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MANUAL DE RETENÇÕES NA FONTE Set/09 1

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MANUAL DE RETENÇÕES NA FONTE

Set/09

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SUMÁRIO

1. IMPOSTO DE RENDA................................................................................................41.1 – Pagamentos a Pessoa Física..................................................................................4

1.1.1 – Considerações iniciais...................................................................................41.1.2 – Rendimentos sujeitos a retenção...................................................................51.1.2.1 – Rendimentos do trabalho assalariado.........................................................51.1.2.2 – Rendimento de trabalho sem vínculo empregatício...................................61.1.3 – Rendimentos Isentos......................................................................................61.1.4 – Base de Cálculo.............................................................................................71.1.4.1 – Vários pagamentos no mês.........................................................................71.1.5 – Deduções.......................................................................................................81.1.6 – Adiantamentos...............................................................................................81.1.7 – Pagamentos a Beneficiários não Identificados..............................................91.1.8 – Tabela Progressiva para 2008/09 e 10.........................................................101.1.9 – Vencimento do Imposto Retido...................................................................111.1.10 – Códigos de Recolhimentos........................................................................11

1.2 – Pagamentos a Pessoa Jurídica............................................................................141.2.1 – Serviços Sujeitos a retenção........................................................................141.2.1.1 – Serviços Profissionais...............................................................................141.2.1.2 – Serviços de limpezas, conservação, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra.............................................................................................................151.2.1.3 – Mediação de Negócios, Propaganda e Publicidade..................................161.2.1.4 – Pagamentos a Cooperativas de Trabalho Associações Profissionais ou Assemelhadas..........................................................................................................161.2.1.5 – Pagamentos Efetuados a Factoring...........................................................161.2.1.6 – Pagamentos Efetuados por Órgãos Públicos Federais..............................171.2.2 - Contratos de Mútuo......................................................................................171.2.3 - Prazo de Recolhimento................................................................................171.2.4 - Código de Recolhimento..............................................................................18

2 – CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIA.................................................................202.1 – Pagamento á Pessoa Física.................................................................................20

2.1.1 – Base de Cálculo...........................................................................................212.1.2 – Alíquotas......................................................................................................212.1.3 – Ocorrência do Fato Gerador........................................................................222.1.4 – Prazo de Recolhimento................................................................................22

2.2 – Pagamento a Pessoa jurídica..............................................................................222.2.1 – Conceito de Cessão de Mão-de-Obra e Empreitada....................................232.2.2 – Serviços Sujeitos a Retenção.......................................................................232.2.2.1 – Serviços Contratados Mediante cessão de Mão-de-Obra ou Empreitada 232.2.2.2 – Serviços Contratados Mediantes Cessão de Mão-de-obra.......................242.2.2.3 – Dispensa na retenção................................................................................272.2.2.4 – Base de Cálculo da Retenção...................................................................272.2.2.4.1 – Dedução da Base de Cálculo da Retenção............................................29

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2.2.2.5 – Destaque da Retenção...............................................................................292.2.2.6 – Recolhimento dos Valores Retidos..........................................................30

2.3- Não Aplicação do Instituto de Retenção..............................................................302.4 – Retenção na Construção Civil............................................................................31

2.4.1 – Da Não Aplicação da Retenção na Construção Civil..................................312.5 – Conceitos Aplicáveis na Construção Civil para fins Previdenciários................322.6 – Tabela Prática de Incidência de INSS, FGTS e IRRF........................................37

3 – CSLL/ COFINS/ PIS.................................................................................................383.1 – Pessoas Obrigadas a efetuar a retenção..............................................................383.2 – Serviços Sujeitos à retenção...............................................................................383.3 – Inexigibilidade da Retenção...............................................................................393.4 – Percentuais de Retenção.....................................................................................403.5 – Recolhimento/Vencimento.................................................................................403.6 – Comprovante de Retenção/ DIRF......................................................................403.7 – Códigos de Recolhimento...................................................................................413.8 – Pagamento Por Órgãos da Administração Pública.............................................41

4 – ISSQN........................................................................................................................444.1- Pagamentos à Pessoa Física.................................................................................444.2 – Pagamento à Pessoas Jurídica............................................................................44

4.2.1 – Lista de Serviços anexa à Lei Complementar n°. 116, de 31/07/2003........46

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1. IMPOSTO DE RENDA

1.1 – Pagamentos a Pessoa Física

1.1.1 – Considerações iniciais

O imposto de renda da pessoa física incide sobre a renda e proventos de qualquer natureza, que for auferida em determinado período. Fácil não é a tarefa de definir com precisão o significado da expressão “Renda e proventos de qualquer natureza”. Mary Elbe Queiroz¹, ao tratar do assunto assim se manifesta:

As expressões “renda” e “proventos de qualquer natureza”, por integrarem a linguagem comum, quando utilizadas na elaboração de norma jurídica, poderão ensejar imprecisões em relação ao objetivo e o significado que deverão revelar, e gerar incertezas em decorrência da vagueza e da ambigüidade que encerram, necessitando ser decodificadas e eliminadas pelo aplicador e interprete da lei.

O entendimento manifestado pelo celebre jurista Hugo de Brito Machado

é de que o Código Tributário Nacional – CTN adotou o conceito de renda–acréscimo, pois, segundo o mesmo, sem acréscimo não há renda nem proventos, ficando, portanto, estreito o âmbito de liberdade do legislador ordinário que não poderá definir com tal algo que não seja acréscimo patrimonial.

Não havemos de esquecer, todavia, que proventos, em se tratando de rendimentos, são recursos destinados a prover a subsistência, assim, forçoso, é inferir que os proventos têm natureza de alimentos, e como tal destina-se, pelo menos deveria, a satisfação das necessidades básicas de alimentação, vestuário, moradia, saúde, educação, transporte e lazer. De sorte ao se tributar os proventos estar-se-ia comprometendo a subsistência dos indivíduos. Tal fato, porém, parece não preocupar as autoridades brasileiras, haja vista que por aqui se tributa inclusive os rendimentos de pensão alimentícia.

Com efeito, o Imposto de Renda da Pessoa Física não incide sobre a renda, mas sim sobre o somatório de todos os rendimentos, de sorte que não haja imposto sobre a renda propriamente dito, pois se assim o fosse, deveria incidir somente sobre a parcela resultante do somatório dos rendimentos deduzido de todas as despesas necessárias a manutenção da fonte produtiva, no caso a pessoa humana. Seguramente, é por isso que esse imposto não se chama Imposto de Renda e sim Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

Como nosso trabalho não se destina discutir as questões de moralidade e legitimidade na cobrança do imposto, passemos as questões práticas.

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1.1.2 – Rendimentos sujeitos a retenção.

A partir de 01 de janeiro de 1989, por força do art. 7° da lei n°. 7.713/88, todos os rendimentos pagos por pessoa jurídica a pessoas físicas estão sujeitos a retenção do Imposto de Renda na Fonte – IRRF, salvo em relação a rendimentos para os quais haja expressado previsão legal de não incidência.

O IRRF incide sobre os rendimentos decorrentes do trabalho, do capital e da combinação capital/trabalho, dentre os quais, por serem os mais comuns, destacamos o seguinte:

a) Rendimento de trabalho assalariado, inclusive férias e 13° salário;b) Rendimento do trabalho sem vínculo empregatício;c) Pró-labore;d) Participação dos empregados nos lucros ou resultados das empresas.e) Remuneração indireta;f) Rendimentos decorrentes da prestação de serviços de transporte e

utilização de trator, máquina de terraplanagem, colheitadeira e assemelhados;

g) Rendimentos obtidos no curso de processos judiciais;h) Benefício da previdência pública ou privada;i) Rendimentos de alugueis e royalties; j) Lucros distribuídos superior ao apurado na contabilidade;k) Indenização por danos morais;l) Juros sobre o capital próprio;m) Prêmios pagos em dinheiro (concurso e sorteio);n) Prêmios pagos em bens e serviços (concurso e sorteio);o) Multas ou qualquer outra vantagem recebida em decorrência da

rescisão contratual, ainda que a título de indenização;p) Rendimento de aplicação financeira de renda fixa, inclusive em fundos

de investimentos;q) Rendimentos em contratos de mútuos;r) Rendimentos obtidos em contratos de Swap

Nota: com exceção dos rendimentos de que tratam as letras “L” à “r”, todos os demais rendimentos estão sujeitos à tabela progressiva.

1.1.2.1 – Rendimentos do trabalho assalariado.

Para fins de incidência do IRRF consideram-se rendimentos de trabalho assalariado, dentre outros, os seguintes:

Salário ou remuneração equivalente; Indenização de natureza trabalhista sujeita a tributação; Participação dos empregados no lucro das empresas; Pró-labore e retiradas (inclusive de titular da firma individual ou de

empresa participante do simples); Remuneração de conselheiro fiscal e de administração, diretor e

administrador de pessoa jurídica;

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Gratificação e participação dos dirigentes no lucro das empresas; Vantagens decorrentes do vinculo trabalhista; Diárias para viagens, quando o montante pago no mês ultrapassar 50%

do salário; Provento de aposentadoria reserva ou reforma pensão civil ou militar e

outros benefícios, da previdência social; Rendimentos de planos de previdência privada (Plano Gerador de

Benefício Livre – PGBL ; Fundo de Aposentadoria Programa Individual, etc.).

1.1.2.2 – Rendimento de trabalho sem vínculo empregatício.

Consideram-se rendimento de trabalho sem vínculo empregatício as importâncias pagas por pessoa jurídica a pessoa física, a título de comissões, corretagens, gratificações, honorários, direitos autorais e remunerações por quaisquer outros serviços prestados, sem vínculo empregatício, inclusive as relativas e empreitadas de obras exclusivamente de trabalho e as decorrentes de fretes e carretos em geral.

Notas: 1) Por força da Lei n°. 11.773 de 17 setembro de 2.008, a pessoa jurídica domiciliada no

Brasil, autorizada a operar transporte rodoviário internacional de cargas, que contratar transportador autônomo pessoa física, residente na República do Paraguai para prestar serviços de transporte rodoviário internacional de cargas deverá efetuar a retenção do imposto de renda sobre os valores que pagar, creditar, entregar ou reter por conta dos serviços contratados.

2) A pessoa física que possuir mais de um veículo ou máquina e explora-la em conjunto com outras pessoas ou contratar profissional qualificado para conduzi-la equiparar-se-á pessoa jurídica.

1.1.3 – Rendimentos Isentos.

Conforme estampado no artigo 39 do regulamento do Imposto de Renda – RIR/99 estão isentos do imposto de renda, não estando, por conseqüência, sujeitos na retenção da fonte, os seguintes rendimentos:

a) Ajuda de custo, destinada a atender ás despesas com transportes, frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para o outro, sujeito á comprovação posterior;

b) Alimentação, transporte e uniformes ou vestimentas especiais de trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador aos seus empregados, ou a diferença entre o preço cobrado e o valor do mercado;

c) Contribuições pagas pelos empregadores relativas e programadas de previdência privada em favor de seus empregados e dirigente;

d) Contribuições pagas pelos empregadores relativas as Plano de Incentivo á Aposentadoria Programada Individual – FAPI, destinadas a

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seus empregados e administradores, a que se refere a Lei n°.9.477, de 24 de julho de1997;

e) Diárias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado em município diferente do da sede de trabalho, inclusive no exterior, desde que não exceda 50% dos salários;

f) Indenização por acidente de trabalho;g) Indenização e aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de

contrato de trabalho, até o limite garantido pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas homologadas pela justiça do trabalho;

h) Indenização paga a título de estimulo a adesão propagandas de demissão voluntária – PDV;

i) Valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarcidos ou pagos pelo empregador em beneficio de seus empregados.

