manual de polciamento ostensivo

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SUMÁRIO Histórico da Polícia Militar de Pernambuco............................................................................ 6 Lista de Abreviaturas................................................................................................................ 11 Identificação............................................................................................................................. 13 Nota à Segunda Edição............................................................................................................. 14 PRIMEIRA PARTE: Dos Direitos e Garantias Fundamentais.............................................. 15 SEGUNDA PARTE: Procedimentos em Ocorrências............................................................ 20 TÍTULO I - DOS CRIMES................................................................................................... 20 Abandono de incapaz........................................................................................................... 20 Ameaça................................................................................................................................ 21 Ameaça de explosões / Bombas.......................................................................................... 22 Arrombamento..................................................................................................................... 23 1) Prédios privados......................................................................................................... 23 2) Prédios públicos.......................................................................................................... 23 Assédio sexual..................................................................................................................... 24 Atentado violento ao pudor................................................................................................. 25 Ato obsceno......................................................................................................................... 25 Constrangimento ilegal........................................................................................................ 26 Dano..................................................................................................................................... 27 1) Dano qualificado......................................................................................................... 28 2) Dano comum............................................................................................................... 28 Desacatar funcionário público no exercício da função........................................................ 28 Estupro................................................................................................................................. 29 Extorsão mediante seqüestro............................................................................................... 30 Fuga / Evasão / Arrebatamento de presos........................................................................... 31 Furto a estabelecimento comercial...................................................................................... 33 Homicídio............................................................................................................................ 34 Latrocínio............................................................................................................................. 36 Invasão a prédios federais.................................................................................................... 37 Invasão à propriedade.......................................................................................................... 38 1) Propriedade privada.................................................................................................... 38 2) Propriedade pública.................................................................................................... 39 Lesão corporal..................................................................................................................... 40

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Manual de TPO (PM)

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Page 1: Manual de Polciamento Ostensivo

SUMÁRIO

Histórico da Polícia Militar de Pernambuco............................................................................ 6

Lista de Abreviaturas................................................................................................................ 11

Identificação............................................................................................................................. 13

Nota à Segunda Edição............................................................................................................. 14

PRIMEIRA PARTE: Dos Direitos e Garantias Fundamentais.............................................. 15

SEGUNDA PARTE: Procedimentos em Ocorrências............................................................ 20

TÍTULO I - DOS CRIMES................................................................................................... 20

Abandono de incapaz........................................................................................................... 20

Ameaça................................................................................................................................ 21

Ameaça de explosões / Bombas.......................................................................................... 22

Arrombamento..................................................................................................................... 23

1) Prédios privados......................................................................................................... 23

2) Prédios públicos.......................................................................................................... 23

Assédio sexual..................................................................................................................... 24

Atentado violento ao pudor................................................................................................. 25

Ato obsceno......................................................................................................................... 25

Constrangimento ilegal........................................................................................................ 26

Dano..................................................................................................................................... 27

1) Dano qualificado......................................................................................................... 28

2) Dano comum............................................................................................................... 28

Desacatar funcionário público no exercício da função........................................................ 28

Estupro................................................................................................................................. 29

Extorsão mediante seqüestro............................................................................................... 30

Fuga / Evasão / Arrebatamento de presos........................................................................... 31

Furto a estabelecimento comercial...................................................................................... 33

Homicídio............................................................................................................................ 34

Latrocínio............................................................................................................................. 36

Invasão a prédios federais.................................................................................................... 37

Invasão à propriedade.......................................................................................................... 38

1) Propriedade privada.................................................................................................... 38

2) Propriedade pública.................................................................................................... 39

Lesão corporal..................................................................................................................... 40

Page 2: Manual de Polciamento Ostensivo

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Maus tratos.......................................................................................................................... 42

Roubo a banco..................................................................................................................... 42

Roubo a pessoa.................................................................................................................... 43

Seqüestro e cárcere privado................................................................................................. 44

Sinistros............................................................................................................................... 45

1) Incêndio....................................................................................................................... 45

2) Desabamento de edifício............................................................................................. 46

3) Derramamento de substâncias químicas ou outras fontes de perigo em via pública... 46

4) Deslizamento de barreira............................................................................................. 46

Tentativa de suicídio............................................................................................................ 47

Violação de comunicação telefônica (trote)........................................................................ 48

1) Ligação feita por criança ou adolescente.................................................................... 48

2) Ligação feita por pessoa adulta.................................................................................. 48

3) Ligação originária de telefone público....................................................................... 48

Violação (invasão) de domicílio.......................................................................................... 49

TÍTULO II - DAS CONTRAVENÇÕES............................................................................. 50

Molestar alguém / Provocar alarma / Provocar tumulto...................................................... 51

Vias de fato.......................................................................................................................... 52

TÍTULO III - DO TRÂNSITO.............................................................................................. 53

Acidente de trânsito envolvendo veículo oficial................................................................. 53

Acidente de trânsito com vítimas........................................................................................ 54

Acidente de trânsito sem vítimas ........................................................................................ 54

Conflito de circulação.......................................................................................................... 55

Crimes de Trânsito............................................................................................................... 55

Remoção de veículos........................................................................................................... 58

Semáforo com defeito.......................................................................................................... 58

TÍTULO IV - DOS APOIOS................................................................................................. 59

Apoio ao Oficial de Justiça autorizado pela DGOPM........................................................ 59

Apoio ao Oficial de Justiça sem autorização da DGOPM................................................... 60

Apoio ao Oficial de Justiça vítima de agressão durante cumprimento de Mandado........... 60

Apoio a órgãos públicos...................................................................................................... 60

Apoio a Policial Militar....................................................................................................... 61

TÍTULO V - DOS VEÍCULOS............................................................................................. 62

Apropriação indébita de veículos........................................................................................ 62

Divulgação de roubo ou furto de veículo sem registro na Emergência 190 ....................... 62

Page 3: Manual de Polciamento Ostensivo

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Veículo com indícios de roubo ou furto, sem registro na Emergência 190 ........................ 62

Veículo roubado ou furtado encontrado abandonado.......................................................... 63

Veículo roubado ou furtado sem registro na Emergência 190............................................ 63

Veículo recuperado.............................................................................................................. 64

Veículo roubado ou furtado................................................................................................. 64

TÍTULO VI - DAS OCORRÊNCIAS DIVERSAS............................................................. 65

Acidente com aeronaves...................................................................................................... 65

Aeronave do Grupamento Tático Aéreo em apoio à ocorrência......................................... 66

Aeronave em Pouso e decolagem no Estádio do QCG / PMPE.......................................... 67

Criança e adolescente.......................................................................................................... 67

Condução de presos e/ou escoltas....................................................................................... 69

Custódia............................................................................................................................... 70

1) Civil acusado de ilícito penal, ferido e preso em ocorrência....................................... 70

2) Civil acusado de ilícito penal, ferido e preso oriundo de OME do Interior................. 70

3) Internamento de preso de cadeia pública, oriundo de OME do Interior..................... 71

4) Internamento de preso de justiça do CREED no Hospital da PMPE.......................... 71

Drogas.................................................................................................................................. 72

1) Dos tipos de drogas..................................................................................................... 72

2) Dos envolvidos............................................................................................................ 73

3) Dos crimes em espécies............................................................................................... 73

Disparo de alarme bancário................................................................................................. 76

Doente mental ..................................................................................................................... 77

Idoso.................................................................................................................................... 78

Informação e entrevista....................................................................................................... 81

Isolamento de local de crime e de sinistro........................................................................... 82

Localização de cadáver........................................................................................................ 84

Ocorrências envolvendo autoridades................................................................................... 84

Ocorrências envolvendo Integrantes da Segurança Pública e Forças Armadas.................. 86

1) Policial Militar............................................................................................................ 86

2) Bombeiro Militar........................................................................................................ 87

3) Policial Civil............................................................................................................... 87

4) Policial Federal........................................................................................................... 88

5) Policial Rodoviário Federal........................................................................................ 88

6) Militar do Exército...................................................................................................... 88

7) Militar da Marinha...................................................................................................... 89

Page 4: Manual de Polciamento Ostensivo

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8) Militar da Aeronáutica................................................................................................ 89

Meio Ambiente:................................................................................................................... 89

1) Dos Crimes contra a fauna........................................................................................... 90

2) Dos Crimes contra a flora............................................................................................ 90

3) Dos Crimes contra o ordenamento urbano e cultural.................................................. 91

4) Orla marítima de Pernambuco - Normas disciplinares e proibitivas de utilização...... 91

Perseguição e Cerco............................................................................................................. 92

Porte ilegal de arma............................................................................................................. 93

1) Quem pode portar arma de fogo................................................................................. 93

2) Dos crimes em espécies.............................................................................................. 94

Racismo............................................................................................................................... 96

1) Conceitos relativos a racismo..................................................................................... 96

2) Dos crimes em espécies.............................................................................................. 97

Rebelião / Motim em Estabelecimentos Prisionais............................................................. 98

Recolhimento de preso ao CREED..................................................................................... 99

Refém................................................................................................................................... 100

Resistência a Prisão e Lavratura do Auto de Resistência.................................................... 101

1) Dos crimes de resistência à prisão.............................................................................. 102

2) Das formas de resistência à prisão............................................................................. 102

3) Do auto de resistência................................................................................................ 102

4) O que deve conter o auto de resistência..................................................................... 102

Reintegração de posse......................................................................................................... 103

Socorro de urgência............................................................................................................. 105

Suspeito............................................................................................................................... 106

Tiroteio................................................................................................................................ 107

Turista ................................................................................................................................. 108

Violência doméstica............................................................................................................ 109

TERCEIRA PARTE: Resumo do Boletim de Ocorrência..................................................... 110

ANEXOS: a) Formulário do Boletim de Ocorrência............................................................... 122

b) Formulário de Auto de Resistência................................................................... 124

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 125

Currículo dos autores................................................................................................................ 128

Page 5: Manual de Polciamento Ostensivo

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HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO ORIGEM

A Polícia Militar de Pernambuco foi criada através do Decreto Imperial, datado de 11

de junho de 1825, firmado pelo imperador D. Pedro I, que criou na então Província de Pernambuco um Corpo de Polícia.

Para melhor ilustrarmos o importante e decisivo marco histórico da nossa origem, transcreveremos, na íntegra, o mencionado Decreto, que se acha exposto no Salão de Honra do Quartel do Comando Geral, situado no bairro do Derby, Recife:

“Província de Pernambuco, 11 de junho de 1825, Decreto: manda organizar provisoriamente um Corpo de Polícia, na cidade do Recife, Província de Pernambuco, a organização de um Corpo, que sendo-lhe incumbidos aqueles deveres, responda imediatamente pela sua conservação e estabilidade:

Hei de bem mandar, se organizar provisoriamente na sobredita cidade do Recife, um Corpo de Polícia na conformidade do plano que com este baixa, assignado por João Vieira de Carvalho, do meu conselho, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra; entrando para a mencionada organização o Corpo de Cavallaria de 1ª linha da mesma Província, que por este fica extinto. O Conselho Supremo Militar o tenha assim entendido e o faça executar.

Paço, em 11 de junho de 1825, 4º da Independência e do Império.

Com a rubrica de Sua Majestade o Imperador.

João Vieira de Carvalho”

EVOLUÇÃO

Segundo o Coronel da Reserva Remunerada da PMPE Roberto Monteiro, o referido Corpo de Polícia surgiu em decorrência da Confederação do Equador, movimento republicano revolucionário ocorrido em Pernambuco, em 1824, e sufocado pelo Brigadeiro Lima e Silva, que

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atingiu as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, cujos revolucionários foram derrotados e vários executados, entre eles o pernambucano Frei Caneca. Assim se manifesta o citado historiador. “O Governo Imperial havia sentido na pele a ineficiência de suas forças sediadas na Província, composta em grande número do Corpo de Cavalaria de 1ª linha. Bravos soldados, porém, o tipo de tropa não possuía muita flexibilidade em certos tipos de combates. Fazia-se necessário uma tropa mais flexível, mais variada, por doravante poderia haver necessidade de intervenções com outras características menos convencionais. Pernambuco já mostrava sua insistência em lutar pelos ideais. A grande lição aplicada aos holandeses e as mais recentes revoluções de 1817, 1821 e 1824 ofereciam às autoridades imperiais fortes motivos para a criação de uma tropa especial na Província. O Corpo de Polícia teria então o múltiplo destino: prestar, como tropa regular, um serviço de repressão em caso de anormalidade social, e como polícia, promover a prevenção contra crimes comuns, zelando assim pela ordem da cidade”.

Esse Corpo de Polícia era composto de um efetivo inicial de 320 homens e constituído em Estado-Maior, uma Companhia de Cavalaria e duas de Infantaria. Seu primeiro Quartel era sediado no Pátio do Paraíso, no Recife, onde hoje passa a Avenida Dantas Barreto e o primeiro Comandante-Geral foi o Ten. Cel. de 1ª Linha do Exército Antonio Maria da Silva Torres. Vale salientar que, a data de criação na PMPE foi comemorada do ano de 1929 a 1952, no dia 08 de novembro. Esta data natalícia inicial, foi levantada durante o Comando Geral do Cel. do Exército Brasileiro Augusto da Silveira, quando o então Diretor de Estatística Dr. Raphael Xavier, encaminhou ao Comandante Geral, uma cópia autenticada do ofício datado de 08 de novembro de 1825, em que o primeiro Comandante Geral, comunicava ao Presidente da Província, José Carlos Marinho da Silva Ferrão, a execução dos primeiros atos respectivos a organização do Corpo de Polícia desta cidade, tudo segundo se acha expresso no Relatório da Força Pública do Estado de Pernambuco, do ano de 1929.

Contudo, em pesquisas históricas realizadas nos primórdios de 1952, constatou-se graças ao trabalho realizado pelo Tenente Coronel PM João Rodrigues da Silva, que exercia o cargo de Diretor de Instrução da PM, em buscas no Arquivo da 7ª Região militar, encontrou o marco inicial da Corporação Policial Militar Pernambucana, inserto no livro das Leis do Brasil do ano de 1925, o Decreto Imperial que criou o Corpo de Polícia da Província de Pernambuco, já expresso no presente esboço histórico.

Em 25 de junho de 1825, um outro Decreto com a rubrica do Imperador D. Pedro I manda que os Corpos de Polícia da Bahia e Pernambuco tenham o mesmo uniforme que o da Corte. Pelo Decreto de 05 de novembro de 1879, foi criada a Banda de Música. A 25 de abril de 1918, em face aos ditames da Lei Federal nº. 3.216, de 03 de janeiro de 1917, passou a ser uma Força Auxiliar, Reserva do Exército, conforme convênio assinado entre o Presidente do Estado, Dr. Manoel Antonio Pereira Borba, e o Ministro da Guerra Marechal Caetano de Faria. Quatro anos depois, pela Lei nº. 1.571, de 05 de julho de 1922, foi criado o Corpo de Bombeiros, anexo a Força Pública, ficando dissolvida a então Companhia mantida pelas Companhias de Seguro, que foi organizada em 20 de outubro de 1887. Com o advento da Revolução de 04 de outubro de 1930, que teve a participação efetiva do Capitão PM Antonio Muniz de Farias, que assumiu o Comando da Corporação, e pelo Ato nº. 56, de 16 de outubro, esta deixou de ser subordinada ao Chefe de Polícia, sendo, a partir de então, diretamente subordinada ao Governador. Em 1933, pelo Decreto nº. 251, de 16 de dezembro, foi criado a Justiça Militar Estadual de primeira Instância. Em 08 de novembro de 1941, foi inaugurado o Hospital da PMPE.

Através do Decreto nº. 365, de 26 de dezembro de 1934, foi criado o Departamento de Ensino, seguindo-se deste o Curso de Candidatos Cabos (CCC) em 1937; o Curso de Candidatos a Sargentos (CCS) em 1937; o Curso de Comandante do Pelotão (CCP) em 1938 primeiro curso para Oficiais, em que o Sargento ao concluí-lo era promovido a 2º Tenente. Porém a grande evolução foi, sem dúvida, a criação do Curso de Formação de Oficiais (CFO), no ano de 1940, (Decreto nº. 454, de 19 de janeiro), seguido do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em 1943 (Decreto nº. 835, de 05 de março).

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O Departamento de Ensino (DE) em 1947, transformou-se em Diretoria de Instrução (DI), pelo Decreto-Lei nº. 1.652, de 25 de abril, que funcionou no QCG até 1968. Em 19 de janeiro de 1968, houve a inauguração do Centro de Formação de Aperfeiçoamento (CFA), no km 14 da BR-232, em Jangadinha (Decreto nº. 1477, de 17 de janeiro de 1968). Por sua vez, o CFA, evoluiu para Academia de Polícia Militar (APM), estabelecimento de Ensino Superior, criada pela Lei 6.481, estabelecimento de Ensino Superior, criada pela Lei 6.481, de 28 de dezembro de 1972, grande anelo da Corporação, inaugurada em 21 de abril de 1974, no km 38 da BR-408, em Paudalho, sediada numa área de 252 hectares, responsável pela formação e aperfeiçoamento, de centenas de Oficiais da PMPE, e de várias coirmãs do Brasil, e, em 1986, surgiu o Curso Superior de Polícia (CSP), criado pelo Decreto nº. 11.383, de 05 de maio de 1986. DENOMINAÇÕES HISTÓRICAS

Ao longo dos 170 anos de sua história, que se confunde com a do próprio Estado, a Corporação sofreu várias transformações, não só em sua estrutura organizacional, como também em suas denominações, tudo em função de um processo de adaptação aos momentos históricos das diversas fases por que passou o Brasil sob a égide do Império e da República.

Desta forma, a nossa atual Polícia Militar de Pernambuco teve, no transcorrer de sua

evolução histórica, as seguintes denominações: - Corpo de Polícia do Recife (Decreto Imperial de 11 de JUN de 1825); - Corpo de Guardas Municipais Permanentes (Resolução do Governo Regencial); - Força Policial da Província de Pernambuco (Lei de 1826); - Guarda Cívica - 1890; - Brigada Policial do Estado de Pernambuco (Decreto Lei de 13 DEZ 1891); - Corpo Policial de Pernambuco (Lei nº. 181, de 08 JUN 1896); - Regimento Policial do Estado de Pernambuco (Lei nº. 918, de 02 JUN 1908); - Força Pública do Estado de Pernambuco (Lei nº. 1165, de 17 ABR 1913); - Brigada Militar de Pernambuco (Ato nº. 125, de 31 OUT 1930); - Força Policial de Pernambuco (Lei nº. 192, de 17 JAN 1936); - Polícia Militar de Pernambuco (Decreto de 1º de JAN 1947).

PARTICIPAÇÃO EM ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS

Identificada e arraigada na História de Pernambuco e do Brasil, a Polícia Militar de Pernambuco participou de todas as campanhas e movimentos revolucionários que marcaram o império e a República, inclusive na Segunda Guerra Mundial, atuando nas missões específicas de Defesa Territorial. Portanto, a nossa mais que sesquicentenária Corporação, ao longo de sua existência, tem-se feito presente nos mais decisivos lances e episódios da História pátria, sempre na trincheira do dever, cumprindo sempre altaneira os ditames de sua canção: “Bravura e lealdade varonil".

Assim vejamos:

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a) SETEMBRADA - Movimento rebelde sem doutrina ideológica ocorrido no Recife nos idos 14 a 16 setembro de 1831, onde morreram 300 amotinados e mais 800 foram presos e embarcados para a ilha de Fernando de Noronha. b) NOVEMBRADA - Movimento Militar das Tropas de Linhas aquarteladas no Forte de Cinco Pontas, contra a regência em 15 de NOV de 1831, onde o Governador Francisco de Carvalho Paes de Andrade, com os guardas municipais e vários civis, dominou a ação antes que tomasse vulto. c) ABRILADA - Deflagrada em 14 de abril de 1832, que visava a restauração de D. Pedro I, ao trono brasileiro, que após dois dias de combate, os rebeldes depuseram as armas. d) CABANADA - Revolta que irrompeu em Pernambuco em 1832, também chamada de "Guerra dos Cabanos" e que durou quase três anos atingindo o Interior do Estado e Alagoas, falecendo inclusive o Comandante Geral dos Guardas Permanentes, Capitão José Francisco Vaz Pinho Carapeba. e) CABANAGEM NO PARÁ (1835 - 1840) - A Força Policial de Pernambuco partiu em meados de 1836, com 500 homens sob o Comando do Ten Cel Joaquim José Luiz de Souza. f) REVOLUÇÃO DE FARROUPILHA ou "GUERRA DOS FARRAPOS" (Rio Grande do Sul , 1835-1854) - Após o regresso do Pará a força Policial de Pernambuco, foi convocada para lutar no Sul do País, sob o comando do Ten Cel José Joaquim Coelho.

g) SABINADA (Bahia 1837-1838) - Movimento liderado pelo médico Sabino Vieira da Rocha. A força Policial, enviou duas Companhias, sob o comando do Ten Cel Joaquim Coelho.

h) REVOLUÇÃO PRAIEIRA- Ocorrida em Pernambuco, em 12 NOV 1848, até abril de 1849, morrendo na Soledade o líder praieiro, Desembargador Nunes Machado.

i) NA GUERRA DO PARAGUAI- Atendendo à Convocação feita pelo Governo Imperial, o então Corpo Policial, composto de 446 homens, embarcou em 9 de agosto de 1865, a bordo do navio J.S. Romão, onde foi incorporado ao 51º Batalhão de Voluntários da Pátria e outros combates, somente retornando ao recife em 1870, depois da vitória. Muitos ficaram para sempre e poucos voltaram. Entre esses poucos, inúmeros feridos e mutilados, que foram aproveitados mesmo não sendo utilizados para o serviço, pelo Corpo Provisório de Polícia.

j) NA CAMPANHA DE CANUDOS, em 1894 - A Então Brigada Policial do Estado de Pernambuco, convocada pelo Governo Federal, mandou para a Bahia um contingente com a finalidade de participar dos combates contra os fanáticos de Antonio Conselheiro, no Arraial de Canudos, onde tinha sido fundado o denominado "Império do Belo Monte". Com a derrota dos fanáticos e com a morte do " beato" Antonio Conselheiro, a Brigada retornou para Pernambuco em 30 de setembro de 1897, depois de completa vitória das tropas legalistas.

k) COMBATEU EM 1926, A COLUNA MIGUEL COSTA - Carlos Prestes, existindo um monumento, às margens da BR-232, entre o município de Custódia e o Distrito de Sítio dos Nunes, luta onde uma pedra de mármore registra o seguinte fato histórico: "Homenagem da Polícia Militar de Pernambuco à memória dos seus heróis que em 14-02-1926, aqui tombaram no cumprimento do dever, combatendo a Coluna Prestes".

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l) NA REVOLUÇÃO DE 4 DE OUTUBRO DE 1930 - Participou ativamente, principalmente por intermédio do Capitão Antonio Muniz de Farias, que tomou o Depósito de Material Bélico da 7º RM e após a vitória dos revolucionários assumiu o comando da Corporação. Comissionado no posto de Coronel, ele ficou no comando do período de 6 de outubro de 1930 a 10 de abril de 1931. é luz da história, e então Força Pública ficou a princípio com o Governador Estácio Coimbra, que fugiu por via marítima, sem dar conhecimento à Força Pública, quando 24 horas após, depois de vários focos de resistência, em favor da então legalidade, especialmente na Cavalaria, Corpo de Bombeiros e Casa de Detenção, o Comandante Geral da Força Pública, Cel Wolmer Augusto da Silveira, resolveu render-se incondicionalmente aos rebeldes vencedores.

m) Lutou bravamente contra o movimento sedicioso, ocorrido em 29 de outubro de 1931, no Recife, que visava a deposição do interventor Dr.Carlos de Lima Cavalcanti denominada a Revolta do 21º BC, que foi subjugado.

n) NA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 9 DE JULHO DE 1932, em São Paulo. A Brigada Militar de Pernambuco, mobilizada mais de uma vez pelo Governo Federal, enviou à pugna fratricida vários Batalhões da Corporação denominados de Batalhão de Caçadores (BC). O 1º Batalhão foi Comandado pelo próprio Comandante Geral, Cel. EB Jurandir Bizarria Mamede, que embarcou para São Paulo, em 20 de Julho de 1932; o 2º BC surgiu a 5 de agosto de 1932, sob o comando do major PM João Emerson Benjamim; e o 3º BC embarcou no mês de setembro, comandando pelo subcomandante da Corporação, Ten-Cel EB Afonso Augusto de Albuquerque Lima, ficando a Brigada Militar sob o comando do major PM José Venúncio de Barros, ajudante da Corporação. Essas tropas regressaram a Pernambuco em 19 de outubro de 1932. O livro Traços de uma Campanha, do Cap PMPE Agenor Cavalcanti de Carvalho, registra com detalhes essa Revolução.

o) NA INTENTONA COMUNISTA de 27 de novembro de 1935- A Brigada Militar teve uma de suas mais memoráveis e bravas participações, combatendo heroicamente os revoltosos, principalmente no Largo da Paz, no Bairro de Afogados, no Recife, conseguindo contê-los em sua marcha do município de Jaboatão até o Centro do Recife, após sangrento combate. Neste embate teve participação decisiva os então Tenente Higino Belarmino e Ismael de Góis, ex-Comandante Geral, lúcido e forte, ‚ uma testemunha viva deste episódio.

p) NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, A Força Policial de Pernambuco participou da defesa territorial, ocupando os depósitos de combustíveis na área portuária, ponto de observação no litoral, sendo também responsável pela guarda de 62 alemães, prisioneiros de guerra que ficaram confinados ao Rio de Janeiro, sob escolta de trinta praças da Força Policial, comandada pelo então Tenente Otacílio de Souza Ferraz, a bordo do navio Paconé; De regresso por terra, o referido Oficial trouxe outros prisioneiros para serem entregues à 7ª RM, que os enviaria para a Ilha de Fernando de Noronha.

q) Teve grande participação no combate sistemático e na erradicação do Cangaceirismo em Pernambuco e nos Estados vizinhos, cuja epopéia se acha registrada no livro" Lampeão", memórias de um oficial ex-comandante de forças volantes, do Major PM Optato Gueiros.

A nossa quase bi-secular Corporação, ao longo de sua existência, tem-se feito presente nos mais decisivos lances e episódios da história brasileira. Seguindo, sempre altaneira,

Page 10: Manual de Polciamento Ostensivo

1

os versos de sua canção: “Bravura e lealdade varonil”, rompeu as fronteiras de seu estado e nos dias de hoje, destaca-se no cenário mundial, cumprindo missões de cooperação internacional de estabelecimento e manutenção da paz nos mais distantes teatros de operações, lutando contra toda forma de segregação e trabalhando de maneira árdua na promoção e consolidação dos Direitos Humanos na Bósnia, na Guatemala, Angola, em Timor Leste, Kosovo e Moçambique.

182 anos passaram-se e novos desafios alinham-se nos horizontes da Polícia Militar de Pernambuco.

LISTA DE ABREVIATURAS

Art. - Artigo

ADIN - Ação Direta de Inconstitucionalidade

CCB - Código Civil Brasileiro

CMT - Comandante

CBMPE - Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco

COPOM - Centro de Operações da Polícia Militar

CIODS - Centro Integrado de Operações de Defesa Social

DP - Delegacia de Polícia

DPCA - Diretoria de Proteção da Criança e do Adolescente

DPRRFV - Delegacia Policial de Repressão ao Roubo e Furto de Veículo

GH - Guincho

GT - Guarnição Tática

GGTT - Guarnições Táticas

GU - Guarnição

GGUU - Guarnições

IC - Instituto de Criminalística

IML - Instituto Médico Legal

LCP - Lei das Contravenções Penais

MT - Moto de Trânsito

MMTT - Motos de Trânsito

OME - Organização Militar Estadual

PC - Polícia Civil

PMPE - Polícia Militar de Pernambuco

POTran - Policiamento Ostensivo de Trânsito

PT - Patrulha de Trânsito

PPTT - Patrulhas de Trânsito

RENAVAN - Registro Nacional de Veículos Automotores SDS - Secretaria de Defesa Social.

DGOPM - Diretoria Geral de Operações de Polícia Militar

Page 11: Manual de Polciamento Ostensivo

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CPC - Comando de Policiamento da Capital

CPA - Comando de Policiamento do Agreste

CPS - Comando de Policiamento do Sertão

CPM - Comando de Policiamento Metropolitano

CPZM - Comando de Policiamento da Zona da Mata

CPE - Comando de Policiamento Especializado

BPRp - Batalhão de Polícia de Radiopatrulha – Recife

RPMon - Regimento de Polícia Montada Dias Cardoso – Recife

1º BPTran - Batalhão Felipe Camarão – Recife

BPChoque - Batalhão Matias de Albuquerque – Recife

BPGd - Batalhão Paulo Guerra – Recife

BPRv - Batalhão Cel Manoel de Souza – Recife

1ª CIOE - Companhia Independente de Operações Especiais – Recife

1ª CIPCães - Companhia Independente de Policiamento com Cães – Recife

1ª CIPOMA - Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente Ecológico Vasconcelos Sobrinho – Igarassu CIPMoto - Companhia Independente de Policiamento com Motocicleta – Recife

CIATur - Companhia Independente de Apoio ao Turista – Recife

GTA - Grupamento Tático Aéreo -SDS

CIOSAC - Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga – Custódia

1º BPM - Batalhão Duarte Coelho – Olinda

2º BPM - Batalhão João Fernandes Vieira – Nazaré da Mata

3º BPM - Batalhão Martins Soares Moreno – Arcoverde

4º BPM - Batalhão Barreto de Menezes – Caruaru

5º BPM - Batalhão Gov. Nilo Coelho – Petrolina

6º BPM - Batalhão Henrique Dias – Jaboatão dos Guararapes

7º BPM - Batalhão Voluntários da Pátria – Ouricuri

8º BPM - Batalhão Agamenon Magalhães – Salgueiro

9º BPM - Batalhão Mons. Arruda Câmara – Garanhuns

10º BPM - Batalhão Joaquim Nabuco – Palmares

11º BPM - Batalhão 17 de Agosto – Recife

12º BPM - Batalhão Arraial Novo Bom Jesus – Recife

13º BPM - Batalhão Cel João Nunes – Recife

14º BPM - Batalhão Cel Manoel de Souza Ferraz - Serra Talhada

15º BPM - Batalhão Des. João Paes – Belo Jardim

16º BPM - Batalhão Frei Caneca – Recife

17º BPM - Batalhão Gal Abreu e Lima – Paulista

18º BPM - Batalhão Cel Agenor Cavalcanti – Cabo de Santo Agostinho

19º BPM - Batalhão André Vidal de Negreiros – Jaboatão dos Guararapes

20º BPM - Batalhão Cel PM Olinto de Melo Viana – São Lourenço da Mata

21º BPM - Batalhão Monte das Tabocas – Vitória de Santo Antão

Page 12: Manual de Polciamento Ostensivo

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22º BPM - Batalhão Cel PM Antônio Barbosa de Lucena – Surubim

23º BPM - Batalhão Cel PM Presciliano Pereira de Moraes – Afogados da Ingazeira

1ª CIPM - Companhia Independente Rio São Francisco – Belém de São Francisco

2ª CIPM - Companhia Independente Cap PM Arlindo Rocha – Cabrobó

3ª CIPM - Companhia Independente Ten PM Teófanes Ferraz Torres Filho – Sta Cruz Capibaribe

4ª CIPM - Companhia Independente Ten PM Cirilo de Sousa Araújo – Petrolândia

5ª CIPM - Companhia Independente Cel PM Mário Mariano de Vasconcelos Araújo – Gravatá

IDENTIFICAÇÃO

NATUREZA DO MANUAL

Manual de procedimentos operacionais como instrumento de apoio na condução de ocorrência policial.

