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1 MAPEAMENTO E ELABORAÇÃO DE MÉTODO DE FABRICAÇÃO PARA BOLSA FEITA COM BANNER DE LONA SINTÉTICA Thales Gleidson Lopes de sousa Lima (UFCG ) [email protected] Genilson de Araujo Melo (UFCG ) [email protected] Geisiane Barbara Inacio dos Santos (UFCG ) [email protected] Carla Mayara da Silva Amorim (UFCG ) [email protected] O objetivo principal deste trabalho é aperfeiçoar através das ferramentas de Engenharia de Métodos a fabricação de bolsa usando como principal matéria prima o banner. Para tal, pesquisamos e aperfeiçoamos o método utilizado na elaboração da bolsa utilizando o material banner. Por ser um produto feito artesanalmente à bolsa banner não tinha especificações básicas determinadas e o grau de padronização era baixo, tendo isso em vista, o mapeamento do processo é essencial para o entendimento e criação de um método de fabricação eficiente e com o menor custo possível. O estudo foi realizado baseando-se em três etapas: (i) informações gerais do processo - utilizamos dados gerais do processo para identificar as possíveis melhorias no processo; (ii) mapeamento do método antigo - as distâncias antigas foram monitoradas utilizando-se de ferramentas tais como Gráfico do Fluxo de Processo, Gráfico do Fluxo do Operador, Mapofluxograma, Diagrama de Spaghetti, Gráfico das duas mãos, Mapofluxograma, Tempo Normal e Tempo Padrão, Gráfico de Pizza; (iii) elaboração e mapeamento do método melhorado - todas as ferramentas anteriores foram utilizadas novamente com o intuito de verificar o método melhorado; Por fim fizemos uma comparação entre o método antigo e o método melhorado através dos quesitos relacionados a custos, qualidade, lead time, flexibilidade, confiabilidade, segurança, ergonomia notou-se a evolução do produto em decorrência da melhoria no método. Palavras-chaves: Engenharia de métodos, Melhoria de método, Aperfeiçoamento, Cronoanálise. XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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MAPEAMENTO E ELABORAÇÃO DE

MÉTODO DE FABRICAÇÃO PARA BOLSA FEITA COM BANNER DE LONA

SINTÉTICA

Thales Gleidson Lopes de sousa Lima (UFCG ) [email protected]

Genilson de Araujo Melo (UFCG ) [email protected]

Geisiane Barbara Inacio dos Santos (UFCG ) [email protected]

Carla Mayara da Silva Amorim (UFCG ) [email protected]

O objetivo principal deste trabalho é aperfeiçoar através das ferramentas de Engenharia de Métodos a fabricação de bolsa usando como principal matéria prima o banner. Para tal, pesquisamos e aperfeiçoamos o método utilizado na elaboração da bolsa utilizando o material banner. Por ser um produto feito artesanalmente à bolsa banner não tinha especificações básicas determinadas e o grau de padronização era baixo, tendo isso em vista, o mapeamento do processo é essencial para o entendimento e criação de um método de fabricação eficiente e com o menor custo possível. O estudo foi realizado baseando-se em três etapas: (i) informações gerais do processo - utilizamos dados gerais do processo para identificar as possíveis melhorias no processo; (ii) mapeamento do método antigo - as distâncias antigas foram monitoradas utilizando-se de ferramentas tais como Gráfico do Fluxo de Processo, Gráfico do Fluxo do Operador, Mapofluxograma, Diagrama de Spaghetti, Gráfico das duas mãos, Mapofluxograma, Tempo Normal e Tempo Padrão, Gráfico de Pizza; (iii) elaboração e mapeamento do método melhorado - todas as ferramentas anteriores foram utilizadas novamente com o intuito de verificar o método melhorado; Por fim fizemos uma comparação entre o método antigo e o método melhorado através dos quesitos relacionados a custos, qualidade, lead time, flexibilidade, confiabilidade, segurança, ergonomia notou-se a evolução do produto em decorrência da melhoria no método.

Palavras-chaves: Engenharia de métodos, Melhoria de método, Aperfeiçoamento, Cronoanálise.

