manual do arquiteto descalço

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JOHAN VAN LENGEN MANUAL DO ARQUITETO DESCALÇO ''FRGS I , FAC!" r ··.c; DE i L.ili..IOTECA l O LIVRARIA DO ta'.i.,ARQUITETO

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  • JOHAN VAN LENGEN

    MANUAL DO

    ARQUITETO DESCALO

    ''FRGS I, FAC!" r .c; DE ARQU;~::URA i L.ili..IOTECA

    lO LIVRARIA DO ta'.i.,ARQUITETO

  • CONTEDO ,lllll!llllllllrllllllllll.lill:lllllllllllillllllllllll l!iilll!!llll:lllllillllillllllllll!llilllll!lllllii!illllliillliliiiiii!IIIIWI!IIIII,IIIIilllllllllllllllll!illlllllllillllilllllllll!llllill lliiillll!lliilllli!llll!!!l:t!lllllllllllillllllli lili'llllllli!lllllllllillllllllllllllllllli!II!;IIIIIIII!IIIIIIIIIIIIIIIUIIi:llllllllllillllllllilllllil!llllllllllllll!illlllllllllliillllllllll

    APRESENTAO

    INTRODUO

    COMO USAR O MANUAL

    1 PROJETO 3 TRPICO SECO 223 SOBRAS 347 filtros 616 purificao 622

    desenho 2 forma da casa 224 preparar a obra 350 irrigao 634 forma da casa 8 ventilao 228 aplicar os materiais 356 os espaos 15 tetos 243 fundaes 362 como projetar 18 janelas 260 paredes 376 9 SANEAMENTO 643 maquetes 30 painis 432 tamanhos 34 pisos 440 sanitrios 644 ambiente 38 4 ZONA TEMPERADA 269 telhados 448 bason 653 iluminao 54 portas e janelas 480 coban 664 situar as casas 62 clima 270 servios 502 biodigestores 669 edifcios 73 produo de calor 276 obras especiais 509 drenagem 676 assentamentos 89 estufas 280 ferramentas 527 clima 98 aquecedores 286 ecotcnicas 536 espaos urbanos 106 10 MAPAS E TABELAS 679 circulao 116 meio ambiente 133 5MATERIAIS 295 ?ENERGIA 541 materiais e calor 680

    medidas 682 escolha dos materiais 296 calor e movimento 542 misturas 684

    2 TRPICO MIDO 141 terra 298 moinhos 544 climas e zonas 688 ferrocimento 316 calor solar 550 ngulos 692

    forma da casa 142 areia 325 foges 570 tetos 144 cal 326 estruturas 158 madeira 329 GLOSSRIO pragas 194 cactos 332 8GUA 581 portas e janelas 199 bambu 334 BIBLIOGRAFIA ventilao 202 si sal 340 localizao 582 umidade 204 marcreto 342 bombas 586 NDICE ALFABTICO caminhos e pontes 210 f transporte de gua 600 cisternas 608

    ~1' -:t_~

  • APRESENTAO 1111111111111111111111111 i I li ' 11111 i li ! I I 11111111111111111111111111111:1111 i 111111111111111111 i '1111 i i 111 i i 1111111111 I i i 11111 i 1111111111111' ~ i I i : 111111111 ' 111 i I , 1111111111 ~ i ! 11111111111111111111 ! ! ! I i 111

    O arquiteto Johan van Lengen muito mais do que um arquiteto. Ele um construtor de comunidades. Desde a fundao do TIB, Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura, van Lengen tem-se destacado no Brasil como uma voz a ser respeitada quando se discute a integrao do ser humano em harmonia com o ambiente em que vive.

    O diferencial de van Lengen est na forma como ele apresenta suas idias. Com um discurso positivo e direto, ele coloca o homem no centro da disputa, chamando para ns mesmos a responsabilidade pela construo do futuro.

    E a essa responsabilidade no podemos fugir, por mais que muitos tenham os olhos voltados apenas para o progresso acelerado, sem dar importncia s devastaes deixadas pelo caminho. Se o progresso como um todo, na cidade ou no campo, no corresponde s aspiraes humanas globais, no ser o caso de reduzira ritmo? uma questo para reflexo. O trabalho de van Lengen um magn i fico estimulante para esta reflexo to importante.

    Outro aspecto interessante no mtodo de van Lengen a clara opo pela simplicidade. Esta uma de suas qualidades a qual mais admiro e da qual tambm sou fervoroso adepto. Em toda minha vida, pessoal e profissional, sempre preguei que preciso aceitar a simplicidade. Fazer da simplicidade a base para o futuro.

    Infelizmente, esta atitude s vezes encontra barreiras porque h muitas pessoas que preferem buscar os caminhos mais difceis. Ou porque isso lhes traz benefcios materiais, ou porque tm a iluso de que mais glamouroso fazer coisas grandiosas, caras, imponentes.

    Nada to complexo quanto querem os vendedores de complexidade. E o mundo est cheio de vendedores de complexidade. E eles no sabem que criando a partir de elementos simples, fceis de ser implantados, que teremos o comeo de um sistema mais avanado no futuro.

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    Em Manual do Arquiteto Descalo, Johan van Lengen nos leva a uma deliciosa viagem pela simplicidade. um livro que agrada a um grande conjunto de leitores, desde pessoas comuns, que estejam ou no construindo, a arquitetos e estudantes de arquitetura, passando por tcnicos e especialistas em habitao.

    Van Lengen nos remete essncia da construo, com um sempre vlido lembrete da importncia de cada um de seus itens mais bsicos. O escritor aborda tudo, desde o desenho, aos materiais, portas e janelas, gua, clima, calor, e at do fogo.

    Mas o grande valor deste livro est no modo como o autor fala. Com uma linguagem simples, rpida e essencial, van Lengen est, na realidade, preparando pessoas. Dessa forma, um livro aparentemente tcnico serve como um sedutor, contagiando o leitor a apreciar cada aspecto da construo, a valorizar cada passo no andamento do projeto, da busca do espao, dos materiais e da obra em si. Percebe-se que o real interesse do autor deixar claro para seus leitores que uma construo s ser harmnica quando realizada de forma responsvel e apaixonada.

    Van Lengen no usa esta frase, at porque no objetiva a seduo pela poesia fcil, mas seu livro traz uma mensagem muito forte, que a de que ao se construir uma casa est se construindo um lar. E o conjunto de lares harmnicos que far uma comunidade harmnica.

    Jaime Lerner, arquiteto Curitiba, fevereiro 2004

  • INTRODUO !111111111 il 1111 11111 'llllll'i''IIIHIIIiilllll! 1lllllillll1llllillll'i''llllilll !llillll',!lilllll-"11111111 1''11!!illll'llllllllllllll!lllll:lllllllllillillllllllllll!l

    Este manual foi feito para desenvolver a confiana daqueles que tm o sonho de construir e desejam compreender a relao entre a habitao e seu entorno, seus limites e suas possibilidades. Espero que estas pessoas consultem este livro e encontrem nele algumas solues que facilitem sua realizao. A informao proporcionada por meio de vrios desenhos, quase sempre em perspectiva e da maneira mais clara possvel. Parti do princpio que uma imagem pode ser mais explicativa do que vrios textos. O livro tambm servir aos assessores tcnicos municipais, quando coordenarem programas de melhoramento de habitaes, envolvendo e instruindo os construtores da comunidade. No se trata neste manual de induzir as pessoas a construirem suas prprias casas na maneira tradicional. O mundo mudou muito; h escassez de materiais tradicionais de construo e de mo-de-obra com este conhecimento. Diante disto, tal tipo de informao seria uma frustrao para o leitor. Trata-se, antes, de responder aos desafios atuais da questo habitacional e apresentar alternativas, aplicando no processo construtivo uma combinao de tcnicas tradicionais e modernas. No se deve pensar que utilizando unicamente uma das tcnicas propostas, o construtor v obter um milagre em sua construo. A combinao de vrias tcnicas o que permitir a criao de um ambiente mais harmonioso para se viver. Na antiguidade, os primeiros arquitetos amassavam a terra com os ps, para preparar os tijolos. Arquitetos descalos pisando a terra, uma imagem distante de nossa realidade que se afasta cada vez mais da natureza. Quem mais me inspirou para reunir e compartilhar estes conhecimentos de construo, foi a gente do campo e das zonas "precrias" das grandes cidades. Sua confiana na possibilidade de melhorar suas condies de vida, apesar de todas as dificuldades que enfrentam, foi a base desta obra.

    1lllllli!illllillllllll!llll'llllillllllll'llll!illl 'li' llilllliiil!lllllllll!lllllli!lllliiiiiiiii'!!IILIIII!IIII ''llll!illll:,llllll!'llll,lllli!'lllillllilll! 1 1111:111

    Obviamente no sou autor de todas as tcnicas includas neste livro; muita gente compartilhou comigo suas experincias, e entre eles, penso com gratido em lvaro Ortega, Cludio F avier, Eduardo Neira, Gabriel Cmara, Gernot Minke, John Turner, Sjoerd Nienhuys, Yves Cabannes. A edio brasileira deste livro no teria visto a luz do dia sem a cooperao generosa de muitas pessoas. A cada uma agradeo a amizade, a confiana e o apoio. Neste roteiro de afetos, encontro Dr. Georges Guimares e Dona May, Cristina Cavalcanti, Bia Vieira, llian Felinto, Luiz Diaz, Mrcia Gouveia, Edgard Gouvea Jr., Clarissa Moreira, Sidnei Paciornik, Anselmo Santos, Moema Quintanilha e tantos que pacientemente e de vrias formas, me ajudaram a completar este projeto.

    Um agradecimento especial ao arquiteto Valdo Felinto responsvel pela primeira edio brasileira. A presente edio foi elaborada pelo arquiteto Fabrcio Fontenelle e por Vernica van Lengen, que foi tambrn responsvel pela verso do livro em espanhol.

    Johan van Lengen Rio de Janeiro, fevereiro 2004

  • COMO USAR O MANUAL lllllilllliiii!IIIWilllllllllllll!lllllllllllllllllll!llllllllllllllllllll!lliliiiiiiiiiii!IIIIIIIIIIIIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIIII:IIII!IIIIIIIIII'!!IIIIIIIIIIIIIIIIi!llllilllllllllllllllll!llllllllllll!lll

    Este manual no tem receitas fixas e sim indica muitas maneiras de se fazer uma casa e ainda uma gama bastante rica de emprego de materiais, ampliando assim a escolha de como melhorar o que se est fazendo.

    Quando se pensar em construir, a consulta aos conceitos e exemplos contidos neste manual, permitir um dilogo mais produtivo entre o proprietrio e o responsvel tcnico, para saber como podem ser aplicados na obra.

    Para as tcnicas no-convencionais, recomendamos tambm que se exera controle de qualidade e que se realizem testes, principalmente quando envolverem a construo de elementos estruturais, no se responsabilizando o autor por qualquer procedimento que venha a violar as normas de segurana necessrias a qualquer construo.

    importante considerar tambm, que os materiais e as tcnicas sejam utilizados conforme o clima da regio, para que se consiga a mxima harmonia com o mnimo de custo.

    Como no presente livro se fala um pouco de tudo, ser melhor primeiro l-lo por completo, e depois escolher os caminhos mais apropriados.

  • DESENHO lllllllllllllllltllllllllllllllllllllllllllllllmllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllitlllllllllllllllllllillllllllllllllll.llllllllllllllllllllllllllllllllllll;lllllilllllllll'llllllllllllllltlll

    Para se fazer uma casa, nem sempre se necessita desenh-la antes. Mas quando queremos discutir, ou explicar para outros, as nossas idias, melhor desenhar antes os planos. Tambm para conseguir financiamento ou assistncia tcnica de orgos pblicos, por exemplo, para a construo de uma escola, preciso colocar as idias no papel.

