manual de primeiros socorros meu1[1]

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CLITIRSO CLINICA MÉDICO-CIRURGICA SANTO TIRSO LDA Manual de Primeiros Socorros 1

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Page 1: Manual de Primeiros Socorros Meu1[1]

CLITIRSO

CLINICA MÉDICO-CIRURGICA SANTO TIRSO LDA

Manual de Primeiros Socorros

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Page 2: Manual de Primeiros Socorros Meu1[1]

ÍNDICE

0- Introdução ______________________________________________________ 3

1- Protocolo de actuação em caso de quedas _____________________________ 4

2- Protocolo de actuação perante uma dificuldade respiratória _______________ 5

3- Protocolo de actuação em caso de pessoa inconsciente/ desmaio____________ 6

4- Protocolo de actuação em caso de queimaduras ________________________ 7

5- Protocolo de actuação em casos de engasgamento ______________________ 8

6- Protocolo de actuação em caso de hemorragias _______________________ 9

7- Protocolo de actuação em caso de hipertermia/ febre ___________________ 10

8- Protocolo de actuaçao em caso de vómitos ___________________________ 11

9- Protocolo de actuação perante uma crise convulsiva ____________________ 12

10- Protocolo de actuação perante uma intoxicação ________________________ 13

11- Bibliografia____________________________________________________ 14

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0- Introdução

A saúde é de todos. Ainda que seja uma frase muito ouvida, não é por isso que deixa de

ser verdade. Prevenir e evitar problemas de saúde, é tanto ou mais importante do que

curar as mesmas.

O primeiro socorro é o tratamento inicial e temporário ministrado a acidentados ou

vítimas de doença súbita, num esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e

minorar o sofrimento.

Um socorrista não substitui nem o médico nem o enfermeiro, mas pode impedir toda e

qualquer acção intempestiva, alertar e ajudar, evitando o agravamento do acidente.

As qualidades inerentes ao socorrista passam por auto-confiança e sentido de

responsabilidade, compreensão, tacto e paciência. Capacidade de deliberação, decisão e

organização. Capacidade de controlo da situação. Acima de tudo o socorrista deve ter

consciência das suas limitações.

É da responsabilidade do socorrista, avaliar a situação sem pôr em risco a sua vida,

identificar a doença ou o estado da vítima. Prestar socorro imediato e adequado.

Providenciar, sem demora, o transporte para uma unidade de saúde diferenciada, caso se

justifique.

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1- Protocolo de actuação em caso de quedas

O objectivo primordial é que todas as quedas sejam evitadas, quer através do uso de

equipamentos adequados (cadeira de rodas com apoios laterais, elevador), quer através

de uma apertada vigilância de pessoas de risco (ex. idosos, crianças, deficientes)

Caso a queda ocorra, o procedimento a cumprir deve ser o seguinte:

- Avaliar o estado de consciência;

- Avaliar quais as partes do corpo que estão lesionadas (procurar locais com

hemorragia, cortes, abrasões e locais com dor);

- Em caso de suspeita de fracturas, traumatismo craneano, hemorragias abundantes ou

qualquer situação que se apresente de grande gravidade, ligar o 112 e encaminhar para

o hospital;

- Em casos de menor gravidade, tratar das lesões, fazendo avaliação mais apertada nas

horas seguintes à queda, de forma a despistar, agravamento das situações. Estar

particularmente atento, a alterações do estado de consciência, nomeadamente

sonolência. Estar atento de igual forma a episódios de vómitos.

Em qualquer uma destas situações enviar ao hospital.

- Em casos de hematomas/equimoses aplicar gelo protegido para evitar queimaduras.

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2- Protocolo de actuação perante uma dificuldade respiratória

A dificuldade respiratória é uma sensação de falta de ar ou de não conseguir inspirar

bem. As causas podem ser das mais variadas, passando pelo tabaco, poluição, alergias,

asma bronquite, entre outras várias doenças.

O utente poderá apresentar aumento dos ciclos respiratórios, respiração ruidosa, acessos

de tosse intensa, e tom cianosado nas extremidades.

Caso se esteja perante um paciente com dificuldade respiratória, deve-se:

- Excluir presença de objecto estranho na garganta;

- Acalmar o utente;

- Posicionar o utente numa posição o mais sentado possível

- Colocar oxigénio a 2L/min;

- Chamar médico ou enfermeiro ou ligar 112 e enviar para o hospital.

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3- Protocolo de actuação em caso de pessoa inconsciente/ desmaio

A perda de consciência, é causada geralmente por uma carência transitória de irrigação

sanguínea do cérebro. As causas podem ser das mais variadas e a sua gravidade também

o pode ser. Para se adequar a actuação à situação é essencial tentar perceber a causa que

levou á perca de consciência.

