manual3 negociocerto

01

Etapas para o Programa de Auto Atendimento Negócio Certo SEBRAE

O Programa de Auto Atendimento Negócio Certo SEBRAE foi criado

para ajudar você a tomar decisões sobre a criação e desenvolvi-

mento de novos negócios. Conheça, então, as etapas deste

Programa:

Bem-vindo!É um prazer ter você participando da Etapa 3 do Programa de Auto

Atendimento Negócio Certo, concebido pelo SEBRAE com o

objetivo de ajudá-lo a formalizar seu negócio!

Se você está na etapa 3, significa dizer que você pretende registrar

seu negócio.

Então, leia com atenção este manual, pois nele você encontrará

todas as orientações que irão lhe auxiliar na escolha da forma

jurídica adequada para realizar a abertura da sua empresa, além

de fornecer o passo a passo de como registrá-la nas esferas

municipal, estadual e federal.

Para isso você contará, também, com o apoio do SEBRAE mais

próximo de sua casa. O SEBRAE se coloca como um agente

facilitador do processo de registro passando todas as informa-

ções e orientações necessárias e poderá facilitar o seu contato

com contadores, os quais farão todo o encaminhamento e

acompanhamento das solicitações de registro dos clientes.

Porém, você mesmo pode realizar o processo de registro, caso

opte por não recorrer aos serviços intermediados pelo SEBRAE.

Desejamos que, mais uma vez, o SEBRAE possa sempre lhe

auxiliar!

1 Introdução

Desde a sua criação, o SEBRAE se dedica às micro e pequenas

empresas fornecendo informações atualizadas, educação e

orientação empresarial. A experiência adquirida ao longo destes

anos no apoio aos empresários demonstra que, para obter

sucesso nos negócios, é fundamental planejar cada passo. A

legalização da empresa é um dos muitos desafios enfrentados

pelos que iniciam um novo negócio. É preciso ter clareza das

atividades que serão realizadas, possibilitando identificar a

natureza jurídica adequada, assim como os impostos que você

deverá pagar sobre o negócio.

A legislação exige atenção e informação atualizada, ao percorrer

os diversos órgãos públicos para a apresentação de documentos e

obtenção de licenças. As dificuldades crescem com as exigências

burocráticas.

Programa de Autoatendimento

Etapa 0

Acesso ao Programa.

Etapa 1

Gerando idéias de negócios.

Etapa 2

Verificando a viabilidade do negócio.

Etapa 3

Formalizando o negócio.

Etapa 4

Organizando e administrando o

negócio.

Etapa 5

Relacionando o negócio com

o mercado.

Negócio Certo SEBRAE - Manual 3 - Formalizando o Negócio

02

Então, para começarmos a responder a questão: “Como formalizar

meu negócio?”, vamos lhe contar um caso ilustrativo de como

Vivaldo e Alecrim abriram a Boa Brisa Indústria de Refrigerantes

Ltda; e de como enfrentaram a burocracia e venceram a descon-

fiança inicial dos seus consumidores. Vamos lá?

Nossos personagens Vivaldo e Alecrim, que conseguiram montar

uma pequena fábrica de refrigerantes, enfrentaram a tarefa de

registrar a empresa e deram os primeiros passos na administra-

ção de seu negócio.

Você observará que, a pesquisa de mercado bem feita e o plano de

negócio bem elaborado pelos sócios da empresa Boa Brisa,

ofereceram preciosas informações para o planejamento da

distribuidora que pretendiam abrir.

Eles tinham um negócio com objetivos bem definidos, uma

clientela diversificada e haviam feito cálculos minuciosos e

consistentes. Acreditavam que tudo estava previsto e tomaram a

decisão:

A empresa que deu certo

CENA 1: Decisão de abrir o negócio

Ao tomar a decisão de montar o seu próprio negócio, não imagina-

vam a quantidade de obstáculos que ainda teriam de vencer.