    O DESENHO DE UMA CASA OU PRDIO

    Existem trs maneiras bsicas para representar a forma de uma edificao atravs de desenhos:

    a vista que aparece

    quando se destampa

    a casa

    a vista que aparece ao se cortar

    a casa na vertical

    avista da casa

    olhada de frente

    ou de lado

    3 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111!1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    Estes desenhos devem ser bastante detalhados para que indiquem exatamente os passos a seguir na construo. Por isso, preciso, em primeiro lugar, que as medidas de cada elemento, estejam definidas claramente nas plantas e cortes. O desenho da fachada mostra a aparncia externa da obra, e as elevaes ou cortes, determinam a posio e as alturas de portas, janelas, pisos, escadas, e ngulos de telhados.

    isto se chama PLANTA

    isto se chama CORTE ou elevao

    isto se chama FACHADA

  • 4 llllllllllliiiiiiiiiiiiiiii!IIIIIIIIIIIIIIIIIIII;IIIIIIIIIIIIIIIIIIWIIIIIIIIIIIIIII!IIIIIIIIIIIIIII!IIII!IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII'IIIIIIIIIIIIIIIilllllllllllllll;llllllll

    Na planta indicamos onde ficaro as portas e janelas:

    porta

    Tambm preciso assinalar as funes dos espaos e as medidas entre as paredes:

    .. r sala . 0

    "'

    :~250---j:

    '==.

    r 1"' 8:::::::::::::::::::'::.J', :.. ... . cozinha ~----650---~~

    Em desenhos maiores indica-se tambm os encanamentos de gua e esgoto, a localizao dos registros, torneiras, chuveiros, a localizao da instalao de luz, as tomadas e interruptores.

    Deve-se tambm desenhar as pias, vasos e tanques, nos lugares onde ficaro no banheiro, cozinha e rea de servio, para comprovar se o tamanho e a forma destes cmodos esto adequados:

    l~ ~ ~ h p 80 160 ~o i 60

    5 !llilllllllllllllllllllllllllllillll;llllllllllllllllllllllllll!lllllllllilllllllllllliilllllll!lllllllllllllllllllllllllilllllillllllll!lllllllllllllllllllillllllllllllllllllli!llllllllllllllllllllllllllllllllll

    O desenho de uma casa em tamanho natural no cabe numa folha de papel. Por isto se desenha em escala menor. A relao entre otamanho verdadeiro e otamanho no desenho se chama escala. Por exemplo, se a largura de uma janela de um metro, podemos terno desenho uma largura de um centmetro. Neste caso usamos a escala de um para cem (1:100). Isto , nesta escala, cada um no desenho representa cem na construo.

    No corte ou elevao marca-se a altura das paredes e do teto:

    Tambm deve-se indicar no corte os materiais.

    Na fachada desenhamos a posio das portas e das janelas, a forma do teto e outras construes em anexo.

    fachada frontal

  • 6 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    PLANTA DE LOCALIZAO OU DE SITUAO Outro tipo de desenho aquele onde aparecem casas, ruas, mercados, rios e rvores.

    Quando desenhamos uma planta de localizao, usamos smbolos para representar o que existe no terreno ou no povoado:

    ~ edifcio estrada rio Cl

    ...__., casa ponte monte

    ....JL....JUL JDDC ruas --- limites 1nnr

    , ..... .. . , .. ..

    "'" ... . ....... pasto

    ~ via frrea =-===-= tubulao g::>0 rvores

    Neste plano pode-se identificar os smbolos. Vocquertentar?

    -~--

    . , ; 1 r,. , .... ' I r . I . '1 1 ' ('v I ~ ((I I 1 I 1 I / 1 1 t , , , , ,

    ...---:"\ i ' '' " ' ' ~..:.=.L===;;;;;: ;:;==a,...,...==.::.

    7 ,IIIIIIIIIIIIIIWIIIIIIIIIIIIIilillilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllrlllllllllllllllllllllllllllll!lillllllllllllllllllll:lllllllllllllllllll

    Compare agora o plano da pgina anterior com o desenho em perspectiva abaixo, que mostra um campo com caminhos, rios, casas ...

    caminho do sol

    NORTE

  • FORMA DA CASA lllllllllllllllllllllllllllllllllllll'llllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllll!lllllllllilllllllllllllll!llllllllilllllllllll!llllilllll 1 111111111111111illllllllilllll!llllllllllllllllllllliii!lll

    Em muitas zonas rurais- onde as pessoas passam grande parte de seu tempo ao ar livre- a parte coberta das casas geral mente s possui duas reas: uma para preparar comida e outra para estare dormir. Ossanitriosencontram-sefora da casa.

    As paredes divisrias so feitas do mesmo material que as paredes de fora, ou mais leves; usam-se tambm os mveis, armrios ou guarda-roupas, para separar as reas da casa.

    As portas esto de frente para a rua ou na direo do vento mais constante.

    COMO PROJETAR UMA CASA

    Nas pginas seguintes vamos ver como se projeta uma casa, os espaos necessrios e como organiz-los.

    Existem trs tipos bsicos:

    1 2

    sala com cozinha ao fundo sala com cozinha ao lado

    Nota: Os desenhos mostram somente a metade da altura das paredes, como se a casa estivesse em construo. Pode-se ver a localizao das portas.

    9 l!lllliililllllllllllillllllllllllll:llillilllilili!:lllllilllll!lll;llllllllllllllillllllllll 11111illlllllllillllllllllllll::ili!:iilllillllilillillll11111'iliillllll1111111iillilll!lili!il:i,lill!lllilllllllll

    3 cozinha

    sala e cozinha separadas

    No terceiro exemplo o teto prolongado no centro para criar uma rea interna para comer, protegida da chuva, entre a sala e a cozinha.

    No primeiro tipo ( 1) pode-se tambm prolongar o teto para trs, par ater uma passagem coberta e protegida da chuva ou do sol forte.

    No outro tipo (2) h duas possibilidades para cobrir mais a rea:

    na frente ao lado

  • 10 llllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllll

    Usando a mesma distribuio bsica, pode-se incluir um banheiro:

    Aumentando as paredes laterais, pode-se fazer uma casa com dois quartos:

    Outro passo seria separar o fogo da sala ou da rea de estar para incluir uma cozinha:

    Alm disso, pode-se dividira sala e os quartos; fazer uma rea coberta para sombra.

    Nota: As janelas no esto indicadas; suas posies dependem da orientao e da direo do vento para a ventilao. Veja a parte de ILUMINAO.

    11 lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

    Este ltimo arranjo apropriado para uma rea de clima tropical mido, em terreno plano com brisa lateral:

    A mesma casa teria outra distribuio numa zona de clima tropical seco,com todososquartosdando para um ptio interno:

    planta de distribuio vista da casa

    Este exemplo mostra um s tipo de distribuio dos espaos e no deve ser considerado um modelo. A distribuio pode e deve ser diferente, porque depende muito do clima, da orientao, do terreno, da vegetao do lugar, do tamanho da famlia e de sua forma de vida, alm dos materiais de construo escolhidos.

  • 12 illlllllllllllll:llllllllllilllllllllllllllillllllllllllllllllllillllillllllllll:lllllllilllllllillllllllliilll!lllllllll!llllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllilllllllllllllllillllllllllillllllllllllllllllll!ll

    Os quartos em forma retangular so maisfceis de construire de arrumar mas, por outro lado, as formas irregulares podem dar ao ambiente um aspecto diferente e inesperado, mais agradvel.

    um espao retangular de um quarto

    um espao com uma parede saliente para que entre mais sol

    um espao com parede redonda para acompanhar um barranco

    ~ I I ~

    um espao na forma da letra "L" para ver melhor uma rvore

    ....

    . ~ . . . .

    .

    . . o ... # ~

    . 't' : ,J

    Tambm a forma do terreno ou da vegetao faz com que os espaos mudem.

    13 llllll:lllllllll'llllllllll!llll!llllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllll!lllllllllillll 1llllllllllllllllllllll!llliiiiiiiiiiiii11111111111111111WIIIIIIIIIIIIIIIIIIillllllllllillllllllllllll

    Quando o terreno da construo no morro, pode-se compor os espaos em diferentes nveis, unidos por escadas:

    parte alta

    ....

    parte baixa

    Neste caso, deve-se colocar no mesmo nvel os espaos que tem relao entre si, como por exemplo, a cozinha e a sala de jantar, ou osquartose o banheiro que neste exemploficam na parte alta.

    Em um terreno plano, os forros dos quartos podem estar em diferentes nveis para facilitar o fluxo de ar e a ventilao, especialmente nas zonas de clima tropical mido. Assim, os tetos ficam em nveis diferentes.

    brisa

    Desta forma tambm, os espaos da casa criam uma viso mais rica.

  • 14 llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!llllilllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

    A distribuio seria diferente em uma zona urbana, porque na cidade osterrenosso menores, o quefazcom que a construo seja para cima, isto , em dois andares.

    planta tpica de uma casa urbana

    a casa urbana e seu ambiente

    andar de cima

    B=banheiro O=quarto

    andar de baixo

    S =sala C= cozinha E= escada

    OS ESPAOS 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111:111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    As reas de cada espao da casa dependem muito do tipo de vida de seus moradores. Para os que consideram a preparao da comida um momento importante, a cozinha deve ter boas dimenses. Outras pessoas gostam de tomar fresca noite ento, seus quartos devem ter um terrao para o jardim ou: quando esto no segundo andar, devem ter uma sacada grande.

    sala de jantar-cozinha quarto-sacada

    Ao projetar os espaos, deve-se pensar no uso que se dar aos cmodos e at nos mveis que entraro neles.

    O mais importante que a famlia desfrute seus espaos e que no tente copiar casas de outras pessoas ou de outras regies ou cidades. A casa deve ser construda de acordo com o gosto de cada um e no apenas para ser admirada pelos vizinhos.

  • 16 llllllllllllllllllllli:llllllllllllllillllllllllillllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllll;!lllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll:lllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllillllllll

    Uma boa disposio dos espaos pode economizar rea. Por exemplo, se a posiodocorredornoocupa muito espao e ao mesmo tempo permite fcil acesso s demais reas, pode-se conseguir que os quartos sejam maiores, no mesmo espao da casa.

    Vamos comparar os desenhos de uma casa, que mede 8 x 7 metros, isto , 56 metros quadrados (56m2):

    desenho A

    desenho 8:

    S =sala C= cozinha B =banheiro

    corredor: 5m 2 sala: 12 m2

    corredor: 2m2 sala: 15m2

    Os outros espaos, como quartos, banheiros e cozinha, tm as mesmas reas nos dois exemplos, mas na composio do desenho 8, a sala ganha trs metros quadrados.

    17 'lllllilllllllllilllllllllllllll!llllilllllllllllllllilllllllllllllllillllllllllllllillllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllrllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllilllllllllll

    Abaixo esto outras composies para casas de um andar:

    com 2 quartos

    com 3 quartos

    As casas de dois andares podem ser divididas assim:

    com3quartos

    com4quartos

    No andar de baixo ficam a sala e a cozinha.