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1. Introdução

Banners são materiais impressos em lonas, tecidos ou papéis em pequenos ou grandes

formatos. São apresentados ao público como ferramentas de marketing, usados

principalmente em exposições, locais de venda, ou em outros variados tipos de eventos,

visando à promoção para tal ocorrência ou produto. O reaproveitamento do material banner é

cada vez mais difundido em virtude do crescente desperdício especialmente em grandes

centros, onde divulgações visuais acontecem a todo o momento.

Produtos feitos a partir do banner comumente são vistos em eventos ligados a

sustentabilidade, promovendo assim um menor impacto na poluição ambiental e

paralelamente propagando novos rumos para um material até então rejeitado e que exige

muito tempo para decomposição.

Por ser um produto feito artesanalmente a bolsa banner não contava com

especificações básicas e o grau de padronização era baixo, tendo isso em vista o mapeamento

do processo é essencial para o entendimento e criação de um método de fabricação eficiente e

com o menos custo possível. O objetivo principal deste trabalho é utilizar as ferramentas de

Engenharia de Métodos para aperfeiçoar a fabricação de bolsa usando como principal matéria

prima o banner, a partir do estudo sobre antigos métodos e posterior otimização no processo.

2. Fundamentação teórica

2.1 Características do banner

O principal material utilizado na fabricação do banner é a lona sintética com impressão

digital em alta resolução ou baixa resolução. A qualidade do material aliada a boa resistência

a fatores do tempo que o mesmo possui, torna o banner como um dos principais meios de

divulgação devido a sua praticidade em ser transportado para diversos locais em que deseja-se

fazer propagandas.

2.2 Projeto de método

A engenharia de métodos estuda e analisa o trabalho de forma sistemática com o

objetivo de desenvolver métodos práticos e eficientes visando à padronização das operações.

Dentre o instrumental utilizado pela engenharia de métodos, o projeto de métodos se destina a

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encontrar o melhor método para execução de tarefas, a partir do registro e análise sistemática

dos métodos existentes e previstos para execução de determinado trabalho, busca idealizar e

aplicar métodos mais cômodos que conduzam a uma maior produtividade. (SOUTO, 2002).

2.2.1 Técnicas de registro e análise do trabalho

O sistema completo ou processo de executar um trabalho deve ser estudado

globalmente, antes que se tente efetuar uma investigação detalhada de uma operação

específica nesse processo. Este estudo geral incluirá, na maioria dos casos, uma analise de

cada um dos passos que compõem o processo de fabricação (BARNES, 1977).

As principais ferramentas de registro e análise do trabalho são:

Gráfico do fluxo do processo: é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma

representação esquemática de um processo, muitas vezes feito através de gráficos que

ilustram de forma descomplicada a transição de informações entre os elementos que o

compõem, ou seja, fluxograma é um gráfico que demonstra a sequência operacional

do desenvolvimento de um processo, o qual caracteriza: o trabalho que está sendo

realizado, o tempo necessário para sua realização, a distância percorrida pelos

documentos, quem está realizando o trabalho e como ele flui entre os participantes

deste processo. Os Símbolos, para o gráfico do fluxo do processo são indicados na

(Figura 1);

Mapofluxograma: é um desenho da planta onde ocorre a atividade e sobre ela a

descrição de como ela acontece. Ele permite uma visualização ainda mais completa da

operação: mapa x atividades. Permite visualizar oportunidades de melhoria em

deslocamentos que são feitos de forma desnecessária ou muito longos, assim como

melhorar o arranjo físico de forma a reduzir desperdícios com deslocamento;

Diagrama de Spaghetti: é uma ferramenta que auxilia na visualização da otimização de

um determinado processo e de simples aplicação. Consiste em rabiscar sobre o layout

toda a movimentação. Pode ser usado rapidamente, sem a necessidade de se ter um

fluxograma de processo. Dá uma ideia real da frequência da movimentação;

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Gráfico das duas mãos: registrar o movimento da mão esquerda e da mão direita

utilizando dois círculos. O maior pra indicar operação e o menor para indicar

transporte. Conforme mostra a Figura 2.