BENEFICIÁRIOS

Público interno da Polícia Militar de Pernambuco e Sociedade.

RESPONSÁVEIS: 2ª EDIÇÃO/ REVISTA PELOS AUTORES:

MAJ PM JOSÉ ANTONIO DA SILVA FILHO MAJ PM GERALDO JORGE MACHADO DE MESQUITA CAP PM CLAUDEMIR PANTALEÃO CÂMARA

Page 13: Manual de Polciamento Ostensivo

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NOTA À SEGUNDA EDIÇÃO

Após algum tempo, com a tiragem de dois mil exemplares da 1ª edição, e pelo

compromisso profissional com a nossa Polícia Militar, sentimos a necessidade de parar, pensar e

inovar o Manual de Procedimentos em Ocorrências.

Ao final do ano de 2004, realizamos uma pesquisa no banco de dados do Centro de

Operações e foi traçado um novo perfil de tipos de emergências e ocorrências, com intuito de

reduzir o tempo resposta às demandas do 190. Isto nos serviu de parâmetro para abordarmos

outros temas relativos ao meio ambiente, drogas, homicídio, porte ilegal de armas, racismo,

assédio sexual, idoso, criança e adolescente e violência doméstica, retrato social do nosso dia-a-

dia.

Foram inseridos dispositivos constitucionais dos direitos e garantias fundamentais do

cidadão, princípios estes que norteiam as ações e procedimentos daqueles que por lei têm o dever

de usar a força necessária para compelir e restringir condutas reprováveis.

Esta obra é um misto do conhecimento jurídico e experiência profissional vivida no

Centro de Operações, o que nos dá à certeza de que todos nós podemos alçar a bandeira da nossa

Corporação no combate ao crime em Pernambuco.

É parte integrante também desta edição, um resumo do Boletim de Ocorrência que

orienta e facilita o seu preenchimento.

É mister salientar quanto à frase popular “Use o bom senso”, de conteúdo indefinido,

imensurável e desprovido de valor jurídico, não cabe no exercício da função do Policial Militar,

profissional que tem o dever legal de agir nos conflitos sociais, arriscando a própria vida em

defesa dos bens jurídicos fundamentais (a vida, a liberdade, a honra, o patrimônio, etc.), pelo

seguinte motivo: na sociedade, os seus julgadores e críticos estão sempre de prontidão para opinar

em desfavor das ações mal sucedidas do Policial Militar e, sumariamente, coloca-o no campo das

injustiças pelo insucesso.

Page 14: Manual de Polciamento Ostensivo

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Por fim, o trabalho e esforço em prol da Corporação têm nos levado a acreditar que

podemos, através da leitura, criar hábitos do saber proceder com fundamento na lei, imperativo de

que jamais podemos nos afastar.

Os Autores

PRIMEIRA PARTE

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Texto do Art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Os incisos em negrito são destaques para a atividade Policial Militar

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

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XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº. 9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz

humanas, inclusive nas atividades desportivas;

Page 16: Manual de Polciamento Ostensivo

1

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou

abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento

de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação

legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Page 17: Manual de Polciamento Ostensivo

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XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do

delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

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LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em

funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora

torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes

de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou

administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato

lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

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a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os

atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 45, de 2004)

SEGUNDA PARTE

PROCEDIMENTOS EM OCORRÊNCIAS

TÍTULO I DOS CRIMES

ABANDONO DE INCAPAZ

“Art. 133 do CPB. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e por qualquer motivo, incapaz de defender-se, dos riscos resultantes do abandono. Pena – Detenção de 06 (seis) meses a 03 (três) anos.”

ABANDONAR PESSOA: A lei se refere a menor ou adulto incapaz, ascendente ou

descendente. Para a lei, o ABANDONO significa deixá-la a sua própria sorte, exposta aos riscos sem condições de se defender.

OBJETO JURÍDICO: proteger a vida e saúde da pessoa com menor capacidade de defesa.

O SUJEITO ATIVO só poderá ser quem exerce o dever de cuidado, guarda, vigilância ou autoridade em relação à vítima.

O CUIDADO é uma relação que demanda especial atenção e zelo para com alguém. Ex: o marido tem o dever de cuidar da esposa doente e vice-versa.

A GUARDA é uma situação jurídica ou de fato em que alguém detém a responsabilidade de proteção e amparo sobre outrem. Ex: o pai tem o poder familiar e conseqüente guarda do filho.

VIGILÂNCIA importa em dever de segurança pessoal. Ex: o policial em relação a uma testemunha ou custodiado em hospital.

AUTORIDADE ocorre em relação de subordinação de direito público ou privado. Ex: o sargento em relação a sua tropa.

Mesmo que o perigo seja momentâneo, haverá o delito. Haverá aumento de pena se o abandono ocorrer em lugar ermo, escondido, solitário, com menos probabilidade de socorro, assim como se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.

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Obs.: Segundo jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, não se configura o delito se a mãe deixar os filhos trancados por absoluta necessidade de ir trabalhar fora para prover o sustento da família.

Nota: Sujeito Ativo = é o ser humano praticante da conduta típica descrita na norma penal

incriminadora; Sujeito Passivo = é o titular do objeto jurídico atingido pela conduta criminosa; Objeto Jurídico = é o bem ou interesse protegido pela norma penal. Ex.: Vida,

Patrimônio, Saúde, Honra, etc. Condicionante legal: Art.133 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência seja criança, adolescente ou adulto incapaz; 2. Acionar Guarnição (GU) para intervir.

Do Comandante da GU

1. Ao chegar ao local da ocorrência, verificar o motivo e detalhes do abandono; 2. Se não forem encontrados os responsáveis (pai, mãe, irmão, avô, avó, tios, etc) e a casa

estiver aberta, o Comandante (CMT) da GU deverá solicitar ajuda da vizinhança para diligenciar a procura dos responsáveis e permanecer na casa ou, se tiver condições, levar o incapaz (criança/adolescente ou adulto) para o seu domicílio ou residência de vizinho, como medida protetiva imediata;

3. Se forem encontrados os responsáveis, estes deverão ser conduzidos com as testemunhas à Gerência de Polícia da Criança e Adolescente (GPCA) se o incapaz for adolescente e, se criança, ao conselho tutelar ou à Delegacia de Polícia (DP) se o incapaz for adulto;

4. Se a casa estiver fechada, a GU deverá (depende da situação de emergência), arrolar testemunhas e adentrar na casa socorrendo as vítimas;

5. Se a casa estiver fechada e a situação estiver controlada, a GU deverá aguardar a chegada dos responsáveis e conduzir todos ao órgão competente;

6. Se o adolescente tiver desenvolvimento mental incompleto ou retardado, deverá ser conduzido ao setor de saúde mental do Hospital Otávio de Freitas ou Hospital correspondente local;

7. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

AMEAÇA

“Art. 147 do CPB. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave. ” “Pena: Detenção de 01 (um) a 06 (seis) meses ou multa.”

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OBJETO JURÍDICO: Atingir a paz de espírito e a tranqüilidade pessoal. AMEAÇAR: significa procurar intimidar, prometer malefícios. Não constitui crime de ameaça quando:

a) Em momento de ira, cólera ou revolta; b) Em estado de embriaguez alcoólica; c) Seja esta impossível;

A ameaça pode ocorrer por telefone. A ameaça deve originar-se de ânimo calmo e refletido. Exige-se que a ameaça seja dirigida a uma pessoa física certa e determinada (ameaça

direta). A ameaça com promessa de mal injusto e grave pode ser dirigida à terceira pessoa

ligada à vítima, como quando alguém ameaça matar pai ou mãe do sujeito passivo (ameaça indireta).

Ameaçar é, portanto, revelar à vítima o propósito de causar-lhe um mal injusto e grave, atual ou futuro, tendo uma potencialidade intimidativa e séria, através de gestos, cartas, palavras e telefonemas. Condicionante legal: Art. 147 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência e acionar a GU; 2. Acompanhar a ocorrência.

Do Comandante da GU

1. A GU, chegando ao local da ocorrência, deverá orientar e conduzir o queixoso ou

vítima da ameaça à Delegacia, se a ameaça for iminente (prestes a acontecer); 2. Se a ameaça não trouxer perigo iminente, a GU deve orientar a vítima para representar

contra o acusado na Delegacia, deixando o local e encerrando a ocorrência.

AMEAÇA DE EXPLOSÕES / BOMBAS

Ocorrências envolvendo artefatos explosivos sejam por negligência ou por ação criminosa, exige-se a atuação de uma equipe especializada (Esquadrão de Bombas da 1ª CIOE) para preservar a integridade física dos policiais e da população como um todo.

Dentro do contexto da ocorrência encontramos situações em que pode ocorrer o crime de ameaça em fazer um mal geral, o crime de dano e terrorismo no caso do crime vir a ocorrer ou a propagação falsa de crime.

Condicionante legal: Art. 147, 163 e 340 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência;

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2. Acionar o Oficial da Área para acompanhar a ocorrência; 3. Acionar o Esquadrão de Bombas da 1ª CIOE;

Do Comandante da GU

1. Isolar o local e evacuar a área; 2. Não permitir a aproximação de pessoas ao local da ocorrência; 3. Apenas permitir o acesso do público ao local da ocorrência após a retirada do artefato

ou aval da equipe da 1ª CIOE.

ARROMBAMENTO O primeiro aspecto a ser observado nesse tipo de ocorrência é se o prédio arrombado é

público ou privado; a partir daí é que são definidas as atitudes a serem adotadas.

Condicionante legal: Art. 5º, XI da CF/88, Art. 150, §1º ao 5º do CPB. 1) PRÉDIOS PRIVADOS

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Monitorar a ocorrência.

Do Comandante da GU

1. Tentar localizar primeiramente o proprietário ou responsável pelo imóvel; 2. A GU deve solicitar ao proprietário ou responsável pelo imóvel autorização para que

seja realizada a varredura no interior da edificação; 3. Caso não haja ninguém no interior do local, o proprietário ou responsável deve ser

convocado para verificar o estado em que o prédio foi deixado, orientá-lo para procurar a delegacia para registrar a queixa e, se necessário, solicitar que o mesmo assine o B.O., atestando o estado da edificação após o arrombamento;

4. Não estando presente o proprietário nem o responsável e verificando-se indícios que o prédio foi arrombado, devem ser arroladas duas testemunhas antes de adentrar no local para realizar a varredura;

5. Através de informações de populares e/ou de objetos e documentos encontrados no interior do imóvel, deve-se tentar contato com o proprietário ou responsável para que compareça ao local, entregando ao mesmo o imóvel no estado em que ele estiver;

6. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível. 2) PRÉDIOS PÚBLICOS

Procedimentos:

Page 23: Manual de Polciamento Ostensivo

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Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local, independente de quem seja o solicitante; 2. Caso o CIODS tenha sido acionado através de empresa de vigilância contratada, a

mesma deve contactar com o responsável pelo órgão para que se dirija ao local, visando a adotar as demais providências.

Do Comandante da GU

1. Verificar se o prédio é Estadual ou Federal; 2. Sendo Federal (Receita Federal, Correios, Tribunal Regional Federal, etc.), deve

realizar apenas o isolamento da área e acionar a Polícia Federal para assumir a ocorrência;

3. Se o prédio for Público Estadual, a competência para atuar é da PMPE e/ou Polícia Civil. Caso um outro crime tenha sido cometido no local, a área deve ser isolada para que seja periciada pelo Instituto de Criminalística;

4. Realizar uma varredura no interior do prédio, alterando o mínimo possível o estado das coisas;

5. O responsável pelo órgão deve ser acionado para adotar as providências no que concerne a apuração do prejuízo causado.

ASSÉDIO SEXUAL “Art. 216-A do CPB. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.”

Condições para que ocorra o crime: o autor se apresente em condições de superioridade hierárquica ou ascendência inerente ao exercício do cargo ou função. Ex: patrão, empresário em relação a sua secretária, etc.

Consuma-se o assédio com a conduta de constranger, independente de obter ou não os favores sexuais pretendidos.

O crime é de competência dos Juizados Especiais Criminais, pois a pena máxima aplicada não é superior a 02 (dois) anos.

Condicionante legal: Art. 216-A do CPB, Lei nº. 9.099/95 e Lei 10.259/01.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

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1. Gerar a ocorrência e acionar GU; 2. Orientar a GU e acompanhar a ocorrência.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência; 2. Conduzir vítima, acusado, testemunhas à delegacia; 3. O acusado não é preso, apenas será confeccionado um TCO contra o mesmo. Não há a

autuação em flagrante delito, pois é crime de menor potencial ofensivo; 4. Confeccionar seu B.O. e informar ao CIODS.

ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR

“Art. 214 do CPB. Constranger alguém, mediante ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal: “ Vide Lei nº 8.072, de 25.07.90” Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.281, de 04.06.96.) “Pena: reclusão, de seis a dez anos. “

È crime de ação pública incondicionada, ou seja, assim que a autoridade policial tomar conhecimento de indícios da ocorrência, deve instaurar o devido procedimento investigatório. É crime hediondo e, conforme a lei é inafiançável.

Contra quem pode ser praticado o Atentado Violento ao Pudor? - Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo (vítima) do crime, seja homem ou mulher,

sem qualquer limitação de idade ou condição. O objeto da tutela jurídica é a liberdade sexual, no particular aspecto da inviolabilidade carnal da pessoa contra atos de libidinagem violentos. Se a vítima for menos de 14 anos, a pena é aumentada.

Quem pode praticar o crime? - Qualquer pessoa pode praticar o atentado ao pudor. È possível a prática do crime do

marido contra a mulher.

Condicionante legal: Art. 214 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS 1. Acionar GU ao local; 2. Acompanhar o desfecho da ocorrência.

Do Comandante da GU

1. Se houver flagrante, conduzir as partes para a Delegacia competente; 2. Não havendo flagrante, a vítima deve ser conduzida à Delegacia para registrar a

queixa-crime, cabendo a autoridade instaurar o competente Inquérito Policial; 3. Durante o procedimento, a GU só fará deslocamento diverso com ordem do CIODS; 4. Ao término, preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando

disponível.

Page 25: Manual de Polciamento Ostensivo

2

ATO OBSCENO

“Art. 233 do CPB. Praticar ato obsceno em lugar público ou aberto ou exposto ao público”: “Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa.”

È crime de ação pública condicionada. De acordo com a Lei nº. 9.099 de 1995(Lei dos Juizados Especiais Criminais) é cabível o Termo Circunstanciado de Ocorrência; Deve ser preenchido o Boletim de Ocorrência e o acusado por lei deve ser liberado.

CONCEITO: A ação típica é praticar ato obsceno, impudico, que tenha característica sexual no sentido amplo, lesando o sentimento médio de pudor, em local público ou aberto ou exposto ao público.

ATO: Até o ato natural da micção se configura como o ato obsceno, desde que praticado em lugar público ou aberto ou exposto ao público. È também a considerado atos obscenos: a bolinação, o apalpar de nádegas ou seios, exibir órgãos genitais, andar ou correr desnudo, andar nu ou seminu ou com roupas intimas, o beijo lascivo, etc. A embriaguez não exclui o dolo.

Condicionante legal: Art. 233 do CPB, e Lei nº. 9.099 de 1995.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS 1. Acionar GU ao local; 2. Acompanhar o desfecho da ocorrência.

Do Comandante da GU

1. Se houver flagrante, conduzir as partes para a Delegacia competente; 2. Não havendo flagrante, a vítima deve ser conduzida à Delegacia para registrar a

queixa-crime, cabendo a autoridade instaurar o competente Inquérito Policial; 3. Durante o procedimento, a GU só fará deslocamento diverso com ordem do CIODS; 4. Ao término, preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando

disponível.

CONSTRANGIMENTO ILEGAL

“Art. 146 do CPB. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena: detenção, de 03 (três) meses a 01 (um) ano, ou multa.”

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OBJETO JURÍDICO: a liberdade de autodeterminação (liberdade de vontade) da pessoa humana na vida em sociedade. São pontos destacáveis do crime: a violência ou grave ameaça sofrida pela vítima, bem

como ter a sua vontade tolhida a não fazer o que é permitido por lei, ou fazer o que ela não mandar.

Este crime só será considerado se não constituir um outro mais grave, como roubo, estupro ou atentado violento ao pudor.

SUJEITO ATIVO: por qualquer pessoa e o sujeito passivo também pode ser qualquer um, desde que possua capacidade de entender e querer.

O constrangimento deve ser ilícito com emprego de violência ou grave ameaça, ou ainda, quando reduza a capacidade de resistência da vítima através da hipnose, drogas, etc.

Haverá aumento de pena se o agente usar arma ou se houver reunião de três ou mais, assim como se ferirem a vítima. Condicionante legal: Art. 5º, II da CF/88 e Art. 146 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Acompanhar o desfecho da ocorrência na delegacia para que o Despachante o encerre

com um breve histórico no sistema.

Do Comandante da GU

1. Encaminhar os envolvidos e testemunha(s) à delegacia; 2. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível

disponível.

DANO

”Art. 163 do CPB”. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.” “Dano qualificado: Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - Com violência à pessoa ou grave ameaça; II - Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave III - Contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; (Redação dada pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967) IV - Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

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Pena - Detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.”

CONCEITO/CONDUTA: Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Destruir significa eliminar, desfazer, desmanchar, demolir. Ex: quebrar um vidro, matar um animal, arrebentar uma porta, etc. Inutilizar implica tornar inútil, imprestável, inservível a coisa. Ex: tirar os ponteiros de um relógio, quebrar ou tirar o fone de um telefone público, etc. Por fim, deteriorar é estragar, arruinar, adulterar o objeto material. Ex: misturar solvente na gasolina, colocar água no vinho, quebrar as patas de um animal, etc.

PICHAÇÃO DE MUROS E PAREDES: É uma forma de deterioração, ao menos

quando as macula de forma grave, vindo a atingir sua incolumidade privativa. 1) DANO QUALIFICADO

O crime é de ação pú0blica incondicionada, devendo a autoridade policial instaurar o devido procedimento investigatório (Inquérito Policial ou Flagrante) nos seguintes casos:

1) Praticado com violência ou grave ameaça; 2) Com o emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui

crime mais grave. Ex: bomba caseira dentro de um jarro grande que adorna o jardim de uma residência;

3) Contra o patrimônio da União, dos Estados, dos Municípios, Empresa concessionária de serviço público ou sociedade de economia mista. Ex: o preso que danifica as grades da cadeia pública;

4) Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. Ex: o agente pretende auferir alguma vantagem moral ou econômica com sua conduta.

Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico, Art. 165 do CP foi

revogado pelo Art.62 da Lei nº. 9.605/98 – Lei do Meio Ambiente, cominando pena mais severa. Significa destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, como arquivos, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar, ou seja, patrimônio cultural brasileiro como os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, paleontológico, ecológico e científico. 2) DANO COMUM: Nos demais casos não citados neste item. Condicionante legal: Art. 163 do CPB e Lei nº. 9.099/95.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local, em caso de dano ao patrimônio público, constar no Relatório de

Serviço. Do Comandante da GU

Page 28: Manual de Polciamento Ostensivo

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1. Ao chegar no local, a GU deve deter os acusados e encaminhá-los à delegacia; 2. Após procedimentos legais na delegacia, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

DESACATAR FUNCIONÁRIO PÚBLICO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO

“Art. 331 do CPB”. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.”

“Desacatar” traz o sentido de ofender, menosprezar, humilhar, grosseira falta de

acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos e etc., ou ainda qualquer palavra que resulte em humilhação, vexame, desprestígio ou irreverência ao funcionário.

Esse crime pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive o próprio funcionário público, pois funcionário público que desacata outro, superior hierárquico ou não, despe-se dessa qualidade e equipara-se ao particular, não sendo, de forma alguma inviolável por suas manifestações.

É crime de forma livre, podendo ser cometido através de gestos, gritos, palavras ou agressão física que demonstre a intenção de desprestigiar o funcionário. O desacato não pode ser cometido pelo telefone ou por cartas, tendo que ser praticado na presença da vítima (ex: policial em ocorrência, delegado no exercício da função, etc.) ou próximo dela e que ela possa ouvir.

Condicionante legal: Art. 331 do CPB

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência com essa tipificação; 2. Orientar a GU e acompanhar a ocorrência; 3. Caso a autoridade desacatada seja componentes da GU, se for necessário, acionar outra

para servir como condutora do fato à delegacia

Do Comandante da GU

1. Arrolar testemunhas, acusado, e especificar a autoridade que foi desacatada e conduzir à Delegacia;

2. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

ESTUPRO

“Art. 213 do CPB - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça: Parágrafo único.(Revogado pela Lei n.º 9.281, de 4.6.1996)

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“Pena - reclusão, de seis a dez anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)”

Consiste em constranger mulher à conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça.

SUJEITO DO DELITO: apenas o homem pode praticar o estupro, embora a mulher possa agir em co-autoria ou como partícipe do delito e até por omissão daquele (a) que devia e podia agir para evitar o resultado.

CONJUNÇAO CARNAL: significa o coito denominado normal, que é a penetração do

membro viril masculino no órgão sexual da mulher, é a cópula vargínica completa ou incompleta, entre homem e mulher. Não é exigível ejaculação ou desvirginamento.

VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA: é indispensável que o ato seja praticado em

virtude da violência ou grave ameaça exercida pelo agente.

Condicionante legal: Art. 213 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar a ocorrência e acionar a GU; 2. Orientar a GU e monitorar a ocorrência;

Do Comandante da GU

1. Se houver flagrante, as partes deverão ser conduzidas à delegacia para que se proceda

ao auto de prisão em flagrante delito; 2. Não ocorrendo o flagrante, a vítima deve ser conduzida para a delegacia para o devido

registro da queixa-crime, e instituto de criminalística para que se proceda ao exame de corpo de delito, prova esta indispensável para a comprovação do crime em lide. A condução para o IC deverá ficar a cargo da própria delegacia;

3. Após a lavratura do flagrante ou condução da vítima à delegacia, deverá preencher o B.O. e informar ao CIODS.

EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO

“Art. 159 do CPB - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.”

A extorsão mediante seqüestro ocorre quando a privação da liberdade visa à obtenção

de vantagem econômica. Aumenta-se a pena: • Se a vítima é ascendente, descendente ou cônjuge do agente;

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• Se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;

• Se a privação da liberdade dura mais de 15 dias, havendo maior sofrimento por parte da vítima, assim como no caso de a vítima ser colocada em local sem ventilação, escuro, úmido e acorrentada.

Condicionante legal: Art. 159 do CPB

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Havendo a ocorrência de crime dessa natureza, devem ser divulgadas em toda a

RMR(Região Metropolitana do Recife): as características do seqüestrado, do veículo em que ele se encontrava (se for o caso), características dos criminosos e outras informações julgadas úteis, a fim de resguardar a vítima, caso venha a ser fruto de uma abordagem futura;

3. As viaturas devem ser orientadas a abordarem veículos com as características divulgadas;

4. Não ocorrendo o flagrante, a delegacia (especializada e distrital) deve ser informada caso ainda não tenha conhecimento;

5. Dependendo das circunstâncias do delito, deve a ocorrência ser registrada em Relatório de Serviço.

Do Comandante da GU

1. Em caso de detenção do acusado, encaminhá-lo à Delegacia Especializada para ser

adotada a providência legal; 2. Localizada a vítima, encaminhá-la à Delegacia Especializada para prestar depoimento,

caso tenha condições físicas e/ou psicológicas; 3. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

FUGA / EVASÃO / ARREBATAMENTO DE PRESOS

Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança “Art. 351 do CPB. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida à medida de segurança detentiva: Pena - Detenção, de seis meses a dois anos. ” § 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão, de dois a seis anos. § 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.

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§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado. § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa.” Evasão mediante violência contra a pessoa “Art. 352 do CPB. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa: Pena - Detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência.” Arrebatamento de preso “Art. 353 do CPB. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda: Pena - Reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à violência.”

Os crimes de fuga, evasão e arrebatamento de preso são condutas reprováveis em que Policiais Militares possam intervir ou serem envolvidos no conflito, fato geralmente decorrente da falha de procedimento durante a escolta, colocação de algemas, solicitações de paradas do preso para realizar necessidades fisiológicas, ou própria armadilha de comparsas soltos contra viaturas durante deslocamentos do Presídio- audiência – Presídio.

As regras de procedimento na condução devem ser checadas pelo Comandante da GU, logo no primeiro momento que chegar ao Estabelecimento Prisional, evitando erros de procedimentos, ficando alerta durante todo o trajeto, pois a lei penaliza, em caso de culpa, o funcionário incumbido da custódia ou guarda de acordo com dispositivo legal. Condicionante legal: Art. 351, 352 e 353 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de Operações para diligenciar e comandar as GGUU; 2. Contatar com o responsável no Estabelecimento Prisional, colhendo fotos e

informações sobre as características físicas dos fugitivos; 3. Orientar as viaturas para vistoriar veículos, principalmente de transporte coletivo, como

também realizar abordagens a pedestres; 4. Acionar os Oficiais de Operações de Motopatrulhamento e Radiopatrulhamento para

respectivamente, realizar incursões com seus efetivos nas vias secundárias e favelas próximas ao local de onde ocorreu a fuga.

Do Comandante da GU

1. Contatar com o responsável no Estabelecimento Prisional, colhendo fotos e

informações sobre as características físicas dos fugitivos; 2. Realizar incursões nas imediações do estabelecimento prisional e em vias secundárias e

favelas próximas ao local de onde ocorreu a fuga;

Page 32: Manual de Polciamento Ostensivo

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3. Informar ao CIODS a captura de qualquer fugitivo; 4. Após cumprida a missão, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

FURTO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL

“Art. 155 do CPB - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.”

A lei interpreta a conduta como apossamento da coisa alheia móvel com ânimo

definitivo. Significa tirar, tomar, apoderar-se. É denominado juridicamente de “animus furandi”. É comum ao infrator agir numa situação de descuido da vítima. São alvos do infrator: centros comerciais, quitandas, shoppings, etc. FORMAS ATÍPICAS: FURTO DE USO: ocorre quando o agente não tem intenção de apossamento

definitivo, devendo restituir o bem à vítima ou deixando-o em local onde possa ser facilmente encontrado, nas mesmas condições em que se encontrava quando foi subtraído e imediatamente após o seu uso.

FURTO DE BAGATELA: ocorre quando a coisa subtraída tem valor irrisório, que não tem valor afetivo para a vítima, não ocorrendo desfalque patrimonial. Ex: subtração de um alfinete, de uma folha de papel, de um palito, de uma banana.

A COISA DE NINGUÉM E ABANDONADA não podem ser objeto material do

crime de furto. Já a coisa perdida, se apanhada pelo agente, será objeto de apropriação de coisa achada “alheia”.

FURTO FAMÉLICO: ocorre para saciar a fome ou para satisfazer alguma necessidade

vital. O agente pode praticá-lo quando não houver outra alternativa e o estado for emergencial.

FURTO NOTURNO: se o crime for praticado durante o repouso noturno, a pena será aumentada em razão da maior periculosidade do agente, maior facilidade para o cometimento e consecução do fim desejado, assim como pela precariedade da vigilância.

FURTO PRIVILEGIADO: se o criminoso for primário e a coisa subtraída tiver pequeno valor.

FURTO DE ENERGIA: o legislador equiparou à coisa móvel a energia elétrica ou

qualquer outra energia que tenha valor econômico.

FURTO QUALIFICADO: se o crime é cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa; mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Page 33: Manual de Polciamento Ostensivo

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Nota: Fraude: é um meio enganoso usado pelo agente, que é capaz de iludir a vigilância. Escalada: é o acesso a algum lugar com a utilização de um meio anormal. Ex: entrada

pelo telhado, sacada ou por um muro alto. Destreza: é a utilização de algum tipo de habilidade que propicie a prática do furto

sem que a vítima perceba a subtração. Ex: o batedor de carteiras.

Condicionante legal: Art. 155 do CP. Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local.

Do Comandante da GU

1. A GU deve conduzir acusado(s), vítima (ou representante legal) e material furtado

(quando possível) à delegacia; 2. Em caso da fuga do acusado, orientar a vítima a registrar ocorrência na delegacia; 3. Após procedimentos legais na delegacia, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

HOMICÍDIO

“Art. 121 do CPB. Matar alguém. Pena: reclusão de 06 (seis) a 20 (vinte) anos.”

O homicídio é a morte de um homem provocada por outro. Comete-o quem, por uma

conduta comissiva ou omissiva, mata outra pessoa. São decorrências fáticas do crime: discussão entre família, desentendimento de

pequena importância, despeito, vingança, desprezo amoroso, discussão proveniente de ingestão de bebida alcoólica ou acidente de trânsito, etc. Condicionante legal: Art. 121 do CPB.

Este crime tutela o direito à vida, porém admite-se o sacrifício da vida humana em casos excepcionais devidamente autorizados por lei. (São as Causas de exclusão da ilicitude previstas no Art. 23 do CPB)

MEIOS EMPREGADOS: No MEIO DIRETO temos como exemplo: facadas, pauladas, tiros, estrangulamento,

etc. No MEIO INDIRETO temos como exemplo o fato de abandonar a vítima em local

isolado. Acrescentamos o MEIO PSÍQUICO, em que temos o caso de dar enorme susto na

vítima que sofre do coração, ou ainda, fazer alguém ter medo até morrer.

Page 34: Manual de Polciamento Ostensivo

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HOMICÍDIO POR OMISSÃO, no qual a mãe que, pretendendo matar o filho, não o alimenta.

No HOMICÍDIO DOLOSO ocorre intenção de matar, enquanto no HOMICÍDIO

CULPOSO inexiste a intenção, mas assume o risco de produzir o resultado morte. Exemplos: sujeito que dirige automóvel em alta velocidade e embriagado em local

freqüentado por crianças, sem se importar com eventual atropelamento e morte da vítima. Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima e foge para evitar a prisão em

flagrante delito. O médico que deixa de esterilizar os instrumentos cirúrgicos e o paciente morre por

infecção. O engenheiro que coloca mais areia que cimento e o prédio desaba, matando pessoas.

HOMICÍDIO SIMPLES é a modalidade básica, enquanto HOMICÍDIO

PRIVILEGIADO ocorre por relevante valor social ou moral; sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.

VALOR SOCIAL Ex: alguém que mata um perigoso estuprador, que a polícia não consegue prender. O

interesse é da coletividade.

VALOR MORAL Ex: matar alguém que sofre demasiadamente, por compaixão (eutanásia). HOMICÍDIO QUALIFICADO é tido como crime hediondo, ocorrendo por: Motivo torpe: Ex: o agente mata o desafeto para vingar-se de um desentendimento

anterior. Motivo fútil: Ex: pequena discussão entre namorados; discussão sobre futebol;

rompimento de caso amoroso. Emprego de meio insidioso ou cruel: Ex: meio que causa sofrimento na vítima como o

veneno, fogo, tortura, asfixia, explosivo ou ácido. Por emprego de recurso que torne impossível ou dificulte a defesa da vítima: Ex:

traição, emboscada e dissimulação. TRAIÇÃO: pega a pessoa desprevenida; agredida pelas costas; com ataque sorrateiro

e inesperado, como matar a vítima que dorme. EMBOSCADA: o agente se oculta para pegar a vítima despreparada DISSIMULAÇÃO: ocultação do verdadeiro propósito como o convite para passear de

carro ou a carona. HOMICÍDIO QUALIFICADO POR CONEXÃO, onde o agente comete o homicídio

como meio para executar outro delito. Exemplos: O agente mata o segurança para poder seqüestrar o patrão. Matar a vítima para que ela não noticie o crime. Matar a testemunha presencial ou o policial que vai prendê-lo. Matar o co-autor para ficar com o produto do roubo. HOMICÍDIO QUALIFICADO NO TRÂNSITO Veja no Título III – Do Trânsito, os crimes previstos.