  • COMO PROJETAR 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111!11111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    Para entender melhor o processo de desenho e distribuio dos espaos, usaremos como exemplo uma casa pequena, de 6 x 9 m, com dois quartos, uma sala, cozinha e banheiro (a unidade formada por cozinha e banheiro ser denominada COBAN). DISTRIBUIO DOS ESPAOS

    1 comearemos pelo COBAN

    2 depois, a sala de jantar

    3 finalmente os quartos

    [DOI DO

    JO

    A primeira planta est projetada. Ainda faltam:

    4 situar as portas e janelas ~

    , Jl

    Quando o terreno no plano, deve-se deixar uma parte mais alta que a outra, ligando-as por meio de escadas.

    19 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    A parte listrada do desenho indica a parte mais alta ou a mais baixa.

    O ASPECTO

    Paraevitarque a casa parea uma caixa, podemos deslocar os cmodose dar-lhe uma forma irregular, que mais aconchegante quando vista de fora:

    deslocamento frontal

    mas no exagerado para no criar uma sensao confusa:

    arredondando asesquinas suavizamos a forma de "caixa".

    ou lateral

    -

  • 20 !llllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll'llllllllllllllllllllil!ll!llllliiiii!IIIUllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllilllllllllll'llll!llllllllll,!li

    O LUGAR Logicamente, a orientao da casa no terreno depende do acesso rua

    rua

    s s

    e da posio do sol:

    Q

    ==-fi~ ~ sol nascente Q Jl

    Nos climas secos, inclumos um ptio interno

    Q s

    Q

    Aqui pode-seobservarque a forma da sala deixa de serquadrada e fica retangular. Ao desenhar, no devemos ser rgidos. Um pouco deflexibilidade possibilita a apario de novas formas.

    21 1lllll11llllllllllllllllillll!llllilllll:lllllllllilliHIIillllllllllllllllllli'llilllllllllllllllllllllllllll111111111!111111111Hllilllllllllllillll!llllllllll!illlllllllllllllllllillllllllllllllllllllllll

    ACRSCIMO Vamos supor que em vez de dois, precisamos de trs quartos:

    [ ~ Q Q Q

    A planta fica maior; para melhorar a comunicao entre os espaos, colocamos um corredor (c) e aumentamos o tamanho da sala, ou acrescentamos uma varanda na entrada da casa. No clima tropical mido, o corredorfica aberto na altura das paredes, para criar uma ventilao cruzada entre os quartos.

    Outra forma de aumentar a planta deslizarum espao para fora do contorno do retngulo. Neste caso, teremos quatro quartos.

    Os espaos desta planta -sala e quartos- so maiores. O corredortem forma de "L", para permiti r o acesso a todos os quartos.

    li ~ Q Q

    Q

    Q

    Q

    Q

  • 22 lllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

    A planta anterior um pouco complicada. Deslocando ligeiramente os espaos, conseguimos uma planta mais clara:

    Os quartos comunicam-se com a sala atravs de um corredor curto (c) c[

    Os pisos ao nvel natural do terreno criam um ambiente mais variado e interessante. Se esta mesma planta estivesse em terreno inclinado, a melhor soluo para ligarosespaosseria colocar uma escada na sala.

    perspectiva do desenho anterior

    23 :llllllllllllllllllll!lllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllll

    Muitas vezes nossa intuio nos d a melhor soluo na primeira idia. Em vez de procurardiversassolues, mais prtico ficar com uma s e melhor-la at que o resultado seja satisfatrio. Claro que, se no funcionar, o melhor abandonar esta idia e procurar outra.

    Como mais difcil reduzir as dimenses num plano que aument-las, melhor iniciarodesenhocom espaos mnimos. Aument-los depois no ser difcil:

    3x3 ~j li 3x4

    Se inclumos no plano uma oficina ou uma loja unidos casa, eles devem ficar ao lado da sala, para no tirar privacidade do resto da casa.

    =

    ==:I =

    sala

    oficina

    . ~ . . . .

    . . . . . . .

    11 ~ sala

    loja

    ...

    Em terrenos muito estreitos, necessrio incluir ptios internos entre a sala e os quartos, para se obter mais ar e mais luz.

  • 24 illllllllllilllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillrlllllllllllllll:lllllllllllllll!lllllllll:lllllllllllllilllllllllll'llll!ll

    MUDAR ESPAOS

    Se a situao no permitirque se oriente a planta em relao s portas e janelas ...

    podemos poro coban do outro lado da sala:

    c

    O importante situar os quartos em direo ao leste ou, pelo menos, ao nordeste ou ao sudeste, para que as pessoas acordem com sol no quarto. Quartos que do para o oeste ficam muito quentes na hora de dormir.

    SEGUNDO PAVIMENTO

    Em terrenos muito pequenosalgunscmodosficam no segundo andar:

    Usando nossa planta inicial como exemplo,osdoisquartosdevem ficar no andar de cima.A escada pode ser apoiada na parede do coban.

    c I B OH O

    0 000 1JJT

    25 11111!!111illll:lilll1lllllllllllll!lllllllllllilll!lilll:llllilllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllll'llillllllilllllllllllllllllllll!lill11!il;lllllllll:lilllillll!l!lllllllillllll!llllllllllllilllllll

    Utilizara mesma parede como apoio para o andar de cima. O acesso aos quartos se d por um corredor.

    Com um s teto e um espao mais alto na sala, como umjirau, conseguimos uma casa pequena, mas agradvel.

    Quando o terreno muito estreito e inclinado, os espaos ficam um depois do outro, comeando pela sala:

    Observe-se que para incluir a escada devemosmudarasdimensesdosquar-tos. Em vez de3x3, teremos4x2,5 ms.

    Se a casa for maior, ser preciso um teto mais alto para acomodar as janelas da cozinha e de um quarto.

    o

    s

    FAC'.'.r .. :C?. DE ARQUJI;:TURA em planta I. :lliOTf CA em perspectiva

  • 26 !llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllll

    ARMRIOS Um bom lugar para construirosarmriosembutidos na entrada dos quartos, ao longo das paredes divisrias.

    corredor ~

    li ' .. Jhi .. '

    t .FF(

    ~ ~

    A planta da direita tem tambm um armrio aberto para o corredor.

    COMO DESENHAR UMA CASA CONFORTVEL Muitas vezes pensamos que para ter uma casa agradvel preciso gastar muito com materiais e fazer um grande esforo. Noentanto,convmrecordarquenemsempreoluxoeoconforto de uma casa tm relao com o tamanho e o tipo de materiais empregados na construo. O verdadeiro luxo consiste em viver numa casa que se acomode perfeitamente aos nossos hbitos e modo devida.

    Nestas pginas vimos como projetar, como converter nossos sonhos em espaos. Por exemplo, temos:

    seis espaos para descansar, comer, dormir, trabalhar ...

    (""$ .

    ..........

    I I I

    -

    juntos, formam uma casa.

    27 llllllllllllllllllllllllllllllllillllllllll!lllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllillllllllllllll:lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllll

    A planta em perspectiva:

    Este desenho no tem nada que chame muito a ateno.

    Mas se deslocamos vrios espaos, movendo trs paredes para fora ou para dentro, aumentamos s um pouco o custo da obra e conseguimos um desenho muito mais atraente:

    1 I 1 % ~ em planta

    I--

    a

    em perspectiva

    c Este movimento gerou novas idias, como:

    a. um lugar para estantes b. um banco amplo, talvez com uma varanda c. uma entrada agradvel

  • 28 :llllllllllll!llillllllllllilllllllllllllllllllllllll!llll:llllllllllllll:llllllllllllllllllllllllll'llllilllllllllllllllllllll!lll'lllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllill!llllllllllll:lllllllllllllll.lll

    O CLIMA LOCAL

    No clima tropical seco, onde os tetos devem ser planos, podemos mover as paredes ou alterar a altura dos tetos para tornar a fachada mais atraente e noter uma casa-caixa:

    deslocando os espaos

    ou as alturas dos espaos

    ou ambos

    No clima tropical mido ou em climas temperados, os tetos sero inclinados:

    de diferentes alturas

    29 llllllllilillllllllli!llllllllllllllilllllllllllllll'lllli!lllllllllllllllllllllllll 1111111111111111111111111111111111111'111illlllllllll'llll1lllllllllllllllillllllllll 1111111111!1111111!1111111illlllllllllllllllll

    diferentes inclinaes

    ou vrios tetos.

    Em qualquer clima podemosconseguirfachadas bonitas e ainda criar mais alguns lugares interessantes na casa, quando usamos:

    sacadas

    prticos

    janelas ou galerias

  • MAQUETES llllllilllllllll:llllllllllllllllllllilllllllllllllllilllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllll!llllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllll

    PROJETAR COM MAQUETES

    bastante difcil imaginartodososdesenhosjuntos, isto , unir em uma mesma imagem a planta, o corte e as fachadas. Para saber se o tamanho dos espaos adequado e se a casa ter boa aparncia, o melhor fazer uma maquete em cartolina ou carto. Uma maquete em escala 1:50 pode ser feita assim:

    1 Cortar tiras de cartolina de 5cm de largura. Estas tiras representaro paredes de 2.5 m de altura.

    2 Desenhar o rascunho da planta no papel, de forma que cada metro real mea 2 em no desenho, deixando o lugar das portas aberto:

    Estamos usando neste exemplo, uma planta tpica de sala e dois quartos com coban.

    31 ill!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

    3 Cortar as tiras pela longitude das paredes do desenho e col-las seguindo as linhas traadas no papel.

    4 Comprovar se esta planta representa a idia original. Talvez seja necessrio fazer algumas modificaes nas paredes ou nas portas.

    5 Quando tudo estiver satisfatrio, pode-se recortar ou desenhar as janelas.

  • 32 lllllllllllllllllllli,llllllllliiiiiiiiiiiiiiiiiiiii,IIIIIIIIII!IIIHIIIIIIIIIIIIII!IIIIIIIIIIillllllllllllllllllllllllllllllllllilllli!illlll!lllliill!llllllllllll!llllllllllllllllllllllllllilllll!llllllll

    6 Desenhar na prpria maquete as linhas por onde vo passar os canos de gua e drenagem, e os tubos de luz, alm da localizao dos pontos de luz:

    luz

    7 Decidirotipo deteto mais adequado, segundo o clima e os materiais que sero utilizados.

    clima seco

    climatemperado

    E, se toda a famlia estiver de acordo, mos obra!

    33 1111illlllllllllllllllllll!llllillllrllllllllll:llll!llllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllllllllllllillllllll!llllllllllll!llllllllllllllllllllrllllllllllilill'lllllllllllllillllllllllllllllil!l

    Exemplo de uma casa simples para quem tem pouco dinheiro e um terreno difcil.

    Na parte de cima ficam o quarto e o banheiro.

    Na parte de baixo esto a sala de estar e uma rea para a cozinha.

    Asfundaestambm so colocadas em alturas diferentes.

    Desenhando as paredes pela metade da altura, podemos ver a distribuio dos espaos internos.

    Esta planta serve para urna casa na praia ou na montanha.

  • TAMANHOS llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllilllllllllilllllllllllllllllll

    Para ter uma idia do tamanho da casa que vamos projetar podemos usar como referncia as medidas do cmodo onde estamos desenhando no momento. Vamos suporque ele tenha 3x3metros.

    ' ' o : I A maneira mais rpida de projetar as pnme1ras "trT!;: idias desenh-las num papel quadriculado em .:::Lfl i .. y.:l" que cada quadrado, de 1cm de lado, pode .. L. ... : .... ; ... i representar um metro. ..L.... ' ! . ... !

    1-~+l-- ~----~

    Se ao projetar a sala quisermos que tenha o dobro do espao onde estamos desenhando, lhe daremos ento uma medida de duas vezes 3 x 3m, isto , de 18m2. Devemos ser flexveis ao decidir a respeito dos espaos; assim, escolhemos a forma mais adequada:

    3x6 ou

    4x5

    depois,aoacrescentarmaisespaos,observamosquaisencaixam melhor.