Figura 1 – Símbolos do Gráfico do fluxo do processo Figura 2 – Símbolos do Gráfico das duas mãos

Fonte: Adaptado de Barnes (1977) Fonte: Adaptado de Barnes (1977)

2.2.2 Estudo, medida e avaliação do trabalho

Quando desenvolvemos métodos de trabalho que visam à eficiência dos movimentos

do operador, estamos preocupados em eliminar movimentos desnecessários, em reduzir a

fadiga do operador, em melhorar o arranjo do local de trabalho e em buscar o melhor desenho

para as ferramentas e equipamento (MOREIRA, 2001).

Os consecutivos quesitos foram estudados visando medir e avaliar as condições de trabalho:

Princípios de economia de movimentos: uso do corpo humano, melhor adequação ou

possível eliminação de movimentos desnecessários a atividade, Organização do local

de trabalho, ferramentas e acessórios;

Projeto do posto de trabalho: área normal de trabalho, área máxima de trabalho, campo

de visão ótimo.

2.2.3 Estudo de tempos

O estudo de tempos e movimentos é o estudo sistemático dos sistemas de trabalho com

os seguintes objetivos: (1) desenvolver o sistema e o método preferido, usualmente aquele de

menor custo; (2) padronizar esse sistema e método; (3) determinar o tempo gasto para uma

pessoa qualificada e devidamente treinada, trabalhando num ritmo normal, para executar uma

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tarefa ou operação específica; e (4) orientar o treinamento do trabalhador no método preferido

(BARNES, 1997).

Figura 3 – Gráfico geral do processo de fabricação da bolsa banner

Fonte: Autoria própria

Após essa análise, foram divididas atividades com seus respectivos elementos, os

quais serviram de alvo para o projeto, com o propósito de aproveitar ao máximo a operadora e

os equipamentos utilizados na tarefa.

2.2.4 Estudo de movimentos

O estudo de movimentos tem por objetivo identificar os elementos componentes dos

movimentos do operador, visa, principalmente, a melhoria de métodos e posterior fixação do

tempo padrão MACHLINE (1990). Esta etapa é parte preliminar da organização e medida do

trabalho e visa obter todos os elementos das operações além de identificar áreas onde o

trabalho possa ser racionalizado. Segundo BARNES (1977) o gráfico de fluxo do processo é

uma técnica para se registrar um processo de maneira compacta, a fim de tornar possível sua

melhor compreensão e posterior melhoria. O gráfico representa os diversos passos ou eventos

que ocorrem durante a execução de uma tarefa específica, ou durante uma série de ações.

2.2.4.1 Cronometragem

O estudo de tempos é um processo por amostragem, portanto quanto maior o número

de ciclos cronometrados maior será a representatividade dos resultados obtidos. Com o estudo

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de tempos BARNES (1977), ao cronometrar o número mínimo necessário de ciclos concluiu

que ganhou-se com um trabalho conciso, onde um número maior de observações não

agregaria valor nenhum ao estudo pois o mesmo resultado seria alcançado com um número

maior de observações.

2.2.4.2 Determinação do tempo normal

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), Tempo Normal, é o tempo que um

trabalhador qualificado, realiza uma atividade específica, com desempenho padrão. Este

tempo é obtido através da equação 1:

Onde, TN = Tempo normal, TS = Tempo selecionado e v = Velocidade do operador.

O tempo normal de uma operação não considera as tolerâncias, todavia um operador

não permanecerá um turno inteiro de trabalho sem nenhuma interrupção. Entre as tolerâncias

para interrupção estão as necessidades pessoais do operador, fadiga, e aquelas geradas por

forças externas.

Barnes (1977) aponta que a velocidade do operador, ou avaliação de ritmo do

operador, é um processo durante o qual o analista de estudos de tempos compara o ritmo do

operador em observação com seu próprio conceito de ritmo normal. Para auxiliar a avaliação

do operador é utilizado o Sistema de Westinghouse (Figura 4).

Figura 4 – Tabela de estimativa de desempenho

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Fonte: Unidade III, Engenharia de Métodos (UFCG/CDSA)

2.2.4.3 Determinação do tempo padrão

O tempo padrão é igual ao tempo normal adicionado à essas tolerâncias, segundo

BARNES (1977) “o tempo padrão deve conter a duração de todos os elementos da operação

e, além disso, deve incluir o tempo para as tolerâncias necessárias”. Esse tempo é calculado

segundo a equação 2:

Onde, TP = Tempo Padrão, TN = Tempo Normal e TF = Fator de Tolerância.

