manual de orientação para manipuladores de alimentos

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Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos Colorê Programa de Alimentação Escolar do Município de Ribeirão Preto-SP Março 2021- 4ª edição

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Page 1: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

Manual de Orientação para

Manipuladores de Alimentos Colorê

Programa de Alimentação

Escolar do Município de

Ribeirão Preto-SP

Março 2021- 4ª edição

Page 2: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

2

Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto- SP

Secretaria Municipal da Educação

Divisão de Alimentação Escolar

DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, LOGÍSTICA E MATERIAIS

GUILHERME BALDUSSI LIMA

CHEFE DA DIVISÃO DE NUTRIÇÃO ESCOLAR

LARESSA CRISTINA DE OLIVEIRA

EQUIPE TÉCNICA DE NUTRICIONISTAS DA DIVISÃO DE NUTRIÇÃO ESCOLAR

GISELE DE SOUSA FERNANDES

GIOVANNA MAZER PRATA

HELENA SIQUEIRA VASSIMON

LILIA DE BORTOLI M. ALVES

MORGANA APARECIDA PARIS BASTON

PAULA FERNANDA ARROYO

RENATA CERRI

Page 3: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

3

APRESENTAÇÃO

A Alimentação Escolar é muito importante para o desenvolvimento e educação alimentar

das crianças e jovens. A equipe técnica de nutricionistas da DAE prioriza fornecer aos alunos

refeições balanceadas, saudáveis e seguras.

O objetivo da elaboração deste Manual é auxiliar a todos os profissionais que manipulam

os alimentos (cozinheiros) com a operacionalização do Programa de Alimentação Escolar de

Ribeirão Preto, das nossas unidades escolares, visando a contribuir para uma gestão eficiente e de

maior qualidade.

Page 4: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

4

SIGLAS

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

ASO: Atestado de Saúde Educacional.

CAE: Conselho de Alimentação Escolar.

CGU: Controladoria Geral da União.

CVS: Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

DAE: Divisão de Alimentação Escolar da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

EAN: Educação Alimentar e Nutricional.

FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

MP: Ministério Público.

OMS: Organização Mundial da Saúde.

PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar.

TCU: Tribunal de Contas da União.

Page 5: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 9

2. SEGURANÇA ALIMENTAR ........................................................................................................................... 11

2.1 Noções básicas ................................................................................................................................................... 11

2.2 Higienização ..................................................................................................................................................... 13

2.2.1 Passo a passo da higienização de utensílios (facas, tábuas e canecas) ........................................................... 14

2.2.2 Passo a passo da higienização de utensílios (pratos e talheres) ...................................................................... 14

2.2.3 Passo a passo da higienização de equipamentos (liquidificador, freezer, geladeira e outros) ......................... 14

2.2.4 Passo a passo da higienização do piso ............................................................................................................ 15

2.2.5 Passo a passo da higienização das instalações e ambientes (bancadas, superfícies, moveis e utensilios)...... 15

2.3 Periodicidades da higiene ambiental .................................................................................................................. 17

3. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES, PRAGAS URBANAS (DEDETIZAÇÃO E

DESRATIZAÇÃO) ............................................................................................................................................... 18

4. LIXO ................................................................................................................................................................... 19

5. MANIPULADOR DE ALIMENTOS ............................................................................................................... 20

5.1 Controle de saúde do manipulador ................................................................................................................... 20

5.2 Higiene do manipulador ................................................................................................................................... 21

5.3 Uniformização do manipulador ......................................................................................................................... 22

5.4 Higienização das mãos ....................................................................................................................................... 22

5.4.1 Periodicidade .................................................................................................................................................. 22

5.4.2 Passo a passo da higienização das mãos ......................................................................................................... 23

5.4.3 Uso de luvas descartáveis ............................................................................................................................... 24

5.5 Horário de descanso ........................................................................................................................................... 24

5.6 Segurança no trabalho ........................................................................................................................................ 25

5.7 Procedimentos de responsabilidade dos cozinheiros da unidade escolar .......................................................... 26

5.7.1 Controle de Temperatura (conforme orientado no item 6 deste manual) ....................................................... 26

5.7.2 Coleta de amostras (conforme orientado no item 7 deste manual) ................................................................. 26

5.7.3 Solicitação de aumento/diminuição de itens alimentícios .............................................................................. 26

5.7.4 Pedido de gás .................................................................................................................................................. 26

Page 6: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

6

5.7.5 Solicitação de utensílios (podendo também ser solicitado pela direção da unidade escolar) ......................... 26

5.7.6 Solicitação de uniformes (podendo também ser solicitado pela direção da unidade escolar) ........................ 26

5.8 Atribuição agente de operações (cozinheiro e serviços gerais) ......................................................................... 28

6. PRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ............................................................................................ 29

6.1.1 Recebimento ................................................................................................................................................... 29

6.1.2 Gestão de suprimento ...................................................................................................................................... 31

6.1.3 GAE (GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR)...................................................................................... 31

6.1.4 Solicitação de aumento/diminuição de itens alimentícios ............................................................................. 31

6.2 Armazenamento ................................................................................................................................................. 32

6.3 Preparo da Alimentação Escolar ....................................................................................................................... 33

6.3.1 Retiradas para uso ........................................................................................................................................... 33

6.3.2 Pré Preparo ...................................................................................................................................................... 34

6.3.3 Preparo / cocção .............................................................................................................................................. 35

6.4 Distribuição ........................................................................................................................................................ 36

6.5 Sobra limpa, sobra suja e resto ingestão ............................................................................................................ 38

6.6 Tabela Per capita ............................................................................................................................................... 38

6.6.1 Fotos de pratos completos de acordo com per capita para faixa etária .......................................................... 42

7. COLETA DE AMOSTRA ................................................................................................................................. 46

8. ÁGUA .................................................................................................................................................................. 47

8.1 Purificador de água ............................................................................................................................................ 48

9. LIMPEZA DA CAIXA DE GORDURA .............................................................................................................. 48

10. DESCARTE DE ALIMENTOS ..................................................................................................................... 48

11. PROCEDIMENTOS DE RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .............. 49

12. ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA ..................................................................................................................... 49

Page 7: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

7

12.1 Execução do Cardápio nas Unidades Escolares ............................................................................................... 50

12.2 Regulamento para atendimento de dieta especial ............................................................................................ 50

12.2.1 Informação à Comunidade Escolar e Acolhimento ...................................................................................... 50

12.2.2 Recebimento do Protocolo de Solicitação de Dieta Especial ....................................................................... 51

12.2.3 Elaboração da dieta especial ........................................................................................................................ 51

12.2.4 Elaboração da dieta especial Aluno com dieta especial e sem protocolo ..................................................... 51

12.2.5 Liberação de dieta especial ........................................................................................................................... 52

12.2.6 Solicitação de itens especiais ....................................................................................................................... 52

12.2.7 Receitas e Acompanhamento ........................................................................................................................ 52

13. ALIMENTAÇÃO NO CEI (Centro de Educação Infantil) .......................................................................... 53

13.1 Aleitamento materno no Cei ............................................................................................................................ 53

13.2 Entrada da mãe para amamentar ..................................................................................................................... 54

13.3 Entrada do leite ordenhado ............................................................................................................................. 54

13.3.1 Recebimento do leite ordenhado ................................................................................................................... 54

13.3.2 Armazenamento do leite ordenhado ........................................................................................................... 55

13.3.3 Preparo e oferecimento do leite ordenhado .................................................................................................. 55

13.3.4 Higienização e devolução do leite ordenhado ............................................................................................. 56

13.4 Cardápios de berçário 1 ................................................................................................................................... 56

13.4.1 Preparo das papas salgadas e de frutas ......................................................................................................... 57

13.5 Situações atípicas durante o período de adaptação escolar .............................................................................. 59

13.6 Leite oferecido para as crianças menores de 1 ano .......................................................................................... 59

13.6.1 Passo a passo do preparo de fórmulas infantis fase 1 e 2 ............................................................................. 60

13.6.2 Cuidados no preparo das mamadeiras ........................................................................................................... 61

13.6.3 Passo a passo da higienização das mamadeiras e copos educativos ............................................................ 62

13.7 Oferecimento de água no Cei ........................................................................................................................... 64

13.8 Rotina da higienização das canecas de água no Cei ................................................................................... 65

13.9 Horário e local das refeições ............................................................................................................................ 66

13.10 Mobiliário do refeitório do berçário ............................................................................................................. 66

13.11 Comunicação na Escola e da Escola com pais ............................................................................................... 67

Page 8: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

8

13.12 Restrições e proibições para crianças menores de 2 anos de idade ............................................................... 67

13.13 Cardápio de berçário 2 ................................................................................................................................... 68

14. EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL ........................................................................................ 68

14.1 Ações de Educação Nutricional ...................................................................................................................... 69

15. ANEXOS .......................................................................................................................................................... 75

Anexo 1- Alimentação Exclusiva para Alunos conforme Informe PNAE .............................................................. 75

Anexo 2- Direito à Alimentação Escolar Especial .................................................................................................. 76

Anexo 3- Aviso alunos com dietas especiais ........................................................................................................... 77

Anexo 4- Protocolo de solicitação de dieta especial ............................................................................................... 78

Anexo 5- Incentivo ao Aleitamento Materno .......................................................................................................... 79

16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 80

Page 9: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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1. INTRODUÇÃO

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos programas do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE), que através da Resolução n° 6, de 12 de maio de 2020, regulamenta e

prevê verba para a alimentação escolar e contempla ações de educação alimentar e nutricional, a estudantes de

todas as etapas da educação básica pública. O governo federal repassa valores financeiros de caráter suplementar

para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino de estados,

municípios e escolas federais. O repasse é feito com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do

atendimento.

O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação

Escolar (CAE), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Tribunal de Contas da União (TCU),

Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público (MP).

O PNAE atende os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e

educação de jovens e adultos), matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias

(conveniadas com o poder público).

A legislação determina em seu Artigo 17 que o cardápio seja elaborado pelo nutricionista responsável técnico,

e cabe ao mesmo à definição de horário e do alimento adequado a cada tipo de refeição, respeitada a cultura

alimentar (inciso 4º do artigo 17 da Resolução 6 do FNDE). A equipe técnica de nutricionistas da Divisão de

Alimentação Escolar (DAE) elabora cardápios para CEI e EMEI integral com desjejum, colação, almoço e lanche

da tarde. Para EMEIs no período da manhã é oferecido desjejum e almoço, e no período da tarde é oferecido

lanche.

O cardápio do Município de Ribeirão Preto atende as necessidades nutricionais específicas, conforme

percentuais mínimos estabelecidos de acordo com a legislação (veja Quadro 1).

Quadro 1 – Número de refeições por período com a necessidade nutricional diária

PERÍODO NÚMERO DE

REFEIÇÕES

NECESSIDADE

NUTRICIONAL

Integral – creche 3 70%

Educação Básica 1 20%

Educação Básica 2 30%

Programa Mais Educação e escolas de tempo integral 3 70%

Fonte: FNDE. Resolução nº 6/ 2020.

Page 10: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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Vale salientar que a legislação, em seu inciso 1º do Artigo 18, determina que deva ser oferecido

280g/estudantes/semana de frutas e hortaliças para período parcial e 520g/estudantes/semana de frutas e

hortaliças para período integral. Entretanto, o município de Ribeirão Preto valoriza a qualidade da alimentação e

possibilita que o cardápio seja mais completo, oferecendo de 1 a 3 porções de frutas por dia (média de 180 g) e de

1 a 2 porções de legumes por dia (média de 30 g) ultrapassando o determinado em legislação.

A legislação determina, também, os itens que são de uso restrito como ex: doces e preparações doces,

enlatados, embutidos, e os itens que são de uso proibido como ex: gordura trans e alimentos ultraprocessados.

Além disso, estipula as quantidades máximas a serem oferecidas de açúcar, sódio e gorduras saturadas.

A Divisão de Alimentação Escolar (DAE) é subordinada ao Departamento Administrativo da Secretaria da

Educação, é responsável pela gestão do Programa Municipal de Alimentação Escolar em Ribeirão Preto.

Visando qualificar os cozinheiros/estoquistas para prepararem e servirem adequadamente a alimentação

escolar, a equipe técnica de nutricionistas da Divisão de Alimentação Escolar instituiu desde 1990 o Programa de

Formação Continuada de Cozinheiros (as) e Estoquistas da Rede Municipal de Ensino de Ribeirão Preto.

O Programa de Formação Continuada tem por objetivo assegurar aos profissionais o acesso a informações e

conceitos em todas as etapas do trabalho, tais como: elaboração de rotinas de trabalho, segurança e ergonomia,

educação alimentar e nutricional, ambiental, sanitária e oportunizar a formação de cidadãos responsáveis e

atuantes na comunidade em que vivem.