    AS MEDIDAS

    Depois de decidir as dimenses e a relao dos espaos num desenho simples, devemos fazer um outro plano da planta para o construtor ou mestre de obras.

    . '

    35 l!lilllllllllllllll:llllllllllllllllllllllllllllllllll!lllll!lllllllllllllllllllllllllllilllll!illlllllllil!llllllllllllllllllllllll'llllilllllllllllllll:lillllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll!llllllll

    Agora vamos desenhar a casa que usamos como exemplo:

    As paredes so representadas por uma linha dupla. Indicamos tambm a posio de portas e janelas.

    --400 ---- 200

    Para facilitar o desenho, e para situar as paredes na obra, recomendvel usar uma esquina como referncia e traar as medidas a partir deste ponto.

    Mais tarde, na obra marcamos a posio das paredes no terreno: 400 200

    r lqJ t ~- .~ I 'f 35

    Agora pode-se escavar as trincheiras ...

  • 36 !lllllll!llllllllllllllllll'lllllllll'llllllllllllllllllll!lllllllll!llilllllllllllllllllllllllllllilllllllll,lilll'llllllll!llllllllll!llll'lllllllllllllllllllllllllllllillil'llllllllll!lllllllllllllllllll:lll

    Os tamanhos de cmodos mais usados em metros quadrados:

    m' quarto 4

    uma parede grossa mais resistente;

    uma parede comprida dobra-se facilmente;

    uma paredealtatambm quebra com facilidade;

    um teto pesado empurra as paredes;

    as esquinas retangulares abrem-se maisfacilmente. ... ..

    .

    c~:~::~

    37 !!lllllllllllllllllllllllllllllllll!lii!lllllllllllllllll!l!lllllllllllllllllllllllllilllllllllllll!lllllillllllllllllllllllllllllllllll!l!il!illllllllllllll!llllllllll!lllllllllllllllllillllllllllllllllllll

    Vamos supor umcertofatorde resistncia para uma parede que sustenta uma laje. Ovalordesta resistncia varia medida em que mudamos as dimenses da parede. Quanto mais alto o fator, maior ser a resistncia da parede ao colapso.

    O peso dos diferentes tipos de tetos afetam o fator de resistncia:

    laje lmina

    3 5

    A forma dasesquinastambm importante; uma parede semi-circularter a mesma resistncia que uma reta, reforada com uma estrutura de vergalho .

    2

  • AMBIENTE llllllilllllllll:llll!!lllllllllilllllllllllllll:lllllllll!llllllllll,llll1lllllllllllllll:llllllllll:lllllllllilllll\111111111,1111!!111111111illlliillll!lllllllililllllllllllllllilllll'lllllllll:llll!llllllllllilll

    A casa serve para nos protegerdascondiesclimticas,como calor, chuva, frio ou umidade, e por isso importante observar primeiro o clima local.

    Trataremos de trs tipos bsicos de clima:

    O clima tropical mido, que quente mas chuvoso, com muita vegetao e pouca diferena de temperatura entre o dia e a noite.

    O clima tropical seco, que tambm quente, mas com pouca chuva, vegetao escassa e fortes mudanas de temperatura entre o dia e a noite.

    O clima temperado, em que h pocas de muito frio durante o ano, principalmente noite.

    As pessoas migrantes svezescometem o erro muito comum de ao chegara uma regio de clima diferente,construirsuascasas com as mesmas formas das de seus lugares de origem. Por isso, quase sempre estas casas ficam muito quentes ou muito frias.

    melhor observar a forma como as pessoas do local construam suas casas antigamente. Assim, no se cai no erro de importar desenhos e materiais que no combinam com as condies locais. A casa deve estar de acordo com o clima e no o clima com a casa.

    Nos captulos 2, 3 e 4 veremos como as diferentes caractersticas climticas mudam totalmente os projetos e as construes.

    '. 39 !1 1tiUIII!IIII'illlllllllllll111111'11111,111111111 11111:'11!1.illllllll!llllliiiiiiiiii'IIIWIIIIIIIIIIIIII'IIIIIillllillllllllll'llll,lllllllllllllllllll!illlllllll'illiiiiii!IJI!!IIil,lill!llllllllllllllllll

    CLIMA TROPICAL MIDO

    Construir ~s casas perto de morros ou elevaes onde h ma1s mov1mentodoar.

    Paredes delgadas, para que no conservem umidade.

    Tetos bem inclinados, para que a chuva escorra.

    Materiais: madeira, taquara e capim.

    Janelas grandes, para melhorar a ventilao.

    Casas separadas, para que a brisa circule refrescando.

    Varandas abertas em volta da casa, para proteg-la da chuva.

    Piso elevado para evitar a umidade do solo.

  • 40 illlllllllllllll!lllllllllllllll!llllllllll,lllllllllllllllll!llilllllllllilllllllllllllllllllillllllillil'llllilllll,!lilllllilllll'lllllllll.ll!il'lllllllllillll'llllllllllllil 1 1111111111!!111llllilllilll!lll!l

    CLIMA TROPICAL SECO

    Em regies de morros, construir as casas nas partes altas, onde h mais movimento de ar.

    Paredes grossas, que retardam a penetrao do calor do dia e do frio da noite.

    Materiais: pedra, adobe, tijolos e blocos.

    Janelas pequenas, para evitar a poeira e o sol.

    Casas bem juntas, com menos paredes expostas ao sol. Uma d sombra outra.

    Uso de ptios internos, para ventilaras quartos.

    Piso apoiado sobre a terra para captara frescor do solo.

    41 lllilllll!'llllilllll'llllillli:lllliiiiii'!!JI'iiillllllilllllllllllllllllll'lliilllll!llllllllllilllll!llllllllillllllllllllllllll!!'lililllllllllll 1llll:lllllllll!'llll!llll'l!l!lllllillll!lll'lllllillll!l!l

    CLIMA TEMPERADO

    Construir as casas nas reas mais expostas ao sol.

    Paredes grossas para no perder o calor dos cmodos.

    Tetos com inclinao mdia.

    Materiais: madeira, adobe, tijolos, blocos.

    Janelas pequenas para o Sul e grandes para o Norte.

    Proteger a casa dos ventos com vegetao e barreiras de terra.

    Uso do sol para aquecer os cmodos.

    Isolar o piso do frio doso/o.

  • 42 llllll:lllllllll!lllll!llllllllllllllllllll'llllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllll:llil:llll!llllllllll:llllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllillllllllll.llll!lllliillll:llllllll

    Muitas vezes as condies do ambiente onde se constri no estoclaramente definidas. Em algumas regies de clima tropical mido os recursosflorestaisforam destrudos, e isto provocou escassez de madeira. Existem tambm regies de clima tropical seco com vales verdes cheios de palmeiras, onde as pessoas constrem suas casas todas em madeira.

    No entanto, se h condies para construir casas em harmonia com o meio ambiente, o melhor faz-lo assim.

    Claro, hoje temos a oportunidade de utilizar materiais novos- s vezes importados- mas melhor utilizar estes materiais em harmonia com o tipo de construo tradicional. Mudartodos os aspectos materiais, como a forma da casa, a diviso interna, o uso de espaos, sempre causar mais tarde muito mal estar.

    ~? Por exemplo: gua estagnada

    A CASA E SUAS PARTES

    Uma casa tem trs funes bsicas quanto s condies de abrigo:

    1 2 3

    proteo do sol e da chuva proteo da umidade do solo proteo do vento

    E, claro, no deve cair com um ventinho ou quando passa um caminho.

    43 illllllllll:lllllllllllllll'llll'lllllllllllllllilllllllllllllll'llllillllllllll!llllllllllllllllllllilllllllllllllll:llllilllllllllllllllllllllllllilllllilllllllllllllllllllllllllllllllillll:lllllllll!llllllllllilll

    2 Em outras palavras, necessitamos de:

    c? C) paredes J

    piso~ Y? M~itas ~ezes os problemas de manuteno da casa, como mflltra.oes de gua, insetos, calor ou frio excessivo acontecem

    pnme~ro nas juntas ou conexes destas partes: teto, piso e paredes.

    e aqui

    Da mesma forma, as falhas da construo, atravs dos efeitos do vento, chuva ou acomodaes de terra, freqentemente comeam a aparecer nestes pontos.

  • 44 lllllllllllillllllllli\llllllllllllllillllllllllilllllllllllllllllllllilll'lllllllllllllllilllll!llllllllilllllllllllilllillllllllll!llllllllllllliillll,lllllllllilllllllll!llll:!llll'lll!lllll,llll!lllllllllllll

    Muitas vezes desconhecemos e aproveitamos mal as influncias do meio ambiente. Nestas ocasies, no s a proteo que a casa oferece pode ser incompleta como nem sempre sabemos transformar as influncias negativas em positivas.

    No convm imitar elementos ou estilos de construo de outros lugares. Por exemplo, uma janela num lugarfrio permite que entre o sol e que o cmodo seja aquecido, mas a mesma janela numa zona de clima tropical seco esquentar o cmodo e ele ficar insuportvel.

    " '

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    ....... : .. .

    reciclar dejetos

    O teto, o piso e as paredes devem se integrar ao ambiente natural, aproveitando as condies favorveis e equi I i brando as demais.

    45 !lllll!llllillllllll!!!ililillllllllllllllllllllilllllllllllllllllllliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!IIII,IIIIIIIII!IIIIWIIilllllllllllllll:llllillllllllll!llll:rlllllllllllllliiiiiiiiiiiiiiWIIIIiiiiiiiiiWIIIIIIII

    ONDE CONSTRUIR EM TERRENOS COM DECLIVES

    s vezes se constri uma casa em terreno com declive, mas como se fosse terreno plano. O resultado que gasta-se mais dinheiro na construo da fundao do que nas paredes da casa e, alm disso, pode-se destruir parte do ambiente natural. bvio que quando o declive muito acentuado, preciso fazer mudanas no terreno, mas melhor que a planta siga a forma do terreno:

    uma obra cara ...

    Pode-se utilizar este tipo de terreno para fazer uma casa muito mais eficiente, localizando os espaos em vrios nveis. Os tetos podem tervriasformas:

    a) um teto plano corte das casas

    b) um teto inclinado

    c) teto de 2 planos

    O que seria gasto com muros de conteno e terraplenagem, pode serdestmado construo de outros espaos.

  • 46 illlll!llllllllllllllllllllilllllllllllllllillllllllllllllllllllillllllllllllllllllllillllllllllillllllllllllll'llllllllll11111 111111111111illillllllilllllllllilllllllllllllllilllllllllllllli!lllllllllilllillllllllll

    SOL E VENTO EM TORNO DA CASA

    Para que a temperatura no interior da casa no seja alta, pode-se:

    1 Evitar que os raios do sol toquem a parede com telhado grande J

    I I

    com rvores I

    protegerdosolas * paredes maiores _-

    ---

    ---

    ~ /

    /

    /

    com beirais I

    I I

    I I

    com plantas

    ou pintar de branco I

    I I

    I

    I

    47 :illllllllllllll'lllllllllllllllllll!:lllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllillllllllll:llllillllllllll!llll!lllllllllllllll'lllllllllllllll!llllillllllllll!llllillllllllll!llllllllllllll:lllll,llllllll

    Quando os raios do sol tocam uma parede, ela esquenta de fora para dentro. Depois de algum tempo, o calor comea a penetrar no espao interior da casa e a temperatura interna se eleva.

