manual de procedimentos para amostragem de€¦ · manual de procedimentos para amostragens de...

23
4 ESTADO DO PARANÁ AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DIRETORIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA GERÊNCIA DE SANIDADE VEGETAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS PARA ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS CURITIBA 2014

Upload: lamnhu

Post on 21-Sep-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

4

ESTADO DO PARANÁ

AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

DIRETORIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

GERÊNCIA DE SANIDADE VEGETAL

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE

PRODUTOS AGRÍCOLAS PARA ANÁLISE DE RESÍDUOS DE

AGROTÓXICOS

CURITIBA

2014

Page 2: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

5

AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ

DIRETOR PRESIDENTE Inácio Afonso Kroetz

DIRETOR DE DEFESA AGROPECUÁRIA Adriano Riesemberg

GERENTE DE SANIDADE VEGETAL Marcílio Araújo Martins

COORDENADOR DO PROGRAMA ALIMENTO SEGURO João Miguel Toledo Tosato

João Miguel Toledo Tosato - Engenheiro Agrônomo - MSc.

Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para

Análise de Resíduos de Agrotóxicos. ADAPAR, Abril de 2014.

Page 3: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

6

APRESENTAÇÃO

O trabalho de fiscalização do uso correto dos agrotóxicos e da fiscalização do

receituário agronômico encontra nas análises de resíduos uma ferramenta essencial

e há muito é uma demanda dos profissionais desta Agência de Defesa Agropecuária

do Paraná.

Este manual tem como objetivo auxiliar os Engenheiros Agrônomos Fiscais de

Defesa Agropecuária, nas coletas de amostras, para fins de detecção de resíduos

de agrotóxicos em produtos agrícolas.

A padronização dos procedimentos de amostragem, acondicionamento e

envio das amostras ao laboratório fará com que as mesmas cheguem na quantidade

certa e de maneira que preservem as características originais do vegetal. Assim,

certamente obteremos os resultados das análises condizentes com a realidade com

que se encontram os produtos.

João Miguel Toledo Tosato

Engenheiro Agrônomo - MSc

Fiscal de Defesa Agropecuária

Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e da Produção

Agrícola Paranaense por meio da Fiscalização do Comércio e Uso dos Agrotóxicos

Page 4: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 8

2 OBJETIVO GERAL........................................................................................................ 10

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................... 10

4 EMBASAMENTO LEGAL.............................................................................................. 10

5 PROCEDIMENTO PARA AMOSTRAGENS................................................................. 11

5.1 ONDE COLETAR AS AMOSTRAS............................................................................ 11

5.1.1 Agricultura Convencional......................................................................................... 11

5.1.2 Agricultura Orgânica................................................................................................ 12

6 COMO COLETAR AS AMOSTRAS.............................................................................. 12

6.1 Amostra simples......................................................................................................... 12

6.2 Amostra composta...................................................................................................... 13

7 CUIDADOS NA AMOSTRAGEM................................................................................. 13

8 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE AMOSTRAS.................................................... 14

8.1 Primeira embalagem.................................................................................................. 15

8.2 Primeiro lacre............................................................................................................. 15

8.3 Identificação da amostra............................................................................................ 16

8.4 Lacres numerados...................................................................................................... 17

8.5 Segunda embalagem................................................................................................. 17

8.6 Segundo lacre............................................................................................................ 18

8.7 Assinatura do fiscal e do produtor/contato em cada via da amostra......................... 18

8.8 Via do agricultor.......................................................................................................... 20

8.9 Vias para análise........................................................................................................ 20

9 ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS PARA ENVIO PARA ANÁLISE................. 21

10 ENVIO DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISE................................................................. 22

11 PRODUTOS NÃO PERECÍVEIS................................................................................. 23

12 QUANTIDADES DE AMOSTRAS E CONTRA AMOSTRAS POR PRODUTO..........

13 MODELO DESCRITIVO PARA PREENCHIMENTO MANUAL DO TERMO DE

COLETA DE AMOSTRAS..........................................................................................

