manual de produção gráfica

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Tudo sobre produção gráfica nesse manual

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Page 1: Manual de Produção Gráfica
Page 2: Manual de Produção Gráfica
Page 3: Manual de Produção Gráfica
Page 4: Manual de Produção Gráfica

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Editoração e Produção Gráfica do 4º semestre no curso de graduação em Publicidade e Propaganda

Page 5: Manual de Produção Gráfica

- Acabamento Gráfico

- Referências Bibliográficas

Page 6: Manual de Produção Gráfica

Johannes Gutenberg Nasceu em (Mogúnci a, 1398 — três de fevereiro de 1468), foi inventor e gráfico alemão. Gutenberg foi o primeiro no mundo a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa móvel. Além de suas contribuições para im-pressão, Gutenberg inventou um processo de produção em massa de tipo móvel, a uti-lização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola do período. Entre estas invenções, sua maior obra a Bíblia de Gutenberg (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), foi reconhecida pela sua alta estética e qualidade técnica.

01 História e Desenvolvimento da

Impressão

Início de carreira Desde muito pequeno revelou uma forte atração pela leitura. Os livros da época eram escritos à mão, por monges e alunos. Os exem-plares demoravam meses para ficarem prontos, como a “criação” destes livros eram artesanais isto elevava muito o seu preço e deixa inacessível para maioria das pessoas. Em 1434, Gutenberg mudou-se para Estrasburgo onde permaneceu durante anos. Depois de regressar à Mogúncia, associou-se com um comerciante que o financiou para realizar a impressão da Bíblia.

Page 7: Manual de Produção Gráfica

Raízes tecnológicas A invenção da impressa só foi possível pela invenção e refinamen-to das técnicas de fabricação de papel na China ao longo de vários séculos. Em 105 a.C. os Chineses desenvolveram o papel de farrapos, fabricado com fibras vegetais e trapos velhos, constituindo uma alternativa econômica às pesadas pastas de bambu e cascas de árvores ou ao precioso e dispendio-so papel de seda. Os segredos desta técnica foram revelados aos árabes por prisioneiros chineses no século VIII sendo posteriormente introduzidos na Europa nos séculos XII e XIII. Muito antes de Guten-berg, as inovações chinesas nas tintas, impressão xilográfica e im-pressão com caracteres móveis de argila, tinham já prestado o sua contribuição para a divulgação da palavra impressa.

Seu impacto na eficácia da pro-dução só se viria mais tarde no oci-dente, pela fácil adequação e adap-tação dos 26 caracteres do alfabeto latino a esta tecnologia. Algumas teses na historiografia sintetiza que o caráter normalizado, sequencial e linear da tipografia se adaptou admi-ravelmente ao particularismo ociden-tal, direcionado para o progresso técnico e para a conquista característi-cas que favorecem a mudança rápida e intensiva.

Page 8: Manual de Produção Gráfica

Fundamentos Básico da

Linguagem Visual

02Composição Gráfica A formação do designer gráfico consiste principalmente na assimilação de conceitos gráficos que se manifes-tam na composição e na compreensão da percepção, sendo esta a principal ferramenta para capturar ideias e con-ceitos. Sempre que projetamos, traçamos ou esboçamos algo, o conteúdo visual desta comunicação é composto por uma série de elementos visuais, esses elementos constituem a substância básica daquilo que vemos. Há princípios, fundamentos e con-ceitos, com relação à organização visual, que podem resolver situações problemáticas na realização de um projeto.

Page 9: Manual de Produção Gráfica

Seja um folder, cartaz, banner, a capa de um CD, um cartão de visitas, todos os produtos gráficos, possuem diferentes graus de complexidade, com diferentes conteúdos de informação, elementos que são organizados em um determinado espaço, chamado formato, portanto o desenvolvimento de uma composição pode ter resulta-dos diferentes, porque cada designer tem uma resposta, que depende prin-cipalmente, da sua formação profis-sional, do potencial cultural e criativo individual.

LAYOUT:

É a relação entre os diferentes elementos gráficos que fazem parte de um documento e a apresentação física do design de um documento e o planejamento da sua aparência gráfica, fazer um layout é combinar os vários ele-mentos gráficos que compõem um documento de forma es-truturada: textos, títulos, cabeçalhos, logótipos, imagens, ilustrações.

COMPOSIÇÃO GRÁFICA:

Pode ser formada por MUITOS ou POUCOS elemen-tos, também pode ser composta exclusivamente por texto ou somente imagens, devemos perguntar constantemente quais são os elementos prioritários e quais ocupam um lugar secundário, tarefa que requer planejamento com o objetivo de alcançar harmonia correta entre todas as partes.

Page 10: Manual de Produção Gráfica

CENTRO VISUAL:

Layouts simétricos são baseados no centro óptico do formato e caracterizam peças mais sóbrias, com movimen-to bem equilibrados, bem dispostos como uma balança visual, tendo o mesmo peso, se imaginarmos um corte exatamente no centro.

ESTRUTURA BÁSICA DA COMPOSIÇÃO:

São numerosos os elementos que integram uma com-posição gráfica e nenhum deles é imprescindível, cada um possui uma importância e um peso específico, a maioria das comunicações gráficas costuma fazer uso de mais de um elemento ao mesmo tempo para cumprir a sua função comunicativa.

ELEMENTO TEXTO:

Transmite a informação escrita da comunicação e possui grande importância na localização de diferentes partes do texto, daremos maior ou menor relevância.

Page 11: Manual de Produção Gráfica

ELEMENTO TEXTO TÍTULO:

Elemento de máxima importância na comunicação muitas vezes é o único elemento do texto que o receptor consegue ler e logo sua localização é muito importante, tomando sempre cuidado com sua legibili-dade, e a cor deve realçar em vez de obscurecer ter em conta a cor que remeta ao fundo do documento.

ELEMENTO TEXTO – CORPO DO TEXTO:

Fornece informação mais detalhada do conteúdo da comunicação oferecendo maior resistência à leitu-ra, deve se escolher um tipo de letra simples e de fácil leitura tomando cuidado ao tamanho da linha e cor de fundo de seguimento do título. Os subtítulos ou os rodapés junto das fotografias acrescentam alguma informação logo são localizados junto delas, o slogan serve como fecho da comunicação que serve como recordação da comunicação.