    2 Tambm preciso evitara reflexo dos raios de sol: Se uma casa prxima tiver muitas janelas de vidro, os raios de sol refletem-se de um lado da rua para o outro:

    as janelas grandes refletem o calor.

    a gua tambm reflete o calor

    Uma pavimentao escura absorve o calor, irradia-o e ele se transmite para o interior.

    o piso absorve e irradia o calor

    A melhor proteo do lado de fora so as plantas e rvores, que mantm o arfresco entre suas ramagens.

  • 48 llllll,lllllllllllllli1lllllllllillll111111111ilillllllllllllllliii1U!IIIIIIIIIIIIIIIIIIillllllllllillllllllli1111111111111111illl!llllllllllillir!llll!lllllliii'll!lllllll11111:1111111111illlllllll111111111111111

    3 Ventilar bem os espaos para que o calor circule, em vez de ficar parado depende muito das posies de portas e janelas em relao direo do vento predominante.

    janelas altas: retiram o ar quente junto ao teto

    vento entrando pela varanda

    aqui entrao calor do telhado

    ..

    TI

    janelas baixas: sente-se na pele o frescor da brisa.

    caramancho afastado da parede

    aqui sai o calor do quarto

    49 llllll!llll,lllllllll 111111ililiillllllllllllllliiiiiiiiiiiiiiiiiiiWIIIIIIIIII!IIIIillllllllllilllliiiiiiiiWIIIIIIIIIIIIIIIIIIII1111111111111111:11III,IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII:IIIIIIIIIIIIIIillll111111!111

    de cima para baixo: pouco eficaz

    mais perto do teto: mais quente

    n

    rvores baixas: a brisa sobe e no entra

    de baixo para cima: refresca muito bem

    a circulao cruzada mais eficiente com aberturas na parte baixa das portas

    rvores altas: a brisa desce e refresca

  • 50 illlll\llllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllillll!llllllllllilllllllllllllllllll!llllllllllilllll!lllllllll\11111 1 lllllllllillii!lllllllllllllll 1,1111111111illll\llllllllllillll!llllllllllllll!lll

    A distncia entre as plantas ou rvores e a casa tambm importante, por exemplo:

    cerca viva a 3 metros: a brisa entra

    cerca viva a 6 metros: a brisa entra com mais fora

    No entanto, uma rvore fica melhor a uma distncia menor:

    rvore a 6 metros: entra pouca brisa

    rvore a 3 metros: a brisa entra mais e mais fresca

    6m

    51 illlllllllllllll.llllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllll!lllllllllllllllllllllllll:lllllilllllllll!llllilllllllllllllllilllllllllllllllllllliillllllllllllllrlllllllllllllll!lllllillllllllllllll;llllllllllllll

    As cercas vivas em volta da casa podem tambm mudar o movimento da brisa dominante:

    sem plantas: a brisa passa por fora

    cerca viva na frente: a brisa passa ainda mais longe

    cerca viva atrs: a brisa entra e refresca

    cerca viva na frente e atrs: a brisa entra com mais fora

  • 52 lllll:l!lllllllillll'!llllllllillllillll!lllilllllllllllllllll:!llllllllllllii!lllllllll;!lllllllllllllllllll'llllllllllillll 1 1111111111:1111.1111'1111111111:!11!11111111111'1111111111:11111111111111illllllllllllll

    ABERTURAS DE VENTILAO NO TETO Uma forma de evitar o calor no interior da casa fazeraberturas na parte superior das paredes, ou no teto, para que o ar quente dos quartos possa sair. O ar quente sempre sobe.

    H trs tipos de movimento:

    A para deixar sair o ar quente do interior:

    ExemplosdotipoA:

    aberturas nas paredes

    com o ar fresco fora: deixa-se sair o ar para que entre o ar mais fresco

    o ar quente deve sair pelas aberturas no teto

    53 'lll:i:llllllllllllllilllllllllillllilll!l'lllillllllllllllllll 1illl!lllllllllllllllllllilllll!lllllllll'lliilllliillll!llll!lll!lllllllllllllll i!illllllllll illillllllllllillililllllllllllllilllliillllllll

    8 para que o ar quente no entre nos cmodos

    Exemplo do tipo 8:

    o ar quente sobe nos beirais e escapa pelas aberturas na cumeeira.

    variao de abertura na cumeeira.

    C para tirar o ar quente entre o teto e o jirau

    Exemplo do tipo C:

    ~;~Jiiiiiie~iiiil-~ com teto plano: a _ brisa leva o ar que

    est parado sob o teto.

    a brisa passa pelos tijolos abertos postos na parte alta das paredes.

  • ILUMINAO lllllllllllilllllllllllllll!lllllllllilllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllilllllllllllllllillllllllllllll:lllllllllllllll'llllllllllllllllilllilllllllllllllll:lllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllll

    COMO ILUMINAR UMA CASA

    A iluminao natural uma maneira de clarear os cmodos durante o dia, aproveitando a luz do sol. Vimos como posicionar as janelas para ter ventilao e uma brisa agradvel na casa. Agora vamos ver como ter luz na casa. Por exemplo, em algumas situaes usaremos uma janela pequena num cmodo, para no deixarentrarocalorou o rudo; ou, talvez, pornocontarcom os materiais- madeira ou vidro- para fazer uma janela grande. Precisamos saber como iluminar bem o cmodo, mesmo com uma janela pequena.

    Seguimos com alguns pontos que determinam a qualidade da iluminao de um cmodo:

    1 Otamanhodajanela.

    janela pequena janela grande

    2 A forma do cmodo: um quarto com pouca profundidade receber mais luz.

    55 !IIIWII11:11111IIIIIIIIIillllilllllllllllllii!llllilllllillllilllllllii!lllllllllllllll!lllllillllllllllllllllllllllllllllll!llllltllllllllllllll!:lllliii11111WIIIililllllllli'illlltlllllllll:llllillllllllllllll

    3

    / lt.

    A orientao da casa: em lugares ao sul da linha do equador um quarto voltado para o norte recebe mais luz que um quarto voltado para o sul.

    raios do sol

    ~/ /

    / I

    / /

    /

    / /

    /

    lado sul lado norte

    4 O reflexo do sol do lado de fora. Uma superfcie clara e refletora dirigir mais luz para o interior da casa (mas tambm trar mais calor).

    vegetao

    /

    , ,

    /

    ,

    (i ,

    , , ,

    , concreto

    ' /

  • 56 llllllllllillilllllllillllilllllllllilllll'llll!lllllilll!ll!llllll!llll,lllll'llllllllllllllllllil'llllillllillll!lllll'lllllllll,llliilllllllllllllil'lllllllll,lllllllllllllilllll!lllllllllllllllllllll,illl'll!

    5 A influncia do sol, de outros edifcios ou plantas, so muitas condies que podem melhorar ou piorar a iluminao da casa.

    uma rvore no reflete a luz

    o vidro reflete a luz

    6 A influncia causada pelo tipo dos materiais e pelas cores do cmodo. Uma cor clara reflete muito mais a luz que uma cor escura.

    na parede

    57 ,iili!llllll!!lllilllllllillll!llllliiiiiiiii!IIIIIIIIHIIIillllllll!,llllllilllllll!lllll;lllllllll'llllillllllllll!ll!l'l!ilillllillll!illlllllllllll.iillllllllllllllllll!lllllillilllllllll!lllll,llilllll

    7 A topografia do terreno em volta da casa pode mudar a intensidade da luz em certas horas do dia.

    "----I

    I .....

    / I

    I

    ~ I

    I

    Neste caso, pela manh h pouca luz, mas depois a iluminao ser melhor

    8 A sombra de outros edifcios ou plantas. Um edifcio alto pode impedir a entrada de luz. A altura e a densidade da folhagem das rvores tambm impedir a entrada de luz.

    aa:Q * ,! rvores, a selva o deserto

    9 As condies do clima: se o cu est frequentemente coberto (como no caso do clima tropical mido) ou se est quase sempre limpo (como no clima tropical seco).

    mido seco

  • 58 llllllllllllllllilllllllllllllllillllllllll.llllllllllllllllllll:lllllllllllllllilllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!llllllllllllllllllllll!il!llllllllllllllllil

    Ento, a deciso a respeito do tamanho da janela e onde coloc-la depende das condies do lugar.

    Mas, se depois de considerar todas as condies do lugar, por alguma razo no se podem resolver os problemas de iluminao, devemos partir para outras aes:

    Quando entra luz demais, preciso colocar persianas, trelias, cortinas ou plantas.

    persianas trelias

    plantas cortinas

    Quando entra pouca luz pelas janelas, preciso colocar outras entradas de I uz.

    teto plano: clarabia

    59 llllliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • 60 llllllillll'llllllllliilllllll!l'llllllllll,lllllllllillill:llillllll!llllllilll'llllllllllllllllllll'lllllllilll!llllllllllllllllll'lllllllllliilll'ii!lllllllllilllllllll!lllllil\llllllllllllillil'llllllllllllll

    LUZ TAMBM SADE

    Quando os raios do sol no entram nos quartos porque as janelas so muito pequenas, ou por estarem sempre fechadas, cria-se a oportunidade para o crescimento de caros, fungos, vrus e bactrias.

    Isto faz com que os moradores adoeam com mais facilidade.

    Portanto, deve-setentarter as janelas de modo que os raios do sol entrem e purifiquem o interior da casa.

    ... ~ -__,.,;,

    aqui o a r impuro aquioarlimpo

    inverno vero

    No caso de que se queira que o sol s entre por uma janela grande quando faz frio, planta-se uma rvore que perde folhas no inverno.

    61 il!!illlll!llllillllllllllllllllllliilll,llllilllllllll'lllllllill:llllllllilllllllllll!l!lllllllllllllillllllillll'lllll!liUIIIIIII!!!III:'!ill'lllllllll'liiiiiiiii!!!IWili,llllillll!lll!illliillllllll CUIDADO COM A VISTA

    Ouando construmos a casa num lugar com uma bela vista, colocam-se grandes janelas ou paredes de vidro. Mas rapidamente nos acostumamos com este prazer e depois de algum tempo no notamos mais a paisagem.

    vista conhecida

    vista a ser descoberta

    Como muito difcil imaginardeantemotodos osdetalhesde cada cmodo, as decises podem ser divididas: algumas devem ser tomadas no incio da obra, mas outras so tomadas mais adiante.

    Por exemplo, quando sabemos o tamanho das janelas, elas podem ser compradas ou feitas, mas tambm podemos aproveitar janelas usadas.

    Agora levantamos as paredes at meio metro e, de dentro da casa em construo, decidimos onde exatamente colocar as janelas.

  • SITUAR AS CASAS lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllilllllllllllllllllllllllllillllllllllillllllllllllli!lllllllllllllillllllllllllli!illllllllllllllllllllllllilliliii

    H muitas formas de contaminao: cheiros, rudos, fumaas, gua suja, zonas feias, destruio da natureza, falta de infraestrutura.

    Muitas vezes algumas das atividades industriais causam contaminao das cidades.

    No entanto, pode-se diminuir um pouco a contaminao se as fbricas forem localizadas de maneira a no afetar a populao. Alm disso, as fbricas devem instalar aparelhos para tratar seus dejetos antes de lan-los no ambiente.

    Aqui, os dejetos da fbrica no afetam tanto as pessoas do povoado, o rio corre para fora.

    Devemos localizar as casas em reas longe das fontes de contaminao.