24

26

Page 5: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

8

1 INTRODUÇÃO

O uso indiscriminado dos agrotóxicos sempre preocupou os profissionais

desta Agência de Defesa Agropecuária, pois coloca em risco a saúde do agricultor e

do consumidor, afeta a qualidade do ambiente e pode impedir a exportação de

nossos produtos agrícolas.

Hoje são disponibilizados no comércio legal e utilizados na agricultura mais de

400 (quatrocentos) ingredientes ativos que fazem parte de mais de mil marcas

comerciais de agrotóxicos. Além desses, são utilizados agrotóxicos proibidos no

Brasil, contrabandeados, que não passam pela análise dos órgãos registrantes.

Para proteger a população do consumo de alimentos contaminados, com este

“coquetel” de produtos e verificar os índices de contaminação e suas causas é que a

ADAPAR programa a coleta de amostras de produtos de origem vegetal para análise

laboratorial para verificar a quantidade remanescente de resíduos de agrotóxicos.

O receituário agronômico que foi implantado com os objetivos de reduzir a

utilização de agrotóxicos e orientar o agricultor sobre o uso correto foi apropriado

pelo comércio e está sendo utilizado mais para legalizar a venda de agrotóxicos.

Com a criação do Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

pela ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, em 2001, ganhou mais

visibilidade, o problema da contaminação dos alimentos. O último relatório divulgado

pela ANVISA, referente aos 2001 e 2006, mostra os resultados de 6123 amostras

dos alimentos in natura, onde verificamos que os hortifrutigranjeiros alface, banana,

batata, cenoura, laranja, maçã e mamão, morango e tomate, alimentos pesquisados,

encontra-se com percentual de amostras indicando altos índices de contaminação

ou com resíduos acima do permitido, ou então com agrotóxicos de uso não

permitidos nas citadas culturas.

Há anos que a União Européia vem denunciando ao Governo Brasileiro que

as frutas exportadas pelo Brasil vêm apresentando resíduos de agrotóxicos acima do

permitido ou apresentando resíduos que não são permitidos pela comunidade

européia. Não sendo atendido pelos nossos governantes, em julho de 2006 as mais

poderosas associações de agricultores e de cooperativas da Europa pedem que a

Comissão Européia proíba imediatamente a importação de produtos alimentares

brasileiros que não estejam dentro dos padrões de qualidade da Europa.

Page 6: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

9

Em outubro de 2006, esteve no Brasil o Comissário de Saúde e Proteção dos

Consumidores do bloco, Markos Kyprianou, que tem estatus de Ministro na Europa,

deu o recado ao nosso Ministro da Agricultura, que a união Européia pretende

endurecer suas regras fitossanitárias e que o Brasil precisa se atentar para os

aspectos sanitários e de resíduos químicos em alimentos de origem vegetal e

animal.

No dia 05 de Dezembro de 2006 é publicado no Diário Oficial da União,

Seção 1, Página 5, a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura de N° 67, de

04 de dezembro de 2006, que institui o monitoramento de resíduos de agrotóxicos

em frutas destinadas à União Européia e que diz o seguinte:

Art. 1° - Instituir o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em

frutas destinadas à União Européia, em conformidade..................

Art. 2° - ...............................................

Art. 3° - Durante o processo de monitoramento, constatada não-

conformidade, a partida não-conforme não poderá ser exportada

para a União Européia.

Para garantir a qualidade dos nossos produtos agrícolas, para o consumo

interno e para a exportação, é que a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do

Paraná, vem cobrir esta lacuna. Com estas coletas fiscais poderemos verificar a

situação atual dos resíduos de agrotóxicos na produção agrícola paranaense, bem

como, adotar medidas preventivas e corretivas com o objetivo de evitar a

continuidade do problema, na eventualidade de detecção de resíduos acima dos

limites máximos permitidos ou da utilização de agrotóxicos em culturas que o seu

uso não é permitido, garantindo assim produtos de qualidade.

