mapeada em arte

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Mapeada em arte DIÁRIO POPULAR DOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2012 Wannabe Jalva pode ser a revelação do Prêmio Açorianos A mulher de preto e O despertar: arrepios com velha fórmula MÚSICA PÁGINA 13 CINEMA PÁGINA 14 Mapeada em arte Até 11 de maio, a arte contemporânea reverbera em Pelotas através do projeto Paralelo 31º Jô Folha - DP Fotos Moizés Vasconcellos - DP Divulgação - DP

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Matéria no caderno Estilo do Diário Popular sobre o projeto Paralelo 31.

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Page 1: Mapeada em arte

Mapeadaemarte

DIÁRIO POPULAR DOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2012

Wannabe Jalva podeser a revelação doPrêmio Açorianos

A mulher de preto e Odespertar: arrepioscom velha fórmula

MÚSICA PÁGINA 13 CINEMA PÁGINA 14

Mapeadaemarte

Até 11 de maio, a artecontemporânea

reverbera em Pelotasatravés do projeto

Paralelo 31º

Jô Folha - DP

Fotos Moizés Vasconcellos - D

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Divulgação - DP

Page 2: Mapeada em arte

A arte demarcadano mapa

PObras de mais de 30 artistas contemporâneos se

espalham por cinco galerias de Pelotas emuma grande vitrine chamada Paralelo 31º

98DIÁRIO POPULARDOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2012Projeto

-31.74727º, -51.33002ºÁgape Espaço de Arterua Anchieta, 4.480 (visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e aos sábados das 10h às12h)

Por ser o mais afastado no mapa, Adriane apostouna estratégia de reunir no Ágape Espaço de Arte artistasque já têm um público cativo. Alice Monsell, ÂngelaFarina, Ângela Pohlmann, Carla Rosane, Dani Moraes,Eduarda Gonçalves e Roger Coutinho expõem pinturas,desenhos, gravuras e instalações.

A professora explica que o Paralelo 31º não limitou aprodução de qualquer artista. “Deixamos o pessoal livrepara criar”, diz. Na hora de montar, segundo ela, normal-mente vem uma surpresa harmônica - seja em cores ouem formato, independentemente do suporte utilizado.“As obras se estruturam de uma forma legal. Mesmosem querer, se percebe uma relação entre elas.”

Para a coordenadora, o Ágape, por ser fora do centro,favorece a ideia de deslocamento. “O nosso principal ob-jetivo é revigorar as artes visuais, unindo artistas semqualquer sugestão de competição”, afirma.

-31.76649º, -52.34295ºMuseu de Arte Leopoldo Gotuzzorua General Osório, 725 (visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 19h)

No Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg),a principal característica é o equilíbrio de forças.Artistas iniciantes dividem o mesmo espaço comquem já traz ummontante de experiências no cur-rículo - o que enriquece o trânsito de informaçõese de conhecimento.

A recém-formada Carolina Moraes Marchese,integrante da primeira turma de mestrado em Ar-tes da UFPel, põe seus trabalhos à mostra no Malgpela primeira vez. E a estreia já vem carregada deimportância. “Fico muito feliz em compartilharuma exposição com a Lílian Maus, que é uma su-per-referência”, diz ela.Damesma forma, a instala-ção interativa da principiante Erika Romaniuk di-aloga como jogode pinturas da já conhecida Fran-cis Silva. Além das quatro, estão à mostra traba-lhos do Grupo Superfície, Mariana Silva da Silva,Túlio Pinto, Martha Gofre e Kelly Wendt.

-31.77075º, -52.34032ºSalas de Exposições da Secult -Antônio Caringi e Inah D’Ávila Costapraça Coronel Pedro Osório, 2 (visitação de segunda a sexta-feira, das 12h30min às 18h30min)

“Os espaços às vezes ficam viciados aos mesmos artistas, aos mes-mos tipos de obras”, aponta Adriane ao falar das salas da Secretaria deCultura, Antônio Caringi e Inah D’Ávila Costa. “É preciso oxigenar esseslugares”, diz ela.

É nesta segunda que ela própria, junto aos outros três artistas daCasa Paralela (BiancaDornelles, Rogério Franck eThiagoReis), expõe suaobra: uma brincadeira com o cotidiano que envolve fotografia e colacolorida. Bianca vem com um trabalho relacional envolvendo um objetointerativo - um pufe (em outra ocasião exposto n’A Sala, a galeria doCentro de Artes da UFPel). O artista belga René Magritt é a inspiraçãopara as fotografias de Franck, enquanto Thiago contrapõe limpeza e con-taminação nos desenhos em carvão sobre papel vegetal.

Na Antônio Caringi, uma exposição formada só de mulheres. Semquerer, um ponto comum entre as obras: o corpo. Seja na roupa criadaem litografia e látex porHelenaKanaan, nasmãos retratadas porCarolinaRochefort, no mapa instrutivo em que Luana Alt brinca com o pertenci-mento ou na série de sutis desenhos de Vivian Herzog, ligados ao univer-so da moda e da costura.