    63 111111

    1

    11111111111111111111!111111111'11111,11111111111111111111!1111illlllllllllllllllllllllllliiiiiiii!IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!IIII111WIIIIIIIIIIIIIII11111,111111111111111IIIIIIIIIIIIIII'IIIIIIIIIIIIIIIIIII

    COMO LOTEAR OS TERRENOS

    As melhores reas devem ser destinadas a locais de reunio: parques, praas, escolas, teatros, mercados. melhorterterrenos de beleza natural, como bosques, vistas, brisa agradvel. preciso planejar para quetodostenham fcil acesso a este tipo de espaos.

    As piores reas podem ser destinadas a funes que necessitam muita construo e que provoquem uma mudana total do ambiente natural, como estao de nibus, estacionamento, fbricas, vias de acesso.

    As ruas e praas devem estar situadas de maneira a requerer muito pouco movimento de terra para sua construo, seguindo o padro de drenagem natural, para queasguasda chuva no parem a.

    Os loteamentos pequenos para habitao devem incluir lotes para atividades comerciais da comunidade, evitando assim sua concentrao em uma s zona comercial.

    um erro dividir o terreno em lotes iguais. As reas no tm sempre o mesmo valor: h lugares com rvores, gua, melhor vista, com declives cujos v a I ores devem ser considerados. Alm disso, os compradores no dispem da mesma quantidade de dinheiro nem podem construir suas casas em pouco tempo.

    Vista de um terreno

    lotes

    rua

    ' I

    A diviso de um terreno I '

  • 64 llllll'lllllllllilll1 1'!!11!1111111illll!llllllillll'llll! 111111111111111,\iiiiiiii!IIII!IIIIU!II'IIIIilllllllllllllll!liil!llllllllll,!lll!llll!lllllilllrllllllllllilili.lll:illllllilll.lllllllllllillillllllll

    Ento ser melhor, em vez de um loteamento comum como no desenho anterior, que se faa um loteamento que comece assim:

    A rua acompanha o nvel do terreno.

    Comea-se por alguns lotes, marcando bem os limites com relao rua, que pode ser curva; os outros limites entre os lotes podero ser irregulares, dependendo de quantos metros cada famlia comprar.

    aqui vive-se melhor ...

    uma diviso com mais imaginao ...

    ' '

    ' ' ' l-~~~ I I

    : I I '

    ' '

    Depois de algumtempoteremos um loteamento menos rgido e mais agradvel.

    Se algumas pessoas pensam que o valor de um terreno depende s do nmero de metros quadrados, elas no do valor beleza do terreno nem possibilidade de fazer nele uma casa mais agradvel.

    LOTES EM CLIMAS DIFERENTES Para obtermelhorventilao e refrescara casa, preciso que os lotes nas zonas midas sejam largos na frente que d para a rua. Pelo contrrio, nas zonas secas os lotes so mais estreitos e compridos, juntando as paredes. Para mais detalhes, ver os captulos 2 e 3. Sempre que h rvores no terreno, elas devem permanecer no local, para os futuros habitantes. As folhas do sombra e as razes protegem o subsolo. preciso respeitar as rvores.

    65 liii'!IIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII:IIIIIIIIIIIIIIIillllllillilllllilll]!llllillllllllll!l!liillllilllll 1111111111111i,llllllllll!lll!l!iUIII!IIII!IIIIIIIIIIIIIIIIIIII'illl!llll!llllllllll!lllllll No clima tropical mido as dimenses dos lotes para casas tero propores diferentes das do trpico seco.

    lotes no trpico mido: jardim em volta da casa; a ventilao se d por fora.

    . ' . :. .. -~.'-- , ..... .

    rua

    lo~es_notrpicoseco:jardim no ptio interno, ventilao por dentro. A parte de tras e para ampliar a casa.

  • 66 llllllillll',llll'llllllllllilllllllllllllll\llllllllllllllilllllillll!llllllllllllllllllll!llllllllllilllllllllilllllll!lllllllllllllillll!llllllllllillll!lllllllllilllll 1 1llllllllllllllilllllllll11111111111111111111

    TAMANHO DOS LOTES Porque dividir um terreno em lotes iguais? Obviamente, mais fcil para o vendedor calcular o preo. Masoscompradorestero menos iniciativa para criar uma vizinhana atrativa.

    rua irregular para dar sombras

    gua e luz

    A diviso entre duas ruas deve ser reta para facilitar a passagem das linhas de gua e eletricidade.

    Com dimenses irregulares, as pessoas tm mais oportunidade de escolher seus terrenos.

    O uso de novos sistemas de saneamento permite traar as ruas de forma menos rgida, por no necessitarem de rede de esgotos.

    67 lllllllllll'llllllllllllll!llll:llllllllllllllllllllllllll:llllllllllllllilllllllllllllll,lllllllllllllllill!!,lllllllllllllllllllllllllllilllllllllllll'lll!illllllllll!llllllllllllllllllillllllllllll!lll'll!lllll

    HARMONIZAR A CASA COM O TERRENO

    Montes

    A casa ou grupo de casas no devem estar nem no topo nem na base do monte: . .

    ~ .

    zona para construo

    Rio ou mar

    Agrupar as casas onde a gua entra em direo terra.

    Ou ando a casa est localizada numa vertente, o caminho no deve ser reto:

    evitar o acesso direto melhor assim

    Em um terreno grande mais difcil decidir onde situar as casas. Ex1stem muitas possibilidades e razes para localizar a casa aqui, ali ou mais adiante. Neste caso, o melhor seguir nossa lntu io para decidi r o lugar. Caminhando pelo terreno podemos sentir um ponto onde parece que h um vazio. A precisamente onde deve-se construir.

  • 68 illlllllllllllllllllllllllllllllllllllllli'lllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllll:lllllllllllllllllllllllllilllllllllilllllllllllllllllll!llllllllliillllllllllllllill!llllllllllllllllllllill!ll 1 11111111

    A casa est localizada de tal maneira que integra os elementos do terreno.

    Dependendo do tipo de terreno existem muitas possibilidades:

    terreno baldio: localizar a casa em qualquer lado da linha do centro.

    terreno com um elemento: localizar a casa do lado oposto.

    terreno em desequilbrio: os elementos naturais e os construdos esto muito juntos.

    69 :llllllllllilllllllll 1 11!illlllllllllllllllllllllllrllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllillllillllllllllllllllllllllllillllllllllii!!llllllllll:lllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllll

    A FORMA DA CASA

    Todo mundo percebe que se sente melhor em certas reas da casa do que em outras. Claro que muitas vezes o sentido do bem estar depende da orientao dos espaos, se entra o sol, se esto bem ventilados ou do tipo de acabamento ou das cores das paredes.

    Alm disso, a forma da casa pode mudar nossa energia:

    As reas ao lado da entrada so usadas para colocar a sala de estar ou quarto de hspedes

    Casas em forma de "L": melhornocolocarcamasou mesas de trabalho na parede indicada (a)

    zona muito boa para a sala ou quarto principal (b) b

    preencher o vazio do L com uma rvore, com uma pedra ou com uma fonte

    Alm de abrigar ... A casa mais que uma construo para proteger-nos da chuva, doso! ou do frio. Deve ser um lugarondeafamliasesinta bem acolhida e onde possamos receber os amigos. Nossa casa tambm deve ter pequenos espaos onde possamos estar ss e trabalhar ou descansar, tanto dentro como fora dela.

  • 70 lllll];lll!!llllillll 1'1111!1111,il!i'lllllllllllll!lllllllllllilllllllilllll!lllllllll!lllll 1111111lll;ilil!llllllllllillll!llllllllllliiillllllllllllllllllill111111111111illilllll!lllllllll 11111111111illll!lll UMA CASA EM ZONAS DE INUNDAO Em zonas de inundao e solos pantanosos recomendvel construir a casa sobre pilares ou plataformas. Especialmente em zonas no urbanizadas, isto , sem ruas pavimentadas e sem drenagem adequada.

    Depois, quando a rua estiver construda, e quando no houver mais perigo de inundaes nem de solos pantanosos, podemos construir as paredes de baixo, para ter mais espaos fechados.

    comea assim depois de algum tempo

    finalmente

    Finalmente, quando a zona estiver bem estabelecida, e devido s necessidades de uma famlia grande, se houver recursos pode-se acrescentar ainda mais espao.

    71 lilii,lllllllll'!!i!iillllll!ll!llll'lllllllllllllllllll~!llll'lillillllllllll'llllillllllll!llllllllllilllllllll:llllllllllllllllllll iiil;lllllillllllllliil!;lllllll!llliiiilllllillllllll!l!!llilllllllllllll! A urbanizao sempre funcionou assim: primeiro h edificaes s1mples e frequentemente pobres. Com o passar do tempo, as pessoas melhoram suas casas, at que se tenham casas bonitas ao longo de ruas agradveis.

    h alguns anos

    agora assim

    "Ouem n? faz melhorias em sua casa est prximo da morte" Proverb;o arabe

  • 72 lllllllllllllll'llllllllllilllllllllllllllillll!lllllllll:lllll 1111111111111111.1111llllllllllllilll!lllllllll:lllll!lllllllllilllll111111111111il!!lllllllllllllll'.llllllllllililllllllllllll'lllllllll111111.11!11111

    ORIENTAO

    Para obter boa ventilao, preciso construir os servios -banheiro e cozinha- sempre junto a uma parede que d para um jardim, um ptio ou uma rua. Os servios devem estar bem localizados para que quando sopre o vento dominante no carregue o calor e os odores para os outros cmodos.

    Nas zonas de clima tropical quente situados abaixo da linha do equador, a cozinha fica orientada para o Sul, porque assim se evita o calor do sol, que bate nas paredes do Norte e do Oeste.

    Os quartos de dormirficam melhor no lado leste da casa. Nas zonas frias, o sol esquenta os quartos de manh, quando as pessoas se levantam. Nas zonas quentes, o sol da tarde- que entra pelo Oeste- no deve esquentar os quartos. Na hora de dormir preferimos um quarto fresco, deforma que melhor situ-los no lado Leste.

    As salas ficam melhor quando do para o Oeste. Nas zonas frias so as reas mais quentes da casa durante a tarde- hora em que estas reas comeam a ser usadas pelos moradores.

    I

    EDIFICIOS l'lilllllillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllll!!illlillllillllllllllilllllllll'lllllllllllllll 11111:111111111111111'11!i!iillilllllllll 1llll1lllllllll'llillillll!lli!:lllllllllllllll!i'!lillllllllllllll

    Muitas vezes as pessoas da comunidade constrem seus prprios edifcios pblicos. Mas surgem problemasquandoa comunidade cresce e preciso ampliar estes edifcios, e por isso deve-se deixar lugar para isto.

    Para garantir um crescimento adequado, nas pginas seguintes recomenda-se algumas possibilidades, com exemplos para este tipo de construes.

    preciso pensar nas consequncias quando projetamos um edifcio muito grande. Haver mais movimentodecarroseser necessrio espao para estacionamento. Deve-se delimitar bem os acessos do pblico e o dos servios.

    expanso futura

  • 74 !llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllll!llll!lllllllll,ll!ll'llll!lllllllllllllllllllillll!llllllllllillll!lllllllllllllll 1 111111111111111:111111111111111'111111111111111illlllllll:ll!!!lllllllll

    ESCOLA

    FUNES DIMENSES A sala de aula (40 alunos) 50 a 60 m' B sala de professores 20 m' c banheiro meninos 10 m' D banheiro meninas 10 m'

    Distribuio dos espaos:

    A

    entrada

    75 1llllllllilllllllllli:llil1llllrllllllllllllllllllllrlllliilllllllll!llllllllllllllli!llllllllllllll11llllllllllllll!llll:llll!lllllriiiiiiiiiiiiiiiiiiii:IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII1111111111111111111111111UIIIlll

    A planta bsica serve tanto para acrscimos laterais quanto na frente.

    lateral

    / r---.~

    f-- r-1 / 1'~ L/ /

    ( F= .......,

    L i frontal

    O acrscimo depender das dimenses do terreno, da direo do acesso, do tipo de vegetao e do solo.