Procedimentos:

Page 35: Manual de Polciamento Ostensivo

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Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Compartilhar ou associar a ocorrência para o IC, IML e Polícia Civil para que

compareçam ao local; 3. Inserir dados da vítima no Relatório de Homicídios para estatística diária; 4. Se o homicídio ocorrer em local de difícil acesso, a ocorrência deverá ser

compartilhada com o Corpo de Bombeiros para a retirada do corpo daquele local, colocando-o em local com melhor acesso;

5. Solicitar o Delegado da Força Tarefa, Delegado responsável pela área ou, no Interior do Estado, Delegado Regional.

Do Comandante da GU

1. A GU deve isolar o local do crime; 2. A GU deve procurar cobrir com um lençol o corpo da vítima para evitar curiosos e só o

IC e o IML poderão examinar minuciosamente; 3. Conduzir acusado(s), testemunha(s) à delegacia para as providências legais; 4. Nos casos em que o(s) acusado(s) efetuar (em) tiros contra os PMs, resistirem à prisão

ou tentarem fugir e, nesses casos, vir a ocorrer morte ou lesão corporal fazer o Auto de Resistência com testemunhas do fato, se possível, apresentado tudo na Delegacia;

5. Nos casos de socorro de acusado ferido ao Hospital, após cuidados médicos, encaminhá-lo à Delegacia;

6. No caso de necessário internamento do acusado no Hospital, solicitar apoio ao CIODS nas providências relativas à Custódia do preso, que poderá ser feita pela UNICOPOL, OME da área ou PJES extraordinariamente;

7. Na falta do acusado do delito, repassar a ocorrência e dados à autoridade policial (delegado);

8. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

LATROCÍNIO

“Art. 157, §3° do CPB. Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 a 15 anos, além da multa; se resulta morte (latrocínio), a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo da multa.

Latrocínio é uma forma de roubo em que a violência empregada pelo agente causa a morte da vítima.

É considerado como crime hediondo, de acordo com o artigo 1º, II, da lei nº 8.072 de 1990.

Diferencia-se do homicídio, pois em seu dolo (intenção de agir) constata-se, primordialmente, o fim patrimonial.

É o crime com a maior pena privativa de liberdade, em abstrato, cominada pela legislação penal, de vinte a trinta anos de reclusão.

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Há crime de Latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.

Se o agente matar a vítima e, após, resolver subtrair seus pertences, não teremos Latrocínio, mas homicídio em concurso material com furto, uma vez que prevaleceu o delito contra a vítima, já que era essa a intenção inicial do agente.

A pena pelo Latrocínio será agravada da metade (1⁄2) se a vítima é menor de 14 anos; alienada ou débio mental; não podia oferecer resistência (embriaguez, excepcional esgotamento, idade avançada ou enfermidades).

Condicionante legal: Art. 157, §3° do CPB, Súmula 610 do STF, Lei n° 8.072⁄90.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Compartilhar ou associar a ocorrência para o IC, IML e Polícia Civil para que

compareçam ao local; 3. Inserir dados da vítima no Relatório de Homicídios para estatística diária; 4. Solicitar a presença do Delegado de Homicídios no local; 5. Se o homicídio ocorrer em local de difícil acesso, a ocorrência deverá ser

compartilhada com o Corpo de Bombeiros para a retirada do corpo daquele local, colocando-o em local com melhor acesso.

Do Comandante da GU

1. A GU deve isolar o local do crime; 2. A GU deve procurar cobrir com um lençol o corpo da vítima para evitar curiosos e só o

IC e o IML poderão examinar minuciosamente; 3. Conduzir acusado(s), testemunha(s) à delegacia para as providências legais; 4. Nos casos em que o(s) acusado(s) efetuar (em) tiros contra os PMs, resistirem à prisão

ou tentarem fugir e, nesses casos, vir a ocorrer morte ou lesão corporal fazer o Auto de Resistência com testemunhas do fato, se possível, apresentado tudo na Delegacia;

6. Nos casos de socorro de acusado ferido ao Hospital, após cuidados médicos, encaminhá-lo à Delegacia;

7. No caso de necessário internamento do acusado no Hospital, solicitar apoio ao CIODS nas providências relativas à Custódia do preso, que poderá ser feita pela UNICOPOL, OME da área ou PJES extraordinariamente;

8. Na falta do acusado do delito, repassar a ocorrência e dados à autoridade policial (delegado);

9. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

INVASÃO A PRÉDIOS FEDERAIS

Procedimentos:

Page 37: Manual de Polciamento Ostensivo

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Da Coordenação do CIODS

1. Cientificar ao Diretor Geral de Operações; 2. O local invadido é Área Federal, devendo a Policia Federal ser acionada para assumir

as ações que lhe competem; 3. Se a invasão em prédio Federal ocorrer por manifestação de movimentos paredistas

(MST, CMT, CGT, PT e outros), as GGUU deverão agir em apoio às ações desenvolvidas pela Polícia Federal após ordem do Diretor ou Substituto;

4. O casos de acionamento de Prontidões do BPCHOQUE e/ou OMEs para agir no conflito deverá ser autorizado pelo Diretor ou Substituto.

Do Comandante da GU

1. O apoio interno deve estar devidamente autorizado pelo CIODS ou autoridade competente;

2. Deverá isolar o prédio, impedindo a entrada de novos manifestantes; 3. A GU ao chegar no local deverá normalizar o fluxo de veículo na via pública até a

chegada da GU do BPTran ou do órgão competente de Trânsito, ou, se for o caso, efetuar desvios no trânsito, deixando livres as adjacências do prédio invadido, com o objetivo principal de evitar a aproximação de curiosos e tumulto no trânsito.

INVASÃO À PROPRIEDADE A difícil solução do programa de reforma agrária tem levado os que lutam na questão

da terra a avançarem seus movimentos sociais do campo para os grandes centros. A proteção e garantia ao direito de propriedade é uma preocupação da Polícia Militar

durante as ações desencadeadas pelos Movimentos dos Sem Terra e suas dissidências. O proprietário de uma área é aquele que tem o registro da propriedade do imóvel,

podendo, desta forma, usar, gozar, dispor ou reivindicar sua propriedade de quem quer que seja. A Polícia Militar intervém nos conflitos de terra, nas ocorrências tentadas e

consumadas de invasão e especialmente nos apoios aos seguintes tipos de ações judiciais: a) Ação de manutenção de posse; b) Ação de reintegração de posse; c) Interdito proibitório;

Para os casos de reintegração de posse, as solicitações judiciais devem ser dirigidas a Diretoria Geral de Operações a fim de que seja encaminhada ao Comandante Geral para deliberar sobre os procedimentos através de Planejamento Operacional. Condicionante legal: Art. 5º, XXI, XXIII e LXII CF/88, Decreto Estadual nº. 30.280, de 15 de março de 2007, Portaria do Comando Geral nº. 1570, de 1º de setembro de 2006 (BG nº. 029 de 04 de outubro de 2006).

Procedimentos:

1) PROPRIEDADE PRIVADA

Page 38: Manual de Polciamento Ostensivo

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1 - INVASÃO CONSUMADA

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local.

Do Comandante da GU 1. Evitar que se processe invasão de outras pessoas; 2. Orientar ao proprietário que providencie ação judicial contra os invasores e vigilância

privada; 3. A GU deve deixar o local após as providências tomadas; 4. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

2 - INVASÃO TENTADA

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar uma ou mais GGUU ao local.

Do Comandante da GU

1. Procurar conversar com os líderes para que não tentem iniciar a invasão; 2. Identificar o proprietário do imóvel; 3. Orientá-lo a cercar ou murar o imóvel e protegê-lo com vigilância privada; 4. A GU deve deixar o local após normalizar a situação; 5. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

2) PROPRIEDADE PÚBLICA 1 - INVASÃO CONSUMADA

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. Cientificar o fato ao Diretor Geral de Operações e registrar no Relatório de Serviço.

Do Comandante da GU

1. Verificar a situação e evitar que outras pessoas continuem a invadir; 2. Repassar orientações ao representante do órgão para que promova uma ação para

retirar os invasores; 3. A GU deve deixar o local após normalizar a situação; 4. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

2 - INVASÃO TENTADA

Da Coordenação do CIODS

Page 39: Manual de Polciamento Ostensivo

4

1. Acionar uma ou mais GGUU ao local; 2. Informar ao Diretor Geral de Operações e registrar em Relatório de Serviço;

Do Comandante da GU

1. Evitar a invasão e conversar com os líderes; 2. Informar ao representante do órgão; 3. A GU deve deixar o local após normalizar a situação; 4. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

LESÃO CORPORAL

“Art. 129 do CPB”. - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: “Pena: Detenção, de três meses a um ano.” “Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de

trinta dias; II - Perigo de vida; III - Debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - Aceleração de parto: Pena: Reclusão, de um a cinco anos. § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - Enfermidade incurável; III - Perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - Deformidade permanente; V - Aborto: Pena: Reclusão, de dois a oito anos.” “Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: Pena: Reclusão, de quatro a doze anos.” “Lesão corporal culposa § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena: Detenção, de dois meses a um ano.” “Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004).” Obs.: Veja este item à parte neste Manual.

As ocorrências de agressão registradas na Emergência 190, diferentemente da

ocorrência de Vias de Fato, em que não ocorre o contato físico, está focada naqueles casos em que há a lesão provocada na vítima pela ofensa a sua integridade física.

Page 40: Manual de Polciamento Ostensivo

4

O dano à integridade corporal é a alteração anatômica prejudicial ao corpo humano, como ferimentos, equimoses, fraturas, luxações e mutilações.

O dano à saúde é a alteração de funções fisiológicas do organismo ou a mórbida perturbação do psiquismo.

OBJETO JURÍDICO: é a integridade física e a saúde física e mental do indivíduo. No que concerne à integridade corporal, o resultado deve ser significativo, ou seja,

não há o delito em casos de escoriações e eritemas. MEIO DIRETO: socos, chutes, pauladas, etc. MEIO INDIRETO: quando o agente atrai a vítima para local em que será mordida por

um cachorro ou ferida de outro modo qualquer. Atualmente, em face da Lei nº. 9.099/95, o delito de lesão corporal simples é tido

como de menor potencial ofensivo, sendo de competência do Juizado Especial Criminal. A ação penal é pública, condicionada à representação da vítima.

A lesão corporal seguida de morte é chamada de homicídio preterdoloso. Nele, o agente não quer o resultado morte e nem assume o risco de produzi-lo.

Exemplos:

a) Caso de um empurrão violento que faz com que a vítima caia em um barranco e morra devido à fratura no crânio;

b) Caso de facada na perna que atinja uma veia ou artéria e cause hemorragia irreversível e morte.

No caso de atropelamento com fuga do local, ocasionando lesão corporal culposa, a pena será aumentada de um terço. Ou ainda nos casos de lesão corporal culposa no trânsito, na direção do veículo automotor, agindo com imprudência, negligência ou imperícia, causando ofensa à integridade corporal ou à saúde da vítima (veja mais no item crimes de trânsito).

Condicionante legal: Art. 129 CPB, Lei nº. 10.886/2004 (Lei Maria da Penha) e Lei nº. 11.340/2006.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência; 2. Acionar GU de apoio para socorrer a vítima, caso o GBAPH ou SAMU não tenham

disponibilidade naquele momento;

Do Comandante da GU

1. Se a solicitação vier de qualquer policial que não tenha condições de deixar o local (policiamento fixo), tanto o Despachante como o Supervisor PM do CIODS possa, via rádio ou telefone, orientar o policial no local da ocorrência para requisitar táxi ou outro veículo particular qualquer dizendo:

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4

- “A PMPE requisita o seu táxi para socorrer pessoa ferida vítima de lesão corporal ao hospital, não devendo a corrida (deslocamento) ser cobrada”.Trata-se de procedimento acobertado por lei, em que a PMPE poderá elaborar B.O. para ser entregue ao taxista”

- 2. A GU que chegar primeiro ao local deve fazer o socorro à vítima; 3. Nos casos de prisão do agressor, fazer a condução com testemunhas e objetos

apreendidos, bem como apresentar a vítima à Delegacia ou informar o local para onde foi socorrida e se encontra sob cuidados médicos;

4. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

MAUS TRATOS

“Art. 136 do CPB. Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina. Pena: Detenção, de dois meses a um ano, ou multa.”

Exemplos de maus tratos: espancar, chicotear ou dar paulada no filho; acorrentar filho,

mãe ou pai idoso no pé da cama; colocar formiga no corpo de aluno; bater a cabeça da criança na parede, etc.

Nos casos de resultar lesão grave, morte ou for praticada contra menor de 14 anos, o CPB prevê agravamento da pena. Condicionante legal: Art. 136 do CPB e Art. 233 do ECA.

EDUCAÇÃO é a atividade destinada a aperfeiçoar a índole de uma pessoa. ENSINO é a atividade que ministra conhecimentos para a formação básica de alguém. TRATAMENTO tem o objetivo de curar males ou enfermidades. CUSTÓDIA detenção de uma pessoa com autorização legal e finalidade específica.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar uma GU ao local.

Do Comandante da GU

1. Se necessário, socorrer vítima ao hospital; 2. Conduzir acusado(s), vítima, testemunhas à Delegacia competente; 3. A GU será acionada para levar o agressor, mas o socorro de urgência deverá ser

providenciado imediatamente, caso contrário incorrerá na omissão; 4. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

Page 42: Manual de Polciamento Ostensivo

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ROUBO A BANCO

A conduta típica está prevista no CPB conforme abaixo: Roubo “Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”: Pena - Reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § “1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.”

Não importa como chegou a confirmação do assalto em estabelecimento bancário, se

por alarme no CIODS, se pelo (190) ou através das guarnições, cabe ao Coordenador, valer-se de todas as forças e meios para acionar GGUU para prender os criminosos. Condicionante legal: Art. 157 CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar as GGUU mais próximas do local do assalto; 2. Acionar o helicóptero para sobrevoar a área e orientar as guarnições no terreno para

conduzir uma possível perseguição; 3. Acionar o Motopatrulhamento, pois ele tem maior mobilidade no deslocamento; 4. Deverá divulgar as placas dos veículos utilizados no assalto, assim como características

e modelos, como também provável destino (Norte, Sul, Leste, Oeste); 5. Caso a GU consiga chegar em tempo e os assaltantes se encontrem no interior do

Banco com reféns, cabe ao Coordenador acionar imediatamente a CIOE, que conduzirá as ações no local;

6. A Coordenação deverá manter sempre o Diretor Geral de Operações informado da situação;

7. Fazer registro do fato no Relatório do Serviço.

Do Comandante da GU

1. Se a PM não chegou a tempo (Flagrante), a primeira GU que chegar ao Banco deverá colher todos os dados possíveis e transmiti-los ao CIODS;

2. Se, ao chegar no local, os elementos ainda estiverem, solicitar apoio e presença da CIOE, em caso de reféns ou cerco;

3. Assumir o controle da situação, isolando o local e mantendo os primeiros contatos com os assaltantes (ganhar tempo);

4. Solucionada a ocorrência preencher o B.O. e informar ao CIODS.

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ROUBO A PESSOA

“Art. 157 do CPB - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § “1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.”

OBJETO JURÍDICO: a posse, propriedade, integridade física, vida, saúde e liberdade individual.

DIFERENÇA ENTRE ROUBO E FURTO: no Furto há subtração da coisa móvel, enquanto no Roubo além da subtração é empregada a conduta violenta. Condicionante legal: Artigo 157 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar uma ou mais GGUU ao local.

Do Comandante da GU

1. Encaminhar acusado(s), vítima(s), testemunha(s) e material roubado à delegacia; 2. Caso, após incursões, o(s) acusado(s) tenha(m) se evadido, orientar a(s) vítima(s) a

registrar (em) o fato na delegacia; 3. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

SEQÜESTRO E CÁRCERE PRIVADO

“Art. 148 do CPB”. Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: “Pena: reclusão, de um a três anos.”

São condutas típicas diferentes. Seqüestro seria a separação da vítima de sua esfera de

segurança. Cárcere privado implica na colocação do ofendido em confinamento, a vítima é enclausurada ou confinada num quarto ou casa, havendo maior restrição de liberdade.

Em ambos, deve ter certa duração. Havendo o consentimento válido da vítima inexiste o delito. Criança que consente o arrebatamento ou a retenção, não pode ser considerado

consentimento válido, existindo, portanto, o crime.

Page 44: Manual de Polciamento Ostensivo

4

Pode ser praticado por ascendente, descendente ou cônjuge. O direito tutelado é a liberdade de locomoção, ou seja, o direito de ir e vir e escolher o lugar onde quer ficar.

O FLAGRANTE: O crime de seqüestro e cárcere privado é crime permanente, ou seja, enquanto não cessar a privação de liberdade ou o confinamento da vítima o crime está acontecendo, cabendo o flagrante em qualquer momento em que o acusado for detido. Não se elimina o crime com a restituição voluntária da vítima a sua esfera de proteção. Condicionante legal: Art. 148 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local; 2. O seqüestro e o cárcere privado são crimes hediondos de ação pública incondicionada.

Havendo a ocorrência de crime dessa natureza, devem ser divulgadas em toda RMR: as características do seqüestrado, do veículo em que ele se encontrava (se for o caso), características dos criminosos e outras informações julgadas úteis, a fim de resguardar a vítima, caso venha a ser fruto de uma abordagem futura;

3. As viaturas devem ser orientadas a abordarem veículos com as características divulgadas;

4. Não ocorrendo o flagrante, a delegacia (especializada e distrital) deve ser informada, caso ainda não tenha conhecimento;

5. Dependendo das circunstâncias do delito, deve a ocorrência ser registrada em Relatório de Serviço.

Do Comandante da GU

1. Em caso de detenção do acusado, encaminhá-lo à Delegacia Especializada para serem

adotadas as providências legais; 2. Localizada a vítima, encaminhá-la à Delegacia Especializada para prestar depoimento,

caso tenha condições físicas e/ou psicológicas; 3. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

SINISTROS

Incêndios, desabamentos, derramamentos de substâncias químicas, deslizamentos de barreiras são sinistros em que convergem ações de vários órgãos com o intuito de solucionar o problema.

A Polícia Militar como órgão de Defesa Social integrada ao CIODS, atua nessas emergências como apoio, cabendo as ações de defesa civil ao CBMPE.

Condicionante legal: Art. 144, §5º CF/88.

Procedimentos:

Page 45: Manual de Polciamento Ostensivo

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1) INCÊNDIO

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU da Área para avaliar, informar e afastar curiosos; 2. Acionar a CTTU ou PT ao local; 3. Apoiar o Corpo de Bombeiros; 4. Cientificar ao Diretor da DGOPM a necessidade de empenho de tropa do BPCHOQUE

nos casos de incêndio de vulto, a fim de isolar a área e evitar saques ou tumultos.

Do Comandante da GU

1. Apoiar as ações dos Bombeiros. Militares, CTTU na manutenção da ordem pública; 2. Normalizada a situação, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

2) DESABAMENTO DE EDIFÍCIO

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GGUU necessárias e o Oficial de Operações da Área para avaliar, informar e afastar curiosos;

2. Acionar a CTTU ou PPTT ao local; 3. Acionar efetivo da CIPCães; 4. Acionar agentes da OME de Área para detectar aproveitadores e marginais; 5. Informar o Corpo de Bombeiros para o socorro e resgate de vítimas; 6. Informar a Coordenação de Defesa Civil do Município e a Companhia Elétrica do

Estado; 7. Acionar efetivo do BPChoque a fim de assumir isolamento, evitar saques ou tumultos,

bem como evitar a entrada de moradores no edifício que se encontra sob a tutela dos órgãos de segurança e de defesa civil.

Do Comandante da GU

1. Apoiar as ações dos Bombeiros-Militares nas questões de trânsito e ordem pública; 2. Normalizada a situação, deixar o local, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

3) DERRAMAMENTO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS OU OUTRAS FONTES DE

PERIGO EM VIA PÚBLICA

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de Operações da Área para avaliar e informar; 2. Acionar a CTTU ou PPTT e MMTT para desvios e controle do tráfego; 3. Acionar o Corpo de Bombeiros para a limpeza da via; 4. Acionar outros órgãos que tenham ingerência sobre a calamidade: Companhia Elétrica

do Estado, Coordenadoria de Defesa Civil do Município e Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos;

5. Liberação da via, após não haver perigo de novos acidentes.

Do Comandante da GU

Page 46: Manual de Polciamento Ostensivo

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1. Apoiar as ações do Corpo de Bombeiros quanto às questões de trânsito e ordem

pública; 2. Normalizada a situação, deixar o local. Preencher o B.O.e informar ao CIODS.

4) DESLIZAMENTO DE BARREIRA

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GGTT necessárias e o Oficial de Operações da Área para avaliar, informar e afastar curiosos;

2. Acionar a CTTU ou PPTT ao local; 3. Acionar efetivo da CIPCães; 4. Acionar agentes da 2ª Seção da OME de Área para detectar aproveitadores e marginais; 5. Informar o Corpo de Bombeiros para o socorro e resgate de vítimas; 6. Acionar efetivo do BPChoque a fim de assumir isolamento, evitar saques ou tumultos; 7. Informar a Companhia Elétrica do Estado, Coordenadoria de Defesa Civil do

Município.

Do Comandante da GU

1. Apoiar as ações do Corpo de Bombeiros quanto às questões de trânsito e ordem pública;

2. Normalizada a situação, deixar o local, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

TENTATIVA DE SUICÍDIO

O crime de suicídio está previsto no CPB, sob a tipificação de:

“Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - Reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único - A pena é duplicada: Aumento de pena I - Se o crime é praticado por motivo egoístico; II - Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.”

Em situações de iminente tentativa de suicídio, o PM ou GU que estiver mais próximo

do local deve avaliar e iniciar negociação, repassando à Coordenação do CIODS a situação detectada, cabendo a esta decidir, consultando os órgãos superiores, se é necessário ou não o acionamento da 1ª CIOE e/ou Corpo de Bombeiros.

Nenhuma providência “heróica” deve ser adotada antecipadamente, com vistas a preservar a vida da pessoa envolvida na ocorrência.

Page 47: Manual de Polciamento Ostensivo

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Condicionante legal: Art. 122 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU mais próxima ao local; 2. Orientar ao PM ou Comandante de GU que primeiro chegar no local que não efetue

procedimentos “heróicos”, com vistas a preservar a vida da pessoa envolvida na ocorrência, e sim converse e acalme a pessoa, possibilitando a chegada rápida de pessoal especializado neste tipo de crise;

3. Avaliar a situação e verificar a necessidade de solicitar a presença de viatura resgate do CBMPE ou solicitar o acionamento da CIOE à DGOPM.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência, isolando o local; 2. O Comandante deverá fazer um primeiro contato, avaliação e negociação prévia,

repassando a situação ao coordenador do CIODS; 3. Evitar heroísmo na tomada de medidas; se necessário, solicitar o apoio do Corpo de

Bombeiros e/ou CIOE; 4. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

VIOLAÇÃO DE COMUNICAÇÃO TELEFÔNICA (TROTE)

Dentro das ligações diversas que são direcionadas ao CIODS, deparamo-nos com o Trote, sendo o anonimato a arma usual para proferir contra as teleatendentes palavras de baixo calão e outras espécies abusivas ao serviço de emergência.

Além de prejudicar e dificultar o desempenho do serviço público, pode a pessoa que causou o Trote incorrer também em crime ao perturbar e comunicar crime que não esteja ocorrendo, acionando desnecessariamente viatura da Policia Militar.

Há dois crimes previstos no Código Penal que abrange essa conduta: “a) Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico,

– Art. 266. Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento: Pena-detenção, de 01 (um) a 03 (três) anos, e multa. Parágrafo único. “Aplicam-se as penas em dobro, se o crime é cometido por ocasião de calamidade pública.”

b) “Comunicação falsa de crime ou contravenção”.

- Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que não sabe se ter verificado: Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa “

Condicionante legal: Art. 266 e 340 do CPB.

Procedimentos:

Page 48: Manual de Polciamento Ostensivo

4

Da Coordenação do CIODS

1) LIGAÇÃO FEITA POR CRIANÇA OU ADOLESCENTE

1. A Teleatendente identificará o número do telefone pelo BINA e repassará para a Supervisora Civil;

2. A Supervisora, se possível, fará ligação para o número identificado e orientará os pais ou responsável pela pessoa sobre a responsabilidade legal em caso de reincidência do fato;

3. Este procedimento é monitorado pela Supervisora Civil, evitando que seja gerado esse tipo de ocorrência.

2) LIGAÇÃO FEITA POR PESSOA ADULTA

1. A Supervisora Civil identificará o número do telefone pelo BINA e repassará para o Supervisor PM;

2. A Teleatendente continuará a distrair o usuário-perturbador, buscando pista de onde ele realiza a ligação, enquanto a Supervisora Civil informará ao Despachante o local de origem;

3. O Despachante acionará uma GU ao local com intuito de prender o infrator e encaminhar à DP;

4. Em caso de não se saber o local de origem da ligação (seja telefone convencional ou celular), a Supervisora do Teleatendimento tentará contato com o número identificado a fim de informar ao usuário que providências legais serão tomadas quanto ao ato cometido;

5. Esse fato deve ser informado ao Coordenador do CIODS a fim de acompanhamento e registro no Relatório de Serviço.

3) LIGAÇÃO ORIGINÁRIA DE TELEFONE PÚBLICO

1. Nesses casos, não se tem como verificar o local de origem da ligação; 2. Cabe a Teleatendente orientar o perturbador, informando que ele poderá ser preso por

uma GU que esteja próxima ao local; 3. A Teleatendente desligará o telefone e, em caso de reincidência da ligação, passará a

ligação para a Supervisora do Teleatendimento a fim encerrar a ocorrência; 4. O fato será registrado no Relatório de Serviço para as providências legais pela Chefia

do CIODS.

VIOLAÇÃO (INVASÃO) DE DOMICÍLIO

“Art. 150 do CPB”. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena – detenção, de 1(um ) a 3 (três) meses, ou multa.”

O objeto jurídico do tipo penal é a tranqüilidade doméstica. É o direito que cada um

tem de viver livre de intromissão de estranhos em seu lar. A entrada ou permanência deve dar-se clandestina ou astuciosamente, ou contra a

vontade expressa ou tácita de quem de direito.

Page 49: Manual de Polciamento Ostensivo

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Recorremos ao jurista Alexandre de Moraes, que em sua obra interpreta que dia é o período das 06h da manhã às 18h, ou seja, “sol alto, isto é, das seis horas às dezoito”

Locais em que o policial pode entrar numa ação policial (não se compreendendo a

expressão “casa”): • Compartimento aberto ao público: museu, cinema, bar, loja, teatro,

enfermaria de hospital; • Pastagens, campo de uma propriedade; • Lar desvirtuado, cassinos clandestinos, bar, casa de meretriz, bordéis (em

atividade); • Motéis (dependências comuns); • Repartições públicas; • Automóveis (para revista); • Locais e pontos de comércio clandestino de drogas, etc.

Locais em que o policial não pode entrar numa ação policial (compreendendo-se a

expressão “casa”): • Qualquer compartimento habitado: quarto de hotel, barraca de camping,

quartos de motel, quarto de hospital; • Compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou

atividade: consultórios, escritórios; • Dependências protegidas: jardins, alpendres, garagens, quintais, pátios, etc.

desde que fechadas, cercadas com correntes, telas ou outro material que impeça a passagem, terraço, quintal, telhado de moradia.

São exemplos clássicos de exclusão de antijuridicidade (não se constitui crime). O policial militar pode entrar nas seguintes situações:

Durante o dia: para efetuar prisão em flagrante ou através de mandado judicial, diligência (policial, judicial, fiscal ou administrativa) desde que seja por determinação judicial (mandado) ou por autorização do dono, desastre ou prestação de socorro.

Durante a noite: só em caso de crime (flagrante), desastre ou prestação de socorro.

Condicionante legal: Art. 5º, XI da CF/88, Art. 150, §1º ao 5º do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local.

Do Comandante da GU

1. Encaminhar vítima, acusado(s) e testemunha(s) à Delegacia; 2. Se houver resistência à prisão pelo acusado, confeccionar o Auto de Resistência; 3. Preencher o B.O e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando disponível.

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TÍTULO II DAS CONTRAVENÇÕES

MOLESTAR ALGUÉM / PERTURBAR A TRANQUILIDADE

“Art. 65. LCP. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranqüilidade, por acinte ou por motivo reprovável: Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ”

PROVOCAR ALARMA

“Art. 41 LCP. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto: Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.“

PROVOCAR TUMULTO /PORTAR-SE INCONVENIENTE

“Art. 40 LCP. Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não constitui infração penal mais grave; Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ”

Algumas condutas reprováveis em via pública ou em local de grande aglomeração, mesmo não sendo de maior ofensividade, fogem da normalidade e é dever do poder público intervir para garantir a ordem e paz social.

Encontramos estas situações em Estádios, Ginásios, Quadras e demais locais abertos ao público.

Tumulto: confusão, barulho, agitação, alvoroço, movimento desordenado. Portar-se inconveniente: é o modo desrespeitoso em solenidade ou ato oficial em

assembléia ou espetáculo público Condicionante legal: Art. 40, 41 e 65 da LCP.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência e acionar GU; 2. Orientar a GU e acompanhar a ocorrência;

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3. Dependendo da avaliação da GU “in loco”, gravidade e descontrole da situação, o Coordenador solicitará a DGOPM o emprego de efetivo do BPCHOQUE necessário para conter o tumulto, bem como acionará PPTT e MMTT (Informará à CTTU ou EMTT dentro de seu município) para organizar e dispersar a multidão e garantir a ordem;

4. Se for necessário, solicitará a presença de viaturas Resgate do CBMPE ou ambulância do SAMU (Recife) em casos de socorro de vítimas.

Do Comandante da GU

1. Avaliar a situação no terreno e informar a Coordenador do CIODS 2. Conduzir as partes envolvidas para a delegacia da Área; 3. Como toda essa conduta trata-se de contravenções penais, caberá perante a lei a

confecção de TCO aos acusados, se não tiver ocorrido caso mais grave; 4. Efetivo do BPCHOQUE coordenará as ações no terreno; 5. Após as providências pelo Delegado, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

VIAS DE FATO

“Art. 21 do LCP. Praticar vias de fato contra alguém Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitui crime. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)”

Vias de fato é a violência física contra pessoa que não deixa lesões ou marcas externas

nem internas. Exige-se o contato físico. Exemplos: empurrões, socos e pontapés, bofetada, puxões de cabelos, cusparadas, briga, luta, sacudir a vítima, rasgar roupa, provocar dor, arremesso de objetos etc.

Não é necessário o exame de corpo de delito, pois nem sempre as vias de fato deixam vestígios.

As vias de fato se diferenciam da lesão corporal, porque nesta deve ser entendida toda agressão física que causa ferida no corpo humano, perturbando a funcionalidade, fisiológica ou psíquica.

Como visto, as vias de fato é uma infração subsidiária (parágrafo 1º), ou seja, caso o empurrão, o soco, o pontapé venha causar lesão física ou psíquica deixa de ser contravenção para ser crime. Condicionante legal: Art. 61 da lei nº. 9099/95 (TCO), Art. 129 do LCP.

Procedimentos:

Do Coordenador do CIODS

1. Gerar ocorrência e acionar GU ao local; 2. Monitorar a ocorrência e orientar a GU.

Page 52: Manual de Polciamento Ostensivo

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Do Comandante da GU

1. Conduzir as partes envolvidas e testemunhas, se houver, à Delegacia para que seja

confeccionado o TCO; 2. Se a ocorrência envolver criança ou adolescente, seguir as orientações legais de

condução ao órgão competente, respectivamente, Conselho Tutelar ou DPCA/GPCA, conforme trata este manual;

3. Preencher o BO e informar ao CIODS o desfecho da ocorrência, ficando livre para novos acionamentos.

.