1.1.4 – Base de Cálculo

A base do calculo do imposto de renda na fonte são os rendimentos efetivamente recebidos em cada mês, descontadas as deduções previstas no subitem 1.1.5 adiante, e deve ser calculado e retido por ocasião de cada pagamento.

1.1.4.1 – Vários pagamentos no mês

Ocorrendo mais de um pagamento no mesmo mês, pela mesma fonte pagadora, a partir do segundo pagamento o cálculo deve ser efetuado tomando por base a soma dos rendimentos pagos, compensando-se o imposto já retido nos pagamentos anteriores.

Notas:No caso de rendimentos decorrentes de processos judiciais fica dispensada a soma

dos rendimentos pagos no mês, para a aplicação da alíquota correspondente, nos casos de:

Juros e indenizações por lucros cessantes;Honorários advocatícios;Remuneração pela prestação de serviços no curso do processo judicial, tais

como serviços de engenheiro, médico, contador, leiloeiro, perito, assistente técnico, avaliador, síndico, testamenteiro e liquidante.

No caso de rendimentos decorrentes de aluguel de imóveis, não integram a base de cálculo do imposto:

O valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;

O aluguel pago pela locação do imóvel sublocado;As despesas para cobrança ou recebimento de rendimento;As despesas do condomínio, suportadas pelo locador.

O cálculo do imposto na fonte relativo a férias de empregados será efetuado separadamente dos demais rendimentos pagos ao beneficiário, no mês, e a base de cálculo do imposto corresponderá ao valor das férias pago ao empregado,

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acrescido dos abonos previsto no art.7°, inciso XVII, da Constituição e no art. 143 da consolidação das Leis do Trabalho. Também será calculado separadamente dos demais rendimentos pagos no mês o imposto incidente sobre a participação dos trabalhadores no lucro das empresas;

No caso dos rendimentos decorrentes da prestação de serviço de transporte e com a utilização do trator, máquina de terraplanagem, colheitadeira e assemelhados, considera-se rendimento, para fins de Cálculo do IRRF, 60% do valor dos serviços, no caso de transporte de passageiros, e 40% nos demais casos;

O valor retido será considerado antecipação do imposto devido na declaração de ajuste anual – DIRPF, exceto o IRRF sobre o 13° Salário, que será considerado imposto devido exclusivamente na fonte, portanto, definitivo.

1.1.5 – Deduções

Para determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto na fonte serão permitidas as seguintes deduções:

a) Despesas com dependentes (vide tabela progressiva);b) Importâncias pagas a títulos de pensão alimentícia decorrente de

decisão ou acordo judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais;

c) Contribuição para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

d) Contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no País e para o Fundo e Aposentadoria Programada Individual – FAPI, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social;

e) A quantia de R$ 1.372,81, correspondente à parcela isenta dos proventos de aposentadoria, pensão, reserva ou reforma, pagos pela previdência pública ou privada ao segurado a partir do mês em que o mesmo completar 65 anos.

Notas:1) A partir do mês em que se iniciar a dedução da pensão alimentícia é

vedada a dedutibilidade, relativa ao beneficiário, do valor correspondente à dependente;

2) A dedução prevista na letra “d” aplica-se exclusivamente à base de cálculo relativa a rendimentos do trabalho com vínculo empregatício ou de administradores, assegurada, nos demais casos, a dedução dos valores pagos a esse título, por ocasião da apuração da base de cálculo do imposto devido ano calendário.

1.1.6 – Adiantamentos

O adiantamento de rendimentos correspondentes a determinado mês não estará sujeito à retenção, desde que o mesmo seja efetuado por conta dos rendimentos do próprio mês em que foi concedido e seja integralmente descontado quando do pagamento do salário do mês, momento em que serão efetuados o cálculo e a retenção do imposto sobre o total dos rendimentos pagos no mês.

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Se o adiantamento refere-se a rendimentos que não sejam integralmente pagos no próprio mês, o imposto será calculado de imediato sobe esse adiantamento, qualquer que seja sua natureza, ressalvado os adiantamentos de 13° salário, cujo imposto deve ser calculado quando da quitação dos rendimentos a esse título, o que normalmente ocorre no dia 20 de dezembro de cada ano.

Para efeito de incidência do imposto, serão considerados adiantamentos quaisquer valores fornecidos ao beneficiário, pessoa física, mesmo a título de empréstimo, mesmo quando não haja previsão, cumulativa de cobrança de encargos financeiros, forma e praza de pagamento.

1.1.7 – Pagamentos a Beneficiários não Identificados

Nos termos do Art. 674 do RIR/99, estão sujeitos a retenção do imposto de renda exclusivamente na fonte, a alíquota de 35%, todo pagamento efetuado pelas pessoas jurídicas a beneficiário não identificado, ressalvado o disposto em normas especiais.

Também se enquadra na definição de pagamento a beneficiário não identificado os pagamentos efetuados aos recursos entregues a terceiros ou sócios, acionistas ou titular, contabilizados ou não, quando não for comprovada a operação ou sua causa.

O art. 675 do RIR/99 prescreve que o mesmo tratamento acima delineado será dado nos casos de falta de identificação do beneficiário e a não incorporação ao salário dos mesmos, das seguintes despesas e vantagens:

A contraprestação de arrendamento mercantil ou o aluguel ou, quando for o caso, os respectivos encargos de depreciação:

a) De veículo utilizado no transporte de administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros em relação à pessoa jurídica;

b) De imóvel cedido para uso de qualquer pessoa dentre as referidas na alínea precedente;

As despesas com benefícios e vantagens concedidas pela empresa e administradores, diretores, gerentes, e seus assessores, pagos diretamente ou através da contratação de terceiros, tais como:

a) A aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do estabelecimento da empresa;

b) Os pagamentos relativos a clubes e assemelhados;

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c) O salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela empresa, a administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros;

d) A conservação, o custeio e a manutenção de bens referidos no inciso I;

Nota: 1) Quando houver identificação dos beneficiários das vantagens acima

enumeradas, os valores correspondentes integrarão os rendimentos do trabalho e serão tributados na tabela progressiva.

2) Não sendo o beneficiário identificado considera-se liquido o valor pago, cabendo o reajustamento da base de cálculo.

1.1.8 – Tabela Progressiva para 2008/09 e 10

A parti de 01 de janeiro de 1996, com exceção dos rendimentos de que tratam as letras “L” e “R” do subitem 1.1.2 retro, todos os rendimentos pagos a pessoas físicas estão sujeitas a retenção na fonte mediante a aplicação das alíquotas do imposto de renda constante da tabela progressiva mensal fixada pela MP 340/2006, convertida na Lei n°11.482/2007, conforme segue:

IR – TABELA PROGRESSIVA MENSALa) Para o Ano – Calendário de 2008:Base de Cálculo Mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do Imposto em R$

Até 1.372,81 Isento  

De 1.372,82 até 2.743,25 15 205,82

Acima de 2.743,25 27,5 548,82Dedução por dependentes: R$ 137,99

b) Para Ano – Calendário de 2009:Base de Cálculo Mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do Imposto em R$

Até 1.434,59 Isento  

De 1.434,60 até 2.866,70 15 215,19

Acima de 2.866,70 27,5 573,52Dedução por dependente: R$ 144.20

C) Para Ano – Calendário de 2010:Base de Cálculo Mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do Imposto em R$

Até 1.499,15 Isento  

De 1.499,16 até 2.995,70 15 224,87

Acima de 2.995,70 27,5 599,34Dedução por dependente: R$ 150,69

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1.1.9 – Vencimento do Imposto Retido

De acordo com o art. 70 da Lei n°.11.196/2005 o imposto de renda retido na fonte será recolhido nos seguintes prazos:

a) Na data da ocorrência do fato gerador, no caso de:1) Rendimentos atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior;2) Pagamentos a beneficiários não identificados;

b) Até o 3° (terceiro) dia útil subseqüente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores, no caso de:

Juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização;

Prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios;

Multa ou qualquer vantagem, de que trata o art. 70 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996;

c) Até o último dia útil do mês subseqüente ao encerramento do período de apuração, no caso de rendimento e ganhos do capital distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário;

d) Até o último dia útil do 1° (primeiro) decêndio do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos gerados, nos demais casos;

1.1.10 – Códigos de Recolhimentos

0561 – Trabalho Assalariado no País e Ausente no Exterior a Serviço do País

Classificam-se nesse código os pagamentos de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título, indenização sujeita a tributação, ordenado, vencimento, provento de aposentadoria, reserva ou reforma, pensão civil ou militar, soldo, pró–labore, retirada, vantagem subsídio, comissão, corretagem, benefício (remuneração mensal ou prestação única) da previdência social, privada, de Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e de Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), remuneração de conselho fiscal e de administração, diretor e administrador da pessoa jurídica, de titular de empresa individual, inclusive remuneração indireta, gratificação e participação dos dirigentes no lucro e demais remunerações decorrentes de vínculo empregatício, recebido por pessoa física residente no Brasil. Participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa. Rendimentos efetivamente pagos a sócios ou titular da pessoa jurídica optante pelo Simples, a titular de pró-labore, aluguel e serviço prestado. Pagamentos de rendimentos de trabalho assalariado, em moeda estrangeira, a pessoas

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físicas residentes no Brasil, ausente no exterior a serviço do país, por autarquias ou repartições do Governo Brasileiro, situadas no exterior. 0588 – Trabalho Sem Vínculo Empregatício

Classificam-se nesse código as importâncias pagas por pessoas a pessoa física, a título de comissões, corretagens, gratificações, honorários, direitos autorais e remunerações por quaisquer outros serviços prestados, sem vínculo empregatício, inclusive as relativas a empreitadas de obras exclusivamente de trabalho e as decorrentes de fretes e carretos em geral.

2063 – Pagamentos a Beneficiários não identificados (Remuneração indireta)

Classificam-se nesse código as vantagens indiretas concedidas a empregados, administradores, gerentes, assessores ou terceiros em relação à pessoa jurídica que não forem computadas na remuneração dessas pessoas.

5217 - Pagamentos a Beneficiários não identificadosClassificam-se nesse código os pagamentos efetuados pelas pessoas

jurídicas a beneficiário não identificado, que não tenham natureza do rendimento do trabalho; recursos entregues a terceiros, contabilizados ou não, quando não for comprovada a operação ou a sua causa.

