manual de orientação para elaboração do processo de pesquisa

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MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O PROCESSO DE PESQUISA CIENTÍFICA A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA "Mas, o trabalho e a paixão fazem com que surja a intuição, especialmente quando ambos atuam ao mesmo tempo. Apesar disso, a intuição não se manifesta quando nós queremos, mas quando ela quer. Certo é que as melhores ideias nos ocorrem (...) quando nos encontramos sentados em uma poltrona e fumando um charuto ou (...) quando passeamos por uma estrada que apresente ligeiro aclive ou quando ocorram circunstâncias semelhantes. Seja como for, as ideias nos acodem quando não as esperamos e não estamos sentados a nossa mesa de trabalho, fatigando o cérebro a procurá-las. É verdade, entretanto, que elas não nos ocorreriam se, anteriormente, não houvéssemos refletido longamente em nossa mesa de estudos e não houvéssemos, com devoção apaixonada, buscado uma resposta." Max Weber Como toda atividade racional e sistemática, a pesquisa exige que as ações desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efetivamente planejadas. De modo geral, concebe-se o planejamento como a primeira fase da pesquisa, que envolve a formulação do problema, a especificação de seus objetivos, a construção de hipóteses, a operacionalização dos conceitos etc. Em virtude das implicações extracientíficas da pesquisa, o planejamento deve envolver também os aspectos referentes ao tempo a ser despendido, bem como aos recursos humanos, materiais e financeiros necessários para a sua efetivação. O planejamento da pesquisa concretiza-se mediante a elaboração de um projeto, que é o documento explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa, O projeto deve, portanto, especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a justificativa de sua realização, definir a modalidade de pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e análise de dados. Elaboramos um projeto de pesquisa para mapear o caminho a ser seguido durante a investigação. Buscamos, assim, evitar muitos imprevistos no decorrer da pesquisa que poderiam até mesmo inviabilizar sua realização. O

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Manual de Orientação para Elaboração do Processo de Pesquisa

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Metodologia mtodos e tcnicas de pesquisa

MANUAL DE ORIENTAO PARA O PROCESSO DE PESQUISA CIENTFICA

A IMPORTNCIA DO PROJETO DE PESQUISA

"Mas, o trabalho e a paixo fazem com que surja a intuio, especialmente quando ambos atuam ao mesmo tempo. Apesar disso, a intuio no se manifesta quando ns queremos, mas quando ela quer. Certo que as melhores ideias nos ocorrem (...) quando nos encontramos sentados em uma poltrona e fumando um charuto ou (...) quando passeamos por uma estrada que apresente ligeiro aclive ou quando ocorram circunstncias semelhantes. Seja como for, as ideias nos acodem quando no as esperamos e no estamos sentados a nossa mesa de trabalho, fatigando o crebro a procur-las. verdade, entretanto, que elas no nos ocorreriam se, anteriormente, no houvssemos refletido longamente em nossa mesa de estudos e no houvssemos, com devoo apaixonada, buscado uma resposta."

Max Weber

Como toda atividade racional e sistemtica, a pesquisa exige que as aes desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efetivamente planejadas. De modo geral, concebe-se o planejamento como a primeira fase da pesquisa, que envolve a formulao do problema, a especificao de seus objetivos, a construo de hipteses, a operacionalizao dos conceitos etc. Em virtude das implicaes extracientficas da pesquisa, o planejamento deve envolver tambm os aspectos referentes ao tempo a ser despendido, bem como aos recursos humanos, materiais e financeiros necessrios para a sua efetivao.

O planejamento da pesquisa concretiza-se mediante a elaborao de um projeto, que o documento explicitador das aes a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa, O projeto deve, portanto, especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a justificativa de sua realizao, definir a modalidade de pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e anlise de dados.

Elaboramos um projeto de pesquisa para mapear o caminho a ser seguido durante a investigao. Buscamos, assim, evitar muitos imprevistos no decorrer da pesquisa que poderiam at mesmo inviabilizar sua realizao. O projeto de pesquisa deve, ento, fundamentalmente, responder s seguintes perguntas:

O que pesquisar? (definio do problema, hipteses, base terica e conceituai)

Por que pesquisar? (justificativa da escolha do problema)

Para que pesquisar? (propsitos do estudo, objetivos)

Como pesquisar? (metodologia)

Quando pesquisar? (cronograma de execuo)

Com que recursos pesquisar? (oramento)

Quem realizar a pesquisa? (equipe de trabalho, pesquisadores, coordenadores, orientadores)

Portanto, o projeto de pesquisa deve evidenciar os vrios elementos que vo compor a investigao.

