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Manual do Professor Processos de Fabricação Mecânica

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Manual do Professor Processos de Fabricação Mecânica

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Manual do Professor

1. IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada

de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do profes-sor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelec-tual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vis-tas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um problema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

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Processos de Fabricação Mecânica

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

1.1 Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtivi-dade industrial e melhoria da qualidade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio;

• Maior estabilidade no emprego;

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho;

• Facilidade em conciliar trabalho e estudos;

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados;

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gos-tam e em que se formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empre-sas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O percentual dos que qualifica-ram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

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2. Ensino Profissionalizante no Brasil e Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de for-mação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.

b) Concomitante – num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a forma-ção técnica.

c) Subsequente – o aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profis-sionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 12 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente, Saúde e Segurança2. Apoio Educacional3. Controle e Processos Industriais4. Gestão e Negócios5. Hospitalidade e Lazer6. Informação e Comunicação7. Infraestrutura8. Militar9. Produção Alimentícia10. Produção Cultural e Design11. Produção Industrial12. Recursos Naturais.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infraestrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

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Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e esta-duais passaram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos na educação profissionalizante passou de 693 mil em 2007 para 795 mil em 2008 – um crescimento de 14,7%. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência para aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo cresci-mento do Brasil.

COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS BRASIL

Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2007 e 2008.

Etapas/Modalidades de Educação Básica

Matrículas / Ano

2007 2008 Diferença 2007-2008 Variação 2007-2008

Educação Básica 53.028.928 53.232.868 203.940 0,4

Educação Infantil 6.509.868 6.719.261 209.393 3,2

• Creche 1.579.581 1.751.736 172.155 10,9

• Pré-escola 4.930.287 4.967.525 37.238 0,8

Ensino Fundamental 32.122.273 32.086.700 –35.573 –0,1

EnsinoMédio 8.369.369 8.366.100 –3.269 0,0

EducaçãoProfissional 693.610 795.459 101.849 14,7

Educação Especial 348.470 319.924 –28.546 –8,2

EJA 4.985.338 4.945.424 –39.914 –0,8

• EnsinoFundamental 3.367.032 3.295.240 –71.792 –2,1

• EnsinoMédio 1.618.306 1.650.184 31.878 2,0

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir ime-diatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este uma boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de estudantes. Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep, 2004), por diversos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a escolarização líquida do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a escolarização bruta em 116% (Inep, 2007), mos-trando uma pressão de entrada no Ensino Médio, pelo fluxo quase regular dos que o concluem.

A escolarização líquida do Ensino Médio em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi de 84% (Inep, 2009), o que gera um excedente de alunos para esta etapa.

Escolarização líquida é a relação entre a popu-lação na faixa de idade própria para a escola e o número de matriculados da faixa. Escolarização bruta é a relação entre a população na faixa adequada para o nível escolar e o total de matri-culados, independente da idade.

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Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos que em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões de alunos com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e 3,2 milhões que possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o Ensino Superior. Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam um curso técnico como complemento da formação.

Interessados com Ensino Fundamental Estimativa 8 milhões.

Com Ensino Médio 3,2 milhões.

Ensino Fundamental 116% bruta

94,6% líquida (2007)

TéCnICo

Subsequente

Com curso Superior

PRoE

JA

Integração9,8 milhões

A experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da edu-cação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 795 mil estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos três milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio profissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advin-dos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a opor-tunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à formação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomen-dada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido reforça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

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Processos de Fabricação Mecânica

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no apri-moramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

3. O Que É Educação Profissionalizante?O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas

em atividades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da pro-dução, por isso a escolarização é imprescindível nesse processo.

4. Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um simples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

5. O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: rea-lizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de pro-gressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refe-re-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.

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A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o processo ava-liativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de rumos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendiza-gem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assi-milar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coisas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discur-sivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando a conclusão que este aluno necessita de um processo de ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendizagem, e esta, por

sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retor-nos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mes-clando com outras criativas formas.

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5.1 Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços

alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a perguntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acom-panhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferimento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação as suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta possibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimen-tos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação opor-

tuniza justiça, transparência e qualidade.

5.2 Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante

é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria avaliação.

A avaliação pode incluir:

1. Observação

2. Ensaios

3. Entrevistas

4. Desempenho nas tarefas

5. Exposições e demonstrações

6. Seminários

7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo.

8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)

9. Elaboração de projetos

10. Simulações

11. O pré-teste

12. A avaliação objetiva

13. A avaliação subjetiva

14. Autoavaliação

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15. Autoavaliação de dedicação e desempenho

16. Avaliações interativas

17. Prática de exames

18. Participação em sala de aula

19. Participação em atividades

20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação discente pelo grupo de professores.

No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destacadas poderão resul-tar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criatividade em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

6. Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com

o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvimento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complementares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradável e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre neces-sitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:

• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas;• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático;• Sugestões para a gestão da sala de aula;• Uso do livro;• Atividades em grupo; • Laboratório; • Projetos.

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A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

7. Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prá-tica. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/mee-ting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

8. Orientações ao ProfessorOs processos mecânicos de fabricação são largamente usados na construção e transfor-

mação da matéria-prima, geralmente, utilizando uma máquina de fabricação. A indústria de fabricação tem um objetivo principal que é a transformação da matéria-prima em produtos acabados a serem comercializados, gerando um valor agregado. Porém, para a transformação da matéria-prima em produto acabado é necessário dispor-se de quantidades elevadas de ener-gia, e também, dispor-se de processos de fabricação específicos, estruturas e equipamentos necessários.