3208 – Aluguéis e Royalties, pagos a Pessoa FísicaRendimentos mensais de aluguéis ou royalties, pagos por pessoa

jurídica a pessoa física, tais como: 1) aforamento; locação ou sublocação; arrendamento ou subarrendamento; direito de uso ou passagem de terrenos, de aproveitamento de águas, de exploração de películas cinematográficas, de outros bens móveis, de conjuntos industriais, invenções, direitos autorais, direitos de colher ou extrair recursos vegetais, pesquisar e extrair recursos minerais, juros de mora e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento de Royalties, o produto da alienação de marcas de indústrias e comércio, patentes de invenção e processo ou fórmulas de fabricação; importâncias pagas por terceiros por conta do locador do bem ou do cedente dos direitos (juros, comissões, etc.); importâncias pagas ao locador ou do cedente do direito, pelo contrato celebrado (luvas, prêmios etc.); benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado, despesas para conservação dos direitos cedidos (quando compensadas pelo uso do bem ou direito); 2) Valor locativo de prédio construído quando cedido seu uso gratuitamente, exceto para o uso do cônjuge ou de parentes de primeiro grau, e demais espécies de rendimentos percebidos pela ocupação, uso, fruição ou exploração de bens e direitos pagos a pessoa física por pessoa jurídica; Obs.: Considera-se pagamento a entrega de recursos mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário ou efetuado através de imobiliária, sendo irrelevante que este deixe de prestar contas ao locador quando do recebimento; 5) Juros pagos a pessoa física decorrentes da alienação a prazo de bens ou direitos.

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3223 – Resgate da Previdência Privada e FAPI – não optantesResgate de contribuições efetuadas a entidades de previdência privada,

de Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e de Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), em decorrência de desligamento dos respectivos planos, pagos á pessoa física residente no Brasil.

5565 – Beneficio e Resgate da Previdência Privada e FAPI – optantesImportâncias pagas por entidades de previdência complementar,

sociedades seguradoras e por Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) a título de resgate ou benefícios de valores acumulados, cujos beneficiários fizeram opção pelo regime de tributação de que trata o art. 1° da Lei n°11.053, de 29 de dezembro de 2004.

5936 – Rendimentos Decorrentes de Decisão da Justiça do TrabalhoRendimentos pagos em cumprimento de decisão ou acordo homologado

na justiça do trabalho; rendimentos decorrentes de serviços no curso do processo judicial.

5706 – Juros Sobre o Capital Próprio Juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a titulo de

remuneração de capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados a variação, pro rata dia Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP).

6891 – Seguro de Vida com Clausula de Cobertura por Sobrevivência (VGBL)

Importâncias pagas a título de cobertura por sobrevivência em apólices de seguros de vida ( Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL) e de resgate de contribuições ao VGBL. 6904 – Indenizações por Danos Morais

Importâncias pagas a título de indenizações por danos morais, decorrentes de sentença judicial.

8053 – Aplicações Financeiras de Renda Fixa, Exceto em Fundos de Investimentos, Pessoa Física

Rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, decorrentes de alienação, liquidação (total ou parcial), resgate,; cessão ou repactuação do título ou aplicação; Rendimentos Auferidos pela entrega de recursos a pessoa jurídica, sobre qualquer forma e a qualquer título, independentemente de ser ou não a fonte pagadora instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; Rendimentos predeterminados obtidos em operações conjugadas, realizadas nos mercados de opções de compra e de venda em bolsa de valores, de mercadorias e futuros; no mercado a termo nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, em operações de venda

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coberta e sem ajustes diários; e no mercado de balcão. Rendimentos obtidos nas operações de transferências de dividas realizadas com instituição financeira e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil; Rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação, bem como qualquer remuneração adicional aos rendimentos prefixados; Rendimentos auferidos nas operações de mútuo de recursos financeiros entre pessoa física e jurídica; Rendimentos auferidos em operações com debêntures, com depósitos voluntários para a garantia de instância e com depósitos judiciais ou administrativos, quando seu levantamento se der em favor do depositante; Rendimentos auferidos no reembolso ou na devolução dos valores retidos referentes a CPMF/IOF; Ganhos obtidos nas operações de mútuo e de compra vinculada á revenda, no mercado secundário de ouro, ativo financeiro.

1.2 – Pagamentos a Pessoa Jurídica

1.2.1 – Serviços Sujeitos a retenção

1.2.1.1 – Serviços Profissionais

De acordo com o art. 647 do RIR/99, Estão sujeitas a incidência do imposto na fonte, á alíquota de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas e outras jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional.

Segundo o §1° do referido do art. 647, caracterizam-se de natureza profissional os seguintes serviços:

1. Administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens);

2. Advocacia;3. Análise clinica laboratorial;4. Análises técnicas;5. Arquitetura;6. Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica

prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comercio explorado pelo prestador de serviço);

7. Assistência Social;8. Auditoria;9. Avaliação e perícia;10.Biologia e biomedicina;11.Cálculo em geral;12.Consultoria;13.Contabilidade;14.Desenho técnico;15.Economia;16.Elaboração de projetos;

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17.Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas);

18.Ensino e treinamento;19.Estatística;20.Fisioterapia;21.Fonoaudióloga;22.Geologia;23.Leilão;24.Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de

saúde, casa de recuperação ou repouso sobre orientação médica, hospital e pronto-socorro);

25.Nutricionismo e dietético;26.Odontologia;27.Organização de feiras de amostra, congressos, seminários, simpósios e

congêneres;28.Pesquisa em geral;29.Planejamento;30.Programação;31.Prótese;32.Psicologia e psicanálise;33.Química;34.Radiologia e radioterapia;35.Relações públicas;36.Serviço de despachantes;37.Terapêutica Ocupacional;38.Tradução ou interpretação comercial;39.Urbanismo;40.Veterinária.

Notas: O imposto incide independentemente da qualificação profissional dos sócios

da beneficiária e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos serviços em relação á receita bruta.

Quando a beneficiária dos rendimentos for sociedade simples, prestadora de serviços relativos a profissão legalmente regulamentada, controlada, direta ou indiretamente por pessoas físicas, ou por seus conjugues ou parentes de primeiro grau, que sejam diretores, gerentes ou controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, a retenção na fonte deve ser calculada com base na tabela progressiva, conforme dispõe o art. 648 do RIR/99.

1.2.1.2 – Serviços de limpezas, conservação, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra.

Estão sujeitos á incidências do imposto na fonte ã alíquota de um por cento os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas á outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços de limpeza, conservação,

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segurança, vigilância e por locação de mão-de-obra, nos termos do art. 649 do RIR/99.

1.2.1.3 – Mediação de Negócios, Propaganda e Publicidade Conforme o art. 651 do RIR/99 estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas.

A título de comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais;

Por serviços de propaganda e publicidade.

Notas:No caso de comissões e corretagens, quando o recolhimento estiver a cargo da

pessoa jurídica beneficiária dos rendimentos e houver repasse de parcela da comissão a outras pessoas envolvidas na operação, a base de cálculo da retenção será o valor liquido da operação.

No caso de propaganda e publicidade, excluem-se da base de cálculo as importâncias pagas diretamente ou repassadas a empresas de rádio e televisão, jornais e revistas, atribuída à pessoa jurídica pagadora e à beneficiária responsabilidade solidária pela comprovação da efetiva realização dos serviços (Lei n° 7.450 de 1985, art.53, parágrafo único).

1.2.1.4 – Pagamentos a Cooperativas de Trabalho Associações Profissionais ou Assemelhadas

Estão sujeitas á incidência do imposto na fonte á alíquota de um e meio por cento as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhe foram prestados por associados destas ou colocados à disposição (Art. 652 do RIR/99).

O imposto retido será compensado pelas cooperativas de trabalho,

associações ou assemelhadas com o imposto retido por ocasião de pagamento dos rendimentos aos associados. No caso de impossibilidade de compensação do imposto retido esse poderá ser objeto de pedido de restituição.

As cooperativas deverão segregar, em suas faturas, os valores referentes aos serviços pessoais prestados por seus associados dos valores relativos a outros custos ou despesas, para que a retenção incida somente sobre o valor dos serviços pessoais.

1.2.1.5 – Pagamentos Efetuados a FactoringImportâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas á título de

prestação de serviços a outras pessoas jurídicas que explorem as atividades

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de prestação de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber.

1.2.1.6 – Pagamentos Efetuados por Órgãos Públicos Federais

Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte (art. 653 do RIR/99).

O imposto de renda a ser retido será determinado mediante a aplicação a alíquota de quinze por cento sobre o resultado da multiplicação do valor a ser pago pelo percentual de:

a) 8% sobre a receita proveniente da venda de mercadorias e produtos;b) 1,6 % (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta mensal

auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado do petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

c) 8% sobre a receita proveniente da venda de mercadorias e produtos;d) 8% sobre a receita de serviços hospitalares;e) 8% na prestação de serviços do transporte de cargas;f) 8% sobre a receita da venda de imóveis por empresas com esse

objetivo social;g) 16% sobre a prestação de serviço de transporte, exceto os de carga.h) 32% sobre a prestação dos demais serviços.

Nota: Vide item III.8 – Tabela de retenção na fonte nos pagamentos efetuados órgãos da administração pública federal.

1.2.2 - Contratos de Mútuo Com o advento da Lei n° 10.833/2003, que revogou o inciso II do art. 77

da Lei n°. 8.981/95, os rendimentos decorrentes de mútuos, em que a fonte pagadora for pessoa jurídica, estão sujeitas á retenção na fonte a alíquota de 20%.

1.2.3 - Prazo de RecolhimentoDe acordo com o art. 70 da Lei n° 11.196/2005 o imposto de renda retido

na fonte será recolhido nos seguintes prazos:

a) Na data da ocorrência do fato gerador, no caso de:1. Rendimentos atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior;2. Pagamentos a beneficiários não identificados.

b) Até o 3° (terceiro) dia útil subseqüente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores, no caso de:

1. Juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização;

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2. Prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e

3. Multa ou qualquer vantagem, de que trata o art. 70 da Lei n°9.430, de 27 de dezembro de 1996.

c) Até o último dia útil do mês subseqüente ao encerramento do período de apuração, no caso de rendimento e ganhos do capital distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário; e

d) Até o último dia do 1° (primeiro) decêndio do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, nos demais casos;

1.2.4 - Código de Recolhimento O valor do imposto retido na fonte sobe pagamentos a pessoa jurídicas deverá ser recolhido com a utilização dos seguintes códigos;

1708 – Remuneração de Serviços Profissionais Prestados por Pessoa Jurídica Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, referidos na lista anexa á IN SRF n°.023/86, e a sociedade simples prestadora de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada (art.52, Lei n°. 7.450/85).

Importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outras pessoas jurídicas, pela prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra (art.3°, decreto-lei n°.2.462/88).

Nota: Este código não se aplica a:

Comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais: e

Serviços de propaganda e publicidade;

3280 – Remuneração de Serviços Pessoais Prestados por Associados de Cooperativas de Trabalho Importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a cooperativa de trabalho, associações de profissionais ou assemelhados, relativas a serviços pessoais que lhe foram prestados por associados destas ou colocados à disposição (art. 45, Lei. n° 8.541/92).