AS ETAPAS DO TRABALHO CIENTFICO

1 PASSO: DETERMINANDO O TEMA E O PROBLEMA DE PESQUISA

O tema de uma pesquisa o assunto geral que desejamos investigar. Sendo assim, trata-se de uma definio razoavelmente ampla, que servir de ponto de partida para todo esforo subsequente do pesquisador. Talvez voc esteja interessado em estudar, por exemplo, o "comportamento dos vulces no continente asitico", ou mesmo as "deficincias de aprendizagem de crianas da zona rural brasileira", e esses seriam temas de pesquisa perfeitamente vlidos. O tema , portanto, uma delimitao, at certo ponto vaga, acerca daquilo que se quer investigar.

Uma vez determinado o tema de sua pesquisa, a prxima providncia a ser tomada aumentar a sua compreenso geral sobre ele. Para isso, voc deve recorrer a um levantamento preliminar de informaes mnimas, como as que seguem:

a) Quem so os autores clssicos e contemporneos mais importantes nessa rea?

b) Quais os principais peridicos cientficos dessa comunidade?

c) H livros recomendados sobre o tema? Quais so? Onde posso localiz-los?

d) Quais os principais conceitos envolvidos nesse assunto? Quem os definiu?

O Tema

O tema nada mais do que assunto, ou seja, o objeto da pesquisa. Ele deve fornecer uma viso geral do trabalho que se pretende realizar (Monografia). Trata-se do momento da seleo do fato, fenmeno ou assunto merecedor da pesquisa. Deve-se levar em considerao alguns aspectos, no momento que se vai decidir sobre um tema:

- de interesse cientfico?

- um assunto que se deseja provar ou resolver?

- possvel ser investigado?

- H material bibliogrfico sobre o assunto escolhido?

- O pesquisador tem familiaridade com o tema?

- Que tempo o pesquisador tem disponvel e que recurso possui para realizar a investigao?

O tema apia-se na bibliografia, nos documentos e em outras fontes necessrias sua definio. Deve ser identificada a rea na qual se concentra o problema, apresentando-o dentro de um contexto mais amplo, com breve referncia ao esquema terico e com consideraes sobre a escolha do local e do modo como o tema foi escolhido.

Exemplo 1

Tema: "Responsabilidade social nas indstrias automobilsticas brasileiras"

O problema de pesquisa

Embora o tema da investigao seja uma formulao um tanto vaga e ampla, o problema de pesquisa, por outro lado, deve ser formulado de maneira bastante especfica e precisa, sob pena de o trabalho inteiro ruir posteriormente. Ou seja, o problema consiste em uma pergunta (por isso tambm denominado questo de pesquisa) bem delimitada, clara e operacional.

De fato. trata-se de uma especificao maior do tema, em forma de pergunta: a questo que o pesquisador deseja ver respondida na concluso de sua pesquisa. Talvez alguns exemplos ajudem a esclarecer esse ponto:

Deve ser feita na forma interrogativa, sinalizando que o questionamento o desafio bsico do pesquisador em busca de possveis solues.

A formulao de indagaes sobre o tema deve ser emprica, suscetvel de investigao e soluo, levando-se em considerao as suas delimitaes de maneira compatvel com os meios disponveis para a sua investigao. A reviso da literatura de grande importncia para esta tarefa.

Uma vez definido o problema de pesquisa, voc j sabe qual o objetivo da sua pesquisa. Se o problema de pesquisa qual a percepo dos empresrios do setor de rochas e granitos sobre a utilidade das ferramentas de comunicao na divulgao de suas empresas?, o objetivo do pesquisador conhecer a percepo dos empresrios do setor de rochas e granitos sobre a utilidade das ferramentas de comunicao na divulgao de suas empresas.

Quase a mesma coisa, no ? Quase! A mudana principal a palavra conhecer, um verbo. Enquanto o problema de pesquisa apresentado em forma de pergunta, o objetivo apresentado com um verbo.

Exemplo 2

Tema: "O fumo e as doenas periodontais"

Problema: "Existe relao entre o hbito de fumar e o fator de risco para as doenas periodontais?"

Exemplo 3

Tema: "Trnsito na cidade de So Paulo"

Problema: "O uso do sistema de semforos inteligentes na cidade de So Paulo trouxe impacto positivo para a fluidez do trnsito nos horrios de maior deslocamento de veculos?"

Como pudemos observar nos exemplos, os problemas de pesquisa devem ser formulados com tal grau de clareza e especificidade que, aps a sua demarcao, se torne mais fcil determinar que tipo de pesquisa devemos realizar para obter a resposta ao problema. Finalmente, depois de determinar com exatido o problema de pesquisa, no se esquea de refletir acerca das seguintes questes:

a)esse problema novo? (ou seja, ser que j no foram realizadas diversas pesquisas bem-sucedidas com a mesma questo que voc formulou?);

b)esse problema relevante social ou cientificamente? (ou seja, existe alguma justificativa razovel para a realizao de sua pesquisa?);

c)esse problema pode ser respondido, dado o atual nvel de desenvolvimento da rea cientfica em questo? (no formule questes cuja operacionalizao seja impossvel em virtude de restries oramentrias ou tecnolgicas).

