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Manual Ir e Vir - Direito de Todos Campanha Cidadã pelos idosos e pessoas com deficiência - Brasília/DF

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Page 1: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

APOIO

APOIO ESPECIALREALIZAÇÃO

Secretaria Especialdos Direitos Humanos

Page 2: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

LIBERDADEe

DEMOCRACIAsó se exercem comDIREITOS HUMANOS

O homem, a mulher, o idoso, a criança e, entre eles, a

Pessoa com Deficiência precisam contar sempre com o ampa-

ro dos Direitos Humanos. Só assim estarão desfrutando plena-

mente da sua CIDADANIA.

Sem qualquer exceção, toda a sociedade e o seu governo

devem assegurar o livre exercício dessa CIDADANIA.

É o que justifica e valoriza a atuação do Departamento de

Promoção dos Direitos Humanos/CORDE, órgão gestor da Se-

cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Re-

pública, na defesa e promoção de melhor qualidade de vida

para todos os brasileiros que necessitam de atenções especi-

ais.

Felizmente, o Brasil vem caminhando no rumo certo de

uma nova ordem de mais justiça e fraternidade para todos.

Secretaria Especialdos Direitos Humanos

Assim, é preciso preservar as árvores, manter transitável o passeio públicoe defendê-los das ações do tempo e do próprio homem, para conservar sem-pre bonita a preciosa paisagem urbana da nossa querida Cidade Morena.

Page 3: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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APRESENTAÇÃO

A falta, em nosso país, de um transporte totalmente acessível, tem sidoum impedimento para que as pessoas portadoras de deficiência possam des-frutar dos bens e serviços de sua comunidade, como também exercer o direitode ir e vir com segurança. Ações como campanhas de mídia do governo federaltêm sido realizadas como instrumento para mudar as condições do trânsitobrasileiro, bem como para provocar mudanças atitudinais. No entanto, o des-conhecimento da população, no que se refere às peculiaridades de determina-dos grupos, tem gerado, mesmo que involuntariamente, discriminação e aten-dimento inadequado. Tais comportamentos determinam, algumas vezes, a ocor-rência de acidentes, com conseqüências desastrosas e irreversíveis, vitimandopessoas cujo objetivo era tão somente transitar em liberdade.

A articulação do Estado com as organizações governamentais e nãogovernamentais, que se dispõem a atuar como parceiros nesse processopedagógico, mostra-se uma estratégia eficaz no que tange à transmissãode conhecimento e à capacitação de agentes sociais para que a diversidadehumana seja respeitada. A informação adequada tem o poder de mudaropiniões preconceituosas e o modo de atuar da sociedade em relação àspessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.

No Brasil, aproximadamente 24,5 milhões de pessoas possuem algumtipo de deficiência ou limitação nas atividades cotidianas, segundo o CensoDemográfico de 2000, realizado pelo IBGE. Se para cada uma dessas pes-soas contabilizarmos o núcleo familiar, significa que em torno de 73,5 mi-lhões de brasileiros enfrentam ou convivem, diariamente, com um duploobstáculo: o arquitetônico e o das atitudes.

A disseminação de informações que promovam a inclusão da pessoacom deficiência faz parte do Sistema Nacional de Informações sobre Defici-ência, sob a orientação da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pes-soa Portadora de Deficiência/CORDE, instância de assessoria da SecretariaEspecial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

O Projeto “IR E VIR - DIREITOS DE TODOS”, uma parceria do Movi-mento Nacional de Educação no Trânsito – MONATRAN com a SecretariaEspecial dos Direitos Humanos, propõe-se a levar à sociedade em geral e,em especial, aos operadores do transporte coletivo, informações quanto àlegislação de trânsito, ressaltando os direitos das pessoas portadoras dedeficiência e com mobilidade reduzida, assim como as ações que devemser implementadas para que tenhamos atendimento digno e compatível comas necessidades específicas desses cidadãos.

Izabel de Loureiro MaiorCoordenadora Geral/CORDE

EXPEDIENTE / Edição para Brasília/DFEsta publicação

IR E VIR DIREITO DE TODOSintegra o ProjetoCAMPANHA CIDADÃ PELOS IDOSOS EPESSOAS COM DEFICIÊNCIAe do Curso de Capacitação de Motoristas eCobradores do Transporte Público, em parceriacom a Secretaria Especial de Direitos Humanos

da Presidência da República

Editado pelo MONATRAN - Junho/2005MOVIMENTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITOEntidade de Utilidade Pública Federalwww.monatran.org.br

E-mail: [email protected] Nacional: Florianópolis - Santa Catarina

COLABORARAM COM O PROJETODra. SANDRA DE OLIVEIRA JULIÃO (Promotora de Justiça do MPDFT)

ROMEU DE ANDRADE LOURENÇÃO JR. (Professor)

ROGÉRIO JUNKES (Membro do Conselho Deliberativo do Monatran)

PATRÍCIA DO SOCORRO RIBEIRO BENTES DA SILVA (Neurologista)

MÁRCIA CRISTINA FEITOSA BENTES DE SÁ (Oftamologista)

ETHEL ROSENFELD (Professora de Educação Especial)

COLABORARAM NA DISTRIBUIÇÃO DESTE MANUALAGETRAN - Agência Municipal de Trânsito

Grupo Correio do Estado

Ministério Público Estadual

UNIDERP - Universidade para o Desenvolvimento da Região do Pantanal

CONCEPÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃOBureau Imagem e Gráfica Rocha – 70 mil exemplares

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Page 4: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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É HORA DE FAZER ACONTECER

Este manual, “IR E VIR DIREITO DE TODOS”, integra o projeto“Campanha Cidadã pelos Idosos e Pessoas com Deficiência”,para promoção de condições favoráveis à sua movimentação eao desfrute a que têm direito na participação mais justa eigualitária do meio social.

O projeto que foi lançado inicialmente no Estado de SantaCatarina e depois nos Estados do Pará e do Mato Grosso doSul, vem aprimorar-se na sua realização em Brasília, comimportantes complementos.

Nele está incluído agora, com especial atenção, a populaçãoidosa, cuja projeção percentual vem crescendo acentuadamenteno conjunto demográfico do nosso País.

Estamos confiantes em que os procedimentos previstos nesteprojeto favoreçam, não só aos muitos cidadãos com dificuldadesevidentes para a sua locomoção, principalmente nos veículosdo transporte público, mas também a toda uma comunidadeque se propõe viver de modo humano e civilizado.

A realização do projeto só está sendo possível porque mereceuo apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos daPresidência da República, que vem envidando todos os esforçosem favor de uma constante melhoria na qualidade de vidadesses nossos concidadãos.

Roberto Alvarez Bentes de SáPresidente do MONATRAN

Que se cumpra o direito de todosnum tempo de paz no trânsito.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DODISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

A PRODIDE – Promotoria de Defesa do Idoso e do Portador de deficiência,foi criada recentemente cumprindo a missão constitucional do MP de garantiros direitos dos idosos e portadores de deficiência.

Ao longo dos quatro anos de atuação verificou-se que o público, de ummodo geral, carecem de informação quanto aos direitos das pessoas idosase com deficiência.

O próprio idoso não conhece bem os direitos que o assistem e a formade reivindicá-los. As pessoas com deficiência, apesar de serem melhorarticuladas entre si (existem várias entidades que lutam por seus direitos),ainda sofrem discriminações que muitas vezes as impedem de ter umavida digna.

Acontece também que muitas vezes o desrespeito aos direitos dosidosos e das pessoas com deficiência vem da própria família, por falta deinformação.

Além disso, pode-se constatar que os órgãos do Estado, Agente executordos direitos estabelecidos pela lei, não estão estruturados para efetivaremo que a lei preceitua. Por essa razão, o Ministério Público passou a assumirmais responsabilidade nesta e em muitas outras questões de direito.

Por isso, se o idoso e a pessoa com deficiência sentirem-se prejudicadosem seus direitos devem procurar o Ministério Público do DF através daPRODIDE, que está empenhada em chamar à responsabilidade o PoderPúblico, a sociedade, a família e o próprio idoso ou a pessoa com deficiência,na efetivação das garantias previstas na legislação.

A idéia é estimular o espírito de cidadania para que estas pessoas,cidadãs como todos os demais tenham um espaço verdadeiro na sociedade.

O que se pretende é mudar a imagem de que o idoso e a pessoa comdeficiência precisam de proteção, para despertar neles a vontade de lutarpor direitos legalmente estabelecidos e não por eventuais favores..

E assim reafirmar uma sociedade cidadã, onde o respeito aos direitosdo próximo seja uma realidade natural, e que Órgãos como o MP e Judiciáriotenham que intervir cada vez menos na vida das pessoas.

Praça Buriti – Edifício-Sede do MPDFT -Eixo Monumental – Tel. (61) 343.9721

Promotores:Dra. SANDRA DE OLIVEIRA JULIÃO eDr. VANDIR DA SILVA FERREIRA

Page 5: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

A QUEM INTERESSA LER

Interessa a todas as pessoas de diferentes idades, níveissocioeconômicos e atividades profissionais, com diversasmotivações, necessidades de locomoção e utilização dos mei-os de transportes, mas principalmente aqueles que enfrentamdificuldades causadas por deficiências físicas que prejudicamsua livre movimentação.

PESSOAS COM NECESSIDADESESPECIAIS APRESENTAM:

DIFICULDADES LOCOMOTORASPessoas que usam bengala, muletas, cadeira de rodas,com membros inferiores mutilados, que usam algum tipode aparato ortopédico fixo ou provisório (gesso, atadu-ras ou curativos), mães com crianças de colo, senhorascom sacolas, entre outras.

DIFICULDADES CORPORAISPessoas idosas, cardiopatas, reumáticas, portadoras de malde chagas, obesas, extremamente baixas ou de muito ele-vada estatura, com membros superiores lesados, gestan-tes após o 6o mês de gravidez e convalescentes em geral.

DIFICULDADES SENSORIAISPessoas com perda de visão parcial, total ou proble-mas clínicos como: graus elevados de cataratas, astig-matismo, hipermetropia, estrabismo e daltonismo; comperda parcial ou total de audição, com problemas clíni-cos nos tímpanos e no ouvido médio, com problemasde fala total (mudas) ou parcial.

DIFICULDADES MENTAIS/CULTURAISPessoas com diferentes graus de incapacidade mental,analfabetos ou sem o domínio do idioma português.

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EVOLUÇÃO DAS MELHORIASPARA O TRÂNSITO DAS PESSOASCOM DEFICIÊNCIA E/OUCOM MOBILIDADE REDUZIDA

O Poder Público (Governo Federal, Estadual e Municipal) vemprocurando facilitar a locomoção das pessoas com necessida-des especiais, embora ainda haja muito que fazer com esseobjetivo, tanto nas ruas quanto em outros locais acessíveis àspessoas em geral.

Algumas conquistas mais recentes podem ser listadas:

O estabelecimento de maior número de rampas de aces-so nas calçadas, que ainda precisam melhorar quantoà inclinação dos aclives.

