mapa para inserÇÃo internacional do setor de...
TRANSCRIPT
MAPA PARA INSERÇÃO
INTERNACIONAL DO
SETOR DE SERVIÇOS
SUMÁRIO
1. Contexto Internacional e Brasileiro.
2. Desempenho recente das exportações brasileiras de serviços.
3. Serviços e produtividade.
4. Mensurando as barreiras no Brasil.
5. Considerações finais.
Uma tendência importante na política comercial nos últimos anos é a notável redução das barreiras tarifárias em todo o mundo, particularmente nas economias desenvolvidas e algumas recentemente industrializadas.
Fonte: WITS (Banco Mundial)
Atualmente, mais de 50% do comércio global é feito através de 274 acordos regionais.
FRAGMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO
• O aumento do fluxo de mercadorias cruzando as fronteiras e os novos avanços nas tecnologias de comunicação e informação aumentaram a demanda por serviços.
• Até 2014 (últimos dados confiáveis disponíveis) ainda vivíamos em um mundo fragmentado, onde cerca de 2/3 das exportações globais correspondiam a bens intermediários
FRAGMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO
59.7%59.1% 59.1%
59.7%
60.5%
61.3%61.9%
62.3%
63.8%
62.6%
63.4%
64.5% 64.7%65.1%
64.6%
56%
57%
58%
59%
60%
61%
62%
63%
64%
65%
66%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Participação de bens intermediários nas exportações mundiais (%)
Fonte: WIOD
FRAGMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO
• O aumento do fluxo de mercadorias cruzando as fronteiras e os novos avanços nas tecnologias de comunicação e informação aumentaram a demanda por serviços.
• Até 2014 (últimos dados confiáveis disponíveis) ainda vivíamos em um mundo fragmentado, onde cerca de 2/3 das exportações globais correspondiam a bens intermediários.
• Todo este processo foi viesado para os países desenvolvidos, mas também incluiu países em desenvolvimento (principalmente China e Índia).
A evidência mais recente sugere que o processo de fragmentação internacional da produção de bens encontrou seu pico em 2011. A partir de então, o comércio de serviços passa a crescer em ritmo mais acelerado que o comércio de bens.
5
Figure 2. International fragmentation of production of final goods and services, 2000-2014
Note: ratio of GVC imports to the output of the final products. GVC imports include imports by the
country in which the last stage of production took place, as well as by all other countries involved in
earlier stages of production. Goods refer to production of agricultural, mining and manufacturing
final goods (836 in total). Services refer to production of all other final products in the economy
(1,628). Global import intensities of production for products have been weighted by final output.
Next, we employ an input-output framework to account for the change in the import intensity of world
GDP. Put simply, this intensity can increase in this framework when production processes become
more internationally fragmented, or when final demand shifts to goods and services of which
production processes are more import intensive. The former can be thought of as an intra-effect
(within production chains), and the latter as a shift-effect (across output of production chains). By
keeping global final demand for each product fixed, we find the contribution of changes in global
import intensities (GIIs) of production. Conversely, we derive the contribution of changes in the
product structure of global final demand by keeping GIIs constant. The main result of the
decomposition is given in Figure 3. Roughly half of the increase during 2000-08 was due to
international production fragmentation. Demand shifts accounted for the other half. During 2008-2011
both drivers of trade collapsed: the intra-effect became small and the shift-effect even turned negative.
Since 2011, the GIIs of many products actually fell such that the intra-effect turned negative as well.
During the period 2011-14 the shift and intra-effects drove down the import intensity of world GDP,
each by 0.5 log points.8
In a final step we analyse the impact of final demand changes of individual countries. Perhaps
surprisingly we find that growing Chinese demand did not have a major impact. Obviously it led to an
increase in the level of worldwide imports, but not to the import intensity of world GDP. This is
8 When the global import intensity of production declines (increases) over a period, the elasticity is smaller
(bigger) than one.
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14
Goods
All products
Services
Valor total de intermediários importados em CGVs por dólar de bem final
Fonte: Timmer et al (2016)
A relevância do comércio de serviços tem reflexos no crescente número de acordos comerciais que incluem cláusulas de serviços.
SERVICIFICAÇÃO
• Como consequência da fragmentação, tivemos a chamada "servicificação" das exportações.
• Uma análise das exportações mundiais por valor adicionado revela a relevância marcante dos serviços como insumos para as exportações de manufaturados.
• Para a economia global, as exportações de serviços indiretos são tão importantes quanto (em termos de volume exportado) as exportações diretas.
• Correlação entre competitividade de serviços e bens industriais.