TÍTULO III DO TRÂNSITO

Considera-se trânsito a utilização de vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

Acidente de trânsito é todo evento danoso que envolva o veículo, a via ou homem e/ou animais, e para caracterizar-se, é necessário a presença de dois desses fatores.

As principais causas são: imprudência dos condutores, excesso de velocidade, desrespeito a sinalização, ingestão de bebidas alcoólicas, defeito nas vias, falta de manutenção adequada nos veículos, distração do condutor.

Quanto à competência do Estado e do Município nas questões de trânsito, ver Resolução n.º 66 do CONTRAN, que dispõe sobre a competência concorrente e exclusiva de cada órgão.

Dos 14 municípios da RMR, estão municipalizados o trânsito da cidade de Recife e Jaboatão dos Guararapes, que atendem através dos órgãos CTTU e EMTT, respectivamente.

COMPETÊNCIAS PARA ATUAR NO TRÂNSITO: a) Polícia Rodoviária Federal – no âmbito das rodovias (BR) e estradas federais, para

cumprir as normas de trânsito, efetuar levantamento dos locais de acidentes e serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas e demais atribuições dispostas no art. 20 do CTB.

b) Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executiva de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados e demais atribuições dispostas no Art. 23 do CTB. Atua nas Rodovias Estaduais (PE) através do BPRV e com o BPTRAN em municípios onde não haja trânsito municipalizado, ressalvada a competência concorrente com o município.

c) Órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios - no âmbito de sua circunscrição as atribuições dispostas no Art. 24 do CTB, dentre outras: executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas no Código, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas no Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

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Aos crimes cometidos na direção de veículos, previstos no CTB, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo (crimes) previsto na lei não dispuser de modo diverso, bem como a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO VEÍCULO OFICIAL

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar uma ocorrência sobre o fato e acionar PT ou MT (ou CTTU ou EMTT), se for o caso;

2. Solicitar a presença do IC, Delegado da Área, e IML, se for o caso; 3. Se o veículo pertencer à PMPE, acionar o Oficial de Operações da OME ou da Área

onde ocorreu o acidente para acompanhar o desfecho da ocorrência e comunicar o fato; 4. Registrar o acidente no Relatório de serviço.

Do Comandante da GU

1. Providenciar socorro de vítimas; 2. Aguardar a chegada do IC, Delegado da Área (IML em caso de vítima fatal); 3. Sinalizar o local do sinistro e evitar que novos acidentes ocorram; 4. Solicitar o apoio do GH, caso necessário; 5. Confeccionar o Boletim de Acidente e informar ao CIODS.

ACIDENTES DE TRÂNSITO COM VÍTIMAS

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Solicitar, se for o caso, uma viatura de resgate do CBMPE/CIODS e/ou ambulância do SAMU (com atuação em Recife) a fim de prestar os primeiros socorros às vítimas;

2. Acionar a CTTU ou se for o caso acionar uma PT ou MT para isolamento do local e disciplinamento do trânsito;

3. Solicitar a presença do IC, Delegado da Área e IML, se for o caso;

Do Comandante da GU 1. Sinalizar o local do sinistro, evitando novos acidentes; 2. O socorro às vítimas deverá ser prestado apenas pelo pessoal especializado, evitando

assim, um agravamento das lesões que possam existir; para isso solicite ao CIODS, a presença da viatura Resgate do Bombeiro ou, se for o caso, ambulância do SAMU ( com atuação em Recife );

3. Acionar a CTTU ou, se for o caso, acionar uma PT ou MT para isolamento do local e disciplinamento do trânsito;

4. Solicitar o apoio do GH, caso necessário; 5. Aguardar a chegada do IC e Delegado responsável e IML, se for o caso;

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6. Arrolar testemunhas, acusados, vítimas e veículo envolvido e encaminhar à Delegacia da Área;

7. Confeccionar o Boletim de Acidente e informar ao CIODS; 8. As aplicações de multas de trânsito devem ser aplicadas pela autoridade de trânsito

competente.

ACIDENTES DE TRÂNSITO SEM VÍTIMAS

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência para municípios sem trânsito municipalizado; 2. Acionar uma PT ou MT para isolamento do local e disciplinamento do trânsito se for o

caso;

Do Comandante da GU

1. Sinalizar o local do sinistro, evitando outros acidentes; 2. As aplicações de multas de trânsito devem ser aplicadas pela autoridade de trânsito

competente. 3. Os acidentes de trânsito em estacionamento privados, como shoppings, supermercados

ou em vias internas pertencentes a condomínios, devem ter os mesmos procedimentos utilizados nas vias públicas. (Art. 2º do CTB);

4. Nos casos em que um dos veículos envolvidos se evadir do local do acidente, o solicitante deve ser orientado a prestar uma queixa na Delegacia local, se possível arrolar testemunhas do ocorrido;

5. Orientar e aplicar multa cabível ao condutor responsável pelo veículo que deixou de ser retirado do leito via conforme prevê o Art. 178 do CTB;

6. Confeccionar o Boletim de Acidente e informar ao CIODS;

CONFLITO DE CIRCULAÇÃO

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar MMTT ou PPTT ao local (ou CTTU ou EMTT) se for o caso; 2. Caso seja um grande conflito, acionar o Oficial de Operações do para coordenar as

ações no terreno;

Do Comandante da GU

1. Procurar disciplinar o trânsito até o restabelecimento normal do tráfego; 2. Repassar a ocorrência para a CTTU ou EMTT, se for o caso; 3. Confeccionar o Boletim de Acidente e informar ao CIODS.

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CRIMES DE TRÂNSITO

“Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.” “Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - Detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente: I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.” “Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - Detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.” “Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - Detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.” “Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” “Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: Penas - Detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.” “Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: Penas - Detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.”

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“ Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada: Penas - Detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.” “Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” “Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” “Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” “Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Penas - Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” Parágrafo único. “Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.”

Condicionante legal: Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997 (CTB) Crimes de Trânsito e Resolução nº. 66 do CONTRAN – Infrações de Trânsito.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Solicitar, se for o caso, uma viatura resgate do CBMPE e/ou ambulância do SAMU (para ocorrência em Recife) a fim de prestar os primeiros socorros às vítimas;

2. Acionar o órgão de Trânsito Municipal ou, se for o caso, acionar uma PT ou MT para isolamento do local e disciplinamento do trânsito;

3. Solicitar o IC e o IML, caso não tenham sido acionados; 4. As ocorrências de crimes de trânsito devem ser encaminhadas à delegacia distrital.

Do Comandante da GU

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1. Sinalizar o local do sinistro, evitando novos acidentes; 2. O socorro das vítimas deverá ser prestado apenas pelo pessoal especializado, evitando

assim, um agravamento das lesões que possam existir. Para isso, solicite ao CIODS a presença da viatura Resgate do Bombeiro ou, se for o caso, ambulância do SAMU (com atuação em Recife);

3. Aguardar a chegada do IC e Delegado responsável e IML, se for o caso; 4. Solicitar o apoio do GH, caso necessário; 5. As aplicações de infrações correspondentes aos crimes de trânsito devem ser aplicadas

pela autoridade de trânsito competente e no que competir ao Delegado da Área; 6. Arrolar testemunhas, acusados, vítimas e veículo envolvido e encaminhar à Delegacia

da Área; 7. Confeccionar o Boletim de Acidente e informar ao CIODS.

. Foram relacionadas abaixo situações de destaque registradas no sistema CIODS. Os demais casos de infrações de trânsito podem ser consultados no CTB, manual de

bolso do patrulheiro de trânsito ou Resolução nº. 66 do CONTRAN.

REMOÇÃO DE VEÍCULOS

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar de forma alternada os Guinchos do BPRV e 1º BPTRAN; 2. Atender os seguintes tipos de remoções:

a) Operacional - 01: veículo roubado, furtado, abandonado em via pública, ou objeto de remoção ao depósito;

b) Operacional - 02: Viaturas Operacional PM envolvida em acidente ou baixada durante o serviço;

c) Administrativa – é procedimento solicitado junto a OME do respectivo Guincho; OBS: É proibido pelo CIODS o emprego do GH para apoio não operacional, particular ou de órgãos externos.

3. As remoções de veículos à DPRRFV poderão ser feitas em guincho particular ou de seguradoras, devendo a GU encaminhar o fato e fazer a entrega;

4. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

Do Comandante da GU

1. Repassar através de BO a ocorrência ao comandante do GH PM, em caso de não acompanhar o fato até a delegacia;

2. Em caso de apoio e ter que acompanhar o GH particular ou de seguradora de veículo, fazer a devida entrega na delegacia;

3. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS

Do Comandante do Guincho

1. Solicitar ao CIODS dados necessários para a remoção como: tipo de veículo e estado em que se encontra, devendo avaliar se é compatível e possível a remoção, e em caso de impossibilidade, informar ao CIODS;

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2. Receber, da viatura, o veículo a ser removido, e realizar a remoção até a delegacia competente;

3. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

SEMÁFORO COM DEFEITO

Procedimentos

Da Coordenação do CIODS

1. Receber do reclamante o número do semáforo, com nome da via principal e referência do local;

2. Em caso de iminente perigo de acidente de trânsito, acionar uma PT, MT ou POTRAN ao local ou, se for o caso, solicitar a presença do órgão de Trânsito do Municipal.

Do Comandante da GU

1. Identificar e repassar ao CIODS o número do semáforo, com nome da via principal e

referência do local; 2. Em caso de iminente perigo de acidente de trânsito, disciplinar o transito até a presença

do órgão competente sobre a via, se for o caso; 3. Informar ao CIODS após solução do problema ou presença do órgão competente;

preencher o BO e deixar o local.

TÍTULO IV DOS APOIOS

As solicitações de apoio a Oficial de Justiça em Mandados Judiciais devem ser dirigidas à Diretoria Geral de Operações acompanhadas do Oficio do Juiz e cópia do mandado a fim de que sejam analisadas e deliberadas pela Direção.

Para os casos de apoio judicial em que seja possível apoio por GU atrelada ao CIODS, o Diretor ou Substituto dará ordem a fim de que seja cumprido sob acompanhamento do CIODS.

Para os casos de Reintegração de Posse, as solicitações judiciais devem ser dirigidas a Diretoria Geral de Operações a fim de que sejam encaminhadas ao Comandante Geral para deliberar sobre os procedimentos através de Planejamento Operacional.

Condicionante legal: Art 5º, XXI, XXIII e LXII CF/88, Art. 524, 02 e 1560 do CCB, Decreto Estadual nº 30.280, de 15 de março de 2007, Portaria do Comando Geral nº 1570, de 1º de setembro de 2006 (BG nº 029 de 04 de outubro de 2006).

APOIO AO OFICIAL DE JUSTIÇA AUTORIZADO PELA DGOPM

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

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1. Gerar uma ocorrência e acionar uma GU; 2. Orientar a GU a seguir para o local de encontro com o Oficial de Justiça, conforme

agendamento de apoio;

Do Comandante da GU

1. Identificar e solicitar apresentação do mandado original pelo Oficial de Justiça, bem como a sua identidade funcional;

2. Usar força necessária e encaminhar quem dificultar o cumprimento do mandado; 3. Nos casos de impossibilidade de cumprimento do mandado por CASO FORTUITO

OU FORÇA MAIOR, o Comandante de GU deve informar ao Oficial de Justiça as dificuldades e prejuízos para a justiça, a fim de que decida, por ser ato da função Judicial;

4. Após o apoio, confeccionar o B.O e informar ao CIODS.

APOIO AO OFICIAL DE JUSTIÇA SEM AUTORIZAÇÃO DA DGOPM

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Informar ao Oficial de Justiça não ser possível atender o pleito; 2. Orientá-lo a oficiar pedido de apoio ao CMT Geral da PMPE, através da DGOPM..

APOIO AO OFICIAL DE JUSTIÇA VÍTIMA DE AGRESSÃO DURANTE

CUMPRIMENTO DE MANDADO

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS 1. Gerar ocorrência de agressão; 2. Acionar uma GU para apoio ao vitimado pela agressão;

Do Comandante da GU

1. Encaminhar agressor e vítima à delegacia; 2. Em caso de acusado ter fugido ou se trancado em residência, antes da chegada da

polícia, a GU deve fazer o socorro à vítima e encaminhá-la à Delegacia da Área. 3. Confeccionar o B.O e informar ao CIODS.

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APOIO A ÓRGÃOS PÚBLICOS

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. As solicitações de apoio a órgãos públicos (Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, CASA MILITAR, Conselhos Tutelares, DPCA / GPCA, DIRCON, CELPE, COMPESA, Ações das Guardas Municipais, etc.) devem se direcionadas à DGOPM para fins de análise do pedido e autorização do atendimento através do CIODS;

2. É proibido ao CIODS executar os pedidos sem autorização e sem conhecimento da Diretoria Geral;

3. De posse da autorização do apoio ou determinação verbal, orientar o Despachante para acompanhar a execução e deixá-lo informado;

4. Concluso o apoio, dar ciência no documento da execução e solicitar arquivamento;

Do Comandante da GU 1. Se for acionado para dar apoio em locais perigosos e de difícil acesso, deverá garantir a

segurança dos funcionários até o fim do serviço que estiver sendo executado; 2. Em caso de sinistro (incêndios, desabamentos, vazamentos de gás, etc.), deverá realizar

o isolamento do local até a chegada dos Bombeiros e/ou do pessoal especializado; 3. Nas solicitações decorrentes de problema de ordem criminal / ordem pública, dar o

apoio como ocorrência normal para garantir o bem jurídico fundamental da pessoa humana.

APOIO A POLICIAL MILITAR

O apoio para condução do Policial Militar de folga em viatura operacional pode ser feita em casos de emergência que impliquem risco de morte (para si ou para familiar / dependente) ou quando nesses casos estejam os meios especializados de atendimento pré-hospitalar (SAMU ou Corpo de Bombeiros / GBPH) indisponíveis.

Exemplo de Emergência: vítima de arma de fogo, fratura grave, hemorragia, espasmos e acidente com impossibilidade de locomoção, e desmaios em via pública.

Exemplos de casos de conduções proibidas: Consultas médicas, fisioterapias e condução ao clínico geral de hospital (Hospital da PM ou outro).

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Avaliar a solicitação e em caso de emergência de risco de morte do PM ou dependente, autorizar o apoio, estando indisponível o SAMU e o Corpo de Bombeiros;

2. Para os casos originados em Recife, solicitar apoio do SAMU; fora do Recife, solicitar apoio do Corpo de Bombeiros, se for o caso;

3. Para casos que não são emergências: orientar ao PM que solicite a condução a sua OME, CMH ou Centro de Assistência Social da PMPE que tem norma interna sobre condução;

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Do Comandante da GU

1. Realizar a condução autorizada; 2. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

TÍTULO V

DOS VEÍCULOS

APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE VEÍCULO “Art. 168 do CPB. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.”

Condicionante legal: Art. 168 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Para os casos de apropriação indébita de veículo não gerar ocorrência, orientar o

cidadão a se dirigir à delegacia para fazer um registro e solicitar através de ação judicial a busca e apreensão do veículo;

2. Adotar medidas de busca e apreensão por mandado judicial repassado pela DGOPM.

Do Comandante da GU

1. Em caso de abordagem ao veículo, deter o condutor e conduzi-lo à delegacia da Área; 2. Solicitar a presença do proprietário, se possível; 3. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

DIVULGAÇÃO DE ROUBO OU FURTO DE VEÍCULO SEM REGISTRO NA EMERGÊNCIA 190

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Qualquer pessoa poderá solicitar a divulgação do veículo; 2. Registrar a ocorrência pelo 190 ou na própria sala da Supervisão; 3. Orientar ao solicitante que ele está sujeito à responsabilidade penal e civil pelas

informações erradas ou falsas que comunicar ao CIODS (Art. 266 e 340 CPB);

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4. O solicitante deverá ser informado para comparecer a um dos órgãos operativos (Delegacias de Plantão) a fim dar o alerta ou a queixa na DPRRFV.

VEÍCULO COM INDÍCIOS DE ROUBO OU FURTO, SEM REGISTRO NA

EMERGÊNCIA 190

Da Coordenação do CIODS

1. Identificar no INFOSEG dados do proprietário e enviar uma GU ao respectivo endereço a fim de verificar se o veículo foi roubado/furtado;

2. Se o proprietário ou endereço do veículo não forem localizados, acionar uma PT ou MMTT ao local (GH se necessário), a fim de verificar existência de infração que possa apreender e conduzir o veículo até o depósito;

3. Se o veículo estiver travado, trancado e regularmente estacionado, o Coordenador determinará que a GU aguarde no local até a localização do proprietário ou registro do alerta ou queixa.

Do Comandante da GU

1. Remover o veículo ao depósito, entregando-o através da guia de recolhimento emitida

pela PT ou MT; 2. Em caso de impossibilidade da remoção, cientificar ao CIODS e verificar a providência

a ser adotada pelo Coordenador; 3. Adotada as providências legais, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

VEÍCULO ROUBADO OU FURTADO ENCONTRADO ABANDONADO

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Identificar no sistema os dados do proprietário e informá-lo de que o veículo será guinchado para DPRRFV;

2. Se o veículo estiver fechado ou com qualquer outro problema que impossibilite de ser guinchado, o proprietário deverá ser chamado a fim de seguir até o local e providenciar sua remoção para a delegacia especializada;

3. Fazer contato com o proprietário para que este compareça na DPRRFV para a vistoria e procedimento de baixa (auto de entrega) cabível.

Do Comandante da GU

1. Permanecer no local onde o veículo for encontrado e solicitar o GH para a remoção do

veículo ou diante da impossibilidade de guinchá-lo, aguardar a chegada do proprietário; 2. Encaminhar o veículo com o proprietário à DPRRFV e fazer a entrega do mesmo; 3. Após a entrega, preencher o B. O. e informar ao CIODS.

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VEÍCULO ROUBADO OU FURTADO SEM REGISTRO NA EMERGÊNCIA 190

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Se o proprietário não estiver no local, o CIODS aguardará o tempo necessário para que ele dê o “alerta” e, com seus dados, avisará ao mesmo para deslocar-se até o local onde o seu veículo foi encontrado.

Do Comandante da GU

1. Fazer a entrega do veículo ao proprietário através do B. O. caso este já esteja no local ou que ele mesmo tenha encontrado o veículo;

2. Orientar ao proprietário para comparecer na Delegacia para noticiar o fato; 3. Preencher o B.O, informar ao CIODS e estar livre para ocorrência.

VEÍCULO RECUPERADO

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Identificar no sistema e com o Comandante da GU, os dados do proprietário e informá-lo de que o veículo será guinchado para a DPRRFV;

2. Se o veículo estiver fechado ou com qualquer outro problema que impossibilite de ser guinchado, o proprietário deverá ser solicitado a fim de seguir até o local e providenciar sua remoção para a Delegacia competente;

3. Nos casos de veículo depenado, em que o proprietário declina ao Coordenador o não interesse de comparecer ao local por falta de condições de remoção, deve ser feito o registro no Relatório de Serviço e orientado a GU para preencher o B.O. no local com a presença de testemunhas sobre o fato;

Do Comandante da GU

1. Em caso de prisão e/ou apreensão do veículo, informar ao CIODS, receber orientação; 2. Repassar dados sobre o veículo ao CIODS para que seja acionado o proprietário ao

local; 3. Ao término das providências na Delegacia, preencher o B.O. e informar ao CIODS; 4. Nos casos de veículo depenado, em que o proprietário não tenha interesse de

comparecer ao local por falta de condições de remoção, preencher o B.O. com a presença de testemunhas sobre o fato;

5. Ao término, informar ao CIODS.

VEÍCULO ROUBADO OU FURTADO

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O Sistema de Alerta Geral de Veículos Roubados e Furtados tem por objetivo alertar

de imediato os órgãos que estão interligados ao sistema a ocorrência do crime de roubo ou furto de veículo, bem como evitar que a vítima se desloque para vários órgãos de Segurança a fim de tratar do mesmo assunto.

O princípio da eficiência e eficácia são as características desse sistema. SÃO ÓRGÃOS OPERATIVOS DO SISTEMA: CIODS/PMPE, DPRRFV

(Delegacia Policial de Repressão ao Roubo e Furto de Veículos), DMPRF (Delegacia Metropolitana de Polícia Rodoviária Federal), UNICOMPOL (Polícia Civil) e viaturas possuidoras de terminal de consulta com o sistema AUTOTRACK.

ALERTA – É a situação de roubo ou furto de veículo registrado pelo usuário após o momento do delito, nos órgãos operativos do Sistema Alerta Geral. A vítima após ter dado o Alerta, terá 24 horas para confirmar o fato com a queixa na DPRRFV, sob pena dos dados saírem do sistema.

QUEIXA – É a situação de roubo ou furto de veículo registrado em definitivo e confirmado na DPRRFV. A queixa pode ser dada de imediato na referida Delegacia, ou logo depois (no período de 24 horas) após o registro do Alerta.

Condicionante legal: Of.n.º 75/2001/DETI/SDS-06AGO01, Ofício nº. 261/2001 – CPRM.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. As Teleatendentes do 190 geram ocorrência para divulgar o veículo com as viaturas do

Sistema; 2. Orientar as vítimas para registrarem a queixa na DPRRFV; 3. Informar ao proprietário do veículo, em caso de apreensão do carro, para seguir à

Delegacia ou ao local onde se encontra o veiculo com chave do mesmo (ou outro material necessário), bem como avisá-lo quando houver necessidade de reboque da seguradora para conduzir o veículo à Delegacia competente e acompanhamento do mesmo.

Do Comandante da GU

1. Anotar as placas dos veículos roubados/furtados divulgados pelo CIODS; 2. Ficar atento, abordando todos os veículos com características semelhantes ao veículo

divulgado; 3. Em caso de prisão dos acusados e/ou apreensão do veículo, informar ao CIODS e

encaminhar à DP; 4. Ao término das providências na Delegacia, preencher o B.O. e informar ao CIODS.

TÍTULO VI DAS OCORRÊNCIAS DIVERSAS

Page 65: Manual de Polciamento Ostensivo

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ACIDENTES COM AERONAVES

A emergência aeronáutica é caracterizada por uma situação de perigo em que uma aeronave e/ou seus tripulantes e passageiros se encontrem na iminência de ocorrência de sinistro.

Exemplos: • Defeito técnico ou deficiência operacional; • Acidente ou incidente aeronáutico; • Apoderamento ilícito; • Suspeita de sabotagem a bordo; • Ameaça de bomba a bordo, etc.

Condicionante legal: Plano de Emergência da INFRAERO, de 30 de julho de 1999.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de operações para isolamento e avaliação do local; 2. Informar ao Departamento de Aviação Civil (DAC) e/ou Base Aérea do Recife; 3. Informar ao Corpo de Bombeiros; 4. Acionar a Prontidão do BPCHOQUE e/ou equipe da CIOE, com a devida autorização

do Diretor Geral de Operações; 5. Acionar o BPRV e PRF, respectivamente, para sinistros na PE ou BR existentes no

entorno do aeroporto, se for o caso; 6. Em caso de acidente com aeronave em uso pela CITAER, adotará as providências

constantes nos itens anteriores, se for cabível.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência; 2. Afastar curiosos até a chegada de pessoal técnico e forças amigas acionadas pelo

CIODS; 3. Receber orientação e apoiar o Comandante das ações no terreno; 4. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

AERONAVE DO GRUPAMENTO TÁTICO AÉREO EM APOIO À OCORRÊNCIA

O acionamento da aeronave pertencente ao Sistema de Defesa Social do Estado, será

feito pelo Chefe do GTA, no caso de missões imediatas de radiopatrulhamento preventivo e de salvamento, ou pelo responsável pelas operações aéreas, no caso de missões pré-planejadas, mediante ordem de serviço por definição em Plano de Ação, e pelo Secretário de Defesa Social e Secretário Executivo de Defesa Social, em qualquer hipótese.

Os procedimentos operacionais são disciplinados por Portaria do Secretário de Defesa Social, quando designada a Chefia do GTA. Condicionante legal: Decreto Estadual nº. 31.214, de 20 de dezembro de 2007.

Procedimentos:

Page 66: Manual de Polciamento Ostensivo

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Da Coordenação do CIODS

1. Para o empenho da aeronave, de acordo com o tipo de missão, deverá consultar o

respectivo responsável conforme prevê o Decreto de referência; 2. Para a autorização, o Coordenador deverá repassar os detalhes da ocorrência ao

responsável direto para analise e decidir sobre o empenho; 3. Autorizado o empenho, deve monitorar e acompanhar a ocorrência, repassando ao

Comandante da Operação as informações necessárias do conflito em terra;

Do Comandante da GU

1. O comandante de GU de maior posto ou graduação será o Coordenador das ações no terreno;

2. Dar cobertura em terra e apoiar a ação do Helicóptero; 3. Repassará dados da ocorrência e situação ao CIODS para orientar e facilitar o apoio do

Helicóptero; 4. Efetuará as prisões e apreensões devidas, conduzindo testemunhas, acusados, e vítimas

à delegacia competente; 5. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

AERONAVE EM POUSO E DECOLAGENS NO ESTÁDIO DO QCG/PMPE

Considerando a necessidade de se estabelecerem medidas de controle e segurança referentes a pousos e decolagens de Helicópteros não pertencentes à PMPE/SDS, no Estádio do QCG, o Comando Geral da PMPE determinou que, em caso de autorização para pouso de aeronaves (helicóptero), o CIODS, de imediato, deverá cientificar ao Oficial de Dia a procedência da aeronave e o motivo da aterrissagem, a fim de que o mesmo tome conhecimento e adote os procedimentos previstos em Determinação do Comando Geral.

Condicionante legal: Determinação publicada no BG n.º 135, de 20 de julho de 2005.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS 1. Ao receber solicitação de pouso de aeronave (Helicóptero não pertencente à

PMPE/SDS), no Estádio do QCG, analisar o pedido e o motivo; 2. Informar ao Oficial de Dia ao QCG, a procedência da aeronave e o motivo do seu

pouso;

Do Oficial de dia ao QCG/PMPE 1. É responsável pelo monitoramento após ser informado sobre o pedido de pouso. 2. Adotar as providências previstas pela determinação; 3. Providenciar o monitoramento do local e orientação ao piloto da aeronave autorizada a

pousar.

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CRIANÇA E ADOLESCENTE

Alguns procedimentos legais devem ser observados pelo Comandante de GU na condução de ocorrência que envolva criança e adolescente ao órgão competente, evitando deslocamentos diversos, tais como: fazer buscas de documentos que identifiquem a criança ou adolescente, condução de parentes do infrator da residência à DPCA⁄GPCA, entrega de nota de culpa. Evitar também outros tipos de procedimentos e deslocamentos não autorizados após terem sido realizadas as diligências necessárias “in loco” e encaminhados os envolvidos ao órgão competente.

Alguns conceitos relacionados à criança e ao adolescente devem ser de conhecimento dos condutores da ocorrência, como:

CRIANÇA – Pessoa até 12 anos incompletos; ADOLESCENTE – Pessoa de 12 a 18 anos incompletos; ATO INFRACIONAL – Conduta descrita como crime ou contravenção praticado por criança ou adolescente. CRIANÇA E ADOLESCENTE:

a) Ao cometer ato infracional, é procedida Lavratura do Auto de Infração; b) O procedimento de autuação em flagrante é para adulto; c) Pelo ato infracional praticado são apreendidas, diferentemente do adulto que são

presos; d) Devem ser conduzidos no banco traseiro da viatura e sem algemas. Em ato infracional com participação de adulto, a ocorrência deve ser encaminhada

inicialmente para o órgão competente, Conselho Tutelar ou DPCA/GPCA e só depois encaminhar o adulto para a delegacia (Distrital, Especializada ou Plantão). Condicionante legal: Estatuto da criança e do adolescente ( ECA – Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990, Ofício Circular DGOPM nº. 341, de 14 de setembro de 2005)

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência; 2. Orientar a GU; 3. Intervir na ocorrência, para o encaminhamento e solução do conflito.

Do Comandante da GU:

CRIANÇA:

1. Intervir na ocorrência;

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2. Informar ao CIODS os deslocamentos a serem realizados; 3. Efetuar a apreensão da criança em situação de risco (vítima) ou em conflito com a lei

(infrator); 4. Efetuar, antes de seguir ao Conselho Tutelar, dentro de sua área de atuação (Bairro), as

diligências necessárias para arrolar testemunhas, vítimas, objeto do ato infracional e identificação da criança, se possível acompanhado de parente;

5. Encaminhar a criança imediatamente ao Conselho Tutelar do município em que o mesmo seja domiciliado;

6. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

ADOLESCENTE:

1. Intervir na ocorrência; 2. Informar ao CIODS os deslocamentos a serem realizados; 3. Efetuar a apreensão do adolescente autor de ato infracional; 4. Efetuar, antes de seguir à DPCA/GPCA, dentro de sua área de atuação (Bairro), as

diligências necessárias para arrolar testemunhas, vítimas, objeto do ato infracional e identificação do adolescente, se possível acompanhado de parente;

5. Encaminhar o adolescente imediatamente à DPCA/GPCA; 6. Confeccionar o seu B.O. e informar ao CIODS.

Casos que em que a lei exige o encaminhamento da criança ou adolescente ao órgão competente: a) Vítima de abandono; b) Vítima de abuso sexual; c) Vítima de exploração do trabalho; d) Vítima da prostituição; e) Portadores de deficiência em situação de abandono; f) Foragidos de casa (do seu lar); g) Outras situações que coloquem em risco a integridade emocional, moral, mental e

física, etc.

CONDUÇÃO DE PRESOS E/OU ESCOLTAS

A condução de presos especiais ou comuns requer uma atenção redobrada das GGUU designadas, a fim de evitar fugas por negligência ou evitar que o policiamento seja alvo de uma investida armada de criminosos para a libertação do preso.

Condicionante legal: Ofício nº. 269/00 - SecOp (CPRM).

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Presos oriundos do Presídio Professor Aníbal Bruno (PPAB), Presídio Professor

Barreto de Campelo (PPBC) e Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) – A PM, através do CIODS, dará apenas apoio quando solicitado formalmente, quanto ao reforço durante a escolta, já que a condução é de responsabilidade da SERES e Agentes Penitenciários destes estabelecimentos prisionais;

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2. Presos oriundos do CREED – As escoltas obedecerão a uma solicitação formal (Ofício) e serão exclusivamente para socorro de urgência. As demais escoltas deverão ser realizadas por efetivo do CREED mediante solicitação à DGOPM.

Do Comandante da GU

1. Receber formalmente o preso do estabelecimento prisional, exercendo as cautelas

necessárias para a condução/escolta; 2. Informar ao CIODS o andamento da missão e a entrega do preso ao seu

estabelecimento de origem; 3. Confeccionar o seu B.O. e informar ao CIODS.

CUSTÓDIA

O ato de prender e custodiar devem ser revestidos de legalidade em respeito aos princípios constantes na Carta Magna.

Custodiar é o ato de guardar, proteger, manter em segurança e sob vigilância, algum bem ou pessoa que se encontra apreendida, presa, detida ou sob cuidados especiais.

Para a implantação da custódia, deve ser observado o princípio da legalidade e legitimidade de quem partiu a ordem desse procedimento, a fim de não estarmos incorrendo em crime de Abuso de Autoridade.

Condicionante legal: Art. 5º, inciso XLIV CF/88, BI nº. 198/ CPRM/19NOV95 , Art. 120 da LEP.