2 PASSO: DETERMINANDO OBJETVOS, JUSTIFICATIVA E HIPTESES

O objetivo de toda pesquisa, de uma maneira geral, ser responder ao problema formulado no passo anterior, levando em considerao alguns fatores importantes, como o tempo e os recursos disponveis para a realizao da pesquisa, a experincia anterior do pesquisador, as necessidades do programa de pesquisa ao qual o pesquisador estar vinculado, entre outros.

Para facilitar a execuo de seu trabalho, o pesquisador define tambm objetivos especficos para a pesquisa. Os objetivos especficos dizem o que o pesquisador ter de fazer para alcanar o objetivo principal ou geral da pesquisa. Vejamos:

Normalmente, os objetivos so definidos em dois nveis distintos: geral e especfico. Assim, toda pesquisa cientfica ter um nico objetivo geral e um ou mais objetivos especficos, como no exemplo a seguir:

Objetivo geral: determina o que se pretende realizar para obter resposta ao problema proposto, de um ponto de vista geral. Nesse caso utilizam-se verbos abrangentes como 'avaliar', 'analisar', 'investigar' etc. O objetivo geral deve ser amplo e passvel de ser desmembrado em objetivos especficos.

Objetivos especficos: determina os aspectos a serem estudados, necessrios ao alcance do objetivo geral. E a definio daquilo que pode ser cobrado ao final do trabalho (verificvel). So objetivos intermedirios e instrumentais que, num mbito mais concreto, permitem atingir o objetivo geral. Os verbos devem ser de carter operacional, como: 'identificar', 'medir', 'verificar'.

-Tema: "A mdia televisiva e a formao de opinio eleitoral".

-Problema: "Os debates polticos televisivos em vsperas de eleies influenciam de maneira decisiva a inteno de voto do eleitor brasileiro?"

-Objetivo Geral: Determinar o grau de influncia dos debates polticos televisivos sobre a inteno de voto dos eleitores brasileiros".

-Objetivos Especficos:

a) Mensurar os ndices de audincia desses programas junto ao pblico eleitor;

b) Determinar distines de classe social, em razo do grau de influncia desses programas;

c) Verificar se h relao entre as variveis gnero, grau de instruo e outras caractersticas demogrficas e o grau de influncia sobre a inteno de voto".

Justificativa: deve demonstrar a importncia da problemtica, com a apresentao das razes em

defesa do estudo, da relao do tema/problema com o contexto social, da justificao no plano terico e prtico, da fundamentao da viabilidade da pesquisa e das referncias aos possveis aspectos inovadores do trabalho.

Neste captulo justificada a relevncia do tema para a rea do conhecimento cientfico qual o trabalho est vinculado. A pergunta chave deste captulo "por que esta pesquisa deve ser realizada?"

Nenhum pesquisador acorda pela manh e diz Ah, vou pesquisar sobre tal problema!, assim, sem mais nem menos. A pesquisa cientfica gira em torno de uma dvida, em torno de questes que nos inquietam e que, por isso mesmo, gostaramos de ter respostas para elas. Assim, se um pesquisador procura respostas para determinado problema, esse problema surge em decorrncia de uma motivao, um interesse, um desejo pessoal.

Pesquisamos apenas aquilo que consideramos importante para ns, para a humanidade ou para a nossa rea de conhecimento. Ao escrever o projeto de sua monografia ou artigo, voc dever explicitar os motivos pessoais que o levaram a trabalhar com o problema de pesquisa que definiu para si. Em seguida, apresentar o problema de pesquisa, apontando a importncia da realizao de tal estudo, mas no apenas para voc. O que realmente constri uma justificativa so os argumentos que substanciam o esforo para compreender melhor os fenmenos e suas interaes. Neste sentido, estamos contribuindo para a construo do saber e o avano do conhecimento!

3 PASSO DELIMITANDO O TIPO DE PESQUISA

PESQUISA QUANTI-QUALITATIVA: mtodo que associa anlise estatstica investigao dos significados das relaes humanas, privilegiando a melhor compreenso do tema a ser estudado facilitando assim a interpretao dos dados obtidos (FIGUEIREDO, 2007, p. 95).

Para Poli e Hungler (1995, p. 277), a abordagem quanti-qualitativa aquela que permite a complementao entre palavras e nmeros, as duas linguagens fundamentais da comunicao humana.

Segundo o objetivo geral (tipo de pesquisa)

Diehl e Tatim (2004)

Exploratria

Descritiva

Explicativa

EXPLORATRIA: tratam-se de pesquisas que geralmente proporcionam maior familiaridade com o problema, ou seja, tm o intuito de torn-lo mais explicito. Seu principal objetivo o aprimoramento de idias ou a descoberta de intuies (FIGUEIREDO, 2007, p. 91).

