo.
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6.2. Gestão e Funcionamento
A gestão e manutenção do Galpão de Triagem dos Resíduos Recicláveis Urbanos será de
responsabilidade do Governo Municipal, considerando que Política Nacional dos Resíduos Sólidos Lei
12.305/2010 prevê que esta gestão poderá ser compartilhada e descentralizada, portanto os co-
responsáveis pela implementação da coleta seletiva, bem como sua triagem será da Secretaria Municipal
de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, Secretaria Municipal de Obras,
Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Ação Social. Todos terão seus deveres e
atividades para que esta política seja implantada no município de forma sustentável e que tenha sucesso
em seus objetivos.
Todas as normativas técnicas serão seguidas a risca desde seu gerenciamento, bem como as normas
voltadas para a prevenção de riscos ambientais e as normas que regulamentam o transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. Deseja-se a preservação da saúde e integridade
física dos colaboradores na triagem dos materiais recicláveis e um funcionamento sustentável e
organizado.
Depois de coletados utilizando o método da Coleta seletiva Porta a Porta ou por Pontos de Entrega
Voluntária-PEV, os materiais recicláveis serão transportados para o Galpão de Triagem, sendo este
totalmente equipado para o manuseio correto deste material com: tremonha, mesas de separação,
esteiras, prensa de materiais, balança, estrutura adequada de banheiros e vestiários, copa para a
alimentação, entre outros para que todo o processo tenha efetiva execução e assim a sua
comercialização.
20
7. METODOLOGIA DO GALPÃO DE TRIAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
RECICLÁVEIS
O Setor responsável pela limpeza urbana municipal atuará em parceria com o Galpão de Triagem, pois
a parte reciclável dos resíduos sólidos urbanos serão destinadas ao galpão e os resíduos orgânicos e os
não recicláveis serão destinados ao aterro sanitário. Para que isso ocorra todos os colaboradores serão
treinados para atuarem de acordo com as normas da coleta seletiva.
7.1. Resíduos Sólidos no Município
O Município de Santa Maria de Jetibá produz por mês cerca de 340 toneladas de resíduos sólidos
urbanos (RSU), tendo uma população estimada em 2010 de 34.178 habitantes. O município não realiza a
coleta em todos os bairros. Algumas localidades rurais não são beneficiadas com este serviço, mas a
atual administração municipal pretende abranger todo o município após a implantação da coleta seletiva.
1.Tabela da Composição Gravimétrica do Município
Produção Média
Mensal de RSU
Composição Física dos
RSU
Porcentagem de
Composição dos RSU
Produção Mensal
toneldas/mês
340
toneladas/mês
Matéria Orgânica 38,23% 130.108,00
Rejeito 53,23% 180.982,00
Plástico 3,70% 12,58
Pet 0,05% 0,17
Papel 1,25% 4,25
Papelão 1,98% 6,7
Vidros 0,65% 2,21
Ferro 0,91% 3,0
TOTAL 100% 340.000,00
21
Hoje a coleta municipal de resíduos sólidos domiciliares abrange todas as áreas urbanas e algumas
áreas rurais, sendo as áreas urbanas com frequência todos os dias úteis e as áreas rurais em média duas
vezes por semana. Em média 16 mil habitantes atendidos pela coleta municipal, porém o Plano de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Municipal, possui a pretensão de pontuar as localidades que não
são contempladas pelo serviço e assim aumentar a distribuição da coleta. O município possui 16
funcionários que atuam diretamente na coleta municipal de resíduos domiciliares, abaixo segue a tabela
com os maquinários utilizados na coleta bem como as suas condições de funcionamento.
Matéria Orgânica
Rejeito
Plástico
Pet
Papel
Papelão
Vidros
Ferro
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2. Tabela da Frota de Veículos do Município de Santa Maria de Jetibá que atuam na coleta de
Resíduos Sólidos Domiciliares
Tipo
Marca
Ano
Condições
Basculante 1514 LK Mercedes Bens 1989 Média
Basculante 1113 L Mercedes Bens 1985 Média
Caminhão Compactador de lixo
15.180
Volkswagen 2008 Boa
Caminhão Compactador de lixo
9.150
Volkswagen 2012 Boa
Caminhão Madeira/Cabine vertis
90v18
Iveco 2013 Boa
D-10 Chevrolet 1972 Média
Pálio EX 1800 Fiat 2003 Boa
Retroescavadeira 580 H Case - Péssima
(Sucateada)
Retroescavadeira HS-86 Massey Fergusson 2007 Boa
7.2. Acesso/Logística do Galpão de Triagem dos Resíduos Sólidos Recicláveis
O acesso ao Galpão será feito por meio de estrada vicinal que liga a sede do município à localidade de
São Sebastião, cuja distância é de aproximadamente 4 km da sede. A área do Galpão será restrito aos
colaboradores que executarão as atividades do Transbordo e do Galpão. Esta contará com vigias diurnos
e noturnos para que pessoas, crianças e animais não tenham acesso ao local sem devida autorização.