Tão ou mais importante quanto as exportações diretas de serviços, são as exportações indiretas, sobretudo aquelas que vão “embutidas” nas exportações de bens manufaturados. No mundo, este mercado é majoritariamente preenchido por PMEs.
11%
61%
28%
World:SectorialShareoftheExports(2014)
Primary Manufacturing Services
16%
35%
49%
World:SectorialShareoftheVAExports(2014)
Primary Manufacturing Services
35%
33%
30%
27%
24%
25%
27%
29%
28%
17%
17%
13%
14%
17%
17%
15%
16%
13%
35%
36%
36%
34%
36%
37%
38%
37%
36%
13%
14%
21%
25%
23%
21%
20%
19%
22%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Brasil
Eq. Transp Outras Manuf. Serviços Importados
32%
35%
36%
35%
35%
35%
35%
35%
35%
8%
6%
7%
7%
6%
6%
6%
6%
5%
24%
21%
18%
19%
21%
20%
21%
24%
22%
37%
37%
39%
39%
39%
39%
38%
34%
38%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
México
Eq. Transp Outras Manuf. Serviços Importados
24%
29%
27%
21%
23%
25%
25%
26%
26%
10%
10%
9%
7%
7%
6%
6%
7%
6%
25%
19%
17%
16%
15%
16%
16%
17%
14%
41%
42%
47%
55%
55%
53%
53%
50%
55%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
República Tcheca
Eq. Transp Outras Manuf. Serviços Importados
Distribuição do valor adicionado na
produção de “Equipamentos de transporte”
1. Destaque para pequena participação de importados e alta participação de
serviços no Brasil;
2. No Brasil, como em boa parte do mundo, maior parte do valor adicionado
gerado está fora do setor alvo. Políticas horizontais tendem a ser mais
eficientes...
Mapa para Inserção Internacional do Setor de Serviços
DESEMPENHO RECENTE DAS
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SERVIÇO
Os serviços aumentaram sua participação no comércio exterior do Brasil nas últimas décadas. Esse aumento foi mais pronunciado nas importações de serviços do que nas exportações. O movimento das importações é muito relacionado ao aluguel de máquinas e equipamentos do pré-sal...
Participação dos serviços comerciais nas exportações
brasileiras de bens e serviços (%)
12,113,3 13,1
14,8 14,8 15,0
23,825,2 25,2
27,128,5
30,6
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Exportações Importações
Fonte: OMC
A pauta comercial é concentrada em poucos parceiros. Os Estados Unidos e a União Europeia são (de longe) os parceiros comerciais mais relevantes para o Brasil quando se trata de comércio de serviços.
33,035,6
4,52,0
24,9
30,1
48,4
3,1 1,3
17,1
USA EU_28 Mercosur BRICS Row
Exports Imports
Destino e origem do comércio de serviços do Brasil (%) em 2016
Fonte: OMC
Entre 2007 e 2017, as exportações de serviços no Brasil aumentaram a uma taxa menor do que as exportações globais de serviços modernos e tradicionais.
5,1
4,1
3,1
4,7
3,7
2,3
Modern Services Total Services Traditional Services
World Brazil
Crescimento anual médio (%) 2007-2017
Fonte: OMC
Apesar de ser um pequeno exportador em escala mundial, a participação dos serviços modernos nas exportações totais de serviços do Brasil aumentou de 46,5%, em 2005, para 61,7%, em 2017.
Exportações brasileiras de serviços comerciais (2005-2017)
Fonte: OMC
"Other business services" (aluguéis, serviços profissionais e técnicos) representam mais de 80% do total das exportações brasileiras de serviços modernos.
4,4% 3,2% 3,1% 3,7% 3,2% 3,7% 2,5% 3,2% 3,3%5,8% 7,4% 8,8% 10,3%
7,1% 8,1% 8,1% 7,1% 9,4% 10,2% 12,0% 10,9% 12,7%4,7%
3,5%3,6%
3,2%1,9% 3,6% 4,0% 4,7% 2,2%2,5% 2,4% 2,4%
2,2%
2,7%4,6%
3,8% 3,2%
85,2% 83,5% 82,3% 81,9% 82,6%82,5% 81,6% 82,3% 80,2%
85,3% 81,8% 80,6% 80,3%
1,4% 1,7% 2,4% 2,7% 2,6% 1,1% 1,5% 1,2% 1,7% 1,5% 2,7% 3,2% 3,02%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Telecommunications, computer, and information services Financial services Insurance and pension services
Other business services Charges for the use of intellectual property n.i.e.
