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MAPA DO CURSO PLANTÕES Individuais: todos os dias, às 7h15min e 9h30min (previamente marcados). Coletivos: todos os dias, às 11h45min, e terças às 15h45min (não há plantões nas quartas!) Ocorrem antes e após as aulas, diariamente. Podem, mediante combinação, ser ou individuais ou coletivos. Atendem tanto à redação quanto às questões objetivas. Importante: consideramos o plantão um complemento obrigatório da sala de aula. Sugerimos usá-lo sempre, pois a diferença de aproveitamento, para o aluno, é notória. ATIVIDADES REGULARES (GRUPOS DE PORTUGUÊS E REDAÇÃO) Horários : 208, 308, 314, 508, 608 Destinam-se ao desenvolvimento dos programas das provas de vestibulares do RS e de SC. São discutidos os conteúdos referentes às provas objetivas e à redação. O objetivo é recuperar integralmente os conhecimentos do ensino médio necessários para o vestibular, trabalhando além da padronização comum aos livros didáticos e das propostas de redação simplificadoras. Busca-se aproxi- mar a imprescindível teoria do maior número possível de testes e de prática de redação. Tais atividades incluem, semanalmente, interpretação de textos. É bom observar: nossa prática é de aula sempre. Os raros feriados que forem respeitados terão suas aulas recuperadas. GRUPO DE REDAÇÃO Horários: 210, 214, 510 Trabalho realizado à parte, tem, como foco, a prática ob- jetiva de redação, baseado em aspectos teóricos e desen- volvido por meio do debate de temas diversos. No primeiro semestre, são trabalhados temas tradicionais, como PUC, UPF, ACAFE, UCS, ULBRA, etc.; no segundo, o objetivo são as redações do ENEM e da UFRGS. GRUPO DE PRÁTICA DE PROVAS Horário: 216 O objetivo é conhecer, por meio da prática efetiva, as diferentes abordagens das provas de Língua Portugue- sa das mais concorridas universidades particulares, do ENEM e da UFRGS. A atividade é recomentada para três perfis de vestibulandos: • para aqueles que buscam aprovação em vestibula- res muito divergentes entre si (ENEM e ULBRA, por exemplo); • para os que têm objetivos extremamente restritos (só ENEM ou só UFRGS!); • para os alunos mais experientes, que querem obje- tividade. GRUPO DE LINGUAGENS E HUMANAS Horário: 310 Em parceria com o professor Fábio Catani, apresenta- remos os conteúdos pertinentes às provas do ENEM, realizando conexões entre as duas áreas de conhe- cimento e contribuindo com fundamentos teóricos e exemplos práticos para a melhor argumentação nas provas de Redação – dois professores dispostos a uma preparação de excelência para as provas. A sistemática se baseará em objetividade e qualidade, com aulas expositivas conjuntas acerca dos principais temas envolvidos nas provas e aulas individuais de cada professor sobre conteúdos específicos de sua respectiva área, sempre finalizadas com resolução de questões e momentos de debate com a turma. Um dos nossos maiores diferenciais é o programa, definido em temas em ordem cronológica, mas também associados a ques- tões relevantes do contexto social atual. LISTA DE TRANSMISSÃO WHATSAPP Grupo para troca de conteúdos, recuperação de aulas per- didas, avisos, complementos de matérias específicas, etc. FAN PAGE / INSTAGRAM É o canal de informação e de inscrição para as atividades complementares, como as aulas de revisão, palestras, pré-provas, etc. [email protected] facebook.com/EscoladaLinguaPortuguesa twitter.com/carlosluzardo EscoladaLinguaPortuguesa (51) 99955-7502 (51) 3311-0880 www.carlosluzardo.com.br SITE www.carlosluzardo.com.br Ferramenta indispensável: LIVRO VIRTUAL, LIVRO PUC-UFRGS, materiais complementares, provas corrigi- das, simulados - tudo estará disponível on line . BIBLIOTECA VIRTUAL (ELP) De segunda a sexta, das 7h45h às 18h, está, à disposição do aluno, nos turnos da manhã e da tarde, um serviço de empréstimo de livros, jornais e revistas, desde as leituras obrigatórias até referências importantes para a redação

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MAPA DO CURSO

PLANTÕES

Individuais: todos os dias, às 7h15min e 9h30min (previamente marcados). Coletivos: todos os dias, às 11h45min, e terças às 15h45min(não há plantões nas quartas!)Ocorrem antes e após as aulas, diariamente. Podem, mediante combinação, ser ou individuais ou coletivos. Atendem tanto à redação quanto às questões objetivas. Importante: consideramos o plantão um complemento obrigatório da sala de aula. Sugerimos usá-lo sempre, pois a diferença de aproveitamento, para o aluno, é notória.

ATIVIDADES REGULARES (GRUPOS DE PORTUGUÊS E REDAÇÃO)

Horários : 208, 308, 314, 508, 608Destinam-se ao desenvolvimento dos programas das provas de vestibulares do RS e de SC. São discutidos os conteúdos referentes às provas objetivas e à redação. O objetivo é recuperar integralmente os conhecimentos do ensino médio necessários para o vestibular, trabalhando além da padronização comum aos livros didáticos e das propostas de redação simplificadoras. Busca-se aproxi-mar a imprescindível teoria do maior número possível de testes e de prática de redação. Tais atividades incluem, semanalmente, interpretação de textos. É bom observar: nossa prática é de aula sempre. Os raros feriados que forem respeitados terão suas aulas recuperadas.

GRUPO DE REDAÇÃO

Horários: 210, 214, 510 Trabalho realizado à parte, tem, como foco, a prática ob-jetiva de redação, baseado em aspectos teóricos e desen-volvido por meio do debate de temas diversos. No primeiro semestre, são trabalhados temas tradicionais, como PUC, UPF, ACAFE, UCS, ULBRA, etc.; no segundo, o objetivo são as redações do ENEM e da UFRGS.

GRUPO DE PRÁTICA DE PROVAS

Horário: 216O objetivo é conhecer, por meio da prática efetiva, as diferentes abordagens das provas de Língua Portugue-sa das mais concorridas universidades particulares, do ENEM e da UFRGS. A atividade é recomentada para três perfis de vestibulandos:• para aqueles que buscam aprovação em vestibula-

res muito divergentes entre si (ENEM e ULBRA, por exemplo);

• para os que têm objetivos extremamente restritos (só ENEM ou só UFRGS!);

• para os alunos mais experientes, que querem obje-tividade.

GRUPO DE LINGUAGENS E HUMANAS

Horário: 310Em parceria com o professor Fábio Catani, apresenta-remos os conteúdos pertinentes às provas do ENEM, realizando conexões entre as duas áreas de conhe-cimento e contribuindo com fundamentos teóricos e exemplos práticos para a melhor argumentação nas provas de Redação – dois professores dispostos a uma preparação de excelência para as provas.A sistemática se baseará em objetividade e qualidade, com aulas expositivas conjuntas acerca dos principais temas envolvidos nas provas e aulas individuais de cada professor sobre conteúdos específicos de sua respectiva área, sempre finalizadas com resolução de questões e momentos de debate com a turma. Um dos nossos maiores diferenciais é o programa, definido em temas em ordem cronológica, mas também associados a ques-tões relevantes do contexto social atual.

LISTA DE TRANSMISSÃO WHATSAPP

Grupo para troca de conteúdos, recuperação de aulas per-didas, avisos, complementos de matérias específicas, etc.

FAN PAGE / INSTAGRAM

É o canal de informação e de inscrição para as atividades complementares, como as aulas de revisão, palestras, pré-provas, etc.

[email protected]

facebook.com/EscoladaLinguaPortuguesa

twitter.com/carlosluzardo

EscoladaLinguaPortuguesa

(51) 99955-7502

(51) 3311-0880

www.carlosluzardo.com.br

SITE www.carlosluzardo.com.br

Ferramenta indispensável: LIVRO VIRTUAL, LIVRO PUC-UFRGS, materiais complementares, provas corrigi-das, simulados - tudo estará disponível on line .

BIBLIOTECA VIRTUAL (ELP)

De segunda a sexta, das 7h45h às 18h, está, à disposição do aluno, nos turnos da manhã e da tarde, um serviço de empréstimo de livros, jornais e revistas, desde as leituras obrigatórias até referências importantes para a redação

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Temas deRedação

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Temas de Redação

Aula 1

Criação de papéis de gêneroA partir da leitura do texto acima, aborde o assunto tentando responder ao seguinte questionamento: é real-mente coerente considerar que há atividades, prossionais ou não, em que homens e mulheres podem ter desempenhos qualitativamente diferentes? Ou as tendências de pensar assim não passam de preconceitos? Examine o tema atentamente e elabore um texto dissertativo com 25 a 30 linhas, no qual você exporá suas ideias a respeito do assunto.

Aula 2

A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.

WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015.

TEXTO II

TIPO DE VIOLÊNCIA RELATADA

51,68%

31,81%

Violência física

Violência psicológica

Violência moral

Violência sexual

Violência patrimonial

Cárcere privado

Tráfico de pessoas

9,68%2,86%

1,94% 1,76% 0,26%

BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço 2014. Central de Atendimento à Mulher:

Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO III

Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br.

Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO IVO IMPACTO EM NÚMEROS

Com base na Lei Maria da Penha, mais de 330 mil processos foram instaurados apenas nos juizados e varas especializados

Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

INSTRUÇÕES:O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

tiver até 7 (sete) linhas escritfugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

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Temas de Redação

Aula 3

Novos conceitos de família

TEXTO IIO desenvolvimentos de instituições modernas do Estado e do mercado abarca, em parte, as antigas funções da família, restringindo a esfera de atuação desta às dimensões da afetividade e da reprodução da vida, em seus aspectos biológico e culturais. Por essa razão, é importante refletir sobre como o Estado, por meio de seu papel regulador e de promotor de políticas públicas, deve assumir responsabilidades perante os indiví-duos, as famílias e o bem-estar coletivo.

TEXTO IIILidar com as famílias, hoje, é lidar com a diversidade; famílias intactas, famílias em processo de separação, famílias monoparentais, famílias reconstruídas, famílias constituídas de casais homossexuais, famílias consti-tuídas de filhos adotivos, famílias constituídas por meio das novas técnicas de reprodução.A família intacta, tal qual nos acostumamos a pensar como sendo o modelo de família, é, hoje em dia, uma das várias formas de se viver a família.A multiplicidade “ser família”, hoje, cria um hiato na geração que aprendeu o “ser família” de acordo com de-terminadas características e sua concretização na prática. Talvez só a geração dos filhos saiba desenvolver a maneira de denominar tal realidade.

Rituais familiares

TEMA 1

Prática de rituais e identidade familiarOs rituais são parte essencial da vida familiar, podendo ser entendidos como hábitos de vida relativamente estruturados e repetitivos, através dos quais os membros de uma família comunicam significados aos níveis manifesto, simbólico e até inconsciente. (...) Apesar do seu caráter universal, os rituais – rotinas, tradições e celebrações – são expressos de forma diferente em cada família, com cada uma descobrindo e construindo os seus, moldando-os à sua imagem.

Se você optar por este tema, apresente um ou dois rituais cultivados por sua família que contribuem para o estabelecimento da identidade familiar. Ao dissertar, justifique a relevância desse(s) ritual(ais) para o fortalecimento dos laços entre os membros da família.

TEMA 2

Casar é “modinha”?

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Temas de Redação

O casamento voltou a ficar na moda entre os jovens, conforme revela uma pesquisa feita em 30 países. Mas, afinal, qual a idade para pensar em casamento? Uma pesquisa com 30 mil pessoas, de 60 países, mostra que casar está nos planos de 19% da chamada geração Z, que tem entre 15 e 20 anos, e de 17% da geração Y, que tem de 21 a 34 anos.

Para desenvolver este tema, você deverá considerar a hipótese de que o aumento da adesão dos jo-vens ao casamento seja apenas um modismo, manifestando o seu ponto de vista sobre ela. Procu-re avaliar a realidade ao seu redor, principalmente a forma como se comportam os(as) seus(suas) amigos(as) em relação ao casamento para fundamentar sua argumentação.

TEMA 3

Os rituais religiosos e o homem contemporâneoQual a situação atual em relação ao aspecto ritualístico das religiões? O religioso praticante toma parte nos vários rituais da sua igreja, e, indubitavelmente, este fato constitui uma das razões mais significativas da sua ida à igreja. Devido ao fato de que existe muito pouca oportunidade para o homem moderno participar em conjunto de ações de devoção, qualquer forma de ritual exerce tremenda atração, mesmo que alienada dos sentimentos e anseios mais significativos da nossa vida diária.

Considerando o excerto acima e as características da vida moderna, apresente seu ponto de vista sobre o esvaziamento do real significado dos rituais religiosos que fazem parte da história da humani-dade, não importando a crença de origem.Se escolher este tema, analise as causas e as consequências desse esvaziamento e fundamente seu posicio-namento com dados da realidade que julgar relevantes para a argumentação.

Aula 4

A violência na sociedade Brasileira: como mudar as regras desse jogo

ENEM 2003

REDAÇÃO

Para desenvolver o tema da redação, observe o quadro e leia os textos apresentados a seguir:

(Época, 02.06.03)

Entender a violência, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualdade social, não nos leva a desculpar os criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar violência por meio da repressão ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais gravíssimos?

(Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo)

Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e moral, a violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de respostas. Episódios truculentos e situações-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de legitimar a idéia de que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é transmitida. O problema, então, é entender como chegamos a esse ponto.

Penso que a questão crucial, no momento, não é a de saber o que deu origem ao jogo da violência, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou não, começa a querer continuar jogando.

(Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.)

Considerando a leitura do quadro e dos textos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? Instruções:

� Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos humanos.

� Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa.

� O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa. � O texto deverá ter no mínimo 15 (quinze) linhas escritas. � A redação deverá ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha própria. � O rascunho poderá ser feito na última folha deste Caderno.

AMARELA � PROVA 1 2

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Temas de Redação

Indigência Lexical

TEMA 1

AULAS DE GRAMÁTICANa escola, é normal que os estudantes enfrentem dificuldades com certos conteúdos de algumas disci-plinas. Em geral, na disciplina de Língua Portuguesa, as aulas de gramática (“gramatiquice”, segundo Maria Helena de Moura Neves – texto 1 desta prova) podem estar entre as de maior complexidade. Se optar por este tema, você deverá identificar conteúdos de gramática que considerou problemáticos durante o pe-ríodo escolar, especialmente no Ensino Médio. Reflita sobre as possíveis razões que o levaram a ter dificuldades em aprendê-los e discuta sua relevância (ou não) para o aprimoramento de sua produção escrita.

TEMA 2

“INDIGÊNCIA LEXICAL”A personagem do texto 2 da prova de Língua Portuguesa e Literatura cita a escritora Nélida Piñon, que atri-bui a “indigência lexical” (“falta de palavras”) à pouca leitura de livros no Brasil.[...] Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui. [...]Se escolher este tema, discuta a relação de causalidade existente entre a pouca leitura e a falta de pala-vras. Para desenvolver sua argumentação, você poderá partir das seguintes questões: Por que a falta de leitura provoca a “falta de palavras”? Em que a “indigência lexical” pode afetar a vida pessoal/profissional de cada indivíduo?