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3426 – Aplicações Financeiras de renda Fixa, exceto em fundos de Investimento. Rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, decorrentes de alienação, liquidação (total ou parcial), resgate, cessão ou repactuação do título ou da aplicação; Rendimentos auferidos pela entrega de recursos a pessoa jurídica, sob qualquer forma e a qualquer título, independentemente de ser ou não a fonte pagadora instituição autorizada a funcionar pelo Banco central do Brasil; Rendimentos predeterminados obtidos em operações conjugadas, realizadas nos mercados de opções de compra e venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box); no mercado a termo nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuro, em operações de venda coberta e sem ajustes diários; e no mercado de balcão; Rendimentos obtidos nas operações de transferências de dívidas realizadas com instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil; Rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação, bem como qualquer remuneração adicional aos rendimentos prefixados; Rendimentos auferidos nas operações de mútuo de recurso financeiro entre pessoa física e entre pessoas jurídicas, inclusive controladoras, controladas, coligadas e interligadas; Rendimentos auferidos em operação de adiantamento sobre contratos de câmbio de exportação, não sacado ( trava de câmbio), bem como: operação com expot notes, com debêntures, com depósitos voluntários para a garantia de instância e com depósitos judiciais ou administrativos, quando seu levantamento se der em favor do depositante; Rendimentos auferidos no reembolso ou na devolução dos valores retidos referentes a CPMF/IOF; Ganhos obtidos nas operações de mútuo e compra vinculada à revenda, no mercado secundário de ouro, ativo financeiro; e rendimentos auferidos em contas de depósitos de poupança, e sobre os juros produzidos por letras hipotecarias.

5944 – Pagamentos efetuados por Pessoas Jurídicas pela Prestação de Serviços Relacionados com a Atividade de Factoring. Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a títulos de prestação de serviços a outras pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber. 8045 – Serviços de Propaganda Prestados por Pessoa Jurídica, Comissões e Corretagens Pagas a Pessoa Jurídica. Importâncias pagas entreguem ou creditadas por pessoa jurídica a outras pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil pela prestação de serviço de propaganda e publicidade; Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil a títulos de comissões, corretagens, ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais.

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5706 – Juros Sobre o Capital Próprio Juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da taxa de juros longo prazo (TJLP).

0916 – Prêmios e Sorteios em Geral, Títulos de Capitalização, Prêmios de Proprietários e Criadores de Cavalos de Corrida e Prêmios em Bens e Serviços. Lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, inclusive as instantâneas e as de fidelidade assistenciais ou explorados pelo Estado, concursos desportivos, compreendidos os de turfe, sorteios de qualquer espécie, bem como os prêmios de concursos prognósticos desportivos, qualquer que seja o valor do rateio atribuído a cada ganhador; Benefícios líquidos resultantes da amortização antecipada, mediante sorteio, dos títulos de capitalização e os benefícios atribuídos aos portadores de títulos de capitalização nos lucros da empresa emitente; Prêmios pagos aos proprietários e criadores de cavalo de corrida; e Prêmios distribuídos, sob a forma de bens e serviços, mediante concursos e sorteios de qualquer espécie, exceto a distribuição realizada por meio do vale-brinde.

5936 – Rendimentos Decorrentes de Decisões da Justiça do Trabalho. Rendimentos pagos em cumprimento de decisão ou acordo homologado

pela Justiça do Trabalho, inclusive atualização monetária e juros, a pessoas físicas ou jurídicas. Pagamento de remuneração pela prestação de serviços no curso do processo judicial trabalhista.

5204 – Juros e Indenização por Lucros Cessantes Juros e indenizações por lucros cessantes, decorrentes de sentença judicial.

2 – CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIA

2.1 – Pagamento á Pessoa Física

Estão a cargo da pessoa jurídica as retenções e os recolhimentos das contribuições previdenciárias incidentes sobre as remunerações pagas a contribuinte pessoa física, que lhe prestem serviços na condição de empregados, trabalhadores avulsos e de contribuinte individuais.

Também está a cargo da pessoa jurídica a inscrição dos trabalhadores a seu serviço no RGPS, quando ainda não inscritos. Essa obrigação contempla, inclusive, os trabalhadores avulsos e os contribuintes individuais.

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2.1.1 – Base de Cálculo

A base e cálculo da contribuição previdenciária retida na fonte é o montante da remuneração paga, devida ou creditada aos segurados, empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, observados os limites máximo e mínimo.

O limite mínimo de salário de contribuição, nos termos da IN MPS/SRP n° 3/2005, corresponde:

Para os segurados empregados e trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou piso estadual conforme definido na Lei Complementar n°. 103/2000, ou inexistindo estes, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme ajustado, e o tempo de trabalho efetivo durante o mês;

Para o segurado contribuinte individual ao salário mínimo.

NOTA: Nos casos de prestação de serviços com a utilização de veículos, máquinas e equipamentos a base de cálculo é o valor correspondente á 20% do montante pago (art. 69, V, § 2° da IN 03/2005).

2.1.2 – Alíquotas

A contribuição a ser retida dos segurados empregado e trabalhador avulso deverá ser calculado pelas alíquotas de 8, 9 e 11 por cento, de acordo com a tabela de faixa salarial divulgada periodicamente pelo Ministério da Previdência Social – MPS. Atualmente a tabela vigente é a seguinte:

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1° de março

de 2008.

Salário de contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento ao INSS

(%)Até R$ 911,70 8de R$ 911,71 á R$ 1.519,50 9de R$ 1.519,51 até R$ 3.038,99 11

NOTAS:1. Durante o período de vigor da CPMF, a alíquota de 8% e 9%, incidente sobre o salário de contribuição de valor até três salários mínimos foi reduzida para 7,65% e 8,65%, respectivamente.

2. No caso de contribuinte individual e retenção deve ser calculada pela alíquota de 11% sobre a remuneração paga, observado o teto máximo para contribuição previdenciária, atualmente R$ 3.038,99.

3. Quando a fonte pagadora dos rendimentos for pessoa jurídica em gozo de isenção de contribuição previdenciária a contribuição a ser retida do contribuinte individual deve ser calculada com utilização da alíquota de 20%.

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2.1.3 – Ocorrência do Fato Gerador

Constitui fato gerador da contribuição previdenciária, em relação o segurado empregador, trabalhador avulso e contribuinte individual, o exercício de atividade remunerada.

Ocorre o fato gerador da contribuição previdenciária retida na fonte (art.66 e incisos da IN MPA/SRP n° 03/2005):

Quando for paga, devida ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, em se tratando de segurado empregado ou trabalhador avulso;

No mês em que for paga a remuneração, em se tratando de contribuinte individual.

2.1.4 – Prazo de Recolhimento

A contribuição previdenciária retida na fonte dos segurados empregados, trabalhador avulso e individual deverão ser recolhidos até o dia 10 do mês seguinte ao de ocorrência do fato gerador, prorrogando-se o vencimento para o primeiro dia útil seguinte quando não houver expediente bancário no dia dez ( IN MPS/SRP n°. 03/2005, art. 94, inciso II e § único).

2.2 – Pagamento a Pessoa jurídica

A pessoa jurídica que contratar serviços, de outras pessoas jurídicas, prestados mediantes cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter a contribuição previdenciária incidente a alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou recibo de prestação de serviços (art.140 da IN MPS/SRP n°.03/2005).

No caso de adiantamento por conta dos serviços prestados estes deverão integrar a base de calculo da retenção por ocasião do faturamento dos referidos serviços. A retenção incide inclusive no caso de serviços contratados de pessoas jurídicas optantes do SIMPLES (art. 142 da IN MPS/SRP n°.03/2005). Nos termos do art. 172 da IN 03, quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou integridades físicas destes, de forma a possibilitar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de trabalho, o percentual, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por estes segurados, a partir de 1° de abril de 2003, deve ser acrescido de quatro, três ou dois pontos percentuais, respectivamente, perfazendo o total de quinze, quatorze ou treze pontos percentuais.

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2.2.1 – Conceito de Cessão de Mão-de-Obra e Empreitada

O art. 143 da IN N° 3 define cessão de mão-de-obra como sendo a colocação a disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei n°. 6.019/74.

Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam a empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade da contratante, que se repetem periodicamente ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Por colocação a disposição da empresa contratante entende-se a cessão de trabalhador, em caráter não eventual, respeitados o limite do contrato.

O art. 144 da IN N° 3, por sua vez, define empreitada como sendo a execução, contratualmente estabelecida, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa Contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

2.2.2 – Serviços Sujeitos a Retenção

2.2.2.1 – Serviços Contratados Mediante cessão de Mão-de-Obra ou Empreitada Estarão sujeitos a retenções na fonte, nos termos do art. 145 da IN n° 3/2005, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada os serviços de:

a. Limpeza, conservação ou zeladoria, que se constitui em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas ou de áreas de uso comum;

b. Vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia de integridade física de pessoas ou preservação de bens

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patrimoniais, exceto se prestados por meio de monitoramento eletrônico;

c. Construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de edificações ou qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;

d. Natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas e ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;

e. Digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou similares;

f. Preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual da leitura ótica.

NOTA: Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento eletrônico não estão sujeitos á retenção.

2.2.2.2 – Serviços Contratados Mediantes Cessão de Mão-de-obra

Nos termos do artigo 146 da IN nº. 3/2005, estarão sujeitos à retenção na fonte, se contratados mediante cessão de mão-de-obra os seguintes serviços (vide item 2.3 – não aplicabilidade do instituto de retenção):

a) Acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou componentes dos produtos, para o fim de colocá-los em condições de uso;

b) Embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando a preservação ou a conservação de suas características para transporte ou guarda;

c) Acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em palets, empilhamento, amarração, dentre outros;

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d) Cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contratante, ainda que executados periodicamente;

e) Coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo containers ou caçambas estacionárias;

f) Copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício;

g) Hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente em hospital, clínica ou em outro estabelecimento do gênero;

h) Corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações;

i) Distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período á vários contratantes;

j) Treinamento e ensino, assim considerados como conjunto de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;

k) Entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário documentos diversos tais como, conta de água, de energia elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala-direta ou similares;

l) Ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

m) Leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações aferidas por esses

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equipamentos, tais como a velocidade (radar), o consumo de água, de gás ou de energia elétrica;

n) Manutenção de instalações, de maquinas ou de equipamentos, quando, indispensáveis ao seu funcionamento regular ou permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratante;

o) Montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;

p) Operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua movimentação ou funcionamento, envolvendo serviço do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel eletro-eletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;

q) Operação de pedágio o de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a conservação, a limpeza ou aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia de via pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários;

r) Operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de sub-concessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo;

s) Portaria, recepção ou ascensorista realizado com vistas ao ordenamento ou ao controle de trânsito de pessoas em acesso público ou à distribuição de encomendas ou de documentos;

t) Recepção, ou triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;

u) Promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em evidência as qualidades de produtos ou realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios, de festas ou de jogos;

v) Secretaria ou expediente, quando relacionados com o desempenho das rotinas administrativas;

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w) Saúde, quando prestados por empresas de área da saúde e direcionados ao atendimento do pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional destes pacientes;

x) Telefonia ou de tele marketing, que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos telefônicos ou de tele-atendimento.