“OBS”: Comprises trade related services, operational leasing (rentals), and miscellaneous business, professional and technical
services such as legal, accounting, management consulting, public relations services, advertising, market research and public
opinion polling, research and development services, architectural, engineering, and other technical services, agricultural, mining
and on-site processing;
Fonte: OMC
Como na maioria dos países, os serviços são insumos estratégicos para a competitividade das exportações brasileiras em todos os setores, particularmente da indústria.
14%13% 13%
17% 16% 16% 17%15%
20%
23%
21%19%
17%
22%
18%19%
29% 29%
27%
31%30%
31% 31% 31%
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Agriculture Mining Manufacturing
Participação dos serviços domésticos embutidos nas exportações brutas setoriais (%)
(2000-2014)
Fonte: WIOD, 2016
Em 2014, as exportações de serviços indiretos foram quase 1,5 vezes maiores do que as exportações brutas de serviços.
23.6 22.8 23.2 25.331.7
44.4
54.9
66.2
79.7
65.0
84.4
102.4 101.7 99.893.7
10.57.2 5.5 5.2 6.5
11.116.1
23.3
32.225.9
33.1
41.5 42.5 41.838.2
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
VAExports Exports
Exportações de serviços totais e por valor agregado (US $)
Fonte: OMC-TIVA (OCDE), 2015
Mapa para Inserção Internacional do Setor de Serviços
Importar para
Exportar
Como no comércio de bens, não existe um grande exportador de serviços que também não seja um grande importador de serviços.
France
India
Spain
Italy
Holand
Japan
Brazil
Canada
Belgium
Ireland
Russia
Indonesia
Singapore
Austria
Australia
Fonte: GTAP9 DATABASE (2011)
Apesar de estar entre as 10 maiores economias do mundo, o Brasil não se posiciona como um participante significativo no comércio global de serviços.
Appendix Table 6: Leading exporters and importers of commercial
services excluding intra- EU (28) trade, 2016
$bn and %
Fonte: OMC (2017)
Com pouca participação no comércio global de bens e serviços, a produtividade do trabalho em serviços também é muito baixa no Brasil.
85.7 84.7
80.4 78.6
69.2 66.7 65.4
62.5 62.3 62.2 61.6 61.1 59.9 57.9
54.7 54.6 54.6 52.6
48.5 46.7
44.4 43.1 42.2 42.1
38.2 38.1 37.5 37.2
31.1 30.5 29.5 29.1 27.8 24.9
21.6 18.6 17.3
15.8
9.3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
USA
TWN
IRL
LUX
FRA
BEL
JPN
AUT
CAN
ITA
AUS
NLD
DEU
SW
E
ESP
GBR
FIN
DNK
SVN
MLT
KOR
PRT
CYP
TUR
POL
SVK
CZE
HUN
LTU
EST
ROU
LVA
MEX
RUS
BGR
CHN
IND
BRA
IDN
Fonte: Veloso et al, 2016 (Dados de 2009)
Produtividade do trabalho em serviços (US$ PPP)
A produtividade do trabalho em serviços modernos no Brasil é menor do que a produtividade dos serviços tradicionais da maioria das economias desenvolvidas.
Produtividade do trabalho em serviços (US$ PPP)
55.3 51.2 54
46.2 53.8
45.1
30.4
17.7 12.7
10.9 18.9
168.04
130.7
119.7
108.2
97.3
87.2
69.3 63.9
53.3
33.8 28.8
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
EUA Irlanda França Australia Japão Reino Unido
Coréia México China Brasil India
Serv_Tradicionais Serv_Modernos
Fonte: Veloso et al. 2016 (Dados de 2009)
A baixa produtividade é generalizada na economia do Brasil. Só o setor de serviços nos EUA tem produtividade do trabalho cerca de 4,5 vezes maior que a indústria Brasileira...
Fonte: Veloso et al. 2016 (Dados de 2009)
Mapa para Inserção Internacional do Setor de Serviços
Algumas Regularidades Empíricas
sobre o Comércio de Serviços
Regularidade 1: é baixa a participação dos serviços importados nas exportações de bens no Brasil. Serviços transacionáveis importados são, em geral, serviços modernos e com maior produtividade.