1) CIVIL ACUSADO DE ILÍCITO PENAL, FERIDO E PRESO EM OCORRÊNCIA

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Orientar a GU para conduzir a ocorrência; 2. Acionar o Oficial da OME responsável pela custódia conforme cronograma de

custódia da DGOPM para assumir definitivamente a custódia, bem como adotar os procedimentos posteriores relativos à custódia, recebendo logo que possível da Coordenação do COPOM uma fotocópia do documento legal do feito;

3. Em caso de indisponibilidade de efetivo de OME escalada, designará outra OME na seqüência da escala para assumir a custódia.

Do Comandante da GU

1. A GU envolvida deverá fazer o SOS do ferido ao hospital; 2. Em caso de internamento, implantar custódia temporariamente; 3. O Oficial condutor da ocorrência deverá manter contato com o Delegado da Área a fim

de assumir a custódia; 4. Em caso de a PM assumir a custódia, o Oficial condutor da ocorrência deve exigir do

Delegado, que fornecerá incontinente, o ofício que legalize o procedimento; 5. Confeccionar o seu B.O. e informar ao CIODS.

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2) CIVIL ACUSADO DE ILÍCITO PENAL, FERIDO E PRESO, ORIUNDO DE OME DO INTERIOR

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial da OME prevista naquele dia, conforme cronograma de custódia da DGOPM, para ao hospital onde se encontra o acusado e a GU/OME interior;

2. Cientificar o Oficial da referida OME/Interior para que providencie ofício que legalize a custódia com o Delegado competente e envie ao CIODS via fax;

3. Orientar ao Oficial da OME que assumir definitivamente a custódia para que adote procedimentos relativos à custódia e logo depois receba do CIODS fotocópia do documento legal do feito;

4. Em caso de indisponibilidade de efetivo da OME escalada, o Coordenador elegerá outra OME na seqüência da escala para assumir a custódia.

Do Comandante da GU

1. Repassar a ocorrência ao Oficial que implantará a custódia; 2. O Oficial responsável pela custódia colherá os dados da ocorrência e do acusado,

implantando a custódia; 3. Repassar dados da custódia a sua OME para as providências cabíveis.

3) INTERNAMENTO DE PRESO, DE CADEIA PÚBLICA ORIUNDO DE OME DO INTERIOR

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial da OME prevista naquele dia, conforme cronograma de custódia da

DGOPM, para ao hospital onde se encontra o acusado e a GU/OME interior; 2. Cientificar o Oficial da referida OME/Interior para que providencie ofício do juiz ou

do responsável pelo preso (carcereiro) que legalize a custódia e envie ao CIODS via fax;

3. Oficial de Operações que assumir definitivamente a custódia, adotará os procedimentos relativos à custódia, recebendo através do CIODS uma fotocópia do documento legal do feito;

4. Em caso de indisponibilidade de efetivo da OME escalada, o Coordenador elegerá outra OME para assumir a custódia.

Do Comandante de GU

1. Repassar a ocorrência ao Oficial que implantará a custódia; 2. O Oficial responsável pela custódia colherá os dados da ocorrência e do acusado,

implantando a custódia; 3. Repassar dados da custódia a sua OME para as providências cabíveis.

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4) INTERNAMENTO DE PRESO DE JUSTIÇA DO CREED NO HOSPITAL DA PMPE

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial da OME escalada para custódia (conforme cronograma no CIODS); 2. O Oficial de Dia ao CREED deverá enviar, via fax, ao CIODS documento que legaliza

a saída do preso daquele Centro; 3. A OME responsável pela custódia receberá do Coordenador documento que formaliza

a custódia; 4. Cientificar o Oficial da OME que assumir a custódia para adotar os procedimentos

relativos à custódia, entregando-lhe uma fotocópia do documento legal do feito; 5. Em caso de indisponibilidade de efetivo da OME escalada, o Coordenador elegerá

outra OME para assumir a custódia.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência e implantar a custódia; 2. Informar dados da custódia e da ocorrência ao Coordenador; 3. Repassar dados da custódia ao Oficial da OME que vier a assumi-la definitivamente; 4. Ao assumir a ocorrência, adotar os procedimentos relativos à custódia, solicitar cópia

do documento da ativação da custódia e cientificar o seu comandante; 5. Confeccionar o seu B.O. e informar ao CIODS.

DROGAS

É dever de toda pessoa física ou jurídica colaborar na prevenção e repressão ao consumo e tráfico ilícitos e uso indevido de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.

A Organização Mundial de Saúde define “droga como qualquer substância natural ou sintética que, administrada por qualquer via no organismo, afete sua estrutura ou função.”

De acordo com a definição legal, “consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União”.

A Lei nº. 11.343/06 (LEI DE DROGAS) prevê que até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito (parágrafo anterior), denominam-se “drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº. 344, de 12 de maio de 1998.”

1) Dos Tipos de Drogas:

Dentre as drogas mais comuns, temos: a) MACONHA – denominação no Brasil, dada a planta “CANNABIS SATIVA”; O

THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância química fabricada pela própria maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos da planta. Apresenta-se em forma prensada e em papelotes para distribuição. São alguns de seus efeitos: olhos avermelhados, taquicardia, boca seca, angústia, relaxamento, calma, sudorese, membros trêmulos, vontade de rir, etc.

b) COCAÍNA - É extraída das folhas do arbusto “ERYTROXYLON COCA”, conhecida como coca ou epadú. Apresenta-se de outras maneiras: pode ser

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cheirada, injetada, fumada, mascada (folha da coca). São alguns dos seus efeitos: confiança, euforia, aumento da pressão sanguínea e aumento da freqüência respiratória, aumento dos batimentos cardíacos, tensão dos músculos e tremores no corpo.

c) ECSTASY (ÊXTASE) - É um tipo de anfetamina com propriedades alucinógenas. Apresenta-se em forma de comprimidos. São alguns de seus efeitos: Sensação de bem-estar, plenitude e leveza, sentidos aguçados, aumento da disposição e resistência física, alucinações, percepção distorcida de sons e imagens, perda da timidez.

d) INALANTES - São substâncias voláteis. São produtos industrializados ou podem ser preparados através de fórmula caseira. Algumas delas são produtos legais vendidos normalmente no comércio, pois têm suas aplicações originais não ligadas ao uso entorpecente, mas por causa de suas propriedades acabam sendo usadas como drogas. Apresenta-se como: Gasolina, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica, clorofórmio, lança perfume, éter, spray para cabelos. Alguns de seus efeitos: Descompasso da respiração, fornecendo uma sensação de estrangulamento, palpitação do coração, impulsividade, irritabilidade, fala arrastada e podem ser presenciados estados psicóticos.

e) Outros tipos de drogas: CRACK, HEROÍNA, ÓPIO, ÁLCOOL, LSD, ANABOLIZANTES que fazem parte também do Sistema Antidrogas.

2) Dos Envolvidos:

A Lei de Drogas definiu melhor as pessoas envolvidas com drogas e tipificou os crimes, conforme a seguir:

Dependente: é o indivíduo que, por prazer, não consegue controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva. Usuário: é a pessoa que adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo para consumo pessoal, qualquer tipo de droga proibida. O usuário não se confunde, de modo algum, com o traficante, financiador do tráfico. Traficante: é o responsável pela difusão do vício. Hoje ele deixou de ser aquele marginal que morava em favelas para se tornar um criminoso sofisticado. É quem responde pela trajetória da substância entorpecente, detentor do cargo mais alto da carreira criminosa.

3) Dos Crimes em espécies:

“Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - Advertência sobre os efeitos das drogas; II - Prestação de serviços à comunidade; III - Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.” “Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar,

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trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

II - Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;

III - Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

Pena - Detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

“Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - Reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.”

“Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - Reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.”

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“Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.”

“Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.”

“Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.

Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente.”

“Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.

Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de quatro (quatro) a seis (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos)dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. ”

A Lei em seu Art. 44 reza que os crimes previstos nos Arts. 33 caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Condicionante legal: Lei nº. 11.343, de 23 Agosto de 2006.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS 1. Gerar ocorrência; 2. Repassar os detalhes da ocorrência a GU e acompanhar.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência; 2. Prender os infratores e apreender a droga;

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3. Proceder, se possível, a pesagem da droga em balança convencional, antes de seguir à delegacia competente;

4. Se o peso da droga for menor que 200g, conduzir a ocorrência para a Delegacia de Entorpecentes da Polícia Civil;

5. Se o peso da droga for maior que 200g, conduzir a ocorrência para o Departamento da Polícia Federal;

6. Em caso de apreensão da droga sem prisão dos responsáveis, o Comandante da GU deve fazer a apreensão administrativamente e no B.O. constarão os dados referentes ao fato, entregando ao Oficial de Operações de sua OME, que encaminhará à 2ª Seção da OME.

DISPARO DE ALARME BANCÁRIO O Sistema de alarme bancário é um multirreceptor interno existente no CIODS/SDS

com objetivo de apoiar os Bancos interligados e identificados quando do registro de roubo, assalto ou pânico. Soado o alarme pelo sistema, deve ser acionada GU para atendimento emergencial.

Condicionante legal: Lei Estadual nº. 7.550, de 20 de dezembro de 1977, Decreto nº. 19.529, de 30 de dezembro de 1996, e instrumento legal da SDS que regula a utilização do Sistema de alarme no CIODS.

Procedimentos:

Das Teleatendentes do 190

1. Gerar ocorrência de “notitia criminis” envolvendo Agência Bancária; 2. Repassar ao Coordenador do CIODS as solicitações oriundas de Empresas privadas de

segurança e monitoramento bancário que solicitarem acionamento de GU para verificar alarme soado pelo sistema da empresa.

Do Supervisor dos Despachantes

1. Identificar o endereço do banco soado no Multirreceptor de Alarme interno no CIODS; 2. Providenciar o empenho de GU e gerar a ocorrência; 3. Informar ao Coordenador; 4. Em caso de crime, incidente ou acionamento indevido pelo Banco providenciar para

que a GU forneça dados sobre o ocorrido ao Coordenador para registro no Relatório de Serviço.

Do Comandante da GU:

1. Intervir na Ocorrência; 2. Solicitar apoio, caso necessário; 3. Em caso de crime, incidente ou acionamento indevido pelo Banco fornecer após

providências adotadas, dados sobre o ocorrido ao Coordenador; 4. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

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Da Coordenação do CIODS

1. Em caso de crime, registrar em relatório; 2. Em caso de incidente ou acionamento indevido pelo Banco registrar os motivos do

acionamento pelo Banco que causou o acionamento desnecessário da GU; 3. Nos casos de solicitação de Empresas privadas de segurança e monitoramento

bancário, solicitando empenho de GU para verificar alarme soado em seu sistema eletrônico de alarme, orientar que tal atendimento é vedado legalmente e caso deseje que a agência bancária a qual monitora seja interligada ao sistema de alarme do CIODS, faça contato com o gestor jurídico e de Convênios da SDS.

DOENTE MENTAL

Inimputáveis

“Art. 26 CPB. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”

Condicionante legal: Art. 26 CPB e 149 CPPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

Casos em que não deve ser gerada ocorrência:

a) Doente em crise na residência (é um problema de administração familiar); b) Não estando em crise na via pública e sem cometer ilícito penal; c) Em crise, sob administração de órgão responsável (Clinica Psiquiátrica, Casa de

Saúde ou similar) para transferência e Internação.

Casos em que deve ser gerada e atendida a ocorrência:

a) Doente mental, não estando em crise, mas cometendo ilícito penal dentro de casa ou em via pública. O doente pode ser autuado em flagrante na delegacia, pois a lei lhe reserva a aplicação de uma medida de segurança.

b) Em crise, cometendo algum ilícito penal, seja dentro de casa ou em via pública. O doente deve ser conduzido à Clinica Psiquiátrica, Casa de Saúde ou similar e depois seguir à Delegacia para lavratura do flagrante;

c) Em situação de risco em via pública. Ex: Despido, deitado sobre a via, em eminente risco de pular de ponte ou pegar em fiação elétrica, etc.

d) Em caso de dificuldade para a solução do conflito, solicitar apoio do CBMPE e/ou SAMU;

Do Comandante da GU

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1. Intervir na ocorrência; 2. Utilizar os meios necessários para conter e imobilizar o doente (diálogo, tonfa,

cassetete para imobilizá-lo, etc.); 3. Em caso de necessidade, solicitar ao CIODS, a presença do CBMPE e/ou SAMU; 4. Se for o caso, encaminhar o doente para Clinica Psiquiátrica, Casa de Saúde ou similar

mais próxima do local do fato; 5. Conduzir, se possível parente do doente ou responsável ao órgão competente; 6. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

IDOSO

Algumas noções básicas e procedimentos legais devem ser observados pelo Comandante de GU na condução de ocorrência que envolva idoso ao órgão competente, estando como vítima ou acusado de crime.

OBJETO JURÍDICO – “O Estatuto do Idoso, destina-se a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.

“O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata a Lei do Idoso, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.”

“Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.”

“É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.” “Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão

obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos”: I – Autoridade policial; II – Ministério Público; III – Conselho Municipal do Idoso; IV – Conselho Estadual do Idoso; V – Conselho Nacional do Idoso.

As mudanças da lei quanto as Contravenções Penais – Vide LCP. Aos crimes previstos no Estatuto, cuja pena máxima privativa de liberdade não

ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, (TCO) grifo nosso, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. Condicionante legal: Estatuto do Idoso, Lei nº. 10.741, de 1º de outubro de 2003.

1) Dos crimes em espécies Os crimes definidos a seguir conforme Estatuto do Idoso são de ação penal pública

incondicionada, não se aplicando os Artigos 181 e 182 do Código Penal, que se refere à isenção de pena e representação.

“Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao

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direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: Pena – Reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. § 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. § 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente. Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública: Pena – Retenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado: Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado: Pena – Detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. § 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena – Reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. § 2o Se resulta a morte: Pena – Reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa: I – Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade; II – Negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; III – Recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; IV – Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; V – Recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público. Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso: Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

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Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade: Pena – Reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento: Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso: Pena – Detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente: Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do

Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador: Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.”

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência; 2. Orientar a GU; 3. Intervir na ocorrência, caso necessário, para a solução do conflito.

Do Comandante da GU

IDOSO-ACUSADO:

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1. Intervir na ocorrência; 2. Efetuar, antes de seguir ao órgão competente, dentro de sua área de atuação (Bairro), as

diligências necessárias para arrolar testemunhas, vítimas, objeto do crime e identificação do idoso, se possível acompanhado de parente;

3. Encaminhar o Idoso-acusado à DP; 4. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

IDOSO-VÍTIMA:

1. Intervir na ocorrência; 2. Efetuar, antes de seguir ao órgão competente, dentro de sua área de atuação (Bairro), as

diligências necessárias para arrolar testemunhas, objeto do crime e identificação do idoso, se possível acompanhado de parente;

3. Encaminhar o Idoso-vítima e o acusado à Delegacia; 4. Confeccionar o B.O. e informar ao CIODS.

INFORMAÇÃO E ENTREVISTA

Em determinadas ocorrências é comum a imprensa escrita, falada ou televisada estarem presentes no local do fato, que tenha interesse jornalístico.

Convém lembrar que sejam observadas as normas da Corporação quanto aos atendimentos à imprensa.

CONCEITOS:

I. INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA: É a simples transmissão de dados sobre um fato de interesse geral, sem contar a opinião do informante. Ex.: descrever como foi preso o acusado de um crime;

II. ENTREVISTA JORNALÍSTICA: É a atividade formal pela qual um jornalista ouve uma autoridade sobre qualquer assunto, profissional ou não, e que contém a opinião da autoridade, que deve ater-se apenas aos aspectos profissionais, técnicos ou funcionais;

III. ESCLARECIMENTO JORNALÍSTICO: É o instrumento pelo qual a Polícia Militar fornecerá aos Órgãos interessados dados concretos sobre publicações unilaterais ou imprecisas.

A concessão de entrevista e esclarecimentos jornalísticos é missão exclusiva da 5ª

Seção do Estado Maior Geral / Assessoria de Comunicação Social, ressalvados os casos devidamente autorizados pelo Comando Geral da PMPE, conforme Portaria vigente: Condicionante legal: Portaria do Comando Geral nº. 996, de 15JUN05.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Nos casos de tomar conhecimento de fato com teor duvidoso ou de possível negatividade para a Corporação, o Coordenador deverá consultar a Assessoria de Comunicação Social / 5ª EMG para análise e conveniência da liberação da informação;

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2. Caso não seja autorizado, orientar o interessado a contatar com a ACS/5ª EMG.

Do Comandante da GU

1. Podem transmitir Informação Jornalística à imprensa tão somente de interesse geral, sem opinar. Ex: dados sobre como ocorreu a prisão de acusado de um crime, etc.;

2. Não dar informação pessoal, repassar estritamente o ocorrido no local. O importante é a cena do crime encontrada pela GU no local: acusados, testemunhas, armas utilizadas, veículo, o modus operandi usado pelos acusados e a ação policial imposta pela sua equipe na prisão do acusado;

3. Reservar para a 5ª EMG através do CIODS, os casos de Entrevista Jornalística e/ou Esclarecimento Jornalístico.

ISOLAMENTO DE LOCAL DE CRIME E DE SINISTRO

Diariamente os diversos órgãos de segurança pública são acionados para o atendimento em locais de crime e de acidente, cada qual no desempenho de suas atribuições legais específicas. Todavia, existem locais onde as ocorrências demandam um atendimento conjunto de várias instituições, como nos casos de acidente de tráfego. Exemplificando: num local de acidente com vítimas (fatais e não-fatais) temos a atuação, in loco, do Corpo de Bombeiros Militar no resgate e salvamento da vítima, na retirada do cadáver preso nas ferragens, na remoção dos veículos ou produtos perigosos da via pública; da Polícia Militar no isolamento da área, no controle do tráfego e também no resgate da vítima; da Polícia Judiciária Civil na investigação do acidente; da Perícia Oficial e Identificação Técnica na realização da perícia de criminalística (no local do acidente e nos veículos) e no recolhimento do cadáver para posterior exame de necropsia no instituto de medicina legal. Outrossim, em outros locais de crimes, consumados ou tentados, há a atuação dos órgãos retromencionados, visando ao atendimento à vítima e ao esclarecimento do fato investigado.

È importante ressaltar que nos referidos locais existe uma gama de vestígios a serem observados, coletados e analisados pelos peritos criminais, tais como: projéteis de arma de fogo, faca, sangue, pêlos, impressões digitais, documentos, marcas de frenagem, deformação dos veículos, sinais de arrombamento, de danos etc.

Para que o trabalho pericial seja realizado de maneira eficiente e eficaz faz-se necessário, em primeiro lugar, que haja o correto isolamento da área e a preservação dos vestígios no local. Eficiente no sentido de agilizar os trabalhos no local, proporcionando a liberação das pessoas e das coisas o mais rapidamente possível; eficaz no sentido de oferecer às autoridades que atuam na persecução penal os subsídios técnicos e científicos necessários à elucidação do crime e sua autoria.

A preservação do local, mantém invioláveis a cena do crime, vestígios e materiais, enfim a prova técnica, deixando em condições idéias para a atuação dos peritos criminais que analisam e interpretam os indícios materiais na forma como foram encontrados no local da ocorrência.

Daí a determinação legal inserida no artigo 6.º do Código de Processo Penal, que reza o seguinte:

“Art. 6º- Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

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I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (grifo nosso) II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;”.................................................

Todavia, nem sempre é possível manter o isolamento da área e preservar os vestígios até a chegada da perícia, pois a primeira preocupação dos profissionais da segurança pública é com o socorro à vítima, momento em que muitas vezes o local é descaracterizado ante a necessidade de salvar uma vida ou evitar algum perigo iminente. Condicionante legal: Art. 6º do CPPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU para o local; 2. Orientar a GU; 3. Acionar o Corpo de Bombeiros, Policia Civil, CTTU, Patrulhas ou Motos de Trânsito

de acordo com a necessidade para a solução e agilização da ocorrência.

Do Comandante da GU

1. Ao chegar ao local, providenciar o apoio e socorro de feridos, se houver; 2. Isolar o local do crime, aguardado o IC e IML; 3. Utilizar rolo de fita zebrada, cone de sinalização e matérias de fortuna para isolar o

local; 4. Observar e adotar os procedimentos a seguir:

I – não mexer em absolutamente nada que componha a cena do crime ou do sinistro, em especial não retirando, colocando ou modificando a posição do que quer que sejam, excetuados os casos de estrita necessidade de prestação de socorro à vítima e de situação de iminente perigo; II – havendo cadáver, não tocá-lo, não removê-lo de sua posição original, não revirar os bolsos das vestes e não realizar sua identificação, atribuição esta de responsabilidade da perícia criminal, salvo se houver a efetiva necessidade de preservá-lo materialmente; III – não recolher pertences; IV – não mexer nos instrumentos do crime, principalmente armas; V – não tocar nos objetos que estão sob sua guarda; VI – não fumar, nem comer ou beber na cena do crime; VII – não manusear ou remover veículo(s) objeto(s) de crime ou utilizado(s) para fuga; VIII – em locais internos, manter portas, janelas, mobiliários, eletrodomésticos, utensílios, tais como foram encontrados, não os abrindo ou fechando, não os ligando ou desligando, salvo o estritamente necessário para conter riscos eventualmente existentes; IX – em locais internos, não usar o telefone, sanitário ou lavatório eventualmente existentes;

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X – em locais internos ou externos, afastar os animais soltos, principalmente onde houver cadáver. XI - Havendo suspeita de alteração ou alterado o local por estrita necessidade, deve o Policial Militar identificar o(s) possível(eis) causador(es) ou justificar a imperiosa alteração, registrando tal situação no boletim de ocorrência e comunicando-as à Autoridade Policial.”

5. O Comandante ou o policiamento que estiver no local, deve salvaguardar a preservação do local do crime até a chegada do perito criminal; parentes e curiosos devem permanecer afastados do local de crime, aguardando orientações do perito;

6. Após liberação do corpo e encerrada a ocorrência com entrega do B.O. ao Perito, estar livre para novas ocorrências;

LOCALIZAÇÃO DE CADÁVER

É de suma importância nos casos de localização de cadáver, observar as orientações legais de isolamento do local de crime, preservando o estado das coisas, evitando alterar a cena do crime.

No caso de identidade não sabida da vítima, esta só poderá ser confirmada após a perícia e investigação no local pelo IC e delegado responsável.

Nos casos em que seja necessária a participação do CBMPE, solicite apoio via CIODS. Ex: Corpo boiando ou encontrado às margens do rio.

Condicionante legal: Art. 6º do CPPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar uma GU da Área, a fim de isolar o local e informar ao IC e IML; 2. Não deverão ser empregadas, nos isolamentos, GGUU de Unidades especializadas, como

BPRp, CIPMOTO, CIOE, salvo se não houver GGTT disponíveis.

Do Comandante da GU

1. Isolar o local do crime, aguardado o IC e IML; 2. O policiamento que estiver no local, deve salvaguardar a preservação do local do crime

até a chegada do perito criminal; parentes e curiosos devem permanecer afastados do local de crime, aguardando orientações do perito;

3. Após liberação do corpo e encerrada a ocorrência com entrega do B.O. ao Perito responsável, informar ao CIODS.

OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO AUTORIDADES

Atenção especial deve ser dispensada a esse tipo de ocorrência em virtude do cargo exercido pela autoridade envolvida, via de regra, de hierarquia maior que o policial que realizou a primeira abordagem ou que necessite da presença de oficial para conduzir a ocorrência.

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MEMBROS DO PODER JUDICIÁRIO, MEMBROS DO MINISTÉRIO

PÚBLICO, PROCURADORES DO ESTADO, PARLAMENTARES E ADVOGADOS: Estas autoridades não possuem imunidade, mas devido ao grau de influência que possuem, deve ser adotada uma cautela especial no momento da abordagem. De imediato, é imprescindível que a Coordenação do CIODS seja informada da ocorrência. Um Oficial deve ser empenhado visando a salvaguardar o policial militar. Em caso de flagrante a condução à delegacia deve ser feita com cautela. Se possível, não conduzir no xadrez e não utilizar algemas. Estas autoridades possuem apenas prerrogativa de função que permite serem julgadas por órgãos especializados. No entanto, a maioria pode ser conduzida à delegacia, conforme discorreremos a seguir. Comunicação circunstanciada deve ser elaborada com o devido encaminhamento ao Comando da OME.

MEMBROS DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Só

podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis ou por ordem escrita fundamentada de autoridade judiciária. Podem ser conduzidas à delegacia de polícia. Havendo resistência pode ser lavrado o auto de resistência. Também não há impedimento de se realizar a busca pessoal ou no veículo da autoridade. Comunicação circunstanciada deve ser elaborada com o devido encaminhamento ao Comando da OME.

GOVERNADOR DO ESTADO E SECRETÁRIOS DE ESTADO: Da mesma

forma do item anterior. PARLAMENTARES: Os Deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente

por suas opiniões, palavras e votos, desde a sua diplomação. Também não podem ser presos, salvo em flagrante delito de crime inafiançável. A Casa Legislativa respectiva (Câmara dos Deputados ou Senado Federal) decidirá em 24 horas sobre a manutenção da prisão. O Parlamentar poderá ser processado, no entanto, após o recebimento da denúncia pelo Supremo Tribunal Federal. A ação penal poderá ser sustada pelo voto da maioria dos Membros da respectiva Casa. Possuem imunidade relativa.

DIPLOMATAS: Possuem imunidade absoluta. Não podem ser presos em nenhuma

hipótese, qualquer que seja o crime. Não podem também ser conduzidos à delegacia de polícia. Como a imunidade é absoluta, também atinge as pessoas que trabalham com o diplomata, veículos, residência oficial. A busca pessoal não é permitida.

ADVOGADOS: Podem ser presos em flagrante delito por qualquer crime. Se

estiverem no exercício da profissão, só podem ser presos em caso de crime inafiançável ou por ordem escrita fundamentada da autoridade judiciária. Pode ser conduzido à delegacia e, em caso de resistência, pode ser lavrado o auto de resistência. A busca pessoal e no veículo é permitida. Condicionante legal: Art. 53 CF/88, alterado pela EC nº. 35, de 20DEZ01.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local e, se necessário, o Oficial da Área; 2. Dependendo da gravidade da situação, o Oficial Coordenador da RMR deve ser

informado de imediato da ocorrência e este deverá informar a autoridades superiores, caso julgue necessário;

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3. A fim de facilitar o andamento da ocorrência, dependendo de cada caso e da pessoa envolvida, poderá ser feito contato com representante de plantão na central do Ministério Público, Juiz de Plantão da Comarca do Recife, OAB-Seção PE, Oficial da PM lotado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, Casa Militar ou Assembléia Legislativa, relatando o ocorrido e harmonizando um apoio em caso de dificuldade, conduzindo o fato para o encaminhamento legal.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência; 2. Manter a Coordenação do CIODS informada sobre a ocorrência e seus

desdobramentos; 3. Se permitida, a condução à delegacia deve ser realizada, se possível, sem o uso de

algemas e não deve ser realizada no xadrez da viatura; 4. Caso a autoridade possua imunidade, a detenção não poderá ser realizada. No entanto,

deve ser dado conhecimento do fato à delegacia da área, caso o fato represente um delito penal;

5. Em qualquer caso, a comunicação circunstanciada deve ser elaborada pelo Comandante de GU que estiver à frente da ocorrência.

OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO INTEGRANTES DA SEGURANÇA PÚBLICA E FORÇAS ARMADAS

Durante a abordagem, detenção ou prisão de integrante dos órgãos acima relacionados,

que esteja na condição de acusado por cometimento de ilícito penal, ou dificultando a resolução de ocorrência policial, o Comandante da GU deve observar o seguinte procedimento:

A ocorrência poderá ser encaminhada pela GU PM diretamente à delegacia nos casos fortuitos ou força maior, e em outros casos que coloquem em risco a integridade ou vida do acusado ou do próprio efetivo da GU, razão essa que o Coordenador do CIODS repassará a autoridade responsável pelo acusado, a fim de orientar o deslocamento da patrulha responsável pela condução à Delegacia.

Condicionante legal : NI nº 007/ 94 CPRM. 1) Policial Militar

1-Acusado de cometer crime

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de Operações da Área para acompanhar a ocorrência; 2. Acionar o Oficial de Permanência à DGOPM para presidir a ouvida por termo de

declarações na Corregedoria auxiliar;

Do Comandante da GU

1. O acusado deve ser acompanhado à delegacia pelo Oficial de Operações;

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2. Após ser autuado em flagrante, encaminhá-lo com as pessoas envolvidas à Corregedoria Geral da SDS;

3. Conduzir e entregar o PM ao CREED através de documento (ofício, cópia do flagrante, etc).

2- Acusado por crime de menor potencial

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de Operações da Área para acompanhar a ocorrência; 2. Acionar o Oficial de Permanência à DGOPM para presidir a ouvida por termo de

declarações.

Do Comandante da GU 1. Encaminhar o PM com as pessoas envolvidas à Corregedoria Geral da SDS; 2. Nos casos em que se configure procedimento para preservar a disciplina e o decoro

previsto no CDME, recolhê-lo à sede do Regimento de Polícia Montada (RPMon) para cumprir prisão disciplinar de 72 horas.

3- Dificultou a resolução de ocorrência

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar o Oficial de Operações da Área para acompanhar a ocorrência; 2. Acionar o Oficial de Permanência à DGOPM para presidir a ouvida por termo de

declarações. Do Comandante da GU

1. Encaminhar o PM com as pessoas envolvidas à Corregedoria Geral da SDS; 2. Nos casos em que se configure procedimento para preservar a disciplina e o decoro

previsto no CDME recolhê-lo à sede do RPMon para cumprir prisão disciplinar de 72 horas.

2) Bombeiro Militar

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU; 2. Relatar o fato ao Coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros e solicitar a

presença de uma patrulha para receber o militar e acompanhar a ocorrência à delegacia;

Do Comandante da GU

1. Identificar nome, posto/graduação, lotação e matrícula do Bombeiro Militar;

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2. Repassar dados da ocorrência ao Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do Bombeiro Militar, o Oficial

deverá fazer uma comunicação circunstanciada do ocorrido. 3) Policial Civil

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao Delegado, Coordenador da Polícia Civil e solicitar a presença de uma

equipe para receber o acusado e acompanhar a ocorrência à delegacia;

Do Comandante da GU

1. Identificar nome, matrícula e lotação do Policial Civil; 2. Repassar dados da ocorrência ao Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do Policial Civil, o Oficial

deverá fazer uma comunicação circunstanciada do ocorrido. 4) Policial Federal

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao delegado de plantão da Polícia Federal e solicitar a presença de uma

equipe para receber o acusado e acompanhar a ocorrência à delegacia.

Do Comandante da GU

1. Identificar o nome e matrícula e lotação do Policial Federal; 3. Repassar dados da ocorrência para o Coordenador do CIODS; 2. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do Policial Federal, fazer uma

comunicação circunstanciada do ocorrido. 5) Policial Rodoviário Federal

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao Inspetor de plantão da Polícia Rodoviária Federal e solicitar a

presença de uma equipe para receber o acusado e acompanhar a ocorrência à delegacia.

Do Comandante da GU

1. Identificar o nome e matrícula e lotação do Policial Rodoviário Federal;

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2. Repassar dados da ocorrência para o Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do Policial Rodoviário Federal,

fazer uma comunicação circunstanciada do ocorrido. 6) Militar do Exército

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao Oficial Superior de Dia ao CMNE e solicitar a presença de uma

patrulha para receber o militar e acompanhar a ocorrência à delegacia;

Do Comandante da GU

1. Identificar nome, posto / graduação, lotação e Registro Geral (RG) do militar; 2. Repassar dados da ocorrência para o Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do militar, o Oficial deverá fazer

uma comunicação circunstanciada do ocorrido. 7) Militar da Marinha

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao Oficial de serviço da Capitania dos Portos e solicitar a presença de

uma patrulha para receber o militar e acompanhar a ocorrência à delegacia;

Do Comandante da GU

1. Identificar nome, posto / graduação, lotação e RG do militar; 2. Repassar dados da ocorrência para o Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do militar, fazer comunicação

uma circunstanciada do ocorrido.