TEMA 3

LITERATURA E REPRESENTAÇÃO“O escritor, dizia Barthes, é o que fala no lugar de outro. Quando entendemos a literatura como uma forma de representação, espaço onde interesses e perspectivas sociais interagem e se entrechocam, não podemos deixar de indagar quem é, afinal, esse outro, que posição lhe é reservada na sociedade, e o que seu silêncio esconde”.(DALCASTAGNÈ, R., Literatura brasileira contemporânea: um território contestado.Vinhedo: Horizonte / Rio Janeiro: EdUERJ, 2012. Excerto adaptado)

Se você escolher este tema, considere as seguintes questões: Com que escritor(a) você se identifica? O que leva você a se sentir representado(a) pelas obras desse(a) autor(a)? O que essas obras dizem sobre o mundo?

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Temas de Redação

2010

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 1

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

O que é trabalho escravo

Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade

�� ����������� ��� ���� ������� ��� ��� �������� ��� ������ ������������ �� ��� ��� �������� ���propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir

legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o

trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para

realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a

indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades

agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada,

os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os

fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.

��������� �������� ��� ��������� ����� ��������� ����������� ������� ��� ������������ ���liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam

correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou

mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

Disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br. Acesso em: 02 set.2010 (fragmento).

O futuro do trabalho

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será uma mulher

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos.

E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em

vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos

anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com

o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em desperdício de

�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������livro ���������������������������������� (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).

Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).

INSTRUÇÕES:

�� Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.�� Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.�� O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.�� O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.�� O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

Aula 5

O trabalho na construção da dignidade humana

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Temas de Redação

Analfabetismo Funcional

TEMA 1

Escrita digital e clareza de expressão Considerando sua experiência com a transmissão de mensagens pelo celular ou pela Internet, reflita sobre a afirmação de Thomaz Wood Jr: Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante. O que significa “escrever com clareza”? Você concorda com a ideia de que, na escrita digital, a clareza perde importância? Para dissertar sobre o tema 1, você pode analisar as vantagens e desvantagens da escrita digital, compará-la com a escrita tradicional, entre outras abordagens, desde que relacione o ato de escrever com a necessidade – ou não – de se expressar com clareza.

TEMA 2

Motivos para estudar Matemática Analfabeto funcional é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minima-mente as letras e os números, não desenvolve, entre outras habilidades, a de fazer operações matemáticas. Por que aprender Matemática é essencial para a vida? Por que ela é muito mais do que uma disci-plina importante para passar no vestibular? Se escolher o tema 2, reflita sobre a utilidade dos conhecimentos matemáticos para realizar atividades do dia a dia e para a ascensão profissional.

TEMA 3

Analfabetismo funcional Existem pessoas que são lançadas ao mar, à vida, com pedaços faltando. Pedaços esses que correspondem às habilidades básicas para viver e se comunicar. Vamos entender o que é analfabetismo funcional. 23/10/2012. http://www.inovareduca.com

Faz quase uma década que tais habilidades são avaliadas no Brasil, e o analfabetismo funcional persiste entre os mais jovens, afetando, inclusive, os estudantes do nível superior. Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf ), 38% desses estudantes apresentam dificuldades nas tarefas que envolvem leitura e escrita. Caso opte pelo tema 3, analise as consequências do analfabetismo funcional entre os estudantes brasileiros e apresente sugestões práticas para recuperar o que estiver “faltando” e diminuir o problema.

Aula 6

O histórico desafio de se valorizar o professor

TEXTO I

A escolha profissional passava necessariamente pela ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequado para exercer uma profissão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem aceita e apontada às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o professor. A família tinha a figura da professora e do professor em grande consideração e estes detinham um prestígio social que estava em claro desacordo com a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo.

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Temas de Redação

TEXTO II

TEXTO IIIO estatuto social e econômico é a chave para o estudo dos professores e da sua profissão. Num olhar rápido, temos a impressão que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de grande degradação , sentimento que é confirmado por certos discursos das organizações sindicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada vez que a análise é mais fina, os resultados são menos conclu-dentes e a profissão docente continua a revelar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades.

Língua e poder

TEMA 1

Recorte e colagem em trabalhos escolaresConforme sustentam alguns estudiosos do assunto, as pesquisas escolares apresentadas como simples có-pias de textos têm origem em uma série de fatores ligados diretamente à atuação do professor.

Sendo assim, a origem do problema da metodologia de copiar e colar empregada pelos alunos não está em uma “falha de caráter dos alunos”, na sua “preguiça de ler e resumir” ou na “facilida-de com que se pode copiar e colar textos inteiros ou excertos e imagens da Internet”, mas sim na incapacidade do professor de propor, apoiar, acompanhar e participar com o aluno de pesquisas em que a cópia pura e simples não atenda aos requisitos previamente definidos na tarefa.Adaptado de: CAMARGO, Orson. “Ctrl C Ctrl V, o plágio escolar”; Brasil Escola.Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ctrl-c-ctrl-v-plagio-escolar.htm. Acesso em 15 de abril de 2017.

Se escolher o tema 1, você deverá analisar as afirmações acima do ponto de vista do aluno, considerando-as coerentes, ou não, com a realidade escolar da qual é oriundo(a). Para dar consistência ao texto, fundamente seu ponto de vista com argumentos plausíveis.

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Temas de Redação

TEMA 2

Para que ler literatura?O comentário a seguir foi extraído de um blog – O discreto blog da burguesia – cuja matéria discorre sobre as postagens de uma antiga comunidade do Orkut denominada “Eu odeio literatura”.“Li menino de engenho. Para que que eu preciso saber a situação do sertão há um tempo atrás??????Pega um gráfico de geografia, kkkkk… te mostra tudo”Adaptado de: https://discretoblog.wordpress.com/2008/06/25/top-11-posts-na-comunidade-eu-odeio-literatura/.Acesso em 15 abr. 2017.

Para desenvolver sua argumentação, responda à pergunta que introduz o tema 2. Analise essa questão a partir do comentário transcrito acima, concordando ou não com o que diz o autor. Saiba que seu texto não será julgado pelo posicionamento assumido por você, mas pela eficiência de sua argumentação.

TEMA 3

LÍNGUA E PODERAi, palavras, ai, palavras,que estranha potência, a vossa![...]sois o sonho e sois a audácia,calúnia, fúria, derrota...A liberdade das almas,ai! com letras se elabora...E dos venenos humanossois a mais fina retorta:frágil, frágil como o vidroe mais que o aço poderosa!Meireles, Cecília. Romance das palavras aéreas.

Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci.Braga, Rubem. A palavra.

Para desenvolver o tema 3, você deverá partir de situação/situações em que as palavras se tornam arma que fere ou mão que afaga. Apresente as razões e os sentimentos que levam o ser humano a ferir ou a afagar o outro com palavras, refletindo sobre as consequências de tais atos nas relações interpessoais.

Aula 7

Competição na sociedadeA máxima esportiva “o importante é competir” parece estar tomando conta de nossas vidas. É interessante notar, no entanto, que ela pode ter, no mais da vida, significado oposto ao que tem como lema do esportista. Em seu contexto, dar valor maior à competição significa colocar o desejo de vencer em segundo plano, com a consequência de o competidor respeitar as regras do jogo e o adversário. Já num mundo em que as pes-soas são colocadas em constante competição, essa forma de convívio social parece ser igualada ao desejo de vencer a qualquer custo. Mas quais os limites para isso?Desde a escola, recebemos notas que nos colocam em constante comparação com nossos colegas. Com tantos candidatos por vaga para ingressar em um curso superior, não basta atender a certos requisitos

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Temas de Redação

acadêmicos: temos de vencer os demais. No mundo do trabalho, as coisas não são diferentes - conseguir emprego e mantê-lo significa, muitas vezes, ser o escolhido entre muitos. Enfim, somos cada vez mais es-timulados e educados para a competitividade, que nos leva, frequentemente, a colocar certos critérios de convivência em segundo plano.Esse é o caso, por exemplo, do aluno que guarda para si só a solução de um problema escolar durante a aula, sem compartilhá-la com a turma, com o objetivo de ser o único a tê- la encontrado; ou do colega de trabalho que se preocupa mais com deslizes dos outros do que com a sua própria excelência profissional. A verdade é que, em muitos momentos, somos levados a crer que a solidariedade seria um movimento inútil e, talvez, ingénuo.Sua redação versará sobre este tema: a competição como fator de organização da sociedade, suas virtudes e seus efeitos negativos. Para escrevê-la, relate um episódio em que você se tenha visto em meio a um ex-cesso de competitividade ou em que a capacidade de competir lhe tenha sido útil. Lembre-se de que você está sendo solicitado a redigir uma dissertação, texto que se caracteriza por um esforço de reflexão em torno de um tema. Utilize sua experiência para construir seu texto, mas integre a uma argumentação de caráter generalizador e organizada dissertativamente.

A dissertação deve ter a extensão mínima de 30 linhas e máxima de 50, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível, o que você redigiu. Utilize caneta: lápis, apenas no rascunho.

Mentira ou Verdade

TEMA 1

“O que é pior – a chamada mentira piedosa ou a verdade cruel?”Millôr FernandesDisponível em: https://kdfrases.com/frase/109253.Acesso em 19 abr. 2019.

Se escolher este tema, você deverá refletir sobre o dilema proposto e apresentar seu ponto de vista, justifi-cando-o por meio de argumentos consistentes. Ao dissertar, considere as consequências geradas por uma “mentira piedosa” ou pela “verdade cruel”.

TEMA 2

A ciência por trás da mentira: por que caímos em golpes?Pessoas menos inteligentes ou com pouca instrução são sempre mais vulneráveis a golpistas que querem roubar dinheiro. Certo? Não necessariamente. Em 2012, o laureado professor britânico Paul Frampton – edu-cado em Oxford –, que lecionava física na Universidade da Carolina do Norte, foi condenado a cinco anos de prisão por tráfico de drogas. Ele foi vítima de um esquema de golpistas envolvendo um site de relaciona-mentos. O caso acabou com sua carreira de professor universitário.Adaptado de: https://bbc.in/2PAuQPg. Acesso em 29 de abr. 2019.

Para desenvolver este tema, você deverá discutir as possíveis razões que levam as pessoas a serem vítimas de golpistas, como, por exemplo, o conto do bilhete premiado, apesar de todas as informações a que se tem acesso no século XXI.

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Temas de Redação

Aula 8

Preservação da Amazônia

ENEM 2 0 0 8 PROVA 1 — AMARELA — PÁGINA 1 E NEM 2 0 0 8

O texto acima, que focaliza a relevância da região amazônica para o meio ambiente e para a economia brasileira, menciona

a “máquina de chuva da Amazônia”. Suponha que, para manter essa “máquina de chuva” funcionando, tenham sido

sugeridas as ações a seguir:

1 suspender completa e imediatamente o desmatamento na Amazônia, que permaneceria proibido até que fossem

identificadas áreas onde se poderia explorar, de maneira sustentável, madeira de florestas nativas;

2 efetuar pagamentos a proprietários de terras para que deixem de desmatar a floresta, utilizando-se recursos

financeiros internacionais;

3 aumentar a fiscalização e aplicar pesadas multas àqueles que promoverem desmatamentos não-autorizados.

Escolha uma dessas ações e, a seguir, redija um texto dissertativo, ressaltando as possibilidades e as limitações da ação escolhida.

Ao desenvolver seu texto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação.

Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, sem ferir os direitos

humanos.

Observações:

� Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.

� O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

� O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.

� O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.

� A redação deve ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta.

Fatos Passados

TEMA 1Cada geração traz renovadas esperanças para a humanidade: os jovens e adultos que a constituem têm a possibilidade de observar o passado, retirando dele os ensinamentos advindos das melhores experiências e, ao mesmo tempo, projetar seu presente e seu futuro de acordo com suas convicções pessoais.Nesse contexto, pergunta-se:Que experiências vividas ou relatadas pelas gerações passadas você valoriza?Quais você não vai querer reproduzir?Reflita sobre as ideias que essas questões suscitam e redija um texto opinativo, de caráter dissertativo, no

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Temas de Redação

qual você se posicionará sobre o tema, fundamentando seus pontos de vista com dados da realidade e argumentos consistentes.A opção pelo(s) aspectos(s) que você irá abordar – tais como família, profissão, política, comunicação virtual, relações internacionais, etc. – é sua. Selecione livremente o foco (ou focos) que mais lhe convier(em).

TEMA 2Considerando que a educação formal, praticada nas escolas, se transforma a partir de erros e acertos, propo-nha-se a seguinte questão:Quais são os erros e os acertos da Escola e da Educação de hoje, no Brasil?A partir da própria experiência, ou da realidade vivida por outras pessoas, reflita sobre a Escola que considera ideal, apontando suas características positivas e os erros que devem ser evitados. A seguir, redija um texto opinativo, de caráter dissertativo, fundamentando seus pontos de vista com dados da realidade e argumen-tos consistentes.

TEMA 3Música s.f. (sXIV) 1 combinação harmoniosa e expressiva de sons 2 a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização, etc (...)Houaiss, Antônio et al. Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009, p. 1335.As definições acima, embora corretas, dizem muito pouco do que a música representa para o ser humano, para além das regras e da arte de combinar sons.Se é verdade que cada época e cada civilização expressam de modo diverso suas preferências musicais, tam-bém é verdade que cada um de nós admira determinados intérpretes, grupos, gêneros, a partir de estímulos os mais variados e muitas vezes inconscientes.Se você escolher este tema, diga por que a música é importante em sua vida, apresente sua pre-ferência musical – cantor(a), grupo, gênero – e justifique sua escolha, apresentando razões, fatos ou outros dados que julgar relevantes para sua argumentação.

Aula 9

Manipulação de dados internet

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORESTEXTO I

músicas que lhes permite descobrir novidades. Assim como os sistemas de outros aplicativos e redes sociais, este

sugestões que não costuma falhar. O sistema se baseia em um algoritmo cuja evolução e usos aplicados ao consumo on-line começam a desenhar suas séries de sucesso

rastreando o banco de dados gerado por todos os movimentos dos usuários para analisar o que os satisfaz. O algoritmo constrói assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor, que pode avançar até chegar

de busca pode moldar nossa maneira de pensar. E esse é o problema principal: a ilusão de liberdade de escolha que muitas vezes é gerada pelos algoritmos.

VERDÚ, Daniel. O gosto na era do algoritmo

TEXTO II

de dados é transferida para um exército de

moderadores em empresas localizadas do Oriente

no controle daquilo que deve ser eliminado da

rede social, a partir de sinalizações dos usuários.

são literais. Em poucas palavras, são uma opinião

embrulhada em código. E estamos caminhando

para um estágio em que é a máquina que decide

qual notícia deve ou não ser lida.PEPE ESCOBAR. A silenciosa ditadura do algoritmo. Disponível em:

TEXTO IV

têm selecionado as notícias sob títulos chamativos como “trending topics

dedos, melhor equipados estamos para tomar decisões. No entanto, surgem algumas tensões fundamentais: entre a conveniência e a deliberação; entre o que o usuário deseja e o que é melhor para ele; entre a transparência e o lado comercial. Quanto mais os sistemas souberem sobre você em comparação ao que você sabe sobre eles, há mais riscos de suas escolhas se tornarem apenas uma série de reações a “cutucadas” invisíveis. O que está em jogo não é tanto a questão “homem versus máquina”, mas sim a disputa “decisão informada versus

CHATFIELD, Tom. ente nossas escolhas

PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,

intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Utilização da Internet

Finalidade do acesso à Internet (%)

64,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a internet.

Cerca de 85% dos jovens de 18 a 24 anos de idade e 25% das pessoasde 60 anos ou mais de idade utilizaram a internet.