Conteúdo de serviços embutidos nas exportações de bens manufaturados em 2015
Fonte: Veloso et al. 2016 (Dados de 2009)
Regularidade 2: Países desenvolvidos empregam um parcela maior de serviços modernos no total de serviços domésticos embutidos em suas exportações de bens manufaturados…
61,4
54,7 54,350
4643
Itália Suécia USA Alemanha França Brasil
Participação (%) dos serviços modernos no total de serviços domésticos embutidos nas exportações de veículos
61,4
54,7 54,350
4643
Itália Suécia USA Alemanha França Brasil
Participação (%) dos serviços modernos no total de serviços domésticos embutidos nas exportações de veículos
Fonte: WIOD, 2014
Regularidade 3: Quanto maior a sofisticação tecnológica do setor, maior a parcela de serviços modernos no total de serviços domésticos embutidos em suas exportações…
35 35,8 3740
42,7 43 44
56
Têxteis Produtos deMadeira
Refino Máq. & Equip. Químicos Automóveis Eletro-eletrônicos Farmacêuticos
No Brasil, quanto maior a sofisticação do setor exportador, maior a parcela (%) dos serviços modernos no total de serviços domésticos embutidos nas suas exportações
Fonte: WIOD, 2014
Mapa para Inserção Internacional do Setor de Serviços
Estimando o equivalente ad
valorem das barreiras em serviços
Barreiras ao comércio do setor são principalmente de natureza regulatória
Para avaliar os prováveis ganhos advindos de uma liberalização comercial em serviços,
torna-se necessário estimar os equivalentes ad-valorem dessas barreiras
Métodos:
(i) métodos qualitativos baseados em índices de cobertura e frequências;
(ii) métodos baseados em diferenças de preços;
(iii) métodos quantitativos baseados em equações gravitacionais
Literatura recente mas com resultados robustos
Estimando Barreiras em Serviços
usando modelos de gravidade.
Estimando Barreiras em Serviços
usando modelos de gravidade.
Metodologia: Foi especificado um modelo de gravidade utilizando dados em painel e estimadores de Poisson, baseado nos trabalhos anteriores de Fontagné et al (2011) e Santos Silva e Tenreyro (2006)
Equivalentes ad valorem de barreiras de serviços são calculados com base em efeitos fixos estimados usando o modelo de gravidade estrutural de Anderson e Wincoop (2003)
Fontes: GTAP (Eurostat, UN e FMI) e CEPII (variáveis gravitacionais)
• Fluxo bilateral: 2004; 2007; 2011 (modos 1, 2 e 4) para 14 setores (painel)
• Todos os países do TISA+BRICs (total de 55 exportadores/importadores)
• Um total de aproximadamente130.000 observações
Estimativa dos equivalentes ad valorem das Barreiras Regulatórias ao Comércio de Serviços (2004-2011).
233.3%
71.5%
44.3%
24.6%
5.2%
0.0%
50.0%
100.0%
150.0%
200.0%
250.0%
pry
cri
m
us
pan
m
lt
ltu
lv
a
per
es
t cyp
co
l svn
b
gr
pak
hrv
sv
k
nzl
arg
tu
r ch
l m
ex
za
f cze
prt
la
tam
p
ol
hu
n
isr
ch
e
fin
au
t g
rc
hkg
can
b
ra
rus
no
r b
el
dn
k
sw
e
fra
eu
rop
e
esp
k
or
nld
ir
l ch
n
lux
ita
jpn
g
br
deu
u
sa
Fonte: CCGI-FGV (2016)
Comparando os equivalentes ad valorem das barreiras regulatórias às importações de serviços no Brasil, na América Latina e nos países da OCDE.
55.9
98.1
181.2
142.9
110.5
67.2
123.5
100.9
56.6 48.6
83.6
38.2
53.5
41.4
96.1
189.1
180.7
102.3
39.4
82.7 77.1
38.9 32.7
53.7
28.6 39.6
17.4 24.3 26.1
96.4
40.8
17.9
32.7 30.5 21.8
17.3 24.3
20.6 16.9
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Air Transport
Post & Telecom
Construction Gas Distribution
Insurance Real State & Other b.s.
Financial Interm.
Road, Rail and other
transp.
Public Services
Recreation & Other
services
Trade Water transport
Water Supply
Latam Brazil OECD
Resultados
• BNTs em termos percentuais para cada
setor;
• Média ponderada: participação relativa de
cada setor nas importações totais de
serviços;
• Benchmark geral dos EUA, seguido pela
Alemanha, Reino Unido e Japão
• Países mais "fechados": Paraguai, Costa
Rica e Maurício;
• As maiores BNTs: gás (75%), eletricidade
(46%), seguros (44%);
• Menores: recreação e água (18%)
Sector Simple
Average
Weighted
Average Benchmark
Air Transport 59.7% 19.0% UK
Communication 79.2% 26.4% UK
Construction 120.1% 25.1% Germany
Electricity 225.2% 45.8% Brazil
Gas distribution 227.6% 75.0% Luxemb
Insurance 141.0% 43.7% USA
Business services 74.4% 20.4% Germany
Financial Interm. 134.7% 36.1% Luxemb
Government 62.9% 23.4% USA
Other Transports 87.4% 31.9% USA
Recreation 53.9% 18.0% UK
Trade 91.7% 22.8% China
Water Transport 111.7% 23.0% Greece
Water supply 54.0% 18.1% UK
SIMULAÇÃO
Dada a baixa produtividade em serviços e a possível causalidade entre a abertura em serviços e o aumento das exportações de bens manufaturados, como já citado na literatura empírica recente, cabe avaliar um eventual cenário de liberalização comercial em serviços para a economia do Brasil.