Atualmente, a indústria de fabricação está em constante evolução, e usa novas tecnologias com o objetivo de produzir mais em menos tempo, o que torna a automação extremamente essencial. Por consequência, há a crescente necessidade de se qualificar a mão de obra de modo a obter-se o máximo das novas tecnologias. Os constantes treinamento e aperfeiçoamento dos profissionais da área de fabricação industrial passam a ser vitais para a operação correta dos equi-pamentos fabris dos diversos processos e na fabricação de produtos de qualidade. Para melhorar a qualidade da fabricação é muito importante o pleno conhecimento de fatores envolvidos nos processos de fabricação mecânica, tais como:

• a escolha do processo de fabricação adequado;

• dimensões e forma dos produtos (peças) a produzir;

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• quantidade a produzir;

• grau de precisão exigido;

• a máquina operatriz com as ferramentas, equipamentos e acessórios a serem utilizados;

• design do produto;

• acabamento final do produto.

8.1 Objetivos do Material Didático • Conhecer os processos mecânicos de fabricação mais usados.

• Conhecer os termos técnicos usados na indústria.

• Identificar os processos mecânicos de fabricação.

• Escolher e especificar corretamente as ferramentas de corte.

• Escolher o processo mecânico adequado para a construção de determinada peça mecânica.

• Determinar corretamente os parâmetros tecnológicos dos processos mais utilizados na fabricação.

• Conhecer os cuidados de segurança durante os processos mecânicos de fabricação.

• Diminuir os riscos contra possíveis acidentes.

• Identificar corretamente os acessórios a serem usados nas máquinas-ferramenta.

• Adotar corretamente as técnicas de usinagem.

8.2 Princípios Pedagógicos O livro apresenta os conceitos tecnológicos (teóricos) que são tão importantes quanto os

procedimentos práticos, abordando de maneira muito clara, com o auxilio de figuras, as técnicas que devem ser usadas para uso de determinado processo mecânico de fabricação. É importante lembrar que a integração da teoria com a prática nas atividades de fabricação é fundamental. O treinamento constante para realizar as operações dos diversos processos de fabricação permite que o professor oriente os alunos de forma mais segura, fazendo com que os mesmos assimilem os conhecimentos em tempo mais curto. O domínio dos macetes práticos na área de fabricação contribui enormemente para a solução de muitos problemas que se surgem na prática diária.

O livro ilustra por meio de figuras as informações tecnológicas referentes a:

• Escolha do processo mecânico de fabricação adequado para construção de determinada peça útil.

• Escolha adequada da ferramenta de corte para realizar determinada operação de fabricação.

• Escolha do acessório adequado para uso em determinada máquina.

• Constituição, nomenclatura e funcionamento de máquinas e equipamentos.

• Cuidados de segurança na fabricação.

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Processos de Fabricação Mecânica

8.3 Articulação do ConteúdoComo o conteúdo se integra com outras disciplinas e sua contextualização no trabalho, os

Processos Mecânicos de Fabricação necessariamente atuam integrados com a Área de Projeto, Desenho Técnico, Compra de Materiais, Manutenção de Máquinas, Montagem, Controle de Qualidade e Análise de Falhas.

8.4 Atividades Complementares No final de cada capítulo são propostas atividades de fixação de conhecimentos. Sugere-se

que em um primeiro momento o aluno resolva as atividades sem consultar o livro para uma posterior checagem ao longo do capítulo estudado.

As atividades práticas de laboratório são essenciais para que o aluno adquira a prática manipulativa, desenvolva o hábito da observação, desenvolvendo a percepção e efetue as opera-ções de fabricação sem dificuldades. Estas atividades deverão ser elaboradas em forma de tarefas que serão realizadas pelo aluno e posteriormente avaliadas pelo professor. A visita técnica a uma indústria de fabricação ou oficina de manutenção que utiliza alguns processos mecânicos de fabricação é muito positiva.

8.5 Sugestão de LeituraAs sugestões de leitura estão distribuídas, na Sugestão de Planejamento, de acordo com os

bimestres em que serão utilizadas, assim como sugestões de vídeos para enriquecer as aulas.

8.6 Sugestão de PlanejamentoEste livro foi elaborado para dar suporte e ser utilizado para 120 horas em sala de aula,

sendo distribuídas em 1/3 de aulas teóricas e 2/3 de aulas práticas de laboratório, aproximada-mente. Entretanto, recomenda-se que o professor da disciplina inclua em suas práticas de sala de aula textos e atividades complementares, em conformidade com suas próprias práticas de sala de aula, sobretudo potencializando sua especialização, aplicando sua criatividade em prol do incremento do processo educativo.

Semestre 1

Primeiro Bimestre

Capítulo 1 – Introdução aos Processos de Fabricação Mecânica

Capítulo 2 – Processo de Corte de Materiais

Capítulo 3 – Processo de Furação

Capítulo 4 – Ferramentas de Corte

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Objetivos• Conhecer os processos mecânicos de fabricação.

• Conhecer os termos técnicos usados nos processos mecânicos de fabricação.

• Escolher adequadamente o processo de corte para cortar determinado metal.

• Conhecer o processo de furação.

• Escolher corretamente a ferramentas de corte.

• Diminuir os riscos contra possíveis acidentes, adotando os cuidados de segurança.

Bibliografia Complementar• FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Coleção Processos de Fabricação. Telecurso 2 000.

Aulas 1 até 80.

• FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo: Edgard Blücher, 1997.

Recursos AudiovisuaisPara facilitar o entendimento de determinado assunto é possível utilizar-se recursos

audiovisuais, pois facilitam na compreensão melhor da execução das operações de fabricação. Tais recursos permitem que os alunos tenham uma assimilação mais rápida dos conteúdos apre-sentados. Segue sugestão de lista com endereços eletrônicos de vídeos sobre a transformação e obtenção das matérias-primas:

• Vídeo que mostra o processo de produção do aço.

<http://www.youtube.com/watch?v=vrgQaq3Y0IU>

• Vídeo sobre altos fornos para obtenção do ferro gusa.