  • 76 lllllllllllilllllllllllllll'lllllllll:lllllllllllllllillllllllllllllllllll'lllllllllllllllilllllllllllllllll 1 11111111111111!1111111111111111111111111:111111111111111111!1111111111111111111111!1111111111111:111

    Nossa planta bsica pode adaptar-se a terrenos inclinados:

    parte alta

    '

    '

    ---

    parte baixa- - - --- _

    Os espaos esto em trs nveis, subindo da esquerda para a direita, do nvel1 ao nvel3, que est mais alto.

    parte alta

    ---

    parte baixa

    Aqui os espaos esto tambm em trs nveis, mas agora sobem da frente para atrs e depois para os lados.

    . I

    . i

    77 llllliiiii!IIIIIIIIIIIIII!IIII'IIII 111111111111111111111' 111WIIIIIIIIIIIIIIIilllllllll:lllllllllllllllillllilllllllllllilii!IIIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIII11illllllllllllllllllllllllll!llll:lllllllllllllllilll

    Muitas vezes, com o crescimento da escola, surgiro outras funes que requerem espaos especiais:

    Uma sala grande para ginstica e conferncias, que servir tambm para as festas e reunies sociais.

    Uma oficina, que servir tanto para capacitar os alunos quanto seus pais; pode servir tambm para fazer ferramentas para a comunidade.

    OBSERVAES:

    As escolas primrias no devem ser grandes demais. Se a comunidade cresce, devem ser construdas outras escolas em outras reas, para que os alunos no tenham quecaminharmuito.

    A escola deve estar localizada em reatranquila, longe de zonas com trfego, principalmente estradas.

    No devem tambm estar prximas a zonas industriais nem de outras atividades barulhentas e contaminantes, para no prejudicar a sade.

    Na construo, deve-se utilizaras mesmos materiais usados nas casas da regio. A escola deve adequar-se ao aspecto da comunidade e no deve ser um elemento visual estranho.

    Em volta dos edifcios da escola, nas reas de recreao, deve-se plantar rvores que dem sombra e frutos para os alunos.

  • 78 llllllllll!;lllllllll 1 llllllllllllllllilllllllllllilllllill!lllllllllllllllllll:lllllllllllllll.lllllllllllll;lllllllllll'llllllllll!!ill!llllllllllillll'llliillllllllllilillllllllllll!i:liiiiiiiiiii!IIIUii CLNICA

    FUNES A recepo/espera B sala de exames c laboratrio D despensa, armazm E sala para pequenas cirurgias F enfermaria G cozinha H banheiros I sala dos funcionrios

    Distribuio dos espaos:

    / 1 ~e~ E I G t,.:: I i/ / v ~ 7\J'J'

    " ~ entrada pblica

    DIMENSES 40m' 10m' 20m' 20m' 20m' 40m2 20m' 20m' 20m'

    entrada dos ~funcionrios

    79 ll!lllllil!lllllllll!ll!llllllrllllilllllllllllllllllllllllllllllli!llllllllllllllllllllllll 1llllillllllllllllllllilllllllllllllill!l;llllllllllllllllllllllll!lllllllllillllllllll!llllllllilllllllllllllllllll

    DESCRIO DO USO DO ESPAO

    A

    8

    c

    A rea de recepo e espera serve para o primeiro contato com os pacientes. Uma enfermeira-recepcionista decide se o tratamento imediato ou se necessria a interveno de um mdico.

    As salas de exames so vrios quartinhos com rea para trocar de roupa, mesa para instrumentos e uma cama.

    O laboratrio para exames simples, e usado tambm para guardar os instrumentos e equipamentos mdicos.

    D A despensa serve para guardar os remdios e os materiais da enfermaria (lenis, por exemplo). Tambm usada para distribuir remdios aos pacientes internados.

    E A sala de pequenas cirurgias para pequenas operaes de emergncia.

    F A enfermaria usada para a recuperao de cirurgias; por exemplo, partos e casos de tratamentos locais.

    G Uma cozinha para preparar a comida dos doentes e dos funcionrios.

    H Os banheiros.

    I Sala dos funcionrios, para descansar, mudar de roupa e guardar objetos pessoais.

  • 80 11111111111'111111111 :IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!IIIIIIIIIIIIIIIIII:IIIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII~IIIIIIIII,IIil!'lllllllllllllllllll!llllillllillllllllll:illllllllilllllllllllll Os acrscimos para fazer uma clnica com mais servios mdicos sero feitas assim:

    ampliao

    2

    servios de internao

    planta bsica

    1

    entrada

    ampliao

    3

    tratamentos

    Aqui a parte central ( 1) foi acrescida de uma parte com mais camas (2) e outra parte com mais consultrios clnicos (3).

    Para uma ampliao maior dos servios, ser necessrio consultar um arquiteto, j que uma planta mal pensada pode causar grandes perdas de tempo e de circulao num hospital. Deve-se considerar tambm o clima local, para que os espaos dos pacientes no sejam midos nem quentes.

    Alm disso, num hospital utilizam-se muitos instrumentos que requerem eletricidade e gua, deforma que desde o princpio deve-se pensar muito bem onde localizaras canos e dutos dos servios.

    Uma sala de radiografia, por exemplo, requer um acabamento especial, para que os raios-X no prejudiquem as pessoas em outras salas.

    81 llllll!lillllllllllllil!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllllllllllll!'lli!lllllllllllllllll!!llllllllllllllllllllllllllll!llilllllllllllllllllillllllllll!lll:llllllllllllll

    OBSERVAES:

    O acesso clnica deve ser fcil: essencial que tenha localizao central, mas ao mesmo tempo deve estar numa zonatranquila.

    Muitas das recomendaes para as escolas tambm aplicam-se s clnicas, como o uso de materiais de construo, evitar a contaminao e ter vegetao em volta dos edifcios.

    Deve-se contar com entradas para pacientes, para emergncia e para servios (alimentos, materiais). separadas umas das outras.

    Deve-se fazer na fachada da frente uma entrada muito ampla e protegida do sol e da chuva, pois por ela entram os pacientes. Em caso de desastre, os pacientes podero esperar a, enquanto a rea de recepo usada para exames e tratamentos.

    uma vista da entrada

  • 82 ! 1111111111 ~ 111111111111111111111111111111 ! 11111111111111111111:1111 I 11111111111111111111 ! 1111111111,111111111111111:1 i 1111111111111111111111 i llll i !llllllllllllll:lllllllllllllll ' 111111111111111 1 I 111111111111111111 PREFEITURA

    FUNES A recepo e controle B administrao C salas das autoridades D arquivo E sala de reunies F rea de servio, banheiros

    Distribuio dos espaos:

    / / / D F 11 .(/ / 1},

    / / I I

    B

    A

    1/ v

    entrada

    DIMENSES

    variveis, proporcional populao do municpio

    comum andar

    / E

    / c

    /

    83 'llllllllllllll!lllllilllllllllllllllllllllllli,lllllilllllllll.llllllllll'!lll:llll!lllllllillilllllllllllllll!:!lll!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll'!llllllllllllllllll!lll!:lllllllllllllllllll

    A distribuio mostra a relao entre os espaos. A rea de recepo tem uma s entrada para controle do acesso rua. Ao mesmo tempo, o pblico tem acesso administrao e s salas dosfuncionrios.

    A administrao municipal fica ao lado do arquivo e a sala de reunies fica prxima. As reas de servios - armazm, banheiros, talvez uma cozinha com refeitrio -ficam ao fundo, com seu prprio acesso de materiais.

    Como muitas vezes a prefeitura o maior edifcio num municpio pequeno, recomendvel cuidarde sua construo. Geralmente fica na praa principal ou central e podetermaisde um andar. No trreo ficam as reas A, B, De F. enquanto C e E ficam no segundo andar.

    ~ ~OA

    Q .. ~--,.---

    com dois andares

  • 84 lliilllllllllllllll!llllllllllllll!lllllillli'IIIU!IIIIII!IIIIiiilllll!!lllllllllllllllllllllllllll!illlll!llll,llil'llllllllllillllllll1'111111111t! 11illllllllll,lllllllll!llllillll'lllllllllllllllllll

    HOTEL

    FUNES DIMENSES m' A quarto min 20,0 B restaurante 2,0 c cozinha 1,0 D lavanderia 0,5 E quarto dos funcionrios 1,0 F escritrio 0,5 G armazm 1,0 H estacionamento 16,0

    Nota: As reas calculam-se em relao ao nmero de quartos. Por exemplo, um hotel com 20 quartos ter uma cozinha de 20 x 1 = 20 metros quadrados.

    Distribuio dos espaos:

    ' -- ..... . - ...................... - ............. ---

    banheiro

    /11-----.,f/ ~p .. f ptio

    8 )

    G / /L! /, I#

    !1-----JC 'l E (Jl D ul/;__ ___ .,r/',.v _____ ~~'--u ___ ,.

    servios +

    entrada pblica

    H

    no desenho no aparecem todos os quartos, obviamente h mais!

    85 IIIII!IJI!:IIIIillll!lllll!lllllllllllllliiililllllllll 11lllliii!!illllllll!lllllllllli!ill,lllllllll 1llll:lillllllilllllllllllllll'ii!llilllllllllllll'll!!lllllllllliii!,lllll:llllllllllillillllllllllllll

    OBSERVAES:

    Um quarto para duas pessoas, com banheiro, deve ter 20 metros quadrados, aproximadamente.

    muitodifcilfazeruma planta padro para o projeto de um hotel, pois ele construdo para agradar os hspedes. importante colocar os quartos e os espaos, como restaurante e sala de espera, de maneira que as paisagens naturais ou as construes histricas, por exemplo, possam ser vistas e desfrutadas.

    O tipo de quarto depende totalmente do ambiente natural (com sacadas, terraos ou jardins) e o uso previsto, como pernoite (perto de uma rodoviria) ou estadia por mais tempo (perto de uma praia ou cidade turstica).

    Trata-se de distribuir os espaos segundo seus usos e intercmbios. Por exemplo, um restaurante ao lado da sala de espera e de um ptio pode ser convertido numa grande rea para festas. Ao mesmo tempo, as tubulaes das reas de servios devem estar juntas: lavanderia, cozinha, aposentos dos empregados.

    preciso considerar a contaminao turstica. Nunca se deve construir edifcios perto de atraes tursticas, como cascatas, bosques, monumentos. Os servios de estacionamento, lojas, os rudos de nibus e carros rapidamente acabam com o prazer, que foi o motivo inicial de atrao.

  • 86 liilllllllllillllllllllllllilll1llllllliilllllllllllllllllillllillllllllllllllilllllllllilllllllil!1llllll\111111111111!1!1'11111111111111 1 11111!111111111!!1!!111111illllllilllllllllll'llll!llll:llilll!i!ljjl

    MERCADO

    FUNES DIMENSES m' A materiais das barracas varivel B lavanderia varivel c banheiros pblicos 20m'min D lixeira 10m'min E rea coberta 250m'min F zona de bancas -

    Distribuio dos espaos:

    acesso de servio e veculos

    F .

    rea para amPliao ~E

    3 .