Quais os impactos esperados de uma redução das barreiras aplicadas pelo Brasil às importações de serviços?
MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL
COMPUTÁVEL ESTÁTICO
Base de dados: GTAP-9 (ano base 2011);
Modelo de competição perfeita com 140 regiões e 57 setores por região;
Simulação: Barreiras regulatórias para importação de serviços no Brasil convergem para o marco regulatório da OCDE
MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL
COMPUTÁVEL ESTÁTICO
0.47%
1.67%
2.32%
0.60% 0.50% 0.43%
0
0.5
1
1.5
2
2.5
PIB Vol. Exported Vol. Imported Investment Wages (qualified) Wages (non-
qualified)
Variáveis macroeconômicas (%)
Fonte: CCGI-FGV (2017)
A abertura em serviços estimula particularmente as exportações de manufaturados, que utilizam maiores volumes de serviços de maior valor agregado.
2.65%
1.69% 1.56%
0.68%0.37%
-0.47%
15.1%
-0.53%0.40% 0.22%
Manufacturing Services Agribusiness Extractive Agriculture
Vol. Exported Vol. Imported
Fonte: CCGI-FGV (2017)
Impacto no comércio setorial (%)
Quanto maior a barreira
regulatória, mais difícil
integrar as CGVs
O impacto de cada choque tenderá a ser proporcional à sua magnitude, mas também à relevância de um determinado serviço para cada variável macro.
0,32 0,35 0,30 0,23 0,200,37
0,230,27
0,14 0,36
0,26
0,09
0,16
0,10
0,03
0,120,090,06
0,07
0,07
0,08
0,080,070,04
0,10
0,42
0,04 0,020,06 0,10
0,23 0,070,17
0,10 0,16 0,16 0,09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
PIB Vol. Exportado Vol. Importado Investimento Salário(qualificado)
Salário (não-qualificado)
Negócios Transportes Serv. Financeiros Seguros
Telecom&Correios Construção Serv. Públicos Demais serviços
Contribuição por setor de cada choque (%)
Fonte: CCGI-FGV (2017)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A servicificação no Brasil é usualmente relacionada ao nosso baixo crescimento recente. Contudo, a baixa produtividade do Brasil é generalizada em todos os setores da economia;
• Representando mais de 70% do PIB nacional, não há crescimento econômico de longo prazo sem estímulo ao aumento da produtividade do setor de serviços;
• Aumento da inserção internacional é claramente um vetor de aumento da produtividade sistêmica;
• Além das tradicionais políticas de promoção de exportações, este trabalho também ressalta o papel fundamental das importações de serviços.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Importação de serviços:
• Ganhos de bem-estar e produtividade tendem a ser potencializados quando exportações e importações crescem juntas;
• O setor industrial no Brasil está muito atrasado quando se trata da adoção das novas tecnologias relacionadas à Indústria 4.0. As importações de serviços são estratégicas para alcançar o que há de mais recente na fronteira tecnológica;
• A fragmentação da produção nos serviços também é uma tendência de longo prazo. Reduzir as barreiras regulatórias às importações pode certamente fomentar o processo de integração.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Políticas industriais nacionais: longa tradição no Brasil, mas precisam de uma avaliação ex-ante mais cuidadosa sobre potenciais externalidades e resultados, especialmente em um países com instituições pouco desenvolvidas como o Brasil.
• As iniciativas governamentais têm se concentrado na melhoria do ambiente de negócios do setor de serviços no país, assim como no desenvolvimento de ferramentas analíticas que serão capazes, em momento futuro, de avaliar o desempenho de eventuais políticas públicas setoriais que venham a ser desenvolvidas.
PROPOSTAS ICC
• Promover a remoção de barreiras referentes aos setores de Transportes, Negócios, Serviços Financeiros e Seguros. São os setores que mais impactam a competividade do Brasil no comércio internacional.
• Promover revisão tributária da CIDE e IOF, para maior competitividade da área de serviços no comércio internacional.
• A ICC, em cooperação com a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, e Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, passará nos próximos meses um pente fino regulatório para identificação das barreiras referentes a esses setores.