<http://www.youtube.com/watch?v=9zDa_mEI0N0&feature=related>

• Vídeo de máquina de corte por plasma.

<http://www.youtube.com/watch?v=2AoaV8JNYWY&feature=related>

• Vídeo de corte a laser em metais.

<http://www.youtube.com/watch?v=cAunPJ1_X5g>

• Vídeo de furo de broca com rosca em vidro

<http://www.youtube.com/watch?v=Sil0kxljrr0&feature=related>

Segundo Bimestre

Capítulo 5 – Processo de Torneamento

Objetivos• Conhecer o processo de torneamento.

• Conhecer as operações de torneamento.

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Processos de Fabricação Mecânica

• Identificar as características construtivas do torno mecânico horizontal.

• Escolher adequadamente a ferramenta de corte para as operações de torneamento.

• Regular os parâmetros tecnológicos no torno mecânico horizontal.

• Realizar as operações básicas no torno mecânico horizontal.

Bibliografia Complementar• CUNHA, L. S.; CRAVENCO, M. P. Manual Prático do Mecânico. São Paulo: Hemus,

2006.

Semestre 2

Primeiro Bimestre

Capítulo 6 – Processo de Fresagem

Capítulo 7 – Parâmetros de Corte

Capítulo 8 – Processo de Retificação

Capítulo 9 – Processo de Afiação

Objetivos• Conhecer o processo de fresagem.

• Escolher corretamente as ferramentas de corte para realizar operações de fresagem.

• Determinar os parâmetros de corte adequadamente para fresar.

• Determinar corretamente os parâmetros de corte.

• Conhecer o processo de retificação.

• Conhecer e identificar os rebolos.

• Conhecer o processo de afiação.

• Afiar ferramenta de corte.

Bibliografia Complementar• STEMMER, C. E. Ferramentas de Corte II. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 1995.

Recursos Audiovisuais• Vídeo mostrando a geradora e a fresadora de engrenagens oruam, renania pfauter rs 2

módulo 10.

<http://www.youtube.com/watch?v=ZpWqYbpdsDo>

• Vídeo mostrando a retificação de superfície cilíndrica externa.

<http://www.youtube.com/watch?v=-D-EgnB24EY>

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Segundo Bimestre

Capítulo 10 – Processos de Fabricação com Máquinas CNC

Objetivos• Conhecer o funcionamento de máquinas CNC.

• Conhecer a linguagem de programação ISO.

• Elaborar programa CNC para construir peça por meio do torneamento CNC.

• Elaborar programa CNC para construir peça por meio da fresagem CNC.

9. Orientações Didáticas e Respostas das Atividades

As atividades de fixação de conhecimentos devem ser realizadas logo após o estudo de cada capítulo do livro. Em um primeiro momento o aluno deverá responder as questões sem consultar o livro. Caso o aluno não consiga responder todas as questões, ele deverá reler o assunto por completo e em seguida deverá concluir, respondendo as questões faltantes.

Capítulo 1

Respostas – página 651) Nas regiões Sudeste e Norte.

2) Torneamento, fresagem, retificação, furação e mandrilamento.

3) Fundição é o processo realizado para obter peças com formas simples ou complexas obtidas por meio da fusão da matéria-prima. A peça adquire a sua forma definitiva quando o metal fundido (líquido) é despejado no molde e em seguida é resfriado, solidificando-se.

4) Gusa é o ferro de primeira fusão, ou seja, é a primeira transformação do minério de ferro em um material de 1º refino.

5) A estampagem tem a finalidade de construir peças a partir do corte, dobra e/ou repuxo de chapa de metal.

6) A metalurgia do pó é um processo de fabricação que tem o objetivo de construir peças usando a matéria-prima em forma de pó.

7) a. Os processos de fabricação com remoção de cavaco, chamados de processos de usinagem, têm uma importância enorme no desenvol-vimento da indústria mundial.

b. O processo de eletroerosão consiste em usinar a superfície da peça destruindo as partículas do metal por meio de descargas elétricas produzidas na máquina de eletroerosão.

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Processos de Fabricação Mecânica

8) Mandrilamento é um processo mecânico de usinagem destinado à construção de furos (orifícios) com dimensão maior que os diâmetros de furos normalmente feitos com brocas helicoidais.

9) Rosca é um filete que se desenvolve na forma helicoidal em volta de uma superfície cilíndrica, cônica ou plana, externa ou internamente.

10) Eletroerosão por penetração e eletroerosão por fio.

11) ValedoRioDoce,CSN−CompanhiaSiderúrgicaNacional,Cosipa,Volta Redonda, Usiminas e Aços Finos Piratini.

12) O alumínio.

Capítulo 2

Respostas – página 721) a. Cortar é seccionar os materiais em partes menores. A escolha do tipo

de máquina de cortar depende, principalmente, de dois fatores, que são o formato e a espessura do material.

b. A serra alternativa horizontal é uma máquina-ferramenta que utiliza uma lâmina de serra (ferramenta de corte) para seccionar materiais, geralmente em forma de barra, cujas espessuras sejam no mínimo de 3 mm.

c. O oxicorte é o processo utilizado para cortar metais por meio da chama oxiacetilênica. Esse processo permite cortar (seccionar) mate-riais ferrosos com grandes espessuras.

2) Serra mecânica alternativa, serra de fita horizontal e serra de fita vertical.

3) Policorte.

4) Para cortar materiais em forma de chapas.

5) Alumínio e PVC.

6) Guilhotina mecânica e guilhotina hidráulica.

7) O processo de corte plasma é muito usado, atualmente, para a prepa-ração das peças provenientes de chapas com espessuras de até 3/4, por meio do corte.

8) O ótimo acabamento e medidas com bastante precisão, obtidas mediante o corte a laser, são as grandes vantagens deste processo.