Nota; Conforme o art. 147 da IN n°. 3/2005, a relação de serviços constante dos subintes 2.2.2.1 e 2.2.2.2 acima é exaustiva. Isto significa que os serviços não abrangidos na relação estão fora da incidência da retenção na fonte.

2.2.2.3 – Dispensa na retenção Conforme se depreende do art. 148 da IN № 3/2005, a retenção na fonte da contribuição previdenciária fica dispensada quando:

a) O valor correspondente a onze por cento dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido pela SRP para recolhimento em documento de arrecadação (R$ 29,00);

b) A contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição, cumulativamente;

c) A contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no inciso X do art. 146, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais.

2.2.2.4 – Base de Cálculo da Retenção

Como regra a base de cálculo da retenção é o valor bruto dos serviços prestados, contudo, essa regra comporta tantas exceções que termina sendo, ela própria, uma exceção.

De acordo com o art.149 da IN nº. 3/2005, não integram a base de calculo da retenção, desde que comprovados, aos valores de materiais ou equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser

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superior ao valor da aquisição ou de locação para fins de apuração de base de cálculo da retenção.

A empresa contratada deverá manter em seu poder, para apresentar à fiscalização da SRP, os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, para comprovação dos valores, deduzidos na base de calculo da retenção.

Quando os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de

terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que descriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a (art. 150 da IN nº. 3/2005):

a) Cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços:

b) Trinta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os serviços de transporte de passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada;

c) Sessenta e cinco por cento quando se referir a limpeza hospitalar e oitenta por cento quando se referir aos demais tipos de limpezas, do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços.

Nos casos em que utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja a descriminação dos valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e o seu fornecimento e os respectivos valores constarem em contrato, os mesmo não comporão a base de calculo.

Não havendo discriminação dos valores em contrato, independentemente da previsão contratual do fornecimento de equipamento, a base de calculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou recibo de prestação de serviços e, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, aos percentuais abaixo (§ 1º, I, II, do art.150 da IN nº. 3/2005):

a) 10% para pavimentação asfáltica;b) 15% para terraplanagem, aterro sanitário e dragagem;c) 45% para obras de arte (pontes e viadutos);d) 50% drenagem;

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e) 35% para os demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto os manuais.

Notas:1. Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou

utilização de equipamento e o uso deste equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo descriminação dos valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de calculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo da prestação de serviços, exceto no caso do serviço de transporte de passageiros, onde a base de calculo da retenção corresponderá a, no mínimo, 30% do valor bruto da nota fiscal.

2. Na falta de descriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviço, a base de calculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização de equipamento, com o sem descriminação de valores em contrato.

2.2.2.4.1 – Dedução da Base de Cálculo da Retenção

Poderão ser deduzidos na base de calculo da retenção, desde que comprados e descriminados no documento fiscal, o custo da alimentação e do vale transporte fornecidos pela empresa aos trabalhadores utilizados na prestação de serviços (art. 152 da IN nº.3/2005). Também pode ser deduzido na retenção o valor já retido na sub-contratação, desde que comprovadamente recolhido (art. 155 da IN nº.3/2005).

2.2.2.5 – Destaque da Retenção

Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou recebido da prestação de serviço, a contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de “RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL”.

O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados, apenas para produzir efeito com parcela dedutível ao ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou recibo da prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, fatura ou recibo da prestação de serviço.

Nota:1) Nos casos em que houver dedução de valores já retidos de sub-

contratação, a contratada deverá informar o valor correspondente a retenção de onze por cento do valor bruto dos serviços; o valor já retido e recolhido na sub-contratação e a diferença a ser retida;

2) Cópias:Das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das

sub-contratadas com o destaque da retenção;Dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das sub-

contratadas;Das GFIP, elaboradas pelas sub-contratadas, onde conste no campo

“CNPJ/CEI do tomador/obra”, o CNPJ da contratada ou matrícula CEI

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da obra e, no campo “Denominação social do tomador/obra”, a denominação social da empresa contratada.

2.2.2.6 – Recolhimento dos Valores Retidos

A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia dez do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo da prestação de serviços, prorrogando-se este prazo para o primeiro dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário neste dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida de denominação social da empresa contratante (art. 156 da IN MPS/SRP n°.3/2005).

Quando por um mesmo estabelecimento da contratada forem emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da contratante, na mesma competência, sobre as quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores retidos, em nome da contratada, num único documento de arrecadação (art.158 da IN MPS/SRP n°. 03/2005).

A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensado os valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social pelo estabelecimento (art. 160 da IN MPS/SRP № 03/2005).

2.3- Não Aplicação do Instituto de Retenção

Conforme disposto no art. 176. da IN MPS/SRP n° .03/2005, não se aplica no instituto de retenção:

a) À contratação dos serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da categoria ou de Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO;

b) À empreitada total, conforme definida na alínea, “a” do inciso XXVIII e no § 1° ambas no art. 413, aplicando-se, nesse caso, o instituto da solidariedade, conforme disposições previstas, na Seção III do capítulo X deste título, observado o disposto no art. 191 e no inciso IV do § 2° do art. 178;

c) À contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais;

d) Ao contribuinte individual equiparado à empresa, à pessoa física, à missão diplomática e à repartição consular de carreira estrangeira;

e) À contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003;

f) À empreitada realizada nas dependências da contratada.

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Notas: 1) No caso do inciso II não se aplica a solidariedade se o contratante dos

serviços for órgão da administração pública direta, autarquia ou fundação pública.

2) O contratante da empreitada global poderá se ilidir da solidariedade prevista no inciso II efetuando a retenção e o recolhimento de 11% sobre o valor das faturas e comprovação do gerenciamento dos riscos ocupacionais.

2.4 – Retenção na Construção Civil

De acordo com o art. 169 da IN n° 03/2005, na construção civil, sujeita-se à retenção de que trata o art. 140 , observado o disposto no art. 172:

I) A prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial, conforme definição contida na alínea “b” do inciso XXVII, do art. 413;

II) A prestação de serviços mediante contrato de sub-empreitada, conforme definição contida no inciso XXIX, do art. 413;

III) A prestação de serviços tais como os descriminados no Anexo XIII;IV) A reforma de pequeno valor, conforme definida no inciso V do art.413.

2.4.1 – Da Não Aplicação da Retenção na Construção Civil

Conforme o art. 170 da IN 03/2005, não se sujeita à retenção a prestação de serviços de:

I. Administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamentos de obras;II. Assessoria ou consultoria técnica;

III. Controle de qualidade de materiais;IV. Fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de

argamassa usinada ou preparada;V. Jateamento ou hidrojateamento;VI. Perfuração de poço artesiano;

VII. Elaboração de projeto da construção civil;VIII. Ensaios Geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo

provas) de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solo ou outros serviços a fins;

IX. Serviços de topografia;X. Instalação de antena coletiva;XI. Instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de

ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão;XII. Instalação de sistema de ar condicionado, de refrigeração, de

ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas de nota fiscal de venda mercantil;

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XIII. Instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou de material, quando for emitida apenas a nota fiscal de venda mercantil; (Redação dada pela IN SRP n°20, de 11/01/2007);

XIV. Locação de Caçamba;XV. Locação de máquinas, ferramentas, de equipamentos ou de outros

utensílios sem fornecimento de mão-de-obra;XVI. Fundações especiais.

Parágrafo único. Quando na prestação de serviços relacionados nos incisos XII e XIII do caput, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção.

2.5 – Conceitos Aplicáveis na Construção Civil para fins Previdenciários

De acordo com o art. 413 da IN MPS/SRP n°. 03/2005, considera-se:

Obra de construção civil, a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de edificações ou qualquer benfeitoria agregada ao solo ou subsolo, conforme discriminação no Anexo XIII da IN 03/2005;

Anexo, a edificação que complementa a construção principal, edificada em corpo separado e com funções dependentes dessa construção, podendo ser, por exemplo, área de serviço, lavanderia, acomodação de empregados, piscina, quadra, garagem externa, guarita, portaria, varanda, terraço, entre outras similares;

Demolição, a destruição total ou parcial de edificação, salvo da decorrente da ação de fenômenos naturais;

Reforma a modificação de uma edificação ou a substituição de materiais nela empregados, sem acréscimo de área;

Reforma de pequeno valor, aquela de responsabilidade da pessoa jurídica, que possui escrituração contábil regular, em que não há alteração de área construída, cujo custo estimado total, incluindo material e mão-de-obra, não ultrapassem o valor de vinte vezes o limite máximo do salário de contribuição vigente na data de início da obra;

Acréscimo ou ampliação, a obra realizada em edificações preexistente, já regularizada na SRP, que acarrete aumento da área construída, conforme projeto aprovado;

Obra inacabada, a parte executada de um projeto que resulte em edificação sem condições de habitabilidade, ou de uso, para qual não é emitido habite-se, certidão de conclusão de obra emitida pela prefeitura municipal ou termo de recebimento de obra, quando contratada com a Administração Pública;

Construção parcial, a execução parcial de um projeto cuja obra se encontre em condições de habitabilidade ou de uso demonstradas em habite-se parcial, certidão de prefeitura municipal, termo de

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Page 33: Manual de Retenção na Fonte.doc

recebimento de obra, quando contratada com Administração Publica ou em outro documento oficial expedido por órgão competente;

Benfeitoria, a obra efetuada num imóvel com propósito de conservação ou de melhoria;

Serviço de construção civil, aquele prestado no ramo da construção civil, tais como os discriminados no Anexo XIII da IN 03/2005;

Edifício, a obra de construção civil com mais de um pavimento, composta ou não de unidades autônomas;

Unidade autônoma, a parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno, constituída de dependência e instalações de uso privativo e de parte das dependências e instalações de uso comum da edificação, destinadas a fins residenciais ou não, assinaladas por designação especial numérica ou alfabética, para efeitos de identificação e discriminação, observando o disposto na alínea “a” do item XVII;

Bloco, cada um dos edifícios de um conjunto de prédios pertencentes a um complexo imobiliário, constantes no mesmo projeto;

Pavimento, o conjunto das dependências de uma edificação, cobertas ou descobertas, situadas em um mesmo nível, com acesso rotineiro aos ocupantes e que tenha função própria, exceto o mezanino;

Canteiro de obras, a área destinada à execução da obra, aos serviços de apoio e à implantação das instalações provisórias indispensáveis à realização da construção, tais como: alojamento, escritório de campo, estande de vendas, almoxarifado ou depósito, entre outras;

Área construída, corresponde a área total do imóvel, definida no item XVIII, submetida, quando for o caso, à aplicação dos redutores previsto no art. 449 da IN 03/2005;

Área média, o parâmetro que servirá para o enquadramento da obra de construção civil nos padrões baixo, normal ou alto, e que corresponde:a) No caso das tabelas residencial e comercial – salas e lojas, ao

resultado da divisão da área construída pelo número de unidades autônomas existentes, não consideradas como tais a unidade do zelador, os boxes, as garagens, as salas separadas por paredes divisórias não executadas em alvenarias, bem como depósitos, áreas de recepção, áreas de circulação, banheiros e outras áreas de uso comum;

b) No caso da tabela comercial – andares livres, ao resultado da divisão da área construída pelo número de pavimentos da edificação, desconsiderando o mezanino, se houver;

c) No caso de obra não incorporada, ao resultado da divisão da área construída pelo número de unidades existentes na edificação observando, no que couber, nos disposto da alínea “a” e “b” acima;