Ocupados com alguns detalhes que não consideravam bem

resolvidos, especialmente com a obtenção do que faltava para

completar o capital necessário para tocar a empresa, Vivaldo e

Voltaram ao mercado, fizeram consultas no próprio SEBRAE,

inclusive junto ao Conselho Regional de Contabilidade, seleciona-

ram as indicações e convocaram quatro contadores para

entrevistas. Escolheram um e tiveram com ele uma longa

conversa. Mostraram seu plano de negócio, discutiram as contas

que haviam feito, ouviram atentamente conselhos e decidiram

que poderiam confiar no profissional.

Você também pode consultar o SEBRAE para saber se existe algum

convênio com contadores, para tirarem todas as dúvidas sobre a

formalização do seu negócio.

CENA 2: Como escolher o contador

Alecrim resolveram contratar um contador, que pudesse registrar

a firma e a acompanhasse daí por diante. Isso evitaria que eles

próprios tivessem que enfrentar a burocracia.

Seguindo a sua orientação, vamos

optar por uma sociedade empresária,

na qual a responsabilidade dos sócios

por todas as ações da empresa é

limitada ao valor percentual das

cotas que cada sócio possui.


Com a ajuda do contador, discutiram e formalizaram o contrato

social, fixando o capital social (patrimônio da empresa, formado

pelo capital colocado por cada um dos sócios) e estabelecendo

Isso, Alecrim!

Estamos prontos para

abrir nosso negócio!

03

que Vivaldo ficaria com 55 % e Alecrim com 45 % das cotas, que

foram integralizadas no ato.

Enquanto acertavam a compra e a instalação das máquinas e

equipamentos, o contador partiu para o registro da empresa. Na

Junta Comercial foi tudo bem. O registro levou 30 dias, ao todo. No

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial - onde

resolveram registrar a marca, para não ter problemas quando

lançassem seus produtos no mercado, as coisas andaram bem.

A partir daí, começaram os verdadeiros problemas. Apesar de

Alecrim ser químico, o Ministério da Saúde recusou o registro da

Boa Brisa. Exigiu certificado de um laboratório de testes com a

análise dos produtos para poder registrá-los.

Hum... Alecrim e Vivaldo haviam chegado a um impasse. Montar o

laboratório exigiria muito mais dinheiro do que o necessário para

montar a empresa. Também era inviável mandar analisar os

produtos em outro Estado. A disposição inicial esfriou e discutiram

até como desistir do negócio àquela altura dos acontecimentos,

com os pedidos de registro já em andamento. Seria um fracasso

desistir antes mesmo de começar.

Porém... A seguinte informação tirou-os do buraco:

CENA 3: Exigências legais podem atrasar ou inviabilizar o seu negócio

A instalação da pequena fábrica na garagem também enfrentou

problemas, especialmente com os tanques de processamento e o

sistema de envase. Algumas máquinas foram adaptadas, graças

à habilidade de Alecrim.

Mas o pior ainda estava por vir. As garrafas e os copos, embala-

gens plásticas mais específicas, além de caros, tinham de ser

encomendados em grande quantidade, por tipo de produto.

Tentaram fazer a compra no Rio de Janeiro, mas o fornecedor

exigiu uma entrada de 50 % e o restante na entrega, 35 dias

depois. Isso porque a Boa Brisa não tinha experiência de crédito e

nem cadastro. Foram obrigados a recorrer a parentes para

conseguir o dinheiro.

Para começar os testes de produção, também enfrentaram

problemas. Alecrim, apesar de habilidoso, não tinha jeito para

supervisionar. Era preciso contratar um encarregado de produção.

CENA 4: É preciso tempo, dinheiro e paciência, para vencer os obstáculos

Desta forma, Alecrim e Vivaldo foram à Universidade e descobri-

ram que o preço era mais do que razoável. Estava resolvido o

problema. Com o ânimo renovado e disposição, embora tivessem

perdido dois meses nesse vaivém, seguiram em frente.


Puxa, e agora? Não temos este

tipo de laboratório nesta cidade.

04

Nos primeiros testes, verificaram que a previsão de produção de

100 mil copos ou 60 mil garrafas, por mês, estava superestimada.

Só podiam produzir 50 mil copos ou 30 mil garrafas o que só não

foi um grande desastre, porque eles haviam decidido trabalhar

com a metade da capacidade de produção estimada.