A Formação Continuada reforça ainda as relações interpessoais e de boas práticas de higiene pessoal e

manipulação segura dos alimentos, buscando valorizar sempre a saúde e o bem estar do aluno, além de mostrar a

importância de oferecer a eles suas necessidades nutricionais diárias.

Pretende-se, também, abordar a importância da criatividade no preparo dos alimentos, principalmente as

verduras, legumes e raízes/tubérculos para que tenham uma boa aceitação e com isso fixar bons hábitos

alimentares.

A DAE tem a certeza que a união de todos os envolvidos no Programa de Alimentação Escolar da Rede

Municipal de Ensino de Ribeirão Preto garante o atendimento adequado aos alunos com melhoria da qualidade de

vida de toda comunidade escolar.

Page 11: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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2. SEGURANÇA ALIMENTAR

2.1. Noções básicas

Quem são os manipuladores de alimentos?

São todos os cozinheiros e estoquistas, que recebem, preparam e distribuem o alimento.

Quais são os perigos que podem colocar em risco a vida das crianças?

Perigos físicos: pedras, cascos de vidros, plásticos, pregos, parafusos de equipamentos, pedaços de osso,

espinhas de peixe e outros;

Perigos biológicos: os microrganismos (vírus, bactérias e fungos) são os maiores causadores de Doenças

Transmitidas pelo Alimento (DTA);

Perigos químicos: detergente, produtos de limpeza.

O que são os microrganismos?

São seres muito pequenos, que nascem, multiplicam-se e morrem. Alguns microrganismos podem

produzir substâncias tóxicas ou toxinas. Estes microrganismos podem ter uma ou poucas células e só podem ser

vistos com a ajuda de um aparelho chamado microscópio, que aumenta bastante o tamanho deles.

Ex: vírus, bactérias, fungos.

Onde os microrganismos são encontrados?

Na pele, nariz, orelha, cabelo, mãos, unhas e roupas. Nos utensílios de cozinha, animais, pragas (ratos, baratas,

formigas), nas plantas, cortinas, no piso, nas bancadas, no ar.

Page 12: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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Geralmente esses contaminantes entram em contato com o alimento durante a manipulação e preparo do

mesmo. Os microrganismos encontrando condições favoráveis como o próprio alimento, água e temperatura

ideal (5ºC a 60ºC) chamada zona de perigo, eles se multiplicam em poucos minutos.

Page 13: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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O que são as DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO ALIMENTO?

São as doenças causadas pelo consumo de alimentos contaminados por perigos biológicos (bactérias,

vírus, parasitas e fungos). Exemplo: salmonelose, hepatite A, giardíase, gastroenterite etc.

Principais causas:

Falta de higiene dos utensílios de cozinha, das mãos e dos equipamentos;

Cruzamento entre alimentos crus e cozidos (principalmente na organização da geladeira);

Uso de alimentos contaminados e com prazo de validade vencido;

Exposição prolongada dos alimentos a temperatura incorreta.

Principais Sintomas:

Diarréia;

Náusea;

Vômito;

Dor de cabeça e abdominal;

Febre

2.2. Higienização

Etapas necessárias para a higienização correta:

1ª etapa:

Limpeza: é a retirada da sujeira visível aos nossos olhos

2ª etapa:

Desinfecção: Retiramos os microorganismos que não enxergamos a olho nù. Através de: álcool líquido

70% (nas bancadas, superfícies e equipamentos) e solução clorada (nas hortaliças, frutas, mamadeiras, copos

educativos e canecas)

Page 14: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

14

Como preparar solução clorada para desinfecção de ambientes, utensílios, equipamentos e hortifrutis:

01 colher de sopa de água sanitária (com 2% de cloro) para 01 litro de água limpa ou 100 ml água sanitária (com

2% de cloro) para 10 litros de água limpa.

Como preparar solução de 1 litro de álcool 70 % (caso não tenha disponivel pronto): preparar na proporção

de: 250 ml de água para 750 ml de álcool 92,8 INPN.

2.2.1. Passo a passo da higienização de utensílios (facas, tábuas e canecas) Periodicidade: após cada uso (exceto para canecas de água que ficam na sala de aula, seguir passo a passo no item 21.1)

1- Remover o excesso;

2- Lavar com detergente;

3- Enxaguar;

4- Desinfecção com solução clorada: deixar de molho por 15 minutos;

5- Enxaguar;

6- Secar naturalmente.

2.2.2. Passo a passo da higienização de utensílios (pratos e talheres) Periodicidade: após cada uso

1- Remover o excesso;

2- Lavar com detergente;

3- Enxaguar;

4- Desinfecção: Borrifar álcool 70%;

5- Secar naturalmente.

Obs: na impossibilidade de fazer a desinfecção das canecas pelo método de solução clorada a mesma poderá ser

realizada borrifando álcool 70%. Seguir passo a passo acima.

2.2.3. Passo a passo da higienização de equipamentos (liquidificador, freezer, geladeira e outros)

ATENÇÃO: Nunca utilizar álcool 70% em superfícies quentes como

fogões, fornos, chapas, panelões, coifas e etc.

Page 15: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

15

Periodicidade: Diária de acordo com uso (liqudificador, batedeira, processador)

Semanal: freezer e geladeiras

Quinzenal: Câmaras refrigeradas

1- Retirar o equipamento da tomada e desmontar se necessário (liquidificador).

Para a geladeira remover as prateleiras;

2- Lavar com detergente;

3- Enxaguar;

4- Desinfecção: Borrifar álcool 70%;

5- Secar naturalmente;

6- Remontar;

7- Guardar em local adequado e limpo.

2.2.4. Passo a passo da higienização do piso

Periodicidade: Diária

1- Retirar toda a sujeira com pano úmido preso à vassoura ou ao rodo;

2- Recolher toda a sujeira e levá-la à lixeira com o auxílio de uma pá.

3- Lavar e esfregar todo o piso com vassoura e detergente;

4- Enxaguar;

5- Retirar o excesso de água com o rodo;

6- Realizar outro enxágue com solucao clorada;

7- Aguardar 15 minutos e remover o excesso com o rodo.

8- Secar naturalmente.

9- Grelhas: retirar, remover as sujidades, lavar e enxaguar.

2.2.5. Passo a passo da higienização das instalações e ambientes ( bancadas, superfícies, moveis e

utensilios)

Periodicidade: Diária de acordo com o uso

1- Remoção das sujidades;

Page 16: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

16

2- Lavar as superfícies com água e detergente e enxaguar;

3- Desinfecção: passar pano descartável com álcool 70%

Obs.: Ao chegar na cozinha antes de iniciar o preparo de alimentos, realizar a desinfecção em todas as bancadas

de trabalho, conforme descrito no item 3.

Page 17: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

17

2.3. Periodicidade da higiene ambiental

PROIBIDO

Varrer a seco e lavar panos de limpeza na área de manipulação;

Reaproveitar vasilhames de produtos alimentícios para envasar produtos de limpeza;

Escoar a água residual da higienização ambiental para a via pública; Animais domésticos no local de

trabalho;

Fazer uso de panos não descartáveis para secar utensílios e equipamentos;

Usar escovas, esponjas ou similares de: metal, lã, palha de aço, madeira, amianto e materiais rugosos

e porosos;

Usar nas áreas da cozinha os mesmos utensílios e panos de limpeza utilizados em banheiros.

Não devem ser utilizados ventiladores sobre os alimentos ou nas áreas de manipulação

A higienização de material de limpeza, tais como baldes, vassouras, panos de chão, deve ocorrer em

local exclusivo fora da área de preparo de alimentos.

Page 18: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

18

3. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES, PRAGAS URBANAS (DEDETIZAÇÃO E

DESRATIZAÇÃO)

Deve ser realizada com frequência a dedetização das áreas de alimentação (cozinha, lactário, refeitório e

estoque), respeitando o período de vencimento estipulado pelo prestador de serviço, que deverá constar no laudo.

Deve ser executada por empresa prestadora de serviço, de controle de vetores e pragas urbanas, licenciada no

órgão de vigilância sanitária competente, e os produtos utilizados devem estar regularizados na ANVISA. Deve

ser efetuada de modo a evitar a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios, e garantir a segurança

dos operadores e do meio ambiente.

A dedetização deverá ser feita preferencialmente as sextas-feiras, véspera de feriado ou dias de reuniões

(pois não há produção de refeições). No dia seguinte deverá ser realizada a higienização completa do ambiente,

equipamentos, bancadas e utensílios antes de iniciar as atividades.

A direção da U.E (Unidade Escolar) deverá manter arquivada na U.E o laudo emitido pela empresa, a fim

de comprovar a realização do controle integrado de pragas.

Concomitante as orientações acima, deve ser implantado os Procedimentos de Boas Práticas de modo a

prevenir ou minimizar a presença de vetores e pragas urbanas, tais como insetos, roedores, aves e outros. Como

exemplo: não acumular lixo orgânico ou reciclável na cozinha e na unidade escolar, não acumular objetos em

Page 19: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

19

desuso, não deixar acumular poeira, não deixar água estagnada, evitar deixar buracos nas paredes, rachaduras ou

fendas, manter portas e janelas sempre fechadas e com telas milimétricas. As portas devem ser ajustadas aos

batentes e de fácil limpeza. As portas de entrada para as áreas de armazenamento e manipulação de alimentos

devem possuir mecanismo de fechamento automático e proteção, na parte inferior, contra insetos e roedores (tipo

“rodinho de borracha”.), conforme determinado na resolução CVS 5/2013, do Centro de Vigilância Sanitária da

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

4. LIXO

O lixo acumulado na cozinha é uma fonte perigosa de CONTAMINAÇÃO. Deve ser ensacado, e armazenado

em lixeiras com pedal e tampa. Deve ser removido diariamente ou conforme a necessidade.

Resíduos de alimentos fora da refrigeração e materiais fora de uso favorecem o aparecimento de pragas

(baratas, ratos, formigas, moscas e mosquitos) e juntamente com animais (pássaros, gatos, galinhas) são uma

fonte de contaminação.

Page 20: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

20

5. MANIPULADOR DE ALIMENTOS

5.1. Controle de saúde do manipulador

A Carteira de Saúde dos Cozinheiros deve ser renovada anualmente. A responsabilidade de renovação é de

cada servidor, e da direção da Unidade Escolar, fazer o controle do vencimento. Os cozinheiros devem deixar

uma cópia do ASO na Unidade Escolar. Os cozinheiros volantes devem deixar uma cópia na Cozinha Piloto e

uma cópia carregar consigo todos os dias, para apresentar caso necessário conforme determinado na resolução

CVS 5/2013 do Centro de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Segue abaixo,

fluxograma de como proceder a renovação do ASO.

Page 21: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

21

5.2. Higiene do manipulador

Tomar banho diariamente;

Escovar os dentes após as refeições;

Não experimentar alimentos com as mãos;

Cobrir qualquer tipo de ferimento (cortes, machucados, feridas etc.) com proteção e usar luva;

Não se pentear, ou passar as mãos nos cabelos na área da cozinha;

Não sair do local de trabalho com o uniforme, e nem entrar para o local com a roupa que veio de casa;

Na cozinha: não mascar goma, usar palito de dente, chupar balas, comer, etc.;

Não levar ou deixar na cozinha objetos pessoais como bolsas, celulares, bijuterias, jóias, relógios e

outros.

Proibido o uso de adornos: brincos, anéis, pulseiras ou fitas, piercing, relógio, aliança;

Proibido o uso de barba, maquiagem, perfume, unhas compridas e com esmalte;

Usar touca de forma que a mesma cubra todo o cabelo.

Page 22: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

22

5.3. Uniformização do manipulador

Os manipuladores de alimentos deverão estar devidamente uniformizados (com uniforme branco, fornecido

pela DAE, calça e camiseta), com sapatos fechados e antiderrapantes (bota de borracha fornecida pela DAE ou

sapato de segurança com certificado de aprovação - C.A.), em boas condições de higiene e conservação, com

touca e sem adornos (brincos, pulseiras, relógio, aliança e outros), conforme determinado na legislação.

O produto “CROC” não se caracteriza como EPI – Equipamento de Proteção Individual, o seu uso não é

permitido.

É autorizado o uso de sapatos de segurança (EPI) tipo crocs , fechados de cor clara que tenham o certificado

C.A (Certificado de Aprovação). O C.A. é um atestado expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego que

garante a qualidade e funcionalidade dos EPI´s que é representado por um número, que normalmente fica na sola

do calçado.

Manter roupas, toucas e aventais conservados e limpos;

Fazer troca diária e sempre que necessário;

Usar sapatos fechados e em boas condições de higiene e conservação, utilizar meias;

Usar avental plástico somente nas atividades em que há grande quantidade de água e nunca próximo

do fogão ou do forno;

Não utilizar panos ou sacos plásticos para proteção do vestuário;

Não carregar no uniforme: canetas, lápis, batons, escovinhas, cigarros, isqueiros, relógios, entre outros;

Não lavar roupas dentro da cozinha.