Adriano Luiz Ceni Riesemberg

Diretor de Defesa Agropecuária

Page 7: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

10

2 OBJETIVO GERAL

Fiscalizar o correto uso de agrotóxicos e produtos de origem vegetal

produzidos no Estado do Paraná, com relação a quantidade de resíduos de

agrotóxicos remanescente, através de análise em laboratório credenciado, bem

como, orientar os agricultores quanto ao uso dos agrotóxicos de acordo com a

legislação vigente.

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a - implantar um programa de monitoramento contínuo com relação a resíduos de

agrotóxicos em alimentos de origem vegetal;

b - detectar os resíduos de agrotóxicos mais persistentes nos alimentos de origem

vegetal;

c - detectar as culturas mais críticas com relação a resíduos de agrotóxicos;

d - avaliar o receituário agronômico, com relação às recomendações de usos de

agrotóxicos pelo Engenheiro Agrônomo e da fiel observância pelo agricultor quando

da utilização dos mesmos;

e - propor medidas preventivas para evitar a intoxicação de agricultores,

contaminação do meio ambiente e a produção de alimentos com resíduos de

agrotóxicos acima do limite máximo permitido pela legislação;

f - garantir ao consumidor final, alimentos de origem vegetal de melhor qualidade;

g - verificar se a legislação brasileira de agrotóxicos está sendo cumprida;

h - aplicar a legislação em vigor;

i - divulgar os resultados.

4 EMBASAMENTO LEGAL

O trabalho de coleta de amostras de vegetais para fins de análise de resíduos

de agrotóxicos baseia-se no artigo 1º da Lei Federal nº 7.802 de 11 de julho de

1989; nos artigos 71 inciso II alíneas a, b, e, g; 74 inciso I, 76, 77, 78 do Decreto

Federal nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002. Nos artigos 21, 22, 23 e 24, da Lei

Page 8: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

11

Estadual nº 7.827, de 29 de dezembro de 1983; e artigos 9º, 11, 12, 24 item 2 do

Decreto Estadual nº 3.876 de 20 de setembro de 1984.

As quantidades de cada produto ou grupo de produtos indicados neste

trabalho foram baseadas no Manual de Coleta de Amostras do Plano Nacional de

Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal elaborado

pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2013, para estudos de

resíduos de agrotóxicos e afins em conformidade com as normas do Codex

Alimentarius, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

(FAO), da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) e da

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD),

considerando a necessidade de estabelecer Limites Máximos de Resíduos de

agrotóxicos e afins em produtos de origem vegetal ao consumo humano e/ou animal,

visando a garantia de acesso da população a alimentos seguros, no tocante aos

resíduos químicos.

5 PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM

5.1 ONDE COLETAR AS AMOSTRAS

As coletas são fiscais e, portanto, devem ser coletadas com a identificação do

produtor (origem do produto), para a responsabilização por eventuais infrações.

Deverão ser coletadas amostras de produtos de agricultura convencional e orgânica.

5.1.1 Agricultura Convencional (culturas transgênicas incluídas)

As amostras dos produtos serão coletadas nas propriedades rurais, quando já

estiverem sendo colhidas para a comercialização. Para tanto, o Fiscal poderá ter que

notificar o produtor (Termo de Fiscalização) para que este informe com a

antecedência devida o dia e a hora do início da colheita. A notificação deve explicitar

o objetivo da colheita assistida e a sanção pelo descumprimento da notificação.

Quando houver suspeitas de ter sido utilizado agrotóxico não permitido para a

cultura em questão as amostras poderão ser coletadas diretamente na lavoura antes

da colheita e com prévia notificação ao produtor.

Page 9: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

12

5.1.2 Agricultura Orgânica

As amostras dos produtos serão coletadas também nas propriedades rurais,

podendo ser amostradas diretamente na lavoura, mesmo que não esteja sendo

colhida. Na agricultura orgânica não é permitido o uso de agrotóxicos, portanto

independe do estágio de desenvolvimento que a cultura se apresenta.