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ELEMENTO ILUSTRAÇÃO:

Constituída pelas ilus-trações propriamente ditas, pelas fotografias ou formas gráficas, deve se combinar com os restantes elementos gráficos e complementa a informação transmitida pelo texto.

ESPAÇOS EM BRANCO:

Todas as partes da com-posição onde encontramos aus-ência de qualquer elemento gráfico equilibram e compen-sam o peso de todos os elemen-tos presentes na composição devem estar sempre presentes e valorizá-los adequadamente, enquadra o resto dos elementos e marcam os limites espaciais (margens).

PERCURSO VISUAL:

Lemos a informação gráfi-ca segundo um esquema dire-cional constante no mundo oci-dental a escrita realiza-se no sentido horizontal traçado da esquerda para a direita, logo temos uma tendência natural para mantermos estadirecionalidade na decodifi-cação das mensagens gráficas.

PÁGINA ÚNICA:

Quando enfrentamos uma página única, a entrada é sempre realizada pela margem superior esquerda e a saída pela margem inferior direita desde o momento em que en-tramos na página até ao mo-mento em que saímos teremos realizado em média e no

máximo dez fixações visuais por folha, e paramos uma média de duas vezes em cada bloco de informação.

PÁGINA DUPLA:Quando nos deparamos com o formato duplo, o primeiro im- pacto visual é recebido na margem superior esquerda da página par, seguimos um percur-so visual da esquerda para a direita, no sentido descendente por toda a página, na página da direita o percurso visual será mais rápido saindo pela margem inferior direita, logo a infor-mação mais importante será colocada na parte superior di- reita e a informação que preten-demos que seja realmente recor-dada em último lugar deve estar situada no limite inferior direito.

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Fluxograma da

Produção Gráfica

03 Tecnologia eletrônica

A impressão digital é um método de impressão no qual a imagem é gerada partir da e ntrada de dados digitais direto do computador para a impressora.Esse processo acontece quando qualquer tipo de equipamen-to registra sobre papel, ou outro suporte, as informações recebidas de um computador na forma de dados digitais. Equipamentos de impressão digital grandes formatos contam com resoluções de até 2400dpi´s e imprimem gráfi

cos e textos com nitidez. Os desafios da impressão digi- tal estão focados em reduzir os custos para a popula-

rização de seu uso. Algumas gráficas de vanguarda aprimoraram o seu uso com a técnica de impressão hibrida, parte do material é produzido no tradicional offset e outra em processo de impressão digital, per-

mitindo um impresso de altíssima qualidade e aplicações de personalizações, tanto de texto quanto ima-gens. Os altos investimentos feitos por empresas como Xerox, Canon, HP, Kodak, Konica Minolta em tecnologias e processos de impressão digital sob demanda faz com que o sistema de impressão digital cresça em torno de 20% acima do que a impressão gráfica convencional offset no mercado.

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Tecnologia convencional A expressão “offset” vem de litografia fora do lugar, fazendo menção à impressão indireta, na litografia a impressão era direta, com o papel tendo contato direto com a matriz. O offset é ideal para grandes quantidades de impre ssos, pois o papel corre pela máquina, e preci-sa de nenhuma intervenção humana enquanto o processo é feito. E mesmo assim a máquina continua precisando de mão de obra humana, pois precisa de vários ajustes durante a impressão, seja na quantidade de tinta e água, ou seja, na hora em que um im-presso for ter mais de uma cor. O papel impresso por offset pode ter mais de uma cor mesmo sendo o cilindro apenas vai uma, como os impressos são geralmente feitos com o sistema CMYK ou

“Europa” de cores, cada cor é impresso separadamente. Utili-zando-se das retículas, todas as cores são impressas separada-mente e mais tarde nossos olhos é que vão ver a cor planejada.

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Bitmap x Vetorial

04 Bitmaps Bitmaps são imagens formadas por pixels. Um pixel nada mais é do que um ponto em seu monitor, pequenos com cor e brilho variados. Indicados para representação de imagens com alto nível de detalhes. Os arquivos Bitmaps se tiverem seu tamanho aumentado sofrerão distorções consideráveis, pois cada ponto é transformado em blocos maiores para compor a imagem maior.

Vetoriais Vetoriais são imagens formadas por cálculos matemáticos executados pelo computador. O que muda de Vetorial para Bitmap? Ambos não são imagens? Se você criar um quadrado pequeno e depois aumen-tar seu tamanho em 200vezes, o quadrado continuará o mesmo, com a mesma definição e qualidade, agora imagine fazer isso em ima-gens Bitmaps. O quadrado vai ficar embasado. O Grande diferencial entre Bitmap X Vetor é isso, a ca-pacidade de transformação.

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CORES: Luz e Pigmento

05 A cor não tem existência material. Ela é uma informação visual, uma sensação provo-cada pela ação da luz sobre o órgão da visão e decodificada pelo cérebro. A visão é o dom precioso que faz a ligação entre o mundo interior do homem e o mundo exterior que o rodeia, graças à luz, que traz para ele as cores do universo. “As cores são ações e paixões da luz”, disse o escritor (e estudioso de cores) Goethe. “A cor é tecla; o olho é o martelo; a alma, o piano de inúmeras cordas”; assim comparava a cor a um instrumento o artista Kandinsky.

Sem dúvida, se nos privassem da cor, perderíamos a mais eficiente dimensão de discriminação das coisas. O azul do céu, o amarelo do girassol e o verde das árvores: o império da cor.

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Cor-luz

A luz incidente sobre os elementos físicos e químicos cria o espetáculo das cores por efeito de absorção, dispersão, reflexão e refração. Ao mostrar as cores do espectro solar, saídas de um prisma, para então atravessarem um segundo prisma invertido, que recompunha a luz branca original, Isaac Newton compro-vava que as cores são proprie-dades da luz e não dos corpos refratores. Era a validação da antiga afirmação de Da Vinci: “A luz branca não é uma cor, senão o resultado de outras cores”.