8) Militar da Aeronáutica

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar a GU; 2. Relatar o fato ao Oficial de dia da Policia da Aeronáutica (Base Aérea do Recife) e

solicitar a presença de uma patrulha para receber e acompanhar o militar à delegacia.

Do Comandante da GU

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1. Identificar nome, posto/graduação, lotação e RG do militar; 2. Repassar dados da ocorrência ao Coordenador do CIODS; 3. Nos casos de não encaminhamento à DP, após entrega do militar, fazer uma

comunicação circunstanciada do ocorrido.

MEIO AMBIENTE

A lei dos crimes ambientais (Lei Federal nº. 9.605/98), denominada “Lei da Vida”, trata das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, sendo objeto desse tema, os casos de apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou do crime. Dos crimes contra a Flora, a Fauna e o Patrimônio Urbano destacamos os caputes de alguns artigos “in verbis”:

1) Dos crimes contra a Fauna “Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre, nativos, ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização de autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena: Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa. Art. 32. Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja ainda proibida ou em lugares interditados por órgão competente.. Pena: Detenção, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 35. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante. II – substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente; Pena: reclusão, de 1 (um) ano a 5 (cinco) anos.”

2) Dos crimes contra a Flora

“Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. Pena: Detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

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Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação ou utiliza-la com infringência das normas de proteção. Pena: Detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, ou ambas as penas cumulativamente.” Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. Pena: Detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.” Art. 44. Extrair de floresta de domínio público ou considerado de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais. Pena: Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (ano) anos, e multa.”

3) Dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural

“Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II – arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca científica, ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; Pena: Reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.” “Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. Pena: Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Parágrafo único: Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude de seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção, e multa.”

4) Orla Marítima de Pernambuco - Normas disciplinares e proibitivas de utilização

A Lei Estadual nº. 12.810/05 dispõe sobre normas disciplinares de utilização da orla

marítima de Pernambuco, visando à proteção do meio ambiente e do patrimônio turístico, destacando-se os seguintes artigos, “in verbis”:

“Art. 3º. Fica proibido o tráfego de veículos automotores, triciclos e bicicletas em todos os dias da semana de todos os meses do ano. Parágrafo único: Excetuam-se na proibição do caput deste artigo, os veículos utilizados no auxílio da patrulha da praia pela Polícia Militar de Pernambuco e os que sirvam de guia ou condutores para deficientes físicos. Art. 4º. Fica proibida a permanência, condução ou trânsito de qualquer animal, na faixa de praia do litoral pernambucano, seja de

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grande ou pequeno porte, em todos os dias da semana de todos os meses do ano. Parágrafo único. Excetuam-se na proibição do caput deste artigo os animais utilizados no auxílio da patrulha da praia pela Polícia Militar de Pernambuco e os que sirvam de guia ou condutores para deficientes físicos.”

Condicionante legal: Lei Federal nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei Estadual nº. 12.810, de 10 de maio de 2005.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar sempre que possível uma GU (GA ou MA) da CIPOMA para as ocorrências que envolvam crimes ambientais e ensejem condução à Delegacia;

2. Para os casos em que não seja necessário o encaminhamento à delegacia, acionar uma GU ordinária a fim de solucionar o problema;

Do Comandante da GU

1. Ao chegar ao local, identificar o fato e adotar as providências iniciais; 2. Diligenciar sobre o ocorrido, encaminhando o corpo de delito para a DP; 3. Nos casos em que não for cabível o encaminhamento da ocorrência à DP, diligenciar

sobre o ocorrido, registrando a solução e arrolando testemunhas do fato; 4. Nos casos de encaminhamento de animais ou bens de interesse do IBAMA ou CPRH,

informar ao CIODS; 5. Logo após as providências de entrega, fazer o B.O. e informar ao CIODS.

PERSEGUIÇÃO E CERCO

A perseguição policial é uma das formas utilizadas para coibir uma situação de fuga (recusa de ordem e parada), iniciada por meliante ou suspeito.

Tal situação traz um risco à incolumidade pública em razão da velocidade do veículo, disparo de arma contra os Policiais e risco para a população.

São fatores importantes a observar: razão da fuga, ação imediata efetuada pela PM, cuidados com os riscos de acidentes, disciplinamento da comunicação, direcionar uma fuga momentânea para um local propício a uma ação oportuna, tomada de reféns, inocente(s) envolvido(s) na fuga, etc. Condicionante legal: NI nº. 011/2001 - BPRP.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

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1. DIRECIONAMENTO DA OCORRÊNCIA: O CIODS assumirá o acompanhamento; 2. NÚMERO DE VIATURAS ACIONADAS: Empregar a quantidade suficiente, sem

excesso; 3. ELEGER UM ELEMENTO DE COMUNICAÇÃO NO TERRENO, que esteja mais

próximo do veículo em fuga, a fim de orientar às GGUU, e melhor direcionar a ocorrência;

4. DETERMINAR QUEM COMANDARÁ AS AÇÕES NO TERRENO 5. Orientar as GGUU para permanecerem a certa distância, dando tempo para que o cerco

seja feito com segurança e cuidados para o sucesso da operação; 6. Orientar as GGUU que a ação não pode ser isolada e resolvida precipitadamente, os

fatores de segurança e da ação coletiva são pressupostos para o sucesso da missão.

Do Comandante da GU

1. Apresentar-se ao Comandante das ações no terreno; 2. Receber orientações e cumprir determinações de como agir no terreno; 3. Depois de efetivado o cerco com a prisão dos meliantes, deverá ser feita revista pessoal

ou na edificação; 4. Em caso de ordem não acatada pelo meliante, poderá, após avaliação do Comandante

da operação, fazer uso de armamento químicos: com bomba fumígena e/ou gás lacrimogêneo

5. Ao cumprir a missão e ser liberado, informar ao CIODS.

PORTE ILEGAL DE ARMA

A lei nº. 10.826/03, conhecida como “Estatuto do Desarmamento” foi elaborada com vistas a regularizar o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição.

Nela também foi disciplinado o Sistema Nacional de Armas (SINARM) e tipificou várias condutas ameaçadoras e lesivas à sociedade e ao seu ordenamento jurídico penal.

Praticamente foi extinto o direito de o cidadão comum possuir e portar arma de fogo. O registro é Federal, e exclusivamente a Policia Federal é responsável pela expedição

de certificado de registro de armas de uso permitida e o Comando do Exército pelas armas de uso restrito.

O Supremo Tribunal Federal declarou em 02 de março de 2007, a Inconstitucionalidade de alguns dispositivos do referido Estatuto através da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) nº. 3112.

1) Quem pode portar arma:

Hoje, o porte de arma de fogo é terminantemente proibido, salvo nos casos excepcionais, atendendo-se a natureza de certas funções públicas e atividades privadas, conforme o Art. 6º da referida lei, “in verbis”:

“Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para: I – Os integrantes das Forças Armadas; II – Os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;

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III – Os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; IV - Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) V – Os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; VII – Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; VIII – As empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; IX – Para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental. X – Os integrantes da Carreira Auditoria da Receita Federal, Auditores-Fiscais e Técnicos da Receita Federal. (Incluído pela Lei nº 11.118, de 2005) “

2) Dos crimes em espécies: Posse irregular de arma de fogo de uso permitido “Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.” Omissão de cautela “Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.”

“Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,

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empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. Através da ADIN nº. 3112 este parágrafo foi declarado inconstitucional em 02 de março de 2007. Agora esse crime passa a ser AFIANÇÁVEL” (grifo nosso).

Disparo de arma de fogo “Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. Através da ADIN nº. 3112 este parágrafo foi declarado inconstitucional em 02 de março de 2007. Agora esse crime passa a ser AFIANÇAVEL” (grifo nosso).

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito “Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.” Comércio ilegal de arma de fogo “Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,

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acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para EFEITO deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.” Tráfico internacional de arma de fogo “Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. Através da ADIN nº. 3112 este artigo foi declarado inconstitucional em 02 de março de 2007. Agora os crimes previstos nestes artigos cabem LIBERDADE PROVISÓRIA” (grifo nosso).

Condicionante legal: Lei nº. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, ADIN nº. 3112.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU ao local da ocorrência; 2. Após o flagrante, a viatura deverá ser liberada.

Do Comandante da GU

1. Conduzir infrator, testemunha e objeto do delito à delegacia para lavratura do flagrante; 2. Após o APFD informar ao CIODS.

RACISMO

Os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional está na Lei nº. 7.716, de 1989, com as alterações dadas pela Lei nº. 9.459, de 1997.

O crime de racismo, gizado pela Constituição Federal (art. 5º inciso XLIII) é inafiançável e imprescritível.

Trata-se de crime formal ou de mera conduta, isto é, sua consecução independe dos efeitos que venham a ocorrer. Não há necessidade do resultado para que se consuma o crime. 1) Conceitos relativos a racismo:

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Segundo Dicionário Aurélio Buarque de Holanda

Preconceito vem do latim praeconceptu e, entre os significados que lhe dá, fornece o de conceito ou opinião formada antecipadamente, sem se levar em conta o fato que os conteste, e de intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões etc.

Discriminação é o ato ou efeito de discriminar; separação, segregação, apartação - a discriminação ou segregação racial.

Raça é o conjunto de indivíduos, cujos caracteres somáticos, tais como a cor da pele, conformação do crânio e do rosto, o tipo de cabelo e outros traços, são semelhantes e se transferem, por hereditariedade, conquanto variem de pessoa para pessoa;

Racismo é a teoria que estabelece que certos povos ou nações são dotados de qualidades psíquicas e biológicas que os tornam superiores a outros seres humanos.

Etnia é um grupo biológico e culturalmente homogêneo. Religião é a crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, consideradas

como criadoras do Universo e que como tal devem ser adoradas e obedecidas. Nacionais, segundo o ensinamento de Hildebrando Accioli, são as pessoas submetidas

à direta autoridade de um Estado, que lhes reconhece os direitos civis e políticos, ofertando-lhes proteção, inclusive para além de suas fronteiras.

A nacionalidade é a qualidade inerente a essas pessoas, marcando-lhes a presença na coletividade, permitindo sua identificação e localização. 2) Dos Crimes em espécies:

Lei Federal nº. 7.716, de 1989

“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) “Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. Pena: Reclusão de dois a cinco anos. Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. Pena: reclusão de dois a cinco anos. Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. Pena: Reclusão de um a três anos. Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau. Pena: Reclusão de três a cinco anos. Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço). Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar. Pena: reclusão de três a cinco anos. Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.

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Pena: Reclusão de um a três anos. Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público. Pena: Reclusão de um a três anos. Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabelereiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades. Pena: Reclusão de um a três anos. Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos: Pena: reclusão de um a três anos. Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido. Pena: Reclusão de um a três anos. Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas. Pena: Reclusão de dois a quatro anos. Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social. Pena: Reclusão de dois a quatro anos. Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: Reclusão de um a três anos e multa. § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: Reclusão de dois a cinco anos e multa.”

Condicionante legal: Lei nº. 7.716, de 05 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº. 9.459, de 13 de maio de 1997.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência e acionar GU ao local; 2. Monitorar a GU;

Do Comandante da GU

1. Conduzir as partes envolvidas e testemunhas se houver, à Delegacia para as

providências legais; 2. Após o procedimento na DP, deixar o local e estar livre para o CIODS.

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REBELIÃO/MOTIM EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS

Motim de presos “Art. 354 do CPB. Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.”

O problema de ordem nos Estabelecimentos Prisionais atinge inicialmente a direção

do estabelecimento e com a instalação da crise chega-se a permitir a intervenção da SERES, Secretaria da Justiça, Poder Judiciário, Polícia Militar e até decisão a nível Governamental.

A entrada da PM nesses locais requer solicitação e autorização, convergindo numa ação coordenada e direcionada para a solução do conflito.

Seguem abaixo alguns procedimentos para cumprimento da OME em regime emergencial em face de qualquer indício de rebelião.

Tais procedimentos serão monitorados pela DGOPM, através do CIODS.

Condicionante legal: Art. 354 CPB, Ofício n º 036 – SECOP/CPRM.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. OFICIAL DE DIA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL EM CRISE: Contactar e alertá-lo sobre o emprego das guardas internas e externas;

2. ESTABELECIMENTO SEM A FIGURA DO OFICIAL DE DIA: Deslocar Oficial de Operações do BPGD para o local e incumbí-lo da missão do item anterior;

3. OFICIAL DE OPERAÇÕES DA ÁREA: Acioná-lo para dimensionar o isolamento das principais vias de acesso;

4. OFICIAL SUPERIOR DE DIA A DGOPM: Informá-lo da crise existente, a fim de assumir o Comandamento das ações no local;

5. OFICIAL DE OPERAÇÕES DO 1º BPTRAN: Deslocá-lo, se necessário, para montar desvios e interdições no trânsito local;

6. OFICIAL DE OPERAÇÕES DA CIPMOTO E MMTT ATIVADAS: Executar patrulhamento com abordagens no entorno do estabelecimento em crise;

7. CIPCães: Orientar o Oficial de Operações a ficar em condições com seu efetivo disponível, para possível emprego com a tropa de choque;

8. ACIONAR A TROPA DE CHOQUE MEDIANTE DETERMINAÇÃO DA DGOPM: O Cmt da tropa deverá manter contato com a autoridade da SERES a fim de ser disponibilizado, se for o caso, transporte previsto para a tropa da PM;

9. SÃO CONSIDERADAS RESERVAS TÁTICAS NESTA SITUAÇÃO: Prontidão do BPChoque, Policiamento do PJES, Patrulha Escolar, etc.

Do Comandante da GU

1. Ao ser acionado para o local, apresentar-se ao comandante das ações; 2. Cumprir as orientações e determinações do Comandante no terreno; 3. Ao cumprir a missão e ser liberado, informar ao CIODS.

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RECOLHIMENTO DE PRESO AO CREED

Em qualquer recolhimento de preso, policial militar ou civil ao CREED (Centro de

Reeducação da PMPE), deverão ser observados os procedimentos a seguir, constantes em normas da Corporação, que objetivam o disciplinamento do encaminhamento e os casos de encarceramento.

A apresentação do preso deverá ser feita ao diretor do estabelecimento ou ao policial, carcereiro de serviço, sendo pressuposto para o recolhimento do preso, a Carta de Guia, ou outro documento substituto (auto de prisão em flagrante com ofício da autoridade policial ou mandado de prisão).

O recolhimento de qualquer outro preso que não seja militar àquele Centro é de competência do Comandante Geral da PMPE. Condicionante legal: BG 146, de 03AGO94.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Recolher ao CREED Policial Militar preso, que se enquadre nos seguintes motivos: a) Mandado Judicial; b) Autuação em Flagrante Delito; c) Determinação do Comandante Geral da PMPE;

2. Zelar para que o acompanhamento ou condução do PM ao CREED seja realizado pelo Oficial de Operações de sua OME.

Do Comandante da GU

1. Providenciar o apoio necessário ao PM, se possível avisando a sua família, auxiliando nos meios necessários para o seu encarceramento;

2. Escoltar / acompanhar o preso ao CREED munido de documentos necessários à entrega do preso: Carta de Guia, cópias do Auto de Prisão em Flagrante e ofício da autoridade policial, ou mandado de prisão.

REFÉM

Os procedimentos a seguir objetivam uma adequação das ações da PM frente à

doutrina de Gerenciamento de Crises que envolvam a tomada de reféns. A postura e o “modus operandi” tanto do homem como do efetivo da OME que esteja

envolvida requerem uma padronização para o sucesso da solução da crise. Condicionante legal: Gerenciamento de Crises: Guia Organizacional e Tático – 1ª CIOE / PMPE.

Procedimentos:

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Da Coordenação do CIODS

1. Orientar o PM que 1º chegar ao local; 2. Acionar o Oficial de Operação de Área; 3. Coordenador: Cientificar o Diretor Geral de Operações; 4. Acionar os meios abaixo após ratificação da necessidade junto ao Diretor ou outra

autoridade competente; 5. Através de contato com o Diretor Geral de Operações, acionar o Gabinete de

Gerenciamento de Crises

BPChoque: • Isolar o local, substituindo o efetivo de área; • Montar posto de comando temporário; • Estabelecer linha de ação junto a integrantes da Polícia Civil e definir a função

de cada polícia; • Conservar disciplina de fogo; • Providenciar corredor para evacuação de reféns, prisioneiros e feridos; • Evitar pessoas estranhas à operação, presença de imprensa no local de ação,

pseudos-políticos, e políticos no local da ação; • Realizar a evacuação de pessoas residentes na vizinhança.

BPRp:

Responsável pelo cerco e condução do infrator; Posicionar as viaturas, facilitando o fluxo de saída em caso de emergência.

1º BPTran:

• Atuará na fluidez ou desvio do trânsito local, quando julgado necessário pelo Cmt da Operação.

CIOE:

• Atuará no Comandamento e Gerenciamento da Crise.

Do Comandante da GU (Ações no terreno)

Orientar para: 1. Conter e isolar os criminosos; 2. Iniciar a negociação imediata, aguardando PMs especializados; 3. Informar ao CIODS a situação existente; 4. Confirmar a tomada de reféns ao CIODS; 5. Estabelecer distância de segurança; 6. Distribuição do seu pessoal em pontos estratégicos; 7. Coletar informações sobre reféns e criminosos; 8. Manter disciplina de fogo.

RESISTÊNCIA À PRISÃO E A LAVRATURA DO AUTO DE RESISTÊNCIA

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“Art. 284 do CPPB. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.” “Art. 329 do CPB. Opor-se à execução de ato legal. Mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos.” §1º-Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos.” §2º- As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

“Art. 292 do CPPB. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou a determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o autorizarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto, subscrito também por duas testemunhas.”

1) Dos Crimes de Resistência à Prisão: É o ato de opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a agente competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.

Pressuposto de legitimidade: Evidentemente, a permissão de usar a força pressupõe que se trate de prisão legal, caso contrário, a resistência é que será legítima. O uso da força será justificado só para revidar a resistência e evitar a fuga, mesmo assim, proporcional.

Assim, se o Policial Militar, executor da prisão empregar a força na dosagem certa, não excedendo o limite do indispensável, estará praticando o fato em estrito cumprimento do dever legal, que constitui excludente de ilicitude prevista no inciso III do art.23 do Código Penal, que dispõe não haver crime quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento do dever legal.

O particular terá faculdade de ajudar o Policial quando da execução do mandado ou da prisão em flagrante, sendo assim, ele também neste caso, age acobertado por uma excludente da ilicitude, qual seja, estar agindo no exercício regular de um direito. 2) Das formas de resistência á prisão:

Passiva: O acusado não acatando a ordem, omitindo-se, nada faz para acompanhar o executor da prisão, e

Ativa: O acusado oponhe-se a ordem mediante violência ou grave ameaça. 3) Do auto de resistência: È um auto lavrado para detalhar a ocorrência policial onde ocorreu a morte de alguém. Deve ser feito não só nesse, mas em todos os casos em que a força é empregada para vencer a resistência, até mesmo quando ocorrerem leves arranhões na pessoa do capturando ou mesmo em terceiros, isso para melhor legitimar e esclarecer a atuação policial, de forma clara e transparente.

4) O que deve constar no auto de resistência: No auto deve constar uma narrativo da ocorrência, declinando como se deu a prisão diante da resistência do suspeito a ordem policial, lesões sofridas nos policiais executores e auxiliares e no suspeito que resistiu a ordem, material apreendido, identificação dos policiais militares, do suspeito e duas testemunhas, devendo ao final assinarem o auto, com local, horário e data do fato. (anexo: Modelo de Auto de Resistência)

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Condicionante legal: Art. 284 do CPPB e 329 do CPB, 292 do CPPB

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Monitorar a ocorrência.

Do Comandante da GU 1. Intervir na ocorrência; 2. Socorrer o suspeito ferido em razão da resistência; 3. Encaminhar para a Delegacia, se for o caso: Suspeito após o socorro, ou a noticia

da morte sobrevida pela resistência a prisão, testemunhas, envolvidos, viatura danificada, policial ferido, objetos do crime;

4. Confeccionar o Auto de Resistência e entregá-lo com o BO a autoridade competente para adoção de providencias legais;

5. Após os procedimentos legais, informar ao CIODS que está livre para novas ocorrências;

6. Comunicar o fato circunstanciadamente ao Comandante da OME para adoção de providencias e apoio.

REINTEGRAÇÃO DE POSSE

De acordo com o Suplemento Normativo n° 29, de 04 de outubro de 2006, que aprova o Manual de Procedimentos Policiais Militares para Execução de Mandados Judiciais de Reintegração de Posse, deverá o Oficial ou Praça adota o procedimento abaixo.

O Oficial ou Praça a quem primeiro for apresentado o Mandado Judicial de

Reintegração de Posse, deverá adotar a seguinte conduta: a) Identificar o portador através da carteira funcional do Poder Judiciário

Federal ou Estadual, sendo admitido para credenciamento outro tipo de identificação;

b) Certificar-se de todos os dados para constatar a jurisdição e competência da autoridade judicante para poder ocorrer a ordem judicial;

c) Solicitar aos Oficiais de Justiça a suspensão por breve tempo ao cumprimento da ordem judicial;

d) Nenhum documento (Mandado) deve ser cumprido sem conhecimento prévio do Comandante Geral da PMPE e sem que antes o Comandante da OME inspecione o local, colhendo subsídio para informar ao escalão superior. Feito o levantamento, informa-se ao respectivos Comando ( CPC, CPM, CPZM, CPA, CPS ou CPE) e aguardará a competente autorização para prestar o apoio;

e) Sob nenhuma hipótese, o Comando da OME da área poderá prestar apoio sem autorização prévia do escalão superior;

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f) Nenhum Mandado será cumprido antes da inspeção do local, objeto da medida judicial possessória;

A inspeção do local envolve:

1. Quantidade de pessoas instaladas no local;

2. Número provável de crianças, mulheres grávidas, anciões e enfermos;

3. Presença provável de representantes do Clero, Organizações Não-Governamentais, Parlamentares Federais e Estaduais, e ⁄ou Municipais indicando os partidos;

4. Presença de profissionais da Imprensa ( Rádio, TV e Jornais);

5. Existência de focos de resistência armada ou desarmada e o tipo de material a ser utilizado;

6. Presença de estrangeiros, identificando a nacionalidade;

g) Comunicar por escrito à autoridade Judiciária a existência de fatores adversos e solicitar a realização de inspeção judicial, conforme o artigo 126, parágrafo único da CF;

h) O Oficial da PM designado para Comandar a Operação Policial deve ter em mãos cópia do Mandado de Reintegração e do ofício destinado ao Juiz, solicitando a inspeção judicial.

SOCORRO DE URGÊNCIA

“Art. 135 do CPB. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - Detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.”

É mister salientar que nesse item tratamos sobre os casos de socorro de urgência em

que o PM de serviço na guarnição ou em patrulhamento a pé é solicitado em seu setor de serviço, posto policial, sede da OME ou em via publica para realizar o socorro de alguém que se encontre em risco iminente de morte.

Fora desses casos, existem os órgãos competentes com paramédicos, médicos, pessoal técnico e aparelhos para atendimento às pessoas acidentadas, politraumatizadas, e em outras situações de emergente socorro médico.

Estes órgãos são: Corpo de Bombeiros com sua equipe técnica integrado ao CIODS (fone 190) e o SAMU (Serviço Médico de Urgência – fone 192) que atende Recife e está se expandindo para outros municípios.

A omissão de socorro está disposta no CPB, conforme se segue:

CONCEITO: Socorro de urgência é a atitude caracterizada por prestar assistência. Quando possível fazê-lo sem risco pessoal à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa

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inválida, ferida, desamparada, ou em grave e iminente perigo, ou não podendo fazer, pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública.

Ocorre omissão de socorro, ferindo o Art. 135 do CPB, qualquer pessoa que estiver próximo da vítima no momento e se omitir em socorrer. Se várias pessoas estiverem próximas e omitirem o socorro, todas respondem pelo crime, mas se uma delas o faz, as outras se desobrigam.

Não há necessidade de qualquer vínculo anterior com a vítima. Se houver ligação decorrente de um dever jurídico, como no caso do policial militar, ou se foi ele o causador do perigo pode ocorrer crime mais grave (lesão corporal, homicídio, etc.).

A prestação de socorro a lesionados, além de ser um dever moral de assistência e solidariedade, constitui também um dever legal.

CRIME COMETIDO POR PESSOA QUE NÃO SE ENCONTRA NO LOCAL: Comete crime de omissão de socorro a pessoa que, embora não se encontre no local do fato, nega-se a atender solicitação da polícia para enviar ambulância para atender um ferido.

GRAVIDADE DAS LESÕES: Basta alguém estar ferido para nascer a obrigação de outrem socorrê-lo, não exigindo a lei penal a gravidade da lesão. Não existe a necessidade de a vítima estar correndo risco de vida, vez que o perigo descrito no tipo penal, também diz respeito à incolumidade física da pessoa.

CONSENTIMENTO DA VÍTIMA: Eventual recusa da vítima em receber tratamento médico não exime o agente de responsabilidade, posto que, na hipótese teria a obrigação de levar o fato ao conhecimento da autoridade pública, para as devidas providências, lembrando que a lei tutela com o dispositivo do Art. 135 do CPB bens indisponíveis (vida, integridade corporal, saúde, etc.).

OMISSÃO NA RECUSA DE TRANSPORTE DE PESSOA FERIDA: Infringe o disposto no Art. 135 do CPB aquele que se recusa a transportar em seu veículo, para ser socorrida, pessoa gravemente ferida e que logo após vem a falecer.

PARTURIENTE: O tipo refere-se a prestar assistência a pessoa desamparada ou em grave e iminente perigo. Não é necessário que a pessoa esteja ferida. Basta estar necessitada de assistência, como no caso da parturiente. Se nas circunstâncias avaliadas, verifica-se que a parturiente não tem amparo de quem quer que seja ou está submetida a um grave e iminente perigo, incorrerá no crime de omissão de socorro quem, não tendo habilidade para proceder ao parto naquelas circunstâncias ou o local não oferece as condições mínimas podendo gerar um perigo à saúde do nascituro ou da parturiente, deixar de conduzir, ir para um local adequado a fim de que seja prestada a assistência necessária. Não se exige que se pratiquem atos para os quais não está habilitado.

REQUISITOS DO CRIME: Deixar de prestar assistência quando possível fazê-lo sem risco pessoal, ou não pedir socorro da autoridade pública ao deparar o agente com a vítima. Exceção: policiais e bombeiros que, mesmo com risco pessoal, devem intervir na situação.

TIPO SUBJETIVO: O dolo é a vontade de não prestar assistência ou não pedir auxílio, tendo consciência do perigo que corre a vítima. Não existe forma culposa do crime de omissão de socorro.

OMISSÃO DE SOCORRO EM CASO DE ACIDENTE DE TRÂNSITO: veja no item Crimes de Trânsito neste Manual.

SUJEITO PASSIVO - Podem ser vítimas do crime de omissão de socorro:

1) CRIANÇA ABANDONADA (em geral vítima de crime) ou EXTRAVIADA (que perdeu o contato com os pais ou responsáveis); 2) PESSOA INVÁLIDA que por suas condições pessoais – biológica, física, psíquica, de idade, etc – não tenha condições de afastar o perigo; 3) PESSOA FERIDA: que apresenta uma lesão a sua integridade corporal, ainda que não seja de natureza grave. Em qualquer caso é necessário que a vítima esteja ao desamparo, precisando de auxílio, com grave risco de um resultado lesivo.

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Condicionante legal: Art. 135 do CPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar GU para condução; 2. Apoiar e orientar a GU caso solicite apoio; 3. Nos casos em que não seja de iniciativa da GU ou PM em Patrulhamento, conforme

explicado no parágrafo inicial a ocorrência no Sistema deve ser gerada para o CBMPE, e informada ao SAMU, se for o caso.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência e estar em permanente interação com o Despachante do CIODS; 2. Conduzir de acordo com o caso:

a) Criança abandonada ou extraviada: condução ao Conselho Tutelar competente, lembrando que estes órgãos são municipais;

b) Pessoa inválida: se doente mental, conduzir ao hospital psiquiátrico; c) Se idosa e abandonada pelos familiares: conduzir ao Núcleo do Idoso da Policia

Civil ou se for o caso, ao abrigo de idoso mais próximo. O abandono de incapaz é crime capitulado no Art. 133 do CPB e, em caso de identificação do responsável, efetuar a condução do mesmo à delegacia da área. O crime por abandono de incapaz é suscetível de flagrante. O Estatuto do Idoso prevê crimes praticados contra o Idoso;

d) Pessoa ferida: conduzir com a maior brevidade possível ao hospital mais próximo. Quem presta o socorro não está obrigado a efetuar nenhum tipo de procedimento, a não ser o socorro, caso não tenha habilitação técnica para tal. È mister salientar que os casos de pessoas politraumatizadas deve ser atendidos pelo Corpo de Bombeiros e/ou SAMU.

SUSPEITO

Ser suspeito não configura nenhum tipo de crime nem de contravenção penal. A Constituição Federal prevê o principio da presunção de inocência. O pressuposto da suspeição se recente de cuidados por parte do policial militar para evitar abuso do poder, não devendo haver a detenção do referido suspeito, sequer condução à delegacia, exceto no caso a seguir:

CASO DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL: A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso LVIII, dispôs que “o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal”. Tal procedimento aplica-se, no entanto, durante a ação penal, mas pode ser aplicada subsidiariamente na ocasião de uma abordagem policial. Observa-se que a dispensa de identificação criminal só é cabível quando o agente possui cédula de identificação de órgãos próprios dos Estados (RG). Em caso de dúvida quanto à autenticidade do documento utilizado pelo suspeito, casos de dupla identidade, o CIODS deve ser consultado para que a dúvida possa ser esclarecida por pesquisa, se possível no (INFOSEG, Delegacia Especializada).

O Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997, dispõe que a CNH ( Carteira Nacional de Habilitação) equivale ao documento de identidade, conforme artigo “in verbis”:

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“Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional.”

Condicionante legal: Art. 5º, inciso LVIII, da CF/88 e Art. 6º, inciso VIII do CPPB.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar a ocorrência com as informações detalhadas de quem vai ser abordado; 2. Acionar GU ao local da ocorrência e monitorá-la.

Do Comandante da GU

1. Efetuar a abordagem a pessoa com cautela e segurança; 2. Após a abordagem e persistindo a suspeição, checar seus dados pessoais junto ao

INFOSEG (via CIODS), e em se detectando irregularidade, encaminhá-lo à Delegacia; 3. Em caso de não identificação civil do suspeito, o mesmo pode ser encaminhado à

Delegacia para identificação criminal; 4. Se o suspeito identificou-se civilmente, mas o seu documento de identidade (RG)

apresenta indícios de duplicidade de identidade ou de adulteração, o mesmo pode ser conduzido à delegacia para esclarecimentos acerca da validade do documento;

5. Em se confirmando a adulteração, o caso pode ser enquadrado no crime de falsidade ideológica previsto no art. 299 do CPB, podendo ser autuado por tal conduta;

6. Se o suspeito identificou-se, não havendo nada contra o mesmo, e não sendo flagrado cometendo ilícitos, a referida pessoa deve ser liberada imediatamente;

7. Preencher o B.O. e informar ao CIODS.

TIROTEIO

Esse tipo de conduta é comum por quem tem a posse ilegal e uso da arma de fogo, bem como é fato típico no meio social pela disputa por ponto de drogas entre marginais e comandos paralelos do mundo do crime. O monitoramento pelo CIODS é de suma importância para não ocorrer um excesso de viaturas envolvidas que possam gerar tumulto maior do que o existente. Evidencia-se, na maioria das vezes a existência de concursos de crimes: homicídio, lesão corporal, porte ilegal de armas, resistência à prisão, etc., conforme o desdobramento dos fatos no local do crime.