Enviar ou receber mensagens de texto,voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail

Assistir a vídeos,inclusive programas,séries e filmes

Enviar ou receber e-mails(correio eletrônico)

Conversar porchamada de vozou vídeo

94,2

73,3

76,4

69,3@

63,8% 65,5%

TEXTO III

Internet no Brasil em 2016

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Temas de Redação

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORESTEXTO I

músicas que lhes permite descobrir novidades. Assim como os sistemas de outros aplicativos e redes sociais, este

sugestões que não costuma falhar. O sistema se baseia em um algoritmo cuja evolução e usos aplicados ao consumo on-line começam a desenhar suas séries de sucesso

rastreando o banco de dados gerado por todos os movimentos dos usuários para analisar o que os satisfaz. O algoritmo constrói assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor, que pode avançar até chegar

de busca pode moldar nossa maneira de pensar. E esse é o problema principal: a ilusão de liberdade de escolha que muitas vezes é gerada pelos algoritmos.

VERDÚ, Daniel. O gosto na era do algoritmo

TEXTO II

de dados é transferida para um exército de

moderadores em empresas localizadas do Oriente

no controle daquilo que deve ser eliminado da

rede social, a partir de sinalizações dos usuários.

são literais. Em poucas palavras, são uma opinião

embrulhada em código. E estamos caminhando

para um estágio em que é a máquina que decide

qual notícia deve ou não ser lida.PEPE ESCOBAR. A silenciosa ditadura do algoritmo. Disponível em:

TEXTO IV

têm selecionado as notícias sob títulos chamativos como “trending topics

dedos, melhor equipados estamos para tomar decisões. No entanto, surgem algumas tensões fundamentais: entre a conveniência e a deliberação; entre o que o usuário deseja e o que é melhor para ele; entre a transparência e o lado comercial. Quanto mais os sistemas souberem sobre você em comparação ao que você sabe sobre eles, há mais riscos de suas escolhas se tornarem apenas uma série de reações a “cutucadas” invisíveis. O que está em jogo não é tanto a questão “homem versus máquina”, mas sim a disputa “decisão informada versus

CHATFIELD, Tom. ente nossas escolhas

PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,

intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Utilização da Internet

Finalidade do acesso à Internet (%)

64,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a internet.

Cerca de 85% dos jovens de 18 a 24 anos de idade e 25% das pessoasde 60 anos ou mais de idade utilizaram a internet.

Enviar ou receber mensagens de texto,voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail

Assistir a vídeos,inclusive programas,séries e filmes

Enviar ou receber e-mails(correio eletrônico)

Conversar porchamada de vozou vídeo

94,2

73,3

76,4

69,3@

63,8% 65,5%

TEXTO III

Internet no Brasil em 2016

Quarto fechado

TEMA 1

Parklets Parklets são extensões temporárias de calçadas na forma de deques que ocupam uma área originalmente destinada a duas vagas de estacionamento de veículos. Essas áreas podem ser equipadas com bancos, flo-reiras, mesas e cadeiras, aparelhos de exercícios físicos ou outros elementos de mobiliário. Com a finalidade de promover a valorização do espaço urbano, os parklets ficam disponíveis 24 horas por dia, nos sete dias da semana, podendo ser implantados por pessoa física, jurídica ou pelo poder público. Várias capitais do Brasil já têm parklets instalados, inclusive Porto Alegre. No entanto, como qualquer novidade, algumas pessoas estão preocupadas com os transtornos que esses “miniparques” possam causar. Adaptado de http://alfa.portoalegre.rs.gov.br/smpe/projetos/parklets

Com base no excerto acima, reflita sobre as seguintes questões: A instalação de parklets favorece ou prejudica a vida urbana? De que forma esses “miniparques” podem afetar a vida de quem vive, trabalha ou circula pelo bairro? Caso você escolha o tema 1, discuta a conveniência da instalação de parklets, refletindo sobre o impacto desses miniparques para a comunidade.

TEMA 2

A cultura do quarto fechado Estudos na área de Psicologia Social indicam que, com o amplo acesso à tecnologia digital, houve uma mudança radical no comportamento dos jovens no que se refere aos espaços de diversão: a proliferação da “cultura do quarto fechado” em detrimento da “cultura da molecada da rua”. Para se divertirem, os mais novos, acompanhados ou não, têm preferido o uso do espaço privado, principalmente o quarto. Mas, ainda que na companhia de amigos em um mesmo ambiente, é comum vermos crianças e adolescentes intera-gindo mais com seus celulares do que uns com os outros. Berrío-Zapata, C; Sant’ana, R. C. Exclusão digital: Discurso e poder sobre a tecnologia da informação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2017 (Excerto adaptado)

Diante dessa realidade, considere as questões que seguem: O que leva a juventude a preferir o quarto como espaço de diversão? Quais os efeitos do fenômeno da “cul-tura do quarto fechado” para a vida das crianças e dos adolescentes? Nesse contexto, vive-se a interação ou o isolamento compartilhado? Se você optar por esse tema, disserte sobre a mudança de comportamento de crianças e adolescentes, refletindo sobre as causas que os levam a aderir à “cultura do quarto fechado” e as consequências geradas por esse fenômeno.

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Temas de Redação

Aula 10

Publicidade infantil no Brasil

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LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2

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PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público.

Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.

Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de controlar e evitar abusos.

IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado).

TEXTO II ß ÐËÞÔ×Ý×ÜßÜÛ ÐßÎß ÝÎ×ßÒYßÍ ÒÑ ÓËÒÜÑ

Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 jun. 2014 (adaptado).

TEXTO III

Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo.

SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).

INSTRUÇÕES:

O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

*AMAR25DOM2*

Vida Simples

Tema 1

Vida simples: quando menos é mais Um emissora de televisão veiculou, em março de 2015, uma campanha publicitária que propunha a reflexão sobre o uso consciente dos recursos naturais e reforçava a responsabilidade de cada cidadão no desenvol-vimento sustentável do planeta. A primeira fase do projeto contou com o lançamento de um vídeo institu-cional com depoimentos de artistas, incentivando o público a aderir a slogans como: Menos desperdício, mais atitude! Menos indiferença, mais participação!

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Temas de Redação

Menos consumo, mais consciência! Se você optar pelo tema 1, imagine-se participante da campanha e disserte sobre como é possível contri-buir pessoalmente para o desenvolvimento sustentável do planeta. Para isso, apresente uma ou mais ações que você realiza ou pretende realizar com o objetivo de simplificar a vida e/ou consumir menos. Tema 2

O homem virtuoso O filósofo francês André Compte-Sponville, na obra Pequeno tratado das grandes virtudes (1999), elenca uma série de qualidades morais que deveriam ser buscadas e praticadas pelos homens de todas as épocas, tais como humildade, gentileza, tolerância, justiça, solidariedade, coragem, gratidão, fidelidade, compaixão... Para dissertar sobre o tema 2, escolha uma das virtudes citadas, caracterize-a e justifique sua importância, mostrando como ela pode contribuir para o desenvolvimento moral do indivíduo e para a sua convivência com os demais.

Tema 3

Filosofia, hoje? “...mesmo se disséssemos que o objeto da Filosofia não é o conhecimento da realidade, nem o conhecimen-to da nossa capacidade de conhecer, mesmo se disséssemos que o objeto da Filosofia é apenas a vida moral ou ética, ainda assim o estilo filosófico e a atitude filosófica permaneceriam, pois as perguntas filosóficas – o que, por que e como – permanecem.” Marilena Chauí. Convite à Filosofia. 2000.

Diante disso, cabe questionar: O que acontece quando filosofamos? O que distingue o homem que filosofa dos demais? Se o tema 3 for o escolhido, analise o lugar da Filosofia nos dias de hoje e a relação entre Filosofia e desen-volvimento humano, dissertando sobre como as atitudes que caracterizam o pensamento filosófico podem nos auxiliar a viver no mundo contemporâneo.

Aula 11

Pai da Pátria

10 UFRGS – CV 2018 – RED

REDAÇÃO

Considere o texto abaixo, da escritora Martha Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora, em 12/08/2017.

Pai da pátria

O termo vem do latim pater patriae e simboliza o papel de determinada personalidade na formação da unidade nacional e de sua independência.

O nosso Pai da Pátria não é um, mas dois: Dom Pedro I e José Bonifácio. Cada nação tem o seu, que serve de modelo de heroísmo e dignidade.

O Pai da Pátria está acima de nós, como numa família tradicional. Não em valor, que valorosos somos todos, mas em representatividade. O Pai da Pátria poderia, inclusive, ser o epíteto de todo chefe do executivo, não fosse, especialmente no nosso caso, uma piada. Há pesquisas sérias sobre a importância de se ter um pai reconhecido em certidão. O Brasil, de forma simbólica, tem os dois já citados, mas, na prática, é como se fôssemos filhos de um pai fantasma, que não nos deu o senso de inclusão familiar, de responsabilidade e de orgulho, deixando-nos à deriva.

Quem me dera ser crédula, confiante. Do tipo que admite estarmos em meio a uma crise medonha, mas que dela brotará um Estado maior, melhor. Já fui assim otimista, mas o tempo passou e me cobrou alguma lucidez e coragem para encarar a realidade. Agora não me é mais dada a alternativa de embarcar num faz de conta, acreditar em devaneios: o fato é que sempre estivemos irreversivelmente lascados, pois desde que essa história começou (1500), foi um tropeço atrás de outro, um país descoberto por engano, por causa de uns ventos inesperados que conduziram as caravelas para outro destino que não a Índia e foram parar aqui sem querer, e quem dá importância ao que foi sem querer? Descuidos não são levados a sério, nunca fomos e jamais seremos a primeira opção nem pra nós mesmos. O Brasil é um acidente de percurso do qual se tenta tirar alguma vantagem para que o engano de rota não resulte em total perda de tempo.

Se você discorda, se ainda acredita que um dia seremos um país íntegro, digno, consistente, me declaro invejosa da sua fé. Sou uma ratazana descrente que não abandona o navio porque tem parentes no convés, apenas por isso.

Sorte a minha, e provavelmente a sua, de que colecionamos algumas vitórias particulares: amigos fiéis, o gosto pela música, amar e ser amado, gozar de boa saúde, poder ir ao cinema de vez em quando, não ter vergonha do passado e acreditar-se merecedor de um banho de sol, de um banho de mar, de um banho de chuva, essas trivialidades naturais que mantêm o corpo e a alma azeitados. A vida vale a pena em sua simplicidade, aquela que ainda comove, pois rara.

Mas não nos gabemos, pois ainda que nossa família nuclear e nossa trajetória pessoal não nos envergonhem, somos todos habitantes de uma pátria órfã.

Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/martha-medeiros/noticia/2017/08/pai-da-patria-9867095.html>. Acesso em: 09 out. 2017.

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Temas de Redação

10 UFRGS – CV 2018 – RED

REDAÇÃO

Considere o texto abaixo, da escritora Martha Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora, em 12/08/2017.

Pai da pátria

O termo vem do latim pater patriae e simboliza o papel de determinada personalidade na formação da unidade nacional e de sua independência.

O nosso Pai da Pátria não é um, mas dois: Dom Pedro I e José Bonifácio. Cada nação tem o seu, que serve de modelo de heroísmo e dignidade.

O Pai da Pátria está acima de nós, como numa família tradicional. Não em valor, que valorosos somos todos, mas em representatividade. O Pai da Pátria poderia, inclusive, ser o epíteto de todo chefe do executivo, não fosse, especialmente no nosso caso, uma piada. Há pesquisas sérias sobre a importância de se ter um pai reconhecido em certidão. O Brasil, de forma simbólica, tem os dois já citados, mas, na prática, é como se fôssemos filhos de um pai fantasma, que não nos deu o senso de inclusão familiar, de responsabilidade e de orgulho, deixando-nos à deriva.

Quem me dera ser crédula, confiante. Do tipo que admite estarmos em meio a uma crise medonha, mas que dela brotará um Estado maior, melhor. Já fui assim otimista, mas o tempo passou e me cobrou alguma lucidez e coragem para encarar a realidade. Agora não me é mais dada a alternativa de embarcar num faz de conta, acreditar em devaneios: o fato é que sempre estivemos irreversivelmente lascados, pois desde que essa história começou (1500), foi um tropeço atrás de outro, um país descoberto por engano, por causa de uns ventos inesperados que conduziram as caravelas para outro destino que não a Índia e foram parar aqui sem querer, e quem dá importância ao que foi sem querer? Descuidos não são levados a sério, nunca fomos e jamais seremos a primeira opção nem pra nós mesmos. O Brasil é um acidente de percurso do qual se tenta tirar alguma vantagem para que o engano de rota não resulte em total perda de tempo.

Se você discorda, se ainda acredita que um dia seremos um país íntegro, digno, consistente, me declaro invejosa da sua fé. Sou uma ratazana descrente que não abandona o navio porque tem parentes no convés, apenas por isso.

Sorte a minha, e provavelmente a sua, de que colecionamos algumas vitórias particulares: amigos fiéis, o gosto pela música, amar e ser amado, gozar de boa saúde, poder ir ao cinema de vez em quando, não ter vergonha do passado e acreditar-se merecedor de um banho de sol, de um banho de mar, de um banho de chuva, essas trivialidades naturais que mantêm o corpo e a alma azeitados. A vida vale a pena em sua simplicidade, aquela que ainda comove, pois rara.

Mas não nos gabemos, pois ainda que nossa família nuclear e nossa trajetória pessoal não nos envergonhem, somos todos habitantes de uma pátria órfã.

Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/martha-medeiros/noticia/2017/08/pai-da-patria-9867095.html>. Acesso em: 09 out. 2017.

UFRGS – CV 2018 – RED 11

Como é possível ver, o texto de Martha Medeiros é enriquecido por vários recursos que permitem à autora formular o seu ponto de vista de maneira muito clara. Há metáforas, ironias, argumentos e exemplos, entre outros recursos; e tudo está a serviço das ideias defendidas no conjunto do texto.

Após a leitura, você, certamente, construiu uma opinião sobre o que diz a autora. Você pode ter concordado integralmente com o texto ou apenas parcialmente; pode ter

discordado integralmente ou apenas parcialmente.

É assim mesmo!Muitas vezes, lemos um texto e concordamos integralmente com ele, pois suas ideias

coincidem com o que pensamos a respeito daquele assunto; outras vezes, concordamos apenas parcialmente com os argumentos apresentados, porque há pontos dos quais discordamos.

O contrário também é possível. Podemos discordar integralmente das ideias expressas em um texto, porque temos um entendimento completamente diferente a respeito daquele assunto; por vezes, enfim, podemos discordar apenas parcialmente, pois há pontos com os quais concordamos.

Os leitores sabem que é sempre assim, e os autores também sabem. O mais importante, porém, é reconhecer que o debate deve ser feito com tolerância e ética.

Assim, a partir da leitura do texto de Martha Medeiros e das observações feitas acima, elabore um texto dissertativo que apresente o seu ponto de vista acerca das ideias da autora sobre o Brasil.

Considere que o seu texto pode ser lido pela autora, logo ele terá de conter a sua opinião, de maneira bem fundamentada, com argumentos que sustentem o seu ponto de vista, para que a autora entenda claramente o posicionamento adotado.

Em resumo, em seu texto,

você deve se posicionar a respeito das ideias da autora sobre o Brasil: contestá-las parcial ou integralmente;

aprová-las parcial ou integralmente.

Instruções

A versão final do texto deve respeitar as observações abaixo.