A partir do arco-íris de Newton, que compõe a luz branca, o cientista Thomas Young definiu as três cores básicas da síntese aditiva: ver-melho, verde e azul. Essas três cores-luz primárias, somadas, produzem o branco. O nosso olho vê por síntese aditiva; na área iluminada por duas radiações, o vermelho e o verde, o olho verá uma radiação, uma só cor, o amarelo.

Cor-pigmento Os pigmentos ou substân-cias coloridas contidas nos verniz-es, tintas, aquarela, tintas para tecido e tintas de impressão pos-suem um poder seletor sobre as radiações luminosas que os atin-gem. Cada pigmento absorve, reflete ou refrata a luz incidente. Assim, por exemplo, uma superfície que vemos como vermelho é o resultado da absorção de todos os comprimentos de onda, exceto os correspondentes aos do vermelho. Adicionando pigmentos com carac-terísticas de seleção diferentes, obtém-se uma maior subtração de radiações, até o caso da absorção total, que corresponde à visão do preto. Esse fenômeno físico da absorção parcial ou total das radiações luminosas é denominado síntese subtrativa, e suas cores básicas, que, misturadas, propor-cionam uma vastíssima gama de tonalidades, são o amarelo, o cyan e o magenta, escolhidas porque o pigmento de cada uma delas não é o resultado da combinação dos outros.

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Cores de impressão

Nos anos cinqüenta, a Deutsches Institut für Normung (DIN) definiu as cores magenta, amarelo e cyan como as cores básicas de impressão, que seguem a estrutura subtrativa das cores-pigmento. Con-siderando o grau de impureza dos pigmentos, que impossibilita uma combinação perfeita de cores, acres-centou-se o preto como quarta cor de impressão. Com essas quatro cores, imprimem-se, por combi-nação, milhares de cores, em um processo chamado de quadricromia ou CMYK (C de Cyan, M de Magen-ta, Y de Yellow e K de Black).

Utilizando diferentes percentu-ais dessas quatro cores sobre um suporte, na maioria das vezes, um papel, consegue reproduzir com muita proximidade as cores da natureza. É assim que são produzidos revistas, folhetos e documentos do dia-a-dia, sejam eles feitos em impressoras industriais ou em uma impressora pessoal, na sua casa.

Page 19: Manual de Produção Gráfica

Quadricomia

06

Em artes gráficas, existem basi-camente duas formas de se reproduzir uma cor: através de cores chapadas, já na tonalidade final (mistura física de cores), ou através da técnica de Quadricromia. A Quadricromia é uma técnica de impressão, que permite reproduzir, com extrema fidelidade, qualquer cor ou tonalidade (efeito ótico), através de quatro cores transparentes, indepen-dentes e sobrepostas: cyan (azul), magenta (vermelho), amarelo e preto, preparadas segundo a Escala Europa. Como são tintas transparentes, somente podem ser impressas sobre um fundo branco.

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Efeito Moiré

As causas da ocorrência do efeito moiré podem ser desconhe-cidas por alguns serígrafos. No entanto, existem procedimentos que podem reduzir ou evitar este padrão nas impressões por seri-grafia. O efeito moiré é o principal vilão da prática serigráfica. É ocasionado pela interferência repetitiva de retículas geometrica-mente iguais. Este fenômeno faz com que a impressão fique des-contínua, com efeitos muito per-ceptíveis. Para piorar ainda mais, este efeito pode aparecer também pela inclinação incorreta entre o filme e o tecido, neste caso, “o efeito moiré surge da coincidência do ponto da retícula com o tecido da malha”, ocasio nando um segundo efeito moiré. “O moiré aparece com maior facilidade em retículas mais finas, acima de 25 linhas por centímet-ro. Em retículas mais abertas e tecidos mais fechados, a ocorrên-cia do moiré é mais difícil”.

Efeito Moiré

Reticula Convencional AM

Utilizada na grande maio-ria dos materiais impressos, a retícula convencional, conhecida também como linear ou ainda AM (Amplitude Modulada), possui os pontos de tamanhos diferentes, os quais estão dispos-tos em linhas. É possível contro-lar a quantidade dos pontos determinando a lineatura, medida em lpi (linhas por pole-gadas) ou lpc (linhas por centímetro), além de escolher o posicionamento desses pontos, determinando a angulação em que estão dispostos, sendo o padrão amarelo 90°, magenta 75°, preto 45° e cyan 15°. Essas angulações podem ser alteradas

para obter diferentes resultados, além de depender do sistema de impressão em que o material está sendo reproduzido.

O que acontece é que, mesmo com os controles men-cionados anteriormente, temos uma formação linear na mudança dos tons, pela própria disposição dos pontos. Não é raro enxergar “degraus” ou mudanças bruscas de tons em gradientes. Para resolver pro- blemas desse tipo, algumas formas diferentes de reticula-gem foram introduzidas na reprodução das imagens.

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Retícula Estocástica

Conhecida também como FM (Frequência Modula-da), não possui diferença no tamanho dos pontos, distribuí-dos de forma aleatória. Foi trazida para o Brasil pela ABTG em 1993 por meio do Projeto HiFi Color, com coor-denação de Fernando Pini, então diretor de tecnologia da ABTG, na tentativa de aumen-tar o nível de detalhamento das imagens reproduzidas, eliminar o moiré, e obter cores de alto impacto, conforme informação disponível no site da entidade. Porém, as gráfi-cas tinham deficiências estru-turais que impediam a obtenção de dados ajustáveis e criação de padronizações importantes para o uso da retícula estocástica.

Sem contar o fato de que na época o fotolito era o único meio para geração da matriz de impressão. A utilização de sistemas de gravação digital (CtP) trouxe uma nova oportunidade para a utilização dessa retícula.

Pela exigência de repetibilidade e fidelidade na reprodução das cores, atual-mente as empresas de embal-agens são as mais beneficidas pelo uso da retícula estocásti-ca, devido à evolução das tecnologias de impressão, os controles do fluxo de trabalho e as normalizações dos pro-cessos.