6 COMO COLETAR AS AMOSTRAS

6.1 Amostra simples

Deverão ser coletadas amostras simples para formar uma amostra composta.

A coleta de amostras simples se faz aleatoriamente, em diversos pontos do

local de interesse, de modo que seja representativa das condições do mesmo. Para

se obter um tamanho adequado exigido pela amostra de laboratório, a quantidade

de unidades a ser coletada de cada amostra simples dependerá do bom senso do

Fiscal. Após, devem ser homogeneizada as amostras simples, formando a amostra

composta.

Amostras simples - quando coletada diretamente na lavoura deverão ser

retiradas em vários locais, para formar a amostra composta. Exemplo quadro

abaixo.

X X X

Área onde encontra-se a cultura

X

X X X

X

X X X

Amostra simples - quando for coletada amostra de produto já colhido deverá ser

retirada de vários locais da (s) embalagem (ens) em poder do agricultor para formar

a amostra composta.

Page 10: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

13

6.2 Amostra composta

Depois de homogeneizada as amostras simples, dividir a mesma em três

amostras, de acordo com a quantidade necessária, para análise de resíduos de

agrotóxicos. Em seguida as mesmas deverão ser embaladas, identificadas e

lacradas e, imediatamente, deve ser preenchido o Termo de Coleta de Amostra.

As amostras serão autenticadas e tornadas invioláveis na presença do

interessado e, na ausência ou recusa deste, na de duas testemunhas.

Duas partes das amostras deverão ser encaminhadas ao laboratório

contratado e a outra ficará em poder do interessado para realização de perícia de

contraprova, caso necessário. O produtor deverá ser orientado para que conserve a

contraprova em freezer a uma temperatura de menos 20° C.

7 CUIDADOS NA AMOSTRAGEM

O Engenheiro Agrônomo Fiscal de Defesa Agropecuária da ADAPAR, deve

ficar atento para os seguintes cuidados no momento da amostragem:

a) Não coletar produto doente ou danificado;

b) Não efetuar lavagem do produto;

c) Utilizar luva descartável ou saco plástico nas mãos, para não ocorrer o contato

direto das mãos com o produto, evitando assim a contaminação com possíveis

resíduos de agrotóxicos de contato, que poderão comprometer o próximo vegetal a

ser amostrado, sendo que para o próximo vegetal a ser coletado deve se utilizar

nova luva ou outro plástico nas mãos;

d) Manusear cuidadosamente as amostras para evitar danos e remoção de resíduos

superficiais de agrotóxicos;

e) Cada amostra será composta de 03 (três) vias, 02 (duas) serão enviadas para o

laboratório e 01 (uma) será entregue ao agricultor;

f) Não coletar produto que ainda não foi colhido pelo agricultor, exceto de for cultura

de agricultura orgânica ou em caso de suspeita de uso de agrotóxico não autorizado

para a cultura convencional.

Page 11: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

14

8 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE AMOSTRAS

O Engenheiro Agrônomo Fiscal deverá proceder à retirada de amostras após ou por

ocasião da colheita. Caso suspeite da utilização de agrotóxico não permitido na

cultura, poderá coletar em qualquer época.

A coleta deve ser em 3 vias, pegar sempre 3 vegetais ou partes de vegetais de cada

local (ponto) de coleta para compor as 3 vias, para que a amostra seja o mais

representativa possível.

Page 12: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

15

8.1 Primeira embalagem

As amostras devem ser coletadas em 03 (três) vias e nas quantidades corretas para

cada produto. No caso de produtos perecíveis os vegetais devem ser

acondicionados em embalagens plásticas flexíveis novas, e sempre que possível,

acondicionar todas as unidades do vegetal pertencente a cada via da amostra em

um mesmo saco plástico.