1 - Conter um título na linha destinada a esse fim.2 - Ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será

avaliado –, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - Ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

Page 18: MAPA DO CURSO€¦ · Para desenvolver o tema da redação, observe o quadro e leia os textos apresentados a seguir: (Época, 02.06.03) Entender a violência, entre outras coisas,

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Temas de Redação

Memórias indesejadas

TEMA 1

ÊXODO URBANOMuitos cultivam a ideia da idílica vida no campo, cansados que estão do estresse e da correria do dia a dia da vida urbana; no entanto, é preciso avaliar bem a realidade rural antes de trocar um ambiente por outro. A percepção de que as facilidades e os serviços disponíveis nas cidades não mais estarão à disposição é fundamental.Para desenvolver sua argumentação, reflita sobre as relações do homem urbano com as facilidades que lhe são proporcionadas pela vida na cidade – cinemas, restaurantes, comida pronta, TV a cabo, etc. –, apresen-tando uma ou mais formas de sobrevivência longe de tudo isso. Fundamente sua proposta analisando as razões pelas quais o sonho da vida no campo pode não se concretizar em alguns casos.

TEMA 2

MOBILIDADE URBANA E QUALIDADE DE VIDAQuem mora em cidade grande sabe: não há nada pior do que sair de casa na hora do pico, ou do rush. O trânsito fica parado e, invariavelmente, a gente perde a hora. E o humor...Dependendo da cidade, os congestionamentos acontecem também fora da hora do pico. São Paulo e Cida-de do México são dois exemplos disso. Nelas, os engarrafamentos ocorrem a qualquer hora do dia!Disponível em: https://goo.gl/nTvgdi. Acesso em 10 out. 2017.

Para desenvolver este tema, você deverá considerar os problemas enfrentados por motoristas e passageiros nas grandes cidades brasileiras, refletindo sobre a forma como o grande número de veículos em circulação afeta a mobilidade urbana e interfere na qualidade de vida da população. Analise as consequências do pro-blema, fundamentando sua análise em argumentos consistentes.

TEMA 3

MEMÓRIAS INDESEJADAS

Pense nas piores lembranças da sua vida. E se existisse um remédio capaz de apagá-las?Sim, ele existe. Você tomaria?Todo mundo coleciona algumas lembranças ruins ao longo da vida. Isso é inevitável. Mas, no que depender de pesquisadores de várias partes do mundo, vai deixar de ser. Eles estão trabalhando num projeto incrivel-mente ambicioso: a criação de uma droga que apague memórias ruins.Adaptado de: https://super.abril.com.br/ciencia/a-pilula-do-esquecimento/. Acesso em 24 set. 2017.

Reflita sobre a ação das memórias indesejadas e discuta as razões para apagá-las (ou não). Quais seriam as consequências desse “apagamento” para o ser humano e/ou para a sociedade? Como seríamos/seremos lembrando apenas dos bons acontecimentos de nossa vida?

Aula 12

BrasilidadeNos textos literários, de certo modo entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de com-preender melhor nosso tempo, nossa trajetória como nação. O interessante é que essa história coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira.Adaptado de: abaurre, Mana Luiza M.; PONTARA, Marcela.Literatura brasileira.São Paulo: Moderna, 2005. p. 10.

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Temas de Redação

Considerando que o brasileiro pode ser caracterizado por diferentes traços de personalidade e de compor-tamento e que estes podem estar representados em inúmeras “histórias individuais”,

• escolha uma ou mais personagens da Literatura Brasileira que você julgue representativas da brasilidade;• determine como e por que elas representam este ou aquele traço de um brasileiro típico; e• redija uma redação, de caráter dissertativo, justificando sua escolha e defendendo seu ponto de vista.

Jeitinho brasileiro

TEMA 1 A expressão “jeitinho” é utilizada para designar um modo de agir do brasileiro, não baseado em regras esta-belecidas, diante de situações inesperadas, difíceis ou complexas. http://.wikipedia.org/wiki/Jeitinho

Você considera o jeitinho brasileiro um comportamento antiético ou uma forma criativa de solu-cionar problemas? Se você escolher esse tema, considere a questão proposta para expressar seu ponto de vista. Para melhor fundamentá-lo, você pode apresentar exemplos, fatos de sua experiência e outros dados da realidade.

TEMA 2 O direito à habitação, como ressaltam vários instrumentos internacionais, não se restringe apenas à presen-ça de um abrigo, ou um teto, mas engloba uma concepção mais ampla. Este direito se estende a todos e, assim, toda a sociedade e cada um de seus membros têm de ter acesso a uma habitação provida de infraes-trutura básica e outras facilidades. http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/moradia/trabalhohabitacaopronto.html

Que medida(s) poderia(m) ser adotada(s) pela população e/ou pelo governo para melhorar as condições de moradia dos brasileiros? Caso você se decida por esse tema, analise a questão e defenda uma ou duas medidas, justificando sua proposta e apresentando argumentos coerentes e consistentes para sustentá-la.

TEMA 3 Foram aprovadas alterações na Lei 11.705, conhecida como Lei Seca. A tolerância para a combinação bebida alcoólica e volante passa a ser zero, e as possibilidades de prova de etilismo dos motoristas também foram ampliadas. http://semexcesso.com.br/mudancas-lei-seca/ Tornar a Lei Seca mais rigorosa será suficiente para reduzir a violência no trânsito? Ao optar por esse tema, opine sobre a questão, discutindo a eficácia da Lei para tornar o trânsito mais segu-ro. Procure apoiar seu ponto de vista em evidências e dados concretos.

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Temas de Redação

Aula 13

Disseminação do cinema no Brasil

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 20

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas

desconsiderado para a contagem de linhas. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

TEXTOS MOTIVADORESTEXTO INo dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumière desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante já quase um século?

BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora, O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993.

TEXTO IIEdgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participação do espectador.

GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado).

TEXTO III

Disponível em: www.meioemensagem.com. Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado).

TEXTO IVO Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas. Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior.

Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br. Acesso em: 13 jun. 2019 (fragmento).

PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

*SA0175AZ20*

Erros e acertos da escola

TEMA 1 “Preconceito s.m. (...) 1 qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico (...) 2 sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma impressão pessoal ou imposta pelo meio; intolerância (...).” HOUAISS et al. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 1539.

Agir livre de preconceito (...) implica não só aceitar as pessoas como são, mas também acreditar que todos sejam capazes de evoluir por méritos próprios. Aceitar as pessoas como elas são não é um objetivo fácil de ser alcançado. Passar pela vida sem ter sofrido em alguma situação esse “sentimento hostil” descrito por Houaiss é raro.

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Temas de Redação

Se você preferir este tema, apresente uma situação em que você foi vítima de preconceito OU uma situação em que você agiu preconceituosamente em relação a alguém, e diga o que aprendeu com esse episódio.

TEMA 2 O aluno deve ter oportunidade de conhecer e desenvolver múltiplas linguagens porque assim ele poderá expressar ideias e sentimentos com mais autonomia. Como instrumento de comunicação, a língua materna pode apresentar muitas variações, dependendo da situação e dos falantes. O padrão culto da língua é uma dessas variantes, e usá-lo com familiaridade e ade-quação em situações formais pode trazer benefícios. Se você quiser abordar este tema, disserte sobre a importância de conhecer e desenvolver o padrão culto da língua, justificando seu ponto de vista por meio de argumentos e de exemplos.

TEMA 3 A escola é um espaço privilegiado para o desenvolvimento da cidadania. Nas aulas, em diferentes disciplinas, e no convívio com os demais atores da comunidade escolar – colegas, professores, funcionários, gestores –, o aluno deve ser formado para exercer seus direitos, cumprir seus deveres e respeitar o outro. Esse objetivo requer a adesão de todas as partes que intervêm na comunidade escolar. Baseado em suas experiências escolares e no que você pensa a respeito, diga o que entende por ser ci-dadão e aponte algumas iniciativas que podem contribuir para uma formação cidadã dos alunos, justificando a sua seleção.

Aula 14

Maturidade na adolescência

12 UFRGS – CV/2019 – RED

REDAÇÃO

Considere a seguinte situação. Você foi aprovado no vestibular e começou a frequentar a Universidade. No primeiro semestre,

você está cursando a disciplina de Língua Portuguesa e, nela, está vivenciando atividades de leitura e produção textual.

Na última aula, foi lido e discutido por todos os presentes o texto do psicanalista Contardo

Calligaris, “Os adolescentes que merecemos” (colocado no quadro ao lado). As ideias apresentadas pelo psicanalista têm grande força argumentativa e expressam um ponto de vista bem definido. Evidentemente, durante a discussão em sala de aula, muitas opiniões surgiram sobre o texto: algumas favoráveis, outras contrárias. Essa diferença de opiniões, quando feita nos limites da tolerância e do respeito, é bem-vinda, pois ela possibilita instaurar um debate bem fundamentado a respeito de qualquer assunto.

Após a discussão, ficou decidido que você deverá produzir um texto dissertativo sobre as

ideias expressas pelo autor. Além disso, foi decidido também que você lerá seu texto, na próxima semana, integralmente, em voz alta, para todos os colegas da turma da faculdade.

Ora, tendo em vista essa situação, é fundamental que sua opinião seja apresentada de modo

articulado, em um conjunto de ideias claras e consistentes. Para desenvolvê-la, você pode se valer, além das ideias do texto de Contardo Calligaris, de exemplos pessoais, situações presenciadas, fatos, acontecimentos, enfim, tudo o que possa ajudá-lo a sustentar de maneira qualificada suas ideias e a convencer os colegas de turma de que seu posicionamento a respeito do texto do psicanalista é defensável.

Em resumo, você deverá escrever um texto dissertativo que:

a) apresente claramente sua opinião e seu ponto de vista sobre as ideias expressas pelo autor do texto a seguir; b) desenvolva argumentos que permitam fundamentar sua opinião e seu ponto de vista.

Lembre-se: você lerá seu texto para os colegas na sala de aula, logo é preciso se fazer entender da melhor maneira possível. Bom trabalho!

Instruções: A versão final do seu texto deve: 1 - conter um título na linha destinada a esse fim;

2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

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Temas de Redação

12 UFRGS – CV/2019 – RED

REDAÇÃO

Considere a seguinte situação. Você foi aprovado no vestibular e começou a frequentar a Universidade. No primeiro semestre,

você está cursando a disciplina de Língua Portuguesa e, nela, está vivenciando atividades de leitura e produção textual.

Na última aula, foi lido e discutido por todos os presentes o texto do psicanalista Contardo

Calligaris, “Os adolescentes que merecemos” (colocado no quadro ao lado). As ideias apresentadas pelo psicanalista têm grande força argumentativa e expressam um ponto de vista bem definido. Evidentemente, durante a discussão em sala de aula, muitas opiniões surgiram sobre o texto: algumas favoráveis, outras contrárias. Essa diferença de opiniões, quando feita nos limites da tolerância e do respeito, é bem-vinda, pois ela possibilita instaurar um debate bem fundamentado a respeito de qualquer assunto.

Após a discussão, ficou decidido que você deverá produzir um texto dissertativo sobre as

ideias expressas pelo autor. Além disso, foi decidido também que você lerá seu texto, na próxima semana, integralmente, em voz alta, para todos os colegas da turma da faculdade.

Ora, tendo em vista essa situação, é fundamental que sua opinião seja apresentada de modo

articulado, em um conjunto de ideias claras e consistentes. Para desenvolvê-la, você pode se valer, além das ideias do texto de Contardo Calligaris, de exemplos pessoais, situações presenciadas, fatos, acontecimentos, enfim, tudo o que possa ajudá-lo a sustentar de maneira qualificada suas ideias e a convencer os colegas de turma de que seu posicionamento a respeito do texto do psicanalista é defensável.

Em resumo, você deverá escrever um texto dissertativo que:

a) apresente claramente sua opinião e seu ponto de vista sobre as ideias expressas pelo autor do texto a seguir; b) desenvolva argumentos que permitam fundamentar sua opinião e seu ponto de vista.

Lembre-se: você lerá seu texto para os colegas na sala de aula, logo é preciso se fazer entender da melhor maneira possível. Bom trabalho!

Instruções: A versão final do seu texto deve: 1 - conter um título na linha destinada a esse fim;

2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas.

3 - ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

UFRGS – CV/2019 – LP 13

Os adolescentes que merecemos Contardo Calligaris

ABBY SUNDERLAND nasceu na Califórnia, em outubro de 1993. A família vivia num barco, ao longo da costa do Pacífico.

O irmão mais velho de Abby, Zac, aos 17 anos, tornou-se o mais jovem velejador a circum-navegar a Terra sozinho. O recorde de Zac não resistiu muito tempo: logo, Michael Perham, um adolescente inglês um ano mais jovem que Zac, completou sua volta solitária ao mundo. Note-se que Perham, aos 14 anos, já tinha atravessado o Atlântico sozinho.

Abby também, desde seus 13 anos, sonhava em circum-navegar a Terra. No começo deste ano, aos 16, sozinha, ela largou as amarras de seu veleiro de 12 metros e desceu o Pacífico Sul. Passou o Cabo Horn, atravessou o Atlântico e passou o Cabo de Boa Esperança, lançando-se no Oceano Índico. Entre a África e a Austrália, Abby encontrou uma tempestade à qual o mastro de seu barco não resistiu. No sábado passado, depois de dois dias à deriva num mar infernal, ela foi resgatada.

Pela internet afora e na imprensa dos EUA, os pais de Abby estão sendo criticados por um coro indignado: como vocês puderam deixar uma menina de 16 anos errar sozinha pelo mar e pelos portos? Fora tsunamis e tempestades, o que dizer dos meses insones espreitando o mar e o vento a cada meia hora, da solidão, do trabalho incessante, do frio, do desconforto de uma navegação solitária ao redor do mundo? E os piratas ao sul da Malásia? Por qual permissividade maluca vocês aceitaram que Abby se lançasse numa aventura que seria arriscada para gente grande?

Já a bordo do barco que a resgatou, Abby escreveu no seu blog: "Há uma quantidade de coisas que as pessoas podem estar a fim de culpar pela minha situação: minha idade, a época do ano e muito mais. A verdade é que passei por uma tempestade, e você não navega pelo Oceano Índico sem entrar em, no mínimo, uma tempestade. Não foi a época do ano, foi apenas uma tempestade do Oceano Sul. As tempestades fazem parte do pacote quando você veleja ao redor do mundo. No que concerne à idade, desde quando a mocidade do velejador cria ondas gigantescas?".

Se você duvida que Abby tivesse a maturidade necessária para sua empreitada, leia o diário da viagem (www.soloround.blogspot.com) – sobretudo as notas de Abby durante a interminável navegação no Atlântico Sul.

Os que censuram os pais de Abby afirmam que nunca autorizariam seus rebentos a velejar sozinhos ao redor do mundo porque, aos tais rebentos, falta seriedade e falta experiência. Eles devem ter razão – afinal, eles conhecem seus filhos. Mas cabe perguntar: essa falta de seriedade e experiência é efeito de quê? Da simples juventude? Duvido: La Pérouse, o navegador francês, aos 17 anos, em 1758, já estava combatendo os ingleses ao largo de Terra Nova. Então, efeito de quê?

Pois é, provavelmente, os mesmos pais que se indignam com a "irresponsabilidade" dos genitores de Abby permitem a seus filhos, mais jovens que Abby, de sair em baladas nas quais os únicos adultos são os que vendem drogas e bebidas.

Será que a volta para casa de madrugada, num carro dirigido por amigos exaustos, exaltados ou sonolentos, é menos perigosa do que a circum-navegação do mundo num veleiro pilotado por Abby, animada há anos por um desejo intenso e focado? E, de qualquer forma, qual das duas experiências você prefere para seus filhos?

O fato é que muitos pais preferem que os filhos errem como baratas tontas, de festinha em festinha. Por quê? Simples: assim, os filhos ficam infinitamente mais dependentes.