Retícula Linear Retícula Estocástica

Retícula Híbrida

Retícula Híbrida

Com o grande fluxo de materiais e a necessidade de processos cada vez mais produtivos e que garantam uma estabilidade na qualidade final, foi desenvolvi-da uma nova tecnologia de reticu- lagem que corrige os problemas da retícula linear e diminui a sensibili-dade a variações do processo da estocástica: a retícula híbrida.

Essa reticulagem é gerada de forma inteligente, misturando a retícula linear e a estocástica por meio de um algoritmo. O RIP que possui essa tecnologia rastreia o material a ser impresso e aplica a retícula estocástica nas áreas de destaque e a linear nos tons médios, permitindo assim grande qualidade de impressão na tran-sição das cores e controle dos grisês, além de um ganho signifi-cativo de detalhamento nas ima-gens.

Page 22: Manual de Produção Gráfica

Aproveitamento de Papel

07

Modelos de aproveitamento

O inventor do papel cha-ma-se Cai Lun nasceu na Dinas-tia Han Oriental (25–220 d.C.). Com a idade de 15 anos, ele foi enviado à corte imperial para servir como um eunuco da corte. Ele foi promovido sucessivamente por sua diligência, habilidade e eficiência. Em mais de 40 anos na corte, ele serviu a cinco imper-adores.

Durante seu serviço, ele foi encarregado da fabricação dos mais variados instrumentos e armas para a família real e o império e, portanto, tornou-se interessado na tecnologia de fabricação. Como um especialista em diversos processos de fabri-cação, a qualidade das espadas e equipamentos produzidos sob sua gestão era excepcionalmente elevada.

Antes da invenção do papel; pedras, folhas, cascas, peles de animais, ossos e tecidos foram usados como meios de escrita. Eles não eram ideais devido a várias limitações. A fabricação do papel possibilitou à China desenvolver sua civilização.

Em 105 d.C., Cai Lun apre-sentou o papel que havia produzi-do ao imperador, que ficou satis-feito e emitiu um édito imperial para que o papel e o processo de sua fabricação fossem ampla-mente adotados em toda a China. Consequentemente, a civilização chinesa desenvolveu e difundiu rápida e amplamente sua literatu-ra e cultura.

No século VIII, a China exportou papel para outros países da Ásia, mas o segredo técni-co de sua fabricação foi preservado por séculos. Em 751 d.C. durante os conflitos entre a Dinastia Tang da China e o império árabe, vários trabalhadores chineses que fabricavam papel foram capturados pelos árabes e, logo em segui-da, a indústria do papel foi desenvolvida em Bagdá e gradualmente se espalhou pelo mundo árabe. A palavra ‘papel’ (kagaz) em árabe teve sua origem na língua chinesa. Mais tarde, a tecnologia da fabricação do papel se espalhou também para a Europa e o resto do mundo a partir do mundo árabe. De acordo com os regis-tros históricos, a Europa construiu seu primeiro moinho de fabricação de papel mil anos após Cai Lun inventar o processo. Embora a indústria de fabricação de papel seja bem desenvolvida nos tempos modernos, ela ainda emprega o processo básico inventado por Cai Lun.

Page 23: Manual de Produção Gráfica

Tecnologia convencional A expressão “offset” vem de litografia fora do lugar, fazendo menção à impressão indireta, na litografia a impressão era direta, com o papel tendo contato direto com a matriz. O offset é ideal para grandes quantidades de impre ssos, pois o papel corre pela máquina, e preci-sa de nenhuma intervenção humana enquanto o processo é feito. E mesmo assim a máquina continua precisando de mão de obra humana, pois precisa de vários ajustes durante a impressão, seja na quantidade de tinta e água, ou seja, na hora em que um im-presso for ter mais de uma cor. O papel impresso por offset pode ter mais de uma cor mesmo sendo o cilindro apenas vai uma, como os impressos são geralmente feitos com o sistema CMYK ou

Letras, Tipos e Textos

08

Origem da escrita

A letra manuscrita foi criada pelos egípcios por volta de 5.000 A.C. Em primeiro momen-to as inscrições eram feitas por meios de desenho que visavam reproduzir de forma simplificada conceito ou coisas a serem representados. O aparecimento da escrita foi um marco colocado entre a pré-história e a história da civili-zação.

Evolução da escrita:

A letra, símbolo visual foi um registro é fixado em nosso pensamento como comunicação humana. Trata-se de uma forma, um signo, que vem naturalmente evoluindo.Graças aos sacerdotes egípcios estes símbolos foram sofrendo alterações, e ensinaram a alguns escravos, que passavam os ensinamentos a conhecidos e familiares, assim a escrita se propagou, levada por diversos povos a outros pontos do mundo. A Hierática (é a quali-dade relativa às coisas sacerdo-tais) passou a um traçado mais corrente, complementando linhas contínuas (escrita sequencial num mesmo plano). O hieróglifo egípcio foi hierático por muito tempo e passou a ser demótico em sua evolução, numa verdadeira revolução linguística.

Page 24: Manual de Produção Gráfica

Tipografia Tipografia é o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visual-mente atraente, sem desconside- rar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico os objetivos principais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas. Na tipografia o interesante é a escolha adequada de fontes, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combina-dos para que o layout final tenha uma aparencia apropriada ao conteúdo abordado.

A partir dos anos 1940, começa a se impor a fotocom-posição, sistema que usa matrizes fotográficas dos tipos que são reduzidos ou ampliados por lentes, mas apenas com a popu-larização do "offset" nas décadas de 60/70 passa a ser largamente usada. O advento da computação gráfica nos anos 1990 tornou a tipografia disponível para desi- gners gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples em um processa-dor de texto. Mas essa democra-tização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenha-das.