Desde o momento da idéia de abrir a pequena fábrica, já havia se

passado um ano. Felizmente, ambos haviam mantido seus

empregos e não dependiam da Boa Brisa para sobreviver. Mas,

estava difícil conciliar as coisas.

CENA 5: Esteja preparado para convencer os seus consumidores de que o seu produto é realmente bom

feitos e juntando o certificado fornecido pelo Núcleo de Tecnologia.

Fizeram degustações em mercados, escolas, centros comerciais e

distribuíram amostras gratuitas. Venceram a resistência inicial.

Mas passaram 6 meses de aperto, com sérios desequilíbrios de

caixa.

Tiveram de reduzir gastos pessoais, pois continuava impossível

retirar dinheiro da empresa.

Bem, nossos amigos Vivaldo e Alecrim haviam descoberto que

não se fica rico com um negócio, assim, da noite para o dia. A

expectativa de uma súbita melhora no nível de vida era puro

sonho.

Mas, você tem o Programa Auto Atendimento Negócio Certo

SEBRAE! Assim, terá muitas informações que lhe ajudarão neste

caminho. Vamos lá?Encaminhada a produção, começaram a enfrentar problemas

sérios de caixa, pois: dos 50 mil copos produzidos, só conseguiram

vender 35 mil e, assim mesmo, dando 21 e 35 dias de prazo. Os

grandes compradores, distribuidoras, bares, padarias e lanchone-

tes, não pagavam à vista.

Enfrentavam, também uma rejeição natural dos consumidores

que não conheciam o produto e desconfiaram dos preços mais

baixos do que os da concorrência e outros refrigerantes tradiciona-

is.

A rejeição inicial foi vencida com uma boa iniciativa de Marketing

(métodos e maneiras de entrar no mercado). Prepararam folhetos

com as especificações dos produtos, informando como eram

Você pode escolher formalizar seu negócio de duas formas:

solicitar ajuda de um contador de sua confiança ou pedir a ajuda

do SEBRAE. Caso tenha esta decisão, basta ir até o SEBRAE mais

próxima de sua casa. Lá, você receberá todas as orientações para

o processo de registro.

O fluxo para o processo de registro de empresas, estabelecido

mediante parceria do SEBRAE com o CRC/SESCON/SINDICONT -

Conselho Regional de Contabilidade/Sindicato das Empresas de

Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e

Pesquisas/Sindicatos dos Contabilistas, é apresentado na figura

a seguir:


Puxa, Vivaldo, pensei que as

coisas fossem mais fáceis!

Nada, Alecrim!

Não se fica rico assim, não.

Mas vamos chegar lá!

Ih! Não temos este

profissional em nossa

cidade, Vivaldo...

05

Para obter orientações sobre: o conteúdo deste manual; processo

de registro e orientações de contadores credenciados SEBRAE,

você deverá ligar para o 0800 que se encontra na contracapa

deste manual.

Formas jurídicas de empresas

exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou

artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaborado-

res, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da

empresa.

Cabe destacar, que o empresário é responsável, com seus bens

pessoais, pelos atos da empresa, de forma ilimitada.

2) Sociedade Empresária Limitada

Esta forma jurídica é voltada para quem exerce profissionalmente

atividade econômica organizada para a produção ou circulação de

bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. Dessa

forma, podemos dizer que "sociedade empresária" é a reunião de

dois ou mais empresários, para a exploração, em conjunto, de

atividades econômicas.

É o tipo de sociedade mais comum adotada pelas pequenas

empresas. Conta com responsabilidade limitada dos sócios,

restrita ao valor de suas quotas.

3) Sociedade Simples

É a sociedade constituída por pessoas que exercem profissão

intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo se

contar com auxiliares ou colaboradores; e se obriguem a contribuir

com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e

partilha, entre si, dos resultados.

As Sociedades Simples, reguladas pelo Código Civil, não podem

praticar atos de comércio.

Contadores vinculadosao

CRC/SESCON/SINDICONT

Instituições responsáveis pelos

registros

A seguir, você terá orientações passo a passo para o registro da

empresa. É importante que você leia tudo com muita atenção,

principalmente se resolver registrar sua empresa sem o apoio do

SEBRAE.