Segundo Barnes (1977), as tolerâncias podem variar de 4% a 30%, de acordo com as

tarefas realizadas pelo funcionário e o ambiente de trabalho. Já o Fator de Tolerância é a razão

entre a tolerância e a carga horária diária de trabalho.

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3. Metodologia

Este estudo teve como prioridade a pesquisa exploratória, o estudo bibliográfico e

documental, objetivando um maior domínio do conhecimento relativo à temática abordada.

Utilizando-se como fonte: livros, dissertação, artigos, material impresso e redes eletrônicas.

O estudo consistiu em aplicar os princípios da engenharia de métodos no processo de

fabricação de uma bolsa feita com o material banner, utilizando-se os softwares Microsoft

Office Excel, Visio e Word 2010 como ferramentas de trabalho.

3.1 Informações gerais do processo

Os processos são feitos com apenas uma operadora. As atividades de são aplicadas

numa área de 15 m², o produto final apresenta um peso que varia entre 150 e 200 g em média.

A primeira fabricação foi realizada seguindo-se a forma comum de corte e costura, utilizou-se

os materiais: banner de lona reciclado, tesoura, moldes de folha, linha e zíper e para a

fabricação com o método melhorado, utilizou-se os materiais: banner de lona reciclado,

moldes de papelão, estilete, linha e botão.

Após várias modificações nos métodos usados na fabricação, vimos uma diferença

significativa tanto esteticamente (figuras 5 e 6) como também em ganho de tempo na

fabricação, custo do produto final e na qualidade.

Figura 5 – Bolsa antiga Figura 6 – Bolsa melhorada

Fonte: Arquivo do autor Fonte: Arquivo do autor

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4. Mapeamento do método antigo

A costureira andava 0,68 metros até a mesa, cortava o banner de acordo com os

moldes, transportava as partes por 9,68 metros até a máquina de costura. Nesta etapa se

costurava a bolsa.

4.1 Gráfico do fluxo do processo

Para representar os diversos eventos que ocorreram durante a execução da tarefa. Tem-

se o gráfico do fluxo do processo na Figura 7.

Figura 7 – Gráfico do fluxo do processo da fabricação da bolsa banner (método antigo)

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Fonte: Autoria própria

4.2 Gráfico do fluxo do operador

Para representar as diversas tarefas que o operador exerce durante a fabricação da

bolsa. Tem-se o gráfico do fluxo do operador na Figura 8.

Figura 8 – Gráfico do fluxo do operador da fabricação da bolsa banner (método antigo)

Fonte: Autoria própria

4.3 Mapofluxograma

O mapofluxograma (Figura 9) representa a planta onde ocorre a atividade e a descrição

de como ela acontece. Permitindo uma visualização ainda mais completa da operação: mapa x

atividades, registrado no método antigo.

Figura 9 – Mapofluxograma do antigo método de fabricação da bolsa

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Fonte: Autoria própria

4.4 Diagrama de spaghetti

O diagrama de espaguete (Figura 10) tem a função de analisar os deslocamentos. Com

o objetivo definir rapidamente à distância percorrida para execução da tarefa.

Figura 10 – Diagrama de Spaghetti do antigo método de fabricação da bolsa

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Fonte: Autoria própria

4.5 Gráfico das duas mãos

Foram registrados os movimentos das mãos (Figura 11) para uma parte da produção.

Como também foi medida a utilização na mão direita e da mão esquerda (TABELA 1).

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Figura 11 – Gráfico das duas mãos do método antigo

Fonte: Autoria própria

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Com base no gráfico da Figura 11. As atividades realizadas com cada uma das mãos

foi medida. A utilização está expressa na TABELA 1.

Tabela 1 – Utilização das mãos no método antigo

Mão Direita Mão Esquerda

Etapa de cortes

Etapa de cortes

Fonte: Autoria própria

4.6 Tempo normal (TN) e tempo padrão (TP)

Após os cálculos, os resultados obtidos para o tempo normal e o tempo padrão do

método antigo estão expressos na Tabela 2.

Tabela 2 – Tempos normal e padrão do método antigo

Tempo Normal (TN) Tempo Padrão (TP)

1212,10 1326,03

Fonte: Autoria própria

Figura 17 – Continuação do gráfico das duas mãos no método antigo

Fonte: autoria própria.

