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Novo Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa

ExpEdiEntE Presidente e editor Italo Amadio diretora editorial Katia F. Amadio editor(a) assistente Ana Carolina G. de Almeida Antonio Carlos Vilela redao Andrea Marques Camargo Rafael Varela reviso Clia Aparecida da Silva Projeto Grfico e diaGramao Sergio A. Pereira Produo Grfica Hlio Ramos imPresso Leograf Grfica e Editora Ltda.

dados internacionais de Catalogao na publicao (Cip) (Cmara Brasileira do Livro, Sp, Brasil) Novo acordo ortogrfico da lngua portuguesa / Equipe Rideel. -- So Paulo : Rideel, 2009. ISBN 978-85-339-1191-8 1. Portugus Ortografia 0901579 I. Equipe Rideel. CDD469.152 ndice para catlogo sistemtico: 1. Ortografia : Portugus : Lingustica 469.152

Copyright - Todos os direitos reservados

Av. Casa Verde, 455 Casa Verde CEP 02519-000 So Paulo SP e-mail: [email protected] www.rideel.com.br Proibida qualquer reproduo, seja mecnica ou eletrnica, total ou parcial, sem prvia permisso por escrito do editor. 35798642 0809

A

SumrioA Lngua Portuguesa ................................................................................................. 04 A histria dos acordos............................................................................................... 07 Linha do tempo ........................................................................................................ 08 Abrangncia ............................................................................................................. 10 Por que foi concebido esse Acordo?.......................................................................... 12 Como ser implementado o Acordo? ........................................................................ 14 Vocabulrio Ortogrco da Lngua Portuguesa .......................................................... 15 Introduo ao Acordo Ortogrco ............................................................................ 17 Guia prtico da Nova Ortograa ............................................................................... 18 possvel unicar a Lngua Portuguesa?.................................................................... 26 Exemplos de palavras com a nova graa ................................................................... 28

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A Lngua PortuguesaA histria da Lngua Portuguesa acompanha sua estrutura e importncia, pois se trata de uma lngua extremamente rica e abrangente. Explicar o porqu de tanta riqueza tarefa rdua, mas no menos fascinante, pois so sculos de histria, conquistas e mudanas. Presente em quatro continentes Europa, sia, frica e Amrica , a lngua portuguesa teve sua origem em uma regio conhecida como Lcio, regio central da Itlia, onde se falava um idioma que no mais vive, mas que deixou belas heranas, entre elas, o portugus. Estamos falando do Latim, lngua do Imprio Romano, que era dividida em duas categorias ou formas: o latim vulgar (sermo vulgaris, rusticus, plebius) e o latim clssico (sermo litterarius, eruditus, urbanus). O primeiro era falado apenas no dia a dia, geralmente pelos analfabetos, militares, escravos etc.; o segundo, falado e escrito por poetas, lsofos, grandes pensadores. Ao trmino das guerras, os romanos impunham aos vencidos o latim vulgar, e, por causa de grandes variaes, cada povo acrescentava-lhe, a partir dos seus dialetos locais, mais particularidades, da o surgimento das diferenas entre as diversas lnguas chamadas neolatinas ou romnicas. A Lngua Portuguesa, em especial, teve seu desenvolvimento na costa oeste da pennsula Ibrica, regio em que hoje esto Portugal e Galcia. Com a invaso romana em 218 a.C at o sculo IX, falava-se o romance, que era uma variao do latim. Quando os povos de origem germnica se instalaram na pennsula Ibrica, por volta de 409 a 711 d.C., muitas foram as transformaes e inuncias das lnguas germnicas, havendo uma ruptura na uniformidade lingustica e a captao de vocbulos que hoje so usados na moderna lngua portuguesa, como, por exemplo, roubar, guerrear e branco. As inuncias no pararam por a. Com a invaso moura, em 711 d.C., adotou-se o rabe como lngua ocial, e as contribuies desse perodo foram palavras como arroz, alface, alicate e refm, entre outras. A ocupao muulmana na pennsula Ibrica nunca foi aceita, motivo pelo qual os povos locais, cristos, se rebelaram, dando origem ao movimento de Reconquista, que, assim como as Cruzadas, seminal no surgimento da nao que, pela mo de D. Afonso Henriques, lho de Henrique de Borgonha, Conde de Portucale, e dona Teresa de Leo, torna-se independente em 1143. Os primeiros documentos ociais surgem em galego-portugus, assim como os primeiros textos literrios, a exemplo da Cantiga da Ribeirinha, de 1198, de Paio Soares de Taveirs, uma aluso amada de Dom Sancho I, dona Maria Pais Ribeiro, conhecida como Ribeirinha.

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AVejamos:No mundo non me sei parelha, Mentre me for como me vai, C j moiro por vs, e - ai! Mia senhor branca e vermelha. Quando vos eu vi em saia! Mau dia me levantei, Que vos enton non vi fea! E, mia senhor, desdaqueldi, ai! Me foi a mi mui mal, E vs, lha de don Paai Moniz, e bem vos semelha Dhaver eu por vs guarvaia, Pois eu, mia senhor, dalfaia Nunca de vs houve nem hei Valia dua correa.Crdito: Banco Nacional Ultramarino, Portugal.

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Queredes que vos retraia

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O portugus modernoA separao do galego e do portugus se d um pouco antes da expanso ultramarina dos sculos XIV e XVI, expanso essa que leva o portugus, agora lngua independente, aos continentes Americano, Africano e Asitico. Na obra Os Lusadas, de Lus Vaz de Cames (1572), podemos perceber traos muito semelhantes aos do portugus moderno. Surgem as primeiras gramticas que tratam da sintaxe1 e da morfologia2. No perodo em que Portugal foi governado pelo trono espanhol, entre 1580 e 1640, houve grande inuncia desse idioma e a lngua portuguesa recebeu novas palavras, como bobo, granizo etc. Outras inuncias ocorreram, nos sculos XIX e XX palavras de origem greco-latinas comeam a fazer parte do vocabulrio da lngua Portuguesa: televiso e automvel so bons exemplos; da lngua inglesa vm check-up, software, hardware.Parte da gramtica que estuda a relao das palavras como partes de uma frase e a relao da frase como parte de um todo. 2 Parte da gramtica que estuda a forma dos vocbulos isoladamente, sua estrutura e classicao.1

AO portugus brasileiroNo Brasil, at o descobrimento, a lngua falada era o tupinamb, da famlia do tupi-guarani, lngua essa que os jesutas tentaram preservar at 1757, quando seu uso foi proibido por causa do domnio do portugus, que, de certa forma, atendia grande demanda dos imigrantes que aqui chegavam. Mas muitas das palavras que falamos hoje so de origem tupi-guarani: Araraquara, Botucatu, abacaxi, tatu, piranha, Itaquaquecetuba entre vrias outras que tm grande importncia para nossa comunicao. Com a independncia, imigrantes de outros pases como Itlia, Espanha, Japo etc. chegavam ao Brasil e, com eles, chegava tambm grande inuncia para o portugus. Por isso observamos a enorme diversidade de pronncia existente at hoje nas vrias regies brasileiras. Aps esse breve histrico, vemos que uma Lngua no surge do dia para a noite nem se transforma de uma hora para outra. H de se levar em conta que os povos no vivem isoladamente e, portanto, esto merc de inuncias de outros povos e outras culturas. Houve os conquistados e os conquistadores, mas inegvel que h importncia recproca de um para o outro, a exemplo do tupi-guarani, no Brasil. Muitos sculos e muitas transformaes nos separam daquele primeiro texto literrio escrito em galego-portugus, Cantiga da Ribeirinha, ou de nossa Lngua-me, o Latim, do qual surgiu, na viso de Olavo Bilac, A ltima Flor do Lcio, a lngua portuguesa:ltima or do Lcio, inculta e bela, s, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura. Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu vio agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, rude e doloroso idioma, em que da voz materna ouvi: meu lho!, E em que Cames chorou, no exlio amargo, O gnio sem ventura e o amor sem brilho!

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A histria dos acordosNo incio do sculo XX, Portugal e Brasil buscaram celebrar um modelo ortogrco convergente. Esse foi o primeiro passo, de uma longa e tortuosa caminhada, no sentido de levar as duas ortograas para um caminho comum. Essa graa seria implementada no ensino de ambos os pases, bem como reconhecida e aceita por entidades internacionais para uso em documentos ociais. Em 1943, Lisboa sede de um encontro com o objetivo de uniformizar os vocabulrios j publicados: o da Academia das Cincias de Lisboa, de 1940, e o da Academia Brasileira de Letras, de 1943. Essa reunio estabelece o Acordo Ortogrco de 1945. Mas esse apenas o primeiro de uma srie de desacordos. Apenas Portugal torna vigente esse pacto; o Brasil no o ratica e continua a praticar o vocabulrio de 1943. A m de diminuir as diferenas entre Portugal e Brasil, este faz a reforma de 1971. Em 1975, a Academia das Cincias de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que no aprovado. Em 1986, acadmicos renomados como Antnio Houaiss, pelo Brasil, e Joo Malaca Casteleiro, por Portugal, apresentam um projeto ousado. Essa reforma atingiria 98% das palavras, estava comprometida com a simplicao da lngua e eliminava alguns acentos, como o agudo, entendido como desnecessrio para a pronunciao. Mas houve forte reao. Intelectuais portugueses caram receosos com eventual descaracterizao da linguagem. A negociao continuou e chegou-se a um acordo bem menos ousado do que o proposto anteriormente. As Academias de Portugal e do Brasil, em conjunto com representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique, Portugal e So Tom e Prncipe, assinaram o Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa de 1990. Em 2004, adere a ele o recm-independente Timor-Leste. O Acordo Ortogrco de 1990 entra em vigor em 2009 no Brasil e tudo indica que outros pases tambm o implementem brevemente.

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BSc. III a.C.

Linha do tempoRomanos invadem a pennsula Ibrica, levando o latim regio. O latim vulgar mistura-se aos dialetos locais. No noroeste da pennsula surgiro o galego e o portugus.Pennsula Ibrica EuropaMar Mediterrneo

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frica

DSc. V d.C. 711 (sc. VIII) Sculos IX-XII 1143 (sc. XII) 1198 Sculos XIV-XVI 1500 1516 (sc. XVI) Sc. XVI Sc. XVI Sc. XVII Sculos XVII-XX

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O Imprio Romano comea a se desfazer. Os brbaros (povos germnicos e eslavos) invadem a pennsula Ibrica, inuenciando as lnguas da regio e levando-as a uma diferenciao. Comea a surgir uma lngua lusitana. Invaso islmica da pennsula Ibrica. A inuncia ca restrita ao lxico, que incorpora palavras do rabe. Primeiros registros escritos de protoportugus. Portugal torna-se independente. O portugus antigo dissemina-se pelo novo pas. Surge a Cantiga da Ribeirinha, primeiro texto literrio de que se tem registro em lngua portuguesa (na verdade, galaico-portuguesa, antecessora do portugus e do galego). poca dos descobrimentos portugueses. O idioma espalha-se pela Amrica, frica e sia. Descobrimento do Brasil. A Carta de Pero Vaz de Caminha o primeiro texto em portugus escrito em terras brasileiras e sobre o Brasil. A publicao do Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende, marca o aparecimento do portugus moderno, que vigora at hoje. Colonizao do Brasil. O portugus torna-se a lngua franca em frica e sia. Literatura barroca no Brasil, sendo Gregrio de Matos o maior expoente. Com inuncias indgenas e africanas, a lngua portuguesa do Brasil comea a se diferenciar da de Portugal.

AEm 20 de julho, ocorre a sesso inaugural da Academia Brasileira de Letras, presidida por Machado de Assis. A Academia Brasileira de Letras (ABL) elabora projeto de reforma ortogrca, visando simplicao da lngua. Primeira reforma ortogrca de Portugal, que procura simplicar a escrita. A ABL resolve acompanhar a ortograa de Portugal. A ABL revoga sua resoluo. A Academia de Cincias de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras iniciam entendimentos em busca de uma ortograa comum. A ABL divulga novas regras ortogrcas. O primeiro Acordo Ortogrco entre Brasil e Portugal aprovado nos dois pases, mas no colocado em prtica. A primeira Conveno Ortogrca entre Brasil e Portugal redige o Formulrio Ortogrco. No mesmo ano chega-se a um Acordo, que aprovado pelos dois pases e colocado em prtica. Novo acordo, que se torna lei em Portugal e seguido por outros pases da CPLP. O Congresso Brasileiro, contudo, no o ratica. O Brasil continua seguindo a ortograa de 1943. O Brasil promulga uma Reforma Ortogrca, com a qual reduz as diferenas ortogrcas com Portugal. Portugal promulga alteraes, tambm para reduzir divergncias com o Brasil. Portugal e Brasil elaboram novo acordo, no aprovado. Acadmicos do Brasil e de Portugal apresentam projeto ousado de reforma, que provoca fortes reaes contrrias. As Academias do Brasil e de Portugal, com representantes de todos os pases de lngua ocial portuguesa, assinam o Acordo Ortogrco, menos arrojado que o de 1986. O Timor-Leste, recm-independente, adere ao Acordo. Acordo passa a vigorar ocialmente no Brasil.

B1897 1907 1911 1915 1919 1924 1929 1931 1943

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1945 1971 1973 1975 1986 1990 2004 2009

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AbrangnciaA histria legal do novo Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa inicia-se em Lisboa, em 1990. Esse documento previa que o Acordo entraria em vigor em 1o de janeiro de 1994, mas no foi raticado pelas partes constantes. Dessa forma, os governos participantes rmaram novo documento, em 17 de julho de 1998. Como previsto no Acordo, a nova ortograa entra em vigncia com a raticao de trs pases. O Brasil conrmou em 2004, Cabo Verde e So Tom e Prncipe em 2006. Os outros ainda no conrmaram. A Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP) formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique, Portugal, So Tom e Prncipe e Timor Leste. Esses oito pases buscam, com a implementao do Acordo, aproximar culturas e povos bem diversos: cinco pases africanos (Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e So Tom e Prncipe), um do sudeste da sia (Timor Leste, recm-independente), um sul-americano (Brasil) e um europeu (Portugal).

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Portugal

Cabo Verde Guin-Bissau

Brasil

So Tom e Prncipe

ANo Brasil, as alteraes atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais pases, que adotam a ortograa de Portugal, esse percentual de 1,6%. O embaixador Lauro Moreira, representante brasileiro na CPLP, entende que Portugal ainda est hesitante. O Brasil est frente nessa implementao do Acordo. A ortograa tornar-se- mais simples, mas no cumpre o objetivo de padronizar a lngua. Para o presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vilaa, Portugal no tem motivos para resistncia. Fala-se de uma presso das editoras, que no querem mudar seus arquivos, e de um conservadorismo lingustico, mas isso no desculpa. O importante, segundo Vilaa, que hoje preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: um com a graa de Portugal, outro com a do Brasil. No faz nenhum sentido.

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Timor Leste Moambique Angola

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Por que foi concebido esse Acordo?Uma das principais justicativas para o acordo ortogrco que o m de vrias graas proporcionar maior visibilidade ao idioma o stimo mais falado no planeta. Isso contribuiria para sua armao no cenrio internacional, principalmente em entidades como a Organizao das Naes Unidas (ONU). Ao todo, o portugus rene aproximadamente 230 milhes de pessoas, a maioria no Brasil, que tem 185 milhes de habitantes. Apesar de ser a lngua ocial de oito pases, na prtica h duas variantes de ortograa: brasileira e portuguesa. Os demais pases, tradicionalmente ligados a Portugal, adotam o modelo portugus. O professor de lingustica da Universidade de So Paulo, Jos Luiz Fiorin, entende que: A implantao dessa unicao ortogrca tem importncia poltica. Facilita a difuso e o ensino do portugus no mundo. No sistema de certicao internacional no aceita a ortograa do Brasil.

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Bilngue

micro-ondas

hericoInter-racial AssembliaPr-histria

interescolar

Anti-areo

Sobre-humano

contrassenso

Bilnge

ultramoderno

Novo Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa

Supereconmico

Antiareo

Minissaia

Andride

Paraquedas

Erva-doce

Assembleia

heroico

guarda-chuva

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Como ser implementado o Acordo?O Ministrio da Educao j publicou as licitaes dos livros didticos com a exigncia de implementao da nova ortograa. Esses editais, para os livros que sero usados em 2010, esto encomendados com as novas regras ortogrcas, arma Carlos Alberto Xavier, assessor especial do MEC. O perodo de transio estipulado pelo ministrio para a consolidao da nova ortograa em livros didticos de todas as sries vai de 2010 a 2012. pela sala de aula que a mudana deve mesmo comear, explica o embaixador Lauro Moreira, representante brasileiro na Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). No tenho dvida de que, quando a nova ortograa chegar s escolas, toda a sociedade se adequar (sic). Levar um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova graa, como ocorreu com a reforma ortogrca de 1971, mas ela entrar em vigor aos poucos. Est previsto ainda um perodo de quatro anos para a total implementao do novo acordo: de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012. Nesse perodo, o Brasil conviver com dupla graa em documentos ociais, vestibulares, concursos pblicos e textos em geral, pblicos ou particulares. As regras do acordo ortogrco, no entanto, j foram adotadas pela grande imprensa. Os principais jornais, revistas, emissoras de televiso e at os portais de Internet incorporaram, divulgaram e explicaram as novas regras ortogrcas. Mas o dia a dia dessa prtica mostra diculdades de interpretao e de implementao. Na interpretao, alguns veculos acham que o prexo re deve receber hfen em palavras como re-escrever, re-edio, re-eleio. E quase todos tm diculdade com o uso ou no de hfen em palavras como calcanhar de aquiles, p de moleque, mo de obra.

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Vocabulrio Ortogrco da Lngua PortuguesaO VOLP Vocabulrio Ortogrco da Lngua Portuguesa registra a forma ocial de escrever as palavras conforme o Formulrio Ortogrco aprovado pela Academia Brasileira de Letras em 1943, com as alteraes promovidas pela Reforma de 1971 e pelo Acordo Ortogrco de 1990, efetivado em 2009 no Brasil. Ao contrrio dos dicionrios, que se ocupam em denir as palavras ou dar seu equivalente em outro idioma, no caso dos dicionrios bilngues, o VOLP estabelece o registro ocial das palavras, servindo para esclarecer dvidas em relao graa, prosdia, ortopia e classe gramatical.

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Introduo ao Acordo OrtogrcoA tarefa de entender e implementar as alteraes propostas por Antnio Houaiss, pelo Brasil, e Joo Malaca Casteleiro, por Portugal, em 1986, depois amenizadas pelo Acordo de 1990, cou a cargo da Comisso de Lexicologia e Lexicograa da Academia Brasileira de Letras. frente dessa comisso est o pernambucano Evanildo Bechara, gramtico e llogo. Bechara membro correspondente da Academia das Cincias de Lisboa, professor titular e emrito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense. Desde 2001, ocupa a cadeira no 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Essa comisso estabeleceu quatro princpios metodolgicos como critrio para nalizar as denies polmicas do Novo Acordo: Respeitar o texto do Acordo; Estabelecer uma linha de coerncia do texto como um todo; Acompanhar o esprito simplicador do texto do Acordo; Preservar a tradio ortogrca reetida nos vocabulrios ociais anteriores, quando o texto do Acordo for omisso. Em relao ao hfen, o prprio Bechara sinaliza essa interpretao, em artigo publicado em O Estado de S. Paulo: Ser preciso prestar muita ateno para o emprego do hfen, porque usar ou no esse sinal grco depende, muitas vezes, do sentido dos termos separados por ele. Escreve-se, por exemplo, afro-brasileiro com hfen, mas afrodescendente sem hfen, porque neste caso o prexo afro empregado como adjetivo.

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BAlfabeto

Guia Prtico daO alfabeto passa a ter 26 letras.Foram (re)introduzidas as letras k, w e y. Assim, o alfabeto ocial passa a ser:

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ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZEssas consoantes j eram dicionarizadas e praticadas em vrias situaes: em unidades de medida (km, quilmetro; W, watt), palavras estrangeiras (kung fu, windsurf, playboy) e nomes prprios (Kafka, William, Yasser). Ateno: ocialmente essas letras devem constar em todas as listas e tabelas que usem a ordem alfabtica, e necessrio lembrar delas em concursos pblicos e provas escolares.

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TremaNo se usa mais o trema, sinal grco ( ) usado sobre a letra u, em gue, gui, que, qui.Era Agentar Anhangera Bilnge Cinqenta Delinqir Eloqente Eqestre Exeqvel Freqente Lingia Lingstica Pingim Qinqnio Sagi Sangneo Tranqilo Ficou aguentar Anhanguera bilngue cinquenta delinquir eloquente equestre exequvel frequente linguia lingustica pinguim quinqunio sagui sanguneo tranquilo

Ateno: o trema permanece em nomes prprios estrangeiros e seus derivados: Mller, mlleriano.

Nova OrtograaAcentuaoNo so mais acentuados os ditongos abertos ei e oi das palavras paroxtonas.Era Alcatia Andride Apnia Apio Assemblia Asteride Azalia Benzico Bia Cefalia Coria Diarria Epopia Espermatozide Europia Gelia Herico Humanide Idia Jibia Lindia Odissia Onomatopia Paleozico Parania Tiride Tria Ficou alcateia androide apneia apoio assembleia asteroide azaleia benzoico boia cefaleia Coreia diarreia epopeia espermatozoide europeia geleia heroico humanoide ideia jiboia Lindoia odisseia onomatopeia paleozoico paranoia tiroide Troia

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Ateno: a regra rege apenas palavras paroxtonas (as que tm acento tnico na penltima slaba). Continuam acentuadas as palavras oxtonas terminadas em i, u e i, como: papis, trofu, heri.

ANo se acentuam mais o i e o u tnicos, aps ditongo, em palavras paroxtonas.Era Baica Bocaiva Feira Guaba Saupe Ficou baiuca Bocaiuva feiura Guaiba Sauipe

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Ateno: o acento permanece em oxtonas, com o i ou u em m de palavra (ou seguidas por s), como: Piau, tuiui, tuiuis.

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No se usam mais acentos diferenciais.Era Pra Pla Plo Plo Pra Ficou para pela pelo polo pera

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Ateno: h excees. Pde/pode, como: Ele no pde se eleger antes, agora pode se candidatar. Pr/por, como: Ela vai pr o vaso na mesa por mim. Permanecem os acentos diferenciais nos verbos ter e vir, bem como em seus derivados (advir, conter, convir, deter, intervir, manter, reter etc.), como: Ela tem vrios sapatos, eles tm apenas um cada um. Elas vm de avio; ele vem de carro. O acento diferencial de frma/forma facultativo. Seu uso pode deixar o sentido mais claro, como: Que forma tem a frma do bolo?

No se usa mais acento agudo no u tnico nas formas rizotnicas dos verbos arguir e redarguir.Era Argi Argem Redargi Redargem Ficou argui arguem redargui redarguem

Ateno: verbos como averiguar, enxaguar podem ter formas rizotnicas acentuadas no u, mas sem a marca grca: averiguo, enxaguo; ou formas rizotnicas acentuadas fnica e gracamente nas vogais a ou i radicais: averguo, enxguo.

ANo so acentuadas as formas verbais creem, leem, deem, veem (verbo ver) e seus derivados: descreem, releem, desdeem, reveem. No acentuado o primeiro o do hiato oo(s):Era Abeno Enjo Vo Zo Ficou abenoo enjoo voo zoo

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Ateno: a palavra que se inclui em regra de acentuao leva acento. Por exemplo: heron ( na Grcia antiga, templo ou monumento a um heri).

D

HfenUsa-se o hfen em compostos cuja segunda palavra comea por h.Anti-hemorrgico Anti-higinico Anti-histrico Anti-horrio Contra-harmnico Eletro-higrmetro Macro-histria Mini-hotel Sobre-humano Super-homem

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Usa-se sempre o hfen com os prexos: alm, aqum, ex, ps, pr, pr, recm, sem, vice.Alm-mar Alm-tmulo Aqum-mar Ex-esposa Ex-aluno Ex-diretor

APs-graduao Pr-histria Pr-vestibular Pr-europeu Ps-venda Recm-casado Sem-terra Vice-almirante Vice-presidente Vice-rei

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Ateno: deve-se usar o hfen com suxos de origem tupi-guarani, quando o primeiro elemento termina em vogal acentuada gracamente ou quando a pronncia exige distino dos dois elementos, como: amor-guau, anaj-mirim, capim-au etc. Deve-se usar o hfen para ligar duas ou mais palavras que formem encadeamentos vocabulares, como: ponte Rio-Niteri, eixo Rio-So Paulo.

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Usa-se o hfen se a segunda palavra iniciar-se pela mesma vogal ou consoante.Anti-imperialista Anti-infeccioso Anti-inacionrio Anti-inamatrio Anti-intelectual Arqui-inimigo Arqui-irmandade Auto-observao Auto-nibus Contra-almirante Contra-atacar Extra-alcance Hiper-realista Hiper-requintado Inter-racial Inter-regional Micro-ondas Micro-nibus Semi-integral Semi-internato Sub-bibliotecrio Sub-bloco Super-radical Super-reacionrio Super-romntico

AAteno: nos demais casos no h hfen, como: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteo. Com o prexo sub, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por r, como: sub-regio, sub-raa etc. Com os prexos circum e pan, usa-se hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal, como: circum-navegao, pan-americano etc.

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Usa-se o hfen nas palavras compostas que designam espcies botnicas e zoolgicas, com elemento de ligao ou no.Couve-or Erva-doce Feijo-verde Ervilha-de-cheiro Fava-de-santo-incio Bem-me-quer Formiga-branca Andorinha-do-mar Cobra-dgua Bem-te-vi Demnio-da-tasmnia

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Usa-se o hfen nos seguintes topnimos (nomes prprios de lugares) compostos:Iniciados por gr e gro.Gr-Bretanha Gro-Par

Os de origem tupi-guarani.Mogi-Mirim Mogi-Guau Anaj-Guau

Iniciados por verbo.Passa-Tempo Passa-Quatro Quebra-Dentes

Compostos cujos elementos estejam ligados por artigo.Trs-os-Montes Entre-os-Rios Baa de Todos-os-Santos

AUsa-se o hfen em palavras compostas por justaposio.Scio-gerente Arco-ris Afro-luso-brasileiro

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No se usa hfen em palavras iniciadas por vogal diferente da do prexo.Aeroespacial Agroindustrial Antiareo Antieducativo Autoavaliao Autoescola Infraestrutura Plurianual Semiaberto Semianalfabeto

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Ateno: o prexo co aglutina-se, mesmo diante de mesma vogal, como: coobrigar, coordenar, cooperar, coocupante etc.

No se usa hfen se o segundo elemento inicia-se por consoante diferente de r ou s.Autopea Autoproteo Geopoltica Semicrculo Ultramoderno

No se usa hfen quando o prexo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s. Nesse caso dobram-se essas letras.Antirrbico Antirracismo Biorritmo Contrarregra Contrassenso Cosseno Infrassom Microssistema Minissaia Multissecular Neorrealismo Semirreta Ultrassom

ANo se usa hfen quando o prexo termina por consoante e a segunda palavra inicia-se por vogal.Hiperativo Interescolar Interestadual Interestudantil Superamigo Supereconmico

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No se usa hfen em certas palavras que perderam a noo de composio.Mandachuva Paraquedas Pontap

D

Para clareza grca, o hfen de uma palavra composta (ou combinao de palavras ou nmeros) que coincidir com o m de linha deve ser repetido na linha seguinte.Ele trouxe o guarda-chuva na mala. A ponte Rio-Niteri est congestionada. Nas dcadas de 1960-1970 isso era comum.

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possvel unicar a lngua portuguesa?Este novo acordo ortogrco pretende ser o primeiro passo para uma reforma maior, que abrace as especicidades e a riqueza da lngua portuguesa. Anal, no existem datas para reformas ortogrcas. Elas so realizadas quando a evoluo lingustica e cultural exige. Isso porque a lngua portuguesa muito rica em possibilidades fonticas e gramaticais. Por ser elemento vivo e pujante, essa linguagem est em permanente mutao. As variaes fonticas permitem exibilidades difceis de unicar mesmo porque essa convergncia nem sempre bem-vista ou benquista. Esse acordo no se prope a prender a lngua, mas assemelh-la escrita. Nesse sentido, h quem minimize seu impacto e entenda que apenas um acordo envolvendo algumas palavras. Anal, a fontica est vinculada gramtica. A individualidade da lngua distinta entre Portugal e Brasil, e essa idiossincrasia defendida por muitos estudiosos. Tenta-se, no entanto, unicar algo que por sua gnese complicado. H escritores que entendem essa individualidade e a preservam. Jos Saramago, por exemplo, pede para no traduzir suas obras, quando editadas no Brasil. O objetivo da escrita permitir a leitura. Mesmo no Brasil, h diferentes pronncias, mas fcil identicar a escrita de outros pases de lngua portuguesa. Ao ler um texto em portugus, possvel saber sua procedncia. Esse , justamente, o charme da lngua. Aparentemente, h consenso apenas no caminho oposto do objetivo do acordo ortogrco: o caminho natural da lngua portuguesa a separao. Deve-se parar de fazer leis sobre a lngua. A variao inevitvel, armam muitos llogos. A Histria mostra que h identicao muito forte entre a linguagem e seus falantes, e modicar a estrutura dessa linguagem pode acarretar males piores. Contextos sociais, histricos e econmicos inuenciam essa variao. Pesquisadores armam que o portugus europeu e o brasileiro so distintos. H diferenas signicativas na sintaxe que a estrutura gramatical com as regras referentes s construes de frases de Portugal e do Brasil. O modo de escrever as palavras no desgura a lngua, mas mudanas na sintaxe signicam uma nova face. Em Portugal e nos demais pases de lngua portuguesa mais estreitamente ligados a esse pas, a discordncia tambm grande em relao a uma unicao. H quem arme, quanto s alteraes de contedo, que se privilegiou o critrio fontico (ou da pronncia) em detrimento do critrio etimolgico.

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BAs discusses centram-se na excluso das letras c ou n de algumas palavras, como actor, por exemplo. Assim, perde-se o charme de se conseguir perceber, imediatamente, a procedncia do texto. o critrio da pronncia que determina, alis, a supresso grca das consoantes mudas ou no articuladas, que se tm conservado na ortograa lusitana essencialmente por razes de ordem etimolgica. ainda o critrio da pronncia que conduz manuteno da dupla acentuao grca, como em econmico e econmico, efmero e efmero, tnis e tnis, beb e beb, ou de metro e metr etc. H quem observe que a unidade romnica ultrapassa as prprias lnguas latinas, abrangendo, em particular, grande parte do lxico em ingls, que de origem latina. Inuentes intelectuais portugueses entendem que para o Brasil, mais realista e mais pragmtico, tudo era, desde o incio, pura questo de mercado. Eles armam que no interessa a Portugal car subordinado a interesses brasileiros. Entre as crticas, esto as que apontam a inutilizao de dicionrios e de livros escolares em produo; o fato de que muitas famlias sofrero custos na compra de novos materiais; os milhes de livros adquiridos pelo Plano Nacional de Leitura portugus e pelas bibliotecas escolares que caro inteis; e o importante ganho nanceiro, que car comprometido em exportaes de livros de edio portuguesa para os pases africanos. possvel que as tentativas de unicao da lngua sejam frustradas por interesses e resistncias dos dois lados do Atlntico. Com o distanciamento inevitvel das culturas brasileira e portuguesa e dos usos do idioma, no ser de admirar se, no futuro, surgir a Lngua Brasileira.