E os pais modernos, em regra, querem os filhos por perto; eles adoram que os filhos demonstrem que eles não são suficientemente maduros para sair pelo mundo e para correr os riscos que o desejo acarreta.

Não deveríamos nos perguntar qual é a loucura dos pais que empurraram Zac, Abby e Michael mar adentro, mas qual é a loucura dos pais que preferem largar seus filhos nas noites, em que vodca, cerveja, maconha, ecstasy e papo furado servem para convencer os próprios adolescentes de que ainda não começaram a viver e, portanto, vão precisar dos adultos por muito tempo.

Comentando a aventura de Abby, um pai me disse: "Nunca deixaria minha filha navegar sozinha, eu não quero perdê-la". Pois é, "não quero perdê-la" em que sentido?

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1706201023.htm>. Acesso em: 10 out. 2018.

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Temas de Redação

UFRGS – CV/2019 – LP 13

Os adolescentes que merecemos Contardo Calligaris

ABBY SUNDERLAND nasceu na Califórnia, em outubro de 1993. A família vivia num barco, ao longo da costa do Pacífico.

O irmão mais velho de Abby, Zac, aos 17 anos, tornou-se o mais jovem velejador a circum-navegar a Terra sozinho. O recorde de Zac não resistiu muito tempo: logo, Michael Perham, um adolescente inglês um ano mais jovem que Zac, completou sua volta solitária ao mundo. Note-se que Perham, aos 14 anos, já tinha atravessado o Atlântico sozinho.

Abby também, desde seus 13 anos, sonhava em circum-navegar a Terra. No começo deste ano, aos 16, sozinha, ela largou as amarras de seu veleiro de 12 metros e desceu o Pacífico Sul. Passou o Cabo Horn, atravessou o Atlântico e passou o Cabo de Boa Esperança, lançando-se no Oceano Índico. Entre a África e a Austrália, Abby encontrou uma tempestade à qual o mastro de seu barco não resistiu. No sábado passado, depois de dois dias à deriva num mar infernal, ela foi resgatada.

Pela internet afora e na imprensa dos EUA, os pais de Abby estão sendo criticados por um coro indignado: como vocês puderam deixar uma menina de 16 anos errar sozinha pelo mar e pelos portos? Fora tsunamis e tempestades, o que dizer dos meses insones espreitando o mar e o vento a cada meia hora, da solidão, do trabalho incessante, do frio, do desconforto de uma navegação solitária ao redor do mundo? E os piratas ao sul da Malásia? Por qual permissividade maluca vocês aceitaram que Abby se lançasse numa aventura que seria arriscada para gente grande?

Já a bordo do barco que a resgatou, Abby escreveu no seu blog: "Há uma quantidade de coisas que as pessoas podem estar a fim de culpar pela minha situação: minha idade, a época do ano e muito mais. A verdade é que passei por uma tempestade, e você não navega pelo Oceano Índico sem entrar em, no mínimo, uma tempestade. Não foi a época do ano, foi apenas uma tempestade do Oceano Sul. As tempestades fazem parte do pacote quando você veleja ao redor do mundo. No que concerne à idade, desde quando a mocidade do velejador cria ondas gigantescas?".

Se você duvida que Abby tivesse a maturidade necessária para sua empreitada, leia o diário da viagem (www.soloround.blogspot.com) – sobretudo as notas de Abby durante a interminável navegação no Atlântico Sul.

Os que censuram os pais de Abby afirmam que nunca autorizariam seus rebentos a velejar sozinhos ao redor do mundo porque, aos tais rebentos, falta seriedade e falta experiência. Eles devem ter razão – afinal, eles conhecem seus filhos. Mas cabe perguntar: essa falta de seriedade e experiência é efeito de quê? Da simples juventude? Duvido: La Pérouse, o navegador francês, aos 17 anos, em 1758, já estava combatendo os ingleses ao largo de Terra Nova. Então, efeito de quê?

Pois é, provavelmente, os mesmos pais que se indignam com a "irresponsabilidade" dos genitores de Abby permitem a seus filhos, mais jovens que Abby, de sair em baladas nas quais os únicos adultos são os que vendem drogas e bebidas.

Será que a volta para casa de madrugada, num carro dirigido por amigos exaustos, exaltados ou sonolentos, é menos perigosa do que a circum-navegação do mundo num veleiro pilotado por Abby, animada há anos por um desejo intenso e focado? E, de qualquer forma, qual das duas experiências você prefere para seus filhos?

O fato é que muitos pais preferem que os filhos errem como baratas tontas, de festinha em festinha. Por quê? Simples: assim, os filhos ficam infinitamente mais dependentes.

E os pais modernos, em regra, querem os filhos por perto; eles adoram que os filhos demonstrem que eles não são suficientemente maduros para sair pelo mundo e para correr os riscos que o desejo acarreta.

Não deveríamos nos perguntar qual é a loucura dos pais que empurraram Zac, Abby e Michael mar adentro, mas qual é a loucura dos pais que preferem largar seus filhos nas noites, em que vodca, cerveja, maconha, ecstasy e papo furado servem para convencer os próprios adolescentes de que ainda não começaram a viver e, portanto, vão precisar dos adultos por muito tempo.

Comentando a aventura de Abby, um pai me disse: "Nunca deixaria minha filha navegar sozinha, eu não quero perdê-la". Pois é, "não quero perdê-la" em que sentido?

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1706201023.htm>. Acesso em: 10 out. 2018.

Proteção e autonomia

TEMA 1

Proteção e autonomiaÉ dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.Art. 227 da Constituição Federal

Considerando o texto constitucional e a visão que você tem sobre a educação de jovens e crianças, reflita sobre a seguinte pergunta:Como podem os pais e os educadores dosar o cuidado com as crianças e os adolescentes sem impedir que eles conquistem, aos poucos, a maturidade e a autonomia necessárias à vida em sociedade?Caso você escolha o tema 1, procure responder à questão proposta, expondo o seu ponto de vista sobre o assunto. Para fundamentá-lo, você pode se valer de exemplos, da análise de uma situação particular, ou da opinião de especialistas, desde que devidamente referenciada.

TEMA 2

Exposição pública e direito à privacidadeA tecnologia nos oferece a oportunidade de controlar o que o mundo vê – escolhendo e atuando para uma audiência. (...) Precisamos de privacidade, certas coisas devem ser compartilhadas apenas com as pessoas em quem realmente confiamos.Tom Chatfield. Como viver na era digital

Se optar pelo tema 2, você pode se inspirar nas palavras do autor para analisar e discutir a exposição a que estamos submetidos nas redes sociais. O que pode e o que não pode ser revelado? Até que ponto a priva-cidade continua sendo um direito a ser preservado numa sociedade em que “ser visto” e reconhecido pelo maior número possível de pessoas tornou-se uma espécie de troféu?A análise dessas questões pode contribuir para o desenvolvimento e a apresentação de um ponto de vista claro e bem fundamentado sobre o problema.

TEMA 3

Espionagem internacional e controle da internetNos últimos meses, informações revelaram que os americanos grampeiam os telefones e a internet de em-baixadasde vários países e que vigiam e-mails de milhões de pessoas ao redor do mundo. Uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, deu indícios de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) também espionou as comunicações da presidente Dilma Roussef e as mensagens de celular do presidente mexicano Enrique Peña Nieto.Revista Veja, 11/09/2013

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Temas de Redação

Considerando os fatos recentemente noticiados, relacionados à espionagem internacional, bem como a reação das nações envolvidas – Brasil, México, Alemanha, entre outras – apresente o seu ponto de vista sobre o seguinte dilema:Você é favorável à criação de uma organização mundial capaz de controlar a internet, ou pensa que a rede não pode ser submetida a qualquer tipo de censura ou de controle dos governos?Analise as implicações do problema e fundamente o seu posicionamento com dados da realidade que jul-gar relevantes para a argumentação.

Aula 15

Consequências da busca por padrões de beleza idealizados

TEXTO IA beleza parece caminhar em uma linha tênue entre as escolhas do indivíduo e a imposição coletiva. Se, por um lado, cada um pode buscar a beleza da maneira que considerar melhor para si, por outro, cuidar da beleza torna-se um imperativo. Modelos funcionam como fonte de comparação social e a exposição às ima-gens idealizadas da mídia tem como efeito uma redução no nível de satisfação dos indivíduos com relação à própria imagem. Este processo de comparação social também influencia fortemente a autoestima do indiví-duo. A percepção de uma discrepância acentuada entre o eu real e o eu ideal gera ansiedade e sentimento de insatisfação com relação ao seu autoconceito e, consequentemente, uma redução na sua autoestima. Na tentativa de atingir um ideal estético socialmente aceito, muitos se dedicam a uma luta incansável para esculpir o corpo perfeito e aproximar-se de um padrão de beleza.

TEXTO II

TEXTO IIIOs transtornos alimentares mais relevantes em nosso contexto sociocultural são a anorexia e a bulimia ner-vosas. A anorexia nervosa se caracteriza pelo pavor descabido e inexplicável que a pessoa tem de engordar, com grave distorção da sua imagem corporal. Para atingir esse padrão de “beleza” inatingível, o anoréxico se submete a regimes alimentares bastante rigorosos e agressivos. Já a bulimia nervosa se caracteriza pela ingestão compulsiva e exagerada de alimentos, geralmente muito calóricos, seguida por um enorme sen-

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Temas de Redação

timento de culpa em função dos “excessos” cometidos. Não podemos perder de vista que a formação da autoimagem corporal de cada pessoa está fortemente influenciada pela maneira como a sociedade “impõe” o que é ter um corpo esteticamente apreciável.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa so-bre o tema “Consequências da busca por padrões de beleza idealizados”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Haters

TEMA 1

A PRÁTICA DO NADISMOMarcelo Bohrer criou o movimento do nadismo depois que sofreu um colapso físico e mental. Ele apre-sentou seu projeto em 2006, divulgando-o na internet, em entrevistas à imprensa e no livro Nadismo – Uma Revolução Sem Fazer Nada. Logo a ideia se espalhou, conquistando adeptos em diversas regiões do Brasil. Seguindo a mesma premissa de movimentos internacionais como Ócio Criativo, Movimento Slow e Clube da Preguiça, o Clube do Nadismo organiza encontros para promover a valorização dos momentos de quietude, permitindo-se desfrutar desse tempo sem culpa. O Clube do Nadismo defende ainda, além dos encontros, a ideia do abandono momentâneo, diariamente ou mesmo semanalmente, da utilizaçãodos aparelhos tecnológicos.Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_de_Nadismo. Acesso em 18/04/2016.

Se você escolher este tema, reflita sobre a prática do nadismo e procure responder às seguintes questões: Você se identifica com esse tipo de proposta ou se sente culpado quando nada faz? Por quê? A prática do “fazer nada” traz, ou não, benefícios para sua rotina?

TEMA 2

A ANSIEDADE AJUDA OU ATRAPALHA?Saber lidar com as preocupações se tornou uma característica desejada, porque a ansiedade foi relegada ao posto de vilã do mundo moderno. Apesar de ser essencial para a sobrevivência, ela ganhou o estigma de atrapalhar as relações pessoais, a competência no trabalho e todo tipo de situação delicada. “Se o candidato não consegue dominar a ansiedade na hora da seleção de emprego, já questionamos como ele agirá no am-biente de trabalho”, diz Adriana Vilela, analista de recursos humanos da RHBrasil, empresa que recruta candi-datos para o mercado de trabalho. Mas, se estamos vivos hoje, é a ela que devemos agradecer, porque nos fez ser mais cautelosos durante séculos e séculos de evolução. E, por mais que possa atrapalhar o trabalho, o namoro, as coisas boas da vida e acabe com a sua paciência no trânsito, nem sempre é bom se livrar dela.Adaptado de: http://super.abril.com.br/ciencia/sobre-a-ansiedade. Acesso em 09/04/2016.

Para desenvolver este tema, você deverá avaliar a relação entre as exigências da vida moderna e o surgimento detranstornos de ansiedade, respondendo à seguinte pergunta: Como a ansiedade pode ser utilizada para favorecer uma vida profissional e emocional bem-sucedida?

TEMA 3

“DEBOÍSTAS” X “HATERS”Para desenvolver este tema, você deverá discutir as razões pelas quais há tantos “haters” em nossa sociedade (na Internet ou fora dela) e a(s) forma(s) de lidar com eles.

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Temas de Redação

Aula 16

Valorização do idosoEstatuto do Idoso

Art. 3.° É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, a saúde, a alimentação, a educa-ção, a cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária. [...]Art. 4.° Nenhum idoso sera objeto de qualquer tipo de negli-gência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.O aumento da proporção de idosos na população e um fenô-meno mundial tão profundo que muitos chamam de “revolu-ção demográfica”. No último meio século, a expectativa de vida aumentou em cerca de 20 anos. Se considerarmos os últimos dois séculos, ela quase dobrou. E, de acordo com algumas pes-quisas, esse processo pode estar longe do fim.Disponível em: http://www.comciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env16.htm. Acesso em: 07 maio 2009.

Idoso e quem tem o privilégio de viver longa vida......velho é quem perdeu a jovialidade.[...]A idade causa a degenerescência das células......a velhice causa a degenerescência do espírito.Você é idoso quando sonha..... .você é velho quando apenas dorme...[...]Disponível em: http://www.orizamartins.com/ref-ser-idoso.html. Acesso em: 07 maio 2009.

A vida depois dos 70

TEMA 1

A vida depois dos 70 Considere a possibilidade – cada vez mais viável – de viver 80, 90, quem sabe 100 anos. Você já pensou nis-so? Como pretende se preparar para esta fase da vida? Apresente seus planos e justifique-os de modo a convencer outros jovens a compartilhá-los, já que a socie-dade do futuro e a maneira como os idosos nela viverão dependem muito do que pensam e planejam os jovens de hoje.

TEMA 2

Os limites e as possibilidades da ciência Pode a ciência “driblar” a morte e prolongar a vida sem qualquer limite? Quais as consequências sociais e éticas que precisarão ser enfrentadas caso isso, de fato, venha a acontecer um dia? Reflita sobre essa hipótese, discutindo as possíveis consequências, de modo a evidenciar o seu ponto de vista sobre o assunto.

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Temas de Redação

TEMA 3

O desenvolvimento da ciência no Brasil Em um país com tantos paradoxos econômicos, culturais e sociais, qual seria a prioridade dos investimentos em ciência e tecnologia? Eleja o problema brasileiro para o qual deveriam ser direcionados os esforços dos cientistas e os investimen-tos do governo com o objetivo de diminuir a distância entre modernidade e atraso no Brasil. Justifique sua escolha com os dados da realidade que julgar adequados.

Aula 17

Verdade ou ilusão:

Todo mundo diz preferir a verdade dos fatos a ser iludido. Mas são poucos os que não se sentem, de alguma forma, magoados quando descobrem a verdade. Por trás da negação de uma verdade, há o temor de se descobrir que fomos enganados, traídos, ou que simplesmente a realidade é mais dura do que podemos suportar. Este é o caso, por exemplo, da guria cujo namorado dá sinais evidentes de que está saindo com outra. Mesmo assim, ela prefere fingir que não percebeu ou inventa uma justificativa para o comportamento estranho dele.Outro caso seria aquele do colega que claramente nos prejudica no serviço e nós, para não perdermos a amizade, fazemos de conta, ou até acreditamos, que nada está acontecendo. Há outras situações em que escondemos a verdade para não passar vergonha, como quando anunciamos ao valentão da rua que não temos medo de apanhar. O fato é que, quando a verdade incomoda, a sua negação costuma ser aceita, em maior ou menor grau, por todos nós.Pois bem, sua dissertação versará sobre a seguinte questão: o que você prefere: a verdade que incomo-da ou a ilusão que reconforta? Na organização de seu texto, você poderá tomar como ponto de partida sua experiência pessoal ou a de alguém que você conheça, ou poderá valer-se de seu conhecimento de mundo, expondo argumentos que sustentem seu ponto de vista. A dissertação deve ter a extensão mínima de 30 linhas e máxima de 50, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascu-nho e, depois passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível, o que você redigiu. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.