Obs.: todas as pessoas que circulam dentro da cozinha e em suas dependências (exemplo: estoque) devem usar

proteção para os cabelos, inclusive os visitantes.

5.4. Higienização das mãos

5.4.1. Periodicidade

Ao chegar ao trabalho e antes de iniciar as tarefas;

Ao iniciar um novo serviço ou trocar de atividade;

Após utilizar o sanitário, tossir, espirrar ou assoar o nariz;

Após usar panos ou materiais de limpeza;

Depois de recolher lixo ou outros resíduos;

Page 23: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

23

Sempre que tocar em sacarias, caixas, garrafas, sapatos, etc.;

Após manusear alimentos crus ou não higienizados;

Antes de iniciar o manuseio de alimentos prontos;

Após tocar em alimentos estragados;

Após manusear dinheiro.

5.4.2. Passo a passo da higienização das mãos

Page 24: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

24

5.4.3. Uso de luvas descartáveis

Colocar as luvas com as mãos higienizadas

Utilizar para preparar/servir os lanches e em caso de machucado ou ferida nas mãos

As luvas devem ser trocadas e descartadas sempre que houver interrupção do procedimento, ou

quando produtos e superfícies não higienizadas forem tocados com as mesmas luvas, para se evitar a

contaminação cruzada

O uso da luva descartável de borracha, látex ou plástico não é permitido em procedimento que envolva

calor, como cozimento e fritura e também, quando se usam máquinas de moagem, tritura, mistura ou

outros equipamentos que acarretem riscos de acidentes.

5.5. Horário de descanso

Deverá existir um revezamento entre os funcionários quanto ao horário de descanso que permita o

funcionamento ininterrupto da cozinha, ou seja, sempre deverá ter um funcionário para receber mercadorias,

Page 25: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

25

atender telefone e outros. Todo funcionário com carga horária semanal de 40 horas deve realizar 1 hora de

descanso.

5.6. Segurança no trabalho

Como a cozinha é um ambiente de trabalho que oferece riscos de acidentes é muito importante que se trabalhe

sempre com atenção e cuidado durante todos os procedimentos. Por isso, seguir as seguintes recomendações:

Os cabos das panelas devem ficar voltados para o centro do fogão;

Ao pegar uma panela quente, ter certeza de que conseguirá transportá-la, evitando que caia das suas

mãos;

Utilizar luvas térmicas para retirar formas do forno;

Ao andar na cozinha segurando facas, lembrar-se de apontá-la sempre para baixo, e nunca para frente;

Não abrir latas com facas. Usar sempre o abridor;

Fazer a total descarga de vapor de panelas de pressão antes de abrir a tampa;

Sempre usar sapatos fechados durante o trabalho, a fim de evitar acidentes como cortes e queimaduras;

Devem ser usados os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como sapato fechado

antiderrapante ou bota, luvas de proteção e avental;

Não ligar os equipamentos com as mãos/pés molhados.

Não utilizar equipamentos com plug/fiação danificados.

Higienizar sempre o equipamento com a tomada desligada da parede.

Não jogar água nos motores dos equipamentos e nas tomadas.

Verifique sempre se há vazamentos no fogão antes de acendê-lo.

Não encha demais a panela de pressão e observar também se há água suficiente, caso contrário a pressão causada

pelos gases do alimento queimado causará uma explosão do mesmo.

Não abra a panela de pressão sem que todo o vapor tenha saído. Se tiver dificuldade para mover a tampa, significa

que ainda há pressão interna. Neste caso, não faça força para que a tampa abra e derrame água fria sobre a panela

para resfriá-la.

Verificar se a panela de pressão está em boas condições de funcionamento antes de utiliza-la.

Nunca utilizar álcool 70% em superfícies quentes como fogões, fornos, chapas, panelões, coifas e etc.

Não utilizar fogo para testar vazamentos de gas;

Se desconfiar de vazamento não acenda a luz; feche a mangueira do gas, abra as portas e informe imediatamente a

direcao para providencias.

Page 26: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

26

5.7. Procedimentos de responsabilidade dos cozinheiros da unidade escolar

O manipulador de alimentos (cozinheiros) tem a responsabilidade do cumprimento dos procedimentos

abaixo citados, determinados na resolução CVS 5/2013 do Centro de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado

da Saúde de São Paulo. Porém, solicitamos à direção da Unidade Escolar, que acompanhe e fiscalize o

cumprimento dos mesmos.

5.7.1. Controle de Temperatura (conforme orientado no item 6 deste manual)

5.7.2. Coleta de amostras (conforme orientado no item 7 deste manual)

5.7.3. Solicitação de aumento/diminuição de itens alimentícios (conforme orientado no item 6.1.4 deste

manual)

5.7.4. Pedido de gás

O pedido de gás deve ser realizado pelo e-mail: [email protected], na ocasião de abertura da

chave do último botijão, para que não ocorra falta do mesmo.

5.7.5. Solicitação de utensílios (podendo também ser solicitado pela direção da unidade escolar)

A solicitação de utensílios para a cozinha deve ser feita no sistema GCM (almoxarifado 14), com a devida

justificativa. A quantidade solicitada deve ser de acordo com a necessidade.

Atenção com os números do almoxarifado, dos códigos dos utensílios e das embalagens, pois várias

unidades escolares deixam de receber itens devido a erros desses números no pedido.

5.7.6. Solicitação de uniformes (podendo também ser solicitado pela direção da unidade escolar)

Deve ser feito no sistema GCM (almoxarifado 16) e na justificativa é obrigatório constar o nome do

cozinheiro, com os seus respectivos itens, por exemplo: pedido de 2 botas nº 37, na justificativa deve-se informar;

1 para Maria Aparecida e 1 para Joana.

Pedidos feitos sem a orientação acima serão cancelados.

Page 27: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

27

O procedimento para troca de uniformes, que não serviram e não foram usados, é: a direção da unidade

escolar deve fazer um oficio solicitando a troca e fazer pedido no sistema GCM de outro uniforme, assim que o

almoxarifado for realizar a entrega do mesmo, o uniforme que não serviu deve ser devolvido junto com o oficio.

Observação:

Pedidos com erro no almoxarifado, código do produto ou embalagem aparecerá a mensagem: MATERIAL

NAO EXISTENTE NO ESTOQUE EM __/__/20__. QUANTIDADE INSUFICIENTE EM __/__/20__.

Page 28: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

28

5.8. Atribuição agente de operações (cozinheiro e serviços gerais)

DECRETO Nº 201

DE 27 DE JULHO DE 2012 REGULAMENTA AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS CARGOS, CONFORME ESPECIFICIDADES, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DÁ RCY VERÁ, Prefeita Municipal de Ribeira o Preto, usando das atribuiço es que lhe sa o conferidas por lei, e Considerando a entrada em vigor da Lei complementar 2.515, de 28 de março de 2012; Considerando que a referida Lei Complementar criou cargos amplos cujas tarefas sa o especí ficas conforme a rea de atuaça o; Considerando a necessidade de delimitar as a reas em conformidade com a natureza e complexidade dos cargos alterados; Considerando a necessidade de regulamentar a atuaça o de cargos em extinça o na vaca ncia, os quais foram redenominados pela referida lei complementar. DECRETÁ: Ártigo 1º - Os cargos amplos, previstos na Lei Complementar nº 2.515, de 28 de março de 2012, passam a ter suas tarefas regulamentadas, por a rea, conforme segue: I - Ágente de Operaço es: a) são tarefas relacionadas à área de limpeza, conservação e zeladoria: 1. todas as tarefas necessa rias a limpeza e arrumaça o de ambientes externos: vias, jardins, guias, etc. ou internos: salas, recepço es, refeito rios, pa tios, etc. e objetos que os compo em, tais como, movimentaça o de mo veis e utensí lios, abastecimento de bebedouros, distribuiça o de documentos e malotes. b) são tarefas relacionadas à área de cozinha, estoques e abastecimento: 1. efetuar o controle dos ge neros alimentí cios necessa rios ao preparo e fornecimento da alimentaça o, recebendo-os e armazenado-os de forma adequada, segundo as instruço es previamente definidas; selecionar os ingredientes necessa rios ao preparo das refeiço es, de conformidade com o carda pio oferecido; preparar refeiço es, selecionando, lavando, cortando, temperando e cozinhando os alimentos e, fo rmulas la cteas, sob supervisa o de nutricionistas; verificar o estado de conservaça o dos alimentos, separando os que na o estejam em condiço es adequadas de utilizaça o a fim de assegurar a qualidade das refeiço es preparadas; servir as refeiço es preparadas, de conformidade com as normas de procedimento previamente definidas; registrar a quantidade de refeiço es servidas, alimentos recebidos e quantidades utilizadas, em impressos previamente fornecidos, para possibilitar efetivo controle e ca lculos estatí sticos; proceder a limpeza e manter em condiço es de higiene o local de preparo de refeiça o e estoque, bem como, dos objetos e utensí lios que o compo e; requisitar material e mantimentos, quando necessa rios; coletar os restos de comida e lixo da cozinha e deposita - los em local adequado, de forma a evitar proliferaça o de insetos; executar outras atribuiço es afins. 2. todas as tarefas necessa rias que se destinam a pesar e verificar a quantidade e qualidade dos alimentos perecí veis e na o perecí veis na hora de sua entrega, bem como conferir a entrada e saí da dos ge neros alimentí cios e material de limpeza do estoque.

Ártigo 4º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicaça o.

Pala cio Rio Branco Antonio Duarte Nogueira Prefeito Municipal Secreta ria Municipal da Educaça o Luciana Andrade Rodrigues

Page 29: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

29

6. PRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

6.1.1. Recebimento

Esta área é a porta de entrada para garantir às crianças uma alimentação segura e livre de contaminação!

Todos os gêneros alimentícios passam por avaliação da equipe técnica da DAE. Para os gêneros não

perecíveis isso ocorre anualmente antes do produto ser fornecido para as unidades escolares, avaliando: rótulo,

ficha técnica, validade, embalagem, composição nutricional entre outros pontos e comparando-os com o exigido

no edital. Os hortifrutigranjeiros passam pela vistoria por amostragem antes de serem liberados para as unidades

escolares pela equipe técnica da DAE na DAE, 2 vezes por semana. Enquanto que os produtos cárneos são

vistoriados também por amostragem pela equipe técnica 1 vez na semana antes de serem liberados para as

unidades escolares. A equipe avalia além da qualidade a temperatura, data de fabricação e validade.

Entretanto a responsabilidade final pelo recebimento de todos os gêneros é da unidade escolar. A DAE conta

com a colaboração dos cozinheiros/estoquistas para informar por escrito (via e-mail) imediatamente a equipe

técnica sobre inadequações. No caso de carne o procedimento é: tirar fotos, informar peso, lote, fabricação e

vencimento, e não desprezar a carne enquanto não entrar em contato com a DAE. Para hortifrúti a orientação é:

tirar foto e pesar/informar a perda. Nas situações de recebimento de algum produto não compatível com o

adquirido pela DAE em relação à qualidade, quantidade ou tipo informar a DAE imediatamente. Os

cozinheiros/estoquistas têm autonomia para recusar gêneros inadequados.

Orientações para o recebimento dos itens abaixo:

CARNE HORTIFRUTI E OVO NÃO PERECÍVEL

- Verificar se a embalagem está limpa e íntegra. - Observar se o veículo e também o entregador/fornecedor está uniformizado e limpo - Apalpar e verificar: as carnes não devem apresentar sinais de descongelamento, amolecimento, cristais de gelo e perda de vácuo (para os produtos assim embalados). - Aferir a temperatura com o uso do termômetro infravermelho e registrá-la em planilha própria. -As temperaturas dos produtos que necessitam de condições especiais de conservação como congelados e refrigerados, devem seguir as indicações a seguir:

- Verificar se as embalagens estão limpas e íntegras. - Observar se o veículo e também o entregador/fornecedor está uniformizado e limpo.

- Verificar se as frutas, verduras e legumes estão de boa qualidade, frescas e adequadas para o consumo observando o grau de maturação para evitar perdas. - Acompanhar sempre as datas de entrega de acordo com o mapinha. - Pesar todo gênero no momento da entrega, conferir as quantidades de acordo com o vale, a data de entrega. - Ovos: sempre observar a data de validade, quantidade e se os mesmos estão com a casca

- Verificar se as embalagens estão limpas e íntegras. - Observar se o veículo e também o entregador/fornecedor està uniformizado e limpo. - Conferir a quantidade recebida, data de validade, fornecedor e a marca dos produtos. - Avisar a DAE se ocorrer erro na quantidade recebida (falta ou excesso). - Recusar a mercadoria se ela apresentar embalagem danificada, amassada, estufada ou enferrujada, pois a embalagem protege os alimentos contra microrganismos patogênicos e

Page 30: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

30

CONGELADOS:

-12 °C ou temperatura

menor, ou conforme

especificação

do fabricante

REFRIGERADOS:

Margarina/ iogurte/

suco,/requeijão:

de 4 a10 °C ou conforme

recomendação do fabricante

ATENÇÃO: A DAE só adquire

carnes, pescados e frango

congelados.