Page 25: Manual de Produção Gráfica

Papéis/Cartões e outros

Substratos

09 PAPÉIS OFFSET

Esse tipo de papel é fabricado basicamente com polpa química bran-queada com elevada resistência. Con-sistem em uma grande variedade de papéis de máquina com várias finali-dades. Por exemplo, papel offset com 70 a 90 g/m² é usado para impressão comercial, livros, revistas e catálogos. Embora 85% destes papéis sejam vendi-dos em folhas, eles também estão disponíveis em bobinas. Possui textura fosca, encorpado e resiste o melhor possível à ação da umidade, pois recebe uma preparação com amido, cola, e outros produtos que é de extrema importância para a im-pressão pelo sistema off-set (pois utiliza água em seu processo). Além da vantagem de baixo custo, possui boa qualidade. É comercializado em maior escala diretamente às gráficas de maior porte e editores.

Page 26: Manual de Produção Gráfica

ALTA PRINT Papel offset “top” de categoria, com alta lisura, brancura e opacidade. Produzin-do através do processo “soft calender on-machine”, oferece a melhor qualidade de impressão e definições de imagens.

COUCHÊ L1 Papel com revestimento Couchê brilhante em um lado. Policromia. Suas aplicações são sobre capas, folhetos e encartes.

COUCHÊ L2 Papel com revestimento Couchê Brilhante nos dois lados. Policromia. Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos e encartes.

COUCHÊ MONOLÚCIDO Papel com revestimento couchê brilhante em um lado. Mas liso no verso para evitar impermeabilidade no contato com a água ou umidade. Suas aplicações são em embalagens, papel fantasia, rótu-los, outdoors, base para laminação e impressos em geral.

COUCHÊ MATTE Papel com revestimento couchê fosco nos dois lados. Suas aplicações são em impressão de livros em geral, catálogos e livros de arte.

COUCHÊ COTE Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho“Cast Coated”, sendo o verso branco fosco.

LWC (Lightweight Coated Paper) É um papel fabricado com alta por-centagem de celulose, com revestimento fora de máquina tendo de oito g/m² a 19 g/m² de tinta couchê em cada face, super-calandrado. Utilizado para revistas, tablóides, encartes e materiais promocio-nais que necessitam de qualidade de impressão ideal para grandes tiragens. Muito utilizado em publicações com número elevado de páginas, pois faz com que o impresso não fique por demais volu-moso. Possui ótima alvura e brilho, ofere-cendo excelente desempenho através das impressoras.

Page 27: Manual de Produção Gráfica

CARTÕES

DUPLEX Cartão com três camadas, duas com celulose pré-branqueada e a terceira de celulose branca com cober-tura couchê. Suas aplicações são em capa de livros em geral, cartuchos em geral (para produtos farmacêuticos, alimentícios, higiênicos), embalagens de disco, embalagens para eletro-eletrôni-cos, embalagens para brinquedos, vestuários, displays.

RIPLEX Cartão com duas camadas de celulose branca, miolo de celulose pré-branqueada e cobertura couchê em um dos lados. Suas aplicações são em capa de livros em geral, embalagens para produtos alimentícios, cosméticos, impressos publicitários e pastas.

GRAFIX Cartão de massa única, ideais para policromia. É indicado para capas e permite plastificação.

CARTÕES DE PRIMEIRA Na verdade, a deno-minação abrange uma ampla faixa de cartões e cartolinas, fabricados exclusi- vamente com pasta química branquea-da. Geralmente são bem colados, com acabamento monolúcido ou supercalan-drado. Em geral destinam-se a embala-gens impressas, pastas de arquivo, cartões de visita, fichas e similares.

MICRO ONDULADO Cartão especial que, em lugar de constituir folha plana, forma pequenos canais salientes e reentrantes. É usado na embalagem de mercadorias que-bradiças, ou trabalhos diferenciados.

Page 28: Manual de Produção Gráfica

Provas de Impressão:

Analógica/Digital

10 O offset É um dos sistemas mais utilizados pelas gráficas, comalta qualidade e baixo custo. É um sistema de impressão indireto, conforme a palavra original inglesa, baseado na repulsão tinta-água.Os processos de impressão exigem a confecção de fotolitos e as subsequentes chapas de impressão (matrizes). Atualmente, existe também o offset digital, que dispensa o uso dos fotolitos.

A flexografia Sistema de impressão em alto-relevo a partir de matrizes de borracha confeccionadas a partir de arquivos digitais a laser ou fotolitos.A flexografia permite impressões sobre vários tipos de materiais como papel, plásticos, lami-nados, poliéster, plásticos em geral, papéis para presentes, tecidos, papelão ondulado etc.

A serigrafia (silk screen) É um dos mais antigos processos de impressão, sendo bastante artesanal e sendo um dos processos mais flexíveis, pois pode ser realizado na maioria dos materiais existentes na terra; hoje é muito usado no acabamento de produtos gráficos, nas indústrias do ramo automobilístico, construção civil, comunicação urbana, indústria têxtil, produção artística, e outros.

Page 29: Manual de Produção Gráfica

A tampografia É um sistema indireto de impressão que utiliza um clichê em baixo relevo. A imagem é transferida da matriz para o suporte através de uma peça de silicone denominado tampão. O tampão pode ter diferentes formatos, o que, aliado a sua flexibilidade, permite a impressão em superfícies irregulares, tais como: côncavas, convexas e em degraus (não planas).Atualmente utiliza-se em concor-rência com a serigrafia no campo da estamparia de objetos tridi-mensionais.

Processo de serigrafia

Processo de hot-stamp

Hot-Stamp (estampa quente) É um sistema semelhante à tipografia (matriz de impressão - clichês - é dura e plana, normalmente de metal, na qual grafismo a ser impressa está em alto-relevo), porém o clichê não recebe tinta, sendo apenas aquecido e pressionado sobre uma tira de material sintético revestida de uma finís-sima camada metálica. Quando a camada metálica é pressionada pelo clichê quente, desprende-se da fita e adere à superfície do material a ser impresso.Esse sistema é utilizado para imprimir pequenos detalhes, produzindo efeitos metalizados. O processo de Hot Stamping é muito utilizado em trabalhos monográficos, trabalhos escolares, e arquivos. A impressão em Hot Stamping pode ser feita em livros de capa dura, ou mesmo em outro tipo de material, como papelão, calçados, ou artigos de couro.