Selltiz et al (apud GIL, 1991, p. 45), ao referir-se pesquisa exploratria, afirma que:

Na maioria dos casos so pesquisas que envolvem: levantamento bibliogrfico, entrevista com pessoas que tiveram experincias prticas com o problema pesquisado e anlise de exemplos que estimulem a compreenso.

Embora o planejamento da pesquisa exploratria seja bastante flexvel, na maioria dos casos pode assumir a forma de pesquisa bibliogrfica ou estudo de caso.

Trivios (1987, p. 109):

[...] o estudo exploratrio possibilita ao pesquisador captar conhecimentos e comprovaes tericas, a partir de investigaes de determinadas hipteses avaliadas dentro de uma realidade especfica, podendo proporcionar o levantamento de possveis problemas ou o desenvolvimento posterior de uma pesquisa descritiva ou ainda experimental.

Para Borges (2006, p. 84) a pesquisa exploratria mostra o tema de forma mais ampla. Contm procedimentos informais de coleta de dados, onde se tem uma noo muito vaga do problema e se deseja conhecer o fenmeno. Ex: conversa com especialistas, consulta banco de dados, levantamento bibliogrfico, etc.

Na viso de Diehl e Tatim (2004, p. 53-54) a exploratria:

[...] tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou a construir hipteses. Na maioria dos casos, envolve o levantamento bibliogrfico, a realizao de entrevistas com pessoas que possuem experincia prtica com o problema pesquisado e a anlise de exemplos que estimulem a compreenso.

Exemplos: 1. Estudo comparativo da forma tributria do imposto de renda das pessoas jurdicas.

2. Anlise da capacidade de transferncia das estratgias e comunicaes do mercado

domstico para os mercados externos.

DESCRITIVA: as pesquisas descritivas tm como o principal objetivo a descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno, ou ento o estabelecimento de relaes entre variveis obtidas por meio de utilizao de tcnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionrio e a observao sistemtica. Essas pesquisas so, juntamente com as exploratrias, as que habitualmente so realizadas pelos pesquisadores sociais preocupados com a atuao prtica. So tambm as mais solicitadas por organizaes como instituies educacionais, empresas comerciais, partidos polticos etc. Elas pretendem descrever com exatido os fatos e fenmenos de determinada realidade, o que exige do pesquisador uma srie de informaes sobre o que se deseja pesquisar, como por exemplo a populao, a amostra, os objetivos do estudo, as hipteses/pressupostos e as questes de pesquisa (TRIVIOS, 1987, p. 110).

Segundo Borges (2006, p. 85) uma pesquisa descritiva aquela que d uma idia bastante precisa da natureza do tema, contendo procedimentos formais de coleta de dados. Possui objetivos bem definidos. Usada quando se deseja descrever as caractersticas de um fenmeno.

Esse o tipo de pesquisa tecnicamente mais usada em Marketing, pois oferece dados tcnicos para a tomada de deciso. Ex.: pesquisas de campo (entrevistas nas ruas...), pesquisa com clientes, etc.

J para Diehl e Tatim (2004, p. 54) a pesquisa descritiva:

tem como objetivo primordial a descrio das caractersticas

de determinada populao ou fenmeno ou, ento, o estabelecimento de relaes entre variveis. So inmeros os estudos que podem ser classificados como pesquisa descritiva, e uma de suas caractersticas mais significativas a utilizao de tcnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionrio e observao sistemtica.

Exemplos: 1. Auditoria contbil do balano patrimonial da empresa X.

2. Levantamento sobre o clima organizacional.

EXPLICATIVA: as pesquisas explicativas tm a finalidade de identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrncia dos fenmenos. Esse o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica razo dos fatos.

Uma pesquisa explicativa pode ser a continuao de uma pesquisa descritiva, visto que a identificao dos fatores que determinam um fenmeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado (FIGUEIREDO, 2007, p. 93).

Segundo Borges (2006, p.85) em seu livro entendendo o marketing, a pesquisa explicativa chamada de Experimental:

utilizada para se descobrir causa e efeito de um problema, quando se deseja analisar as causas ou conseqncias de um fenmeno. (pode ser tanto quanto quantitativa como qualitativa).

Exemplos:

1. Quais sero os efeitos se mudar o preo do produto?

2. Qual o motivo (a causa) de o produto no vender mais?

Curiosidade: a literatura de pesquisa de marketing vasta e acaba gerando nomes diferentes para um determinado tema. Isso ocorre com a pesquisa explicativa, a qual tambm conhecida por experimental ou ainda causal.