O acompanhamento pelo CIODS, a cautela e preparo profissional dos PMs de serviço devem estar em sintonia para êxito da intervenção no conflito.

Condicionante legal: Legislação Penal Pátria e Estatuto do Desarmamento.

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Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Informar à GU: números de envolvidos, tipo de armas e veículo utilizado; 2. Acionar GU necessária sob comando único para conter o conflito; 3. Acionar o Oficial de operações da área caso necessário.

Do Comandante da GU

1. Intervir na ocorrência; 2. O PM de maior posto ou graduação deverá comandar as ações no terreno; 3. Determinar GU de apoio socorrer pessoa ferida; 4. Coordenar a condução da ocorrência à delegacia, conforme o caso, para lavratura do

auto de prisão em flagrante delito; 5. Confeccionar Auto de Resistência para os casos de resistência a prisão, ferimentos e

morte de acusado; 6. Informar dados ao CIODS, confeccionar o B.O. e estar livre para ocorrência.

TURISTAS

As ocorrências envolvendo vítimas-turistas, em geral têm maior repercussão junto à imprensa, e costumam ser alvo de propaganda negativa pelas vítimas em seu retorno ao Estado ou País de origem, denegrindo a imagem do nosso Estado. Por isso, além do serviço ordinário realizado nas ocorrências, deverá ser prestado total apoio ao turista, possibilitando a sua condução ao local de hospedagem, utilização de telefone e Internet a fim de dirimir o impacto causado pelo delito ao visitante.

Nos casos em que o turista figurar como acusado de haver cometido ilícito penal deverá ser encaminhado aos mesmos lugares que o imputado local (Delegacia da Àrea, Plantão, Especializada, ou sede da Polícia Federal), a depender do tipo de delito cometido.

Entretanto, conforme procedimento legal em lei Estadual, eventualmente até às 18h, a DPTUR (Delegacia de Polícia do Turista) também recebe o turista que se encontre nessa situação, em que pese o disposto no Decreto de referência, em seu Art. 10, parágrafo único, inciso II, que atribui a DPTUR a missão de proceder a todo e qualquer registro de ocorrência em que o turista figure como vítima.

Condicionante legal: Decreto Estadual nº. 14.847, de 08 de março de 1991.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Acionar sempre que possível a GI da CIATUR para as ocorrências que envolvam

turistas; 2. Acionar, caso necessário, tradutor de língua inglesa da CIATUR para fatos que

envolvam turistas estrangeiros;

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3. Orientar, quando solicitado, o Comandante da GI, nos casos de turistas vitimas ou acusados de crime, conforme descrição abaixo:

Do Comandante da GU

Em caso de Turista Vítima:

1. Ao chegar ao local, identificar o fato e adotar as providências iniciais; 2. Em caso de estrangeiro, solicitar ao CIODS apoio de tradutor de serviço na CIATUR

(língua Inglesa) para se deslocar ao local; 3. Em caso de Flagrante: Conduzir às partes à DPTUR até ás 18h. Após esse horário,

conduzir conforme o crime, para DP de Plantão, Especializada ou sede da Polícia Federal;

4. Em caso de participação de criança ou adolescente infrator: Conduzir à GPCA; 5. Em caso de crime de ação pública privada (queixa-crime): Conduzir à DP local; 6. Confeccionar o B.O.; 7. Informar ao CIODS o encerramento da lavratura do Flagrante ou condução da vítima à

Delegacia.

Em caso de Turista Imputado:

1. Ao chegar ao local identificar o fato e adotar as providências iniciais; 2. Em caso de estrangeiro, solicitar ao CIODS apoio de tradutor de serviço na CIATUR

(língua Inglesa) para se deslocar ao local; 3. Conduzir as partes envolvidas, conforme o crime, para DP de Plantão, Especializada,

ou sede da Polícia Federal (encaminhá-lo ao mesmo local que o acusado não turista); 4. Em caso de vítima criança ou adolescente, conduzir à GPCA; 5. Em caso de crime de ação pública privada ( queixa –crime), conduzir à DP local; 6. Confeccionar o BO; 7. Informar ao CIODS o encerramento da lavratura do Flagrante ou condução da vítima à

Delegacia.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A Lei Maria da Penha, nome dado a Lei nº. 10.426/04, inovou e acrescentou

dispositivos ao crime de Lesão Corporal previsto no artigo 129 do CPB. Antes, o conflito doméstico de marido batendo em mulher ou na sua prole era questão

de ordem familiar; agora, o uso desproporcional do poder familiar e da violência que resulte em lesão dentro do seio doméstico é tida como conduta juridicamente reprovável.

A lei veio com o espírito de reprimir não só a violência do marido praticada contra a mulher e a sua prole, como também a violência que cause lesão no ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.

“Art. 129 –Lesão Corporal Violência Doméstica – (Incluído pela Lei nº. 10.886, de 2004) § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das

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relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - Detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)

Condicionante legal: Art. 129 CPB, § 9o, §10 e §11 incluídos pela Lei nº. 10.886, de 2004.

Procedimentos:

Da Coordenação do CIODS

1. Gerar ocorrência e acionar GU ao local; 2. Monitorar a ocorrência e orientar a GU;

Do Comandante da GU

● Providenciar o socorro da vítima e apreender o objeto usado no crime; ● Em caso de flagrante delito, arrolar testemunhas, se possível, e proceder conforme

previsão legal; ● No caso de resistência à ordem de prisão, atendidas as cautelas legais e ocorrendo lesão

ou caso mais grave, confeccionar o Auto de Resistência à Prisão; ● Conduzir as partes envolvidas e testemunhas à Delegacia para as providências legais; ● Após o procedimento na DP, informar ao CIODS.

TERCEIRA PARTE

Resumo do Boletim de Ocorrência

Caro companheiro, Policial Militar para facilitar o seu desempenho e tira-dúvidas durante a intervenção e solução da ocorrência, colocamos na 2ª Edição deste Manual uma resumo do Boletim de Ocorrência (BO) com os formulários padrão.

O BO está dividido em oito (08) tópicos, contendo dicas e orientações sucintas que lhe facilitará o preenchimento de forma correta dos campos exigidos, quando do registro das ocorrências e entrega nas Delegacias de Policia ou Hospitais. O campo inicial é reservado para receber uma numeração da Delegacia após a sua entrega.

Na nova versão do BO, existe um espaço reservado logo após a Descrição da Natureza da Ocorrência para o número de registro da ocorrência repassada pelo CIODS, devendo o Policial responsável pelo registro fazer consta esse número identificador da ocorrência e repassa-lo ao solicitante (vitima/interessado), por ocasião de ocorrência solucionadas e entregues em Hospitais Públicos, Delegacias e nos casos de ocorrências sem resultado, conforme o campo do BO.

TRANSCRIÇÃO DO REGISTRO

DELEGACIA DE POLÍCIA Identifique a unidade policial onde está sendo elaborado o BOPI, observando:

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Unidade Policial: 4 DPC – Delegacia de Polícia da Capital do Alto Pascoal, 5 DPC – Casa Amarela, 9 DPC - Boa Viagem, 13 DPC - Vasco da Gama, 14 DPC - Macaxeira, 2 DPPol - Delegacia de Plantão de Polícia de Casa Amarela, 6 DPPol –Boa Viagem, Delegacia Especializada - anote DE/ seguido da designação principal com três letras:

a. Delegacia de Homicídios: DE/Hom; b. Delegacia de Acidentes de Trânsito: DE/Tra; c. Delegacia da Infância e da Juventude: DE/Ace

DATA DE REGISTRO Anote a data em que está sendo elaborado o BOPI, utilizando o sistema DIA (com dois dígitos: 01, 02, .., 31), MÊS (com dois dígitos: 01,02.....12) e ANO (com quatro dígitos: 2001, 2002). HORA DE REGISTRO Anote a hora em que iniciou o preenchimento do BOPI, utilizando o sistema de 24 horas, com quatro dígitos, separados dois a dois por dois pontos: 00:15, 01:50, 12:45, 17:55, etc. Nº DA FOLHA/TOTAL FOLHA Utilize este espaço para numerar a seqüência de folhas no lado à esquerda da barra com dois dígitos. À direita da barra anote, com dois dígitos, o total de folhas que compõe o BOPI. Exemplo: segunda folha de um total de quatro folhas: 02/04. A numeração será seqüencial em quantas folhas forem necessárias. OBSERVAÇÃO Transcrição do registro (fato) preencher o campo da Delegacia (fato) de Polícia – descritivo – data de registro – hora do registro – nº de folhas – total de folhas, tantas vezes aos números de folhas forem necessárias. TRANSCRIÇÃO DO REGISTRO (FATO)

DESCRIÇÃO Anote, sempre que possível, a descrição correspondente a natureza, conforme tabela:

1) Crimes Contra a Pessoa Homicídio; Resistência com vítima fatal; Aborto; Agressão; Infanticídio; Periclitação de vida; Abandono de incapaz; Omissão de socorro; Ameaça; Seqüestro/Cárcere privado; Violação de domicílio; Maus Tratos; Encontro de feto; Racismo; Difamação; Injúria; Calúnia; Lesão corporal; Lesões corporais, seguidas de morte; Outras ocorrências contra a pessoa;

1) Crimes Contra o Patrimônio Furto; Roubo; Extorsão; Posse/Invasão de propriedade; Dano/Depredação/Arrombamento; Apropriação Indébita; Estelionato/Fraude; Receptação; Latrocínio; Extorsão mediante seqüestro; Alarme disparado acidentalmente; Auto (localizado); Adulteração e falsidade/Veículo; Abuso de confiança; Invasão de domicílio; Outras ocorrências contra o patrimônio;

2) Crimes Contra a Paz Pública Perturbação do sossego público, Conduta inconveniente, Embriagues, Desinteligência, Vias de fato, Rixas, Trote, Outra ocorrência contra a paz pública.

3) Crimes Contra os Costumes Estupro, Ato obsceno, Escrito ou objeto obsceno, Atentado violento ao pudor, Corrupção de menores, Rapto, Exploração de lenocínio, Jogo de Azar, Vadiagem, Mendicância, Servir bebida alcoólica a incapaz, Importunação ofensiva ao pudor, Desordem/Perturbação da tranqüilidade, Outras ocorrências contra os costumes.

4) Crimes Contra a Administração Pública

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Concussão, Corrupção Resistência, Desobediência, Desacato, Contrabando/Descaminho, Abuso de Autoridade, Constrangimento Ilegal, Preservação de Direitos, Apreensão, Entrega/Devolução, Outras ocorrências contra a Administração Pública.

5) Crimes envolvendo Entorpecentes Tráfico de entorpecente, Uso ou porte de entorpecente Encontro de entorpecente, Drogado, Outras ocorrências com entorpecente,

6) Ocorrências envolvendo Presos Fuga, Rebelião/Motim, Escolta de Preso, Revista em Xadrez, Outras ocorrências com preso,

7) Ocorrências de manifestação Pública Greve, Piquete, Tumulto, Passeata, Saque, Manifestação pública, Outras ocorrências de manifestação pública.

8) Crimes contra o Meio-Ambiente Infração Ambiental Florestal, Infração Ambiental Caça, Infração Ambiental Pesca, Poluição, Outras ocorrências contra o Meio-Ambiente.

9) Outros Crimes Exercício ilegal de Profissão/Atividade, Violação de Sepultura, Crueldade contra animais, Envenenamento Água/Alimento/Remédio, Subversão/Terrorismo, Crime contra a economia popular, Falsa identidade, Porte ilegal de arma, Disparo de arma de fogo, Criança infratora, Falsificação, Formação de Bando/Quadrilha, Bomba Ameaça, Bomba explosão, Soltura de balões/fogos, Abandono material, Entrega de filho menor a pessoa inidônea, Abandono de incapaz, Subtração de incapaz, Crimes contra a Administração da Justiça, Exercício Arbitrário das próprias razões, Outras ocorrências de ilícitos penais.

10) Ocorrências de Trânsito Auto (abandonado), Acidente de trânsito com vítima, Acidente de trânsito sem vítima, Atropelamento, Acidente de trânsito com vítima - Produto perigoso, Acidente de trânsito sem vítima - Produto perigoso, Acidente de trânsito com vítima presa em ferragem, Direção de veículo sem habilitação, Direção perigosa de veículo, Recolhimento de veículo, Congestionamento, Infração de trânsito, Escolta, Interdição de via pública, Acidente com animal, Infração do transporte, Socorro mecânico, Guinchamento, Reboque, Outras ocorrências de trânsito.

11) Ocorrências de Auxilio ao Público Acidente pessoal, Parturiente, Demente, Morte natural, Mal súbito, Indigente, Pessoa desprotegida, Pessoa desaparecida, Pessoa localizada, Objeto localizado/abandonado, Orientação, Auxílio a pessoa desamparada, Auxílio a migrante, Extravio, Outras ocorrências de auxílio ao público.

12) Ocorrências de Bombeiro Incêndio, Vazamento de GLP com fogo, Explosão ambiental, Superaquecimento de equipamento, Explosão, Vazamento de GLP, Acidente com produto perigoso, Queda de árvore, Queda de fio de energia, Árvore com perigo de queda iminente, Acidente com meio de transporte, Desabamento, Ameaça de desabamento/desmoronamento, Objeto em local de risco, Pessoa em local de risco, Animal perigoso/raivoso/agressivo, Animal em local de risco, Cadáver em local de difícil acesso, Cadáver desaparecido, Objeto perdido, Enchente, Vazamento de água, Inundação, Caso clínico, Queda, Insetos agressivos, Embarcação em situação de risco, Suspeito de situação de risco, Vazamento de material perigoso, Outras ocorrências de Bombeiro,

13) Apoio a Instituições Públicas Apoio a policiamento ostensivo, Apoio à especializada, Apoio a outros órgãos policiais, Apoio a Policial, Apoio ao ensino/Instrução Policial, Apoio ao Poder Judiciário, Apoio a Instituição Pública, Apoio a outras Instituições Públicas.

14) Apoio a Instituições Privadas Proteção de valores, Escolta de valores, Outros apoios a Instituições Privadas.

15) Outras Ocorrências

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Encontro de cadáver, Averiguação de suspeito, Suicídio, Investigação, Preservação de local de crime, Condenado capturado, Morte a esclarecer, Proteção de pessoas, Outros atendimentos, Boletim Complementar/Aditamento,

TRANSCRIÇÃO DO REGISTRO (FATO) DATA

Coloque a data em que o fato ocorreu, o que às vezes não coincide com a data da elaboração do BOPI. Utilize os mesmos critérios utilizados na abertura do BOPI.Ex: 07/06/2005

HORA

Coloque a hora (formato 24 horas) em que o fato ocorreu, utilizando os mesmos critérios utilizados na abertura do BOPI. Ex: 08:10, 14:40, 20:00, 02:30.

AUTORIA – CONHECIDA / DESCONHECIDA

Indique um (X), na quadrícula correspondente, tratando-se de crime ou infração, em havendo a identificação do autor.

CONSUMADO/ TENTADO

Indique um (X), na quadrícula correspondente, tratando-se de crime ou infração, se houve consumação ou apenas tentativa.

CULPOSO/DOLOSO

Indique um (X), na quadrícula correspondente, tratando-se de crime ou infração, se ocorreu dolo ou culpa, após ouvir as partes, testemunhas e condutor.

ATO INFRACIONAL/FLAGRANTE

Indique um (X), na quadrícula correspondente, tratando-se de delito de ato infracional ou flagrante.

REGISTRO DA DELEGACIA DE POLÍCIA DO FATO

CIRCUNSCRIÇÃO (DP do fato)

Constar a Delegacia que tem a competência na apuração da ocorrência.

Circunscrição (DP do fato): Indicar a Delegacia de Polícia, que o caso ficará afeto.

Exemplo nº 1 – O crime (natureza) do fato ocorreu em Olinda e o BOPI foi registrado em Boa Viagem, a circunscrição DP do fato, (caso afeto), é de Olinda.

Exemplo nº 2 – O crime (natureza) do fato for da especializada a circunscrição DP do fato, (caso afeto), será da especializada (homicídio – especializada DP Homicídio).

LOCAL PRINCIPAL DA OCORRÊNCIA Anote o tipo mais abrangente do local. Exemplo:

• Logradouro público; Hotel/Motel; Shopping; Aeroporto; Edifício Residencial; Edifício Comercial; etc.

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LOCAL SECUNDÁRIO Em complementação ao local principal, detalhe o ponto em que ocorreu o fato. Exemplo:

• Shopping/Estacionamento; Edifício Comercial/Loja de Roupas, etc.

ENDEREÇO (LOCAL EM QUE OCORREU O FATO)

TIPO Use três letras, na seguinte padronização: Rua: rua; Ave: avenida; Ala: alameda; Pra: praça; Paq: parque; Rod: rodovia; Est: estrada; Pon: ponte; Via: viaduto; NOME DO LOGRADOURO Escreva o nome por extenso e por completo, desprezando designações que antecedem nomes (doutor, professor, general, governador etc). Certifica-se, tanto quanto possível, sobre o nome correto do logradouro, pois há avenidas que mudam de nome em certos trechos. NÚMERO Anote o número do local onde o fato ocorreu. Se o evento ocorreu na via pública e o declarante não souber o número exato, anote referências na linha abaixo a fim de possibilitar futuro inclusão no mapeamento.

CEP Anote o número do código de endereçamento postal do local do fato onde ocorreu.

Ex. 05186-000, 50050-230, etc.

MUNICÍPIO Escreva por extenso o nome do município UF (Unidade Federativa) Citar a Unidade da Federação, no caso, Pernambuco (PE). PONTO DE REFERÊNCIA Utilize este espaço quando a pessoa não conhece exatamente o nome do logradouro ou a numeração. Peça referências que possam permitir a identificação posterior do local: hotel, teatro, parque de diversões, bar, restaurante, padaria, farmácia, posto de gasolina, proximidade de algum cruzamento ou ponte etc.

PESSOAS ENVOLVIDAS

NUMERO (Nº) Anote em números seqüenciais conforme a definição dada à pessoa constante no BOPI. (Exemplo: nº 01, Vítima; ou nº 02, Vítima, etc).

CATEGORIA DO PARTICIPANTE Indique um (X), na quadrícula correspondente à participação da pessoa na ocorrência. Indique um (X) em "OUTROS" para o condutor da ocorrência. A categoria turista sempre deve ser preenchida pelo agente. Ex. agente O senhor é turista?

Vítima Não.

NOME E FILIAÇÃO DO ENVOLVIDO

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NOME/RAZÃO SOCIAL

Anote o nome completo da pessoa, sempre que possível a partir de documento de identidade, sem abreviações. Caso haja o envolvimento de pessoa jurídica, anote o nome de registro (razão social).

PAI / MÃE

Anote o nome completo do pai e da mãe, sempre que possível a partir do documento de identidade e sem abreviações. Deixe sem preencher caso o envolvido seja pessoa jurídica.

Obs.: Quando o envolvido for pessoa jurídica o campo deverá ser preenchido com um traço.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO SOCIAL E DOCUMENTAL

APELIDO/NOME FANTASIA

Coloque o apelido com que a pessoa é conhecida, principalmente de acusado e suspeito. O apelido (ou mais de um) deve ser sempre perguntado, como rotina, ao acusado ou suspeito. Essa informação no banco de dados pode permitir relacionar um suspeito a outros crimes, principalmente quando cruzada com outras informações como descrição física e modus operandi. A vítima de um crime eventualmente pode dar essa informação, caso tenha ouvido na comunicação entre criminosos.

No caso de pessoa jurídica o nome fantasia caso haja, deve ser colocado, como por exemplo, Coca-cola, Supermercado Pão de Açúcar (cuja razão social é Companhia Brasileira de Alimentos).

SEXO Indique um (X), na quadrícula correspondente.

ESTADO CIVIL Anote na quadrícula o número correspondente à situação civil da pessoa. DATA DE NASCIMENTO Anote no sistema de dois dígitos para dia e mês, e de quatro dígitos para o ano, tomando o cuidado de verificar, sempre que possível, pelo documento de identidade. IDADE APARENTE Caso não seja possível colher data de nascimento, este campo deve ser preenchido constando um dos números existentes, que se refere à idade aparente do envolvido. ESCOLARIDADE Neste campo deve ser constado o número do grau de escolaridade em que se encontra o envolvido. RG/CNH Indique um (X) no tipo de documento a informar. Anote o número do R.G ou C.N.H a partir do documento de identidade. Tratando-se de pessoa jurídica coloque o número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica), o antigo CGC. ÓRGÃO EXPEDIDOR Indique a sigla do órgão expedidor. UF (Unidade Federativa) Coloque as duas letras designativas do Estado onde fica o município referido (veja tabela).

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CPF/CNPJ Caso a pessoa possua, coloque também o CPF e no caso de empresa o CNPJ. Em caso de apresentação de outro documento, especificar. Esclarecer o órgão expedidor. OUTRO / QUAL Caso a pessoa apresente algum documento que não temos definido iremos colocar o nº do documento e o tipo do documento. Ex. 1.033.347.8 - passaporte NATURALIDADE Anote a cidade onde nasceu, a partir do documento de identidade. ENDEREÇO DO ENVOLVIDO LOGRADOURO (da residência da pessoa) Anote o endereço de residência da pessoa, escrevendo o nome por extenso e por completo, desprezando designações que antecedem nomes (doutor, professor, general, governador etc). No caso de pessoa jurídica, anote o endereço da sede onde o evento ocorreu, nem sempre o mesmo do contrato social, porque pode ser de uma filial. NÚMERO Anote o número do imóvel. COMPLEMENTO Anote a complementação como: apartamento, andar, sala, conjunto e respectivo número. BAIRRO Anote o bairro mencionado pela pessoa ou verifique no mapa da cidade para esclarecer possíveis dúvidas, já que não há muita precisão nos limites de bairros. Serve mais como referência. CEP Anote de acordo com o código de endereçamento postal. MUNICÍPIO Anote o município de residência da pessoa. UF (Unidade Federativa) Anote as letras designativas do Estado onde pertence o município de residência da pessoa (veja tabela). TELEFONE PARA CONTATO Anote o código do DDD, os números do telefone e do ramal. DADOS PROFISSIONAIS DO ENVOLVIDO EMPRESA Anote o nome da empresa onde trabalha a pessoa.

PROFISSÃO Anote a profissão da pessoa, independente do cargo que ocupa na empresa. Exemplo: • Advogado; Aposentado; Balconista Bancário; Biomédico; Cabeleireira; Carpinteiro; Carteiro;

Médico; Metalúrgico; Metroviário; Militar Federal; Moto-boy; Motorista etc.; Não

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Informado; Outras Profissões: Pedreiro; Policial Civil; Policial Federal; Policial Militar; Professor, etc.

ENDEREÇO (local do trabalho da pessoa) Anote o endereço de residência da pessoa, escrevendo o nome por extenso e por completo, desprezando designações que antecedem nomes (doutor, professor, general, governador etc). No caso de pessoa jurídica, anote o endereço da sede onde o evento ocorreu, nem sempre o mesmo do contrato social, porque pode ser de uma filial. NÚMERO Anote o número do imóvel. COMPLEMENTO Anote a complementação como: apartamento, andar, sala, conjunto e respectivo número. BAIRRO Anote o bairro mencionado pela pessoa ou verifique no mapa da cidade para esclarecer possíveis dúvidas, já que não há muita precisão nos limites de bairros. Serve mais como referência. CEP Anote de acordo com o código de endereçamento postal. MUNICÍPIO Anote o município de residência da pessoa. UF (Unidade Federativa) Anote as letras designativas do Estado onde pertence o município de residência da pessoa (veja tabela). TELEFONE PARA CONTATO Anote o código do DDD, os números do telefone e do ramal. CARACTERÍSTICAS Estes dados se referem ao imputado ou suspeito e deverão ser preenchidos, se possível, na sua totalidade. ALTURA APARENTE Coloque o número correspondente ao parâmetro de altura aproximada. PESO Coloque o número correspondente ao parâmetro do peso aproximado. COR Coloque o número correspondente ao parâmetro da cor da pele. BIGODE/COSTELETA/CAVANHAQUE Indique um (X) caso o imputado ou suspeito os utilizam, caso contrário no Não. CABELO Descrever:

a) Cor – loiro, castanho, preto, grisalho, etc. b) Tipo – Liso, encaracolado, ondulado, etc.

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c) Tamanho – Curtos, comprido, careca, etc. BARBA Descrever o tipo (comprida, curta, rala, etc); Cor (loira, castanha, preta, grisalha, etc). CICATRIZ Descrever o tipo (queimadura; corte; perfuração à bala; não informado; etc); tamanho (grande, pequena, etc); localização (face esquerda, testa, braço esquerdo, braço direito; costas; dedo(s) da mão direita, dedo(s) da mão esquerda; mão direita; mão esquerda; não informado; outros locais; peito; perna direita; perna esquerda, etc). TATUAGEM Descrever o tipo (ancora; cruz; flor (rosa); animal (tigre); não informado; etc); tamanho (grande; pequena; média); localização: (ombro esquerdo; ombro direito; braço direito; braço esquerdo; costas; dedo(s) da mão direita; dedo(s) da mão esquerda; mão direita; mão esquerda; não informado; outros locais; peito; perna direita; perna esquerda; etc). DEFEITO FÍSICO Descrever com detalhe (manca do lado esquerdo; braço direito torto; faltam dedos na mão esquerda; etc). DENTES Descrever com detalhes (separados, falta na frente, maxilar superior; utiliza aparelho corretivo, etc). OBSERVAÇÃO Caso os campos reservados para inclusão de pessoas sejam insuficientes, o funcionário atendente deverá acrescentar quantas folhas forem necessárias a fim de atender a identificação de todas (sendo numeradas conforme descrito no campo da numeração). Os demais campos dessas folhas, que não forem preenchidos, deverão ser inutilizados com um traço transversal. MODUS OPERANDI MODUS OPERANDI É a ação ou modo utilizado pelo agente autor do delito quando no cometimento do crime ou referente ao fato ao fato descrito. Caso ocorra a utilização de outros modos, descrever em DADOS COMPLEMENTARES, citando o envolvido que assim procedeu. Anote, sempre que possível, a descrição correspondente, conforme tabela. FORMA DE APROXIMAÇÃO Ajuda à vítima; Aproximou-se com moto; Aproximou-se com veículo; de bicicleta; pela frente;

por trás; Bateu e entrou; Não informado; Ofereceu drogas; Ofereceu emprego à vítima; Ofereceu presente ou dinheiro; Outras formas; Pediu ajuda/orientação; Pediu emprego; Simulou dificuldade no carro; Solicitou ser atendido; Utilizou uniforme de instituição de segurança privada; etc

MODO DE AÇÃO Ameaçou espancar a vítima; Apontou arma de fogo; Encostou objeto (arma cortante e/ou

contundente); Espancou a vítima; Ameaçou matar a vítima; Mostrou arma branca; Mostrou arma de fogo; Não informado; Outras formas; Saltou sobre a vítima; Seqüestrou familiar ou amigo para chantagem; Simulou estar armado; Sufocou a vítima; Surpreendeu a vítima;

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LOCAL DE ENTRADA Descrever o local de acesso utilizado pelo autor do crime, como: Clarabóia; Inexistente; Janela; Muro; Outros; Parede de vidro; Porta; Porta giratória; Telhado; Vitrô. FORMA DE ENTRADA Arrombou; Bateu e entrou; Deslocou as telhas; Entrou sem resistência; Inexistente; Outras formas

de entrada; Pulou; Removeu as telhas; Rompeu as telhas. ALTERAÇÕES NO LOCAL Consumiu alimentos e bebidas; Defecou; Fumou; Limpou o local; Não informado; Outros pontos

alterados; Urinou; Vandalismo. FORMA DE EVASÃO A cavalo; Correndo; Correndo e atirando; Em automóvel; Em bicicleta; Em moto; Inexistente;

Não informado; Outras formas de evasão; Saiu andando naturalmente; Veículo em alta velocidade.

CRIMES SEXUAIS Assedio sexual; Atos libidinosos; Fez sexo oral na vítima; Forçou a masturbar o suspeito;

Inexistente; Introduziu objeto no órgão sexual; Molestou doente mental sexualmente; Outras características; Suspeito incapaz de ter ereção.

ESTELIONATO Conto do vigário; Venda de bilhete premiado; Oferta de jóias valiosas a baixo preço para atender

necessidades; Outros. OBJETOS ENVOLVIDOS

ENVOLVIDO Constar o número (01, 02, etc) de ordem do envolvido, qualificado ou descrito, conforme o contido no item sobre pessoas envolvidas.

Ex. Dados do Envolvido = Nº 2. O objeto que será cadastrado pertence ao envolvido nº 2, portanto o campo [ envolvido ] será preenchido com o nº 2. TIPO DO OBJETO Anote a característica geral do objeto. Exemplos: água; algema; animal/ave; aparelho de fax; aparelho de som; aparelho para veículos; AR-15; arame; arma branca; arma de brinquedo; bebidas alcoólicas; bicicleta; bolsa/mochila/mala; brinquedo; cadeira de rodas; caixa eletrônico;; sepultura; skate/patins; talão de cheque; telefone; televisão; telhado; tênis; tesoura; ticket refeição/alimentação; tinta/material para pintura; toca fitas/CD auto; toca-disco; trator/engate; utensílios de jardinagem; utensílios domésticos; vale transporte; vestuário; viatura; videocassete; videogame, etc. MARCA/MODELO Indicar a marca principal do objeto, quando for o caso. Anote o modelo, quando for o caso e se for possível. Exemplo: Sony/ filmadora XR-13. NÚMERO DE SÉRIE Anote, se houver o número de série de produtos diferenciados por numeração como notas de dinheiro e número de chassi de eletro-eletrônicos. QUANTIDADE

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Anote a quantidade de objetos referidos (perdidos, furtados, roubados), quando o objeto for dinheiro o campo será preenchido com um traço. VALOR Anote o valor dos objetos, conforme declaração da pessoa. MOEDA Anote o valor declarado pela pessoa sobre o montante de dinheiro em moeda envolvido na ocorrência. MOTIVO DO REGISTRO DO OBJETO Constar à razão que levou o registro do objeto, como: Produto de crimes contra o patrimônio; Objeto usado para o cometimento do crime ou geração da ocorrência; Provas colhidas no local do fato (máquina que fere funcionário); Gerador espontâneo da ocorrência (Quando se trata de fatos contra a pessoa poderá ou não haver

objeto). OBSERVAÇÃO Caso os campos reservados para inclusão de objetos sejam insuficientes, o funcionário atendente deverá acrescentar quantas folhas forem necessárias a fim de relacionar todos objetos envolvidos (sendo numeradas conforme descrito no campo da numeração). Os demais campos dessas folhas, que não forem preenchidos, deverão ser inutilizados com um traço transversal. DADOS DO VEÍCULO

ENVOLVIDO Constar o número (01, 02, etc) de ordem do envolvido, qualificado ou descrito, conforme o contido no item sobre pessoas envolvidas. MARCA/ MODELO Anote primeiro a marca do fabricante e depois o modelo. Exemplos: Ford/Escort; Fiat/Pálio; Wolkswagen/Gol; Chevrolet/Corsa. COR Anote a cor constante do documento do veículo, se houver condições. Caso contrário anote a cor citada pela pessoa. ANO Anote o ano de fabricação e não o ano do modelo. É comum se encontrar em documentos de veículos a colocação dos dois anos, como por exemplo, 99/98, ou seja, carro modelo 1999, mas fabricado em 1998. RENAVAM Anote a numeração constante do documento do veículo, se houver condições. UF (Unidade Federativa) Anote as letras designativas do Estado onde pertence o veículo. CHASSI Anote a numeração constante do documento ou do veículo, se houver condições. PLACA

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Anote as três letras, um traço e os quatros algarismos da placa (AAA – 9999). VEÍCULO APREENDIDO Indicar em (X) se apreendido ou não. MOTIVO DO REGISTRO DO VEÍCULO Constar a razão que levou ao registro do veículo, como: Apropriação indébita; Desaparecimento; Estelionato; Furto de placas; Furto; Latrocínio; Roubo;

Seqüestro; Outros. OBSERVAÇÃO Caso os campos reservados para inclusão de veículos sejam insuficientes, o funcionário atendente deverá acrescentar quantas folhas forem necessárias a fim de relacionar todos veículos envolvidos (sendo numeradas conforme descrito no campo da numeração de folhas). Os demais campos dessas folhas, que não forem preenchidos, deverão ser inutilizados com um traço transversal. DADOS COMPLEMENTARES Constar informações que não foi nomeadas no corpo do BOPI (Indícios, subsídios, outros compatíveis), visando a inclusão de dados que não constam do registro e que levarão ao melhor esclarecimento.