Page 30: Manual de Produção Gráfica

Retícula Estocástica

Conhecida também como FM (Frequência Modula-da), não possui diferença no tamanho dos pontos, distribuí-dos de forma aleatória. Foi trazida para o Brasil pela ABTG em 1993 por meio do Projeto HiFi Color, com coor-denação de Fernando Pini, então diretor de tecnologia da ABTG, na tentativa de aumen-tar o nível de detalhamento das imagens reproduzidas, eliminar o moiré, e obter cores de alto impacto, conforme informação disponível no site da entidade. Porém, as gráfi-cas tinham deficiências estru-turais que impediam a obtenção de dados ajustáveis e criação de padronizações importantes para o uso da retícula estocástica.

Impressora de jato de tinta Impressoras á jato de tinta, utilizam um sistema com cabeças/cabeçotes com vários orificios que soltam milhares de gotas de tinta por segundo, comandados por um programa que determina as quanti-dades de gotas e onde deverão ser lançadas. A mistura é importante na formação das cores, os cartuchos usualmente faz uso de tres cores (ciano,amarelo e magenta) enquanto o preto sendo apenas a cor padrão para misturas de todas as outras cores. Impressoras com qualidade fotograficas fazem o uso de seis cores, sendo duas complementares: ciano claro e magenta claro. Uma impressora de jato de tinta, necessita de um número muito maior de pontos por polegada para imprimir, com qualidade semelhante, uma imagem mostrada no monitor de vídeo que tenha um determinado número de pixels por polegada. Isso acontece porque a impres-sora trabalha com pontos formados por até quatro canais de cores (nor-malmente o padrão CMKY), cada um deles com apenas uma opção de intensidade , enquanto um monitor

de vídeo forma um pixel utilizan-do três canais de cores (RGB), mas cada um deles com 256 níveis de luminosidade difer-entes. Algumas impressoras têm a capacidade de variar a quanti-dade de tinta de cada canal de cor ou ter canais de cores adicio-nais, mas, ainda assim, haverá muito menos opções que as disponíveis em um monitor. A maioria das impressoras resolve essa limitação utilizando recursos de meio-tom (ou dithering) para simular cores adicionais, neces-sitando de vários pontos de impressão para obter o mesmo efeito de um único pixel na imagem do monitor.

Impressora Jato de Tinta Epson

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Modelos de aproveitamento

O inventor do papel cha-ma-se Cai Lun nasceu na Dinas-tia Han Oriental (25–220 d.C.). Com a idade de 15 anos, ele foi enviado à corte imperial para servir como um eunuco da corte. Ele foi promovido sucessivamente por sua diligência, habilidade e eficiência. Em mais de 40 anos na corte, ele serviu a cinco imper-adores.

Durante seu serviço, ele foi encarregado da fabricação dos mais variados instrumentos e armas para a família real e o império e, portanto, tornou-se interessado na tecnologia de fabricação. Como um especialista em diversos processos de fabri-cação, a qualidade das espadas e equipamentos produzidos sob sua gestão era excepcionalmente elevada.

Tipos de tintas

Corante São moléculas coloridas solúveis a base da tinta que formam uma solução verdadeira, completamente homogênea e estável. São bastante econômicas, e utilizadas tanto em cartuchos originais como remanufatura-dos, sua durabilidade é média e não é a prova d'água. Essa desvantagem pode ser compensada pelo custo da tinta, que é bem inferior comparado com a pigmentada.

Pigmentada São partículas coloridas insolúveis que são dispersas, usual-mente por meio de aditivos e moagem, de forma a permanecerem em uma suspensão estabilizada e quase homogênea. A Epson e outros fabri-cantes utilizam em seus cartuchos origi-nais, a sua precisão de cor é superior a tinta corante, e sua durabilidade também, utilizada em conjunto com papéis de boa qualidade chega a ser superior a 10 anos, segundo o fabrican-te. Devido a seu alto grau de resistência a água, também é utilizada em papéis transfer, muito utilizados para estampar camisetas.

Buble jet ou térmico Atualmente é o sistema mais utilizado, onde a impressora aquece pequenas quantidades de tintas até 500 °C. Com o aquecimento uma bolha é formada e força as pequenas gotículas de tinta saírem pelo bocal. O processo leva cerca de 20 milionésimos de segun-do por gota. Esse é o sistema utilizado por fabricantes como Hewlett-Packard, Lexmark, Xerox e Canon. O mecanismo fica situado no cartucho de tinta, tornan-do o valor do cartucho mais caro, mas com menor manutenção e utilização de todo o conteúdo, pois seu conteúdo fica sob pressão.

Piezo-elétrico: Sistema utilizado pela Epson, emprega um cristal piezo-elétrico que muda de forma com a eletricidade. Assim, o cristal é entortado, gerando pressão suficiente para expelir uma gotícula de tinta, muito pequena, al- cançando resoluções muito altas, com gradações de cores quase imperceptíveis. O mecanismo fica situado na impressora, sendo os cartuchos apenas reservatórios, mas com fluxo de tinta baseado em sucção, e aceitam tanto tintas corantes como pigmentadas.

Impressora Piezo-elétrico Epson

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Acabamento Gráfico

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Acabamento gráfico é um processo que “embeleza” o mate-rial impresso. Os recursos de acabamento gráfico tem o poder de transformar um simples papel em um folheto chamativo. Dentro desta etapa, muitos recursos podem ser utilizados, desde aplicação de verniz a dobras/cortes especiais.Se uma laminação for mal aplica-da sob um material, não há como reverter a situação a não ser pela reimpressão.

Laminação O processo consiste em aplicar uma película plástica no papel. Essa película pode ter diversas características com serem brilhantes ou foscas, com padrões de cores, texturas, etc. A aplicação geralmente é feita em ambos os lados do impresso, para evitar a deformação do material. A lami-nação também fornece proteção extra ao material e dificulta rasgos que estragam a apresentação do mesmo.

Corte e vinco O processo utiliza um tipo de faca moldado em uma matriz de madeira. As facas são feitas de aço e podem-se utilizar lâminas de corte, com bordas afiadas, ou lâminas de vinco, com bordas cegas ou arredondadas. O corte do papel é feito sob pressão em máquinas específicas para corte e vinco e podem ser manuais ou automáticas. Algumas máquinas antigas de impressão tipográfica foram adaptadas para dar aca-bamento de corte e vinco em impressos menores.