Segundo o propsito (tipo de pesquisa)

Diehl e Tatim (2004)

Aplicada

Avaliao de resultados

Avaliao formativa

Proposio de planos

Pesquisa diagnstico

Bsica

Considerando as peculiaridades dos estudos desenvolvidos em nvel de estgio supervisionado ou de trabalho de concluso de curso, realizados no contexto organizacional, Roesch prope uma tipologia de pesquisa com vistas a auxiliar na melhor explicitao do propsito a ser atingido, que compreende a pesquisa aplicada, a avaliao de resultados, a avaliao formativa, a proposio de planos e a pesquisa-diagnstico, a seguir sumariamente caracterizadas.

PESQUISA APLICADA - Diehl e Tatim (2004, p. 55)

Embora se apresente como uma possibilidade interessante, dificilmente a pesquisa aplicada utilizada num projeto de prtica profissional, que em geral se atm a problemas especficos de organizaes. Deve incluir uma preocupao terica.

Exemplos: 1. Aplicao de tcnicas de simulao ao oramento empresarial.

2. Fatores psicolgicos dos acidentes de trabalho.

AVALIAO DE RESULTADOS - Diehl e Tatim (2004, p. 55-56)

Nesse caso, avaliar significa atribuir valor a alguma coisa. importante, pois, estabelecer critrios claros de avaliao no projeto e definir de que ponto de vista ela ser feita. Avaliar envolve tambm uma comparao.

A comparao pode ser entre uma situao anterior e a posterior utilizao de determinado sistema ou plano. Por outro lado, a comparao pode se dar no momento em que se introduz um sistema novo de trabalho em grupo na fbrica A mas se mantm o sistema tradicional na fbrica B da mesma empresa.

Posteriormente analisa-se a diferena em termos da satisfao dos funcionrios ou da produtividade. Em termos operacionais, projetos de prtica profissional do tipo avaliao de resultados so raros, dadas as condies necessrias para sua realizao.

Na verdade, preciso ter decorrido algum tempo aps a implementao de um projeto ou sistema para que haja condies de avali-lo. Alm disso, necessrio obter informaes sobre a situao anterior para poder efetuar a comparao.

Exemplos: 1. Avaliao da rentabilidade da empresa.

2. Variao no volume de vendas de um produto antes e depois de determinada campanha de propaganda.

AVALIAO FORMATIVA - Diehl e Tatim (2004, p. 56)

Nesse tipo de projeto, o propsito melhorar ou aperfeioar sistemas ou processos. A avaliao formativa normalmente implica um diagnstico do sistema atual e sugestes para sua reformulao, por isso requer certa familiaridade com o sistema e, idealmente, a possibilidade de implementar as mudanas sugeridas e observar seus efeitos. um dos tipos mais escolhidos pelos alunos que trabalham e identificam problemas ou oportunidades de melhoria em sua organizao.

Exemplos: 1. Reviso do sistema de auditoria interna da empresa.

2. Reformulao da estrutura de distribuio da empresa.

PROPOSIO DE PLANOS - Diehl e Tatim (2004, p. 56)

H vrios exemplos de projetos cujo propsito apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar problemas organizacionais. Alguns visam burocratizar e controlar sistemas; outros buscam maior flexibilidade.

Exemplos: 1. Planejamento financeiro da empresa X.

2. Elaborao de um plano de marketing para uma empresa comercial.

PESQUISA-DIAGNSTICO - Diehl e Tatim (2004, p. 57)

H muitas possibilidades de projetos que visam ao diagnstico interno ou do ambiente organizacional, em todas as reas. Pesquisas que tm como meta diagnosticar uma situao organizacional geralmente no acarretam custos muito altos, mas so dificultadas pela questo da confidencialidade dos dados ou pela desconfiana do empresrio, que tem de abrir informaes para os estagirios.

A pesquisa-diagnstico atrai principalmente alunos interessados na rea de anlise administrativa (administrao geral), j que esta apresenta um conjunto de tcnicas e instrumentos de anlise que permitem no s o diagnstico, como tambm a racionalizao dos sistemas.

Exemplos: 1. Diagnstico econmico-financeiro da empresa X.

2. Mercados potenciais para a empresa X.

PESQUISA BSICA

Objetiva gerar conhecimentos novos teis para o avano da cincia sem aplicao prtica prevista.

Segundo o procedimento tcnico ou estratgia de pesquisa

(Diehl e Tatim (2004)

Bibliogrfica

Documental

Ex-post-facto

Pesquisa de levantamento

Estudo de caso

Pesquisa-ao

Pesquisa participante

Experimental

Tendo em vista a necessidade de analisar os fatos do ponto de vista emprico, preciso traar um modelo conceitual e operativo de pesquisa, relativo ao planejamento do trabalho em sua dimenso mais ampla, que envolve tanto a diagramao quanto a previso de coleta e a interpretao dos dados. Tomando como principal elemento de identificao a coleta de dados, podem-se definir dois grandes grupos de pesquisa: aquelas que se valem das chamadas 'fontes de papel' e aquelas cujos dados so fornecidos por pessoas. No primeiro grupo, esto a pesquisa bibliogrfica e a documental, e, no segundo, a ex-post-facto, a levantamento, o estudo de caso, a pesquisa-ao e a pesquisa participante.