O calçamento com lajotas apropriadas para o trânsitode pedestres com deficiência visual, que ainda não co-brem um número expressivo de calçadas, observandorigorosamente os padrões instituídos pela ABNT - As-sociação Brasileira de Normas Técnicas.

Instalação de painel com código braile nos elevadoresem geral.

A ampliação do número de vagas para o estacionamen-to de cadeirantes, cujos espaços laterais nem sempreestão de acordo com as normas da ABNT.

A instalação de equipamento sonoro em semáforos,com a finalidade de oferecer maior segurança às pes-soas com deficiência visual.

Page 6: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

O QUE É O TRÂNSITO

É o conjunto de deslocamentos diários para alcançar zo-nas de serviços, consumo e lazer, desenvolvido nas vias públi-cas por pessoas com diferentes níveis socioeconômicos, ca-pacidades físicas, capacidades mentais e traços culturais.

O trânsito apresenta leis e normas que têm por finalidadegarantir a segurança de toda a população (pedestres, motoris-tas, motociclistas, ciclistas, passageiros e cadeirantes) comdiferentes interesses e necessidades.

O trânsito é mais que um espaço físico, geográfico. É oespaço da cidadania. Pobres, ricos, negros, brancos, pessoascom necessidades especiais, mulheres, crianças, idosos, poli-ciais, patrões, trabalhadores, seguidores de qualquer religião,membros de qualquer partido político, de organizações sindi-cais e comunitárias, todos se relacionam no trânsito. E todossão iguais perante a Lei, com direitos e responsabilidades es-tabelecidos para assegurar a sua mais harmoniosa convivên-cia.

O COMPORTAMENTO CORRETO NO TRÂNSITODEPENDE DAS SEGUINTES CONDIÇÕES:

lllll A presença de estímulos que possam ser observados epercebidos (sinalização, iluminação, buzina, luz, faróis,sinais e gestos);

lllll Um organismo humano em condições de perceber, com-preender, julgar, decidir e agir adequadamente;

lllll Conhecimento e obediência de todas as leis e regrasde circulação;

lllll Valores, crenças e hábitos comprometidos com direitose deveres de cidadão no tempo e no espaço comparti-lhados coletivamente.

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CONCEITOS ESSENCIAIS

Fica adotada a terminologia Pessoas com Defici-ência, descartando-se, definitivamente, do lingua-jar e da mídia, expressões como aleijado, inválido,mutilado, anormal, retardado, débil mental e ou-tras desta ordem.

A pessoa com deficiência não será vítima de dis-criminação, da indiferença, nem do isolamento.Como qualquer cidadão, exercerá a plenitude deseus direitos, participando efetivamente da correntenatural da vida.

Fica esclarecido que deficiência nunca foi doençaou incapacidade. Apenas uma limitação superávelmediante o desenvolvimento das potencialidadesdas pessoas que a portam.

Todos são iguais é uma expressão que fica definiti-vamente descartada por absoluta falta de conexãocom a realidade. Assim como os dedos de mesmamão, as pessoas são diferentes entre si. E é nessadiferença que se assenta a individualidade, espé-cie de marca registrada de cada um de nós.

A pessoa com deficiência não quer piedade, comi-seração, abominando as pejorativas imagens de“coitadinho” e do “desvalido pela sorte”. Concla-ma a prevalência de sua dignidade, de seus direi-tos, de sua potencialidade e que essa adjetivaçãoinócua seja substituída por oportunidades efetivas.

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Page 7: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

OS DIREITOS

DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988• Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e

critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência(art. 7º, XXXI);

• A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicospara as pessoas portadoras de deficiência e definirá os crité-rios de sua admissão (art. 37, VIII);

• Cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantiadas pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II);

• Proteção e integração social das pessoas portadoras de defi-ciência (art. 24, XIV);

• A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de defi-ciência e a promoção de sua integração à vida comunitária, ea garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pes-soa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem nãopossuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-laprovida por sua família, conforme dispuser a lei (art. 203, IVe V);

• O Estado promoverá programas de assistência integral à saúdeda criança e do adolescente, admitida a participação de enti-dades não governamentais e obedecendo aos seguintes pre-ceitos: criação de programas de prevenção e atendimentoespecializado para os portadores de deficiência física, sen-sorial ou mental, bem como de integração social do adoles-cente portador de deficiência, mediante o treinamento para otrabalho e a convivência, e a facilitação do afesso aos bens eserviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obs-táculos arquitetônicos.(art. 227, § 1º, II);

• A lei disporá sobre normas de construção de logradouros e

dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de trans-

porte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pes-

soas portadoras de deficiência. (Art. 227, § 2º). 7

VISANDO AMPLIARRECURSOS E SOLUÇÕES

Somos todos seres humanos com características físicas,psíquicas, necessidades e interesses diferentes. Precisamosreconhecer essas diferenças. O espaço urbano e social tam-bém precisa ser organizado para os diferentes, tanto quantopara todos.

ENFIM, É NECESSÁRIO SEMPRE:

Somar esforços para criar e desenvolver Políticas Públi-cas de Prevenção aos Acidentes de Trânsito, permitin-do a circulação segura para todos os usuários do siste-ma.

Apoiar as pessoas com necessidades especiais em suaorganização na luta para terem seus direitos reconheci-dos e respeitados.

Garantir o acesso das pessoas com necessidades es-peciais a qualquer espaço social, bem como aos veí-culos de transporte coletivo urbano, de acordo com asnormas da ABNT-Associação Brasileira de Normas Téc-nicas.

Fazer com que as guias das calçadas sejam rebaixadasnas esquinas, principalmente nas ruas centrais, perto dehospitais, de escolas, estações rodoviárias, igrejas, clu-bes e outros pontos de maior movimentação na cidade.

DIREITO DO CIDADÃO • DEVER DO ESTADO

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Page 8: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

LEI FEDERAL 10.098 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

CAPITULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

• Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicospara a promoção da acessibilidade das pessoas porta-doras de deficiência ou com mobilidade reduzida, medi-ante a supressão de barreiras e de obstáculos nas viase espaços públicos, no mobiliário urbano, na constru-ção e reforma de edifícios e nos meios de transporte ede comunicação. (Art. 1º)

CAPITULO IIIDO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO URBANO

• Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ouquaisquer outros elementos verticais de sinalização quedevam ser instalados em itinerário ou espaço de acessopara pedestres deverão ser dispostos de forma a não difi-cultar ou impedir a circulação, e de modo que possam serutilizados com a máxima comodidade. (Art. 8º)

• Os semáforos para pedestres instalados nas vias públi-cas deverão estar equipados com mecanismo que emitasinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, oucom mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orienta-ção para a travessia de pessoas portadoras de deficiên-cia visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a peri-culosidade da via assim determinarem. (Art. 9º)

DISPOSIÇÕES FINAIS• O Poder Público promoverá campanhas informativas e

educativas dirigidas à população em geral, com a finali-dade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessi-bilidade e a integração social da pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida. (Art. 24)

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ANTES DE TUDO SUA PRÓPRIA VONTADEUma criança procura primeiro satisfazer suas próprias von-tades. Por exemplo, chegar aos pais ou aos amigos queestão do outro lado da rua, arriscando-se muitas vezespela precipitação.

AS FALSAS IMAGENSA rua é para a criança um lugar de brincar. O automóvel écomo se fosse gente e a passagem de pedestre lhe pare-ce um lugar sempre seguro.

SENSAÇÃO DE SEGURANÇAA criança pensa que nada pode lhe acontecer, principal-mente perto dos pais, da babá, dos amigos, de sua casaou de sua escola.

COMO A CRIANÇA VÊSeu campo visual é estreito. Vê somente o que está diantedela. Confunde tamanho e distância, ver e ser vista.

COMO A CRIANÇA ENTENDE O SOMEla não entende bem de onde vem o som. Só entende osruídos que lhe interessam.

NA PERCEPÇÃO DA CRIANÇA OS CARROS ANDAM MAIS RÁPIDOEla não conhece a “distancia de frenagem”. O carro, quefaz tudo mais depressa, deve parar mais depressa tam-bém. Ela desconhece a Lei da Inércia.

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“Temos o direito de ser iguaissempre que as diferenças nos

inferiorizem; temos o direito deser diferentes sempre que a

igualdade nos descaracterize”

Boaventura de Souza Santos

Page 9: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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DECRETO Nº 5.296, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2004

Regulamenta as Leis nos 10.048, de 08 de novembro de 2000e 10.098, de 19 de dezembro de 2000

DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO RODOVIÁRIO

Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da datade edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos osmodelos e marcas de veículos de transporte coletivo rodoviáriopara utilização no País serão fabricados acessíveis e estarãodisponíveis para integrar a frota operante, de forma a garantir oseu uso por pessoas portadoras de deficiência ou commobilidade reduzida.

§ 1o - As normas técnicas para fabricação dos veículos e dosequipamentos de transporte coletivo rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições e entidadesque compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de atédoze meses a contar da data da publicação deste Decreto.

§ 2o - A substituição da frota operante atual por veículosacessíveis, a ser feita pelas empresas concessionárias epermissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á deforma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos deconcessão e permissão deste serviço.

§ 3o - A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e ainfra-estrutura dos serviços deste transporte deverão estartotalmente acessíveis no prazo máximo de cento e vinte mesesa contar da data de publicação deste Decreto.

§ 4o - Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano devempriorizar o embarque e desembarque dos usuários em nível em,pelo menos, um dos acessos do veículo.

Art. 39. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da datade implementação dos programas de avaliação de conformidadedescritos no § 3o, as empresas concessionárias epermissionárias dos serviços de transporte coletivo rodoviáriodeverão garantir a acessibilidade da frota de veículosem circulação, inclusive de seus equipamentos.28

O TRÂNSITO EM RELAÇÃO À CRIANÇA

CONSIDERAÇÕES INDISPENSÁVEIS SOBREESSE RELACIONAMENTO:

DISTÂNCIA - TEMPO - VELOCIDADEUma criança não é capaz de avaliar tais noções correta-mente.

VIDA E MORTE: UMA COISA SÓA criança não crê na morte. Para ela vida e morte sãobrincadeiras que ela não teme. É sempre melhor advertir acriança que ela vai se machucar muito e que vai doer bas-tante.

A CRIANÇA NÃO ESTÁ APTA PARA O TRÂNSITOAntes dos doze anos a criança tem muita dificuldade de semovimentar no trânsito. Na medida em que ela cresce,aprende e se familiariza com o movimento.

O ALCANCE VISUALPor ser de pequena estatura a criança não vê por cima dosautomóveis estacionados, não sendo também vista pelosmotoristas. Ela tem que tomar muito cuidado ao atraves-sar no meio de carros estacionados.Além disso, ela vê por contrastes: precisa de 4 segundospara distinguir se um carro está em movimento ou se estáparado. Por causa do tamanho, um carro menor, de pas-seio, parece-lhe mais distante que um caminhão.

A CRIANÇA SEMPRE IMITA OS ADULTOSSe os adultos atravessam a rua, ela também acredita quepode. E se estão juntos, de mãos dadas, ela passa a igno-rar o perigo.