Caso se esteja perante uma pessoa inconsciente, deve-se:

- Verificar primeiro se a pessoa respira;

- Tentar estimular a pessoa, a ver se esta reage;

- Elevar os membros inferiores, de forma a aumentar a irrigação de sangue no cérebro;

- Nunca administrar líquidos a uma pessoa com alterações da consciência;

- Vigiar desvio da comissura labial e dificuldades na fala, podemos estar perante um

AVC;

- Inspeccionar a pessoa, para despiste de ferimentos;

- Em caso de se tratar de uma grávida com mais de 20 semanas de gestação elevar a

anca direita (+/- 15º);

- Caso a pessoa não responda, nem reaja quando estimulada, chamar médico ou

enfermeiro, ou ligar 112, para encaminhar para o hospital.

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4- Protocolo de actuação em caso de queimaduras

Consideram-se queimaduras as feridas mais ou menos extensas que, produzidas pelo

calor, pelos líquidos cáusticos ou por gases irritantes, implicam um importante risco de

infecção tanto maior quanto mais extensa for a superfície lesionada.

As queimaduras avaliam-se segundo a sua extensão, localização e profundidade. È

importante reter que temos três tipos de queimaduras:

Queimadura grau I- Quando é só afectada a camada superficial da pele, causando um

simples eritema ou vermelhidão;

Queimadura grau II- Para além da vermelhidão surge também flictenas;

Queimadura grau III- além de afectar todas as camadas da pele, a pele fica branca e sem

sangue, dura como couro.

Perante uma queimadura deve-se:

- Tentar arrefecer o local da queimadura com água corrente;

- Retirar quaisquer tipo de objectos, roupa, aliança, etc.

- Cobrir a queimadura com compressas humedecidas;

- Não rebente as flictenas, nem toque na queimadura;

- Não aplique qualquer tipo de creme ou gordura no local da queimadura;

- Chamar médico ou enfermeiro, ou ligar 112 para enviar para o hospital.

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5- Protocolo de actuação em casos de engasgamento

O esgasgamento surge, quando estamos perante um corpo estranho na via aérea, que pode

impedir parcialmente ou totalmente a respiração.

Devido à especificidade do tema, vamos fazer a distinção de actuação quer seja criança, quer

seja no adulto.

Na criança, é necessário adequar a nossa actuação de acordo com a idade e estatura da

criança. Por isso, protocola-se que crianças dos 1- aos 7 anos, perante a presença de um corpo

estranho na via aérea, deve-se:

1) Incentivar a tossir de forma eficaz e forte;

2) Se não for eficaz esta medida para libertar e via aérea, aplicar até cinco palmadas

entre as omoplatas, no sentido da cabeça;

3) Se as pancadas interescapulares não forem eficazes, coloque-se por trás da criança, de

pé ou de joelhos, consoante a estatura da criança, feche um punho e coloque-o contra

a metade inferior do externo. Agarre o punho com a outra mão e faça força para

dentro e para cima, até cinco vezes, ao ritmo de uma compressão de 3 em 3 segundos.

4) Se as compressões torácicas não forem eficazes, agarre a criança por trás com os dois

braços à volta da parte superior do abdómen. Coloque o punho entre o umbigo e a

ponta do externo, agarre o punho com a outra mão, e com movimentos certos e

vigorosos, empurre para dentro e para cima até cinco vezes.

5) Se as compressões abdominais (manobra Heimlich), não funcionar, volte a repetir a

sequência.

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6) Se mesmo assim os sintomas persistirem, ligue 112, para encaminhamento para o

hospital.

No adulto/ idoso, os passos são exactamente os mesmos, simplesmente o passo descrito

no ponto quatro não é efectuado. Ou seja, passa-se das pancadas interescapulares,

directamente para a manobra de Heimlich.

6- Protocolo de actuação perante uma hemorragia

Uma hemorragia é uma perda de sangue devido á

ruptura de vasos sanguíneos. É tanto mais grave

quanto mais extensa for a hemorragia, ou do local

em que esta ocorra.

Se estamos perante uma hemorragia, num membro,

o procedimento a ter será:

- Chamar enfermeiro ou médico presente;

- Calce sempre luvas, pois vai ter de fazer pressão directa sobre a ferida, para desta forma tentar

estancar o sangue;

- Faça pressão directa sobre a ferida, use de preferência uma gaze para ficar em contacto com a

lesão;

- Eleve o membro se possível, para desta forma diminuir o aporte de sangue á lesão;

- Aplique uma ligadura para manter o penso no local;

- Se estas medidas não estancarem o sangue, ligue 112, para encaminhar para o hospital.