PESQUISA BIBLIOGRFICA - Diehl e Tatim (2004, p. 58-59)

desenvolvida a partir de material j elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, h pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliogrficas. As principais fontes bibliogrficas so livros de leitura corrente, livros de referncia (dicionrios, enciclopdias, anurios, almanaques), publicaes peridicas e impressos diversos. Entre suas vantagens est o fato de que os documentos constituem fonte rica e estvel de dados. Corno a anlise dos documentos, em muitos casos, alm da capacidade do pesquisador, exige apenas disponibilidade de tempo, o custo da pesquisa bibliogrfica torna-se significativamente baixo quando comparado com o de outras pesquisas.

Outra vantagem no exigir contato com os sujeitos da pesquisa. sabido que, em muitos casos, o contato com os sujeitos difcil ou at mesmo impossvel, ao passo que, em outros, a informao proporcionada pelos sujeitos prejudicada pelas circunstncias que envolvem o contato.

Entre suas limitaes est a possibilidade de no representatividade e a subjetividade dos documentos.

Exemplos: 1. Percia contbil trabalhista: aspectos legais, tcnicos e ticos.

2. Dificuldades no processo de sucesso de empresas familiares.

PESQUISA DOCUMENTAL - Diehl e Tatim (2004, p. 59)

Esse tipo de pesquisa assemelha-se pesquisa bibliogrfica. A diferena fundamental entre ambas a natureza das fontes.

Enquanto a pesquisa bibliogrfica se utiliza fundamentalmente das contribuies de diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda no receberam tratamento analtico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com o objetivo do trabalho.

Exemplos: 1. Diagnstico econmico-financeiro da empresa X.

2. Custo e formao do preo de venda do produto da empresa X.

PESQUISA EX-POST-FACTO - (Diehl e Tatim (2004, p. 59)

Trata-se de um 'experimento' que se realiza depois dos fatos. Na verdade, no consiste rigorosamente de um experimento, posto que o pesquisador no tem controle sobre as variveis. Todavia, os procedimentos lgicos de delineamento ex-post-facto so semelhantes aos dos experimentos propria-

mente ditos.

Na essncia, nesse tipo de pesquisa, so tomadas como experimentais situaes que se desenvolveram naturalmente e trabalha-se sobre elas como se estivessem submetidas a controles.

Exemplos: 1. Produtividade do setor X aps a implantao do programa de manuteno preventiva.

2. Desempenho do quadro funcional aps a implantao de um programa de treinamento.

PESQUISA DE LEVANTAMENTO - Diehl e Tatim (2004, p. 60)

As pesquisas desse tipo caracterizam-se pelo questionamento direto das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se solicitao de informaes a um grupo significativo de indivduos acerca do problema estudado para, em seguida, mediante anlise quantitativa, obter-se as concluses correspondentes aos dados coletados.

Quando o levantamento recolhe informaes de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo.

So extremamente teis, pois proporcionam informaes gerais acerca das populaes, indispensveis em boa parte das investigaes sociais.

Dentre as principais vantagens dos levantamentos esto: conhecimento direto da realidade, economia e rapidez e possibilidade de quantificao.

E dentre suas principais limitaes esto: nfase nos aspectos perceptivos, reduzida profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais e limitada apreenso do processo de mudana. Considerando as vantagens e as limitaes expostas, os levantamentos so mais adequados para estudos descritivos.

So muito teis para o estudo de opinies e atitudes, porm pouco indicados no estudo de problemas referentes a relaes e estruturas sociais complexas.

Exemplos: 1. Perfil dos escritrios de contabilidade da regio X.

2. Pesquisa mercadolgica para telefonia mvel celular.

ESTUDO DE CASO - Diehl e Tatim (2004, p. 61)

Caracteriza-se pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossvel mediante os outros delineamentos considerados. Atualmente adotado na investigao de fenmenos das mais diversas reas do conheci-

mento, o estudo de caso pode ser visto como tcnica psicoterpica, como mtodo didtico ou como mtodo de pesquisa.

Neste ltimo sentido pode ser definido como um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo social de uma unidade, em suas diversas relaes internas e em suas fixaes culturais, quer essa unidade seja uma pessoa, uma famlia, um profissional, uma instituio social, uma comunidade ou uma nao.

O estudo de caso apresenta uma srie de vantagens, o que faz com que se torne o delineamento mais adequado em vrias situaes. Suas principais vantagens so: o estmulo a novas descobertas, a nfase na totalidade e a simplicidade dos procedimentos.

Entre as limitaes apresentadas pelo estudo de caso, a mais grave refere-se dificuldade de generalizao dos resultados obtidos. Por essa razo cabe lembrar que, embora se processe de forma relativamente simples, ele pode exigir do pesquisador nvel de capacitao mais elevado que o requerido para outros tipos de delineamento.