Uma via de amostra Três vias de uma amostra Uma via de amostra

8.2 Primeiro lacre

Após acondicionar as vias das amostras o fiscal deve fechar a abertura dos sacos

plásticos girando a “boca” dos mesmos e colocando um lacre plástico numerado. Em

seguida, fixar com etiqueta adesiva o restante da boca, aderindo à mesma no

próprio saco plástico.

Detalhe do lacre Lacre numerado Etiqueta adesiva

Page 13: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

16

8.3 Identificação da amostra

Após ter lacrado a amostra o fiscal deve identificar cada uma das três vias com uma

etiqueta adesiva na qual deve constar:

a) Número do Termo de Retirada da Amostra;

b) Nome do produtor;

c) Espécie;

d) Número do lacre;

e) Nome do Fiscal que realizou a amostragem.

Identificação da amostra Detalhe dos dados

Detalhe das etiquetas de identificação Amostra identificada

Os dados devem ser claros, de forma que as informações apresentadas possam

orientar corretamente todos os que venham a manusear ou trabalhar com as

mesmas.

Page 14: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

17

8.4 Lacres numerados

Como os lacres plásticos possuem numerações diferentes, no Termo de Retirada de

Amostras deverá constar o número dos lacres da via que ficou de posse do

agricultor/contato e das duas vias destinado ao laboratório para análise oficial.

8.5 Segunda embalagem

Após lacrar (lacre azul) e fixar a abertura do saco com a etiqueta lacre (etiqueta

usada nas amostras de sementes) e identificar as três vias da amostra com a

etiqueta adesiva (etiqueta de identificação), o fiscal deverá colocar cada uma das

três vias dentro de outro saco plástico igual ao primeiro.

Colocar a amostra dentro do 2º saco Girar a “boca” do 2º saco para lacrar

Page 15: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

18

8.6 Segundo lacre

O segundo saco deverá ser novamente lacrado (após girar a abertura do saco),

porém desta vez apenas com a fita adesiva (fita crepe), sendo que essa deve

circundar toda a embalagem da amostra retornando ao ponto de partida.

Fita crepe na boca do saco externo Etiqueta adesiva sobre a fita crepe

Sobre a fita deverá ser colocada a etiqueta lacre (usada nas amostras de sementes),

a qual será aderida sobre a fita e sobre o saco plástico.

8.7 Assinatura do fiscal e do produtor/contato em cada via da amostra

O fiscal e o produtor/contato deverão assinar as 3 (três) vias da amostra, sendo que

as assinaturas deverão ser iniciadas na etiqueta lacre e passar também para a fita,

com o objetivo de evitar qualquer violação a partir da amostragem até a chegada ao

laboratório. Sem essa providência a amostra coletada não terá validade para fins

fiscais.

Page 16: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

19

Detalhe do Fiscal assinando Detalhe do agricultor assinando

Assinatura sobre a fita e a etiqueta Assinaturas do Fiscal e do Produtor

Assinaturas iguais no termo e nas amostras Detalhe das assinaturas

As assinaturas tanto do fiscal quanto do produtor nas três vias da amostra devem

ser iguais às assinaturas que constam no Termo de Retirada de Amostras.

Page 17: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

20

8.8 Via do agricultor

Uma via do Termo de Retirada de Amostras e da amostra será entregue ao produtor,

sendo que esta via o agricultor deverá guardá-la no congelador até o resultado da

análise fiscal cujo resultado o fiscal deverá comunicar o produtor.

8.9 Vias para análise

As duas vias da amostra que serão encaminhadas para o laboratório para a análise

de resíduos, deverão ser acondicionadas dentro de uma caixa de isopor

devidamente resfriada para que os vegetais não se danifiquem durante o transporte

e nem se deteriorem até chegarem ao laboratório.

Page 18: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

21

9 ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS PARA ENVIO AO LABORATÓRIO

Após a identificação, lacre e assinaturas nas amostras, as 02 (duas) vias que serão

encaminhadas ao laboratório deverão ser colocadas dentro de uma caixa de isopor.