23
7.2.1 Fluxograma do Processo Produtivo
Figura 01 - Fluxograma do processo produtivo
Os resíduos serão despejados por uma tremonha, onde será direcionado para a esteira de triagem e assim
triados em resíduos recicláveis e rejeitos. Os resíduos recicláveis serão separados multiseletivamente e
prensados, acondicionados nos depósitos e assim serão comercializados. O rejeitos serão direcionados
para a área do Transbordo e acondicionados em conteineres e assim serão destinados a aterros sanitários
apropriado e licenciado.
Recebimento
dos resíduos
Esteira de
triagem
Comercialização
Rejeitos Resíduos
Recicláveis
Separação e
Preparação do
Resíduo
Transbordo
Aterro
Sanitário
24
8. GESTÃO DO GALPÃO DE TRIAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS RECICLÁVEIS
A gestão do Galpão de Triagem dos Resíduos Sólidos Recicláveis será de forma que se adeque as
características do município, seja por associação de catadores ou por sistema de cooperativismo. Ainda
se encontra em pesquisa para que esta gestão funcione e que atinja seus objetivos na recepção dos
resíduos até a destinação final que é a comercialização. O Governo Muncipal fornecerá todo apoio
técnico até que a triagem seja realizada com sucesso desde a coleta, recepção dos resíduos e a sua
comercialização.
O objetivo principal é que este material seja destinado para o galpão de triagem, portanto serão
aderidos as melhores formas para que este objetivo seja alcançado. A coleta seletiva no município de
Santa Maria de Jetibá se dará gradativamente, onde um levantamento feito pelo Governo
Municipal colocará as áreas prioritárias a serem implantadas. As áreas serão implantadas de
acordo com a quantidade de moradores, portanto o centro da cidade será o primeiro local, pois
possui maior quantidade antrópica, em sequência os outros bairros serão privilegiados com a
nova gestão.
25
9. PLANO DE INVESTIMENTO
Abaixo segue a planilha com os respectivos preços dos materiais necessários para a implantação
construção civil do Galpão. Em anexo segue a planilha do cronograma físico-financeiro da construção
civil do galpão de triagem.
INVESTIMENTOS GALPÃO DE TRIAGEM DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS
Materiais Quantidades Valor Unitário Valor Total
1. Máquinários
1.1.Esteira transportadora 10 metros 2 24.840,00 49.680,00
1.2. Tremonha 2 6.000,00 12.000,00
1.3.Prensa enfardadeira 1200kg 2 41.000,00 82.000,00
1.4. Balança plataforma 3000kg 1 4.500,00 4.500,00
1.7.Triturador de cocos 1 3.234,83 3.234,83
2. Equipamentos
2.1.Carrinho de mão caçamba plástica 2 100,00 200,00
2.2.Carrinho de mão 280 litros 3 200,00 600,00
3. Móveis e Utensílios
3.1. Refrigerador 342L Consul 1 999,00 999,00
3.2. Fogão 4 Bocas Branco - Consul 1 309,00 309,00
3.3. Botija de gás 1 100,00 100,00
3.4. Ármário de Cozinha 1 500,00 500,00
3.5.Mesa com bancos 1 1.500,00 1.500,00
3.6. Utensílios domésticos Indeterminado 500,00 500,00
3.7. Mesa para escritório 1 150,00 150,00
3.8. Cadeira para escritório 3 119,00 357,00
3.9. Armário para escritório 1 250,00 250,00
4. Informática
4.1.Computador 1 649,00 649,00
4.2. Monitor 1 259,00 259,00
4.3.Impressora 1 200,00 200,00
5. Equipamentos de Proteção Individual
5.1.EPI Completo 10 150,00 1.500,00
6. Obras
6.1.Construção Civil do Galpão 1 452.721,90 452.721,90
Total=612.209,73
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OBS: O triturador de cascas de cocos não ficará no mesmo local do Galpão de Triagem dos Resíduos
Sólidos Reciclávies, portanto estamos precedendo o estudo para saber o correto enquadramento do
licenciamento da atividade.
10. CONCLUSÃO
A legislação brasileira sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos coloca um imenso desafio para os
municípios em relação à implantação de programas de compostagem e coleta seletiva. Por outro lado, o
Governo Municipal está buscando o desenvolvimento de um conjunto de modelos de instalações e na
análise de experiências que permitem estruturar novas práticas para a redução efetiva dos resíduos a
serem aterrados.
O projeto aqui apresentado pretende ser mais uma contribuição para o desenvolvimento dessas
atividades. Embora as dificuldades sejam grandes, envolvendo mudança de hábitos dos usuários dos
serviços, mudança de concepção dos prestadores dos serviços, necessidade de capacitação de um grande
conjunto de profissionais que serão envolvidos com o trabalho, estruturação de sistema de informações e
acompanhamento das ações praticamente desde o início, a mudança representada pela nova legislação
pode ser um importante indutor do processo.
Divulgar e aprimorar os conhecimentos sobre a coleta seletiva por meio da edição de manuais de apoio
e orientação aos consórcios constitui importante ferramenta para a implementação do novo marco legal e
o alcance dos objetivos traçados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O galpão de triagem bem como todos os maquinários descritos neste projeto é de extrema importância
para a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos 12.305/2010 no município de Santa Maria
de Jetibá, contribuindo assim para um Meio Ambiente mais harmônico e empregando aos resíduos
sólidos bem econômico e provedor de cidadania.
27
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