Ciência

TEMA 1

Uma invenção/descoberta que revolucionou o mundoA invenção do avião representa não só tecnologia e poder, mas também beleza e criatividade humana. (...) Ter controle sobre o destino nos ares trouxe para nossa época profundas transformações: encurtou distâncias, aproxi-mou culturas diversas, redimensionou a ideia de tempo e modificou a comunicação e os transportes.RUSSOMANO, Thaís, CASTRO, João de Carvalho. Fisiologia aeroespacial:conhecimentos essenciais para voar com segurança. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

Se optar pelo tema 1, você deverá dissertar sobre uma outra invenção ou descoberta científica que tenha contribuído para transformar significativamente a história da civilização. Fundamente o seu texto justifican-do a escolha e analisando não apenas o impacto que o feito produziu na época, como também seus reflexos na atualidade.

TEMA 2

O papel da escola no surgimento de novos cientistasCom a pesquisa sobre um antiviral natural, o estudante cearense Helyson Lucas Bezerra Braz conquistou medalha de bronze na maior feira de ciências estudantil de nível médio do mundo, a Intel International Science and Engineering Fair (Isef), realizada em Pittsburg, EUA, em maio deste ano. Ele se prepara, agora,

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Temas de Redação

para apresentar a nova etapa de seu trabalho na famosa Genius – International High School Environmental Project Olympiad, prevista para junho de 2016, em Nova York.Adaptado de: Estudante brasileiro é premiado em feira de ciências nos EUA. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/ article?i-d=21393:estudante-brasileiro-e-premiado-em-feira-de-ciencias-nos-eua. Acesso em 03 out. 2015.

Para dissertar sobre o tema 2, considere a realidade de Helyson, que completou 19 anos e pretende seguir a carreira de pesquisador nos cursos de Farmácia, Química ou Biotecnologia. Em seu texto, procure responder às seguintes perguntas:O que é necessário para que um jovem se torne um cientista?Como a escola pode contribuir para a construção desse perfil?

TEMA 3

Relação entre o interesse dos brasileiros por C&T e a fuga de cérebrosSe você escolher o tema 3, disserte sobre o grau de interesse dos brasileiros por Ciência e Tecnologia (C&T), a partir dos percentuais expressos no gráfico acima, analisando a relação entre esses dados e a “fuga de cé-rebros” definida no texto 2 desta prova.

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Aula 1

Desigualdades, Poder e GêneroA luta por paridade entre os gêneros é secular. Ao longo da história, a cultura patriarcal ratificou os pa-

péis de dominador e de dominado vinculados ao sexo masculino e feminino, respectivamente. Todavia, a consolidação do sistema capitalista no século XIX trouxe inúmeras mudanças na produção e na organização do trabalho, resultando, também, em profundas transformações nas relações sociais. Como consequência, a evolução econômica quebrou paradigmas e estabeleceu novos conceitos por meio de leis que garantem os direitos para as mulheres, a fim de corroborar uma sociedade mais promissora, porquanto não há diferenças qualitativas entre os gêneros. Destarte, o cerne da questão é o avanço do papel da mulher, sua relação com as mudanças nos espaços que outrora eram exclusivos dos homens e a permanência do preconceito como forma de exclusão na sociedade contemporânea.

A priori, o trabalho braçal era um setor predominantemente masculino. Entretanto, o avanço da tec-nologia tornou obsoleto o conceito da força física como principal atributo para a consecução de tarefas, visto que a tecnologia facilitou o manuseio das máquinas não sendo mais empecilho para o desempenho tanto dos homens, quanto das mulheres. Sendo assim, o intelecto e a capacidade de produção passaram a representar os fatores preponderantes na escolha profissional. Por exemplo, muitas mulheres estão in-vestindo em cursos de qualificação na construção civil. Dessa forma, funções como pedreira, carpinteira e pintora estão cada vez mais vinculadas à realidade de milhares de representantes do gênero feminino no Brasil. Segundo dados da Fundação SEADE, em 2012, a participação feminina cresceu 20% nessa área. Nesse contexto, a permanência da estigmatização da mulher está intimamente ligada à ameaça que ela represen-ta aos homens no mercado de trabalho, pois a competitividade está cada vez mais acentuada. Portanto, a segmentação por gênero nas relações laborais é uma questão cultural retrógrada, porque condições plenas de exercício profissional para ambos os sexos representa o âmago do desenvolvimento de uma sociedade mais justa e sustentável.

Outro segmento relevante é o mundo corporativo, o qual ainda é representado por uma quantidade majoritária de homens nos cargos de presidência e de direção, perpetrando a retenção de privilégios nas empresas brasileiras. Por exemplo, hoje, as mulheres representam 55% das pessoas com ensino superior completo e 46% da mão de obra ativa na economia, segundo dados do IBGE. Todavia, as condições de as-censão na carreira estão longe de ser uma constante para elas, mesmo quando são tão qualificadas quanto os homens. De acordo com a GMI ‘’Ratings’’ (empresa de avaliação de riscos), somente 4,6% dos cargos de diretoria e 2,6% das cadeiras presidenciais em empresas são ocupados por mulheres no Brasil. Desse modo, as dificuldades enfrentadas pelo sexo feminino não é uma questão de capacidade, mas de oportunidades. Conforme pesquisa do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a posição 117ª - de um total de 136 países - no quesito de igualdade salarial entre homens e mulheres. Ademais, a partir da nova configuração na divisão do trabalho, se faz urgente a atuação do homem não só nas responsabilidades financeiras, mas também no compartilhamento das responsabilidades referentes à vida doméstica e aos cuidados com os filhos. Portanto, a ampliação dos papéis dos gêneros é condição sine qua non para uma perspectiva mais coerente com a realidade, com as demandas econômicas e com as dificuldades vividas no dia a dia.

Em suma, a importância dessa problemática é tal que a igualdade entre os sexos e a valorização da mu-lher está entre os Objetivos do Milênio da Organização das Nações Unidas. Sendo assim, é mister uma legis-lação mais eficiente por meio de programas de fiscalização mais rigorosos em casos de preconceito contra a mulher. Assim, as empresas deveriam ter uma política mais equilibrada nas remunerações, de acordo com a qualificação técnica do indivíduo. Sobre esse enfoque, a abrangência das chances disponibilizadas aos dois gêneros fortalece a qualidade de vida e diminui os vínculos ultrapassados da estigmatização. Portanto, o progresso efetivo de qualquer sociedade está na oportunidade de ambos os gêneros serem protagonistas de suas próprias vidas.

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Aula 2

Madalenas do Brasil O Brasil é feito da mistura de muitas histórias. As obras da nossa literatura, mesmo em exemplares mais

antigos, refletem caraterísticas da personalidade do brasileiro e dilemas que fazem parte da nossa realidade cotidiana. As situações vivenciadas pela personagem Madalena, de “São Bernardo”, livro de Graciliano Ramos publicado em 1934, refletem a realidade de muitas mulheres do século XXI.

Madalena é professora, independente, bem instruída e expressa seus ideais de forma clara e admirável. Paulo Honório, protagonista da obra, encanta-se pela personagem e a pede em casamento. Logo no início do casamento, surgem diversas divergências entre o casal e o ciúme doentio do marido. O marido, assim como alguns homens da sociedade atual, pensava que esposa era sua propriedade e agia de forma violenta, chegando a agredi-la fisicamente. Atualmente é comum nos depararmos com relatos de mulheres bem instruídas e bem-sucedidas que enfrentam problemas de violência física e psicológica nos seus relaciona-mentos conjugais.

O relacionamento de Madalena com Paulo Honório é o que descrevemos hoje como relacionamento abusivo. Pelo perfil na personagem, é esperado que ela reaja de alguma forma, fuja ou enfrente seu algoz e busque sua felicidade, porém Madalena acaba sucumbindo perante sua realidade e comete o suicídio. A “mulher moderna” enfrenta os mesmos desafios de Madalena no século passado: é esperado que a “mulher moderna” resista, enfrente, se posicione e denuncie, porém, muitas vezes, ela desiste, se entrega e sucumbi diante do agressor exatamente como a personagem de São Bernardo.

No Brasil, vivenciamos diariamente os altos índices de feminicídio cometidos por homens que são, na maioria das vezes, parceiros das vítimas. O perfil de Madalena ainda é muito comum entre as mulheres da sociedade brasileira: mulheres que silenciam perante a agressividade dos seus parceiros ou que se veem silenciadas por uma sociedade que ainda apresenta fortes traços patriarcais.

Aula 3

A família brasileira cresce.A sociedade brasileira apresenta, historicamente, a família tradicional como núcleo – a mulher, geral-

mente dona de casa, servindo ao marido, considerado a figura central da família, que é frequentemente o único provedor de renda do lar. No entanto, ainda que predominante, tal conjuntura tem perdido espaço, nos últimos dez anos, para diversas outras estruturas familiares cujo advento se deu com os recentes, porém escassos, avanços sociais, como, por exemplo, a valorização da mulher.

Hodiernamente, percebe-se um aumento considerável no número de indivíduos do gênero feminino que assumiram o papel de chefes de família: em 10 anos, dobrou o número de lares brasileiros adminis-trados e sustentados por mulheres, representando, hoje, 38% do total. Esse fenômeno decorre, majorita-riamente, da ampliação do acesso ao ensino no país, que permitiu a profissionalização, e da consequente inserção no competitivo mercado de trabalho, de muitos daqueles que, assim como as mulheres, submete-ram-se por séculos à uma sociedade patriarcal, excludente e preconceituosa. Ademais, concomitantemente à educação, surge a preocupação com o planejamento familiar, proporcionando às mulheres, culturalmente associadas à criação dos filhos, a oportunidade de investirem mais tempo no estudo e no trabalho em de-trimento das tarefas domésticas.

A despeito disso, as mudanças que vêm ocorrendo não bastaram para apagar da sociedade e, princi-palmente, da cultura brasileira as marcas da discriminação e do machismo que regem a mentalidade da população. Observa-se claramente, além das discrepâncias salariais assustadoras entre homens e mulheres, negros e brancos, que a estrutura da família, no Brasil, é definida pelas condições econômicas e sociais- nas classes em que ainda imperam a pobreza, a falta de escolaridade e as condições de vida precárias, as taxas de fecundidade permanecem elevadas, e os homens trabalham enquanto as mulheres, mesmo as que de-sempenham atividades remuneradas, seguem servindo ao lar, aos filhos e ao chefe da família.

Urge, visando à equidade entre todas as possíveis estruturas familiares, que se consolidem os direitos do indivíduo, seja esse homem, mulher, seja negro, pardo, branco. Para tanto, além do investimento estatal contínuo na melhoria da qualidade de vida da população, mediante o aprimoramento das escolas, dos

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serviços de saúde e do saneamento básico, faz-se mister a superação, por meio da mídia, da educação e do diálogo, de ideais conservadores que impõem à sociedade verdadeiras – e ultrapassadas- “receitas” para uma família perfeita.

Aula 4

Uma nação de opressores e oprimidosA violência urbana é um dos aspectos que mais atingem a vida dos cidadãos brasileiros na modernidade.

Trata-se de uma série de práticas que envolvem assaltos, agressões e até homicídios nas grandes cidades, o que afeta diretamente o nosso cotidiano, pois não nos sentimos seguros na maior parte dos locais públicos. Incidentes relacionados à violência urbana se propagam, sobretudo, por conta da desigualdade social – a qual incentiva a criminalidade – e pela ineficácia do Estado em tentar resolver esse problema.

Surgimos como nação por meio da violência. Na época das grandes navegações, em que o Brasil foi descoberto, portugueses escravizaram os índios nativos. No decorrer dos grandes ciclos econômi-cos (cana, mineração e café), outros povos como os negros e imigrantes também foram subjugados por aqueles que detinham o poder. Essa ideologia de opressores e oprimidos faz parte de nosso cotidiano em diversas situações. O fenômeno do êxodo rural - ocorrido no final do século XX - contribuiu para uma maior concentração da população no ambiente urbano. Entretanto, a infraestrutura das cidades não acompanhou esse “inchaço” e, por conseguinte, não produziu progressos suficientes para garantir o aces-so de todos a emprego, saúde e educação. Dessa forma, houve grande marginalização dos grupos mais pobres nas periferias, as quais são pouco contempladas pela segurança pública – o que deu margem para o desenvolvimento da criminalidade.

Segundo o atlas da violência, em 2017, ocorreram cerca de 65.600 homicídios no Brasil. Trata-se de um número que não condiz com um país em desenvolvimento, pois é uma realidade que nações subdesenvol-vidas enfrentam. Isso ocorre, principalmente, pelo descompromisso das autoridades no que diz respeito à falta de policiamento adequado e à impunidade – já que 80% dos casos de homicídios não são soluciona-dos. Vivemos em uma sociedade que gasta mais em segurança privada do que o Estado gasta em tentativa de promover uma segurança pública. É comum vermos casas com muros altos e cercas elétricas, prédios com segurança 24h e ruas vazias ao entardecer. Situações como essa são providências tomadas por uma população que vive oprimida pela insegurança.

Devemos, como cidadãos, exigir que o Estado cumpra com seu dever. Primeiramente é preciso nos conscientizar de que não se combate a violência com violência. Por meio de propagandas midiáticas que envolvam temas como a segurança e palestras e rodas de discussão nas escolas sobre o assunto, poderemos educar os jovens e a população a ter clareza sobre seus direitos e a não propagarem a violência no seu coti-diano. Além disso, o Estado deve procurar investir em áreas de vulnerabilidade por meio de um maior poli-ciamento desses locais em que a criminalidade impera. É preciso também qualificar a polícia com melhores treinamentos e revisar sua remuneração, já que muitos profissionais dessa área sofrem com baixo salário e atraso de pagamentos. Assim poderemos, paulatinamente, reduzir a insegurança que nos acompanha dia a dia e ter uma melhor qualidade de vida.

Aula 5

Trabalho e dignidadeMuito se tem discutido acerca da importância de um trabalho digno para alcançar a cidadania. Nota-se

que a divisão do trabalho sempre foi fundamental para o bom funcionamento da comunidade, visto que o indivíduo desenvolve um sentimento de pertencimento e de coletividade. Todavia, infelizmente, existem trabalhos que prejudicam a construção da dignidade humana. A escravidão, por exemplo, foi a principal mão de obra no período colonial e só chegou ao fim em 1888 com a criação da Lei Áurea. Entretanto, sabe--se que o país ainda sofre com as consequências do trabalho escravo.

É importante observar que a medicina é vista como uma das profissões que garantem dignidade ao indivíduo, já que ele consegue atingir uma certa estabilidade financeira e prestígio social. Além disso, sabe-se que ele está inserido em um ambiente de formação rígido e restrito. O profissional dessa área precisa investir em cursos de capacitação e especialização. Logo, percebe-se que o dinheiro é um dos obstáculos

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para se tornar um médico, visto que uma educação de qualidade, no Brasil, tem um custo elevado e não está ao alcance de todos. Assim, uma grande parcela da população, por necessidade, se afasta da dignidade e recorre a trabalhos informais.

À medida que a educação tornou-se “mercadoria” com alto valor agregado, a sociedade percebeu um distanciamento entre as diferentes classes sociais. Hoje, o desemprego atinge quase 13% da população e contribui para o aumento de trabalhos informais que já são a realidade de pelo menos um terço dos brasi-leiros. Percebe-se que é extremamente difícil modificar o círculo vicioso já estabelecido. O ensino público no Brasil é precário e não garante ao cidadão uma educação de qualidade. Como consequência, o emprego que esse grupo da sociedade encontra tem uma remuneração baixa e acaba não garantindo dignidade ao indivíduo. Assim, a população não consegue construir a sua cidadania, e surge o questionamento sobre a efetividade da Constituição e dos direitos previstos nela.

Desse modo, percebe-se que a percepção de trabalho digno precisa mudar. A sociedade deve valorizar mais os trabalhadores e suas profissões. Somado a isso, cabe ao Governo investir mais em cursos de capacitação na rede pública para aumentar as chances das pessoas de baixa renda se inserirem no mercado de trabalho, visto que a educação é essencial para alterar esse cenário, e é imprescindível aumentar o número de indivíduos que tem acesso a ela. Interrompendo o círculo vicioso e garantindo oportunidades iguais para todos, as desigualdades sociais irão diminuir e será mais fácil atingir a cidadania.

Aula 6

Título!?O filósofo Immanuel Kant afirmava que o homem era aquilo que a educação fazia dele. A frase exemplifi-

ca perfeitamente o papel fundamental de um professor na formação pessoal e acadêmica de qualquer indi-víduo. Todavia, no Brasil, a valorização, tanto financeira como social, dessa classe trabalhadora não se mostra condizente com sua relevância. Assim, o país sofre com uma grave crise no setor educacional, apresentando uma falta de profissionais adequados e uma consequente queda na qualidade de ensino.

Sem dúvida, a desvalorização salarial de educadores é uma realidade histórica no Brasil. Uma das prin-cipais quedas na remuneração dos profissionais ocorreu nos anos 90 com as políticas de privatização da educação. O fato exposto tem um resultado imediato na diminuição da procura para exercer a profissão e da leva de professores adequados. Uma pesquisa divulgada pelas fundações Victor Chivitas e Carlos Chagas mostrou que, dentre os jovens envolvidos no levantamento, apenas dois por cento tinham como primeira opção cursos como pedagogia ou licenciaturas. A situação alia-se à conjuntura de muitos profissionais os quais atuam na área não por escolha própria, mas por falta de opção. Dessa forma, formam-se educadores insatisfeitos e, muitas vezes, desqualificados para seu ramo de atuação.

De fato, a frustração profissional relaciona-se diretamente à qualidade precária do ensino em diversas instituições, sejam públicas sejam privadas, do país. A condição salarial, por exemplo, faz com que muitos docentes trabalhem em até três turnos diferentes, em distintas escolas, prejudicando intensamente a con-dição de seu trabalho. Além disso, educadores hão de lidar com turmas superlotadas e com a ausência de estrutura adequada para elaboração de aulas, principalmente nas redes de ensino públicas, tendo, nova-mente, a qualidade de seu ensino danificada.

Os poderes Executivo e Legislativo hão de agir em conjunto a fim de atribuir a devida valorização aos docentes. Este há de realizar um reajuste salarial justo aos professores para os anos conseguintes, para que sejam motivados financeiramente a realizar seu importante trabalho. Aquele tem de investir verbas em me-lhorias na estruturação de instituições de ensino, aumentando salas e oferecendo tecnologias para o estudo, como computadores, tablets e retroprojetores.

Aula 7

Competitividade: Desafios para o Desenvolvimento Econômico e SocialA competitividade é, de fato, imprescindível para o desenvolvimento nas sociedades modernas. Sendo

assim, todos os setores da vida social requerem maior conhecimento e renovação. No Brasil, malgrado os notáveis avanços de acesso à educação e os baixos índices de desemprego, o valor competitivo do país está

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aquém de seu potencial, inclusive, no contexto mundial, deflagrando déficits estruturais de produtividade. Portanto, reequacionar o modelo atual e interrogar as estratégias de competição e de coesão social retratam o âmago da questão.

Sob esse enfoque, a consecução de medidas, efetivamente, competitivas e positivas representa um divisor de águas na capacidade de produzir de qualquer nação. Por exemplo, a estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado interno e outra para o mercado externo permite que as empresas ampliem sua base de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto maior o número de merca-dos ela atingir, menos dependente ela será. Frisa-se por oportuno, a importância da República Popular da China, porque ela tem atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. Nos últimos anos, a média de crescimento econômico desse país é de 10%, superando os índices das grandes potências mun-diais, como, por exemplo, os Estados Unidos. Conforme o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes de 2012, Xangai ficou em primeiro lugar nas três áreas avaliadas: matemática, leitura e ciências. Sendo assim, a especialização massiva de qualidade serve, indubitavelmente, como força propulsora do progresso, pois ela gera vantagens competitivas. Desse modo, os investimentos na exportação diversificada têm uma maior probabilidade de resultar em desempenhos de excelência e em um sistema lucrativo, ratificando a influência e a atuação global da China. Todavia, nesse caso, os custos sociais e os impactos ambientais elevados desse país representam sua falta de limites para alcançar o desenvolvimento econômico pleno, ultrapassando os concorrentes de forma rápida, porém, podendo ser insustentável em longo prazo.

Em contrapartida, os baixos índices de competitividade de um país estão intrinsecamente ligados à incompetência de gestão e às medidas paliativas, gerando o círculo vicioso da escassez de mão de obra qualificada e da falta de infraestrutura. No Brasil, por exemplo, a falta de investimentos na qualidade da educação está em descompasso com as demandas para o crescimento da economia do país. Dessa forma, o país não gera emprego de alto valor agregado e, consequentemente, perde oportunidades de exporta-ção de produtos de maior tecnologia. Segundo estudo da escola suíça IMD, o Brasil ficou no 54º lugar em uma lista de 60 países no Índice de Competitividade Mundial. Ademais, a alta carga tributária e as taxas de juros desestimulam o investimento na produção e na melhoria das empresas e, por conseguinte, tornam os produtos e serviços cada vez mais caros para a população. Como consequência de tais fatores, constata-se a instabilidade social, política e cultural, evidenciando-se a importância da implementação de projetos vin-culados a novas formas de gerir oportunidades de qualificação técnica e, concomitantemente, à diminuição deveras das desigualdades sociais. Portanto, um país sem uma sólida formação cidadã e profissional dificil-mente tem condições de estabelecer uma competitividade global.

Em síntese, a busca pela excelência e pela meritocracia corrobora a organização social. Todavia, quando a competição está calcada na exclusão e na exploração social ela pode trazer prejuízos para a sociedade como um todo. Dessa forma, é imperativa uma efetiva educação geral, capaz de assegurar flexibilidade, cria-tividade e capacidade crítica e, no cenário nacional, é essencial intensificar forças, tanto do governo quanto da iniciativa privada no ensino profissionalizante. Portanto, a execução de tudo isso depende do ensino de qualidade sintonizado com o seu tempo, olhando para frente, como um farol de longo alcance, porquanto só o equilíbrio nas condições competitivas pode tornar a competição justa e produtiva para a sociedade.

Aula 8

Título?Este ano, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) o número de queimadas na

Amazônia cresceu 82% em relação ao período do ano passado. Nesse contexto, após as divulga-ções desses dados ouve uma comoção nacional e internacional a favor da Amazônia. Logo, vê-se que as raízes dos problemas estão na ineficiência da fiscalização e na exploração dos recursos naturais. Primeiramente, é notório que queimadas e desmatamentos já ocorrem a algum tempo na Amazônia, de-vido ao avanço do agronegócio entre outras explorações ilegais ou não, mas isso deve ser questionado é apurado. Em vista disso, sabe-se que a floresta amazônica não foi a única a passar por processos destrutivos, vê-se como exemplo a Mata Atlântica que perdeu cerca de 93% de sua floresta para a exploração madeireira e para o avanço de monoculturas como o café e a cana-de-açúcar. Dessa forma, percebe-se a necessidade de proteger a Amazônia, pois o descaso pode acarretar no desaparecimento da floresta, gerando assim consequência alarmantes.

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Por conseguinte, nota-se os impactos ambientais e econômicos devido ao que está acontecendo na floresta amazônica. Além dos riscos à biodiversidade, as árvores derrubadas são importantes para a regula-ção do clima no Brasil e para o combate ao aquecimento global, já que absorvem uma grande quantidade de gás carbônico (CO2). Por outro lado, as queimadas emitem uma alta quantidade de gases que poluem o solo, o ar e as águas. Ademais, por causa dessas ocorrências ouve um bloqueio das doações internacio-nais ao fundo amazônico, visto que a sustentabilidade é um ponto crucial no acordo comercial entre UE e Mercosul, mas a falta de sustentabilidade dos produtos brasileiros pode motivar ações protecionistas para barrá-los. Assim, percebe-se os prejuízos à fauna, à flora e a economia brasileira.

Portanto, é evidente que a preservação da floresta amazônica é de importância nacional e internacional. Para tal, seria preciso uma postura inflexível do Ministério do Meio Ambiente contra o desmatamento ilegal, aplicando as leis existentes e criando novas de forma eficiente por meio de fiscalização, multas e penalida-des às ações ilegais. É também, cabe ao Poder executivo honrar os acordos internacionais importantes como o Acordo de Paris a fim de garantir a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

Aula 9

Título !?A internet, cujo advento integrou a Revolução Informacional, ressignificou profundamente a comuni-

cação humana. Assim, a indubitável influência da internet no comportamento individual acentuou-se à medida que os mecanismos de controle informacional se fortaleceram. Essas ferramentas sutis têm seu po-der ampliado pela alta relevância do meio digital no cotidiano contemporâneo, tendo em vista a utilização intensiva da internet em todos os âmbitos sociais.

Em primeiro lugar, o controle de dados está vinculado a interesses específicos de grupos políticos e econômicos em toda a esfera global. Nesse contexto, a comercialização de informações tornou-se um mer-cado atrativo para grandes corporações. A seletividade do fluxo de dados, desse modo, consolidou-se como mecanismo de influência em decisões individuais e coletivas, uma vez que restringe o acesso a diferentes pensamentos e hábitos. Logo, o controle de dados impõe-se como fator preponderante no estabelecimen-to de comportamentos, os quais determinam a atuação dos indivíduos na sociedade.

A consequência principal do controle de dados é a instauração de uma linha tênue da distinção entre influência e manipulação. A manipulação deliberada do comportamento individual representa o impedi-mento da plena liberdade de escolha racional. Segundo Kant, o exercício da racionalidade somente ocorre quando há autonomia do sujeito pensante, condição obtida no processo de esclarecimento do indivíduo. A finalidade última da manipulação comportamental consiste na supressão dessa autonomia. Diante disso, o indivíduo encontra-se vulnerável à coerção externa do fato social, situação descrita por Durkheim em que a vontade pessoal é submetida aos hábitos da sociedade.

Portanto, o controle de dados suscita a manipulação comportamental e a consequente quebra da auto-nomia individual. A fim de restabelecer as condições para o exercício pleno das escolhas individuais, faz-se necessária a atuação das escolas. A ação deve estar voltada para o desenvolvimento da capacidade crítica dos jovens, focando na orientação do uso da internet e dos outros meios de comunicação. Realizada por meio da instauração de seminários acerca de textos literários e jornalísticos, essa medida promoverá a eman-cipação comportamental dos jovens.

Aula 10

Herdeiros do capitalismo?

Uma tomada de decisão envolve aspectos racionais e emocionais os quais são incipientes na infância. Nesse sentido, as crianças não são capazes de total discernimento, sendo, então, suscetíveis a influências externas à família, como a da mídia, que corrobora para comportamentos consumidores disfuncionais.

Infelizmente, no Brasil há apenas uma resolução do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que restringe – de maneira conciliatória – a propaganda infantil. Dessa maneira, as empresas que optarem por desconsiderar essa “boa prática” e passarem a veicular material publicitário não sofrerão qualquer tipo de punição. Ainda, essas companhias terão a facilidade de atingir um público

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alvo que é ingênuo e inexperiente acerca das jogadas de marketing empreendidas para fins comerciais. Assim, a mesma instituição, que prevê a inviolabilidade da autonomia das crianças por meio do Estatuto da Criança e Adolescente, permite que esses indivíduos hipervulneráveis sejam diariamente expostos a conteúdo apelativo. A negligência governamental é, portanto, incoerente com os direitos básicos garan-tidos aos seus cidadãos.

Consequentemente, a estrutura familiar é alterada concomitantemente a essa mal conduta, haja vista a “necessidade” dos pais de suprir as demandas dos pequenos. Essa postura fica evidente, por exemplo, ao delinear-se que mais de 60% dos produtos adquiridos a esse público são supérfluos. Ou seja, são itens que carregam majoritariamente uma marca ou nome atraente em detrimento de uma utilidade. Infelizmen-te, esses atos trazem impactos não só financeiros mas também comportamentais, visto que se cria uma correlação entre o carinho parental e os bens materiais, impossibilitando uma boa construção moral para o futuro adolescente. Logo, há o gradual desenvolvimento de adultos consumistas, que não sabem manejar seus impulsos frente às atrativas ofertas do mercado.

Por conseguinte, é preciso que o Legislativo desenvolva leis que controlem a publicidade infantil como medida protetiva à incapacidade desses indivíduos em deliberar. Dessa maneira, por meio da ampliação e regulamentação do Conar, pode-se fiscalizar a veiculação da mídia a fim de coibir essa coerção de consumo.

Aula 11

A Suposta República das BananasUm assunto muito discutido atualmente, entre amigos, noticiários ou nas redes sociais é a situação

políticas, econômica e social do Brasil caótico de hoje e suas origens igualmente caóticas. Ao final dessas discussões cotidianas, sempre nos questionamos se temos como sair desse caos e evoluirmos como uma nação igualitária e justa, e a conclusão de muitos é pessimista - como a da cronista Martha Medeiros -, mas outros, poucos, como eu, acreditam que há esperança para a nossa pátria.

É evidente que, desde o seu descobrimento e no período do Brasil colônia, nossos colonizadores portugueses careceram de ideais administrativos e progressistas, visto que na época das grandes rotas de riquezas e comércio eram nas Índias Orientais. O Brasil só passou a adquirir certa importância para Portugal quando países europeus, como a França e a Holanda, interessaram-se por esse novo território e passaram a invadi-lo em busca de riquezas naturais; como resposta, a coroa portuguesa criou as capitanias hereditárias, as quais a pequena nobreza portuguesa passaria a administrar e proteger faixas de terras litorâneas brasilei-ras. Em conjunto com essa ação colonizadora, a coroa também enviou para o nosso país, com o objetivo de povoá-lo, desertores da coroa, ou seja, criminosos, pessoas que careciam de senso ético e social.

Diante desse cenário histórico que reconstrói as origens da personalidade do povo brasileiro e da falta de interesse e administração da metrópole - que mal sabia administrar o seu próprio território e que usou (VTD) essa falta de sabedoria apenas para explorar sua colônia brasileira -, temos como resultado o Brasil atual. Um país corrupto e explorador das minorias. Por outro lado, apesar da nossa formação nada honrosa, o Brasil cresceu muito. Apesar de todas as dificuldades que a nação enfrentou desde seu descobrimento, em 1500, o Brasil se tornou um país grande, emergente, chegando a se colocar entre as 10 maiores economias mundiais; e também ele foi um dos primeiros países a ter uma política rígida em relação à preservação do meio ambiente. Seu pioneirismo vai além de políticas de bem-estar social: nosso país é pioneiro em carisma, é uma nação de pessoas resignadas a sobreviver com felicidade mesmo diante das disparidades e adversi-dades, que são muitas.