Área total, a soma das áreas cobertas e descobertas de todos os pavimentos do corpo principal do imóvel, inclusive subsolo e pilotis, e

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Page 34: Manual de Retenção na Fonte.doc

de seus anexos, constantes do mesmo projeto de construção, informada no habite-se, certidão da prefeitura municipal, planta ou projetos aprovados, termo de recebimento da obra, quando contratada com a Administração Publica ou em outro documento oficial expedido por órgão competente

Pilotis, a área aberta, sustentada por pilares, que corresponde à projeção da superfície do pavimento imediatamente a cima;

Empresa construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objetivo social seja a indústria de construção civil, com registro na CREA, na forma do art. 59 da Lei n°. 5.194, de 1966;

Construção de edificação em condomínio, aquela executada na forma da Lei n°. 4.591, de 1964, sob o regime condominial, de obra de construção civil sob a responsabilidade de condôminos, pessoas físicas ou jurídicas, proprietárias de terrenos, com convenção de condomínio arquivada em cartório de registro de imóveis;

Condomínio, a co-propriedade de edificação ou conjunto de edificações, de um ou mais pavimentos, construídos sob a forma de autônomas, destinadas a fins residenciais ou não, cabendo para cada unidade, como parte inseparável, uma fração ideal do terreno e das coisas comuns, conforme disposto na Lei n° 4.591, de 1964;

Condômino, o proprietário de uma parte ideal de um condomínio ou de uma unidade autônoma vinculada a uma fração ideal de terreno e das coisas comuns;

Construção em nome coletivo, a obra de construção civil realizada, por conjunto de pessoas físicas ou jurídicas ou a elas equiparadas, ou por conjunto de pessoas físicas e jurídicas, na condição de proprietárias do terreno ou na condição de donas dessa obra, sem convenção de condomínio nem memorial de incorporação, arquivados no cartório de registro de imóveis;

Casa popular, a construção residencial unifamiliar, construída com mão-de-obra assalariada, sujeita à matrícula no cadastro do INSS, com área total de até setenta metros quadrados, classificada como econômica, popular ou outra denominação equivalente nas posturas sobre obras de municípios;

Conjunto habitacional popular, o complexo constituído por unidades habitacionais com área de uso privativo não superior a e setenta metros quadrados, classificada como econômica, popular ou outra denominação equivalente nas posturas sobre obras do município, mesmo quando as obras forem executadas por empresas privadas;

Consórcio, a associação de empresas, sob o mesmo controle ou não, sem personalidade jurídica própria, com contrato de constituição e suas alterações registrados em junta comercial, formado com o objetivo de executar determinado empreendimento;

Contrato de construção civil ou contrato de empreitada (também conhecido como contrato de execução de obra, contrato de obra ou contrato de edificação), aquele celebrado entre o proprietário do

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imóvel, incorporador, o dono da obra ou condômino e uma empresa, para a execução de obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, podendo ser:a) Total, quando celebrado exclusivamente com a empresa

construtora, definida no item XX, que assume a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de materiais;

b) Parcial, quando celebrado com empresa construtora ou prestadora de serviço na área de construção civil, para execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de material;

Contrato de sub-empreitada, aquele celebrado entre a empreiteira ou qualquer empresa sub-contratada e outra empresa, para executar obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, com ou sem fornecimento de material;

Contrato por administração, aquele que a empresa contratada somente administra de construção civil e recebe como pagamento uma percentagem sobre todas as despesas realizadas na construção, denominada “taxa de administração”;

Empreiteira, a empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, mediante controle de empreitada celebrado com proprietário do imóvel, dono da obra, incorporador ou condômino;

Sub-empreiteira, a empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, mediante contrato celebrado com empreiteira ou com qualquer outra empresa sub-contratada;

Proprietário do imóvel, a pessoa física ou jurídica detentora legal da titularidade do imóvel;

Dono da obra, a pessoa física ou jurídica, não proprietária do imóvel, investida na sua posse, na qualidade de promitente-comprador, cessionário ou promitente-cessionário de direitos, locatário, comodatário, arrendatário, enfiteuta, usufrutuário, ou de outra forma definida em lei, no qual executa obra de construção civil diretamente ou por meio de terceiros;

Incorporador, a pessoa física ou jurídica, que, embora não executando a obra, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega da obra construída, com prazo, preço e determinadas condições previamente acertadas;

Incorporação imobiliária, a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção de edificações ou conjunto de edificações, compostas de unidades autônomas, para a alienação total ou parcial, conforme Lei n°.4.591, de 1964;

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Page 36: Manual de Retenção na Fonte.doc

Empresa com escrituração contábil regular, aquela que mantém livros Diários e Razão, escriturados e formalizados;

Urbanização, a execução de obras e serviços de infra-estrutura própria da zona urbana, entre os quais se incluem arruamento, calçamento, asfaltamento, instalação de rede de iluminação pública, canalização de águas pluviais, abastecimento de água, instalação de sistemas de esgoto sanitário, jardinagem, entre outras;

Repasse integral é o ato pelo qual a prestadora originalmente contrata para a execução da obra de construção civil, não tendo empregado nessa obra qualquer material ou serviço, repassa o contrato para outra construtora, que assume a responsabilidade pela execução integral da obra prevista no contrato original;

Telheiro, a edificação rústica, de um pavimento, sem fechamento lateral, ou lateralmente fechado apenas com a utilização de tela.

Notas: 1 - Será também considerada empreitada total:

a) O repasse integral do contato, na forma do item XXXIX;b) A contratação de obra a ser realizada por consócio, constituído de

acordo com o disposto do art. 279 da Lei n°. 6.404, de 1976, desde que pelo menos a empresa líder seja construtora, observados os conceitos dos itens XX e XXVII do caput deste artigo;

c) A empreitada por preço unitário e a tarefa, cuja contratação atenda aos requisitos previsto no art. 185 da IN 03/2005.

2 – Receberá tratamento de empreitada parcial:a) A contratação de empresa não registrada no CREA ou de empresa

registrada naquele conselho com habilitação apenas para a realização de serviços específicos, com os de instalação hidráulica, elétrica e similares, ainda que essas empresas assumam responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, observando o disposto no inciso III do art. 27 da IN 03/2005;

b) A contratação de consórcio que não atende aos requisitos da Letra b da nota 1, acima, ressalvando o disposto no § 3° do art.179 da IN 03/2005;

c) A reforma de pequeno valor, definida no item V;d) Aquela realizada por empresa construtora em que tenha ocorrido

faturamento de sub-empreitada para o proprietário, dono da obra ou incorporador, ainda que a sub-empreitada tenha sido contratada pela construtora;

3 – Enquadra-se no conceito do item XL acima o galpão rural que mantenha as características nele previstas, desde que lateralmente fechado apenas com tela e mureta de alvenaria.

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2.6 – Tabela Prática de Incidência de INSS, FGTS e IRRF

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3 – CSLL/ COFINS/ PIS Por força da Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003 (art.30 a 36), originária da conversão da Medida Provisória n°. 135, de 2003, a partir do mês de fevereiro de 2004 foi instituída a retenção na fonte da Contribuição Social Sobre o Líquido - CSLL, da Contribuição Para Financiamento de Seguridade Social – COFINS e da contribuição para o Programa de Integração Social – PIS.

3.1 – Pessoas Obrigadas a efetuar a retenção

Estão obrigadas a efetuar a retenção das contribuições acima referidas todas as pessoas jurídicas do direito privado, exceto as optantes pelo SIMPLES Nacional, que tomarem os serviços elencados no item 3.2, abaixo, de outras pessoas jurídicas, inclusive:

a) Associações, entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais, e serviços sociais autônomos;

b) Sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;c) Fundações de direitos privados, oud) Condomínios ou edifícios.

3.2 – Serviços Sujeitos à retenção

Os serviços que ficarão sujeitos a retenção na fonte dos referidos tributos são os serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra. Serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como a prestação de serviços profissionais.

A IN/SRF n°.459/2004 esclarece que para fins de retenção devem ser entendidos como serviços de:

a) Limpeza, conservação ou zeladoria – os serviços de varrição, lavagem, enceramento, desinfecção, higienização, desentupimento, detetização, desinsetização, imunização, desratização, ou outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou áreas de uso comum;

b) Manutenção – todo e qualquer serviço de manutenção e conservação de edificações, instalações, máquinas, veículos automotores, embarcações, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando destinadas a mantê-los em condições eficiente de operação, exceto se a

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Page 39: Manual de Retenção na Fonte.doc

manutenção for feita em caráter isolado, com um mero conserto de um bem defeituoso;

c) Segurança e ou Vigilância - Os serviços que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou preservação de valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veículos de transporte de pessoas ou cargas;

d) Profissionais – Todos aqueles relacionados no § 1° do art. 647 do Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento de Imposto de Renda (RIR/99), inclusive quando prestados por cooperativas ou associações profissionais, aplicando-se, para fins da retenção das contribuições, os mesmos critérios de interpretação adotados em atos normativos expedidos pela Secretaria da Receita Federal para a retenção do imposto de renda.

Os serviços profissionais de que trata o art. 647 do RIR, mencionados na letra D acima são os mesmos relacionados no título 1.2.1 desse manual.

As retenções aqui tratadas serão efetuadas sem prejuízo da retenção do imposto de renda nas pessoas jurídicas, sujeitas a alíquotas específicas, prevista na legislação do imposto de renda.

3.3 – Inexigibilidade da Retenção

As referidas retenções não serão exigidas na hipótese de pagamentos efetuados a:

a) Pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES Nacional, que devem, nesse caso, apresentar, a cada pagamento, à pessoa jurídica, tomadora dos serviços, declaração para fins de não incidência na fonte, na forma do Anexo I, da IN SRF n°. 459/2004 em duas vias, assinadas pelo seu representante legal. Devendo a pessoa jurídica responsável pela retenção arquivar a 1° via da declaração , que ficará á disposição da Secretaria da Receita Federal (SRF), e devolver a 2° via ao interessado, como recibo;

b) Empresas estrangeiras de transporte de valores;

Também não será exigida a retenção da COFINS e do PIS/PASEP em relação aos pagamentos efetuados;

a) A título de transporte internacional de valores efetuados por empresas nacionais;

b) Aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registrada no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei n° 9.432, de 8 de janeiro de 1997;

c) Sociedades cooperativas em relação aos atos cooperados, (exceto cooperativas de consumo).

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Além das hipóteses de inexigibilidade de retenção acima mencionadas, também é dispensada a retenção, da CSLL da COFINS e do PIS/PASEP, sobre pagamentos inferiores a R$ 5.000,00. Nesse caso deve-se observar que o limite de R$ 5.000,00, é para montante de pagamentos efetuados a mesma pessoa jurídica em um mesmo mês, assim, caso ocorra mais de um pagamento deverá ser adotado os seguintes procedimentos:

a) Efetuar a soma de todos os valores pagos no mês e calcular o valor a ser retido sobre o montante obtido, desde que este ultrapasse o limite acima referido, devendo ser deduzidos os valores retidos anteriormente no mesmo mês;

b) Caso a retenção a ser efetuada seja superior ao valor a ser pago, a retenção será efetuada até o limite deste.