Exemplos:1. Influncia da poltica de administrao de recursos humanos sobre o nvel de

satisfao do quadro funcional da empresa X.

2. Cultura organizacional e perfil gerencial na empresa X.

PESQUISA-AO - Diehl e Tatim (2004, p. 62)

definida como um tipo de pesquisa com base emprica que concebida e realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um problema coletivo e na qual os pesquisadores e participantes representativos da situao ou do problema esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

PESQUISA PARTICIPANTE - Diehl e Tatim (2004, p. 62)

Assim como a pesquisa-ao, caracteriza-se pela interao entre os pesquisadores e os membros das situaes investigadas. Envolve, alm da distino entre cincia popular e cincia dominante, posies valorativas, derivadas sobretudo do humanismo cristo e de certas concepes marxistas. Ademais, mostra-se bastante comprometida com a minimizao da relao entre dirigentes e dirigidos, e por essa razo tem-se voltado, notadamente, para a investigao junto a grupos desfavorecidos, tais como os constitudos por operrios, camponeses, ndios etc.

PESQUISA EXPERIMENTAL

Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variveis que seriam capazes de influenci-lo, definem-se as formas de controle e de observao dos efeitos que a varivel produz no objeto.

4 PASSO: CONSTRUINDO A REVISO DA LITERATURA

Chegamos, ento, ao ponto de finalmente "pr a mo na massa". A partir daqui, comearemos a construir o arcabouo terico de nossa pesquisa, isto , procederemos a uma extensa e detalhada investigao acerca das ideias norteadoras do tema que escolhemos. Alguns autores diferem esse procedimento como "estabelecer um marco terico". Basicamente, o pesquisador deve realizar um levantamento bibliogrfico aprofundado nos peridicos e em outras fontes fidedignas de informaes (livros, documentos, mdias eletrnicas etc), visando produzir um texto que explicar ao leitor todo o

histrico do problema proposto, os contextos terico, tcnico e social nos quais o problema se insere, bem como os principais conceitos, autores e idias relacionados a ele.

conveniente lembrar que esse passo comea aqui, porm no termina com o incio do passo posterior, ou seja, at o final de todo o processo de pesquisa, o pesquisador provavelmente permanecer construindo, ajustando e redimensionando esse texto introdutrio.

De acordo com Melo o objetivo da reviso da literatura fornecer a base terica e emprica para a formulao das hipteses. Por essa razo, deve incluir o esquema terico em que as hipteses se baseiam, bem como referncias a outras pesquisas relacionadas ao tema e ao problema.

A reviso deve-se limitar s contribuies mais importantes diretamente ligadas ao assunto, com a meno ao nome de todos os autores no texto ou em notas e, obrigatoriamente, nas referncias bibliogrficas. Ainda, alm do exame das correntes tericas, deve definir aquela que ser utilizada, com a apresentao das questes ou hipteses a serem trabalhadas.

Uma vez definida a problemtica da pesquisa e o motivo que o levam a pesquis-la, o pesquisador levanta informaes a respeito de tal problema e como ele pode ser explicado. Procuramos as explicaes j existentes e as tentativas de buscar um entendimento mais sistematizado sobre o problema, suas possveis causas e seus efeitos nas pessoas, nas instituies e na sociedade.

Estamos falando sobre a fundamentao, quadro ou referencial terico de uma pesquisa! Na fundamentao terica, o pesquisador d informaes sobre o que j foi produzido sobre o fenmeno que ele pretende estudar. Quando voc apresenta idias e teorias, preciso deixar claro por que elas esto sendo citadas, no que contribuem e/ou de que forma se relacionam com o fenmeno que ser investigado.

Dessa forma, preciso identificar materiais existentes como livros, documentos, artigos, monografias, dissertaes, teses. Portanto, a leitura e explorao so hbitos que devem ser cultivados pelo pesquisador. Ao analisar o material consultado, o pesquisador pode, tambm, apresentar questes alternativas que podem ser estudadas dentro desse referencial.

5 PASSO: ESCOLHENDO OS SUJEITOS DA PESQUISA - AMOSTRA

O sujeito de pesquisa, o ente objeto da investigao. Trata-se da unidade funcional daquilo que ser pesquisado. O sujeito (ou unidade observacional/experimental) pode ser uma pessoa, um animal, um metro quadrado de cana-de-acar, uma empresa, um tipo de pea utilizado na fabricao de automveis etc. Evidentemente, nem todas as pesquisas possuem sujeitos desse tipo: trabalhos descritivos documentais, por exemplo, no possuem sujeitos - so os chamados trabalhos de reviso bibliogrfica, que se restringem a apresentar um apanhado geral das ideias acerca de determinado tema, em um dado momento.