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4.7 Distribuição de tempos do processo de fabricação

A seguir o gráfico de pizza representa a distribuição de tempos para cada etapa do

processo de fabricação da bolsa banner no método antigo.

Figura 12 – Distribuição de tempos do processo de fabricação no método antigo

Fonte: Autoria própria

5. Mapeamento do método melhorado

No novo método a costureira faz a operação de corte na mesma sala onde costura

evitando percorrer distâncias desnecessárias. A fabricação da bolsa dá-se seguindo-se a forma

comum de corte e costura.

5.1 Gráfico do fluxo do processo

Figura 18 – Cálculo do tempo normal e padrão no método antigo

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Os eventos que ocorreram durante a execução do método melhorado é apresentado na

Figura 13.

Figura 13 – Gráfico do fluxo do processo da fabricação da bolsa Banner (método melhorado)

Fonte: Autoria própria

5.2 Gráfico do fluxo do operador

Figura 14 – Gráfico do fluxo do operador da fabricação da bolsa Banner (método melhorado)

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Fonte: Autoria própria

5.3 Mapofluxograma

O mapofluxograma (Figura 15) representa a planta onde ocorre a atividade e a

descrição de como ela acontece. Permitindo uma visualização ainda mais completa da

operação: mapa x atividades, registrado no método melhorado.

Figura 15 – Mapofluxograma do método melhorado de fabricação da bolsa

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Fonte: Autoria própria

5.4 Diagrama de spaghetti

O diagrama de espaguete (Figura 16) tem a função de analisar os deslocamentos. Com

o objetivo definir rapidamente à distância percorrida para execução da tarefa.

Figura 16 – Diagrama de Spaghetti do método melhorado de fabricação da bolsa

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Fonte: Autoria própria

5.5 Gráfico das duas mãos

A fim de representar a economia de movimentos do método melhorado, foi criado o

gráfico com registro dos movimentos das mãos (Figura 17). E na TABELA 3 foi registrado a

utilização de cada mão.

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Figura 17 – Gráfico das duas mãos no método melhorado

Fonte: Autoria própria

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Com base no gráfico da Figura 17. As atividades realizadas com cada uma das mãos

foi medida. A utilização está expressa na tabela 3.

Tabela 3 – Utilização das mãos no método melhorado

Mão Direita Mão Esquerda

Etapa de cortes

Etapa de cortes

Fonte: Autoria própria

5.6 Tempo normal (TN) e tempo padrão (TP)

Após os cálculos, os resultados obtidos para o tempo normal e o tempo padrão do

método melhorado estão expressos na Tabela 4.

Tabela 4 – Tempos normal e padrão do método melhorado

Tempo Normal (TN) Tempo Padrão (TP)

979,90 1076,91

Fonte: Autoria própria

5.7 Distribuição de tempos do processo de fabricação

A seguir o gráfico de pizza representa a distribuição de tempos para cada etapa do

processo de fabricação da bolsa banner no método melhorado.

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Figura 18 – Distribuição de tempos do processo de fabricação no método melhorado

Fonte: Autoria própria

6. Resultados

6.1 Comparação do gráfico do fluxo de processo

O desenvolvimento dos fluxogramas de processo foi comparado na tabela 5, para

observar as vantagens dos métodos.

Tabela 5 – Comparação dos eventos segundo os gráficos de fluxo do processo

Método Antigo Método Melhorado Diferença

Operações 17 17 0

Transportes 6 4 2

Inspeções 3 5 -2

Esperas 0 0 0

Distância (m) 12,56 4,94 7,62

Fonte: Autoria própria

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6.2 Custos

Foi realizada uma comparação (tabela 6) do total aplicado na fabricação da bolsa

Banner. Esta comparação permite analisar a viabilidade financeira dos métodos.