    .. . . -............... .

    entrada do pblico

    87 l!!'lllllllll'ii:il'llll1!!!1iillllll:lllll!!lllilii:llll:llll!llll'l:iilillllll!ll:iiill:lllllllll'l!ll,jllllillll!llll111111il:!:llllllllli!!!lliliilllllillllllili!llll!ll'llil!l:liillllllllllllliiliili DESCRIO DOS ESPAOS:

    A uma rea coberta e fechada, para guardar as estruturas das barracas que ficam na parte aberta do mercado. Pode-se incluir a tambm uma sala para a administrao do mercado.

    8 Uma sala coberta para lavarosequipamentosdo mercado e guardar o material de limpeza.

    C Banheiros pblicos. O Lixeiras para guardara lixoqueser levado pelos caminhes

    da limpeza pblica.

    E Esta rea pode ser dividia em trs espaos diferentes de construo. O primeiro-e maior-a rea da feira, onde os vendedores armam suas barracas desmontveis, feitas com materiais adequados ou alugadas pelo municpio (1 ).

    O segundo espao coberto, pode ser um portal largo onde os vendedores colocam suas mercadorias sobre mesas (2).

    O terceiro uma rea j construda, com boxes permanentes (3) .

  • 88 !lllilillll!llllilllllilllllllliillll!ll!llillil!llllllllllll!lllllllllll!lllll'llllli!llllllllill!llllllllliiil!lllliiJl!:lillillll'ill!illliilllllll!llillllllll'!lllllliilllll'l!i!,lllllllll'iiii!illllilll OBSERVAES:

    O acesso muito importante. Se possvel, deve-se separar o estacionamento dos caminhes de carga do acesso ao pblico.

    Junto ao acesso dos caminhes -rea de descarga -colocam-se os servios: armazenamento, banheiros, lixeiras, lavanderia. Estes servios devem estar juntos por facilidade e economia.

    recomendvel ter uma rea para ampliaes, que provisoriamente pode servir para estacionamento.

    A rea aberta do mercado pode servir s vezes para exposies ou festas. Portanto, deve-se procurartornar o I ugar agradvel, com terraos e rvores em volta.

    O desenho mostra uma forma de utilizar os espaos. s um exemplo, pois h muitas possibilidades, dependendo da situao do terreno, das vias de acesso e dos edifcios circundantes.

    ASSENTAMENTOS lllllllllllllllllll!!llll!lllllllllllllllllllllllil!lllllilllllllllllllllllll:lllllllllllllllllllllilllllll'lllllllllllllllllllllillllilllllllll'llllillllllll!.llllllllllill!l:ilillllilllll,llllllillllllllll

    Vimos que as habitaes nas zonas de clima tropical mido so diferentes das de zonas secas ou frias. Da mesma forma, um grupo de casas, num povoado ou numa cidade, tm uma forma prpria, que depende das condies dos arredores e do meio ambiente.

  • 90 !li!lllllllllllliiilllllllli!.llllll!llliiillllll 1l!l!''illlilli1llllllllll'!lliiill:lllllillll!:ii:llllillillllllillllllll!illillillll 1iliilillllllllllllll'!llil!llllillll!l!!l!,!llllllll'ii!!!llllllllllilll

    CLIMA TROPICAL MIDO:

    1 Praas arborizadas. 2 reas comerciais com portais para proteo contra a

    chuva.

    3 Casas rodeadas de espao para ventilao. 4 Ruas largas com rvores para sombra. 5 Tetos grandes sobre colunas para atividades pblicas. 6 Ruas que seguem os nveis do terreno, com drenagem

    para rios ou lagos.

    91 !! 1111!111 1 !1ii,llll 11!111il!illiiiiiiiiiii'II!Uiililllllllllllllll:lllllllll!lllll.liilllll!l'llilililllllillllil!lll 1l!l!ililillll1!llllllliillll!lllll'liii:llll!lllll'lil:llllllilllllll'llll 1111

    CLIMA TROPICAL SECO:

    1 Praas pequenas, edifcios mais altos, mais sombra. 2 reas comerciais com portais para sombra. 3 Ruas principais na direo norte-sul, assim um lado sempre

    tem sombra.

    4 Ruas estreitas, para ter mais sombra. 5 Casas juntas, com ptios arborizados. 6 Parque na parte mais baixa, recebe a drenagem.

  • 92 llillillllillllllllllllllllllllllllllllll:llllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllillll,lllllllllliiiiiiiiiUII!IIIIIIIIIIIIIIII!IIIIIIIIIIIIII'illll!lllllllll,::lilllll!llllill!llllllillllllllllllll!ii!illl

    REA PANTANOSA:

    1 Praas menores, ao lado de canais. 2 Ruas estreitas, transporte atravs de canais. 3 rvores ao lado de canais, para proteger as beiradas. 4 Casas juntas, ventilao pelos canais. 5 Casas com vrios andares, com armazns no trreo. 6 Zonas de comrcio onde h um cruzamento do canal e

    da rua (em volta das pontes).

    93 !llllllliiiiiiiii!!LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIillliillllllllllilllilllllllllllll!! llllilillll!l!liiilillllillllllllll'li!illliilllllillll'lili,lllllll!ll'!l!! lllllllllllllll'llllillllllllllllll

    REA FLORESTAL:

    1

    2

    3 4

    5

    Um arquiplago de clareiras, e caminhos de conexo entre elas sob as rvores.

    Embaixo das rvores, nos limites de cada clareira deve haver uma praa. Casas separadas para melhor ventilao. Usar as partes altas do terreno e drenar para fazer as clareiras, fazer a drenagem para a selva abaixo. Caminhos elevados, para que no se inundem.

  • 94 ii!lll!llllllilllllllllllliiil:llllllllli'lllllllllllllli!lllliiil!llllllllllllllillil:llllllllllllll:i!!illlllllllll::llllll!llllllli'llllillllllliiillll!llllllllllliililll!l!lllli'li!lllllllllll!llillll

    CONSTRUIR EM PNTANOS

    Como comear um assentamento numa zona inundvel ou pantanosa:

    corte de um pntano

    1 Fazer diques e plantar rvores para proteo das ribeiras.

    2 Fazer canais e ilhas, utilizando a terra dos canais para preencher a rea entre os diques.

    3 Quando no houver terra firme, construir casas leves. Quando o solo ficar mais firme, pode-se construir o resto.

    95 'lllllillll 11i!lillllllllllllllllllil.lllllllllllllll'llll!lllllllll'llllillllllllll!llllllllllllllilllll!!!llllil:lllllllll111111111111111 1111]i!lllllllll!llililllllllllllliiilllllllllll!lllllllillllllllllllll ASSENTAMENTOS NA SELVA

    Para prepararoterrenode um assentamento na selva, preciso considerar o seguinte:

    A vegetao- as plantas- formam um agrupamento natural, onde uma espcie depende muito da outra. As clareiras naturais, por exemplo, tm rvores menores ao longo dos rios, e as rvores maiores ficam mais longe dos rios.

    Desmatara selva para fazer grandes clareiras pode destruirtoda a localidade, e o que era uma reaverdefacilmenteconverte-se em deserto, e nunca voltar a ser o que era.

    Alm disso, as casas construdas nela sero incmodas.

    uma clareira natural tem a forma de "v" de um rio.

  • 96 !llllllllll,lllllllllllllllllllilllllllllilllilllllllllllllllillilllllllllll.illlllli!lllll!lllllllllllllllllllllll,lllllllll:lillllll!llll,,llll.lilillllllllll,liiJ!IIIIIIIIIIillll'lllllllllllllllllllilll

    Exemplo de um assentamento mal feito, numa clareira.

    Porque?

    ... ,. , ....

    I I ''

    'I' : I:' : to I 1: :I lo

    '' . '

    ~ I I

    I / /----/ ~ ,.._ \;,._,..JJII~

    rvorecaindo

    As razes das rvores altas geralmente no so muito profundas; ento, sem o apoio natural das rvores pequenas, as rvores grandes caem para o centro quando h um vento forte.

    Depois da chuva, a gua continuar pingando durante muitotempo.

    Os raios do sol no conseguem penetrar na clareira para secar o solo e os tetos das casas.

    Nota: O desenho de cima mostra um corte da floresta com a fachada das casas. O corte aparece como uma linha mais grossa.

    97 ilii::llllllllliliiilllll'l!llllllllllllllllll!lllllliillllllllllllllllllllllll!llliilllllllllllllll'lll'llllllllll!llll!:lllllllllll'llll !lllilllllllllllllllllllllillllllllllllliillllllllllll'iili!lll Aqui se mostra como deve ser a clareira.

    /

    ~

    A

    I /

    /

    ~ I

    I I

    As rvores grandes apiam-se nas menores. Na parte (A) da clareira cortam-se todas as rvores, nas partes (8) s as rvores mais altas.

    As guas da chuva correm em pequenos canais da clareira para a selva. importante evitar que a gua fique estagnada, pois isso permitir a proliferao de mosqui-tos.

    O sol pode penetrar para secar as casas.

    Entre as casas plantam-se rvores para darfrutose sombra.

  • CLIMA :!l!llillllillil'llllllllll:lilllllllllilll 1111111111!11111!1111!1111!1111111111,1111il!llillllliilii'lllll!ll!!lllllllllli!!l!llllllilll11!11111!1lllllilill!lllilllll:l1illll!1llllllllll:ll!lllllllllllilllllll

    Ao desenhar uma casa, devemos considerartrs aspectos do clima: o sol, a chuva e o vento.

    SOL

    Temos que construir as casas de forma que no esquentem umas s outras pelo reflexo dos raios solares.

    Abaixo vemos o exemplo de uma rua ou agrupamento mal projetado, tanto na orientao em relao ao sol, quanto na disposio dos elementos entre si.

    ~~

    1

    2

    3

    quartos de um edifcio

    ( I

    r-...:_,

    rua

    ~ / 1 ,...-,... I I ; I I

    / 2,'

    I I I

    Os raios do sol caem sobre um edifcio com fachada de vidro, e refletem-se na rua e em outras construes, irradiando calor portada parte.

    Rua de asfalto, absorve muito calor e o irradia nas pessoas.

    Os tetos planos refletem os raios na fachada do edifcio oposto e aquecem as habitaes.

    99 illlll'llll,ii!llllllllllllii:lllillllllllllilllllllillllllllllllllllllllllllllllllll!llll 11111111!:1111!11111111111111!1111::':1111!111Hlllilllilllllllllllllilllllilllllilli!llll!llllllllllllll!lll

    Os desenhos destas pginas so vistos em perspectiva/corte.

    No to difcil construir uma moradia mais cmoda.

    preciso pensar como evitar o calor excessivo, causado pelos raios solares. Claro, toda edificao esquenta, mas umas esquentam mais que outras. E colocar aparelhos para esfriar custa caro, e consome muita energia.

    Vale a pena pensar antes onde o calor no pode entrar. Quando inevitvel, ento deve-se pensar como este calor deve sair. Lembre-se que o ar quente sobe.

    melhorfazer assim:

    1

    2

    3

    ~~ -- ' .,..... ' I )_ .............. .,.. ,' ,'

    - ' I I I

    / I

    I ,~ -

    -'3

    Os raios caem sobre uma fachada irregular; a fachada projeta sombra em si mesma. As rvores fazem sombra no asfalto.

    Os tetos tm formas diferentes e so inclinados, e por isso o reflexo irregular; alm disso, as partes mais elevadas fazem sombra nas outras.

  • 100 !llll!llll!llllllll,ililllllllllll!i!llllllliilllllli![lllilllllll'!llllllllll!llllW!l!llll,'lillllll!ilillll!lllll!!ll!llllillill!l!l'lllllllll,lliilllll'llll!llllillllllllllllllllllllllllllllllll CHUVA: