FACULDADE PARAÍSO

CURSO DE GESTÃO DA QUALIDADE

DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

MAPAS DE RISCO

ESTALEIRO DAS BARCAS S/A

RIO DE JANEIRO

2010

LUIZ FILIPPE L. DO NASCIMENTO

MAPAS DE RISCO

ESTALEIRO DAS BARCAS S/A

Mapas de Risco apresentado à disciplina de Higiene e Segurança do Trabalho do Curso de Gestão da Qualidade – Habilitação em Tecnólogo em Gestão da Qualidade, Professora: Renata

RIO DE JANEIRO

2010

1 INTRODUÇÃO

Mapa de Risco é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores

de uma empresa. É identificado através de estudos para determinar situações

e áreas de risco que podem causar acidentes provenientes de fatores

químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos (acidente).

Cada fator é representado por uma cor: Vermelho, verde, marrom, amarelo e

azul, respectivamente.

Em 20 de agosto de 1992 o Diário Oficial da União de implantou através da

portaria do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador a

obrigatoriedade da elaboração de mapas de riscos nas empresas.

É feito um arranjo de vista superior (planta baixa) da área estudada e o mesmo

é posto em um local de fácil visualização às pessoas que trabalham naquele

lugar. Neste arranjo os pontos de risco são simbolizados por círculos de cores

diferentes e tamanhos variados conforme a intensidade: pequeno (Ø2,5mm),

médio (5mm) ou grande (10mm),

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) em conjunto com a

Segurança do Trabalho é a responsável pela elaboração dos mapas de risco

da empresa.

2 TIPOS DE RISCO 2.1 – Risco químico

Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma

sólida, líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases,

vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos químicos em geral.

2.2 – Risco físico

São considerados riscos físicos: ruídos, calor, vibrações, pressões anormais,

radiações e umidade.

Segue abaixo a tabela de ruídos e a exposição diária permissível:

Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível 85

8 horas 86

7 horas 87

6 horas 88

5 horas 89

4 horas e 30 minutos 90

4 horas 91

3 horas e 30 minutos 92

3 horas 93

2 horas e 40 minutos 94

2 horas e 40 minutos 95

2 horas 96

1 hora e 45 minutos 98

1 hora e 15 minutos 100

1 hora

2.3 – Risco biológico

São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.

Para que essa doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

2.4 – Risco ergonômico

São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso,

postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse,

trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e

repetitividade, imposição de rotina intensa.

2.5 – Risco mecânico

São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico

deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas;

ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos;

armazenamento inadequado.

3 OBJETIVOS

Análise dos mapas de risco utilizados no estaleiro de manutenção das

embarcações de uma empresa de transporte aquaviário de passageiros Para

realização deste trabalho foi estudado os setores de almoxarifado, Oficina

Elétrica e Paiol de tintas do estaleiro e elaborado mapas de risco conforme

experiência adquirida no curso.

4 REVISÃO DA LITERATURA

Foi utilizado como método de pesquisa o site de estudos e pesquisas da Unesp

http://www.btu.unesp.br, a biblioteca vitual “Mapas de risco e sua importância”

da Abepro http://www.abepro.org.br/, a matéria adquirida em sala de aula, além

da análise Técnica realizada diretamente nas dependências da manutenção no

Estaleiro.

5 MAPAS DE RISCO

5.1 Oficina Elétrica

Na oficina elétrica há grande risco de acidente por choque elétrico

devido ao manuseio de peças e equipamentos que trabalham com energia

elétrica, ela possui alguns motores que devem ser carregados somente com o

auxílio de máquinas e equipamentos para transporte devido ao peso, possui

um tanque com líquido ácido e bactérias reagentes para descarbonização e

limpeza de peças, há também um mini escritório para arquivamento de

manuais e uso do encarregado, e uma furadeira industrial e exaustores que

emitem ruídos acima de 88 db (nível de tolerância auditiva máx: 5 horas/dia).

5.2 Almoxarifado

No almoxarifado existe alto risco ergonômico devido ao manuseio das

peças e equipamentos pesados, além do risco de postura inadequada na sala

de documentação. Há risco de acidente se alguns tipos de peças forem

armazenadas em locais inadequados nas prateleiras, também há o acúmulo de

poeira, devendo ser executada limpeza constantemente nas prateleiras e no

piso.

5.3 Paiol de tintas

No paiol de tintas é onde ficam armazenados todo o material químico

relacionado à pintura, como tintas, solventes e componentes, ele deve estar

localizado em uma área distante dos trabalhadores devido ao alto grau de

incêndio, pois os materiais químicos são sensíveis ao fogo (inflamáveis). Há

concentração de gases, e risco ergonômico para o carregamento dos baldes e

caixas de tintas. Os funcionários não trabalham full time no paiol, só quando

solicitados.

6 CONCLUSÃO

Os Mapas de Risco de uma empresa são uma das melhores formas de

se prevenir contra um acidente, pois ele mostra de uma forma simplificade e de

fácil visualização o tipo de risco que o funcionário corre dentro de determinado

ambiente, bem como o seu grau de periculosidade. E também faz com que o

funcionário tenha um mapeamento consciente dos perigos demonstrados

graficamente, reduzindo assim o número de acidentes no seu ambiente de

trabalho. Para o empregador faz com que haja uma preocupação maior em

determinados pontos de forma a evitar que ocorra uma paralização ou queda

da produção, prejudicando a performance da empresa, devido à ocorrência de

acidentes.