Por conseguinte, o Brasil, apesar de ser um país que está em crise, em que muitos se referem como “A República das Bananas” por causa de suas mazelas políticas e sociais, cresceu além do esperado, tendo em vista nossas origens colonizatórias. Ademais, nossa sociedade - apesar do jeitinho brasileiro - é sempre espe-rançosa, e com esta esperança criam-se em mim ideais para um pátria justa. Afinal, muitos tiranos já fizeram guerras e instauraram caos no mundo, mas no final todos eles caíram e o progresso se reconstruiu.

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Aula 12

A Releitura de Uma NaçãoA literatura, de modo geral, cumpre uma importante função social ao refletir os costumes e a realidade

das sociedades representadas nos poemas e romances. Essa função perpassa toda a história de formação do Brasil, desde autores como Gonçalves Dias e seu “Canção do Exílio” até Euclides da Cunha com “Os Sertões”. Diante disso, a literatura abarca também descrições topográficas da paisagem brasileira e traços de brasilida-de fidedignos à população, exemplificando textualmente características tão antagônicas como a ganância e a perseverança.

O personagem João Romão, da obra “O Cortiço”, traz a tipificação do indivíduo ganancioso, a exemplo de políticos e empresários corruptos, no mundo não ficcional. Criado por Aluísio Azevedo com o intuito de representar uma burguesia urbana em ascensão, Romão explora sem escrúpulos seus trabalhadores, sem-pre em busca do prestígio social e da riqueza material. Nesse contexto, a representação da irreverência dos brasileiros poderosos mostra os mecanismos tácitos e explícitos utilizados para a manutenção do poder, independentes até mesmo da morte de outros indivíduos.

Por outro lado, notáveis minorias, desamparadas pelo poder público e pela sociedade, são reproduzidas na literatura. É o caso do personagem Fabiano, do romance “Vidas Secas”. Graciliano Ramos, em sua obra, retrata um grupo social marginalizado, cuja perseverança se resume no principal instrumento de sobrevi-vência. Imerso na miséria do sertão nordestino, Fabiano está incluído no imenso contingente de migrantes que buscam melhores condições de vida, apesar das inúmeras dificuldades sociais e regionais enfrentadas diariamente pelos retirantes.

Portanto, a literatura exerce um papel primordial no que tange à estruturação da sociedade e à constru-ção da identidade do povo brasileiro. Tendo em vista seu potencial de representação fidedigna da realidade, os livros promovem, de maneira única, uma consciência de cidadania ainda em formação. Ao expressar a condição social de diversas camadas da população por meio de personagens, a literatura promove um impacto lírico de maior abrangência capaz de ampliar as possibilidades de uma real transformação da so-ciedade.

Aula 13

A falta de exigência gerando o comodismoA abundância de materiais e fontes bibliográficas disponíveis atualmente nos acarretou uma nova pro-

blemática na educação: a falta de comprometimento dos alunos em pesquisar conteúdos em trabalhos es-colares. Com isso, é possível responsabilizarmos tanto os professores quanto os alunos, detectando um círculo vicioso entre eles.

Ao analisarmos o sistema educacional brasileiro, por exemplo, percebemos uma série de dificuldades e falhas, sobretudo pela grande desvalorização que ocorre nessa área. Além da exigência em sala de aula, os professores são obrigados a destinar seu tempo “livre” para a elaboração e correção de provas e trabalhos, si-tuação que demanda não só dedicação, como também uma capacitação profissional elevada – a fim de de-tectar erros e plágios. Nesse contexto, muitos educadores optam por não impor aos alunos que argumentem com suas próprias palavras, já que a demanda de tarefas escolares costuma ser exorbitante. Isso pode aparen-tar, para os alunos, uma falta de interesse do professor, fato que, infelizmente, os leva a agir da mesma forma. A displicência dos educadores ao relevarem cópias de outros autores nos trabalhos dos estudantes os leva a falta de comprometimento. O jovem não vê perspectiva de engrandecimento intelectual com a maioria das tarefas que lhes é solicitada, principalmente no colégio. Quando essa problemática afeta os níveis básicos da educação ela, é, consequentemente, levada até o ensino superior, cuja dedicação deveria ser maior. O aluno chega à faculdade ou a cursos técnicos sem o preparo para argumentar e defender teses, pois redigir textos preexistentes é algo comum desde o início da sua educação.

Para que os casos de plágio nas escolas e níveis superiores de ensino sejam contidos, é necessária a co-brança dos professores, os quais podem buscar envolver mais os alunos nas atividades, despertando, assim, o interesse desses aprendizes. Com essa atitude, podemos romper o círculo vicioso que atrasa a educação de muitos países, inclusive o Brasil.

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Aula 14

Os limites da juventude No Século XIII, surgiram as primeiras Universidades na Europa. A partir de então, foram elaborados rituais

de iniciação para os calouros que entravam nessas instituições. Em sua origem, esses ritos tinham o objetivo de aumentar o nível de integração entre os alunos de diferentes semestres da faculdade. À medida que a humanidade foi evoluindo e mudando de mentalidade, o trote também sofreu modificações. Mais especifi-camente, o Homem passou a viver mais e melhor; portanto, hoje em dia, o amadurecimento tem início mais tardiamente que antigamente. Isso tem influência direta no trote universitário, pois os indivíduos adentram a graduação com menor capacidade interpessoal, mesmo estando na mesma faixa etária que seus antepas-sados – que eram mais maduros ao entrarem no Ensino Superior.

As gerações atuais, então, são caracterizadas pela imaturidade. Os pais superprotetores impedem que seus filhos tenham suas próprias experiências e que assumam responsabilidades; assim, cresce uma geração subdesenvolvida no âmbito psicológico. Essa falta de investimento na inteligência emocional resulta em indivíduos incapazes de agir em prol do coletivo e de reconhecer problemas, buscando sua reparação. No entanto, os rituais por que eles passam continuam ocorrendo na mesma idade biológica, sem estarem pro-priamente preparados para tal. Em outras palavras, a imaturidade ocasiona a incapacidade, por parte desses adultos infantilizados, de lidar – de modo responsável - com as ocorrências de suas vidas.

Essas adaptações do ritmo de desenvolvimento pessoal têm consequências significativas no âmbito universitário. Uma das principais mudanças é no processo que ocorre logo após o ingresso no meio acadê-mico. O trote, um dos mais reconhecidos e praticados rituais, surgiu com o intuito de ser uma brincadeira. Atualmente, ele continua simbolizando a integração entre novos e antigos discentes; contudo, há um au-mento dos casos de abuso, o que começa a caracterizar o trote universitário como crime. Ele deixa de ser uma simples diversão entre colegas quando a totalidade dos estudantes não está mais confortável com as atividades propostas e não tem o espaço para expressar isso. Ou seja, quando a imaturidade dos veteranos e dos “bixos” (calouros) impede que os indivíduos reconheçam formas de bullying, o trote deixa de ser ino-fensivo e torna-se violento.

Portanto, cabe ao Ministério da Educação, aliado às Universidades Públicas e Privadas, desenvolver a ma-turidade dos discentes, incentivando-os a se responsabilizarem por seus atos e a desenvolverem sua capaci-dade de empatia pelo outro. Isso será possibilitado por meio da promoção de eventos focados em psicolo-gia e pedagogia, que serão de comparecimento compulsório aos estudantes. A finalidade será proporcionar consciência emocional e maturidade aos alunos, rompendo o ciclo vicioso de trotes universitários abusivos.

Aula 15

Padrões de belezaAtualmente, as marcas, buscando eliminar a concorrência, estão constantemente investindo em propa-

gandas. Assim, antes eram emitidas só nas televisões, rádios e jornais, hoje, são muito presentes nas redes sociais. Logo, na tentativa de atrair consumidores, as empresas propagam imagens idealizadas que se en-caixam nos padrões de corpos. Dessa maneira, a população, principalmente as mulheres, entram em uma busca constante, para atingir esse estereótipo de perfeição, o que, por não conseguirem, acaba gerando infelicidade e frustração.

Primeiramente, segundo dados da SBCP, em dez anos, no Brasil, ocorreu um aumento de 141% nos pro-cedimentos em jovens de 13 a 18 anos. Isso mostra que as meninas, ao verem corpos considerados ideais pela sociedade, buscam se igualar a eles, se submetendo a cirurgias ainda quando novas. Somado a isso, quando as mulheres não procuram por procedimentos cirúrgicos, muitas acabam criando transtornos ali-mentares, como a bulimia e anorexia. Esses transtornos fazem com que elas vejam suas imagens distorcidas no espelho e, então, acabam fazendo restrições drásticas na alimentação. Portanto, essa busca desenfreada pela perfeição pode acarretar muitos problemas de saúde, tanto ao se submeter a procedimentos quanto ao fazer dietas rígidas.

Entretanto, dificilmente as mulheres conseguem atingir o estereótipo desejado, pois, ao se compararem com os corpos inalcançáveis da mídia, sempre acharão defeitos no seu. Isso é agravado com as redes sociais,

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ambiente em que as pessoas mostram só as melhores fotos e ângulos, e, atualmente, são acessadas a todo o momento. Assim, constantemente são vistas pessoas, aparentemente, perfeitas, o que gera, na sociedade, infelicidade com o real, além da frustração por não conseguir ficar igual.

Portanto, visto que essas propagandas idealizadas geram graves consequências, tanto na saúde mental quanto no corpo, a sociedade deve dar preferência de compra às empresas que fazem publicidade com fotos sem photoshop e com mulheres com corpos fora dos padrões. Assim, as marcas irão aderir mais a esse tipo de imagem, o que aumentará a propagação de corpos que representem, realmente, como maioria das mulheres são. Logo, isso diminuirá o estereótipo de corpo perfeito criado pela sociedade, gerando aceitação das pessoas consigo mesmas.

Aula 16

O que vale o idoso?Na natureza, o indivíduo mais valorizado e respeitado de um determinado grupo animal tende a ser,

também, o mais experiente. Capacidade de liderança, inteligência e experiência são algumas das caracte-rísticas presentes nos animais mais velhos, tornando-os úteis para sua família ou comunidade. Entretanto, na raça humana, há uma cultura de desrespeito e intolerância contra pessoas dotadas de mais idade, cuja representatividade populacional é bastante acentuada no cenário brasileiro, ainda que sejam uma minoria no que tange a direitos, os quais são, na teoria, defendidos pelo Estatuto do Idoso.

Em áreas afastadas de grandes cidades, onde a agricultura familiar representa grande parte da econo-mia, o idoso ainda é demasiadamente respeitado. Isso se deve ao fato de que o conhecimento de trabalho e cultura transmitido por ele é, de certa forma, absorvido por jovens aprendizes, gerando uma relação mútua de reciprocidade e serventia. Por outro lado, quando se trata de regiões metropolitanas, as quais estão submersas em um mundo capitalista que exige de todos o máximo possível de qualificação e aptidão pro-fissional, as pessoas com mais idade são marginalizadas e desvalorizadas pela sociedade, pois dificilmente conseguem produzir tarefas em alto nível. O Estatuto do Idoso deveria trazer direitos como acessibilidade e segurança para todos os idosos, mas não é isso o que acontece nos centros nacionais. A legislação é branda e facilmente violável pelos cidadãos. Assentos preferenciais ocupados por pessoas não autorizadas, filas sendo ignoradas, violência e intolerância fazem parte do cotidiano do velho brasileiro, o qual se encon-tra submisso diante do desrespeito praticado contra uma minoria que, há anos, muito serviu ao Brasil, e, dessa forma, deveria servir-se do Brasil quando atingisse a terceira idade.

A relação entre governantes e idosos tem caráter simples – omissão. Aqueles que deveriam fiscalizar a lei apenas a ignoram. Profissionais que deveriam executá-la permitem que essa sucumba mediante inexistên-cia de apoio popular. E os que deveriam legislar pisoteiam a demanda específica por igualdade. Além disso, a falta de propagandas nas grandes mídias com o objetivo de conscientizar os cidadãos a respeito dos ido-sos é preocupante. É evidente que a situação só será revertida com a disponibilidade de verbas públicas para esse fim, de modo a erradicar qualquer preconceito existente contra a classe anteriormente citada. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a queda da taxa de natalidade no Brasil, motivada pelo ingresso acentuado de mulheres no mercado de trabalho formal, faz com que a perspectiva para a previdência social seja catastrófica. No futuro próximo, o número de aposentados em comparação com o número da população economicamente ativa aumentará drasticamente, reduzindo de forma significativa a riqueza gerada e criando uma demanda de pessoas dependentes desse dinheiro. O quadro apresentado mostra-se insustentável e exige a necessidade de uma reforma na previdência com o intuito de oferecer dignidade para todos aqueles que viverão do estado.

A valorização do idoso, na sociedade, não é, de forma alguma, utópica. Países culturalmente diferentes, como Japão e Suíça possuem, no seu “DNA”, dignidade e respeito por pessoas de idade. Portanto, mesmo com as diferenças culturais, o Brasil não pode massacrar seus anciãos. O Governo Federal, por meio do Poder Executivo, deve financiar campanhas recorrentes nas grandes mídias que tenham o objetivo de implementar, na cabeça do brasileiro, o valor do cidadão mais velho, bem como a necessidade de respeito a todos os seus direitos já previstos por lei, criando uma conscientização geral com potencial para atingir todos os lares brasileiros.

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Aula 17

A indispensável verdadeViver sem ter o real conhecimento da realidade que envolve a vida torna-se um empecilho à tomada de

decisões concretas, o que, embora comum, é extremamente prejudicial ao estabelecimento de cada indiví-duo na sociedade moderna. Logo, a fim de evitar as mazelas causadas pela ilusão, é necessário livrar-se do poder da mídia e, além disso, combater uma fraqueza humana.

Presenciou-se, ao longo da estruturação da sociedade brasileira, um amplo domínio de alguns poucos oligarcas: desde a colonização, com as Capitanias Hereditárias, há “coronéis” a ditar os costumes sociais. No entanto, hoje essa dominação ocorre de modo mais discreto, por meio do poder da mídia, que dita cos-tumes à população, que, por sua vez, parece estar desconectada da realidade. Com isso, apesar dos fatos, muitos se confortam com a ilusão, vendo que o resultado acaba por vir por meio da alienação de milhões de pessoas. Assim, ao chegar o período de eleições, no momento em que o candidato neoliberal disser que seu objetivo é evitar privatizações e batalhar pela diminuição da desigualdade social, muitos irão acreditar, se a mídia assim quiser.

Buscar a verdade, consequentemente, deve partir de si, por meio da superação da acomodação; ao ho-mem, falta coragem para encarar os fatos e, portanto, diante da verdade, lutar pelas necessidades coletivas. No Brasil, formou-se uma classe média que parece contentar-se com a ilusão ao fingir não se importar nem com o amplo domínio oligarca nem com os valores distorcidos da sociedade. Dessa forma, há interesses financeiros cujo objetivo é manter milhões de pessoas em uma “caverna”. Porém, como já afirmava Platão, em “A República”, é necessário livrar-se desse subterfúgio para que, apesar dos incômodos da verdade, reais mudanças sociais possam ocorrer.

Por consequência, a verdade, indubitavelmente, é indispensável à vida em sociedade. No entanto, a ilusão parece estar intrinsecamente conectada ao nosso cotidiano, o que ocorre devido à força da mídia e, também, a uma certa fraqueza humana. A despeito disso, evidencia-se que não importa o quão incômoda for à verdade, deve-se sempre optar por ela.