Dentro desta caixa deverão ser colocados frascos de plásticos com gel congelado.

Frasco especial para congelar Vista lateral Vista de cima

Os frascos congelados poderão ser colocados no fundo da caixa de isopor ou nas

suas laterais, para manter a refrigeração dentro da caixa.

Entre os frascos congelados e os vegetais amostrados devem ser colocadas folhas

de jornal para evitar o contato dos frascos congelados com os vegetais.

Page 19: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

22

Deverão ser colocadas folhas de jornal amassadas dentro da caixa de maneira que

não sobrem espaços vazios na mesma, evitando com isso a movimentação dos

frascos com gelo e dos vegetais amostrados, para que as amostras não sofram

avarias durante o transporte para o laboratório o que poderia prejudicar a análise.

Jornal amassado entre as amostras Completar a caixa com jornal amassado

A tampa da caixa de isopor deve ser muita bem lacrada (com fita adesiva) para que

seja aberta só quando chegar ao laboratório, evitando com isso a entrada de ar que

prejudica a manutenção adequada da temperatura interna da caixa.

Fechar a tampa do isopor Lacrar a caixa com fita crepe

10 ENVIO DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISE

As amostras deverão ser enviadas dentro de 24 horas para o laboratório indicado, com a

descrição externa nas caixas de isopor “cuidado frágil” e “produto perecível para análise

laboratorial.

Page 20: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

23

Para o transporte das amostras via transportadora o fiscal deve assegurar que:

a) O recipiente esteja corretamente endereçado para que chegue ao destino correto;

b) O isopor esteja bem lacrado evitando que se abra durante o transporte;

c) Os documentos de acompanhamento estejam juntos;

d) As amostras cheguem ao destino dentro de 24 horas;

e) As amostras possam ser claramente identificadas na chegada para envio urgente

para análise;

f) Não colocar amostras de diferentes tratamentos nas mesmas caixas;

g) Não enviar amostras nas sextas-feiras, no máximo até quinta-feira.

11 PRODUTOS NÃO PERECÍVEIS

Para produtos não perecíveis, como sementes de soja, milho, feijão, trigo,

triticale, aveia, cevada, cana-de-açúcar, etc..., não é necessário realizar todos os

procedimentos descritos anteriormente, porque não é necessário manter estes

produtos sob refrigeração, sendo assim podemos colocar as 03 (três) vias da

amostra em caixinhas utilizadas para amostragens de sementes e/ou envelopes de

papel próprios para amostragens devendo sempre lacrar as três vias, deixando uma

de posse do agricultor.

O envio ao laboratório também não é necessário ser em caixas de isopor,

pode ser em caixas de papelão como já é feito atualmente com sementes.

Page 21: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

24

12 QUANTIDADE DE AMOSTRAS E CONTRA AMOSTRAS POR PRODUTO

Cada uma das três vias da amostra deve conter no mínimo as seguintes quantidades:

FRUTAS

Abacaxi 2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

Acerola Mínimo 1,0 kg

Amoras pretas, groselhas e framboezas Mínimo 1,0 kg

Abacate, kiwi, lixia, manga, mamão,

maracujá e romã

2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

Banana 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Damasco, nectarina, pêssego e ameixa 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Goiaba, figo e tâmara 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Laranja, limão, tangerina, mexerica,

toranja, pomelo e bergamota

1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Maçã, pêra, nêspera e marmelo 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Morango, cereja, alho 1,0 kg

Uva (cacho ou parte do cacho) 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

RAÍZES

E

TUBÉRCULOS

Batata 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Cenoura, Batata doce, beterraba,

mandioca, mandioquinha, nabo,

rabanete e gengibre.