Antes de ler as orientações, é imoprtante que você reflita sober

duas questões:

1. Quem sou?

2. Que tipo de empresa vou abrir?


Se você pretende atuar sozinho no mercado, ou seja, se não terá

sócios na empresa, deverá se enquadrar na categoria "Empresá-

rio". Isso vale tanto para quem vai vender flores quanto para

quem deseja abrir uma papelaria. Porém, se você pretende ter um

ou mais sócios, vai precisar registrar sua empresa como

"Sociedade Empresária" ou "Sociedade Simples".

As formas jurídicas mais utilizadas nos pequenos negócios:

1) Empresário

Esta forma jurídica é voltada a quem exerce profissionalmente

atividade econômica, organizada para a produção ou a circulação

de bens ou de serviços. Não se considera empresário quem

06

NOVIDADE

Com o objetivo de incentivar a saída da informalidade e

estimular o empreendedorismo, o governo criou condições

especiais para que o trabalhador conhecido como informal,

possa se tornar um Microempreendedor Individual (MEI),pela

Lei complementar nº 128, de 19/12/2008.

Importante: Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha

por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.

Observe algumas exigências para a caracterização de um

Microempreendedor Individual:

- Receita anual bruta de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais);

- Ter apenas um empregado que receba, no máximo, um salário

mínimo federal ou o piso salarial da categoria profissional;

- Possuir somente um estabelecimento;

- Não participar de outra empresa como titular, sócio ou

administrador

- Exercer atividades de comércio, indústria em geral e prestação

serviços de natureza não-intelectual/sem regulamentação legal.

A relação das atividades poderá ser consultada no portal do

empreendedor www.portaldoempreendedor.gov.br

Observe agora as vantagens oferecidas pela lei do Microem-

preendedor Individual:

- Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que

facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de emprésti-

mos e a emissão de notas fiscais;

- Redução da considerável da carga tributária;

- Controles simplificados e assessoria gratuita para o registro

da empresa e a primeira declaração anual simplificada pelas

empresas de Contabilidade optantes do SIMPLES;

- Cobertura Previdenciária para o Empreendedor e sua família

(auxílio-doença, aposentadoria por idade após carência,

salário-maternidade, pensão e auxílio reclusão);

- Isenção de taxa do registro da empresa e concessão de alvará

para funcionamento.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas - (Lei Complemen-

tar n. 123 de 14 de dezembro de 2006).

A Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas trouxe grandes

avanços no que concerne à desburocratização no registro de

abertura, alterações e fechamento para as pequenas e médias

empresas.

Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno

porte, a sociedade empresária, a sociedade simples e o

empresário individual devidamente registrado na Junta

Comercial do Estado ou no Cartório de Registro das Pessoas

Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - Microempresas: obtenha receita bruta igual ou inferior a R$

240.000,00, por ano calendário;

II - Empresas de pequeno porte: obtenha receita bruta superior

a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00, por ano

calendário.

De acordo com a Lei Geral, as 3 esferas de governo (Municipal,

Estadual e Federal) deverão considerar a unicidade para registrar

a empresa. Isso permitirá a sincronização de cadastro, ou seja, o

empreendedor dá entrada dos papéis em um único órgão, e os

papéis correm para outros órgãos e entidades nas 3 esferas,

ficando o empreendedor dispensado de ir a diversos lugares e

apresentar os mesmos documentos. Integra e compatibiliza

procedimentos, evita duplicidade de exigências e garante a

linearidade do processo. Destaca-se, ainda, que os órgãos irão

manter várias informa-ções na internet facilitando pesquisas e

consultas dos empreendedores, antes da abertura do negócio.

As pesquisas e consultas prévias para a constituição da sua

empresa deverão bastar a que o usuário seja informado pelos

órgãos e entidades competentes:

CONCEITO DE MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS

CADASTRO SINCRONIZADO

Antes de você conhecer os passos de legalização de uma empresa,

é importante ler com atenção o texto a seguir. Vamos a ele!

IMPORTANTE

06

I - Da descrição oficial do endereço de seu interesse e da

possibilidade de exercício da atividade desejada no local

escolhido; (Consulta de Viabilidade).

II - De todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de

licenças de autorização de funcionamento, segundo a atividade

pretendida, o porte, o grau de risco e a localização; (Licença de

Funcionamento).

III - Da possibilidade de uso do nome empresarial de seu

interesse (Busca de Nome).

Um grande avanço da Lei Geral, foi que tão logo o estabeleci-

mento consiga o registro, imediatamente os Municípios

fornecerão um alvará de funcionamento provisório para dar

início às atividades das MEs - Micro Empresas ou EPPs -

Empresas de Pequeno Porte, e, de novo, termina a atual

dificuldade que o empresariado encontra em abrir o negócio,

assumir todos os custos para a manutenção do empreendi-

mento e, durante vários meses aguardar a obtenção da última

licença, ficando, até então, impedido de iniciar suas atividades.

Pelas novas regras, se o negócio representar baixo grau de

risco, poderá ser aberto, vender, comprar, servir, produzir e

durante os seus seis primeiros meses será vistoriado, sem

necessidade de vistoria prévia.

ALVARÁ PROVISÓRIO


Fique ligado!

A abertura de uma empresa não requer apenas técnica e

capital. Há todo um trâmite legal a ser seguido. Ele se refere à

parte burocrática, necessária para a abertura formal do

empreendimento.

Você necessitará do acompanhamento de um contador para

lhe orientar e providenciar a documentação necessária.

todos os órgãos a serem percorridos, para a LEGALIZAÇÃO DE

EMPRESAS.

Bem, de agora em diante iremos listar, um PASSO A PASSO com

Local: SEBRAE

O primeiro passo é ir ao SEBRAE mais próximo de sua casa. Lá

você receberá informações sobre os princípios básicos, para

quem pretende montar uma empresa, e receberá orientações

quanto aos órgãos envolvidos no processo de legalização dela,

bem como tributos e benefícios tributários. Na página 11 deste

manual você encontrará o contato (telefone e endereço) de todos

os SEBRAE.

Passo 2 - Consulta prévia do local

Local: Prefeitura Municipal

Vá até a prefeitura do município onde você pretende estabelecer a

sua empresa, e verifique a possibilidade dela funcionar no

endereço pretendido. Para conhecer a legislação local, bem como

os formulários exigidos, consulte a Prefeitura ou busque

orientação no SEBRAE mais próximo.

Passo 1 - Orientação empresarial

Dependendo do tipo de atividade da empresa, o registro será

feito na:

1. Junta Comercial (Empresário e Sociedade Empresária) ou no

2. Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas - RCPJ

(Sociedade Simples).

Nesta etapa você verifica a existência de nome idêntico ao

escolhido para o registro da empresa. Se o nome já existe, você

terá de escolher outro. Sendo registro de Empresário, o nome é do

Passo 3 - Busca prévia do nome da empresa

08

próprio titular, acompanhado da especificação da atividade, é

aconselhável realizar a Busca Prévia no caso de pessoas que

tenham a possibilidade de nome idêntico ao de outras.


O Cadastro Sincronizado Nacional é a integração dos procedimentos

cadastrais de pessoas jurídicas e demais entidades no âmbito das

Administrações Tributárias da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, bem como de outros órgãos e entidades

que fazem parte do processo de registro e legalização de negócios no

Brasil.

O cadastro sincronizado previsto na Lei Geral das Micro e

Pequenas Empresas, tem como objetivo a simplificação da

burocracia nos procedimentos de aberturas de empresas:

- Registro do Contrato Social ou Requerimento do Empresário

- CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica)

- Inscrição Estadual

- Inscrição Municipal

4.1 - Registro do Contrato Social ou Requerimento do Empresário

O Contrato Social ou Requerimento do empresário, em linhas

gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o funciona-

mento e a liquidação da empresa.

4.2 - Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ

O CNPJ é o cadastro administrado pela Secretária da Receita

Federal que registra as informações cadastrais das pessoas

jurídicas e de algumas entidades não caracterizadas como tais.