EXAMES PERICIAIS SOLICITADOS

EXEMPLOS:

Para lesão corporal: especifique o exame (lesão corporal), envolvido (constar o número correspondente), marcar um ( x ) se o exame é solicitado ou realizado.

Para armas e/ou instrumentos utilizados no crime, citar o tipo de exame e no envolvido especificar o número do objeto.

Em caso de embriaguez, constar esse tipo de exame solicitado e o número correspondente à pessoa envolvida.

REGISTROS FINAIS

CONDUTOR

Constar o nome do policial condutor da ocorrência, sua matricula, viatura que utilizava (caso faça utilização) e a unidade policial a que pertence.

OBSERVAÇÃO

Quando o condutor for uma pessoa civil (não policial e em horário de serviço), o agente deverá preencher os dados desta pessoa como se ela você envolvida na ocorrência.

Exemplo: DADOS DO ENVOLVIDO Nº. 2 (X) OUTROS TURISTA [X] SIM - [ ] NÃO e os demais campos. No item (NOME DO CONDUTOR) deverá ser preenchido como = ENVOLVIDO Nº 2

. RELATOR (a)

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Anotar o nome do agente ou responsável pela confecção do BOPI, sua matrícula, bem como sua assinatura. INTERESSADO (a) Anote o nome da pessoa interessada no registro da ocorrência e solicitante de sua cópia. DELEGADO (a) Anotar o nome do Delegado de Polícia responsável pelo serviço em que foi elaborado o BOPI, sua matrícula, bem como sua assinatura.

ANEXOS:

a) Formulário do Boletim de Ocorrência

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b) Formulário do Auto de Resistência

AUTO DE RESISTÊNCIA À PRISÃO

Aos onde dias do mês de junho de dois mil e oito nesta cidade de Recife-

PE, na rua Padre Inglês, próximo ao n° 1320, bairro da Boa Vista, Recife-PE, por volta das

15h00, após haver dado voz de prisão ao acusado, José Bione Filho, 40 anos, brasileiro, casado,

residente à rua São Geraldo, natural de Recife-PE, RG n° 9250234⁄SDS-PE, CPF n° 430050780-

21, filho de João Bione e Maria Bione Alcântara, pela prática de tentativa de roubo contra a vítima

Márcio dos Santos , 31 anos, brasileiro, natural de Recife-PE, solteiro residente à rua do Sossego,

bairro da Boa Vista, Recife-PE, RG n° 9459876⁄SDS-PE, CPF n° 509987736-10, filho de Jonas

dos Santos e Maria dos Santos, intimei o acusado para que me acompanhasse incontinente à

Delegacia de Plantão de Santo Amaro. O acusado, não acatando a ordem legal, desobedeceu,

resistindo à prisão, tendo iniciado disparo de arma de fogo contra os policiais executores da

prisão, não obstante saindo em desabalada carreira em via pública, e colocando em risco a

população. Diante da ação criminosa repeli com o emprego da força necessária nos limites da lei e

em estrito cumprimento do dever legal, sendo auxiliado pelos Soldados João Felipe, Mat. 950230-

6 e Soldado Mario Quitanda, 980340-9 e após troca de tiros, o acusado foi alvejado no peito e

ombro, tendo sido socorrido de imediato, mas veio a falecer a caminho do Hospital da

Restauração, sito a Avenida Agamenon Magalhães, Boa Vista-Recife. A ocorrência foi conduzida

à Delegacia de Plantão de Santo Amaro com as testemunhas: Paulo Roberto da Silva, RG n°

4.555.789 SDS/PE e André Henrique, RG n° 7.234.676 SDS/PE residentes e domiciliados à Rua

Padre Lemos, n° 134, Arruda, Recife, PE, e com os objetos do crime e materiais apreendidos em

posse do acusado (descrever). E, para constar, lavro o presente auto, nos termos do artigo do Art.

329 do CPB e 284 e 292 do CPPB que assino com os auxiliares da prisão as testemunhas.

________________________________ Executor da prisão

________________________________

Auxiliar da prisão

________________________________ Auxiliar da prisão

______________________________

Testemunha

______________________________

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Testemunha

QUARTA PARTE

USO DA FORÇA E DE ARMA DE FOGO

Amigo policial esta seção deverá ajudá-lo a decidir o momento certo da abordagem

utilizando a técnica adequada. NÃO ESQUEÇA!

Ouso de armas de fogo é medida extrema e só pode ser feito:

● Quando estritamente necessário para salvar uma vida; ● Quando houver ameaça iminente de morteou lesões graves para o policial ou

outras pessoas. A ONU tem um conjunto de principios que devem ser observados em relação ao uso

da força e de armas de fogo pela polícia:

1. Use meios não-violentos, na medida do possível, antes de recorrer ao uso da força e armas de fogo.

2. Só é aceitávelo uso da força e armas de fogo quando os outros meios se revelarem ineficazes ou incapazes de produzirem o resultado legal pretendido.

3. Caso o uso legítimo da força e de armas de fogo seja inevitável o poilicial deve:

(a) Exercê-las com moderação e agir na proporção da gravidadeda infração e do objetivo legítimo a ser alcançado;

(b) Minimizar danos e ferimentos, respeitar e preservar a vida humana; (c) Assegurar que qualquer individuo ferido receba assistência e cuidados médicos o mais

rápido possível; (d) Garantir que os familiares ou amigs íntimos da pessoa ferida sejam notificados o mais

depressa possível.

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QUINTA PARTE

PROCEDIMENTOS DURANTE A ABORDAGEM

ABORDAGEM A PESSOAS

A doutrina policial nos ensina que uma abordagem segura, no aspecto efetivo, deve contar com no mínimo três policiais para cada abordado. Quando uma única equipe não possuir este quantitativo mínimo, deverá ser solicitadi apoio. O policial, ao efetuar uma abordagem, deve observar alguns aspectos basilares para que possa salvaguardar sua vida, dentre eles os seguintes princípios:

PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM POLICIAL

1. SEGURANÇA - é a garantia que tem o Policial, no momento da abordagem, que sabe o que está fazendo e está empregando o procedimento correto. 2. SURPRESA - é a ação inopinada do Policial, não possibilitando fuga ou reação do abordado. 3. RAPIDEZ - ação de curta duração no momento da abordagem. 4. AÇÃO VIGOROSA - ação resoluta, decidida e firme do Policial no momento da abordagem. 5. UNIDADE DE COMANDO - agir sob comando único, evitar conflito de ordens, mantendo o controle das ações desenvolvidas.

INDIVÍDUO EM ATITUDE SUSPEITA

Não deve existir preconceito na adoção de determinados critérios para a realização da

abordagens. O que caracteriza a atitude suspeita do indivíduo, é a exteriorização de um comportamento que fuja do contexto social, ou da normalidade, associado as circunstâncias de horário, lugar, clima, pessoas etc.

SITUAÇÕES EM QUE O POLICIAL DEVE ABORDAR

1. Para reconhecimento de pessoa procurada; 2. Nos casos de cometimento de infração; 3. Nos casos de suspeição; 4. Para prestar assistência; 5. Para orientar 6. Para advertir, 7. Para fiscalizar 8. Para prender.

ABORDAGEM A PESSOAS ISOLADAS

Sempre que o número de Policiais e o terreno permitir, a aproximação será de Forma Triangular.

Esta forma de aproximação reduz a possibilidade de fuga e reação do abordado. Propicia mais segurança aos Policiais.

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REGRAS A SEREM SEGUIDAS DURANTE UMA ABORDAGEM

1. Vigie SEMPRE as mãos do indivíduo a ser abordado; 2. Não permita que o suspeito coloque as mãos em bolsos ou capangas; 3. Presuma sempre que o suspeito pode estar armado; 4. Procure abordar o suspeito sempre que possível por trás; 5. Não permita que o suspeito se vire, 6. Não converse, não se distraia; 7. Ordene que ele coloque as mãos abertas acima da cabeça, de costas e com as pernas

abertas; 8. Evite, se possível, efetuar a abordagem no interior de bares ou outro lugar onde haja

aglomeração; 9. Quando o elemento a ser abordado se tratar de um criminoso, aproxime-se de arma em

punho, mas fora do alcance dele; 10. NUNCA aborde em inferioridade; 11. A Arma deve estar na mão em condições de uso, podendo, estar ao longo do corpo ou em

posição de segurança, apontada diretamente para o suspeito quando julgado extremamente necessário.

12. Procurar abordar com calma, segurança, rapidez, objetividade e surpresa; 13. Se o marginal tentar fugir:

a - NUNCA atire pelas costas; b - Persiga-o sem fazer uso de arma de fogo;

c - Solicite cobertura de outros Policiais se for preciso, para realização de um cerco.

ABORDAGEM A MULHERES

A busca em mulheres deverá ser realizada por policiais do sexo feminino, desde que isso não retarde a diligência;

Podendo o policial masculino solicitar que uma mulher transeunte o auxilie na busca ou em último caso ele mesmo realizará a busca, prevalecendo o respeito e a boa técnica e evitando constragimentos.

PROCEDIMENTO DO POLICIAL NA BUSCA

Antes de iniciar a busca, evitar que o indivíduo fique de posse de quaisquer objetos (blusa, sacola, bolsa, pacote, guarda-chuva, jornal etc.);

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● Colocar o revistado em pé, com a frente voltada para uma parede ou outra superfície

vertical e as costas para si;

● Se não houver superfície vertical no local preliminar (campo aberto) deve o policial ordenar que o revistado coloque as mãos na cabeça com os dedos entrelaçados;

● Proceder a busca por trás do revistado, mantendo sempre um braço apoiado nas costas e o outro realizando a busca, e ainda uma perna atrás da outra de acordo com as posições dos braços;

● De acordo com a reação, escorar ou desequilibrar o revistado;

● Examinar as partes interna e externa de cada perna até o calcanhar;

● Verificar se não há cheiro de tóxicos;

● Verificar todos os objetos e volumes em poder do revistado, inclusive cigarros, caixa

de fósforos, mochilas, bolsas femininas etc.;

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● Nada encontrado de ilegal, agradecer a colaboração, liberando o revistado;

ATITUDE DO POLICIAL QUE PROCEDERÁ A BUSCA (Revistador)

O Policial Revistador manterá sua arma no coldre e se aproximará do suspeito pelo lado direito (esquerdo); colocará seu pé direito (esquerdo) em frente ao pé direito(esquerdo) do suspeito e manterá os dois tornozelos unidos, o que possibilitará uma ação defensiva/ofensiva, caso o suspeito esboce reação;

Seqüência da Busca:

1. Verificar de imediato o quadril do suspeito,devido a maior possibilidade de haver uma arma escondida nessa área;

2. Verificar a região pubiana; 3. Verificar braços, mãos e tórax (incluindo axilas); 4. Retirar chapéu, bonés e similares e examiná-los; 5. Observar colarinho; 6. Deslizar as mãos ao longo das pernas do suspeito, verificando a parte interna das

mesmas, olhar também canos de botas, sapatos, etc., 7. Examinar lapelas e gravatas e as dobras do vestuário.

Na troca de lados, para continuar a Busca, o Policial Revistador o fará, dando a volta por trás do Policial Auxiliar (Segurança).

ATITUDE DO AUXILIAR (Segurança)

O Policial Auxiliar deverá se colocar do lado oposto ao Revistador e a retaguarda do suspeito, mantendo-o sempre no seu campo visual. Deverá estar atento à todo e qualquer movimento do revistado, a fim de evitar imprevistos.

A arma deverá estar empunhada, porém não deve estar apontada para o abordado.

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BUSCA EM GRUPO DE PESSOAS

Exige maior número de Policiais; Necessita maiores cautelas; Os Policiais devem postar-se em posição vantajosa; Em caso de igualdade solicitar reforços; Os elementos devem ser afastados uns dos outros e colocados na posição de busca

pessoal; O grupo (suspeito) deverá ser revistado sob observação atenta dos Policiais; O deslocamento do abordado para ser revistado deverá ser de costas para o Policial

segurança e lateralmente para o PM revistador. Os procedimentos serão os mesmos descritos anteriormente, acrescentando as

seguintes instruções: 1. Os suspeitos serão posicionados e afastados um do outro, de forma a não poderem se tocar; 2. Não permitir que os mesmos se comuniquem; 3. Um ou mais policiais devem estar na cobertura (Segurança), de acordo com a situação; 4. Os suspeitos a serem revistados são dispostos em linha; 5. O Revistador se coloca em uma das extremidades do grupo; 6. Tão logo um suspeito é revistado, deve ele colocar-se na outra extremidade e assim por diante, até ser procedida a busca em todo grupo.

BUSCA EM POLICIAIS

O Policial ao ser abordado deverá manter a calma, obedecer o que o policial de serviço determinar e, inicialmente, identificar-se apenas verbalmente(sem tenatr pegar a carteira funcional);

O comandante da equipe determinará que ele coloque as mãos na cabeça; Antes de iniciar a busca o revistador deverá perguntar se o policial está armado, sendo

afirmativa a resposta este será desarmado e posteriormente conferida a documentação referente à arma e a identificação do policial

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O revistador procederá a busca normalmente, seguindo o que foi apresentado anteriormente;

ABORDAGEM A AUTOMÓVEIS (PASSEIO)

Após a parada do veículo, proceda da seguinte forma:

Guarnição com três Policiais

1. Tão logo o veículo pare, o motorista da VT deverá posicioná-la à retaguarda e a uma

certa distância de aproximadamente 3 a 5 metros do veículo suspeito; 2. Com a guarnição embarcada e com o motor ligado, o comandante determina ao

motorista que desligue o motor e saia do carro com as chaves nas mãos e coloque as mesmas sobre o teto do carro;

3.Cumprida a determinação, a Guarnição desembarcará o mais rápido possível dentro

do seguinte esquema: a) O comandante será o primeiro a desembarcar e se posicionar à retaguarda e à

direita do auto suspeito, em silhueta reduzida; b) O patrulheiro desembarcará e se posicionará à esquerda na altura do pára-lama da

“GT", ficando abrigado no motor, à frente do motorista em posição de tiro; c) O motorista se coloca protegido pela roda e motor da viatura, entre a porta e em

posição de tiro, até que os elementos suspeitos desembarquem e tomem posição para serem revistados. A partir dai ele vai ocupar-se das comunicações, do trânsito e ficar atento a possível apoio externo( segurança da área),

4. Após a tomada de posição, o comandante ordenará que todos os ocupantes do auto suspeito desçam:

5. Pela esquerda, se o lado direito do veículo oferecer condições de proteção, tais como: um muro baixo, uma árvore, um poste, um matagal, etc. Nesta situação, o lado esquerdo (lado da pista ) deixará os suspeitos no meio da rua e desorientados;

6. Pela direita, caso o Comandante ache conveniente, de acordo com as condições do local.

7. Os suspeitos deverão colocar de imediato as mãos erguidas acima da cabeça.

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Quando o desembarque for feito pela direita, o Comandante determinará ao motorista do auto suspeito que se dirija para junto dos outros, passando pela retaguarda do veículo;

8. Nos casos em que todos saírem pela esquerda, os mesmos deverão se deslocar para o lado direito do veículo suspeito, pela retaguarda, ao mesmo tempo em que o Comandante se desloca também para o lado direito do auto suspeito, ficando na diagonal em relação ao veículo;

a) Estando todos do lado direito do veículo, o patrulheiro deverá se aproximar do auto suspeito, com o devido cuidado, a fim de observar se alguém ainda se encontra em seu interior. Após a verificação, o patrulheiro caminha por trás do carro, passando pela retaguarda do Comandante, ficando em posição á altura do pára-lamas dianteiro direito, até iniciar a busca pessoal que será efetuada na frente, a direita do auto;

b) No momento da passagem do patrulheiro pela retaguarda do Comandante, esse último desloca-se mais à direita, ficando em frente à lateral direita do auto suspeito;

9. Feita a revista pessoal e devidamente tomadas as medidas de segurança, o patrulheiro inicia a revista no auto suspeito na presença do motorista;

Obs.:

a) Durante a aproximação, deve-se observar constantemente os ocupantes do automóvel e suas respectivas posições dentro do mesmo;

b) Todos os ocupantes da guarnição devem ter em mente: a visibilidade dos ocupantes

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do veículo e suas posições, em todos os ângulos; cada policial protege a si e aos companheiros; cuidado para não ficar na linha de tiro dos mesmos;

c) Se a abordagem for executada à noite, deve ser observado o seguinte: os ocupantes do auto suspeito devem ser iluminados com farol alto ou farol auxiliar; os patrulheiros deverão se aproximar com lanternas na mão; o motorista suspeito deve ser orientado a acender a luz interna do carro;

d) Descoberto algo incriminador no veículo, os ocupantes devem ser algemados e submetidos a uma revista minuciosa;

e) A abordagem deve ser feita com calma e sem qualquer distração; f) A busca no veículo deverá ser minuciosa, procurando visualizar qualquer indício de

furto ou roubo; h) Durante a abordagem, o motorista deverá estar atento ao rádio; i) Caso necessite, deverá pedir reforço sem qualquer constrangimento; j) Durante a abordagem, à princípio, só o Comandante da Guarnição deverá falar; l) Todo deslocamento do Policial deverá ser em silhueta reduzida; m) Cada policial protege a si e aos companheiros, cuidando para não ficar na linha de

tiro dos mesmos; n) Durante os deslocamentos a pé ou motorizados, os policiais da guarnição devem

estar alertas para não entrarem na linha de fogo cruzado;

Os Policiais devem primeiro preocupar-se com o interior do veículo e logo após com a mala, quando ambos deveram estar do mesmo lado para evitar o fogo cruzado, onde um levanta a tampa da mala enquanto o outro faz a cobertura e observação;

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ABORDAGEM A COLETIVOS (ÔNIBUS)

Para realizar este tipo de abordagem será necessário no mínimo oito policiais; O comandante da equipe subirá pela frente do coletivo, acompanhado de um policial,

e explicará aos passageiros que será procedida uma abordagem, solicitando a todos que ponham as mãos no encostoda cadeira da frente;

Outros dois policiais subirão pela porta traseira e um terceiro permanecerá na porta em apoio;

Sendo ainda ideal o posicionamento de mais três Policiais na área externa do Coletivo, sendo um em cada lateral e outro na parte frontal, podendo estes portarem um armamento de maior poder de fogo (escopeta, metralhadora, fuzil, etc.);

A busca deve ser realizada em todos os passageiros e nas bolsas e mochilas que estes estejam portando;

O Policiamento externo ao Coletivo preocupasse com movimentações estranhas ou objetos arremessados para fora do Coletivo que possam advir de algum passageiro;

Após a abordagem o Comandante da equipe deve ser o ultimo a descer, devendo agradecer a colaboração de todos se nada for constatado, caso contrario, se deparando a equipe Policial com algum ilicito, podera variar a sua ação desde a busca mais detalhada em um dos passageiros até a de todos que ali se encontravam na area externa do Coletivo, onde serão postos lado a lado em uma de suas laterais;

Dependendo da situação e caso o comandante julgue necessário(para realizar uma busca mais minuciosa ou devido a grande quantidade de pessoas no coletivo)deverá mandar que todos os passageiros desçam e realizar a busca do lado de fora do ônibus;

Após estas medidas de segurança, proceder-se-á à revista pessoal normalmente, tomando as providências normais caso encontre algo irregular;

Ao final da abordagem, caso nada seja encontrado, os policiais devem agradecer a colaboração e aguardar que todos retornem aos seus respectivos lugares de início, liberando o ônibus logo após.

Obs. : O policial deve ter sempre em mente que demonstrações de força, por vezes, desestimulam possíveis reações, como por exemplo; imposição de voz, grande número de policiais etc.,; um tiroteio dentro de um coletivo pode gerar graves conseqüências, além de ofender a integridade física de terceiros inocentes.

“Ter educação não é sinal de fraqueza, mas sim uma demonstração de que o policial está preparado para o tratamento com a comunidade”.

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ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES

VARREDURAS

Olhada Rápida:

Na olhada rápida o policial irá olhar para dentro do cômodo ou do corredor

rapidamente, expondo-se o mínimo possível, verificando a existência de um possível perigo ou local onde poderia estar uma ameaça, só entrando após verificar se é seguro.

Tomada de ângulo:

Na tomada de ângulo o policial irá se distanciar da esquina, da parede ou do vão da porta e através disso terá um ângulo de visão privilegiado, vendo o interior antes mesmo de ser visto, sem se expor.

Uso de Espelhos:

Com o uso de equipamento apropriado o policial poderá ver o interior do cômodo de forma mais completa e segura.

Verbalização: No caso de achar uma pessoa suspeita, deve ser usada uma voz de comando firme,

clara e enérgica para fazer o suspeito sair do local.

FORMAS DE ENTRADA

Para realizar a entrada de forma segura, rápida e eficaz e evitar o perigo do cone da morte , existem formas de entrada apropriadas. Ao perscrutar corredores em dupla, é importante

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agir de modo silencioso, mantendo uma postura ofensiva, sem direcionar a arma para as costas daquele que está a frente.

Formas de Entrada

ENTRADA CRUZADA (CROSS ENTRY) ENTRADA EM GANCHO (HOOK

ENTRY)

a. ENTRADA FURTIVA

Dependendo da situação será realizada a entrada furtiva para ocultar a presença da equipe, e onde há tempo disponível e a velocidade não é essencial. Deve haver disciplina de luzes e ruídos e a comunicação será feita por gestos. A localização dos alvos é desconhecida e a progressão deve se feita usando constantemente abrigos e coberturas. A busca e a varredura serão detalhadas e sistemáticas. A proteção é de 360º, usando sempre espelho e escudo.

b. ENTRADA DINÂMICA

Quando for necessária a localização do alvo, e se tem informações prévias da necessidade de controlar pessoas, devido a oportunidades de reação.

A ação será desencadeada através da velocidade, surpresa e ação de choque, usando-se a verbalização enérgica e positiva.

Entrada : Para se efetuar a entrada em locais edificados, deve-se observar os

seguintes conceitos:

01) Equipamento : Todos os Policiais envolvidos na ação devem estar utilizando colete balístico, podendo o grupo de entrada usar outros equipamentos de proteção, como escudos, capacetes etc. É importante que o grupo de entrada utilize equipamentos portáteis de comunicação, para manter contato com os demais Policiais e com o centro de operações;

02) Basicamente teremos três fases da abordagem: Contenção:. Cercar os criminosos para que eles não fujam ou façam nova vítima. Isolar o local permitindo apenas a entrada de pessoal autorizado dentro do perímetro primário para facilitar a ação da Polícia. Isolamento:. Isolar o local permitindo apenas a entrada de pessoal autorizado dentro do perímetro primário para facilitar a ação da Polícia.

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Evacuação: Retirar do local de atuação as pessoas que não estão envolvidas com o evento, permanecendo apenas os elementos indispensáveis para a ação policial.

03) Durante a operação deve haver comando, controle, coordenação e comunicação entre os policias;

REFERÊNCIAS CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1998, BOLETIM INTERNO nº. 198 CPRM, de19 de Novembro de 1995. Recife: 1995. BOLETIM GERAL nº. 135, de 20 de Julho de 2005. PMPE/2005. BOLETIM GERAL nº. 146 CPRM. Recife: 1994. COLETÂNEA DE LEGISLAÇÃO BÁSICA. PMPE, Recife Gráfica Editora - Recife, 1998. DECRETO-LEI nº. 2.848, de 07 de setembro de 1940 – Código Penal. DECRETO-LEI nº. 3.688, de 03 de outubro de 1941 – Lei das Contravenções Penais. DECRETO-LEI nº. 3.689, de 03 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal. DECRETO ESTADUAL nº. 30.280, de 15 de março de 2007. DECRETO ESTADUAL nº. 31.214, de 20 de dezembro de 2007. DECRETO-LEI nº. 2.848, de 7 de Dezembro de 1940. Código Penal Brasileiro. 34ª Ed. São Paulo; Saraiva. 1995. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo. 15ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. GIL, Antônio Carlos. - Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1991. GUIA ORGANIZACIONAL E TÁTICO. 1ª CIOE / PMPE. Gerenciamento de Crise. Recife: 2001. JESUS, Damásio E.. Código Penal Anotado. 7ª. Ed. São Paulo: Saraiva. 1997 LEI FEDERAL nº. 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 – Estatuto do Desarmamento. LEI FEDERAL nº. 10.741, de 1º de Outubro de 2003 – Estatuto do Idoso. LEI FEDERAL nº. 7.210, de 11 de Julho de 1984. Lei de Execução Penal. 1ª Ed. São Paulo: Rideel. 1995. LEI FEDERAL nº. 11.343, de 23 Agosto de 2006. Lei de Tóxicos.

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LEI FEDERAL nº. 9.503, de 23 de Setembro de 1997. Código de Trânsito Brasileiro. 1ª Ed. Recife: Detran/PE 1998. LEI FEDERAL nº. 8.069, de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. 1ª Ed. Recife: CEDDCA. 1999. LEI ESTADUAL nº. 11.365, de 26 de Julho de 1996. Código Disciplinar da Polícia Militar de Pernambuco. Recife: 1999. LEI FEDERAL nº.9.605, de 12 de Janeiro de 1998 – Lei da Vida / Crimes contra o Meio Ambiente. LEI FEDERAL nº.11.284, de 07 de Agosto de 2006 – Altera a Lei do Meio Ambiente. LEI FEDERAL nº.10.406, de 10 de Janeiro de 2002 – Código Civil. LEI FEDERAL nº. 10.792, de 1º de Dezembro de 2003 – Altera o Código Penal, Código de Processo Penal e Lei de Execução Penal. LEI ESTADUAL nº.12.810, de 10 de Maio de 2005 – Lei de Proteção ao litoral de Pernambuco. LEI FEDERAL nº. 7.716, de 05 de Janeiro de 1989 – Discriminação Racial. LEI FEDERAL nº. 9.459, de 13 de Maio de 1997 – Racismo. LEI FEDERAL nº. 11.340, de 07 de Agosto de 2006 – Lei Maria da Penha / Violência Doméstica. LEI FEDERAL nº. 8.072, de 25 de Julho de 1990 – Lei dos Crimes Hediondos. LEI FEDERAL nº. 11.464, de 28 de março de 2007, altera a Lei nº. 8.072 (Lei dos Crimes Hediondos). LEI FEDERAL nº. 9099, de 26 de Setembro de 1995 – Lei dos Juizados Especial Civil e Criminal. LEI FEDERAL nº. 9.455, de 07 de Abril de 1997. Crimes de Tortura. MEMORANDO nº. 261 / COPOM. Recife: 2001. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional .13ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. NOTA DE INSTRUÇÃO nº. 007 CPRM. Recife: 1994. NOTA DE INSTRUÇÃO nº. 011 BPRP. Recife: 2001. OFÍCIO CIRCULAR nº. DGOPM 341, DE 14 de Setembro de 2005. OFÍCIO nº. 534 /1ª BPTRAN. Recife: 2000. OFÍCIO nº. 269 /SECOP/CPRM PMPE: 2000.

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OFÍCIO nº. 036 / SECOP/ CPRM. Recife:1997. OFÍCIO nº. 75 / DETI/SDS. Recife: 2001. PLANO DE EMERGÊNCIA DA INFRAERO, de 30 de Julho de 1999. PORTARIA DO COMANDO GERAL nº. 1570, de 1º de setembro de 2006, publicada no BG nº. 029 de 04 de outubro de 2006. PORTARIA DO COMANDO GERAL nº. 1999/PMPE. Recife: 1999. PORTARIA DO COMANDO GERAL nº. 996 de 15 de Julho de 2005/ PMPE.Recife: 2005. PORTARIA DO COMANDO GERAL nº. 116, de 17 de Fevereiro de 2000 (SUNOR, de 16 Março de 2000). PORTARIA nº. 36, DE 2000 / SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 18ª Ed. São Paulo. Cortes: Autores Associados, 1992. RESOLUÇÃO nº. 66 do CONTRAN. TOBIAS, José Antonio. Como fazer sua Pesquisa. 1ª. Ed. São Paulo: AM Edições, 1992. VADEM MECUM acadêmico de direito /Anne Joyce Angher Organização 4ª. Ed. São Paulo: Rideel, 2007. (Coleção de leis Rideel).

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CURRÍCULO DOS AUTORES

JOSÉ ANTONIO DA SILVA FILHO – Major PM, Oficial formado pela Academia de Policia Militar do Paudalho em 1988; foi Coordenador e Chefe Interino do Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM), atual Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS), no período de 1993 a 2007; É portador dos seguintes cursos: Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Olinda – AESO e aprovado pela OAB-PE em 2000; Immediatte Conversation in English pela Escola de Idiomas FISK; Curso de Proteção dos Defensores dos Direitos Humanos – SENASP – CFAP; Curso de extensão em Planejamento Organizacional – FCAP-PE - 2007; Foi

Instrutor de Procedimentos em Ocorrências Policiais Militares no CFO, CHO, CFS, CFC e CFSd; Instrutor da Lei de Execuções Penais no Curso de Guardas Especiais Temporários no CFAP; Foi Assessor Especial do Comando Geral da PMPE para Análise e Solução de Processos Administrativos.

GERALDO JORGE MACHADO DE MESQUITA, Major PM, Oficial formado pela Academia de Polícia Militar do Paudalho em 1989; foi Coordenador do Centro de Operações da Polícia Militar, atual CIODS, de 2000 a 2007; É portador dos seguintes cursos: Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Olinda – AESO em 1995; Pós-Graduação em Segurança Pública e Defesa Social pela Fundação Joaquim Nabuco em 1999, tendo ampliado o conhecimento ao visitar as polícias de Nova Yorque, Washington, Miami, Orlando, Nova Jersey, Atlantic City e Dellawary; Curso de Atendimento Pré-hospitalar em 2003, no Distrito

Estadual de Fernando de Noronha, pela UFPE e Corpo de Bombeiros; Pós-Graduação em Direito Público na área de Direito Penal pelo Complexo Jurídico Damásio de Jesus – São Paulo, em 2006; Formação de Formadores pela SENASP – EAD em 2008; Instrutor de Direito Constitucional e Execuções Penais no CFO, CFSd e do Curso de Guardas Temporários; Instrutor de Direito Penal, Direitos Humanos e Fundamentos Jurídicos no CFO e CFSd.

CLAUDEMIR PANTALEÃO CÂMARA – Capitão PM, Oficial formado pela Academia de Policia Militar do Paudalho em 1993; foi Coordenador do Centro de Operações da Polícia Militar, atual CIODS, de 2000 a 2007; É portador dos seguintes cursos: Bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Salgado de Oliveira-Recife em 2006; Ações de Choque, em

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1996; Operações de Inteligência, em 1998; Curso de Tiro Defensivo (Método Giraldi), em 2008.