3.4 – Percentuais de Retenção

O valor da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, será determinado mediante a aplicação, sobre o montante e ser pago, do porcentual de 4,65% correspondente á alíquota de 1% (um por cento), 3% ( três por cento), e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento).

No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma ou mais das contribuições, a retenção dar-se-á mediante a aplicação a alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção.

As alíquotas de 0,65% (sessenta e cinco centésimo por cento) e 3% (três por cento) aplicam-se inclusive na hipótese de a prestadora de serviços enquadrarem-se no regime de não cumulatividade na cobrança da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

3.5 – Recolhimento/Vencimento

O recolhimento das contribuições retidas deverá ser efetuado até o último dia útil da semana subseqüente à quinzena em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora do serviço.

Os valores retidos serão considerados antecipação do devido pela prestadora de serviços e poderão ser compensados com as contribuições, da mesma espécie, devidas referentes a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.

3.6 – Comprovante de Retenção/ DIRF

A pessoa jurídica que efetuar as referidas retenções deverá, anualmente, fornecer Comprovante Anual de Retenção de CSLL, COFINS e PIS/PASEP até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subseqüente ao da retenção, conforme modelo previsto no Anexo II da IN SRF n°.459/2004.

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Anualmente, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subseqüente, a pessoa jurídica que houver efetuado retenções deverá apresentar á SRF Declaração de Imposto de Renda na Fonte ( DIRF), nela discriminando, mensalmente, o somatório dos valores pagos e total retido de IRRF, CSLL, COFINS e PIS, por contribuinte e por código de recolhimento.

NOTA: Em que pese não ter havido nos prazos estipulados na IN/SRF n°.459/2004, para a entrega de comprovante de retenção e para a apresentação da DIRF, a declaração referente as retenções efetuadas em 2007 foi entregue até 15 de fevereiro de 2008. Assim, há de se ficar atento quanto à fixação do prazo para a apresentação da DIRF 2009, ano de retenção 2008, que poderá não ser os previstos na IN 459.

3.7 – Códigos de Recolhimento

A pessoa jurídica que efetuar a retenção deverá recolher os tributos mediante a utilização do código de receita 5952.

Nos casos em que a pessoa prestadora de serviços for beneficiada por isenção de um dos tributos sujeitos a retenção o recolhimento das contribuições não alcançadas pela isenção deverá ser efetuado de forma individualizada, com a utilização dos seguintes códigos: 5987 para CSLL, 5960 para COFINS e 5979 para o PIS.

O mesmo procedimento se aplica nos casos de pessoas jurídicas amparadas pela suspensão, total ou parcial, da exigibilidade do crédito tributário nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 da Lei n°.5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, determinado a suspensão de pagamento de qualquer das contribuições. Nesse caso o beneficiário do rendimento deverá apresentar á fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que o direito a não retenção continua amparada por medida judicial.

3.8 – Pagamento Por Órgãos da Administração Pública

No caso de retenções efetuadas por órgão de administração pública federal a retenção dos tributos, inclusive do imposto de renda, deverá ser calculada de acordo com a tabela a seguir:

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TABELA DE RETENÇÕES – ANEXO I DA IN SRF n° 480/2004

NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU DO ALÍQUOTAS % A SERCÓDIGO

DA

SERVIÇO PRESTADO IR CSLL COFINS PIS/PASEP APLICADO RECEITA

1 2 3 4 5 6 7

Alimentação;

Energia elétrica; Serviços prestados com emprego de

materiais;

Construção civil por empreitada com emprego de materiais; 1,2 1 3 0,65 5,85 6147

Serviços hospitalares;

Transporte de cargas, exceto os relacionados no código 8767;

Mercadorias e bens em geral;

Gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação (QAV) adquiridos de produtor ou importador.

Demais combustíveis derivados de petróleo e gás natural, e dos demais produtos derivados de petróleo, adquiridos de produtor, importador, distribuidor ou varejistas;

0,24 1 3 0,65 4,89 9060

Álcool etílico hidratado para fins carburantes, adquirido diretamente do distribuidor.

Gasolina, exceto gasolina de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação adquiridos de distribuidores e comerciantes varejistas, e álcool para fins carburantes quando adquirido, exclusivamente, de comerciante varejista.

0,24 1 0 0 1,24 8739

Transporte internacional de cargas efetuado por empresas nacionais;

Estaleiros navais brasileiros nas atividades de Construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 08 de janeiro de 1.997;

Aquisição de livros no mercado interno; 1,2 1 0 0 2,2 8767 Medicamentos, produtos de perfumaria, de

toucador e de higiene pessoal a que se refere o art. 1º da Lei nº 10.147, de 2000, com a redação dada pela Lei nº 10.548, de 2.002, adquiridos de atacadistas ou varejistas;

Pneus novos de borracha e câmaras-de-ar de borracha, classificados nas posições 40.11 e 40.13 da TIPI, adquiridos de atacadistas e varejistas.

Máquinas, veículos de tratores de que trata o caput do art. 20 desta IN e autopeças constantes do Anexo I e II, da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, adquiridos de atacadistas e varejistas;

Água, refrigerante e cerveja sem álcool, classificados nos códigos 22.01 e 22.02 da

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TIPI, adquiridos de atacadistas e varejistas.

Outros serviços ou produtos beneficiados com isenção, não incidência ou alíquotas zero da Cofins e da Contribuição para o PIS/PASEP.

Passagens aéreas, rodoviárias e demais serviços de transporte de passageiros, exceto as relacionadas no código 8850

2,4 1 3 0,65 7,05 6175

Transporte internacional de passageiros efetuado por empresas nacionais. 2,4 1 0 0 3,4 8850

Serviços prestados por associações profissionais ou assemelhados 0 1 3 0,65 4,65 8863

Serviços prestados por bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário e câmbio, distribuidoras de títulos valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades abertas de previdência complementar.

2,4 1 3 0,65 7,05 6188

Serviços de abastecimento de água; Telefone, Correios e Telégrafos, Vigilânicia, Limpeza, locação de mão de obra, Intermediação de negócios, Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza, Factoring, Demais serviços

4,8 1 3 0,65 9,45 6190

No caso de retenções efetuadas por órgãos de administração pública estadual, municipal ou do Distrito Federal, nos termos do art. 33 da Lei n°.10.833/2003, deverá ser utilizado os seguintes códigos:

4085 – Retenção de CSLL, COFINS e PIS/PASEP sobre pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações do Estado, Distrito Federal e Municípios.

Pagamentos efetuados às pessoas jurídicas de direito privado por órgãos, autarquias e fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços em geral, nos termos do art. 33 da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

4397 – Retenção da CSLL sobre pagamentos efetuados por órgãos Autarquias e Fundações do Estado, Distrito Federal e Municípios.

Pagamentos efetuados às pessoas jurídicas de direito privado por órgãos, autarquias e fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços em geral, nos termos do art. 33 da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, quando a beneficiária não recolher Cofins e/ou PIS/Pasep por força de decisão judicial ou por ser isenta.

4407 – Retenção de Cofins sobre pagamentos efetuados por órgãos, Autarquias e Fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

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Pagamentos efetuados às pessoas jurídicas de direito privado por órgãos, autarquias e fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços em geral, nos termos do art. 33 da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, quando o beneficiário não recolher CSLL e/ou PIS/Pasep por força de decisão judicial ou por ser isenta.

4409 – Retenção de PIS/Pasep sobre pagamentos efetuados por órgãos, Autarquias e Fundações do Estado, Distrito Federal e Municípios.

Pagamentos efetuados ás pessoas jurídicas de direito privado por órgãos, autarquias e fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo fornecimento de bens e prestação de serviços em geral, nos termos do art. 33 da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, quando o beneficiário não recolher Cofins e/ou CSLL por força judicial ou por ser isenta.

4 – ISSQN

4.1- Pagamentos à Pessoa Física

Por força do art. 67, § 1° e 2° do Código Tributário do Município de Goiânia - CTM, a pessoa jurídica tomadora de qualquer dos serviços previstos no art. 52, do mesmo dispositivo legal, quando contratados de pessoa não inscrita no cadastro de contribuintes municipal, fica obrigada, na condição de contribuinte substituta, ao recolhimento do imposto, ainda que não tenha efetuado a retenção.

Notas:1) O art. 55 do CTM traz uma lista de 36 serviços autônomos isentos do ISSQN, o

que implica que aqueles serviços, mesmo quando prestados por pessoas não inscritas no cadastro de contribuintes municipal, não se sujeitam a retenção na fonte do ISSQN:

2) Conforme dispõe o art. 56 do CTM, o ISSQN não incide na prestação de serviços com relação de emprego, por trabalhadores avulsos, por diretores e membros de conselhos consultivo e fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e gerentes-delegados, logo os valores pagos por conta desse serviço não sofrerão retenção na fonte.

4.2 – Pagamento à Pessoas Jurídica

No tocante a serviços prestados por pessoa jurídica, por força da Lei complementar do Município de Goiânia, n° 128/2003, estão sujeitas a retenção na fonte os serviços, abaixo relacionados, quando prestados em Goiânia por contribuintes, instalados em outros municípios:

a) Serviços provenientes ou cuja prestação tenha se iniciado no exterior (importação de serviço);

b) Instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos nos subitem 3.05 da lista anexa a Lei Complementar 116/2003 (lista de serviço);

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c) Execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa a Lei Complementar 116/2003;

d) Demolição, no caso de serviços descritos no subitem 7.04 da lista de serviços;

e) Edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista de serviços;

f) Execução de varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final do lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista de serviços; Execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista de serviços;

g) Execução da decoração e jardinagem, de corte e poda de árvore, no caso dos serviços descritos, no subitem 7.11 da lista de serviços;

h) Controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista de serviço;

i) Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista de serviços;

j) Execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista de serviços;

k) Limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista de serviços;

l) Guarda de bens ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista de serviços;

m) Segurança e vigilância de bens e pessoas, no caso de serviços descritos no subitem 11.02 da lista de serviços;

n) Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos nos subitem 11.04 da lista de serviços;

o) Execução dos serviços de diversão, lazer entretenimento congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 12, exceto o 12.13 da lista de serviços;

p) Transporte de natureza municipal, no caso dos serviços descrito no sub-item 16.01 da lista de serviços;

q) Fornecimento de mão de obra ou, no caso de serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista de serviços;

r) Organização de festas e recepções de que se trata o subitem 17.10 da lista de serviços;

s) Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista de serviços;

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Além das hipóteses de retenção acima relacionadas, o art. 1° do Decreto municipal n°. 3.366/2003 determina que as pessoas jurídicas, abaixo relacionadas, procedam, na condição de contribuinte substituto, a retenção e o recolhimento dos Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, de todos os serviços contratados ou tomados:

a) Instituições Financeiras (Bancos Caixas Econômicas);b) Seguradoras;c) Shopping Centers;d) Empresas de Aviação;e) Concessionárias de Serviços Públicos;f) Concessionárias de Veículos;g) Instituto de Previdência e Assistência Social da Administração

Pública Federal, Estadual e Municipal;h) Administração Pública Direta e indireta, Órgãos públicos, Secretarias,

Agências de Serviços Públicos, Autarquias e Fundações, Empresas Pública e de Economia Mista (Federal, Estadual, Municipal);

i) Federações, Confederações do comércio, indústria e serviços, e as Entidades de Serviço Social da Indústria – SESI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Serviço Social do Comércio – SESC, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAC, Serviço Social do Transporte – SEST, Serviço Nacional de Aprendizagem de transporte – SENAT, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, e Serviço de Apoio a Pequenas Empresas no Estado de Goiás – SEBRAE.