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Exemplos de palavras com a nova graaFicou adenoide alantoide alcaloide alcateia ambiguidade ameboide amenorreia androide anterozoide antirrbico antirracismo antirraqutico antirroubo antirrugas antissemita antissocial antidiarreico antiguidade anti-imigrao anti-incndio anti-inamatrio antropozoico apneia aquicultura arquirrival arquissacerdote arqui-inimigo assembleia asteroide autoadesivo autoajuda autoavaliao autoescola autoestima autoimagem autorregulao autorretrato autossatisfao autossucincia adenide alantide alcalide alcatia ambigidade amebide amenorria andride anterozide anti-rbico anti-racismo anti-raqutico anti-roubo anti-rugas anti-semita anti-social antidiarrico antigidade antiimigrao antiincndio antiinamatrio antropozico apnia aqicultura arqui-rival arqui-sacerdote arquiinimigo assemblia asteride auto-adesivo auto-ajuda auto-avaliao auto-escola auto-estima auto-imagem auto-regulao auto-retrato auto-satisfao auto-sucincia

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AEra baica bilnge bioavonide bia bradipnia braquipnia broncorria canania cefalia Cenozico centopia cinqenta co-administrao co-administrador co-autor(a) co-direo co-dominncia co-editar co-opositor co-organizado co-patrocinador co-piloto co-seno colmia colide conseqncia contra-emboscada contra-escritura contra-indicao contra-ofensiva contra-oferta contra-senso corvia delinqncia deltide diarria dicrico diplide dismenorria dispnia eloqncia enjo ensangentado epopia Ficou baiuca bilngue bioavonoide boia bradipneia braquipneia broncorreia cananeia cefaleia Cenozoico centopeia cinquenta coadministrao coadministrador coautor(a) codireo codominncia coeditar coopositor coorganizado copatrocinador copiloto cosseno colmeia coloide consequncia contraemboscada contraescritura contraindicao contraofensiva contraoferta contrassenso corveia delinquncia deltoide diarreia dicroico diploide dismenorreia dispneia eloquncia enjoo ensanguentado epopeia

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AEra eqidade eqiltero espermatozide esteride estria exeqvel extra-escolar extra-ocial extra-regulamentar extra-sensvel extra-uterino factide Fanerozico feira lotraquia avonide freqncia gelia geide gonorria haplide hebria hemorrida herico hialide hidride hidrorria hidrorrico humanide idia inconseqncia infra-estrutura infra-orbitrio infra-renal infra-som intra-especco intra-sseo intra-raquidiano intra-sinovial intra-uterino ipomia jequitiranabia jibia jia leucorria Ficou equidade equiltero espermatozoide esteroide estreia exequvel extraescolar extraocial extrarregulamentar extrassensvel extrauterino factoide Fanerozoico feiura lotraqueia avonoide frequncia geleia geoide gonorreia haploide hebreia hemorroida heroico hialoide hidroide hidrorreia hidrorreico humanoide ideia inconsequncia infraestrutura infraorbitrio infrarrenal infrassom intraespecco intrasseo intrarraquidiano intrassinovial intrauterino ipomeia jequitiranaboia jiboia joia leucorreia

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AEra linfide lingia lingista linolico liqidao lumbricide macro-tupi maosmo mastide Mesozico meteoride microorganismo mongolide monico moria multilnge nematide neo-rico neo-escolstica neo-impressionismo neo-realismo neurolingstica ninfia odissia onomatopia ovide Paleozico panacia Pangia pra-quedas parania paratireide pla pra pingim planetide platia plebia polaride porta-jias prosopopia protico proto-estrela proto-romantismo proto-sol Ficou linfoide linguia linguista linoleico liquidao lumbricoide macrotupi maoismo mastoide Mesozoico meteoroide micro-organismo mongoloide monoico moreia multilngue nematoide neorico neoescolstica neoimpressionismo neorrealismo neurolingustica ninfeia odisseia onomatopeia ovoide Paleozoico panaceia Pangeia paraquedas paranoia paratireoide pela pera pinguim planetoide plateia plebeia polaroide porta-joias prosopopeia proteico protoestrela protorromantismo protossol

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AEra pseudo-apendicite pseudo-escorpio pseudo-revelao pseudo-sbio qingentsimo qinquagsima qinqenal qinqenervado sagi sangneo semi-esferide semi-racional semi-secular sequia seqela seqncia subaracnide subseqncia supra-estrutura supra-renal supra-sumo taosmo taquipnia tilacide tireide tranqilo traquia tricinqentenrio Tria ultra-esdrxulo ultra-ocenico ultra-rpido ultra-secreto ultra-som ultraterreno ungento uria vo xifide zico zo Ficou pseudoapendicite pseudoescorpio pseudorrevelao pseudossbio quingentsimo quinquagsima quinquenal quinquenervado sagui sanguneo semiesferoide semirracional semissecular sequoia sequela sequncia subaracnoide subsequncia supraestrutura suprarrenal suprassumo taoismo taquipneia tilacoide tireoide tranquilo traqueia tricinquentenrio Troia ultraesdrxulo ultraocenico ultrarrpido ultrassecreto ultrassom ultraterreno unguento ureia voo xifoide zoico zoo

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