Tabela 6 – Custos do método antigo e do método melhorado

Método Antigo Método Melhorado

Banner: reciclado (grátis)

Área do Banner = 0,959 m²

Área Utilizada = 0,1332 m²

Zíper = 1 real

Linha 1 = 1,50 reais (tubo)

*Comprimento = 1310 m

*Comprimento Utilizado = 9,84 m

Linha 2 = 1,50 reais (tubo)

*Comprimento = 1310 m

*Comprimento Utilizado = 9,84 m

Linha 3 = 1,50 reais (tubo)

*Comprimento = 1310 m

*Comprimento Utilizado = 9,84 m

*Comprimento em linha gasto na

maquina de Overloque = 29,52 m

*Comprimento em linha para

Banner: reciclado (grátis)

*Área do Banner = 0,959 m²

*Área Utilizada = 0,1418 m²

Botão = 0,10 Reais

Linha = 2 reais (tubo)

*Comprimento tubo de linha = 1310

m

*Comprimento Utilizado = 14,96

*Comprimento da bobina = 120 m

*Comprimento Utilizado = 14,96 m

*Comprimento em linha gasto na

maquina de Costura = 29,92 m

*Comprimento em linha para

costura do botão = 1 m

Custo da bolsa = o custo para uma bolsa

em linha será de 0,046 Reais

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costura do zíper = 2,07 m

Custo do consumo de linha para

costurar da bolsa = 0,03 Reais

Energia elétrica = 2,66 reais/mês

*Tempo de uso da máquina = 4,37

horas/turno.

*Valor da tarifa = 0,30445 reais/Kw

Mão de obra = 986,66 reais/mês

Custo do consumo de linha para costura

do zíper = 0,003 Reais

Custo da matéria prima = 1,033 reais

Custo mensal = 1438,05 reais

*Foi considerada a produção de 434

bolsas/mês, valor obtido a partir do

tempo padrão.

Custo do consumo de linha para costura

do Botão = 0,0015 Reais

Energia elétrica = 3,20 reais/mês

* Tempo de uso da máquina = 5,25

horas/turno.

*Valor da tarifa = 0,30445 reais/Kw

Mão de obra = 986,66 reais/mês

Custo da matéria prima = 0,1475 Reais

Custo mensal = 1069,34 reais

* Foi considerada a produção de 538

bolsas/mês, valor obtido a partir do

tempo padrão.

Fonte: Autoria própria

Custos como depreciação de máquinas e aluguel não foram computados, pois as

máquinas são antigas (com mais de oito anos de uso) e os produtos são feitos e armazenados

em casa.

6.3 Qualidade

No quesito qualidade consideramos a estética e a qualidade da costura. (tabela 7)

Tabela 7 – Características da costura utilizada

Método Antigo Método Melhorado

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Por ser feita na máquina de overloque a

costura não é tão forte, haja vista que,

linha é mais fina, do que a usada na

outra máquina. A costura ainda é um

elemento de grande importância para a

estética da bolsa.

Por ser feita em máquina de costura

normal a costura ficou muito mais

reforçada, haja vista que, a linha é de

qualidade superior à usada na máquina

de overloque, optamos ainda para o

fechamento da bolsa o uso de botão ao

invés de zíper, pois constatamos que o

botão sanaria a necessidade do zíper.

Para agregar valor à estética

adicionamos um bolso na parte frontal

da bolsa.

Fonte: Autoria própria

6.4 Lead time

O Lead time é o tempo de processamento de um pedido, desde o momento que é

colocado na linha de produção até a entrega. Atualmente as empresas trabalham muito para

reduzir o lead time.

Tabela 8 – Comparação do lead time

Método Antigo Método Melhorado

Para dar início ao corte utilizamos

moldes de papel e tesoura para fazer o

corte das partes da bolsa, os cortes são

feitos na mesa em um cômodo a parte,

exatamente 9,68 m da máquina de

costura.

Para acelerar o processo, optamos por

fazer o corte com estilete e utilizando

moldes de papelão que dão melhor

sustentabilidade. Ainda rearranjamos o

layout e colocamos a mesa onde ocorre o

corte dentro do mesmo cômodo onde

ocorre a costura, evitando a costureira

percorrer grande distância.

Fonte: Autoria própria

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6.5 Flexibilidade

Significa ser capaz de alterar a operação de alguma forma. Pode ser a habilidade da

operação em modificar o produto.

O banner tem dimensões (1,37m x 0,70m) sendo que não é utilizado totalmente para

uma bolsa, mas usa-se o restante para a fabricação de outra bolsa. Há uma imensa variedade

de Banners de diferentes cores e estampas. Ainda podemos alterar as dimensões da bolsa,

mudando o tamanho dos moldes.