1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

BULBOS

Alho-poró e cebolinha 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Cebola 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

BRÁSSICAS

Brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas

(repolhinho)

2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

Repolho 2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

Couve 1,0 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Page 22: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

25

VEGETAIS FOLHOSOS

Almeirão, agrião, chicória, espinafre e

rúcula

1kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Alface 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

VEGETAIS EM FORMA

DE TALOS OU

PEDÚNCULOS

Aipo e aspargo 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Alcachofra 1 kg

(no mínimo 10 unidades)

LEGUMINOSAS Broto de feijão, feijão, ervilha, lentilhas,

tremoço e grão de bico 1,0 kg

VEGETAIS

(PELE COMESTÍVEL)

Pepinos, abobrinhas 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Berinjela e quiabo 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

Tomate e Pimentão 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

VEGETAIS FRUTÍFEROS

(PELE NÃO

COMESTÍVEL)

Melão, abóboras e morangas 2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

Melancias 2,0 kg

(ou no mínimo 5 unidades)

COGUMELOS Cogumelo 1 kg

(ou no mínimo 10 unidades)

GRAMÍNEAS

Arroz, aveia, centeio, cevada, sorgo,

triticale, trigo e milho 1,0 kg

Cana-de-açúcar 12 colmos no mínimo

2,0 kg

OLEAGINOSAS

Algodão, canola, gergelim, girassol

e colza

Sementes pequenas 0,5 kg

grandes 1,0 kg

Soja e amendoim 1,0 kg

CAFÉ Café 1,0 kg

TABACO Tabaco 0,5 kg de folhas

Fonte: Codex Alimentarius. Manual de Coleta de Amostras do Plano Nacional de Controle de

Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal. MAPA/Brasília/DF, 2013.

Page 23: MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE€¦ · Manual de Procedimentos para Amostragens de Produtos Agrícolas para ... Coordenador do Programa de Defesa do Alimento Seguro e

26

13 Modelo descritivo para preenchimento manual do

Termo de Coleta de Amostras

AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ (x) GSV

DIRETORIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

TERMO DE: Coleta de Amostras Nº 63027

URS de:________________________ULSA de ____________________________________

Endereço: __________________________________________________________________

CEP: Telefone: ( ) _____________________

Nome ou Razão Social:_______________________________________________________

CPF/CNPJ: ________________________________________________________________

Endereço:__________________________________________________________________

Município/UF:____________________________________ CEP:______________________

Coordenadas Geográficas:____________________________________

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/EMBASAMENTO LEGAL:

Na propriedade agrícola do produtor acima descrito, foi realizada a coleta de amostra fiscal do

produto vegetal ______________ (citar a cultura e se a produção é convencional ou

orgânica), em 3 (três) vias, aleatoriamente do produto vegetal (citar se foi no momento da

colheita ou já colhido pelo produtor ou em fase de desenvolvimento vegetativo), em

conformidade com os artigos 74 e 75 do Decreto Federal nº 4.074/02, com o objetivo de

análise laboratorial para verificação da presença de resíduos de agrotóxicos. Assim, 02 (duas)

vias cujos lacres são de números __________ e ___________serão enviadas para o

laboratório Oficial para análise, e a via de lacre ___________ ficará em poder do produtor,

CPF _________________, a qual não poderá ser violada, deverá ser guardada congelada

a uma temperatura de -20º C e poderá servir como contraprova no caso de solicitação de

análise pericial.

___________________________________________,________de__________de 20______

_________________________ ____________________________

Assinatura e carimbo do Fiscal Assinatura e nome do Fiscalizado

1ª Via - Laboratório 2ª Via-Fiscalizado 3ª Via - Fiscal/Processo

(OBS: Caso o produtor não tenha condição de guardar a sua via a -20º C por falta de

equipamento, como freezer, poderá autorizar que a via seja enviada juntamente com as outras

para que seja armazenada no laboratório. Assim deve-se mudar a frase acima em negrito pela

seguinte frase:

conforme autorizado pelo produtor, CPF ___________, que assina abaixo, sua via de

lacre ________ será também enviada junto as outras para que seja devidamente

armazenada no laboratório que realizará análise para o correto armazenamento na

temperatura adequada, para o caso de necessidade de análise pericial).