Page 10: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 10.70.70.70.70.7444441 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBRO DE 2003O DE 2003O DE 2003O DE 2003O DE 2003

ESTATUTO DO IDOSO - CAPÍTULO X

Entre outros direitos sociais assegurados ao idoso estãoaqueles que lhe oferecem mais facilidade e segurança ao utilizaros meios de transporte em geral.

Como passageiro de veículos para o transporte público,qualquer pessoa acima de 65 anos tem direito à gratuidade,desde que apresente documento comprobatório da sua idade.

No caso das pessoas cuja idade está na faixa entre 60 e65 anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre ascondições para exercício da gratuidade nos meios de transporte.

Mas nem todos os idosos sabem até onde vão os seusdireitos.

É preciso, portanto, divulgar largamente que a Lei prevêuma pena de reclusão, variando de seis meses a um ano, paraquem dificultar o acesso dos idosos aos transportes públicos,sejam eles ônibus, trem, metrô ou qualquer outro meio.

Quanto ao transporte interestadual, estão sendo discutidasformas no Conselho Nacional do Idoso, para que a legislaçãoseja cumprida no que diz respeito à reserva, por parte dasempresas, de duas vagas gratuitas para pessoas com mais de65 anos e renda familiar igual ou inferior a dois saláriosmínimos.

Se essas vagas já estiverem ocupadas por pessoas quepreencham estes requisitos, qualquer outro passageiro quetambém tenha direito à gratuidade deverá ser compensado comum desconto mínimo de 50% (cinqüenta por cento) do valor dapassagem.

Além dessas prerrogativas, o idoso terá sempre apreferência no embarque e na acomodação dentro dos veículosde transporte público.

Finalmente, ficam também assegurados, nos termos daLei local, 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentospúblicos e privados, as quais deverão estar posicionadas de

forma a garantir maior comodidade ao idoso.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL TEM CONDIÇÕES DECONVIVER EM SOCIEDADE, TRABALHAR, ESTUDAR EAPRENDER A COMPORTAR-SE NO TRÂNSITO.

DEFICIÊNCIA MENTAL NÃO É DOENÇA MENTAL

Entre as muitas necessidades que se apresentam àspessoas com deficiência mental, aquela de que ela maiscarece é a convivência com outras pessoas;

À sua maneira e do seu jeito, ele precisa sair e se co-municar com parentes, amigos e pessoas em geral;

Tratá-lo como pessoa, respeitando sua dignidade, seupotencial de desenvolvimento, independentemente daidade, é a obrigação de todos;

Se for criança, tratá-lo como criança. Se for adolescen-te ou adulto, como tal precisa ser considerado;

Se a compreensão for de criança, precisa ser advertidade que a rua não é lugar de brincadeiras.

“Admito que o deficiente sejavítima do destino, mas não posso

admitir que seja vítima daindiferença”

John F. Kennedy27

Page 11: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

LEI 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997• Artigo 147 - Estabelece normas para formação de condu-

tores de veículos automotores e da outras providências:

RESOLUÇÃO 51 (CONTRAN)DO EXAME DE SANIDADE FÍSICA E MENTAL

• A sanidade física e mental dos candidatos à obtençãoda Carteira Nacional de Habilitação e a dos condutorespor ocasião da sua renovação, será avaliada atravésdos seguintes exames:I - Clínico GeralII - Acuidade visual e auditivaIII - Avaliação da força, motricidade e mobilidadeIV - Outros complementares ou especializados quandonecessários e a critério médico.No exame Clínico Geral será avaliada a capacidade or-gânica do candidato e do condutor de veículo automo-tor. (Resolução 80)

RESOLUÇÃO 80 (CONTRAN)DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E DAS ADAPTAÇÕES DO VEÍCULO

• O exame de sanidade física e mental do candidato acondutor de veículo automotor com deficiência física serárealizado por Junta Médica Especial designada pelo Di-retor do DETRAN.

• A Junta Médica Especial de que trata este artigo, parafins de adaptação de veículo para o deficiente físico,deverá observar as seguintes indicações: (Anexo I daResolução 80). Veja quadro na página seguinte.

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PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

As recomendações para melhor comunicação com o defici-ente auditivo, seja por surdez total ou parcial, incluem falarclaramente, pronunciando bem cada palavra, mas sem exage-rar. Falar em ritmo normal, salvo quando for solicitado por elea se expressar mais devagar.

Cuidar para que a pessoa surda perceba os movimentoslabiais de quem está lhe falando.

Falar com o tom normal de voz, a não ser que a pessoacom deficiência peça para levantar a voz. Gritar nunca adianta.

Como os surdos não podem ouvir as mudanças sutis notom de voz do seu interlocutor, indicando sarcasmo ou serie-dade, a maioria deles fará a leitura das expressões faciais,dos gestos ou movimentos do corpo para entender o que sequer comunicar a eles.

Falando a uma pessoa surda, é preciso chamar a sua aten-ção, seja sinalizando com a mão ou tocando seu braço. En-quanto estiverem conversando, deve-se manter contato visual,pois o simples desviar do olhar pode dar a entender ao surdoque a conversa já terminou.

A sinalização do veículo (seta, pisca-pisca, alerta, lu-zes... ) é de fundamen-tal importância para aorientação e segurançada pessoa com deficiên-cia auditiva;

A comunicação visualatravés das placas de si-nalização e dos semáfo-ros é a principal fonte deinformação para o surdoorientar-se no trânsito.

Page 12: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

É IMPORTANTE AVISAR AOMOTORISTA QUE SE ESTÁ

EMBARCANDO OUDESEMBARCANDO UM

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS

1 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior esquerdo (Cat. “B”)

2 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior direito (Cat. “B”).

3 - Amputação ou paralisia dosmembros inferiores (Cat. “B”)

4 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior esquerdo (Cat. “A“)

5 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior direito (Cat. “A”)

6 - Amputação ou paraplegia dosmembros inferiores (Cat. “A”)

7 - Amputação do membro superiordireito ou mão direita (Cat. “B”)

8 - Amputação do membro superior es-querdo ou mão esquerda (Cat. “B“)

9 - Casos de amputação de dedos,paralisias parciais (membros supe-riores ou inferiores), atrofias, de-feitos congênitos não enquadradosacima, outros comprometimentos

de pequena intensidade.

ADAPTAÇÃO NO VEÍCULO

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

b) Embreagem adaptada à alavan-ca de câmbio.

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

b) Embreagem adaptada à alavan-ca de câmbio.

c) Em ambos os casos, aceleradorà esquerda.

a) Veículo automático ou hidramá-tico com comandos manuaisadaptados.

b) Cinto pélvio-toráxico obrigatório.

a) Moto com “side-car” e câmbiomanual adaptado.

a) Moto com “side-car” e freio ma-nual adaptado

a) Moto com “side-car”, freio ecâmbio manuais adaptados.

a) Veículo automático ou hidramá-tico com comandos de painel àesquerda.

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

a) Ficam a critério da Junta Médi-ca Especial as exigênciase adaptações.

12

Existem três raças caninas que mais se adaptam a torna-rem-se guias de deficientes visuais. São elas: Labrador, PastorAlemão e o Golden Retriever. A de melhor atuação tem sidomesmo a Labrador. Nova Zelândia e Estados Unidos são paí-ses onde existem instituições voltadas especificamente paratreinamento de cães destinados a guiar deficientes visuais.

ALGUMAS OUTRAS INFORMAÇÕES:

• No Brasil, os primeiros cães guias só chegaram em ou-tubro/97.

• O cão guia se distingue pela capacidade de conduzir odeficiente visual com muita segurança, inclusive enfrentandoos desafios do trânsito, a ponto de, se instado pelo dono aatravessar uma rua fora da faixa de pedestres, ele só o farápela faixa. Em rua sem a faixa, ele atravessará com toda acautela.

• O cão guia nunca se irrita com o barulho ou o tumulto dotrânsito, mantendo sempre o seu auto domínio em qualquersituação.

• Ele tem também um sentido de direção muito apurado,conduzindo com tranqüilidade e objetividade o seu dono pelasruas de qualquer cidade.

• O cão guia nunca é ven-dido, mas, sim, doado pelas ins-tituições que o criam e treinampara essa missão.

Ethel Rosenfeld, professoraespecializada na Educação eReabilitação de Pessoas comDeficiência Visual, com Gem,

seu cão guia.

O FIEL AMIGO DO DEFICIENTE VISUAL

25

Page 13: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

13

O TRÂNSITO EM RELAÇÃO ÀSPESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA,MOTORIZADA OU CADEIRANTE NA RUA

Se o cidadão estiver transitando pela calçada em sua ca-deira de rodas, qualquer pessoa poderá conduzi-lo normalmen-te. Apresentando a calçada buracos ou desníveis, é precisoque o próprio cadeirante sugira a forma de como agir diantedos obstáculos. Se a cadeira for do modelo que tem rodaspequenas na frente, deve-se empinar a mesma para trás econduzi-lo com as rodas dianteiras suspensas. Essa mesmaregra vale para transitar em guias rebaixadas ou em degraus.Se forem dois ou mais degraus, deve-se agir da seguinte for-ma: posicionar a cadeira de rodas de costas para os degraus,empinando-a para deixar suspensas as rodas dianteiras. Paradescer os degraus é só empinar a cadeira e descer de frente,mantendo suspensas às rodas dianteiras.

Se a cadeira for do modelo que tem as rodas grandes nafrente, pode-se conduzi-la normalmente nas calçadas com des-níveis ou buracos, sendo recomendável, é claro, desviar dosmesmos. Torna-se difícil subir degraus com esse modelo decadeira. Recomenda-se que duas pessoas suspendam a ca-deira se não existirem rampas de acesso.

A utilização de cadeiras de rodas impõe limites à execu-ção de tarefas, por dificultar a aproximação aos objetose o alcance de elementos acima e abaixo do raio deação de uma pessoa sentada.Também os limites de alcance visual para pessoas emcadeiras de roda vão até a altura e ângulo de visão dequem está sentado.É sempre necessário que o cadeirante informe, a quemse dispuser a auxiliá-lo, como deve ser conduzidaa sua cadeira.

Artigo escrito pelo catarinense Carlos Henrique Geller(Caíque), em 1998, que perdeu a visão em decorrência de

um acidente de trânsito aos 28 anos de idade.24

APOLOGIA À LIBERDADE VISUAL

Desde os primórdios a humanidade busca incessantemente a li-berdade, pois ela é inerente ao nosso espírito e angústias em conse-guir equilibrar coletiva ou individualmente os direitos e obrigações quepermeiam e facilitam os nossos caminhos.

Os conceitos de liberdade são muito ecléticos, até mesmo parado-xais. Dependem muito das regras institucionais que regulam as açõesde cada nação, dentro de um contexto político, em um determinadomomento da história.

A liberdade é o direito de ir e vir dos cidadãos em toda sua plenitude.Porém, esse velho paradigma só poderá ser exercitado por pessoas ce-gas se elas contarem com apoio de terceiros ou ainda pelainstrumentalização tecnológica que produza esse efeito.

O 1º passo para a locomoção dos cegos é um braço amigo, quepode levá-los a todos os lugares com segurança. Isso, no entanto,causará o constrangimento da dependência.

O 2º passo é a locomoção realizada com apoio da bengala, que,se utilizada com técnica adequada, leva a todos os lugares comalguma segurança, pois são infinitas as surpresas negativas causa-das pelas barreiras arquitetônicas que funcionam como armadilhas.

Quem já vivenciou estes dois primeiros estágios e, posteriormen-te, tem a oportunidade de ser conduzido pôr um cão guia, consegueauferir a diferença que esse animal inteligente e dócil oferece com seutrabalho perfeito, aguçado instinto de preservação, driblando todas asbarreiras e armadilhas que aparecem pelo caminho.

Além do amor incondicional que este cão dedica ao cego, suacompanhia fiel e segura, sem nada objetar, deveria servir de exem-plo para a humanidade, que assim certamente viveria mais feliz.

O ideal seria que todos os cegos pudessem enxergar atravésdos olhos de um cão guia, o que lhes garantiria oportunidade demelhorar substancialmente sua qualidade de vida.

Page 14: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICANO PONTO DE ÔNIBUS

Esse é um problema sério para pessoa com deficiênciafísica que depende do transporte coletivo, pois grande partedos motoristas estaciona longe da calçada e está sempre compressa. Quem vai ajudá-lo deve ser ágil e possuir força física.Na hora do embarque é preciso verificar sempre qual a melhormaneira de fazê-lo, especialmente consultando o cadeirante.

O embarque ou desembarque do cadeirante em um veícu-lo coletivo requer providências no sentido de se promover adap-tações mais condizentes com as dificuldades que ele vem en-frentando como passageiro. Ainda há muito por ser feito deprático nesse sentido.

A pessoa com deficiência física terá resgatado a sua cida-dania quando a comunidade promover definitivamente a ne-cessária adaptação dos veículos públicos.

14

É IMPORTANTE AVISAR

AO MOTORISTA QUE

SE ESTÁ EMBARCANDO

OU DESEMBARCANDO

UMA PESSOA COM

DEFICIÊNCIA FÍSICA.

Ao levá-lo para sentar-se no banco do ônibus, pode-seguiar sua mão para o encosto e informar se o bancotem braço ou não;

Sempre que se conduz alguém a atravessar uma rua,deve-se levá-lo em linha reta, caso contrário ele poderáperder a direção;

A pessoa com baixa visão ou cegueira noturna deve sem-pre utilizar a bengala para não correr maiores riscos notrânsito;

As marcas no chão ou os sinais sonoros permitem àspessoas com deficiência visual andar com mais segu-rança;

O deficiente visual deve procurar um instituto ou associ-ação de cegos para aprender a usar melhor as diversastécnicas de orientação e mobilidade;

Obrigatoriedade: O deficiente visual deve repassar aotranseunte que o auxilia momentaneamente, bem comoà sua comunidade (bairro, vizinho, escola, etc.. ), infor-mações claras e precisas sobre os procedimentos ne-cessários para exercer a função de guia vidente.

23Foto ilustrativa: Curso de Capacitação no SEST-SENAT

Page 15: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

15

O DEFICIENTE DE CADEIRA DE RODASDO MODELO COM MANIVELAS

A cadeira de rodas do modelo com manivelas proporcionamaior facilidade de locomoção. Mas não dá ao seu ocupante apossibilidade de embarcar num ônibus, pois a cadeira de ro-das não é dobrável.

Há também o risco das correntes se soltarem da mani-vela. Caso isso aconteça, quando se estiver atraves-sando a rua, a ajuda deverá ser apenas o empurrar-se acadeira de rodas para a beira da calçada, consertando-se depois as correntes.

O DEFICIENTE FÍSICONO ESTACIONAMENTO

Quando o deficiente físico possui carro e transporta suacadeira de rodas, ao estacionar precisa de um espaço lateralmaior que o normal, pois ele, ao desembarcar, terá que seacomodar em sua cadeira de rodas, que deverá estar coloca-da ao lado do veículo.

OBSERVAÇÃO:Nunca se deve estacionar na vaga reservada à pessoacom deficiência.

Ao se prestar a ajudar no deslocamento de uma pessoacom deficiência física, deve-se verificar antes os aces-sos, pois as barreiras arquitetônicas podem impedir dechegar-se ao local desejado.

22

PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

À pessoa com deficiência visual, seja cegueira ou visãosubnormal, deve-se oferecer ajuda sempre que for necessárioe desde que ela concorde com isso.

Para guiar o cidadão não se deve puxá-lo ou dar-lhe a mão.Recomenda-se, portanto, oferecer-lhe o braço para que ele se-gure acima do cotovelo, posicionando-se o guia meio passo àfrente, evitando assim os obstáculos e permitindo que ele per-ceba o movimento desenvolvido pelo corpo do guia. À medidaque se encontrar degraus, meios-fios, postes, floreiras, lixei-ras e outros obstáculos, deve-se informar antecipadamente so-bre os mesmos ao deficiente visual.

Em passagem estreita, colocar o braço para trás, de modoque ele perceba seu movimento e possa segui-lo.

Ao deixar a pessoa na calçada ou em ponto de ônibus,diz-se claramente uma palavra de despedida para queela não fique falando sozinha;

Ao informar direções, reco-menda-se utilizar pontos dereferência concretos e nãovisuais, orientando sobre lo-calizações e distâncias apartir do referencial do pró-prio indivíduo;

Ruídos muito altos (carros,motos, buzinas... ) podemprejudicar a orientação dapessoa com deficiência vi-sual, pois ela se orientaquase sempre por sinais au-ditivos;

Page 16: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICAQUE USA MULETAS, ANDADOR OU BENGALA.

Ao andar ao lado de um cidadão que usa um desses tiposde auxílio, deve-se estar atento e tomar muito cuidado paranão tropeçar neles, o que pode acabar por derrubá-lo.

O equipamento tem que estar sempre o mais próximopossível e ao alcance da pessoa com deficiência física;

O acompanhante precisa caminhar sempre no mesmoritmo em que anda a pessoa com deficiência;

Deve cuidar também de evitar que ela tropece;

No caso em que a pessoa com deficiência física temdificuldades de localizar obstáculos, degraus, buracosou veículos, deve-se informá-la antecipadamente sobreos mesmos;

Caso a pessoa com deficiência física esteja habituadaa locomover-se apenas em ambientes restritos, quandoela sair para a rua precisará de orientação sobre amaneira de utilizar seu equipamento auxiliar de loco-moção. Aí será necessário um profissional da área defisioterapia ou terapia ocupacional para orientá-la.

DIREITOS/DEVERES:

As Associações de Deficientes Físicos devem oferecer ascondições mais favoráveis para que os mesmos saibam utili-zar de forma consciente e segura o seu equipamento, nãomedindo esforços também para contribuir no seu aprimora-mento técnico.

1616 21

MITOS E REALIDADES – IDOSOS

MITOS• A maioria dos idosos vive em países desenvolvidos;• As pessoas mais velhas são todas iguais;• Homens e mulheres envelhecem da mesma forma;• Os idosos são sempre muito frágeis;• Os mais velhos nada têm a contribuir;• Os mais velhos só representam ônus econômico para a

sociedade.

REALIDADES• A maioria dos idosos, mais de 60%, vivem em países

em desenvolvimento;• Cada pessoa envelhece à sua maneira. Muitos levam

vidas ativas e sadias;• As mulheres vivem mais que os homens. A vantagem

da mulher, em parte, é biológica;• A esmagadora maioria dos idosos mantém-se em boa

forma física até uma fase bem mais avançada da vida;• Um número considerável de idosos contribui

financeiramente para o sustento de suas famílias;• A maioria das pessoas idosas em todo mundo continua

a trabalhar, dando significativa contribuição para aprosperidade econômica de suas comunidades.

Page 17: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

1717

O DESCONHECIMENTO DO SIGNIFICADODAS PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO

Infelizmente o desconhecimento por grandeparte da população, e principalmente dos condu-tores de veículos, do significado de algumas pla-cas de trânsito, tem trazido situações desagradá-veis, ainda que sob certos aspectos possam sercômicas. É o que acontece nos estacionamentosreservados às pessoas com deficiência física iden-tificadas pela placa com o símbolo internacionalde acesso.

A seguir, o resumo de duas das histórias do livro“D’vagar si não Aleija”, do Jornalista Chiko Kuneski.

Título I: A PEQUENA AUTORIDADEAo querer estacionar em local reservado à pessoao com

deficiência física, num shopping center, fui interrompido porum agudo apito.

– Não pode parar aí não! – esbravejou um dos guardas doshopping, do alto do pedestal de sua “pequena autoridade”.

– Desculpe, mas não estou entendendo – reagi.– Não tem o que entender. Só não pode estacionar aí. Não

tá vendo que tem um monte de vagas?– Mas a placa... – iniciei, tentando explicar que estava justa-

mente parando na vaga reservada para pessoas com deficiên-cia física.

– É! Justo pela placa – cortou seco.– Pois a placa...– A placa indica que aqui não pode parar carro não. Não

sabe de trânsito? - disse, quase gritando.– Mas...– Sem mas! – cortou o guarda, num grito. – Tira logo o

carro! Não vê o desenho da placa? Aqui é lugar de pararsó as bicicletas...

Símbolo internacionalde acessoMITOS E REALIDADES - DEFICIENTES

MITOSTodo surdo é mudo;Todo cego tem tendência à música;Deficiência é sempre fruto de herança familiar;Existem remédios milagrosos que curam as deficiênci-as;As pessoas com necessidades especiais são eternascrianças;Todo deficiente mental é dependente.

REALIDADESDeficiência não é doença;Algumas crianças com deficiências necessitam de es-colas especiais;As adaptações são recursos necessários para facilitara integração dos Educandos com Necessidades Especi-ais nas escolas;Síndromes de origem genética e epilepsia não são con-tagiosas;O deficiente mental não é louco.

20

Page 18: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

Título II: TÔ NOS MEUS DIREITOS!

Ao chegar à vaga reservada para pessoas com deficiênciafísica no centro da cidade, ela já estava ocupada por um cida-dão que lia seu jornal sentado ao volante, certamente esperan-do por alguém. Seu carro não tinha qualquer indicação de per-tencer a uma pessoa com deficiência. Então eu lhe disse:

– Desculpe, mas acho que o senhor estacionou em localerrado.

– Por certo que não – retrucou. Tô nos meus direitos. Che-guei primeiro.

– Mas a placa à sua frente. O senhor sabe o que quer dizeressa placa?

– Sei sim! – exclamou o motorista. – Quer dizer que possoestacionar o carro se ficar dentro dele – concluiu, fechandorapidamente a janela.

18 19

NÃO ESTACIONE EM LOCAIS

RESERVADOS ÀS PESSOAS

COM DEFICIÊNCIA.

O Engenheiro Arno Kummer, defici-ente físico, mostra a necessidade

de espaço na lateral do veículo para

o movimento de desembarque.

Page 19: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

Título II: TÔ NOS MEUS DIREITOS!

Ao chegar à vaga reservada para pessoas com deficiênciafísica no centro da cidade, ela já estava ocupada por um cida-dão que lia seu jornal sentado ao volante, certamente esperan-do por alguém. Seu carro não tinha qualquer indicação de per-tencer a uma pessoa com deficiência. Então eu lhe disse:

– Desculpe, mas acho que o senhor estacionou em localerrado.

– Por certo que não – retrucou. Tô nos meus direitos. Che-guei primeiro.

– Mas a placa à sua frente. O senhor sabe o que quer dizeressa placa?

– Sei sim! – exclamou o motorista. – Quer dizer que possoestacionar o carro se ficar dentro dele – concluiu, fechandorapidamente a janela.

18 19

NÃO ESTACIONE EM LOCAIS

RESERVADOS ÀS PESSOAS

COM DEFICIÊNCIA.

O Engenheiro Arno Kummer, defici-ente físico, mostra a necessidade

de espaço na lateral do veículo para

o movimento de desembarque.

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O DESCONHECIMENTO DO SIGNIFICADODAS PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO

Infelizmente o desconhecimento por grandeparte da população, e principalmente dos condu-tores de veículos, do significado de algumas pla-cas de trânsito, tem trazido situações desagradá-veis, ainda que sob certos aspectos possam sercômicas. É o que acontece nos estacionamentosreservados às pessoas com deficiência física iden-tificadas pela placa com o símbolo internacionalde acesso.

A seguir, o resumo de duas das histórias do livro“D’vagar si não Aleija”, do Jornalista Chiko Kuneski.

Título I: A PEQUENA AUTORIDADEAo querer estacionar em local reservado à pessoao com

deficiência física, num shopping center, fui interrompido porum agudo apito.

– Não pode parar aí não! – esbravejou um dos guardas doshopping, do alto do pedestal de sua “pequena autoridade”.

– Desculpe, mas não estou entendendo – reagi.– Não tem o que entender. Só não pode estacionar aí. Não

tá vendo que tem um monte de vagas?– Mas a placa... – iniciei, tentando explicar que estava justa-

mente parando na vaga reservada para pessoas com deficiên-cia física.

– É! Justo pela placa – cortou seco.– Pois a placa...– A placa indica que aqui não pode parar carro não. Não

sabe de trânsito? - disse, quase gritando.– Mas...– Sem mas! – cortou o guarda, num grito. – Tira logo o

carro! Não vê o desenho da placa? Aqui é lugar de pararsó as bicicletas...

Símbolo internacionalde acessoMITOS E REALIDADES - DEFICIENTES

MITOSTodo surdo é mudo;Todo cego tem tendência à música;Deficiência é sempre fruto de herança familiar;Existem remédios milagrosos que curam as deficiênci-as;As pessoas com necessidades especiais são eternascrianças;Todo deficiente mental é dependente.

REALIDADESDeficiência não é doença;Algumas crianças com deficiências necessitam de es-colas especiais;As adaptações são recursos necessários para facilitara integração dos Educandos com Necessidades Especi-ais nas escolas;Síndromes de origem genética e epilepsia não são con-tagiosas;O deficiente mental não é louco.

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PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICAQUE USA MULETAS, ANDADOR OU BENGALA.

Ao andar ao lado de um cidadão que usa um desses tiposde auxílio, deve-se estar atento e tomar muito cuidado paranão tropeçar neles, o que pode acabar por derrubá-lo.

O equipamento tem que estar sempre o mais próximopossível e ao alcance da pessoa com deficiência física;

O acompanhante precisa caminhar sempre no mesmoritmo em que anda a pessoa com deficiência;

Deve cuidar também de evitar que ela tropece;

No caso em que a pessoa com deficiência física temdificuldades de localizar obstáculos, degraus, buracosou veículos, deve-se informá-la antecipadamente sobreos mesmos;

Caso a pessoa com deficiência física esteja habituadaa locomover-se apenas em ambientes restritos, quandoela sair para a rua precisará de orientação sobre amaneira de utilizar seu equipamento auxiliar de loco-moção. Aí será necessário um profissional da área defisioterapia ou terapia ocupacional para orientá-la.

DIREITOS/DEVERES:

As Associações de Deficientes Físicos devem oferecer ascondições mais favoráveis para que os mesmos saibam utili-zar de forma consciente e segura o seu equipamento, nãomedindo esforços também para contribuir no seu aprimora-mento técnico.

1616 21

MITOS E REALIDADES – IDOSOS

MITOS• A maioria dos idosos vive em países desenvolvidos;• As pessoas mais velhas são todas iguais;• Homens e mulheres envelhecem da mesma forma;• Os idosos são sempre muito frágeis;• Os mais velhos nada têm a contribuir;• Os mais velhos só representam ônus econômico para a

sociedade.

REALIDADES• A maioria dos idosos, mais de 60%, vivem em países

em desenvolvimento;• Cada pessoa envelhece à sua maneira. Muitos levam

vidas ativas e sadias;• As mulheres vivem mais que os homens. A vantagem

da mulher, em parte, é biológica;• A esmagadora maioria dos idosos mantém-se em boa

forma física até uma fase bem mais avançada da vida;• Um número considerável de idosos contribui

financeiramente para o sustento de suas famílias;• A maioria das pessoas idosas em todo mundo continua

a trabalhar, dando significativa contribuição para aprosperidade econômica de suas comunidades.

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O DEFICIENTE DE CADEIRA DE RODASDO MODELO COM MANIVELAS

A cadeira de rodas do modelo com manivelas proporcionamaior facilidade de locomoção. Mas não dá ao seu ocupante apossibilidade de embarcar num ônibus, pois a cadeira de ro-das não é dobrável.

Há também o risco das correntes se soltarem da mani-vela. Caso isso aconteça, quando se estiver atraves-sando a rua, a ajuda deverá ser apenas o empurrar-se acadeira de rodas para a beira da calçada, consertando-se depois as correntes.

O DEFICIENTE FÍSICONO ESTACIONAMENTO

Quando o deficiente físico possui carro e transporta suacadeira de rodas, ao estacionar precisa de um espaço lateralmaior que o normal, pois ele, ao desembarcar, terá que seacomodar em sua cadeira de rodas, que deverá estar coloca-da ao lado do veículo.

OBSERVAÇÃO:Nunca se deve estacionar na vaga reservada à pessoacom deficiência.

Ao se prestar a ajudar no deslocamento de uma pessoacom deficiência física, deve-se verificar antes os aces-sos, pois as barreiras arquitetônicas podem impedir dechegar-se ao local desejado.

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PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

À pessoa com deficiência visual, seja cegueira ou visãosubnormal, deve-se oferecer ajuda sempre que for necessárioe desde que ela concorde com isso.

Para guiar o cidadão não se deve puxá-lo ou dar-lhe a mão.Recomenda-se, portanto, oferecer-lhe o braço para que ele se-gure acima do cotovelo, posicionando-se o guia meio passo àfrente, evitando assim os obstáculos e permitindo que ele per-ceba o movimento desenvolvido pelo corpo do guia. À medidaque se encontrar degraus, meios-fios, postes, floreiras, lixei-ras e outros obstáculos, deve-se informar antecipadamente so-bre os mesmos ao deficiente visual.

Em passagem estreita, colocar o braço para trás, de modoque ele perceba seu movimento e possa segui-lo.

Ao deixar a pessoa na calçada ou em ponto de ônibus,diz-se claramente uma palavra de despedida para queela não fique falando sozinha;

Ao informar direções, reco-menda-se utilizar pontos dereferência concretos e nãovisuais, orientando sobre lo-calizações e distâncias apartir do referencial do pró-prio indivíduo;

Ruídos muito altos (carros,motos, buzinas... ) podemprejudicar a orientação dapessoa com deficiência vi-sual, pois ela se orientaquase sempre por sinais au-ditivos;

Page 23: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICANO PONTO DE ÔNIBUS

Esse é um problema sério para pessoa com deficiênciafísica que depende do transporte coletivo, pois grande partedos motoristas estaciona longe da calçada e está sempre compressa. Quem vai ajudá-lo deve ser ágil e possuir força física.Na hora do embarque é preciso verificar sempre qual a melhormaneira de fazê-lo, especialmente consultando o cadeirante.

O embarque ou desembarque do cadeirante em um veícu-lo coletivo requer providências no sentido de se promover adap-tações mais condizentes com as dificuldades que ele vem en-frentando como passageiro. Ainda há muito por ser feito deprático nesse sentido.

A pessoa com deficiência física terá resgatado a sua cida-dania quando a comunidade promover definitivamente a ne-cessária adaptação dos veículos públicos.

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É IMPORTANTE AVISAR

AO MOTORISTA QUE

SE ESTÁ EMBARCANDO

OU DESEMBARCANDO

UMA PESSOA COM

DEFICIÊNCIA FÍSICA.

Ao levá-lo para sentar-se no banco do ônibus, pode-seguiar sua mão para o encosto e informar se o bancotem braço ou não;

Sempre que se conduz alguém a atravessar uma rua,deve-se levá-lo em linha reta, caso contrário ele poderáperder a direção;

A pessoa com baixa visão ou cegueira noturna deve sem-pre utilizar a bengala para não correr maiores riscos notrânsito;

As marcas no chão ou os sinais sonoros permitem àspessoas com deficiência visual andar com mais segu-rança;

O deficiente visual deve procurar um instituto ou associ-ação de cegos para aprender a usar melhor as diversastécnicas de orientação e mobilidade;

Obrigatoriedade: O deficiente visual deve repassar aotranseunte que o auxilia momentaneamente, bem comoà sua comunidade (bairro, vizinho, escola, etc.. ), infor-mações claras e precisas sobre os procedimentos ne-cessários para exercer a função de guia vidente.

23Foto ilustrativa: Curso de Capacitação no SEST-SENAT

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O TRÂNSITO EM RELAÇÃO ÀSPESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA,MOTORIZADA OU CADEIRANTE NA RUA

Se o cidadão estiver transitando pela calçada em sua ca-deira de rodas, qualquer pessoa poderá conduzi-lo normalmen-te. Apresentando a calçada buracos ou desníveis, é precisoque o próprio cadeirante sugira a forma de como agir diantedos obstáculos. Se a cadeira for do modelo que tem rodaspequenas na frente, deve-se empinar a mesma para trás econduzi-lo com as rodas dianteiras suspensas. Essa mesmaregra vale para transitar em guias rebaixadas ou em degraus.Se forem dois ou mais degraus, deve-se agir da seguinte for-ma: posicionar a cadeira de rodas de costas para os degraus,empinando-a para deixar suspensas as rodas dianteiras. Paradescer os degraus é só empinar a cadeira e descer de frente,mantendo suspensas às rodas dianteiras.