- Conferir a marca e o fornecedor

com a lista recebida por e-mail da

DAE dos gêneros, para ver se

está de acordo com o pregão

atual.

- Conferir o corte a ser entregue e

a data de validade.

- Conferir se a quantidade

recebida (pesar) corresponde ao

do vale.

- Conferir se a data do

recebimento corresponde ao

mapinha.

-Caso seja necessária alguma

solicitação de alteração, esta

deverá ser feita até na quarta-

feira, no máximo até as 12 horas

da semana anterior ao dia da

entrega

rachada, se isto ocorrer, não

aceitar, solicitar ao fornecedor a

troca da cartela por outra.

- É proibida a entrada de

entregadores e fornecedores

dentro da cozinha.

substancias tóxicas.

- Procedimento para pedido

avulso de não perecíveis: passar

por email com 3 dias de

antecedência para não haver

falta do produto na escola.

PÃO FRANCÊS 25 e 50g PÃO TIPO HOT DOG 50g

-embalados em sacos plásticos que permitam a respiração do produto (microperfurações) e transportados em containers ou monoblocos na cor branca

-embalagem secundária: caixa de papelão;

-embalagem primária: embalados

em sacos plásticos e transportados

Page 31: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

31

6.1.2. Gestão de suprimento

6.1.3. GAE (GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR)

O GAE (GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR) é um sistema que tem como objetivo controlar o

estoque dos Itens: gênero alimentício, material escolar, material de limpeza, artesanato e oficinas pedagógica.

Todas as unidades escolares passaram por treinamento específico para utilização do sistema e passarão por

atualização, conforme necessidade.

6.1.4. Solicitação de aumento/diminuição de itens alimentícios

Havendo divergências entre a quantidade de produtos que a escola recebe e a quantidade que o sistema

prevê, deve-se entrar na opção de solicitação de mudança e solicitar a correção do sistema. O pedido será

avaliado e corrigido, caso seja pertinente.

Hortifrúti – Cancelamentos ou alterações nas entregas de terça-feira, solicitar no sistema GAE até quinta-feira às

12h da semana anterior. Cancelamentos ou alterações nas entregas de sexta-feira, solicitar no sistema GAE até

terça às 12h da mesma semana. E mail do setor para dúvidas [email protected].

Carnes - Cancelamentos ou alterações na segunda-feira, solicitar no sistema GAE até quarta-feira às 12h da

semana anterior. E mail do setor para dúvidas [email protected].

Pães - Cancelamentos ou alterações do pão francês, solicitar no sistema GAE com 1 dia de antecedência da data

de entrega até às 12h, para pão hot-dog, solicitar no sistema GAE 2 dias antes da data de entrega até às 12h. E

mail do setor para dúvidas [email protected]

Não perecíveis - Cancelamentos ou alterações, solicitar no sistema GAE até dia 10 do mês anterior. E mail do

setor para dúvidas [email protected].

Lembrete: O sistema envia mensagem com a data de entrega do item e informando que o período de ajuste está

liberado, constando também o prazo máximo permitido para a solicitação de ajuste. Esse prazo deverá ser

respeitado.

Page 32: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

32

6.2. Armazenamento

Se o processo de armazenamento não for adequado, seguindo as orientações da resolução CVS 5/2013,

pode comprometer os alimentos e a preparação tornando-os impróprios para o consumo.

Lembrete: na impossibilidade de armazenar em locais diferentes os alimentos e os produtos de limpeza, os

mesmos devem ser armazenados no mesmo local porém em prateleiras diferente

CARNE HORTIFRUTI E OVO NÃO PERECÍVEL

- O freezer deve estar limpo e sem acúmulo de gelo.

-É proibido desligar os

equipamentos de refrigeração e freezers com o objetivo de economizar energia.

- Caso o freezer/câmara

apresente algum problema ou necessite de manutenção, informar a Diretoria da escola para solicitar o conserto.

- Logo após o recebimento, as

carnes devem ser armazenadas imediatamente no freezer/camaras

- Armazenar as carnes de forma organizada para otimizar espaço nos freezers/ câmaras.

- Aferir a temperatura com o uso do termômetro infravermelho e registrá-la em planilha própria.

- Caixas de papelão não devem permanecer nos locais de armazenamentos sob refrigeração/congelamento a menos que haja um local exclusivo para produtos contidos nestas embalagens.

- Quando armazenados em temperatura ambiente, os gêneros devem ser mantidos em caixas brancas vazadas, em cima de estrados. Essas caixas jamais devem ser colocadas em contato direto com o chão. Caso não tenha estrados suficientes, organizar as caixas em cima das prateleiras.

- Quando armazenados dentro do

refrigerador, os gêneros devem ficar em caixas plásticas ou vazadas ou ainda em sacos plásticos apropriados.

- Os ovos devem ser armazenados em temperatura ambiente ou no refrigerador, em recipientes plásticos e identificados com a data de fabricação e validade.

- Em estrados e prateleiras, empilhados, afastados da parede e jamais depositados sobre o piso.

- Os produtos dispostos nas

prateleiras devem obedecer à data de fabricação: os produtos de fabricação mais antiga são posicionados na frente, para serem utilizados e consumidos em primeiro lugar, sempre na ordem, o primeiro que vence é o primeiro que sai (PVPS).

- Sempre que um produto for tirado

da embalagem original ou parcialmente utilizada, armazenar em recipientes plásticos com tampa e

identificar com a data de abertura e

validade

- É proibida a entrada de caixas de madeira ou de papelão, dentro das áreas de armazenamento e manipulação.

Page 33: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

33

6.3. Preparo da Alimentação Escolar

6.3.1. Retiradas para uso

Para executar bem as tarefas no dia a dia uma dica importante é manter o cardápio do mês sempre à vista,

fixado na parede da cozinha, refeitório ou no estoque, acompanhar as entregas e planejar o cardápio sempre no

dia anterior.

Para o cálculo da quantidade a ser retirada de cada genêro para a produção das refeições deve se considerar: a

frequência do dia, o per capita e a ficha técnica. A frequência é o nùmero de alunos presentes na unidade escolar

no dia, que deve ser verificado em cada sala logo após o inicio das aulas. O per capita é a quantidade do gênero

cru por aluno. As fichas técnicas das preparações tem a função de orientar para que as receitas saiam sempre da

mesma forma, padronizadas.

As mesmas podem ser encontradas no site da prefeitura, e devem ser consultadas antes do preparo das

refeições. Caminho para acessá-las http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br Secretaria da Educação/Receitas Cardápio.

Quadro 3- Cálculo da quantidade a ser retirada

ALIMENTO PER CAPITA (g) FREQUÊNCIA DO DIA QUANTIDADE RETIRADA PARA USO

(Kg)

Carne em Tiras CEI: 0,04 (40g) x 125 alunos = 5 kg

Peito de Frango EMEI: 0,056 (56g) x 72 alunos = 4,032 → 4 kg

Pernil EMEF: 0,07 (70g) x 244 alunos = 17,08 → 17 kg

Fonte: Autoria Própria, 2020.

Obs: Exemplo: nos casos em que a quantidade a ser retirada for 17 kg, e o pacote for de 2 kg, deve-se preparar

18k g e armazenar sob congelamento 1 kg para ser utilizado em até 7 dias.

Page 34: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

34

6.3.2. Pré Preparo

CARNE HOTIFRUTI E OVO NÃO PERECÍVEL

- Lavar bem as mãos antes de iniciar as atividades na cozinha, sempre que mudar a manipulação ou retornar do sanitário.

- Bancadas, pias, tanques e tampos

lisos devem estar limpos e higienizados.

- O descongelamento: retirar do

freezer/câmara um dia antes do preparo e colocar no refrigerador em temperatura inferior a 5 °C .

-Os alimentos que foram

descongelados não devem ser recongelados.

- Não lavar ou mergulhar qualquer

tipo de carne em água corrente para que não perca seus sucos ricos em nutrientes.

- Quando necessário, retirar o excesso

de pele e gordura.

- Picar ou desfiar, se assim o cardápio

exigir.

- Para evitar contaminação cruzada:

não utilizar a mesma tábua, a mesma faca e a mesma bancada para manipular carne e hortifruti. Caso não seja possível, os utensílios e bancadas

devem ser higienizados entre uma

etapa e outra.

- Nunca misturar alimentos crus com

alimentos cozidos.

- Lavar bem as mãos antes de iniciar as atividades na cozinha, sempre que mudar a manipulação ou retornar do sanitário.

- Bancadas, pias, tanques e

tampos lisos devem estar limpos e higienizados.

- Folhas: lavar uma a uma em

água corrente (lavagem manual).

- Desprezar as partes

impróprias para consumo.

- Deixar em solução clorada de

acordo com a orientação do fabricante do sanitizante usado no momento.

- Enxaguar em água corrente

potável.

- Para evitar contaminação

cruzada: não utilizar a mesma tábua, a mesma faca e a mesma bancada para manipular carne e hortifruti. Caso não seja possível, os utensílios devem ser bem higienizados entre uma etapa e outra.

- Nunca misturar alimentos

crus com alimentos cozidos.

- Lavar bem as mãos antes de iniciar as atividades na cozinha, sempre que mudar a manipulação ou retornar do sanitário.

- Bancadas, pias, tanques e

tampos lisos devem estar limpos e higienizados.

- Lavar em água corrente as

embalagens plásticas e latarias antes do uso.

- Selecionar os grãos, um a um,

retirando sujidades e grãos impróprios para o consumo.

- Na presença de caruncho e

similares proceder ao isolamento do produto em sacos plásticos pretos, identificar e informar à DAE.

Orientação sobre alterações e mudanças no cardápio:

- São permitidas em casos de não recebimento de gêneros até a data programada para o

cumprimento do cardápio ou casos de maturação ou não de hortifruti.

- Em qualquer outra situação, entrar em contato com a DAE para avaliação e aprovação da mudança.

Page 35: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

35

6.3.3. Preparo / cocção

A cocção dos alimentos deve ser realizada o mais próximo possível da distribuição.

Não é permitido o uso de tempero industrializados: caldos de carne, legumes, o uso de bicarbonato de

sódio entre outros nas preparações, somente utilizar óleo, cebola, alho e sal e ervas naturais.

CARNE HORTIFRUTI NÃO PERECÍVEL OVOS

- Respeitar sempre o planejamento do cardápio utilizando o receituário padrão. No momento da cocção as carnes devem atingir a temperatura mínima de 74°C no interior do alimento, para que ela se torne segura e livre de microrganismos prejudiciais à saúde.

Aferir a temperatura com o

Uso do termômetro

infravermelho no

centro geométrico da

carne um pouco antes de

desligar do fogo. Registrar

na planilha de cocção.

-Observar a aparência da

carne e se apresenta odor característico.

- Observar bem a

coloração no interior da carne que não pode estar avermelhada, por isso o controle de temperatura é tão importante.

- Usar o mínimo possível

de sal e óleo para evitar problemas de saúde.

-Respeitar sempre o planejamento do cardápio, utilizando o receituário padrão.

-Usar o mínimo possível

de sal, óleo e açúcar para evitar problemas de saúde.

-Justificar a necessidade

de utilizar uma hortaliça ou fruta que não estejam no cardápio.

-Aferir a temperatura no

centro geométrico do

horti um pouco antes de

desligar do fogo. Registrar

na planilha de cocção.

-Salada de legumes:

O processo de resfriamento de

um alimento preparado deve

ser realizado de forma a

minimizar o risco de

contaminação cruzada e a

permanência do mesmo em

temperaturas que favoreçam a

multiplicação microbiana. A

temperatura do alimento

preparado deve ser reduzida

de sessenta graus Celsius a dez

graus Celsius em até duas horas.

Em seguida, o mesmo deve ser conservado sob refrigeração a temperaturas inferiores a cinco graus Celsius, ou congelado à temperatura igual ou inferior a dezoito graus Celsius negativos.

- Respeitar sempre o planejamento do cardápio, utilizando o receituário padrão.

-Aferir a temperatura no

centro geométrico do

item um pouco antes de

desligar do fogo.

Registrar na planilha

de cocção.

- Para os itens sal, açúcar e óleo a quantidade estipulada nas receitas da DAE deverão ser obedecidas a fim de evitar problemas de saúde pelo consumo excessivo dos mesmos.