9) A máquina de corte pantográfica permite cortar peças em série, partindo do material em forma de chapa. A máquina é composta por uma mesa sobre a qual é colocada a chapa a ser cortada e o carrinho no qual é mon-tada a cabeça de corte, que pode ser por meio de oxicorte, corte plasma ou a laser.

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Capítulo 3

Respostas – página 791) O processo de furação consiste em abrir orifícios por meio do uso da máquina-ferramenta

denominada de furadeira, a ferramenta de corte (broca, fresa, entre outras) e com o auxí-lio de acessórios de fixação.

2) Manual, elétrica portátil, de coluna de piso e de coluna de bancada.

3) A furadeira radial é o tipo de furadeira para fazer furações mais pesadas, sendo possível usar brocas com diâmetros até 100 mm.

4) É usada para efetuar a furação de várias peças ao mesmo tempo. Para isso possui várias extensões que recebem o movimento giratório do eixo principal, acionado pelo motor principal.

5) Mandril, bucha de redução, morsa de máquina e cabeçote automático de roscar.

6) Furar, escarear furo, rebaixar furo e calibrar furo.

7) a. A operação escarear furo consiste em tornar cônica a extremidade de um furo.

b. A furadeira múltipla, preparada para produção de peças em série, possui duas ou mais colunas, ou seja, possui vários eixos de furação dispostos lado a lado.

c. A seleção do número de rotações por minuto (rpm) para furadeira deve ser feito com base na tabela de velocidade para furação.

8) A operação de rebaixar furo em uma peça é realizada para encaixar cabeças de parafusos que não podem ficar salientes em determinada montagem. Usada também para o encaixe de peças cilíndricas, como tuchos, guias, buchas, entre outras.

9) Alargador.

10) Sim, é possível por meio do uso do cabeçote automático de roscar.

11) Diâmetro máximo de 100 mm.

12) Kone, Clarkmachine, Dauer, Schulz e Marble.

Capítulo 4

Respostas – página 1021) Monocortantes e multicortantes.

2) a. O princípio de construção das ferramentas de corte se baseia no princípio da cunha.

b. As brocas helicoidais possuem duas arestas de corte e, geralmente, são fabricadas em aço rápido ou carboneto metálico.

3) a. De incidência = 8°.

b. De cunha = 68°.

c. De ataque = 14°.

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Processos de Fabricação Mecânica

4) É uma liga de aço composta por 0,67 a 1,3% de carbono (C), de 5 a 12% de cobalto (Co), de 3,75 a 4,5% de cromo (Cr), 0,3% de manganês (Mn), de 4 a 9% de molibdênio (Mo), de 2 a 20% de tungstênio (W), de 1 a 5% de vanádio (V) e posteriormente deve receber tratamento adequado para aumentar sua dureza.

5) O carboneto metálico é composto por cobalto e carbonetos de metais como o tungstênio, níbio, cromo, titânio ou tântalo. Estes materiais são triturados, misturados e submetidos a altas temperaturas e pressões, uti-lizando a tecnologia da metalurgia do pó.

6) É o elemento responsável em fixar a ferramenta de corte, que por vezes é constituída por um objeto de pequenas dimensões, como é o caso dos insertos (pastilhas).

7) As fresas de perfil constante são as fresas que são fabricadas com o ângulo de saída dos dentes de forma especial. O nome de perfil cons-tante se refere a construção do ângulo de saída dos dentes da fresa, que assume um perfil igual a curva da evolvente.

8) O módulo (m) e o número de dentes.

9) Servem para abrir rosca interna em furos previamente determinados em tabela.

10) Os insertos de cerâmicas são feitos com a base de carbonetos, nitretos, boretos, silicatos, principalmente a base de Si3N4 (nitreto de silício).

11) Broca com ponta de carboneto metálico (metal duro).

12) Inserto (pastilha)−WNMG060304EGN

Suporte−MWLNR2020K06

Capítulo 5

Orientações

Atividade Prática – página 141Lembre os alunos de que o treinamento prático é tão importante quanto

o estudo teórico. E, a persistência, o empenho, a dedicação e a observação são essenciais na execução das operações de torneamento com perfeição. O aluno deverá realizar a atividade de laboratório tantas vezes quantas forem necessá-rias, até construir o eixo dentro das tolerâncias de medidas de comprimento aceitáveis.

A ficha para a avaliação da atividade está disponível na página 33.

Respostas – página 1461) O torneamento é o processo de fabricação que consiste em dar forma a

peça geralmente redondas. Consiste em transformar a matéria-prima bruta em uma peça útil, utilizando o torno mecânico e a ferramenta de corte.

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2)

Profundidade de corte transversal

Giratório da peça (rpm)

Avanço de corte longitudinal

Profundidade de corte transversal

Imag

em c

edid

a pe

lo a

utor

Figura 1

3)

Figura 2 – Tornear superfície cilíndrica externa

Figura 3 – Furar no torno

Imag

ens

cedi

das

pelo

aut

or

4) O torno vertical possui o eixo de rotação vertical. É empregado para tornear peças de grande tamanho, como volantes, polias, rodas denta-das, entre outras, as quais por seu grande peso são facilmente fixados na plataforma redonda horizontal se comparado com o torno de placa.

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Processos de Fabricação Mecânica

5) Não usar luvas de qualquer espécie, prender os cabelos caso forem compridos e usar obrigatoriamente sapatos fechados, calça comprida e óculos de proteção.

6) Distância máxima entre pontas, altura das pontas em relação ao barra-mento, diâmetro do furo do eixo principal e passo do fuso.

7) Ferro fundido.

8) Placa universal de três castanhas, placa de quatro castanhas independen-tes, placa lisa e placa arrastadora de pino

9) Com inclinação do carro superior, com desalinhamento do cabeçote móvel e por meio do uso do aparelho conificador, inclinando a régua copiadora.