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Tipografia Tipografia é o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visual-mente atraente, sem desconside- rar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico os objetivos principais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas. Na tipografia o interesante é a escolha adequada de fontes, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combina-dos para que o layout final tenha uma aparencia apropriada ao conteúdo abordado.

Espiral O método de encaderna-ção com arame em espiral é muito utiliza-do para encadernação com qualquer quantidade de páginas, em cadernos escolares, apostilas, monografias, etc. Neste modo de encadernação, as folhas são furadas mecanicamente.

Wire-o O sistema de encadernação wire-o é uma evolução do processo de encader-nação em espiral. Utiliza garras metálicas em duplo anel. As folhas de papel onde serão inseridas devem ter furos quadrados ou retangulares É muito usado na con-fecção de agendas, calendários e cader-nos escolares, pois permite a utilização de várias gramaturas de papéis, vários tipos de plásticos e outros materiais.

Termoencadernação Refere-se aos processos de encad-ernação que utilizam algum tipo de cola ativada termicamente, sem necessidade de perfurar os materiais a encadernar. Na sua variante mais simples, são utilizadas capas com uma tira de um material colan-te que é ativada através de equipamento próprio, que aquece a cola, selando assim os conteúdos a encadernar.

Aplicação de vernizes O acabamento gráfico de aplicação de vernizes também é conhecido como "coating". Os vernizes podem ser aplicados em toda a superfície do material ou de modo focado, conhecido como aplicação de verniz em reserva. Existem vernizes de alto brilho, texturizados, com aroma, etc.

Hot stamping Consiste na aplicação de detalhes metálicos nos impressos, como o dourado e prata. Porém as cores não se limitam aos dourados e prateados, já que diversas opções estão disponíveis no mercado.

Relevo seco O processo de relevo seco utiliza um conjunto de clichês ma-cho-fêmea sob pressão para gravar uma imagem no papel. Em papéis mais grossos, como papelão utiliza-do em encadernação de capas-du-ras, pode-se conseguir o mesmo efeito com a utilização de apenas um clichê.

Detalhe de hot stamping

Encadernação Brochura Brochura é a encadernação na qual os cadernos (que con-stituem o miolo do livro ou revista) são costurados na lombada em forma de acabamento, e colados a uma capa mole, normalmente de papel grosso, ou apenas colados e fresados (sem costura).

Encadernação Canoa A encadernação do tipo canoa ou dobra é aquela usada em revistas e panfletos, na qual os cadernos são grampeados.

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Fechamento de arquivos

Todo fluxo de fechamento de arquivo digital e baseado no sistema Postscript, mais conhecidos como PDF, ambos os sistemas são utilizados em diversas indústrias gráficas. O sistema Postscript foi criado pelos fundadores Adobe e da Apple, e trata-se de uma linguagem de representação de dados capaz de descrever para uma impressora o layout final da página a ser impressa, evitando problemas de diferença entre o que se via na tela do computador e o que saia na impressora. Sendo assim, uma impressora que imprime arquivos postscript possui uma placa capaz de interpretar estas linhas de comandos que são enviados a ela. Após o recebimento destes comandos, a impressora monta a página em sua memória e a imprime. O sistema PDF foi criado pela Adobe, e trata-se de um arquivo com todas informações contidas no Postscript, mas, ao contrário deste, pode ser aberto e visualizado para conferência e até mesmo sofrer pequenas edições e modificações sem que seja necessário recorrer ao aplicativo original. Além disso, o PDF independe do sistema operacional no qual foi gerado (Mac, PC, Unix etc), inclui todos os elementos vetoriais, imagens e fontes usadas no documento e é um formato extremamente compacto. Na sua evolução, o PDF incorporou recursos específicos para uso gráfico profissional e diversos aplicativos novos surgiram para aproveitar e estender sua funcionali-dade.

Fechamento de Arquivos

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7) O formato dopapel (paper size ou me-dia size) definido na saída do PostScript deve ser, no mínimo, 2,5 cm maior que o tamanho de corte do documento nas duas dimensões, a fim de abrir espaço para as marcas de corte e informações de página. Por exemplo: documentos com 21 X 28 cm podem ser fechados em papéis 23,5 X 30,5cm ou maiores. O documento e as marcas de corte devem estar centralizados no papel (horizontal e verticalmente). 8) Elementos gráficos posicionados junto às bordas do documento devem possuir sangria (bleed) de, no mínimo, 3mm para além da linha de corte. Nos aplicativos onde a extensão da sangria precisa ser definida no fechamento do arquivo, a mesma deve ser acertada para no mínimo 3mm. Os documentos devem ser fechados com marcas de corte completas nos quatro cantos, sem o uso de páginas faceadas (spreads). Todas as fontes tipográficas utilizadas no documento – preferencialmente do padrão PostScript Tipo 1 – devem ser incorporadas no arquivo PostScript. Fontes especiais (True Type, Open Type, etc) podem ser converti-das para curvas ou incorporadas ao Post-Script.

A CRIAÇÃO DE ARQUIVOS PDF/X-1ª Para que possam ser adequada-mente convertidos para PDF/X-1a, os arqui-vos PostScript necessariamente devem possuir algumas características particulares, sendo elas:

1)Devem ser do tipo composto (com-posite), ou seja, não devem ser gerados com as cores já separadas. 2) Deve ser criado usando a descrição de impressora (PPD) do Apogeex, que é nosso o programa de fluxo de trabalho. Para gerar um PDF/X-1a para outras empresas, usar o PPD Acrobat Distil-er versão 4 ou superior ou o PPD fornecido pela empresa. 3) Documentos com mais de uma página devem ser salvos em um único arquivo PostScript, lembrando-se de sempre deixar marcada a opção que per-mite "imprimir" as páginas em branco. 4) Todos os elementos das páginas (inclusive imagens e ilustrações) devem utilizar somente cores CMYK. 5) Versões definitivas, de alta resolução (hi-res) das imagens devem ser incorporadas integralmente aos arquivos PS. 6) As marcas de corte (crop marks ou trim marks) devem necessariamente ser incorporadas no arquivo. Em programas que ofereçam opção de personalização das marcas, elas devem estar posicionadas a, no mínimo, 3mm da borda do documento.