-Não utilizar ovos com a casca rachada

-Evitar misturar o

conteúdo do ovo com a casca ao quebrá-lo

- Não reutilizar as

embalagens do ovo para qualquer fim

- Não oferecer para

consumo o ovo cru ou preparações onde o mesmo permaneça cru ex: maionese caseira, cremes, mousses etc.

-Critérios para preparo:

Ovo cozido: mínimo de 7

minutos de fervura

Ovo Mexido/Omeletes/

Bolos: atingir 74°C no centro geométrico

-Aferir a temperatura no

centro geométrico do

ovo um pouco antes de

desligar do fogo. Registrar

na planilha de cocção.

Page 36: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

36

Carne descongelada só poderá voltar ao freezer como prato pronto (cozido) e nunca cru. O

procedimento correto caso a quantidade a ser retirada seja maior que a consumida é:

descongelar a carne, levar a cocção sem tempero, retirar a quantidade que será utilizada no dia e o restante

deve ser congelada novamente (cozido).

Os Alimentos preparados ou prontos armazenados tanto sob refrigeração quanto sob congelamento devem

ser identificados.Com etiqueta contendo: data de validade ou de congelamento, nome do produto e a

quantidade.

Ex: 1 kg de feijão cozido, data 11/01/2020

Exemplo de Etiqueta

6.4. Distribuição

Os alimentos expostos para o consumo imediato devem estar protegidos contra poeiras, insetos e outras

pragas urbanas, e contra contaminantes oriundos dos consumidores, tais como gotículas de saliva e fios de

cabelo, e também, distantes de saneantes, produtos de higiene e demais produtos tóxicos.

Devem ser mantidos em temperatura segura durante todo o tempo da distribuição para evitar contaminação ou

multiplicação microbiana. Os alimentos que não obedecerem esses critérios de tempo x temperatura, deverão ser

desprezados. Aferir a temperatura dos alimentos com o uso do termômetro infravermelho antes do inicio da

distribuição e registrar na planilha de distribuição.

Alimentos quentes:

-temperatura mínima de 60° C- poderá permanecer na distribuição por até 6 horas

-temperatura abaixo de 60° C- poderá permanecer na distribuição por até 1 hora

Alimentos frios:

-temperatura até 10° C- poderá permanecer na distribuição por até 4 horas

-temperatura até entre 10° C e 21° C - poderá permanecer na distribuição por até 2 horas

ATENÇÃO:

Lavar as mãos antes do início da distribuição

Verificar se o balcão térmico está em temperatura adequada e higienizado

Produto:_______________________

Data de fabricação: __________________

Page 37: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

37

A água do balcão térmico deve ser trocada diariamente e mantida a temperatura de 80 ° a 90° C. A

temperatura deve ser aferida durante o tempo de distribuição.

Não conversar sobre os alimentos durante a distribuição

Coletar a amostra diariamente, durante a distribuição conforme orientação da equipe técnica da DAE e

legislação vigente.

REFEIÇÃO

Nas unidades com balcão térmico:

LANCHES CARNÉOS/ TORTA SALGADA

Nas unidades com balcão térmico:

- Colocar água até cobrir a resistência.

-Os lanches após serem preparados devem

ser acondicionados nas cubas de inox do

balcão térmico ou quando a unidade não

possuir balcão, acondicionar em caixas

plásticas com tampa ou cobertos com sacos

plásticos.

-Ligar o balcão térmico ½ hora antes da

distribuição.

- Na distribuição é necessário o uso de luvas

descartáveis. Na falta da mesma servir com o

auxilio de um utensílio como pegador, garfo,

etc.

- Porcionar no prato das crianças pequenas

quantidades estimulando o consumo de

todos os alimentos preparados.

- Orientar os alunos a desprezarem as sobras do

lanche na lixeira.

Nas unidades sem balcão térmico:

-Colocar sobre uma bancada as cubas com os

alimentos em quantidade suficiente por

turma e, reabastecer se necessário com

pequenas quantidades até ao termino da

distribuição.

- Orientar os alunos a desprezarem a sobra do

prato na lixeira e colocarem prato e talheres

no local indicado.

ATENÇÃO:

Deverà ser aferida a temperetura de todos os alimentos em todas as etapas da produção, conforme orientado no

decorrer desse manual e registrado em planilha especifica (disponivel no site de Ribeirao Preto- caminho:

https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/educacao/impressos-dae controle de temperatura).

Page 38: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

38

6.5. Sobra limpa, sobra suja e resto ingestão

Sobra limpa: é a sobra do alimento que ficou na panela em cima do fogão. Para que esta sobra possa ser

consumida deve ser resfriada imediatamente e armazenada sob refrigeração logo após o fim da distribuição. Deve

ser reaproveitada no máximo em 24 horas se refrigerada e sob congelamento em até 7 dias. Para reutilização, os

alimentos deverão ser aquecidos nas temperaturas de 74ºC.

Sobra do balcão térmico: é sobra suja e deve ser desprezada.

Resto Ingestão: é sobra suja depositada no lixo que ao final da distribuição deve ser pesado para avaliar

aceitabilidade do cardápio.

Controle de resto-ingestão: É a sobra dos pratos das crianças. É esperada a quantidade de 500 a 800 g para

cada 100 refeições em EMEIs,EMEFs, CEMEIs e EMEFEMs.

Esse controle deverá ser realizado também nas CEIs, com o objetivo de se evitar grandes desperdícios. É

muito importante a avaliação e registro diário desse controle para evitar desperdícios e tambem o calculo do per

capita.

6.6. Tabela Per capita

Alimentos CEI (g) CEI

papa (g)

EMEI (g) EMEF (g) EJA

(g)

Hortaliças

Abobora japonesa (cabochá) 20 20 30 40 40

Abóbora moranga 20 20 30 40 40

Abobora seca 20 20 30 40 40

Abobrinha brasileira/italiana 20 20 30 40 40

Acelga cozida 15 10 20 30 30

Acelga crua 10 - 15 20 20

Alface 10 - 15 20 20

Almeirão cozido 15 - 20 30 30

Almeirão cru 10 - 15 20 20

Batata 20 20 30 40 40

Batata doce amarela/rosada 20 20 30 40 40

Berinjela 20 20 30 40 40

Beterraba cozida 20 20 30 40 40

Beterraba crua 15 - 20 30 30

Brócolis 20 20 30 40 40

Cará 20 20 30 40 40

Cenoura cozida 20 20 30 40 40

Cenoura crua 10 - 15 20 20

Creme de milho 20 - 30 40 40

Chuchu 20 20 30 40 40

Page 39: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

39

Couve cozida 15 15 20 30 30

Couve crua 10 - 15 20 20

Couve flor 20 20 30 40 40

Escarola cozida 15 15 20 30 30

Escarola crua 10 - 15 20 20

Espinafre 15 15 20 30 30

Inhame 20 20 30 40 40

Mandioca 20 20 30 40 40

Mandioquinha 20 20 30 40 40

Pepino caipira/japonês 20 20 30 40 40

Pimentão verde/vermelho/amarelo 5 - 5 5 5

Quiabo 20 20 30 40 40

Rabanete 15 - 20 30 30

Repolho cozido 15 15 20 30 30

Repolho verde/roxo cru 10 - 30 40 40

Rúcula 10 - 15 20 20

Tomate 20 20 30 40 40

Vagem 20 20 30 40 40

Alimentos CEI (g) CEI

papa

(g)

EMEI (g) EMEF (g) EJA

(g)

Frutas

Abacate breda/fortuna 60 40 100 120 120

Abacaxi pérola 60 - 100 130 130

Banana maçã 80 40 120 150 150

Banana nanica 80 40 120 150 150

Banana prata 80 40 120 150 150

Caqui rama forte 60 40 100 120 150

Goiaba vermelha 60 - 100 120 150

Laranja pera rio 60 - 80 130 130

Maçã gala/fuji 60 40 100 120 120

Mamão formosa/havaí 60 40 110 120 120

Manga palmer/tommy/atkins 60 40 120 130 130

Melancia 60 40 100 130 130

Melão amarelo 60 - 80 120 120

Tangerina poncan/murcot 60 - 80 130 130

Cárneos

Carne bovina moída (lanche) cru - - 30 40 -

Carne bovina moída (lanche) cozido - - 25 35 -

Carne bovina moída (refeição) cru 40 40 50 70 90

Carne bovina moída (refeição) cozido 30 30 40 50 70

Carne bovina patinho tiras/cubos (lanche)

cru

- - 30 40 -

Carne bovina patinho tiras/cubos (lanche)

cozido

- - 25 35 -

Carne bovina patinho tiras/cubos (refeição)

cru

40 40 50 70 90

Carne bovina patinho tiras/cubos (refeição) 30 30 40 50 70

Page 40: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

40

cozido

Carne de ave peito s/peles/osso (lanche) cru - - 30 40 -

Carne de ave peito s/peles/osso (lanche)

cozido

- - 25 35 -

Carne de ave peito s/peles/osso (refeição)

cru

40 40 50 70 90

Carne de ave peito s/peles/osso (refeição)

cozido

30 30 40 50 70

Carne de ave sassami (lanche) cru - - 30 40 -

Carne de ave sassami (lanche) cozido - - 25 35 -

Carne de ave sassami (refeição) cru 40 40 50 70 90

Carne de ave sassami (refeição) cozido 30 30 40 50 70

Carne de ave sobrecoxa s/pele s/osso

(refeição) cru

40 40 50 70 90

Carne de ave sobrecoxa s/pele s/osso

(refeição) cozido

30 30 40 50 70

Carne suína pernil tiras/cubos (lanche) cru - - 30 40 -

Carne suína pernil tiras/cubos (lanche)

cozido

- - 25 35 -

Carne suína pernil tiras/cubos (refeição) cru 40 40 50 70 90

Carne suína pernil tiras/cubos (refeição)

cozido

30 30 40 50 70

Ovos mexidos (lanche) - - 25 50 -

Ovos refeição/omelete/mexidos 25 25 50 50 75

Peixe filé de tilápia (refeição) cru 40 40 50 70 90

Peixe filé de tilápia (refeição) cozido 30 30 40 50 70

Salsicha sem corante (lanche) - - 25 35 -

Salsicha sem corante (refeição) - - 40 50 70

Não perecíveis

Chocolate em pó 43% cacau - - 10 10 -

Arroz cozido 50 50 75 125 125

Arroz cru 20 20 30 50 50

Biscoito tipo rosquinha de coco 25 (5-6 un.) - 25 (5-6 un.) 40 (8 un.) -

Biscoito tipo maisena 25 (5-6 un.) - 25 (5-6 un.) 40 (8 un.) -

Biscoito salgado 25 (5-6 un.) - 35 (5-6 un.) 40 (8 un.) -

Extrato tomate para carne 1 1 2 5 5

Extrato tomate para molho 30 30 40 50 50

Ervilha enlatada 10 - 20 30 30

Feijão carioca/preto cozido 35 35 50 90 100

Feijão carioca/preto cru 10 10 14 25 29

Fubá cozido polenta/purê 30 - 90 90 120

Fubá cru polenta 8 - 23 23 30

Geléia 10 - 10 20(1 col. s) -

Iogurte - - 150 200 -

Leite em pó 15,6 - 19,5 26 -

Leite reconstituído 120 - 150 200 -

Macarrão cozido 60 - 80 200 200

Macarrão cru 24 - 32 80 80

Page 41: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

41

Manteiga 5 - 5 10 -

Milho enlatado/creme de milho 20 - 30 40 40

Torta/bolo caseiro 35 - 35 50 -

Óleo 3 3 4 5 5

Purê batata/mandioquinha 30 - 60 90 90

Requeijão - - 15 30(1 col. s) -

Sal 1 1 1 2 2

Seleta legumes enlatada 20 - 30 40 40

Suco natural integral 120 - 150 200 -

Pães

Pão hot dog 25 - 25 50 -

Pão francês filão/mini 25 - 25 50 -

Pão de batata sem glúten 35 - - - -

Page 42: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

42

6.6.1. Fotos de pratos completos de acordo com per capita para faixa etária

Figura 10- Fotos de pratos completos de refeição de acordo com per capita para faixa etária

OBS: Respeitando a evolução da consistência de papa para consistência de comida normal, conforme orientado

no item 13.1 deste manual.

Page 43: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

43

Fonte: Autoria Própria, 2020.

Page 44: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

44

LANCHES

Figura 11- Fotos de lanches completos de acordo com per capita para faixa etária

CEI 1 A 3 ANOS

EMEI

Page 45: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

45

EMEF

Fonte: Autoria Própria, 2020.

Page 46: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

46

7. COLETA DE AMOSTRA

Para auxiliar a esclarecer a ocorrência de doença transmitida por alimento devem ser coletadas e guardadas

amostras de cada preparação elaborada na unidade escolar.

Primeiramente higienizar as mãos com sabonete bactericida, antisséptico ou álcool 70% e secar com papel

toalha.