10)

Imagem cedida pelo autor

1

2

4

3

5

6

15

14

13

11

12

87

10

9

1 – Alavanca de fixação

2 – Porta-ferramentas tipo castelo

3 – Alavanca engate porca-fuso

4 – Manípulo do carro transversal

5 – Alavanca engate para torneamento automático

6 – Regulagem desbaste/acabamento

7 – Volante

8 – Chave liga/desliga/reversão/freio

9 – Avental

10 – Mesa

11 – Anéis graduados

12 – Manípulo do carro superior

13 – Carro superior

14 –Transdutor linear para eixo de coordenadas

15 – Carro transversal

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11) Torno Mecânico Horizontal

Altura de pontas mm 220

Distância entre pontas m 1,0

Diâmetro admissível sobre o barramento mm 455

Diâmetro admissível sobre as asas da mesa mm 390

Diâmetro admissível sobre o carro transversal mm 240

Curso do carro transversal mm 250

Nariz da árvore ASA L0

Diâmetro do furo da árvore mm 52

Número de velocidades 20

Faixa de velocidades rpm 44 a 2 240

Motor principal cv 7,5

12)

Figura 5

Imag

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93

20 20

2 2

∅ 3

4

∅ 4

0

∅ 3

0

∅ 6

45°

45°

Etapas de Construção:

1º Selecionar o material com diâmetro 40 mm.

2º Cortar o material no comprimento de 98 mm.

3º Facear uma extremidade.

4º Tornear o rebaixo de diâmetro 34 mm, com comprimento de 20 mm.

5º Facear a outra extremidade, deixando o material no comprimento de 93 mm.

6º Fazer o furo de centro.

7º Tornear o rebaixo com diâmetro de 30 mm e com comprimento de 20 mm.

8º Chanfrar.

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Processos de Fabricação Mecânica

Capítulo 6

Orientações

Atividade Prática – página 183A ficha para a avaliação da atividade está disponível na página 33.

Respostas – página 1861)

Figura 1 – Parafuso sem-fim e coroa

Imag

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Figura 2 – Engrenagem cilíndrica de dentes retos

Imag

em c

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Figura 3 – Roda dentada cilíndrica com dentes helicoidais

Imag

em c

edid

a pe

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utor

Figura 4 – Engrenagem cônica de dentes retosIm

agem

ced

ida

pelo

aut

or

2) A máquina de fresar é chamada de fresadora e a ferramenta de corte que possui movi-mento contínuo rotativo é chamada de fresa.

3) Divisão direta, divisão indireta, divisão angular e divisão diferencial.

4) O módulo e o número de dentes.

5) Nº 3.

6) n = RDZ

→ n = 186

→ n = 3 dentes

7) n = RDZ

→ n = 168

→ n = 2 dentes

8) n = RDZ

→ n = 4027

→ n = 1 1327

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9) n = RDZ

→ n = 4056

→ n = 1 2028

→ n = 1 1014

→ n = 1 5 . 37 . 3

n = 1 volta 15 furos21 discos de furos

10) n = RDZ

→ n = 4085

→ n = 8 furos17 discos de furos

11) Roda dentada de 24 dentes retos Roda dentada de 35 dentes retos

Dados:

z(n) = 24 dentes

m = 3 (módulo)

Dados:

z (n)= 35 dentes

m = 3 (módulo)

Cálculos das dimensões:

dp = m . n → dp = 3 . 24 = 72 mm

a (s) = m → s = 3

b (t)= m . 1,17 → f = 3 . 1,17 = 3,51 mm

h=m.2,17→h=3.2,17=6,51mm

p=m.π→ p = 3 . 3,14 = 9,42 mm

e = p/2 → e = 9,42/2 = 4,71 mm

v = p/2 → v = 9,42/2 = 4,71 mm

r1 = m . 0,17 → r1 = 3 . 0,17 = 0,51

l = 6 a 10 . m → l = 8 . 3 = 24 mm

de = m (n + 2) → de = 3 (24 + 2) →

de = 3 . 26 = 78 mm

di = m (n – 2,34) → di = 3 (24 – 2,34) →

di = 3 . 21,66 = 64,98 mm

Cálculos das dimensões:

dp = m . n → dp = 3 . 35 = 105 mm

a (s) = m → s = 3

b (t)= m . 1,17 → f = 3 . 1,17 = 3,51 mm

h=m.2,17→h=3.2,17=6,51mm

p=m.π→ p = 3 . 3,14 = 9,42 mm

e = p/2 → e = 9,42/2 = 4,71 mm

v = p/2 → v = 9,42/2 = 4,71 mm

r1 = m . 0,17 → r1 = 3 . 0,17 = 0,51

l = 6 a 10 . m → l = 8 . 3 = 24 mm

de = m (n + 2) → de = 3 (35 + 2) →

de = 3 . 37 = 111 mm

di = m (n – 2,34) → di = 3 (35 – 2,34) →

di = 3 . 32,66 = 97,98 mm

Cálculo da divisão indireta

n = RDZ

→ n = 4024

→ n = 1 1624

n = 12 . 73 . 7

→ n = 1 volta 14 furos21 disco de furos

Cálculo da divisão indireta

n = RDZ

→ n = 4035

→ n = 1 535

n = 11 . 37 . 3

→ n = 1 volta 3 furos21 disco de furos

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Processos de Fabricação Mecânica

12) Roda dentada de 15 dentes retos Roda dentada de 25 dentes retos

Dados:

z(n) = 15 dentes

m = 4 (módulo)

α = 15 graus

Dados:

z (n)= 25 dentes

m = 4 (módulo)