Nota: Fica dispensada a retenção, acima descrita, quando o serviço for prestado por trabalhadores autônomos ou por empresas enquadradas no regime de estimativa, desde que devidamente inscritas no cadastro de contribuinte do municipal (Decreto Municipal n° 798/2004).

4.2.1 – Lista de Serviços anexa à Lei Complementar n°. 116, de 31/07/2003.

1 – Serviços de Informática e congêneres.1.01 Análise e desenvolvimento de sistemas.1.02 Programação.1.03 Processamento de dados congêneres.1.04 Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos

eletrônicos.1.05 Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de

computação.1.06 Assessoria e consultoria em informática.1.07 Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e

manutenção de programas de computação e bancos de dados.1.08 Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas

eletrônicas.

2- Serviços de pesquisas e desenvolvimento de Qualquer Natureza

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2.01 Serviços de pesquisas e desenvolvimento de Qualquer Natureza.

3- Serviços Prestados Mediante Locação, Cessão de Direito de uso e Congêneres.

3.01. (VETADO).3.02. Cessão de direito de uso de mercadoria e de sinais de propaganda.3.03. Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios

virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásio, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

3.04. Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásio, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

3.05. Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.

3.06. Cessão de andaimes, palcos, coberturas, e outras estruturas de uso temporário.

4 – Serviços de Saúde, Assistência médica e Congêneres.4.01 Medicina e biomedicina;4.02 Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia,

quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres;

4.03 Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres;

4.04 Instrumentação cirúrgica;4.05 Acupuntura.4.06 Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.4.07 Serviços Farmacêuticos.4.08 Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.4.09 Terapias de quaisquer espécies destinadas ao tratamento físico,

orgânico e mental.4.10 Nutrição.4.11 Obstetrícia.4.12 Odontologia.4.13 Ortopédica.4.14 Prótese sobre encomenda.4.15 Psicanálise.4.16 Psicologia.4.17 Casas de repouso e recuperação, creches, asilos e congêneres.4.18 Inseminação artificial, fertilização IN VITRO e congêneres.4.19 Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres.4.20 Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais

biológicos de qualquer espécie.

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4.21 Unidade de atendimento assistência ou tratamento móvel e congênere.

4.22 Planos de Medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica, e congêneres.

4.23 Outros planos de saúde que cumpram, através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.

5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.5.01 Medicina veterinária e zootecnia;5.02 Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na

área veterinária;5.03 Laboratório de análise na área veterinária;5.04 Inseminação artificial, fertilização IN VITRO e congêneres;5.05 Banco de sangue e de órgãos e congêneres;5.06 Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais

biológicos de qualquer espécie;5.07 Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e

congênere;5.08 Guarda tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e

congêneres;5.09 Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

6 – Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres.

6.01 Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres;6.02 Esteticista, tratamento de pele, depilação e congêneres;6.03 Banhos, duchas, sauna, massagem e congêneres;6.04 Ginástica, dança, esporte, natação, artes marciais e demais

atividades físicas;6.05 Centro de emagrecimento, SPA e congêneres.

7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

7.01 Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.

7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local de prestação de serviços, que fica sujeita ao ICMS).

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7.03 Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia, elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia.

7.04 Demolição.7.05 Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes,

portos e congêneres, (exceto o fornecimento de mercadorias, produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

7.06 Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador de serviço.

7.07 Recuperação, raspagem, polimento e ilustração de pisos e congêneres.

7.08 Calafetação.7.09 Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,

reparação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.

7.10 Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres.

7.11 Decoração e jardinagem inclusive: corte e poda de árvores.7.12 Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de

agentes físicos, químicos e biológicos.7.13 Detetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização,

desratização, pulverização e congêneres.7.14 (VETADO).7.15 (VETADO).7.16 Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e

congêneres.7.17 Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.7.18 Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e

congêneres.7.19 Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas,

represas, açudes e congêneres.7.20 Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de

engenharia, arquitetura e urbanismo.7.21 Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento,

levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres.

7.22 Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e exportação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais.

7.23 Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.

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8 – Serviços de educação, ensino, orientação, pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

8.01 Ensino regular, pré-escolar, fundamental, médio e superior.8.02 Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional,

avaliação de conhecimentos, de qualquer natureza.

9 – Serviços Relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.9.01 Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apert-service

condominiais, apart-hotéis, flat, hotéis residência, residence-service, suíte service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; Ocupação por temporada com fornecimento de serviços (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica sujeita ao Imposto Sobre Serviço).

9.02 Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagem e congêneres.

9.03 Guia de turismo.

10 – Serviço de Intermediação e congêneres.10.01 Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros,

de cartões de crédito, de planos de saúde e planos da previdência privada.

10.02 Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer.

10.03 Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária.

10.04 Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring).

10.05 Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsa de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios.

10.06 Agenciamento marítimo.10.07 Agenciamento de notícias.10.08 Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o

agenciamento de veiculação por quaisquer meios.10.09 Representação de qualquer natureza, inclusive comercial.10.10 Distribuição de bens de terceiros.

11 – Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres.

11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves, e de embarcações.

11.02 Vigilância, segurança, monitoramento de bens e pessoas.11.03 Escolta, inclusive de veículos e cargas.

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11.04 Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie.

12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 12.01 Espetáculos teatrais.12.02 Exibições cinematográficas.12.03 Espetáculos circenses.12.04 Programas de auditório.12.05 Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.12.06 Boates, taxi-dancing e congêneres12.07 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, operas, concertos, recitais,

festivais e congêneres.12.08 Feiras, exposições, congresso e congêneres.12.09 Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.12.10 Corridas e competições de animais.12.11 Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou

sem a participação do espectador.12.12 Execução de música.12.13 Produção, com ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos,

entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.

12.14 Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo.

12.15 Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.

12.16 Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congênere.

12.17 Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza.

13 – Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia.

(VETADO).Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e

congêneres.Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia,

reprodução, trucagem e congêneres.Reprografia, microfilmagem e digitalização.Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, foto

litografia.

14 – Serviços relativos a bens de terceiros.14.01 Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,

restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas,

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veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

14.02 Assistência técnica.14.03 Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas,

que ficam sujeitas ao ICMS).14.04 Recauchutagem ou regeneração dos pneus.14.05 Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura,

beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer.

14.06 Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.

14.07 Colocação de molduras e congêneres.14.08 Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres.14.09 Alfaiataria e costura, quando o matérial for fornecido pelo usuário final,

exceto aviamento.14.10 Tinturaria e lavanderia.14.11 Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral.14.12 Funilaria e lanternagem.14.13 Carpintaria e serralheria.

15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem tem direito.

15.01 Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteiras de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.

15.02 Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas.

15.03 Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral.

15.04 Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestados de capacidade financeira e congêneres.

15.05 Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitente de Cheques Sem Fundo – CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais.

15.06 Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral, abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outras agências ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos;

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transferências de veículos; agenciamento fiduciário, ou depositário, devolução de bens em custódia.

15.07 Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quadro horas, acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo.

15.08 Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins.

15.09 Arrendamento mercantil, (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados, ao rendimento mercantil (leasing)

15.10 Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados, por meio eletrônico, automático ou por máquinas atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral.

15.11 Devolução de títulos, representação de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados.

15.12 Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários.15.13 Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição,

alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio, emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operação de câmbio.

15.14 Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.

15.15 Compensação de cheques e títulos quaisquer, serviços relacionados a depósitos, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento.

15.16 Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixas ordens de pagamentos, ordens de créditos e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados á transferência de valores,

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dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.

15.17 Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer: avulso ou por talão.

15.18 Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação, e demais serviços relacionados a crédito imobiliário.

16 – Serviços de transporte de natureza municipal.16.01 Serviço de transporte de natureza municipal.

17 – Serviço de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congênere.

17.01 Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares.

17.02 Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres.

17.03 Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa.

17.04 Recrutamento, agenciamento, seleção e locação de mão-de-obra.17.05 Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário,

inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.

17.06 Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.

17.07 (VETADO).17.08 Franquia (Franchising).17.09 Perícias, laudos, exames técnicos e análise técnicas.17.10 Planejamento, organização e administração de feiras, exposições,

congressos e congêneres.17.11 Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de

alimentação e bebidas, que fica sujeita ao ICMS).17.12 Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.17.13 Leilão e congêneres.17.14 Advocacia.17.15 Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica.17.16 Auditoria.17.17 Análise de Organização e Métodos.17.18 Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza.17.19 Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.17.20 Consultoria e assessoria econômica ou financeira.

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17.21 Estatística.17.22 Cobrança em geral.17.23 Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro,

seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionadas à operações de faturização (factoring).

17.24 Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres.

18 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguro; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerencia de riscos seguráveis e congêneres.

18.01 Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para a cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

19 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loterias, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

19.01 Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loterias, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários.

20.01 Serviços portuários, ferroportuário, utilização do porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviço de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres.

20.02 Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres.

20.03 Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres.

21 – Serviços de registros públicos, cartorários e notarias.21.01 Serviços de registros públicos, cartorários e notarias.

22 – Serviço de exploração de rodovia.

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22.01 Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

23 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

23.01 Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

24 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

24.01 Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

25 – Serviços funerários.25.01 Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel

de capela; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres.

25.02 Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos.25.03 Planos ou convênios funerário.25.04 Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.

26 – Serviço de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courier e congêneres.

26.01 Serviço de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courier e congêneres.

27 – Serviço de assistência social.27.01 Serviço de assistência social.

28 – Serviço de avaliação de bens e serviço de qualquer natureza.28.01 Serviço de avaliação de bens e serviço de qualquer natureza.

29 – Serviço de biblioteconomia.29.01 Serviço de biblioteconomia.

30 – Serviço de biologia, biotecnologia e química.30.01 Serviço de biologia, biotecnologia e química.

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31 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

31.01 Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

32 – Serviço de desenhos técnicos.32.01 Serviço de desenhos técnicos.

33 – Serviço de desembaraço aduaneiro, comissário, despachantes e congêneres.

33.01 Serviço de desembaraço aduaneiro, comissário, despachantes e congêneres.

34 – Serviço de investigação particular, detetives e congêneres.34.01 Serviço de investigação particular, detetives e congêneres.

35 – Serviço de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

35.01 Serviço de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

36 – Serviço de meteorologia.36.01 Serviço de meteorologia.

37 – Serviço de artista, atleta, modelos, e manequins.37.01 Serviço de artista, atleta, modelos, e manequins.

38 – Serviço de museologia.38.01 Serviço de museologia.

39 – Serviço de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço).

39.01 Serviço de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço).

40 – Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.40.01 Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.

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