Se a cadeira for do modelo que tem as rodas grandes nafrente, pode-se conduzi-la normalmente nas calçadas com des-níveis ou buracos, sendo recomendável, é claro, desviar dosmesmos. Torna-se difícil subir degraus com esse modelo decadeira. Recomenda-se que duas pessoas suspendam a ca-deira se não existirem rampas de acesso.

A utilização de cadeiras de rodas impõe limites à execu-ção de tarefas, por dificultar a aproximação aos objetose o alcance de elementos acima e abaixo do raio deação de uma pessoa sentada.Também os limites de alcance visual para pessoas emcadeiras de roda vão até a altura e ângulo de visão dequem está sentado.É sempre necessário que o cadeirante informe, a quemse dispuser a auxiliá-lo, como deve ser conduzidaa sua cadeira.

Artigo escrito pelo catarinense Carlos Henrique Geller(Caíque), em 1998, que perdeu a visão em decorrência de

um acidente de trânsito aos 28 anos de idade.24

APOLOGIA À LIBERDADE VISUAL

Desde os primórdios a humanidade busca incessantemente a li-berdade, pois ela é inerente ao nosso espírito e angústias em conse-guir equilibrar coletiva ou individualmente os direitos e obrigações quepermeiam e facilitam os nossos caminhos.

Os conceitos de liberdade são muito ecléticos, até mesmo parado-xais. Dependem muito das regras institucionais que regulam as açõesde cada nação, dentro de um contexto político, em um determinadomomento da história.

A liberdade é o direito de ir e vir dos cidadãos em toda sua plenitude.Porém, esse velho paradigma só poderá ser exercitado por pessoas ce-gas se elas contarem com apoio de terceiros ou ainda pelainstrumentalização tecnológica que produza esse efeito.

O 1º passo para a locomoção dos cegos é um braço amigo, quepode levá-los a todos os lugares com segurança. Isso, no entanto,causará o constrangimento da dependência.

O 2º passo é a locomoção realizada com apoio da bengala, que,se utilizada com técnica adequada, leva a todos os lugares comalguma segurança, pois são infinitas as surpresas negativas causa-das pelas barreiras arquitetônicas que funcionam como armadilhas.

Quem já vivenciou estes dois primeiros estágios e, posteriormen-te, tem a oportunidade de ser conduzido pôr um cão guia, consegueauferir a diferença que esse animal inteligente e dócil oferece com seutrabalho perfeito, aguçado instinto de preservação, driblando todas asbarreiras e armadilhas que aparecem pelo caminho.

Além do amor incondicional que este cão dedica ao cego, suacompanhia fiel e segura, sem nada objetar, deveria servir de exem-plo para a humanidade, que assim certamente viveria mais feliz.

O ideal seria que todos os cegos pudessem enxergar atravésdos olhos de um cão guia, o que lhes garantiria oportunidade demelhorar substancialmente sua qualidade de vida.

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É IMPORTANTE AVISAR AOMOTORISTA QUE SE ESTÁ

EMBARCANDO OUDESEMBARCANDO UM

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS

1 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior esquerdo (Cat. “B”)

2 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior direito (Cat. “B”).

3 - Amputação ou paralisia dosmembros inferiores (Cat. “B”)

4 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior esquerdo (Cat. “A“)

5 - Amputação ou paralisia do mem-bro inferior direito (Cat. “A”)

6 - Amputação ou paraplegia dosmembros inferiores (Cat. “A”)

7 - Amputação do membro superiordireito ou mão direita (Cat. “B”)

8 - Amputação do membro superior es-querdo ou mão esquerda (Cat. “B“)

9 - Casos de amputação de dedos,paralisias parciais (membros supe-riores ou inferiores), atrofias, de-feitos congênitos não enquadradosacima, outros comprometimentos

de pequena intensidade.

ADAPTAÇÃO NO VEÍCULO

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

b) Embreagem adaptada à alavan-ca de câmbio.

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

b) Embreagem adaptada à alavan-ca de câmbio.

c) Em ambos os casos, aceleradorà esquerda.

a) Veículo automático ou hidramá-tico com comandos manuaisadaptados.

b) Cinto pélvio-toráxico obrigatório.

a) Moto com “side-car” e câmbiomanual adaptado.

a) Moto com “side-car” e freio ma-nual adaptado

a) Moto com “side-car”, freio ecâmbio manuais adaptados.

a) Veículo automático ou hidramá-tico com comandos de painel àesquerda.

a) Veículo automático ou hidramá-tico.

a) Ficam a critério da Junta Médi-ca Especial as exigênciase adaptações.

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Existem três raças caninas que mais se adaptam a torna-rem-se guias de deficientes visuais. São elas: Labrador, PastorAlemão e o Golden Retriever. A de melhor atuação tem sidomesmo a Labrador. Nova Zelândia e Estados Unidos são paí-ses onde existem instituições voltadas especificamente paratreinamento de cães destinados a guiar deficientes visuais.

ALGUMAS OUTRAS INFORMAÇÕES:

• No Brasil, os primeiros cães guias só chegaram em ou-tubro/97.

• O cão guia se distingue pela capacidade de conduzir odeficiente visual com muita segurança, inclusive enfrentandoos desafios do trânsito, a ponto de, se instado pelo dono aatravessar uma rua fora da faixa de pedestres, ele só o farápela faixa. Em rua sem a faixa, ele atravessará com toda acautela.

• O cão guia nunca se irrita com o barulho ou o tumulto dotrânsito, mantendo sempre o seu auto domínio em qualquersituação.

• Ele tem também um sentido de direção muito apurado,conduzindo com tranqüilidade e objetividade o seu dono pelasruas de qualquer cidade.

• O cão guia nunca é ven-dido, mas, sim, doado pelas ins-tituições que o criam e treinampara essa missão.

Ethel Rosenfeld, professoraespecializada na Educação eReabilitação de Pessoas comDeficiência Visual, com Gem,

seu cão guia.

O FIEL AMIGO DO DEFICIENTE VISUAL

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CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

LEI 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997• Artigo 147 - Estabelece normas para formação de condu-

tores de veículos automotores e da outras providências:

RESOLUÇÃO 51 (CONTRAN)DO EXAME DE SANIDADE FÍSICA E MENTAL

• A sanidade física e mental dos candidatos à obtençãoda Carteira Nacional de Habilitação e a dos condutorespor ocasião da sua renovação, será avaliada atravésdos seguintes exames:I - Clínico GeralII - Acuidade visual e auditivaIII - Avaliação da força, motricidade e mobilidadeIV - Outros complementares ou especializados quandonecessários e a critério médico.No exame Clínico Geral será avaliada a capacidade or-gânica do candidato e do condutor de veículo automo-tor. (Resolução 80)

RESOLUÇÃO 80 (CONTRAN)DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E DAS ADAPTAÇÕES DO VEÍCULO

• O exame de sanidade física e mental do candidato acondutor de veículo automotor com deficiência física serárealizado por Junta Médica Especial designada pelo Di-retor do DETRAN.

• A Junta Médica Especial de que trata este artigo, parafins de adaptação de veículo para o deficiente físico,deverá observar as seguintes indicações: (Anexo I daResolução 80). Veja quadro na página seguinte.

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PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

As recomendações para melhor comunicação com o defici-ente auditivo, seja por surdez total ou parcial, incluem falarclaramente, pronunciando bem cada palavra, mas sem exage-rar. Falar em ritmo normal, salvo quando for solicitado por elea se expressar mais devagar.

Cuidar para que a pessoa surda perceba os movimentoslabiais de quem está lhe falando.

Falar com o tom normal de voz, a não ser que a pessoacom deficiência peça para levantar a voz. Gritar nunca adianta.

Como os surdos não podem ouvir as mudanças sutis notom de voz do seu interlocutor, indicando sarcasmo ou serie-dade, a maioria deles fará a leitura das expressões faciais,dos gestos ou movimentos do corpo para entender o que sequer comunicar a eles.

Falando a uma pessoa surda, é preciso chamar a sua aten-ção, seja sinalizando com a mão ou tocando seu braço. En-quanto estiverem conversando, deve-se manter contato visual,pois o simples desviar do olhar pode dar a entender ao surdoque a conversa já terminou.

A sinalização do veículo (seta, pisca-pisca, alerta, lu-zes... ) é de fundamen-tal importância para aorientação e segurançada pessoa com deficiên-cia auditiva;

A comunicação visualatravés das placas de si-nalização e dos semáfo-ros é a principal fonte deinformação para o surdoorientar-se no trânsito.

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LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 1LEI Nº 10.70.70.70.70.7444441 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBR1 DE 1º DE OUTUBRO DE 2003O DE 2003O DE 2003O DE 2003O DE 2003

ESTATUTO DO IDOSO - CAPÍTULO X

Entre outros direitos sociais assegurados ao idoso estãoaqueles que lhe oferecem mais facilidade e segurança ao utilizaros meios de transporte em geral.

Como passageiro de veículos para o transporte público,qualquer pessoa acima de 65 anos tem direito à gratuidade,desde que apresente documento comprobatório da sua idade.

No caso das pessoas cuja idade está na faixa entre 60 e65 anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre ascondições para exercício da gratuidade nos meios de transporte.

Mas nem todos os idosos sabem até onde vão os seusdireitos.

É preciso, portanto, divulgar largamente que a Lei prevêuma pena de reclusão, variando de seis meses a um ano, paraquem dificultar o acesso dos idosos aos transportes públicos,sejam eles ônibus, trem, metrô ou qualquer outro meio.

Quanto ao transporte interestadual, estão sendo discutidasformas no Conselho Nacional do Idoso, para que a legislaçãoseja cumprida no que diz respeito à reserva, por parte dasempresas, de duas vagas gratuitas para pessoas com mais de65 anos e renda familiar igual ou inferior a dois saláriosmínimos.

Se essas vagas já estiverem ocupadas por pessoas quepreencham estes requisitos, qualquer outro passageiro quetambém tenha direito à gratuidade deverá ser compensado comum desconto mínimo de 50% (cinqüenta por cento) do valor dapassagem.

Além dessas prerrogativas, o idoso terá sempre apreferência no embarque e na acomodação dentro dos veículosde transporte público.

Finalmente, ficam também assegurados, nos termos daLei local, 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentospúblicos e privados, as quais deverão estar posicionadas de

forma a garantir maior comodidade ao idoso.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL TEM CONDIÇÕES DECONVIVER EM SOCIEDADE, TRABALHAR, ESTUDAR EAPRENDER A COMPORTAR-SE NO TRÂNSITO.

DEFICIÊNCIA MENTAL NÃO É DOENÇA MENTAL

Entre as muitas necessidades que se apresentam àspessoas com deficiência mental, aquela de que ela maiscarece é a convivência com outras pessoas;

À sua maneira e do seu jeito, ele precisa sair e se co-municar com parentes, amigos e pessoas em geral;

Tratá-lo como pessoa, respeitando sua dignidade, seupotencial de desenvolvimento, independentemente daidade, é a obrigação de todos;

Se for criança, tratá-lo como criança. Se for adolescen-te ou adulto, como tal precisa ser considerado;

Se a compreensão for de criança, precisa ser advertidade que a rua não é lugar de brincadeiras.