α = 15 graus

Cálculos das dimensões:

m = 4

mf = m/cos α → mf = 4/0,9659 = 4,14 mm

dp = mf . n(z) → dp = 4,14 . 15 = 62,11 mm

de = dp + (2 . m) → de = 62,11 + (2 . 4) = 70,11mm

pc=m.π→ pc = 4 . 3,14 = 12,56 mm

pf = pc/cos α → pf = 12,56/0,9659 = 13 mm

na = n/cos α → na = 15/0,9659 = 15,52 dentes

h=m.2,17→h=4.2,17=8,68mm

Cálculos das dimensões:

m = 4

mf = m/cos α → mf = 4/0,9659 = 4,14 mm

dp = mf . n(z) → dp = 4,14 . 25 = 103,5 mm

de = dp + (2 . m) → de = 103,5 + (2 . 4) = 111,5 mm

pc=m.π→ pc = 4 . 3,14 = 12,56 mm

pf = pc/cos α → pf = 12,56/0,9659 = 13 mm

na = n/cos α → na = 25/0,9659 = 25,88 dentes

h=m.2,17→h=4.2,17=8,68mmCálculo da divisão indireta:

n = 4015

→ n = 2 1015

n = 2 voltas 10 furos15 discos de furos

Cálculo da divisão indireta:

n = 4025

→ n = 1 1525

→ n = 13 . 35 . 3

n = 1 volta 9 furos15 discos de furos

Capítulo 7

Respostas – página 2051) São valores numéricos que representam os movimentos da ferramenta ou da

peça.

2) a. Velocidade de corte é a distância que a ferramena percorre, cortando um material dentro de um determinado tempo.

b. A fresadora universal leva este nome porque pode realizar a maioria das operações de fresagem com o auxílio de diversos acessórios.

3) Tipo de material da ferramenta, tipo de material a ser usinado, tipo de ope-ração que será realizada, condições de refrigeração e condições da máquina.

4) n = Vc . 1 000π . d

→ n = 20 . 1 0003,14 . 12,7

→ n = 20 00039,87

= 501,63 rp

5) A = a . n → A = 0,2 . 250 = 50 mm/min

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6) Velocidade de corte: 70 m/min.

Avanço de corte: 0,25 mm/volta.

7) n = Vc . 1 000π . d

→ n = 120 . 1 0003,14 . 35

→ n = 120 000109,97

= 1 091 rpm

8) n = Vc . 1 000π . d

→ n = 14 . 1 0003,14 . 16

→ n = 14 00050,24

= 278,66 rpm

Av = ad . z → Av = 0,22 . 4 = 0,88 mm/volta

Am = Av . n Am = 0,88 . 278,66 = 245,22 mm/min

9) n = Vc . 1000π . d

→ n = 200 . 10003,14 . 55

→ n = 200 000172,7

= 1 158,07 rpm

Av = ad . z → Av = 0,10 . 12 = 1,2 mm/volta

Am = Av . n Am = 1,2 . 1 158,07 = 1 389,68 mm/min

10) O cavaco é o resultado da retirada do sobremetal da superfície que está sendo usinada.

11) É por definição, a força de corte para a unidade de área de seção de corte (S). Também é uma variável medida em laboratório obtida mediante várias experiências, em que se veri-ficou que a pressão específica de corte depende dos seguintes fatores: material empregado (resistência), seção de corte, geometria da ferramenta, afiação da ferramenta, velocidade de corte, fluido de corte e rigidez da ferramenta.

12) PC = KE . P . A . VC

n . 4 500 → PC = 60 . 5 . 0,2 . 120

0,80 . 4 500 → PC = 7 200

3 600 = 2 CV

13) O ferro fundido deve ser cortado a seco, pois se usar fluido de corte, o mesmo acaba obs-truindo o corte da ferramenta, formando uma pasta lubrificante entre o fluido de corte e a grafita, que constitui o ferro fundido.

Capítulo 8

Orientações

Atividade Prática – página 219A ficha para a avaliação da atividade está disponível na página 33.

Respostas – página 2211) Para corrigir as irregularidades geométricas de superfícies de peças ou materiais provenien-

tes de operações anteriores como, tratamentos térmicos; para melhorar o acabamento das superfícies da peça que foram usinadas em outras máquinas-ferramenta, como no torno mecânico, na plaina, na fresadora, na mandriladora, entre outras; e para obter medidas com tolerâncias mais precisas, permitindo a intercambiabilidade de peças na manutenção de conjuntos mecânicos, equipamentos ou máquinas.

Page 27: Manual do Professor Processos de Fabricação Mecânica...2 Processos de Fabricação Mecânica Manual do Professor 1. Introdução Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada

27

Processos de Fabricação Mecânica

2) a. A ferramenta principal usada nas retificadoras é o rebolo, que é composta por dois elementos: o abrasivo e o aglomerante.

b. O rebolo de dureza mole é indicado para as operações de retificação, afiação e esmerilhamento de materiais duros, e o rebolo com grau de dureza dura é indicado para materiais macios.

3) Retificadora cilíndrica universal, retificadora plana tangencial e retifica-dora plana frontal.

4) Rebolo prato, rebolo copo reto e rebolo copo cônico.

5) Diâmetro externo, diâmetro do furo e espessura do rebolo.

6) Retificadora centerless (sem centros), retificadora para esferas e retifica-dora para eixo virabrequim.

7) Verificar se o rebolo está trincado e nunca montar um rebolo da retifi-cadora ou esmerilhadora sem os rótulos de papel das laterais.

8) Para melhorar a planicidade, concentricidade e superfície cortante do rebolo.

9) Para desbaste no máximo 0,05 mm de profundidade, e para acabamento no máximo 0,02 mm de profundidade.

10) Chinelatto, Melfaber, Ferdimat, Clarkmachine e Tos.