“O Paralelo 31º é bom não só para os artistas, mas também para osespaços. Pelotas está bem atuante nas artes visuais: tem muita genteproduzindo. A ideia de ser um projeto simultâneo e espalhado acabachamando a atenção para a própria cidade”, opina Helena.

-31.77644º, -52.34370ºCasa Paralelarua Uruguai, 1.577 (visitação de terça-feira a sábadodas 14h às 19h)

Eis a sede do Paralelo 31º. Uma casa que funciona como gale-ria, ateliê e espaço de convivência. Pelo menos até 11 de maio, osartistas oficiais da Casa Paralela se deslocam para a Secult e dãoespaço para os trabalhos de Chico Machado, Daniel Acosta, TigoWeiler, Ricardo Cristofaro e Túlio Pinto.

Integrante doAteliê Subterrânea, de PortoAlegre, Túlio desta-ca o potencial do projeto de contribuir à revitalização cultural dePelotas. “Podem dizer que é uma cidade do interior, pequena,limitada em termos de circuito. Mas não perde para a capital, porexemplo, em termos de proficuidade e talento”, afirma.

Daniel Acosta levou à Casa Paralela desenhos que sobrepõemimagens de diversos bichinhos da série Gulliver. São obras que,segundo ele, atraem crianças e desmistificam o fato de que a artecontemporânea é difícil de entender. “Para mim, o público com-plementa o trabalho. A arte está mais em quem vê do que naprópria obra”, diz.

Luísa Roig Martins

elotas está sitiada de arte contemporânea. O mapa que se vê aolado épara vocênão seperder emmeio a tantos espaços exposi-tivos integradosemcircuitoatéodia11demaio.Simultaneamen-te, cincogalerias recebemobrasdemaisde30artistas -amaioria,locais; outros, vindos de fora. Essa grande vitrine tem nome: é oParalelo31º, referênciaà localizaçãogeográficadacidade.

O projeto, assinado pela professora do Centro de Artes daUFPel, Adriane Hernandez, mas elaborado junto aos outros ar-tistasdagaleriadearteCasaParalela, foi aprovadopeloProcultu-ra deste ano. Mas até quando há a garantia de financiamento, épreciso adotar a filosofia do “faça você mesmo” para ver a arteacontecer.OvalordeR$19.556,00 referenteaosubsídiomunicipalaindanão foidepositado (o secretário interinodeCultura,MogarXavier, não foi localizado pela reportagem para dar uma previ-são). Por isso, a equipe daCasaParalela aplicou recursos própri-osparanãoperder aoportunidadedeutilizar oúnicoperíodoemqueas cincogalerias (Malg,Ágape, Secult, CasaParalela eASala)tinham, aomesmotempo, agendas livres. “Porquea ideiaprinci-pal é, de fato, fazer as coisas acontecerem ao mesmo tempo.Queremos ver as pessoas circulando pela cidade, entrando noritmode ver arte”, justificaAdriane.

A denominação das exposições é composta por dígitos: ascoordenadas geográficas - latitude e longitude - de cadaumdosprédios.DaZonaNorte aoPorto, o conceito engloba justamentea ideia depercurso, trajeto, perambulação. “A ideia de arte espa-lhada tem sentido por si só. O projeto em si já é uma espécie deobra maior”, define Chico Machado, um dos artistas que inte-gram o Paralelo e também professor do Cearte.

-31.78139º, -52.34054ºA Salarua Alberto Rosa, 62 (visitação de segunda a sexta-feira, das9h às 12h e das 14h às 18h)

Quando no fim da década de 1970 surgiram as primeiras filmadorasportáteis, começou a se desenhar também a história da tecnologia dovídeo. E como a arte se imprime com facilidade em várias outras áreas doconhecimento, não demorou muito para que ela chegasse a esse tipo deplataforma. Na galeria A Sala, do Centro de Artes da UFPel, estão concen-trados seis trabalhos em videoarte, divididos em duas projeções e quatroaparelhos de TV.

“Esse formato surgiu quando os artistas começaram a filmar e regis-trar performances. Então perceberamque fazê-las em frente a uma câme-ra tinha outro significado”, explica o professor Chico Machado. Normal-mente, os vídeos denunciam a presença do artista ou da ação desseartista, podendo ser narrativos ou não. “E é aí que está a principal diferen-ça da videoarte para o cinema. No primeiro caso, o que se explora épuramente a imagem em movimento, sem a preocupação de contar umahistória com início, meio e fim.” Além da produção audiovisual do pró-prio Chico, podem ser conferidos n’A Sala os trabalhos de Geovani Cor-rea, James Zórtea, Patrick Tedesco, Rogério Franck e Tigo Weiler.

Jô Folha - DP

Fotos Moizés Vasconcellos - DP

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3Praça CoronelPedro Osório

Parque DomAntônioZattera

Av. Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira

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R. Marechal Deodoro

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Saiba maiswww.paralelo31.com.br

Agendamento de visitas guiadas:[email protected]

Coletivo CDM: de segunda a sexta-feira, umaintervenção urbana sonora percorrerá as principaisruas do centro de Pelotas, entre as 18h e as 19h

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