“Admito que o deficiente sejavítima do destino, mas não posso

admitir que seja vítima daindiferença”

John F. Kennedy27

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DECRETO Nº 5.296, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2004

Regulamenta as Leis nos 10.048, de 08 de novembro de 2000e 10.098, de 19 de dezembro de 2000

DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO RODOVIÁRIO

Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da datade edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos osmodelos e marcas de veículos de transporte coletivo rodoviáriopara utilização no País serão fabricados acessíveis e estarãodisponíveis para integrar a frota operante, de forma a garantir oseu uso por pessoas portadoras de deficiência ou commobilidade reduzida.

§ 1o - As normas técnicas para fabricação dos veículos e dosequipamentos de transporte coletivo rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições e entidadesque compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de atédoze meses a contar da data da publicação deste Decreto.

§ 2o - A substituição da frota operante atual por veículosacessíveis, a ser feita pelas empresas concessionárias epermissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á deforma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos deconcessão e permissão deste serviço.

§ 3o - A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e ainfra-estrutura dos serviços deste transporte deverão estartotalmente acessíveis no prazo máximo de cento e vinte mesesa contar da data de publicação deste Decreto.

§ 4o - Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano devempriorizar o embarque e desembarque dos usuários em nível em,pelo menos, um dos acessos do veículo.

Art. 39. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da datade implementação dos programas de avaliação de conformidadedescritos no § 3o, as empresas concessionárias epermissionárias dos serviços de transporte coletivo rodoviáriodeverão garantir a acessibilidade da frota de veículosem circulação, inclusive de seus equipamentos.28

O TRÂNSITO EM RELAÇÃO À CRIANÇA

CONSIDERAÇÕES INDISPENSÁVEIS SOBREESSE RELACIONAMENTO:

DISTÂNCIA - TEMPO - VELOCIDADEUma criança não é capaz de avaliar tais noções correta-mente.

VIDA E MORTE: UMA COISA SÓA criança não crê na morte. Para ela vida e morte sãobrincadeiras que ela não teme. É sempre melhor advertir acriança que ela vai se machucar muito e que vai doer bas-tante.

A CRIANÇA NÃO ESTÁ APTA PARA O TRÂNSITOAntes dos doze anos a criança tem muita dificuldade de semovimentar no trânsito. Na medida em que ela cresce,aprende e se familiariza com o movimento.

O ALCANCE VISUALPor ser de pequena estatura a criança não vê por cima dosautomóveis estacionados, não sendo também vista pelosmotoristas. Ela tem que tomar muito cuidado ao atraves-sar no meio de carros estacionados.Além disso, ela vê por contrastes: precisa de 4 segundospara distinguir se um carro está em movimento ou se estáparado. Por causa do tamanho, um carro menor, de pas-seio, parece-lhe mais distante que um caminhão.

A CRIANÇA SEMPRE IMITA OS ADULTOSSe os adultos atravessam a rua, ela também acredita quepode. E se estão juntos, de mãos dadas, ela passa a igno-rar o perigo.

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LEI FEDERAL 10.098 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

CAPITULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

• Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicospara a promoção da acessibilidade das pessoas porta-doras de deficiência ou com mobilidade reduzida, medi-ante a supressão de barreiras e de obstáculos nas viase espaços públicos, no mobiliário urbano, na constru-ção e reforma de edifícios e nos meios de transporte ede comunicação. (Art. 1º)

CAPITULO IIIDO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO URBANO

• Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ouquaisquer outros elementos verticais de sinalização quedevam ser instalados em itinerário ou espaço de acessopara pedestres deverão ser dispostos de forma a não difi-cultar ou impedir a circulação, e de modo que possam serutilizados com a máxima comodidade. (Art. 8º)

• Os semáforos para pedestres instalados nas vias públi-cas deverão estar equipados com mecanismo que emitasinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, oucom mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orienta-ção para a travessia de pessoas portadoras de deficiên-cia visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a peri-culosidade da via assim determinarem. (Art. 9º)

DISPOSIÇÕES FINAIS• O Poder Público promoverá campanhas informativas e

educativas dirigidas à população em geral, com a finali-dade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessi-bilidade e a integração social da pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida. (Art. 24)

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ANTES DE TUDO SUA PRÓPRIA VONTADEUma criança procura primeiro satisfazer suas próprias von-tades. Por exemplo, chegar aos pais ou aos amigos queestão do outro lado da rua, arriscando-se muitas vezespela precipitação.

AS FALSAS IMAGENSA rua é para a criança um lugar de brincar. O automóvel écomo se fosse gente e a passagem de pedestre lhe pare-ce um lugar sempre seguro.

SENSAÇÃO DE SEGURANÇAA criança pensa que nada pode lhe acontecer, principal-mente perto dos pais, da babá, dos amigos, de sua casaou de sua escola.

COMO A CRIANÇA VÊSeu campo visual é estreito. Vê somente o que está diantedela. Confunde tamanho e distância, ver e ser vista.

COMO A CRIANÇA ENTENDE O SOMEla não entende bem de onde vem o som. Só entende osruídos que lhe interessam.

NA PERCEPÇÃO DA CRIANÇA OS CARROS ANDAM MAIS RÁPIDOEla não conhece a “distancia de frenagem”. O carro, quefaz tudo mais depressa, deve parar mais depressa tam-bém. Ela desconhece a Lei da Inércia.

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“Temos o direito de ser iguaissempre que as diferenças nos

inferiorizem; temos o direito deser diferentes sempre que a

igualdade nos descaracterize”

Boaventura de Souza Santos

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OS DIREITOS

DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988• Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e

critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência(art. 7º, XXXI);

• A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicospara as pessoas portadoras de deficiência e definirá os crité-rios de sua admissão (art. 37, VIII);

• Cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantiadas pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II);

• Proteção e integração social das pessoas portadoras de defi-ciência (art. 24, XIV);

• A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de defi-ciência e a promoção de sua integração à vida comunitária, ea garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pes-soa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem nãopossuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-laprovida por sua família, conforme dispuser a lei (art. 203, IVe V);

• O Estado promoverá programas de assistência integral à saúdeda criança e do adolescente, admitida a participação de enti-dades não governamentais e obedecendo aos seguintes pre-ceitos: criação de programas de prevenção e atendimentoespecializado para os portadores de deficiência física, sen-sorial ou mental, bem como de integração social do adoles-cente portador de deficiência, mediante o treinamento para otrabalho e a convivência, e a facilitação do afesso aos bens eserviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obs-táculos arquitetônicos.(art. 227, § 1º, II);

• A lei disporá sobre normas de construção de logradouros e

dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de trans-

porte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pes-

soas portadoras de deficiência. (Art. 227, § 2º). 7

VISANDO AMPLIARRECURSOS E SOLUÇÕES

Somos todos seres humanos com características físicas,psíquicas, necessidades e interesses diferentes. Precisamosreconhecer essas diferenças. O espaço urbano e social tam-bém precisa ser organizado para os diferentes, tanto quantopara todos.

ENFIM, É NECESSÁRIO SEMPRE:

Somar esforços para criar e desenvolver Políticas Públi-cas de Prevenção aos Acidentes de Trânsito, permitin-do a circulação segura para todos os usuários do siste-ma.

Apoiar as pessoas com necessidades especiais em suaorganização na luta para terem seus direitos reconheci-dos e respeitados.

Garantir o acesso das pessoas com necessidades es-peciais a qualquer espaço social, bem como aos veí-culos de transporte coletivo urbano, de acordo com asnormas da ABNT-Associação Brasileira de Normas Téc-nicas.

Fazer com que as guias das calçadas sejam rebaixadasnas esquinas, principalmente nas ruas centrais, perto dehospitais, de escolas, estações rodoviárias, igrejas, clu-bes e outros pontos de maior movimentação na cidade.

DIREITO DO CIDADÃO • DEVER DO ESTADO

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O QUE É O TRÂNSITO

É o conjunto de deslocamentos diários para alcançar zo-nas de serviços, consumo e lazer, desenvolvido nas vias públi-cas por pessoas com diferentes níveis socioeconômicos, ca-pacidades físicas, capacidades mentais e traços culturais.

O trânsito apresenta leis e normas que têm por finalidadegarantir a segurança de toda a população (pedestres, motoris-tas, motociclistas, ciclistas, passageiros e cadeirantes) comdiferentes interesses e necessidades.

O trânsito é mais que um espaço físico, geográfico. É oespaço da cidadania. Pobres, ricos, negros, brancos, pessoascom necessidades especiais, mulheres, crianças, idosos, poli-ciais, patrões, trabalhadores, seguidores de qualquer religião,membros de qualquer partido político, de organizações sindi-cais e comunitárias, todos se relacionam no trânsito. E todossão iguais perante a Lei, com direitos e responsabilidades es-tabelecidos para assegurar a sua mais harmoniosa convivên-cia.

O COMPORTAMENTO CORRETO NO TRÂNSITODEPENDE DAS SEGUINTES CONDIÇÕES:

lllll A presença de estímulos que possam ser observados epercebidos (sinalização, iluminação, buzina, luz, faróis,sinais e gestos);

lllll Um organismo humano em condições de perceber, com-preender, julgar, decidir e agir adequadamente;

lllll Conhecimento e obediência de todas as leis e regrasde circulação;

lllll Valores, crenças e hábitos comprometidos com direitose deveres de cidadão no tempo e no espaço comparti-lhados coletivamente.

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CONCEITOS ESSENCIAIS

Fica adotada a terminologia Pessoas com Defici-ência, descartando-se, definitivamente, do lingua-jar e da mídia, expressões como aleijado, inválido,mutilado, anormal, retardado, débil mental e ou-tras desta ordem.

A pessoa com deficiência não será vítima de dis-criminação, da indiferença, nem do isolamento.Como qualquer cidadão, exercerá a plenitude deseus direitos, participando efetivamente da correntenatural da vida.

Fica esclarecido que deficiência nunca foi doençaou incapacidade. Apenas uma limitação superávelmediante o desenvolvimento das potencialidadesdas pessoas que a portam.

Todos são iguais é uma expressão que fica definiti-vamente descartada por absoluta falta de conexãocom a realidade. Assim como os dedos de mesmamão, as pessoas são diferentes entre si. E é nessadiferença que se assenta a individualidade, espé-cie de marca registrada de cada um de nós.

A pessoa com deficiência não quer piedade, comi-seração, abominando as pejorativas imagens de“coitadinho” e do “desvalido pela sorte”. Concla-ma a prevalência de sua dignidade, de seus direi-tos, de sua potencialidade e que essa adjetivaçãoinócua seja substituída por oportunidades efetivas.

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A QUEM INTERESSA LER

Interessa a todas as pessoas de diferentes idades, níveissocioeconômicos e atividades profissionais, com diversasmotivações, necessidades de locomoção e utilização dos mei-os de transportes, mas principalmente aqueles que enfrentamdificuldades causadas por deficiências físicas que prejudicamsua livre movimentação.