11) Rebolo cilíndrico com as dimensões de 254 mm de diâmetro externo, 25,4 mm de espessura e com 25,4 mm de diâmetro do furo e especifica-ção AA60J6V.

12) Rebolo construído com o corpo principal feito em metal e em sua peri-feria possui uma camada de abrasivo diamantado.

Capítulo 9

Orientações

Atividade Prática – página 229A ficha para a avaliação da atividade está disponível na página 34.

Respostas – página 2321) Consiste em dar forma e perfilar arestas de ferramentas de corte novas

(última fase do processo de fabricação) ou recuperar o corte ou o perfil de ferramentas desgastadas pelo uso.

2) Esmerilhadora (moto-esmeril), afiadora de brocas e afiadora de ferramentas.

3) Usar óculos de proteção e conservar a esmerilhadora equipada com guarda-rebolos apropriados.

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28

Proc

esso

s de

Fab

ricaç

ão M

ecân

ica

4) a. As ferramentas de corte possuem superfícies que formam entre si diversos ângulos. A fabricação das ferramentas de corte é baseada no princípio da cunha, definido como duas superfícies convergentes que formam a aresta de corte.

b. O ângulo de cunha varia em função da dureza que será cortado (usinado).

c. O raio da ferramenta tem importância fundamental para a obten-ção de um bom acabamento na superfície usinada e, também, para aumento da vida útil da ferramenta de corte.

5) Este ângulo permite que a ferramenta penetre no material durante o avanço de corte.

6) Permite o bom deslocamento do cavaco sobre a superfície da ferramenta.

7) É uma saliência com formato específico que facilita o deslocamento do cavaco e dá um formato no cavaco, geralmente, em foram espiral, para os materiais dúcteis.

8) A afiadora de ferramentas.

9) Rebolo tipo prato, face A, com as dimensões de 127 mm de diâmetro externo, 12,7 mm de espessura, com 31,75 mm de diâmetro do furo, com a especificação de FE 38ª 60 K.

10) Cabeçote de divisão direta, eixo mandril, morsa de máquina e cabeçote para afiação de arestas em hélice.

Capítulo 10

Respostas – página 2581) Maior versatilidade do processo; interpolações lineares e circulares;

menor movimento da peça; aumento da qualidade do serviço; e redução do refugo.

2) Comando Numérico Computadorizado e máquina-ferramenta.

3) A função do zero peça é definir um ponto de referência para o sistema de coordenadas, ponto este definido pelo programador.

4) Linguagem ISO.

5) A função modal é a função que se programada uma vez, permanece na memória do comando, valendo para todas as sentenças (bloco) poste-riores, a menos que seja modificada ou cancelada por outra função do mesmo grupo.

6) Não modal é a função que toda vez que requerida deve ser programada. É válida somente na sentença (bloco) que a contém.

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29

Processos de Fabricação Mecânica

7)

Figura 1

–150150

125

100

75

50

25

0

25

50

75

100

125

150

–125 –100 –75 –50 –25 0 25

1

234

5

7

6

Imag

ens

cedi

das

pelo

aut

or

Quadro 1

Ponto Código G

07 ao 01 G00

02 G01

03 G01

04 G01

05 G01

06 G01

07 G00

8)

Figura 2

Imag

em c

edid

a pe

lo a

utor0 25 50 75 100 125 175

25

0

13

21

345

678

910

1112

50

75

100

125

150

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30

Proc

esso

s de

Fab

ricaç

ão M

ecân

ica

No quadro 2 (a) fazer a programação da coordenada X em diâmetro. Quadro 2 (a)

Coordenada X em diâmetro

PONTO G X Z I K

13 ao 1 00 0 128

2 01 0 125

3 01 40 125

4 01 50 120

5 01 50 100

6 01 75 100

7 03 100 87.5 0 −12.5

8 01 100 75

9 02 150 50 25 0

10 01 150 25

11 01 200 25

12 01 200 0

13 00 300 175

No quadro 2 (b) fazer a programação da coordenada X em raio. Quadro 2 (b)

Coordenada X em raio

PONTO G X Z I K

13 ao 1 00 0 128

2 01 0 125

3 01 20 125

4 01 25 120

5 01 25 100

6 01 37,5 100

7 03 50 87.5 0 −12.5

8 01 50 75

9 02 75 50 25 0

10 01 75 25

11 01 100 25

12 01 100 0

13 00 150 175

9) a. G00 – Produz a interpolação linear rápida ou avanço rápido da ferramenta ou peça.

b. G01 – Produz a interpolação linear de corte da ferramenta ou peça.

c. G02 – Produz a interpolação circular de corte da ferramenta ou peça em superfícies côncavas.

d. G03 – Produz a interpolação circular de corte da ferramenta ou peça em superfícies convexas.

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31

Processos de Fabricação Mecânica

10)

Figura 3

Imag

em c

edid

a pe

lo a

utor Saída da

ferramenta

Entrada da ferramenta

R

–110–100

–90–80

–70–60

–50–40

–30–20

–10 0

0

∅ 3

5

∅ 2

5

∅ 2

0

897 6 5 4 1

32

R 5

O programa na linguagem ISO é:

N01 O 0001;N02 G21;N03 G99 F0.2;N04 G97 S 1091;N05 [BILLET X35 Z77;N06 M06 T01;N07 M03;N08 G00 X37 Z2;N09 G01 X0 Z2;N10 G00 X0 Z4; N11 G00 X37 Z4;N12 G00 X37 Z1;N13 G01 X0 Z1;N14 G00 X0 Z3;N15 G00 X37 Z3;N16 G00 X37 Z0 F0.1;N17 G01 X0 Z0;N18 M06 T06;N19 G00 X0 z2;N20 G01 X0 Z-5;N21 G00 X0 Z2;N22 M06 T03;N23 G96 S120 F0.2;N24 G00 X35 Z2;N25 G01 X35 Z-39;N26 G00 X37 Z-39;N27 G00 X37 Z2;N28 G00 X33 Z2;