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Características que os arquivos Post-script não podem ter: 1) Separação prévia de cores (Post-Script pré-separado). 2) Elementos com cores RGB, CIE-Lab ou cores indexadas (indexed colors), como as encontradas em imagens do tipo GIF. Essas imagens devem ser convertidas para CMYK antes do fechamento. 3) Nunca se esquecer de sangrar os elementos posicionados na borda das pági-nas. 4) Imagens de baixa resolução para posterior substituição em sistemas de OPI. 5) Perfis de cor (ICC Profiles) incorpo-rados. Tanto as imagens CMYK incluídas no documento quanto o próprio arquivo PS não devem possuir perfis incorporados (em beded). 6) Divisão de páginas em múltiplas folhas de papel. A opção de uso de ladrilhos (tiling) deve ser desabilitada no fechamento. 7) Páginas posicionadas lado a lado (facing pages) unidas numa única folha (spread). 8) Marcas de sangria (bleed marks) junto das marcas de corte. Nos aplicativos que oferecem essa opção no fechamento, as marcas de sangria não devem ser incorpo-radas. 9) Fontes tipográficas padrão Post-Script Tipo 3, mesmo que incorporadas ao PS.

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O offset É um dos sistemas mais utilizados pelas gráficas, comalta qualidade e baixo custo. É um sistema de impressão indireto, conforme a palavra original inglesa, baseado na repulsão tinta-água.Os processos de impressão exigem a confecção de fotolitos e as subsequentes chapas de impressão (matrizes). Atualmente, existe também o offset digital, que dispensa o uso dos fotolitos.

A flexografia Sistema de impressão em alto-relevo a partir de matrizes de borracha confeccionadas a partir de arquivos digitais a laser ou fotolitos.A flexografia permite impressões sobre vários tipos de materiais como papel, plásticos, lami-nados, poliéster, plásticos em geral, papéis para presentes, tecidos, papelão ondulado etc.

A serigrafia (silk screen) É um dos mais antigos processos de impressão, sendo bastante artesanal e sendo um dos processos mais flexíveis, pois pode ser realizado na maioria dos materiais existentes na terra; hoje é muito usado no acabamento de produtos gráficos, nas indústrias do ramo automobilístico, construção civil, comunicação urbana, indústria têxtil, produção artística, e outros.

1) Discrimine o nome da sua empresa, seu nome, email, telefone. 2) Dê as informações a respeito do material, primeiramente indicando a quantidade.EX: (1.000 /2.000, etc.). 3) Descreva o que é o material: um catálogo, lâmina, folder, revista, pan-fleto, etc. 4) Em seguida medida, sendo que geralmente esta é passada em milímet-ros: exemplo:297 mm x 420 mm. 5) Indique se é uma lâmina ou mais. 6) O tipo de papel para cada lâmina, por exemplo, a primeira lâmina em couchê brilhante 230 g e demais lâminas couchê fosco 115 g. 7) Cores de impressão. Quando é impresso só de um lado, é indicado “0 (zero) para a outra face. Exemplo: 4 x 0 cores ou 4 x 4 cores. Lembre-se de indicar se a quantidade de cores é a mesma em todas as lâminas do trabalho. 8) O material será sangrado? 9) A arte fornecida? 10) E o fotolito, será fornecido ou deverá ser incluído no orçamento? 11) Indique os acabamentos, que podem ser:

Como Solicitar

Orçamento a uma Gráfica

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Para solicitar um orçamento correto a uma gráfica é necessário diversas informações e conhecimento de materiais e acabamentos. Quando você sabe o que esta solicitando, pode economizar no preço, no prazo e ter qualidade melhor. Em muitos casos quando o material chega à gráfica é preciso parar para corrigir o orçamento, porque não foram dadas todas as informações necessárias. Na maioria das vezes, já foi dado o prazo de entrega e esta acaba atrasando ou o cliente não quer pagar o valor correto alegando não ter verba.

Dobra: quantas dobras, se só vertical, se em cruz, sanfona, etc.Grampo.Furo.Picote: simples, interrompido para destaque de uma parte do impresso.Corte (especial ou reto) e/ou vinco.Bolsa para pastas ou catálogos.

Acabamentos especiais

-Relevo seco (é aquele que fica “afundadinho”)- Relevo americano (fica “altinho”)- Verniz UV (com reserva ou total em alguma face)- Laminação brilhante ou fosca. Dica: todo material de cor “chapada” precisa de uma laminação ou ira borrar.- Faca para corte especial- Espiral ou Wire-o

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Referências Bibligráficas

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http://educacao.uol.com.br/biografias/johannes-gutenberg.jhtm (acessado em 06/02/2014)

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http://www.bocc.ubi.pt/pag/bacelar_apontamentos.pdf (acessado em 06/02/2014)

http://comunicacao.com.sapo.pt/aula5-equilibrio.pdf (acessado em 13/02/2014)

http://www.trilhodigital.com/index.php?option=com_con-tent&view=article&id=108:composicao-grafica&catid=34:noticias&Itemid=18 (acessado em 13/02/2014)

http://design.blog.br/design-grafico/o-que-e-uma-impressao-offset-revisto (acessado em 20/02/2014)

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http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?op-tion=com_content&view=article&id=2169:as-reticulas-de-impressao-ponto-a-ponto&catid=38:producao-grafica&Itemid=184 (acessado em 13/03/2014)

http://www.sudipel.com.br/ferramentas-online/tipos-de-papel-e-aplicacoes/ (acessado em 20/03/2014)

http://osmaioresdahumanidade.blogspot.com.br/2013/05/os-descobridores-de-coisas-cai-lun.html (acessado em 20/03/2014)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Impressora_a_laser (acessado em 27/03/2014)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Impressora_de_jacto_de_tinta (acessado em 27/03/2014)

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