Se esta hemorragia ocorrer a nível do nariz chama-se de epistáxis. O procedimento neste tipo de

casos é o seguinte:

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- Calçar luvas;

- Comprimir na base do nariz de forma a tentar parar a hemorragia;

- A cabeça da vítima deve sempre estar numa posição neutra para que o sangue também não

escorra para a garganta;

- Colocar uma compressa na narina que sangra de forma a estancar a hemorragia;

- Se ao fim de dez minutos manter sangramento, ligar 112 e enviar ao hospital.

7- Protocolo de actuação em caso de febre

A febre é caracterizada por uma temperatura corporal superior a 38ºC. Pode ser

caracterizada por cefaleias, tremores, arrepios, suores, confusão mental, dores

generalizadas pelo corpo.

Quando estamos perante uma pessoa com febre, deve-se:

Informar enfermeiro ou médico presente

Deitar a criança e destapá-la (ter sempre em atenção a privacidade) ou em caso

de um adulto incentivá-lo a retirar agasalhos;

Administrar anti-pirético se prescrito, caso a situação assim o exija, após se ter

informado das medidas e medicação já tomadas anteriormente;

Se necessário aplicar compressas molhadas para um arrefecimento mais rápido.

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8- Protocolo de actuação em caso vómitos

Sempre que estamos perante uma expulsão de conteúdo gástrico pela boca, estamos

perante uma situação de vómitos.

Em termos de socorro, a única intenção é que de facto a pessoa não aspire conteúdo

gástrico. Como tal deve-se inclinar o doente para a frente para que vomite sem correr

outro risco maior.

Em pessoas com sonda nasogástrica, deve-se ter o cuidado de adaptar um saco de

plástico colector à ponta da sonda, para que desta forma o conteúdo alimentar vá

directamente para o saco e assim diminuir grandemente o risco de aspiração de vómito.

Contudo, é necessário ter em atenção que se o vómito for abundante pode na mesma sair

conteúdo pela boca, pelo que a posição da pessoa deverá ser sempre uma posição

lateralizada.

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9- Protocolo de actuação perante uma crise convulsiva

As crises convulsivas são a manifestação de uma irritação dos neurónios do tecido

cerebral, podendo as suas causas ser as mais variadas. As crises convulsivas quando

acontecem, são sempre situações geradoras de grande stress para quem assiste. Pelo que

o principal será mesmo manter a calma e tentar actuar da mesma forma.

Quando estiver perante uma crise convulsiva, devemos:

- Proteger a pessoa, amparando-lhe a queda;

- Afaste quaisquer objectos que a possam magoar;

- Se possível, proteja a cabeça com almofadas até as convulsões pararem;

- Desaperte roupas apertadas, principalmente no pescoço;

- Nunca tente agarrar a pessoa, com o intuito de parar a crise convulsiva, pois não o vai

conseguir fazer;

- Se possível tente colocar algo na boca da pessoa que a impeça de morder a língua;

- Quando a crise tiver cessado, lateralize-a para que esta respire melhor e não corra o

risco de aspirar qualquer vómito que possa ocorrer.

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10- Protocolo de actuação perante uma intoxicação

Intoxicação é a entrada no organismo de uma substância externa capaz de produzir

efeitos nocivos na saúde, causando até a morte. Estas podem ser desde uma simples

intoxicação alimentar, a uma intoxicação por substâncias nocivas.

Os sinais e sintomas característicos neste tipo de situação são, mal estar geral, suores,

vómitos e diarreia.

Perante uma intoxicação, deve-se:

Tentar encontrar, qual a substância que foi ingerida;

Procurar sinais que possam indicar lesões mais graves, tais como lábios

cianosados ou queimados;

Não provocar o vómito;

Não dar nada de beber;

Ligar 112 e encaminhar para o hospital.

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Page 14: Manual de Primeiros Socorros Meu1[1]

11- Bibliografia

PORTUGUESA, Cruz Vermelha- Manual de Primeiros Socorros. Porto: Civilização

Editores, 2002. ISBN: 989- 550-046-7

MANUAL MERCK- Biblioteca Médica On- Line. In http://www.manualmerck.net.

Consultado a 15 de Outubro de 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE- Portal da Saúde. In http://www.min-saude.pt. Consultado a

15 Outubro de 2011.

ROCHE PORTUGAL- Informação saúde. In http://www.roche.pt . Consultado a 18 de

Julho de 2009.

ROSALES, Santiago- Manual de Primeiros Socorros. Espanha: CULTURAL, SA,

2000. ISBN: 84- 8055- 393-6.

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