Devem ser utilizados os mesmos utensílios utilizados na distribuição de cada item. Ex: Coletar a

amostra de arroz com a escumadeira ou utensilio que está sendo distribuido o arroz.

Os alimentos devem ser colhidos na metade do tempo da distribuição (ex: distribuição acontece das 11hs

ao 12 hs, as amostras devem ser colhidas as 11:30 hs).

Os alimentos que foram distribuidos sob refrigeração e os liquidos devem ser armazenados sob

refrigeração (no maximo 4°C) por 72 horas, os alimentos que foram distribuidos quentes devem ser

armazenados sob congelamento (a -12°C) por 72 horas . Após este período as amostras devem ser

descartadas.

Page 47: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

47

Figura 12- Procedimento para coleta

Fonte: Autoria Própria, 2020.

8. ÁGUA

É obrigatória a existência de reservatório de água potável tampado e de fácil higienização, cuja superfície

interna deve ser lisa, resistente, impermeável, livre de descascamentos, rachaduras, infiltrações e vazamentos.

Page 48: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

48

A limpeza da caixa , d’água deve ser realizada a cada 6 meses, ou na ocorrência de acidentes que possam

contaminar a água, tais como queda de animais, sujeira, enchentes, entre outros. A higienização deverá ser

realizada por empresa especializada e a mesma deve emitir um laudo comprobatório, o mesmo deverá ficar

armazenado na unidade escolar, conforme determinado na resolução CVS 5/2013, do Centro de Vigilância

Sanitaria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de acordo com o padrão de

identidade e qualidade vigente. Deve ser protegido contra contaminação e manipulado em condições higiênico-

sanitárias.

8.1. Purificador de água

As Unidades Escolares que têm purificador de água dentro da cozinha e do lactário, devem realizar a troca

do elemento filtrante conforme a orientação do fabricante. A aquisição é de responsabilidade da direção.

O controle dessa troca deverá ser realizado pelos cozinheiros (fixar no estoque a data da última troca),

e assim que necessário, realizar a troca do mesmo.

9. LIMPEZA DA CAIXA DE GORDURA

A função da caixa é recolher a gordura proveniente da pia, que se origina, principalmente, da lavagem de

louças. Esse reservatório separa o óleo da água, retendo toda a gordura e evitando que ela entupa os canos e

tubulações. A caixa de gordura requer uma limpeza periódica, recomendada pelo menos a cada 12 meses,

podendo ocorrer em tempo menor, dependendo do uso ou necessidade.

Diversos problemas são passíveis de ocorrer, caso a higienização não seja realizada. São eles:

transbordamentos, entupimentos, lento escoamento da água na pia, mau cheiro, que pode se espalhar pelo

ambiente, atração de pragas, entre outros.

10. DESCARTE DE ALIMENTOS

Os cozinheiros devem controlar o estoque para que não haja produtos vencidos, ou perdas de

hortifrutigranjeiros e carnes. Caso aconteça, o fato deve ser registrado pela direção da escola no documento “Ata

de Inutilização” (disponível no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/Educação/Impressos DAE).

Page 49: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

49

Também deverá ser feito um oficio para o Aterro Sanitário, (disponível no site da Prefeitura Municipal de

Ribeirão Preto/Educação/Impressos DAE), informando o (s) item (ns), a (s) quantidade (s) e motivos o qual

levaram ao descarte. Este ofício deverá ser enviado para o e-mail da Coordenadoria de Limpeza Urbana

([email protected]) com cópia para a DAE ([email protected]). O Aterro

Sanitário deverá responder o e-mail com a autorização do descarte.

A unidade escolar deverá entregar as vias originais na DAE, isto é, Ata de Inutilização (em duas vias) e a

Autorização do Descarte assinado pelo Gestor da Unidade Escolar.

Após o recebimento de toda a documentação, a DAE realizará o transporte do alimento inadequado para o

aterro sanitário.

11. PROCEDIMENTOS DE RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

A direção da Unidade Escolar, como gestora, deve acompanhar o andamento da cozinha. Os procedimentos

descritos a seguir, são de responsabilidade da direção.

Manutenção geral (estrutura/equipamentos da cozinha e refeitório)

Solicitação no sistema GCM de equipamentos/ mobiliário (para cozinha e refeitório)

Limpeza da caixa d’água

Controle integrado de vetores, pragas urbanas (dedetização e desratização)

Limpeza da caixa de gordura

Carteira de saúde dos cozinheiros (ASO- Atestado de Saúde Ocupacional)- o controle do vencimento

juntamente com o cozinheiro

12. ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA

12. ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA

A alimentação escolar é exclusiva dos alunos conforme folheto de orientação do FNDE (Anexo 1).

Como você pode observar, todas as áreas são importantes e cada etapa exige muita atenção e dedicação por

parte da equipe. São detalhes mínimos, mas fundamentais para que no final do seu dia você tenha feito um

bom trabalho e as crianças satisfeitas e bem alimentadas.

Page 50: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

50

12.1. Execução do Cardápio nas Unidades Escolares

A DAE oferece toda a alimentação para a criança durante sua permanência na Unidade Escolar, conforme o

cardápio elaborado pelas nutricionistas da equipe técnica da DAE. O mesmo pode ser acompanhado pelo portal

da Educação, no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto:

http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/seducacao/aescolar/i15cardapio.php

O cardápio deve ser afixado em locais de fácil visualização para conhecimento da comunidade escolar como,

por exemplo, murais, na entrada do refeitório, portão de entrada da escola entre outros.

Não é permitido servir aos alunos alimentação diferente da estipulada do cardápio, e principalmente,

alimentação que tenha sido preparada fora da Unidade Escolar. Não é permitida também, a entrada de qualquer

alimento que não seja fornecido pela DAE na unidade escolar, conforme consta no Regulamento Interno das

Unidades Escolares. Qualquer situação específica deve ser solicitada autorização para DAE.

12.2. Regulamento para atendimento de dieta especial

12.2.1. Informação à Comunidade Escolar e Acolhimento

Toda unidade escolar deverá ter afixado o cartaz sobre direitos e deveres para atendimento de alunos com

necessidades alimentares especiais no âmbito escolar (Anexo 2 ).

No ato da matrícula, a unidade escolar deve questionar o responsável pelo aluno se o mesmo possui alguma

restrição alimentar ou doença a qual exija alimentação especial. A lei nº 12.982, de 28 de maio de 2014 determina

que “Para os alunos que necessitem de atenção nutricional individualizada EM VIRTUDE DE ESTADO OU DE

CONDIÇÃO DE SAÚDE ESPECÍFICA, será elaborado cardápio especial com base em recomendações médicas

e nutricionais, avaliação nutricional e demandas nutricionais diferenciadas, CONFORME REGULAMENTO.”

(NR)”.

Em caso afirmativo, entregar o protocolo de solicitação de dieta especial (disponível no portal da Educação)

que deverá ser preenchido pelo médico. A unidade deve informar aos responsáveis como será realizado o

atendimento ao aluno e da necessidade de atualização (anual) e mais frequentemente, nos casos transitórios.

Page 51: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

51

12.2.2. Recebimento do Protocolo de Solicitação de Dieta Especial

O responsável pelo aluno deve entregar o protocolo de solicitação de dieta especial na unidade escolar,

com tempo hábil para todos os procedimentos necessários (avaliação e aprovação da nutricionista, pedido de itens

especiais e entrega na rota destes pedidos). Em cada retorno médico, solicitar laudo da situação clínica do aluno

assinado e datado pelo médico.

Assim que a unidade receber o protocolo ou atestados médicos de acompanhamento, o mesmo deve ser

enviado imediatamente para a DAE, com todos os campos preenchidos, assinados e carimbados pelo médico.

12.2.3. Elaboração da dieta especial

A Nutricionista avalia o protocolo e defere ou indefere o fornecimento de dieta especial. Deferido, a dieta

especial é elaborada baseada no diagnóstico médico e os alimentos especiais encaminhados para escola.

A dieta especial deve ser impressa em três vias: a primeira via é assinada pelas cozinheiras e educadores

responsáveis e arquivada na secretaria, a segunda via fica com o professor, a terceira via fica na cozinha, de

preferência afixada em local de fácil visualização.

Deve ter afixado na sala de aula, a informação dos alunos que tem dietas especiais daquela sala, com o

objetivo de alertar caso tenha um professor substituto (Anexo 3).

Se a nutricionista sentir necessidade de outras informações para deferimento, será solicitado ao médico,

maiores esclarecimentos. Será enviado um documento para a unidade escolar, para que o responsável pelo aluno

entregue ao médico.

12.2.4. Aluno com dieta especial e sem protocolo

Quando um aluno novo iniciar na unidade escolar e o responsável alegar que o mesmo possui diagnóstico

médico específico, o qual exija alimentação especial, e não apresentar o protocolo de solicitação de dieta especial

(Anexo 4) ou apresentar um laudo médico que não esteja no padrão do protocolo de solicitação de dietas

especiais da DAE, a direção deve entregar o termo de responsabilidade para o responsável assinar.

Page 52: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

52

Uma cópia deve ser entregue aos cozinheiros, que deverão seguir o que estiver escrito e não oferecer os

alimentos que o aluno tiver restrições. Porém, os cozinheiros não podem oferecer itens especiais no lugar, como

por exemplo, leites especiais. Neste caso, se a escola quiser autorizar temporariamente que os responsáveis

tragam algum item especial, ela deverá informar os responsáveis desta possibilidade e informar a DAE.

Após a assinatura do termo, o responsável pelo aluno deverá apresentar a data da consulta médica agendada e

este será o prazo máximo para entrega do protocolo (registrar essa data no termo). Cabe à direção da unidade

escolar fazer o controle de vencimento do prazo do termo de responsabilidade e informar a DAE da não entrega

do protocolo.

12.2.5. Liberação de dieta especial

Quando o aluno tiver dieta especial liberada pelo médico, o responsável deve providenciar laudo médico

(podendo ser no receituário médico mesmo, porem deverá ser: assinado, carimbado e datado) informando da

liberação da dieta especial e o laudo deve ser encaminhado para a DAE.

Se o responsável pelo aluno não providenciar o laudo e afirmar que o aluno não possui mais a restrição

alimentar, o responsável deverá escrever de próprio punho a informação de que a criança não possui mais a

alergia ou intolerância alimentar, seu nome e número de documento e assinar. Até que seja providenciado o laudo

médico.

12.2.6. Solicitação de itens especiais

Os alimentos especiais (leite, creme vegetal e outros) não são distribuídos mensalmente, junto com os

itens não perecíveis. Sendo assim, 15 dias antes de acabar o item, os cozinheiros devem solicitar via e-mail, para

a equipe técnica de nutricionistas da DAE, e com cópia para o setor de não perecíveis da DAE

([email protected]).

12.2.7. Receitas e Acompanhamento

O atendimento de alunos com dieta especial está sendo constantemente aprimorado e algumas receitas

foram testadas, para cumprir com cardápio especial da forma mais próxima possível do cardápio regular. Como

ex: preparações sem leite (bolo, pão de queijo e outros), essas receitas estão disponíveis no portal da educação.

Page 53: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

53

As dietas especiais, enviadas pela equipe técnica, deverão ser seguidas na integra, respeitando as

substituições determinadas pela nutricionista.

NOTA: É necessário ter muito cuidado com as crianças que possuem dietas especiais. Pois em alguns

casos, se a criança entrar em contato com o alergênico, ela corre o risco de anafilaxia, podendo até vir a óbito.

13. ALIMENTAÇÃO NO CEI (Centro de Educação Infantil)

13.1. Aleitamento materno no CEI

O novo Guia Alimentar Brasileiro para crianças menores de 2 anos, reforça que a amamentação ou o leite

materno são fundamentais para os bebês, descrevendo o como sendo “Único e inigualável”, o alimento ideal para

criança, pois é totalmente adaptado às suas necessidades nos primeiros anos de vida. Não existindo outro leite

igual e nem parecido, apesar dos esforços da indústria em modificar leites de outros mamíferos, como de vaca,

para torná-los mais adequados ao consumo das crianças pequenas. O leite materno é o único que contém

anticorpos e outras substâncias que protegem as crianças de infecções comuns enquanto ela estiver sendo

amamentada, como diarreias, infecções respiratórias, infecções de ouvido (otites) e outras.

Os dois primeiros anos de vida são os mais decisivos para o crescimento e desenvolvimento da criança,

com repercussões ao longo de toda a vida do indivíduo. A amamentação nesse período pode prevenir o

aparecimento de várias doenças na vida adulta.

A recomendação é que a criança seja amamentada da primeira hora de vida até dois anos ou mais. A

amamentação não tem um prazo máximo, ela pode durar o quanto for desejado pela mulher e pela criança, desde

que não haja prejuízo para ambas. Conforme descrito no Guia Alimentar, orientado pela OMS (Organização

Mundial da Saúde) e também pela lei nº 11.265/ 2006 (NBCAL) entre outras.