4.3 - Inscrição Estadual

A empresa que tem atividade de Circulação de Mercadorias deve

solicitar sua inclusão no Cadastro de Contribuintes do Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS obtendo, assim,

sua Inscrição Estadual.

Passo 4 - Cadastro Sincronizado Nacional

4.4 - Inscrição Municipal e Alvará de licença para estabelecimen-

to

O Alvará é uma licença concedida pela Prefeitura, permitindo a

localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais,

industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de

sociedades, instituições, e associações de qualquer natureza,

vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas.

Os prestadores de serviços estão obrigados a efetuar a inscrição

no cadastro de contribuintes do Município, obtendo sua Inscrição

Municipal. A inscrição municipal é feita automaticamente, junto

com a obtenção do alvará.

As prefeituras poderão conceder um alvará de funcionamento

provisório para a empresa dar início às atividades, antes da

obtenção de uma Licença de Funcionamento (Passo 5).

Importante

Dependendo da atividade da empresa e o grau de risco, elas

deverão atender os requisitos de segurança sanitária, metrologia,

controle ambiental e prevenção contra incêndios.

Passo 5 - Licenças de Funcionamento

- Empresas em geral necessitam da licença do corpo de

bombeiros;

- Uma padaria ou mercearia tem que obter o alvará sanitário;

- Uma lavanderia ou lavação de veículos tem que obter licença

ambiental junto a Fundação do Meio Ambiente - FATMA;

- Comércio atacadista de medicamentos ou perfumaria

necessita da autorização da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária - ANVISA.

Veja, na ilustração a seguir, todo o caminho que você deve

percorrer!

Exemoplos

09


ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO

CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL

BUSCA PRÉVIA DO NOME DA EMPRESA

CONSULTA PRÉVIADO LOCAL

PrefeituraMunicipal

10


Importante:

Além dos procedimentos básicos para constituição da empresa,

dependendo do seu ramo de atividade, pode surgir a necessidade

de serem cumpridos alguns procedimentos específicos, tais

como a obrigação de providenciar outros "alvarás", "licenças",

"registros", "inspeções", "livros" ou "documentos" em diversos

órgãos como secretarias, departamentos, delegacias, institutos

etc.

Para que não haja prejuízos ou problemas deve-se, antes de

alugar ou comprar um imóvel, ou realizar qualquer registro de

documento de uma nova empresa, verificar na Prefeitura

Municipal se não existe alguma restrição para o exercício da

atividade no imóvel ou na localidade onde será instalada a

empresa. Na documentação de direito ao uso do local, promessa

de compra e venda ou escritura, deverá, também, constar a

Na hora de legalizar o seu negócio,você pode recorrer ao SEBRAE

mais próximo de sua casa e receber orientações sobre os passos

aqui descritos.

Veja a seguir os endereços e telefones das Centrais de Relaciona-

mento SEBRAE no Brasil.

Obtendo ajuda

autenticação do Registro Geral de Imóveis RGI.

É aconselhável fazer uma consulta à Secretaria da Receita

Federal sobre o CPF dos sócios, para verificar a existência de

impedimentos em função de pendências na Receita Federal,

acarretando a não-inscrição no CNPJ paralisando, assim, a

legalização.

Endereço da Central de Relacionamento

AC - Rio Branco

AM - Manaus

AP - Macapá

PA - Belém

RO - Porto Velho

RR - Boa Vista

BA - Salvador

CE - Fortaleza

MA - São Luís

PI - Teresina

PB, AL, SE e PE - Recife

TO - Palmas

UF - Cidade

Rua Rio Grande do Sul, 109 - Centro - Rio Branco, ACCEP: 69.903-420

Rua Leonardo Malcher, 924 Centro - Manaus - AMCEP: 69010-170

Av. Ernestino Borges, 740 - Laguinho - Macapá, APCEP: 68908-010

Rua Municipalidade, 1461 - Umarizal - Belém, PACEP: 66050-350

Av. Campos Sales, 3421 - Olaria - Porto Velho, ROCEP: 78902-080

Av. Major Williams, 680 - São Pedro - Boa Vista, RRCEP: 69301-110

Trav. Horácio César, 64 - Largo dos Aflitos - CEP: 40060-350

Salvador, BA

Av. Monsenhor Tabosa, 777 - Praia de Iracema - Fortaleza, CECEP: 60150-010

Av. Professor Carlos Cunha, s/n - Jaracaty - São Luís, MACEP: 65076-820

CDN - Centro de Desenvolvimento de NegóciosAvenida João XXIII, 3480 - Sala 03 - São Cristóvão - Teresina, PICEP: 64045-000 Pessoas de contato: Paulo ou Iri