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Proc

esso

s de

Fab

ricaç

ão M

ecân

ica

N29 G01 X33 Z-38;N30 G00 X35 Z-38;N31 G00 X35 Z2;N32 G00 X31 Z2;N33 G01 X31 Z-37;N34 G00 X33 Z-37;N35 G00 X33 Z2;N32 G00 X29 Z2;N33 G01 X29 Z-36;N34 G00 X31 Z-36;N35 G00 X31 Z2;N36 G00 X27 Z2;N37 G01 X27 Z-35N38 G00 X29 Z-35N39 G00 X29 Z2N36 G00 X25 Z2;N37 G01 X25 Z-17;N38 G00 X35 Z-17;N39 G00 X35 Z2;N40 G00 X23 Z2N41 G01 X23 Z-10;N42 G00 X25 Z-10;N43 G00 X25 Z2;N44 G00 X21 Z2;N49 G01 X21 Z-10;N50 G00 X23 Z-10;N51 G00 X23 Z2;N52 G00 X18 Z2;N53 G01 X18 Z-1;N54 G00 X20 Z-1;N55 G00 X20 Z2;N60 G00 X16 Z2;N62 G01 X16 Z0;N63 G01 X21 Z-2.5;N63 G01 X21 Z-10;N64 G01 X26 Z-25;N65 G01 X26 Z-35;N66 G02 X36 Z-40 R5;N67 G00 X36 Z2;N68 G00 X15 Z2;N61 G99 F0.1;N62 G01 X15 Z0;N63 G01 X20 Z-2.5;N63 G01 X20 Z-10;N64 G01 X25 Z-25;N65 G01 X25 Z-35;N66 G02 X35 Z-40 R5;N67 G01 X35 Z-45;N68 G28 X0 Z0;N69 M30.

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Processos de Fabricação Mecânica

11) a. A programação CNC realizada com o uso de um software CAD/CAM permite elaborar o programa na linguagem ISO em menor tempo de programação, princi-palmente para peças com perfis complexos. É a forma de programação CNC mais utilizada atualmente na indústria de fabricação mecânica.

b. Indústrias Romi, Atlasmaq, Ferdimat, Index Tornos Automáticos, Clarkmachine, Melfaber, Guildemeister, Resitron, Cincinati e Hyundai.

12) a. G97 – RPM constante da peça (torno) e ferramenta (fresadora/centro de usinagem).

b. G28 – Desloca a ferramenta para o ponto de referência.

c. M06 – Troca de ferramentas.

d. M30 – Reset, fim de programa.

e. G98 – Avanço de corte e mm/min.

13) É fazer a preparação da máquina antes de construir determinada peça, determinando o zero peça (W) e referenciando todas as ferramentas de corte que serão usadas na fabrica-ção desta peça.

AnexosSeguem as fichas de avaliação das tarefas de laboratório.

Ficha 1 Ficha de avaliação da tarefa eixo com rebaixo e pinhão dentado, relativa às tarefas de labo-

ratório tarefa 5.1, tarefa 6.1 e tarefa 8.1.

Tarefa:Eixocomrebaixosepinhãodentado

Material: Aço SAE 1 045

Sem/ ano: Pontuação obtida pelos alunos

Disciplina: Códigos dos Alunos

Nº Itens avaliados Desenho Tol. Reais Pontos

1Compr. do rebaixo

23 +–0,223,2

22,80,5

2Comp. dos dentes do pinhão

16 +–0,216,2

15,80,5

3Comp. do rebaixo

25 +–0,330,3

29,70,5

4Comp. do rebaixo

35 +–0,330,3

29,70,5

5Comp. do retificado

20 +–0,220,2

19,80,5

6 Comp. total 152 +–0,4152,4

151,60,5

7 Ødoretificado 20+0,03

–0,01

20,05

19,990,5

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Proc

esso

s de

Fab

ricaç

ão M

ecân

ica

Nº Itens avaliados Desenho Tol. Reais Pontos

8 Ødoretificado 20+0,03

–0,01

20,05

19,990,5

9 Ø do canal 18 +–0,218,2

17,80,5

10Ø da roda dentada

34 +–0,334,3

32,70,5

11 Ø do rebaixo 24 +–0,224,2

23,80,5

12 Ø do rebaixo 24 +–0,222,2

21,80,5

13Ø maior do cônico

18 +–0,218,2

17,80,5

14Ø menor do cônico

14 +–0,214,2

13,80,5

15Comp. do rasgo fresado

20 +–0,220,2

19,80,5

16 Roda dentada 15 dentes 0,5

17 Chanfros 2 x 45° 0,5

18 Chanfros 1 x 45° 0,5

19 Acabamento Alisado 1,0

Total 10,0

Ficha 2 Ficha de avaliação da tarefa de laboratório 9.1: Afiar ferramenta de desbastar à direita.

FICHA DE AVALIAÇÃO

Tarefa: Ferramenta de Desbastar

Material: AÇO 1 020 (simulação) Nomes

Med. Des.

Tol.Medidas

ReaisPontos Fatores

Nota por item

Código do

aluno

Ângulo de inc. lateral 6° a 8° 2 82° a 84° 1,25 0 0

Ângulo de incid. frontal 6° a 8° 2 82° a 84° 1,25 0 0

Ângulo de rendimento 30° 2 29° a 31° 1,25 0 0

Ângulo de folga 60° 0,2 59° a 61° 1,25 0 0

Ângulodecunha 66° a 68°

66° a 68° 1,25 0 0

Alinhamentodaarestade corte

R-1 1,25 0 0

Altura do gume 9 1 mm 9 a 10 1,25 0 0

Acabamento Alisado 1,25 0 0

10,0 0 0