6.6 Confiabilidade

Confiabilidade economiza tempo por evitar falhas segundo SLACK (2009). Portanto,

a falta de confiabilidade no método pode atrasar o processo. Se uma operação for

perfeitamente confiável, e assim permanecer por um algum tempo, haverá um nível de

confiança entre as partes da operação.

Tabela 9 – Confiabilidade dos métodos utilizados

Método Antigo Método Melhorado

O corte com a tesoura mesmo com o uso

dos moldes maleáveis gerava falhas, na

costura também pode haver falhas o que

exige uma pessoa treinada e um método

confiável.

Com o uso do estilete e molde menos

maleável para o corte do banner

observou-se que o retrabalho na etapa

de corte foi eliminado, mas a etapa de

costura ainda requer treinamento.

Fonte: Autoria própria

6.7 Segurança

A segurança implica em combater os acidentes de trabalho, eliminando as condições

inseguras do ambiente.

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Tabela 10 – Risco existente nos dois métodos

Método Antigo Método melhorado

O processo de fabricação da bolsa

requer o uso de máquina de costura,

logo há chance de ocorrência de

acidentes devido à exposição de partes

moveis e a tesoura usada no corte do

banner também pode causar lesões ao

operador.

Os riscos existentes no método antigo

ainda estão presentes no método

melhorado, mas para atenuar as chances

deve haver o uso de proteções nas partes

móveis evitando o contato com o

operador.

Fonte: Autoria própria

6.8 Ergonomia

Ramo de projeto de trabalho que se ocupa primordialmente dos aspectos

fisiológicos do projeto de trabalho, de como o corpo humano encaixa-se nas instalações e no

ambiente; pode também referir-se aos fatores humanos, ou engenharia de fatores humanos

(SLACK, 2009)

Tabela 11 – Quesitos ergonômicos do método

Método Antigo Método Melhorado

O operador inicialmente faz o processo

de corte em pé e movimenta-se até o

local onde é feito a costura do produto a

partir dai ele assumi uma postura

estática e permanece sentado até a troca

de máquina, a mesa usada tem um

metro de altura o que para a pessoa que

a operou não lhe traz muitos problemas

exceto pela a máquina overlock que

No método melhorado as distâncias

percorridas no método antigo foram

eliminadas, e o operador assume um

posto de trabalho que lhe pede menos

movimentação, não havendo alternância

de posturas com isso alguns grupos

musculares tendem a ficar fadigados e o

trabalho pode gerar monotonia, além

disso, o problema encontrado na

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exige do operador cerca de 120º em

relação a zona neutra.

máquina de overlock ainda permanece.

Fonte: Autoria própria

7. Considerações finais

Neste estudo abordamos o processo de fabricação da bolsa feita com banner,

demonstrando como cada ferramenta da engenharia de métodos se torna útil para o

diagnostico e planejamento do processo produtivo, aplicando as melhorias a partir do método

usado no primeiro produto.

Podemos perceber a evidente melhoria em relação a qualidade e a estética da bolsa

com o aprimoramento do método, e como isso impactou nos custos decorrentes do processo

escolhido, não somente na produção como também na venda do produto, uma vez que, um

produto que apresenta estética agradável e qualidade perceptível trás consigo maior valor

agregado e consequentemente tem maior preço de venda.

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8. Referências

Aulas do professor João Pereira Leite na Universidade Federal de Campina Grande, campus Sumé.

BARNES, R. M. Estudo de Movimentos e Tempos: Projeto e Medida do Trabalho. Edguar Blücher. 6a Edição,

1977.

CONTADOR, J. C. Gestão de Operações: Engenharia de Produção a Serviço da Modernização da Empresa.

Edguar Blücher. 2ªEdição. São Paulo, 1998.

MACHLINE, Claude et al. Manual de administração da produção. 9 ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação

Getúlio Vargas, 1990. 1 vol.

MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo, 2001.

SLACK, N. et al. Administração da produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SOUTO, M. S. M. Lopes. Apostila de Engenharia de métodos. Curso de especialização em Engenharia de

Produção – UFPB. João Pessoa. 2002.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxograma

http://www.totalqualidade.com.br/2011/11/mapofluxograma-o-que-e-isso.html