Rua Tabaiares, 360 - Ilha do Retiro - Recife, PECEP: 50750-230

102 Norte, Av. LO-4, Lote 01 - Plano Diretor Norte - Palmas, TOCEP: 77006-006

Telefone

68 3216 2100

95 2121 8000

71 3320 4300

85 3255 6600

85 3255 6600

92 2121 4900

96 3312 2801FAX: 96 3312 2845

91 3181 9000 FAX: 91 3181 9019

69 3217 3800 FAX: 69 3217 3824

63 3219 3325 FAX: 63 3219-3310

81 2101 8400 FAX: 81 3219 3310

98 3216 6166FAX: 98 3216 6120

11


RN - Natal

DF - Brasília

MT - Cuiabá

RJ - Rio de Janeiro

PR - Curitiba

RS - Porto Alegre

SC - Florianópolis

SP - São Paulo

ES - Vitória

MG - Belo Horizonte

GO - Goiânia

MS - Campo Grande

Av. Lima e Silva, 76 - Lagoa Nova - Natal, RN CEP: 59075-970

Caixa Postal: 1311

SIA - Trecho 03 - Lote 1.580 - Guará - Brasília, DFCEP: 71200-030

Av. Historiador Rubens de Mendonça - 3999 - CPA Cuiabá, MTCEP: 78050-904

Rua Santa Luzia, 685 - 6º andar Castelo - Rio de Janeiro, RJCEP: 20030-041

Rua Caete, 150 - Prado Velho - Curitiba,PRCEP: 80220300

Rua Sete de Setembro, 555 - Porto Alegre, RS CEP: 90010-190

Rua Vergueiro, 1117 - Paraíso - São Paulo, SP CEP: 01504-001

Av. Jerônimo Monteiro, 935 - Ed. Sebrae - Centro - Vitória, ES CEP: 29010-003

Av. Barbacena, 288 - 6º andar - Barro Preto - Belo Horizonte, MGCEP: 30190-130

Av. T-3 nº 1000 - Setor Bueno - Goiânia, GOCEP: 74210-240

Av. Mato Grosso, 1661 - Centro - Campo Grande, MSCEP: 79002-950

84 3616 7900FAX: 84 3616 7916

61 3362 1700FAX: 61 3361 2996

65 3648 1222FAX: 65 3648 1289

21 2212 7744 FAX: 21 2212 7774

41 3330 5800FAX: 41 3330 5861

51 3216 5006

48 3225 8371

11 3177 4500

0800 399 192

62 3250 2000

67 3389 5511

Rua Antônio Dib Mussi, 436 - Centro - Florianópolis, SC CEP: 88015-110

12

Referências

BRASIL. Código civil: lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 54.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 2032 p. (Legislação Brasileira)

BRASIL. Código civil: lei nº 3.071, de 01 de janeiro de 1916. 53.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 1994 p. (Legislação Brasileira)

LEGISLAÇÃO BÁSICA DO REGISTRO DE EMPRESAS MERCANTIS. Disponível em: <http://www.jucesc.sc.gov.br/servicos.html>. Acesso em:

10 de setembro de 2004.

LEGISLAÇÃO BÁSICA DO REGISTRO DE EMPRESAS MERCANTIS. Disponível em: <http://www.jucesc.sc.gov.br/servicos.html>. Acesso em:

10 de setembro de 2004.

ORIENTAÇÕES E MODELOS. Disponível em: <http://www.dnrc.gov.br/>. Acesso em: 09 de setembro de 2004.

LEI nº 6.015/73 - Lei dos Registros Públicos. Disponível em:< http://www.sef.sc.gov.br>. Acesso em: 09 de setembro de 2004.


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