PESSOAS COM NECESSIDADESESPECIAIS APRESENTAM:

DIFICULDADES LOCOMOTORASPessoas que usam bengala, muletas, cadeira de rodas,com membros inferiores mutilados, que usam algum tipode aparato ortopédico fixo ou provisório (gesso, atadu-ras ou curativos), mães com crianças de colo, senhorascom sacolas, entre outras.

DIFICULDADES CORPORAISPessoas idosas, cardiopatas, reumáticas, portadoras de malde chagas, obesas, extremamente baixas ou de muito ele-vada estatura, com membros superiores lesados, gestan-tes após o 6o mês de gravidez e convalescentes em geral.

DIFICULDADES SENSORIAISPessoas com perda de visão parcial, total ou proble-mas clínicos como: graus elevados de cataratas, astig-matismo, hipermetropia, estrabismo e daltonismo; comperda parcial ou total de audição, com problemas clíni-cos nos tímpanos e no ouvido médio, com problemasde fala total (mudas) ou parcial.

DIFICULDADES MENTAIS/CULTURAISPessoas com diferentes graus de incapacidade mental,analfabetos ou sem o domínio do idioma português.

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EVOLUÇÃO DAS MELHORIASPARA O TRÂNSITO DAS PESSOASCOM DEFICIÊNCIA E/OUCOM MOBILIDADE REDUZIDA

O Poder Público (Governo Federal, Estadual e Municipal) vemprocurando facilitar a locomoção das pessoas com necessida-des especiais, embora ainda haja muito que fazer com esseobjetivo, tanto nas ruas quanto em outros locais acessíveis àspessoas em geral.

Algumas conquistas mais recentes podem ser listadas:

O estabelecimento de maior número de rampas de aces-so nas calçadas, que ainda precisam melhorar quantoà inclinação dos aclives.

O calçamento com lajotas apropriadas para o trânsitode pedestres com deficiência visual, que ainda não co-brem um número expressivo de calçadas, observandorigorosamente os padrões instituídos pela ABNT - As-sociação Brasileira de Normas Técnicas.

Instalação de painel com código braile nos elevadoresem geral.

A ampliação do número de vagas para o estacionamen-to de cadeirantes, cujos espaços laterais nem sempreestão de acordo com as normas da ABNT.

A instalação de equipamento sonoro em semáforos,com a finalidade de oferecer maior segurança às pes-soas com deficiência visual.

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É HORA DE FAZER ACONTECER

Este manual, “IR E VIR DIREITO DE TODOS”, integra o projeto“Campanha Cidadã pelos Idosos e Pessoas com Deficiência”,para promoção de condições favoráveis à sua movimentação eao desfrute a que têm direito na participação mais justa eigualitária do meio social.

O projeto que foi lançado inicialmente no Estado de SantaCatarina e depois nos Estados do Pará e do Mato Grosso doSul, vem aprimorar-se na sua realização em Brasília, comimportantes complementos.

Nele está incluído agora, com especial atenção, a populaçãoidosa, cuja projeção percentual vem crescendo acentuadamenteno conjunto demográfico do nosso País.

Estamos confiantes em que os procedimentos previstos nesteprojeto favoreçam, não só aos muitos cidadãos com dificuldadesevidentes para a sua locomoção, principalmente nos veículosdo transporte público, mas também a toda uma comunidadeque se propõe viver de modo humano e civilizado.

A realização do projeto só está sendo possível porque mereceuo apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos daPresidência da República, que vem envidando todos os esforçosem favor de uma constante melhoria na qualidade de vidadesses nossos concidadãos.

Roberto Alvarez Bentes de SáPresidente do MONATRAN

Que se cumpra o direito de todosnum tempo de paz no trânsito.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DODISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

A PRODIDE – Promotoria de Defesa do Idoso e do Portador de deficiência,foi criada recentemente cumprindo a missão constitucional do MP de garantiros direitos dos idosos e portadores de deficiência.

Ao longo dos quatro anos de atuação verificou-se que o público, de ummodo geral, carecem de informação quanto aos direitos das pessoas idosase com deficiência.

O próprio idoso não conhece bem os direitos que o assistem e a formade reivindicá-los. As pessoas com deficiência, apesar de serem melhorarticuladas entre si (existem várias entidades que lutam por seus direitos),ainda sofrem discriminações que muitas vezes as impedem de ter umavida digna.

Acontece também que muitas vezes o desrespeito aos direitos dosidosos e das pessoas com deficiência vem da própria família, por falta deinformação.

Além disso, pode-se constatar que os órgãos do Estado, Agente executordos direitos estabelecidos pela lei, não estão estruturados para efetivaremo que a lei preceitua. Por essa razão, o Ministério Público passou a assumirmais responsabilidade nesta e em muitas outras questões de direito.

Por isso, se o idoso e a pessoa com deficiência sentirem-se prejudicadosem seus direitos devem procurar o Ministério Público do DF através daPRODIDE, que está empenhada em chamar à responsabilidade o PoderPúblico, a sociedade, a família e o próprio idoso ou a pessoa com deficiência,na efetivação das garantias previstas na legislação.

A idéia é estimular o espírito de cidadania para que estas pessoas,cidadãs como todos os demais tenham um espaço verdadeiro na sociedade.

O que se pretende é mudar a imagem de que o idoso e a pessoa comdeficiência precisam de proteção, para despertar neles a vontade de lutarpor direitos legalmente estabelecidos e não por eventuais favores..

E assim reafirmar uma sociedade cidadã, onde o respeito aos direitosdo próximo seja uma realidade natural, e que Órgãos como o MP e Judiciáriotenham que intervir cada vez menos na vida das pessoas.

Praça Buriti – Edifício-Sede do MPDFT -Eixo Monumental – Tel. (61) 343.9721

Promotores:Dra. SANDRA DE OLIVEIRA JULIÃO eDr. VANDIR DA SILVA FERREIRA

Page 34: Manual Ir e Vir - Brasília (DF)

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APRESENTAÇÃO

A falta, em nosso país, de um transporte totalmente acessível, tem sidoum impedimento para que as pessoas portadoras de deficiência possam des-frutar dos bens e serviços de sua comunidade, como também exercer o direitode ir e vir com segurança. Ações como campanhas de mídia do governo federaltêm sido realizadas como instrumento para mudar as condições do trânsitobrasileiro, bem como para provocar mudanças atitudinais. No entanto, o des-conhecimento da população, no que se refere às peculiaridades de determina-dos grupos, tem gerado, mesmo que involuntariamente, discriminação e aten-dimento inadequado. Tais comportamentos determinam, algumas vezes, a ocor-rência de acidentes, com conseqüências desastrosas e irreversíveis, vitimandopessoas cujo objetivo era tão somente transitar em liberdade.

A articulação do Estado com as organizações governamentais e nãogovernamentais, que se dispõem a atuar como parceiros nesse processopedagógico, mostra-se uma estratégia eficaz no que tange à transmissãode conhecimento e à capacitação de agentes sociais para que a diversidadehumana seja respeitada. A informação adequada tem o poder de mudaropiniões preconceituosas e o modo de atuar da sociedade em relação àspessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.

No Brasil, aproximadamente 24,5 milhões de pessoas possuem algumtipo de deficiência ou limitação nas atividades cotidianas, segundo o CensoDemográfico de 2000, realizado pelo IBGE. Se para cada uma dessas pes-soas contabilizarmos o núcleo familiar, significa que em torno de 73,5 mi-lhões de brasileiros enfrentam ou convivem, diariamente, com um duploobstáculo: o arquitetônico e o das atitudes.

A disseminação de informações que promovam a inclusão da pessoacom deficiência faz parte do Sistema Nacional de Informações sobre Defici-ência, sob a orientação da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pes-soa Portadora de Deficiência/CORDE, instância de assessoria da SecretariaEspecial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

O Projeto “IR E VIR - DIREITOS DE TODOS”, uma parceria do Movi-mento Nacional de Educação no Trânsito – MONATRAN com a SecretariaEspecial dos Direitos Humanos, propõe-se a levar à sociedade em geral e,em especial, aos operadores do transporte coletivo, informações quanto àlegislação de trânsito, ressaltando os direitos das pessoas portadoras dedeficiência e com mobilidade reduzida, assim como as ações que devemser implementadas para que tenhamos atendimento digno e compatível comas necessidades específicas desses cidadãos.

Izabel de Loureiro MaiorCoordenadora Geral/CORDE

EXPEDIENTE / Edição para Brasília/DFEsta publicação

IR E VIR DIREITO DE TODOSintegra o ProjetoCAMPANHA CIDADÃ PELOS IDOSOS EPESSOAS COM DEFICIÊNCIAe do Curso de Capacitação de Motoristas eCobradores do Transporte Público, em parceriacom a Secretaria Especial de Direitos Humanos

da Presidência da República

Editado pelo MONATRAN - Junho/2005MOVIMENTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITOEntidade de Utilidade Pública Federalwww.monatran.org.br

E-mail: [email protected] Nacional: Florianópolis - Santa Catarina

COLABORARAM COM O PROJETODra. SANDRA DE OLIVEIRA JULIÃO (Promotora de Justiça do MPDFT)

ROMEU DE ANDRADE LOURENÇÃO JR. (Professor)

ROGÉRIO JUNKES (Membro do Conselho Deliberativo do Monatran)

PATRÍCIA DO SOCORRO RIBEIRO BENTES DA SILVA (Neurologista)

MÁRCIA CRISTINA FEITOSA BENTES DE SÁ (Oftamologista)

ETHEL ROSENFELD (Professora de Educação Especial)

COLABORARAM NA DISTRIBUIÇÃO DESTE MANUALAGETRAN - Agência Municipal de Trânsito

Grupo Correio do Estado

Ministério Público Estadual

UNIDERP - Universidade para o Desenvolvimento da Região do Pantanal

CONCEPÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃOBureau Imagem e Gráfica Rocha – 70 mil exemplares

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LIBERDADEe

DEMOCRACIAsó se exercem comDIREITOS HUMANOS

O homem, a mulher, o idoso, a criança e, entre eles, a

Pessoa com Deficiência precisam contar sempre com o ampa-

ro dos Direitos Humanos. Só assim estarão desfrutando plena-

mente da sua CIDADANIA.

Sem qualquer exceção, toda a sociedade e o seu governo

devem assegurar o livre exercício dessa CIDADANIA.

É o que justifica e valoriza a atuação do Departamento de

Promoção dos Direitos Humanos/CORDE, órgão gestor da Se-

cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Re-

pública, na defesa e promoção de melhor qualidade de vida

para todos os brasileiros que necessitam de atenções especi-

ais.

Felizmente, o Brasil vem caminhando no rumo certo de

uma nova ordem de mais justiça e fraternidade para todos.

Secretaria Especialdos Direitos Humanos

Assim, é preciso preservar as árvores, manter transitável o passeio públicoe defendê-los das ações do tempo e do próprio homem, para conservar sem-pre bonita a preciosa paisagem urbana da nossa querida Cidade Morena.

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APOIO

APOIO ESPECIALREALIZAÇÃO

Secretaria Especialdos Direitos Humanos