No Brasil a Constituição Federal de 1988, garante benefícios às mulheres com contrato de trabalho, e a

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 396, determina: “para amamentar o próprio filho, até

que este complete 06 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos

especiais, de meia hora cada um”. No município de Ribeirão Preto a Lei Municipal (lei 3171/76) institui seis

meses de licença maternidade, e o decreto 181/09 garante as funcionárias municipais uma redução da jornada de

trabalho para amamentação por leite materno até a criança completar 12 meses.

Page 54: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

54

Neste contexto, todo CEI e EMEI deve permitir a entrada de mães para amamentação do seu filho e/ou

entrega do leite materno ordenhado, assim como, criar ações de incentivo e valorização do aleitamento materno

na comunidade escolar. Cada unidade escolar deve afixar o cartaz sobre o incentivo ao aleitamento materno

(Anexo 5). O mês de agosto é dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento

materno. Sugerimos que todas as unidades escolares elaborem e participem de ações que envolvam o tema.

“Amamentar é um direito da mãe e ser amamentada é um direito da criança.”

13.2. Entrada da mãe para amamentar

A direção da unidade escolar deverá acordar com a mãe os horários e disponibilizar um local (MAMOTECA)

para a amamentação. O local deverá possuir uma cadeira, ser limpo e de preferência que não seja próximo das

outras crianças. Podendo ser até mesmo na sala da direção.

A DAE incentiva unidades escolares que dispõe do local, a denominar ele como MAMOTECA, afixando

cartazes para identificá-lo.

13.3. Entrada do leite ordenhado

A direção da unidade escolar deve questionar a mãe ou responsável que manifestar interesse em levar o leite

ordenhado, se há dúvidas e se já receberam informações de como realizar a ordenha do leite materno, questionar

também, se possui frascos adequados para armazená-los (de vidro, com tampa de plástico com rosca). Em caso

negativo, deve encaminhá-la para a Unidade Básica de Saúde mais próxima da unidade escolar, local onde é feito

a puericultura da criança.

13.3.1. Recebimento do Leite Ordenhado

O responsável pelo aluno, que irá entregar o leite ordenhado na escola, deve assinar um termo de

responsabilidade, onde ele garante que a ordenha foi realizada adequadamente, sendo armazenado e transportado

em condições seguras.

Cada unidade escolar deve determinar o funcionário que será responsável pelo recebimento do leite

ordenhado (exemplos: agente administrativo, professores, cozinheiros e outros). O responsável deve assegurar

que o frasco entregue esteja limpo, que tenha sido transportado sob refrigeração (caixa térmica, isopor, bolsa

Page 55: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

55

térmica) e com etiqueta de identificação, constando: nome da criança, data e horário que foi realizada a ordenha.

Se o frasco chegar sem estas informações, o funcionário responsável deve anotar as informações necessárias no

frasco no momento do recebimento.

Após recebimento do frasco de leite ordenhado, este deve ser imediatamente entregue as cozinheiras para

correto armazenamento, sob temperatura controlada.

13.3.2. Armazenamento do Leite Ordenhado

O frasco de leite humano cru, recebido refrigerado, deve ser armazenado sob refrigeração e sua validade

máxima de 12 horas a partir do horário da ordenha, portanto utilizar no mesmo dia.

O frasco de leite humano cru, recebido congelado, deve ser armazenado sob congelamento e tem validade

máxima de 15 dias a partir da data da ordenha, e após o descongelamento tem validade máxima de 12 horas sob

refrigeração, a partir do horário do descongelamento e deverá ser usado no mesmo dia. Não é permitido

recongelar.

O frasco de leite humano, pasteurizado pelo Banco de Leite, recebido congelado, deve ser armazenado sob

congelamento e sua validade máxima é de 6 meses, após o descongelamento deve ser usado em 24 horas, a partir

do horário do descongelamento.

A fim de evitar desperdícios, a mãe deve ser orientada a enviar quantidade menor no inicio e ir aumentando

conforme aceitação da criança.

13.3.3. Preparo e Oferecimento do Leite Ordenhado

O descongelamento deve ser realizado pelos cozinheiros, em banho maria, da seguinte forma:

Colocar a água para ferver

Desligar o fogo

Colocar o frasco em banho maria

Agitar o frasco de tempos em tempos para facilitar o descongelamento.

O leite ordenhado deve ser oferecido preferencialmente no copo educativo. Em qualquer situação de dúvida,

entrar em contato com a DAE.

Page 56: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

56

13.3.4. Higienização e devolução do Leite Ordenhado

Os cozinheiros devem devolver o frasco apenas lavado com água e detergente para os responsáveis ao final

do dia, e o processo de higienização completo (fervura) deve ser feito pelo responsável, em casa.

13.4. Cardápio de Berçário 1

Para crianças menores de 6 meses, o cardápio é exclusivamente leite materno. No caso de crianças não

amamentadas, será oferecida fórmula infantil em substituição. Novos alimentos deverão ser oferecidos apenas

depois de 6 meses, crianças em uso exclusivo de fórmulas não precisam de água até 6 meses, conforme enfatiza o

Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, 2019, do Ministério da Saúde.

Crianças menores de 6 meses do Berçário 1 não receberão alimentos e nem hidratação, apenas leite materno

ou fórmula infantil conforme horários estipulados.

Em situações específicas, poderá ser autorizada a introdução de novos alimentos antes de 6 meses desde que o

responsável pela criança providencie o formulário de introdução alimentar no CEI (disponível no site da

Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/Educação/Impressos DAE) preenchido, datado, assinado e carimbado por

médico, o qual deve ser encaminhado para as nutricionistas da DAE.

Com 6 meses, para que o bebê continue crescendo bem, ele necessita receber outros alimentos saudáveis além

do leite materno e essa introdução deve ocorrer gradativamente sem que seja interrompida a amamentação. Nesta

idade a maioria das crianças é capaz de fazer movimentos de mastigação mesmo antes de surgirem os primeiros

dentes. O Guia Alimentar reforça “A gengiva fica endurecida, pois os dentes estão se preparando para surgir, a

criança consegue amassar os alimentos e, além disso, o atrito com o alimento ajuda a romper a gengiva para a

saída dos dentes”.

A alimentação dos bebês deve ser composta pelo leite materno preferencialmente e complementada com a

ingestão de água e alimentos, como frutas, hortaliças, leguminosas e carnes. Devem ser introduzidos na forma de

PAPAS (textura de purê) e devem ser amassadas com garfo ou raspadas e NUNCA liquidificadas ou peneiradas.

A consistência adequada é aquela que não escorrega da colher, que é firme e dá trabalho para mastigar, ajudando

no desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça, colaborando para respiração adequada e o aprendizado da

mastigação. Quanto mais diluídos ou liquidificados os alimentos, menos nutrientes e carga energética possuem,

ou seja, alimentam menos.

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Não é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela resolução Nº 6, 2020 do PNAE oferecer suco da fruta e

sim a fruta in natura, pois a fruta possui uma densidade calórica maior e maior quantidade de fibras. O cardápio

da DAE segue tal orientação.

A consistência pastosa dos alimentos deve ser evoluída para alimentos picados em pedaços pequenos,

raspados ou desfiados, para que a criança aprenda a mastigá-los. Também podem ser oferecidos alimentos macios

em grandes pedaços, para que ela pegue com a mão e leve a boca. Quando a criança estiver maior

(aproximadamente 12 meses), já estará comendo a comida na consistência normal, conforme figura abaixo.

No caso de crianças que apresentam algum atraso no desenvolvimento, bebês que nasceram prematuros,

entre outros, entrar em contato com equipe técnica de nutricionistas da DAE para orientações de como proceder.

13.4.1. Preparo das papas salgadas e de frutas

Papa de arroz

Preparo:

Proceder a lavagem dos grãos

Refogar, a parte os temperos e acrescentar o arroz; cozinhar até secar a água e o grão estar cozido

Amassar com o auxilio de um garfo

Papa de feijão

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Preparo:

Proceder a escolha e lavagem dos grãos

Colocar para cozinhar com água

Refogar, a parte os temperos e acrescentar ao feijão cozido; cozinhar até engrossar

Amassar com o auxilio de um garfo

Observação importante:

Crianças que estiverem com diarréia (ou modificação da consistência das fezes ou aumento do número de

evacuação) não devem receber a papa de feijão.

Papa de carnes

Preparo:

Colocar numa panela o óleo e acrescentar os temperos para refogar

Adicionar a carne e cozinhar em fogo brando

Quando estiver muito bem cozida (ponto de desmanchar), retirar do fogo

Papa de hortaliças Preparo:

Lavar os legumes em água corrente e descascar

Colocar os legumes, o tempero e o óleo em uma panela, com um pouco de água

Retirar da panela quando estiverem bem cozidos e amassar

Papa de frutas Preparo:

Lavar as frutas em água corrente

Deixar em solução com sanitizante por 15 minutos

Enxaguar

Descascar e picar em pequenos pedaços

Amassar com garfo ou raspar com colher de chá

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OBSERVAÇÕES:

Oferecer a fruta logo após o pré preparo, procurando preservar o valor nutritivo do alimento

Começar com 1 colher de chá e ir aumentando gradativamente

Não oferecer preparações contendo sal, açúcar e gordura (óleo) em excesso

Não é permitido oferecer às crianças refrigerantes, sucos industrializados, doces em geral, balas,

chocolates, biscoitos recheados, frituras, café, salgadinhos.

13.5. Situações atípicas durante período de adaptação escolar

No início do ano, durante o período de adaptação (fevereiro e março) considerando as dificuldades com a

adaptação de bebês frente à introdução alimentar e o ambiente novo e diferente, será permitido que alguns ajustes

sejam realizados com a finalidade de melhorar a aceitação daquele alimento oferecido.

Exemplo: A maçã: poderá ser colocada no micro-ondas por alguns segundos para amolecer e facilitar a

raspagem ou ate mesmo oferecer ela amassada, melhorando assim a aceitação do item pelos bebês. Outra dica é

triturar a maçã no liquidificador, sem acréscimo de água, somente para a mesma ficar triturada e facilitar também

o oferecimento e aceitação do item.

Vale ressaltar que esses ajustes somente serão permitidos no período de adaptação e para bebês em

introdução alimentar, após esse período, seguir as recomendações de consistência para cada faixa etária.

13.6. Leite oferecido para crianças menores de 1 ano

A DAE oferece fórmulas infantis de seguimento fase 1 e fase 2 para menores de 1 ano que não recebem

leite materno. O oferecimento ideal dessas fórmulas ao bebê é em copinhos, visto que o uso de mamadeiras é

contra indicado pelo Guia Alimentar e por diversos estudos, pois:

Pode prejudicar a habilidade da criança de regular o apetite, podendo ocasionar ganho de peso

excessivo.

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Tem a possibilidade de confusão de bicos para criança que mama no peito, podendo levar ao

desmame precoce.

Interfere negativamente sobre o desenvolvimento orofacial.

Com o uso prolongado de mamadeiras a musculatura intra oral não passa a ser estimulada

corretamente e isso pode atrapalhar o desenvolvimento da fala.

O bico artificial pode tornar a criança um respirador bucal, que poderá provocar graves problemas

respiratórios, de sono, de fala, humor, defeito na arcada dentária e déficit de aprendizagem.

Na impossibilidade, porém, de oferecimento do leite no copinho a DAE disponibiliza mamadeiras.

Para crianças a partir de 1 ano a equipe técnica enfatiza que o ideal é o uso de copos educativos e canecas.

Os educadores devem estimular essa transição, sem se estender muito, respeitando sempre o desenvolvimento

individual de cada criança.

O leite inserido no cardápio de crianças de 6 a 12 meses, após almoço, tem por objetivo principal ser um

complemento para os bebês que estão em processo de introdução da alimentação complementar, no início dessa

introdução pode ser pouco difícil a aceitação da mesma e o bebe pode sentir fome ate a próxima refeição. Com o

tempo, a aceitação melhora e o esperado é que todo bebê esteja se alimentando bem com as papas, e caso o leite

continue sendo oferecido, cria-se um hábito inadequado, a criança não come, pois sabe que vai tomar o leite

depois.

A Divisão de Alimentação Escolar (DAE) fornece todos os utensílios necessários para a alimentação do

aluno durante a sua permanência na unidade escolar, não sendo permitida nos CEIs a entrada de

mamadeiras/copos educativos e squeezes de fora. Em casos específicos, entrar em contato com a equipe técnica

para orientações.

13.6.1. Passo a passo do preparo de fórmulas infantis fase 1 e 2

Primeiramente lave bem as mãos antes de iniciar, e use água potável.

Figura 14- Modo de preparo (formulas infantis fase 1 e 2)

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Fonte: Autoria Própria, 2020.

Cálculo para o preparo de volumes maiores:

500ml: Diluir 15 medidas rasas (65,5g) em 450ml de água

1000ml: Diluir 30 medidas rasas (131g) em 900ml de água

13.6.2. Cuidados no preparo das mamadeiras

Não adicionar farinhas, açúcar, frutas e qualquer outro alimento nas fórmulas infantis;

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Oferecer a mamadeira logo após o preparo, ou se necessário preparar antes, resfriar e armazenar na

geladeira, aquecer antes de servir (banho maria, micro-ondas) ;

Se não consumido todo o conteúdo da mamadeira o mesmo deverá ser desprezado, jamais reutilizado.

13.6.3. Passo a Passo da higienização das mamadeiras e copos educativos

Figura 15- Passo a Passo higienização das mamadeiras e copos educativos

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Fonte: Autoria Própria, 2020.

Page 64: Manual de Orientação para Manipuladores de Alimentos

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13.7. Oferecimento de água no CEI

Oferecer água ao longo do dia para suprir a necessidade de hidratação da criança. Durante as refeições,

poderá ser oferecida água, desde que, em pequenas quantidades.

A seguir, fotos de sugestões para a identificação das canecas de água (foto tirada de um CEI do município

de Ribeirão Preto). As canecas poderão ser identificadas também com caneta marcadora. Lembrando que no final

do dia letivo as mesmas serão higienizadas e sanitizadas pela equipe da cozinha.

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13.8. Rotina da higienização das canecas de água no Cei

As canecas plásticas ou de inox deverão ser identificadas por criança com caneta permanente ou da forma

sugerida acima, cada criança deverà usar a sua caneca durante o dia todo

Deverão ficar armazenadas em caixas plásticas com tampa separadas por turmas, em sala de aula

No final do dia cada professor responsável pela sua sala deverá entregar à cozinha as canecas, para a

higienização das canecas

Passo a passo higienização canecas e caixas plasticas:

Lavar com água e detergente

Enxaguar

Desinfecção: Sanitizar por 15 minutos(com solução clorada)

Enxaguar

Lavar com água e detergente as caixas plástica

Enxaguar

Deixar ambas escorrerem e secar naturalmente

Desinfecção: Borrifar alcool 70%

Armazenar as canecas nas caixas plásticas com tampa

OBS: Em caso de crianças doentes as cozinheiras deverão proceder a higienização dessas canecas (lavagem e

sanitização) imediatamente após cada uso.

ATENÇÃO: As canecas na sala de aula deverão ser organizadas na caixa plástica em única camada, conforme

foto abaixo.

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13.9. Horário e local das refeições

Os horários fixados no cardápio devem ser respeitados e o intervalo entre as refeições também. Não é

permitido realizar qualquer alteração, sem autorização da equipe técnica da DAE.

As refeições devem ser feitas no refeitório, exceto o leite das 13h30m para as crianças menores de 13

meses, que poderá ser oferecido na sala de aula.

Qualquer outra situação deverá ser solicitada autorização para a equipe técnica da DAE. Antes de todas as

refeições, as mãos dos alunos devem ser lavadas.

13.10. Mobiliário do refeitório do berçário

As crianças do berçário devem receber a alimentação sentada nos cadeirotes, coletivos ou nos individuais.

Não oferecer alimentação no bebe conforto, pois há risco de engasgos.

É importante também se atentar na posição da criança menor de 1 ano para receber o leite e as refeições.

Ela deve estar sentada, com postura reta, em um local confortável e seguro. Sem estar inclinada para trás, sem

riscos de queda e suficientemente livre para movimentar os braços e o corpo. A melhor forma de dar comida é

sentar-se de frente para ela, na mesma altura, para que não precise ficar com a cabeça de lado, nem levantar o

queixo enquanto come. Esta altura também deve permitir que ela se relacione com quem está oferecendo a

comida.

Quando houver alguma criança com desenvolvimento neuromotor prejudicado, entrar em contato com a

equipe técnica, para solução em conjunto.

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13.11. Comunicação na Escola e da Escola com Pais

Cada unidade escolar deve anualmente, após matricula dos alunos, rever as estratégias para as transições

acima mencionadas. A sugestão é que a unidade escolar realize reunião para este fim com diretor, educadores de

berçário 1 e cozinheiros, valorizando que todos são importantes e fazem parte do processo. A sugestão é que a

reunião ocorra semestralmente, no inicio do ano letivo e antes do retorno as aulas no segundo semestre. O

procedimento adotado pela unidade escolar deve ser escrito e todos assinarem a ciência, sendo pautado no

presente Manual. Qualquer dúvida as nutricionistas da DAE estão à disposição para auxiliar.

Outra reunião sugerida é com os pais, podendo ser anual, antes do início das aulas visando orientá-los

quanto à alimentação dos alunos no decorrer do ano. Neste momento é interessante convidar os cozinheiros para

participar e entregar um folder elaborado pela DAE (disponível no site da educação), afim que toda família se

envolva para garantir uma transição segura.

13.12. Restrições e proibições para crianças menores de 2 anos de idade

A Resolução n° 6 de 2020 do FNDE, publicada em maio de 2020, determina alguns critérios mais

rigorosos que a resolução anterior para a elaboração do cardápio visando uma alimentação mais saudável. A nova

resolução está em acordo com o guia alimentar para população brasileira, tanto para adultos (2014) quanto para

menores de 2 anos (2019), conforme link a seguir. A orientação principal é a restrição de alimentos considerados

ultraprocessados e processados e a valorização de alimentos in natura ou minimamente processados.

Uma adequação que já vem sendo realizada pela DAE é em relação ao achocolatado que era adicionado

ao leite em todas as unidades escolares. Foi determinado pela equipe técnica de nutricionistas da DAE, que o leite

servido para as crianças de CEI deve ser branco, sem adição de açúcar e chocolate em pó. O leite servido para as

crianças de EMEI tem adição do chocolate, mas não de açúcar e utilizando um produto com 43 % de cacau, na

sua composição.

O oferecimento de sucos não é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela resolução Nº 6, 2020 do

PNAE é recomendado o oferecimento da fruta in natura para CEI, pois a fruta possui uma densidade calórica

maior e maior quantidade de fibras. O cardápio da DAE segue tal orientação.

O oferecimento de mel e pipoca para crianças menores de 2 anos de não é recomendado de acordo com o

Guia Alimentar, o mel devido à possível contaminação por uma bactéria associada ao botulismo e por conter os

mesmos componentes do açúcar. Já a pipoca, por ser mais dura, a criança pode ter dificuldade de mastigá-la de

forma segura.

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13.13. Cardápio de Berçário 2

O cardápio a ser oferecido para as crianças acima de 1 ano, é o cardápio de CEI/EMEI e CEI (faixa etária 1

a 5 anos). Para essa faixa etária não deve ser oferecido alimento em consistência pastosa (exceto sob orientação

médica e o responsável deverá providenciar laudo médico). Todos os alimentos que compõem o cardápio deverão

ser oferecidos para as crianças, sem se apegar a mitos e crenças alimentares. Vale ressaltar que o cardápio é

elaborado por nutricionista capacitada e segue as orientações de órgãos sérios e as legislações vigentes.

O oferecimento de água e leite deve ser preferencialmente em canecas. No início do ano letivo no berçário

2, pode ser oferecido o copo educativo por um curto espaço de tempo, entretanto, não deve ultrapassar o primeiro

semestre letivo. Não será permitido o uso de mamadeiras. Se houver situações específicas que justifiquem o uso

de mamadeiras, proceder conforme descrito acima, pedindo ao responsável o laudo médico e encaminhando para

autorização das nutricionistas da DAE. Lembrando que o leite das 13h não deve ser mais oferecido.

14. EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem por objetivo contribuir para o crescimento e o

desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares

saudável dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional.

A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) tem como desafio promover saúde e qualidade de vida com

ênfase na promoção da alimentação saudável, ampliando a compreensão sobre a multidimensionalidade da

alimentação do homem, buscando a integração das ciências biológicas, humanas, econômicas, tecnológicas,

dentre outras.

O ambiente escolar, com sua característica formadora singular, torna-se um espaço fundamental para

promover autonomia e estimular o senso crítico dos escolares, bem como inserir cada vez mais a comunidade

escolar, na amplitude dos sistemas de produção de alimentos. Inclusive, cozinheiros (as) e estoquistas são

considerados educadores e responsáveis pela valorização e estímulo a alimentação adequada e saudável. Os

professores e educadores devem estimular e incentivar o consumo de todos os alimentos oferecidos no cardápio.

Sempre, oferecer, mesmo se houver recusa, colocando um pedacinho pequeno no prato da criança, para que ela

tenha contato com o alimento. Estimular e incentivar sempre, e nunca obrigar a criança a comer ou punir, caso

não coma.

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Os vários alimentos, que compõe os cardápios da Divisão de Alimentação Escolar (DAE), são

instrumentos importantes para a realização de ações de Educação Alimentar e Nutricional, que promovam hábitos

alimentares saudáveis no âmbito escolar. A seguir, estão algumas ações relevantes, já praticadas pelo Munícipio

de Ribeirão Preto:

O Concurso de Receitas Saudáveis da Alimentação Escolar tem por objetivo estimular a participação

dos cozinheiros no desenvolvimento de novas receitas, que atendam aos padrões nutricionais necessários aos

escolares e estimulem bons hábitos alimentares.

O Encontro Municipal de Alimentação e Nutrição é um projeto em parceria com a Secretaria

Municipal da Saúde e Assistência Social que engloba ações preventivas, com ênfase na promoção da alimentação

saudável, visando reduzir a prevalência de doenças crônicas, não transmissíveis, na população do município. Faz

parte do Encontro, várias ações, dentre elas está o Encontro de Multiplicadores, que ocorre em maio de cada ano,

por ocasião da Semana de Educação Alimentar e Nutricional, participando multiplicadores das unidades escolares

(diretor, ou professor, ou cozinheira (o), ou pai de aluno, ou outro representante, que seja atuante e integrado na

comunidade escolar, e promova e multiplique ações de promoção da alimentação saudável). Tem por objetivo

estimular o desenvolvimento de ações, de promoção da alimentação saudável, que serão compartilhadas na

Mostra de Ações Exitosas de Promoção de Alimentação Saudável: previsto para outubro de cada ano, em

comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, com apresentação de pôsteres e apresentação oral, para troca de

experiências entre os participantes.

14.1. Ações de Educação Nutricional

Organizar o espaço do refeitório, mantendo o ambiente limpo, seguro, confortável e bem decorado;

Apresentar as preparações culinárias, de forma atraente;

Orientar os alunos durante as refeições, estimulando o consumo de todos os alimentos do cardápio;

Permitir que as crianças tenham contato com os alimentos, tocando-os, cheirando-os e degustando-

os;

Estimular a formação de hábitos alimentares saudáveis, principalmente nos primeiros anos de vida,

uma vez que, os mesmos são formados nesse período de vida; ressaltando que são necessárias, em média,

de oito a dez exposições a um novo alimento, para que ele seja aceito pela criança;

Implantar hortas escolares.

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Figura 20- Sugestões de educação nutricional

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Fonte: Autoria Própria, 2020.

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15. ANEXOS

Anexo 1- Alimentação Exclusiva para Alunos conforme Informe PNAE

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Anexo 2- Direito à Alimentação Escolar Especial

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Anexo 3- Aviso alunos com dietas especiais

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Anexo 4- Protocolo de solicitação de dieta especial

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Anexo 5 - Incentivo ao Aleitamento Materno

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha sobre Boas Práticas para Serviços De Alimentação.

3ª edição, Brasília, 2004

BRASIL. Resolução n°216 de 15 de setembro de 2004. Ministério da Saúde -Agência Nacional de Vigilância

Sanitária. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

INSTITUTO UNIVERSITAS. Alimentação Escolar: orientações para manipuladores de alimentos / Instituto

Universitas. Brasília: Dinâmica, 2007. 72 p.

SÃO PAULO. Portaria CVS-5/2013, de 09/04/2013. Regulamento técnico sobre boas práticas para

estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação.

BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 6, de 12 de maio de 2020. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos

alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.

VIEIRA, M.N.C.M; JAPUR, C.C. Nutrição e Metabolismo Gestão de qualidade na produção de refeições. Rio de

janeiro. Guanabara Koogan. 2012.

VIEIRA, M.N.C.M; JAPUR, C.C. Nutrição e Metabolismo- Dietética aplicada na produção de refeições. Rio de

Janeiro. Guanabara Koogan. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos. Brasília,

2019.270p.

BRASIL. Mesa Brasil SESC - Segurança Alimentar e Nutricional,2003 Banco de Alimentos e Colheita Urbana

Manipulador de Alimentos I Perigos, DTA, Higiene Ambiental e de Utensílios.27

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