Outra possibilidade refere-se realizao do chamado "estudo de caso", cujo escopo consiste na anlise de um nico sujeito de pesquisa. Os estudos de caso normalmente so pesquisas descritivas, cuja finalidade compreender intensivamente um fenmeno tpico, presumindo-se que, posteriormente, a partir desse estudo, novas pesquisas possam ser realizadas, dessa vez com maior nmero de sujeitos.

Esse tipo de estudo tem particularidades que permitiriam classific-lo em um enquadramento mais qualitativo e exploratrio, uma vez que seu objetivo investigar "um fenmeno contemporneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenmeno e o contexto no esto claramente definidos" (YIN, 2001, p. 32).

Dizendo de outra forma: quando o nosso conhecimento acerca do fenmeno a ser investigado por demais incipiente, convm realizar um estudo de caso para compreender melhor quais so as variveis envolvidas, as caractersticas bsicas do fenmeno etc. De qualquer forma, quando nossa pesquisa tem sujeitos, devemos necessariamente refletir sobre duas questes bsicas:

a) Quais sero os critrios de incluso na amostra?

b) Como os sujeitos sero selecionados para participar da amostra?

A primeira questo refere-se ao fato de que toda pesquisa deve definir muito bem os parmetros norteadores do universo potencial de sujeitos que sero escolhidos. Por exemplo: se nossa pesquisa versa sobre os "hbitos de lazer dos idosos moradores da zona oeste da cidade de So Paulo", definiramos que, para serem sujeitos em potencial, os indivduos devem atender aos seguintes requisitos operacionais:

- serem moradores da zona oeste da cidade de So Paulo (ou serem moradores dos bairros x, y e z);

- terem nascido antes de dezembro de 1945 etc.

A segunda questo, um tanto mais complexa, nos convida a definir o(s) processo(s) por meio do(s) qual(is) os sujeitos, tendo sido classificados como admissveis pelos critrios de incluso, sero efetivamente selecionados para participar do nosso estudo.

PLANO DE AMOSTRAGEM

Quando nos referimos ao termo amostragem, estamos nos endereando questo de como os sujeitos sero selecionados para participar de uma pesquisa. Mas, antes de explorarmos melhor esse assunto, necessrio revisarmos dois conceitos fundamentais da estatstica: amostra e populao.

Populao:Totalidade de pessoas, animais, objetos, situaes etc. que possuem um conjunto de caractersticas comuns que os definem. Podemos fixar como populao todos os indivduos de determinada nacionalidade ou que residam em certa cidade ou mesmo que possuam uma srie de caractersticas definidoras simultneas especficas - algo como todas as mulheres entre 25 e 35 anos, portadoras de diabetes tipo I, pertencentes s classes sociais C, D ou E e moradoras do estado de So Paulo.

Amostra: Subconjunto de sujeitos extrado de uma populao por meio de alguma tcnica de amostragem. Quando essa amostra representativa dessa populao, supe-se que tudo que concluirmos acerca dessa amostra ser vlido tambm para a populao como um todo. A maioria esmagadora das pesquisas lida com amostras e no com populaes, e a grande exceo o censo no qual todos os indivduos integrantes de uma populao so estudados. claro que, dependendo do tamanho da populao, essa tarefa seria impossvel ou extremamente dispendiosa. Sendo assim, as diversas tcnicas de amostragem revelam-se indispensveis quando temos de realizar nossas pesquisas. As amostras podero ser de 2 tipos: probabilsticas e no-probabilsticas.

AMOSTRA PROBABILSTICA

a probabilidade de amostra representar a populao. Em princpio, todos os sujeitos tm a mesma probabilidade de serem escolhidos para entrevista. A seguir sero demonstrados os tipos de amostra probabilstica.

a) amostragem aleatria simples: nessa forma, a amostra selecionada de maneira que a escolha de um membro da populao no afete a probabilidade de seleo de qualquer outro membro. Ou seja, cada membro da populao tem chances iguais de ser selecionado para a amostra. Normalmente, esse

b) tipo de amostragem s pode ser realizado quando temos acesso ao registro individual de cada membro da populao estudada, para que possa ser realizado um sorteio.

c) amostragem estratificada: quando ocorre a possibilidade de os sujeitos de determinada populao serem subdivididos em estratos ou subclasses distintas, pode-se constituir uma amostra para cada uma dessas subclasses. Esse procedimento melhora a eficincia amostrai, na medida em que as amostras estratificadas tendem a refletir melhor a realidade da populao estudada, sob determinado ponto de vista. Por exemplo: deseja-se averiguar a opinio dos estudantes de determinada universidade sobre o mercado de trabalho. Porm essa universidade oferece dois cursos com caractersticas muito distintas: direito e contabilidade. Assim, decide-se constituir duas amostras aleatrias simples separadas: a dos estudantes de direito e a dos estudantes de contabilidade. A amostra estratificada pode ser proporcional (quando o nmero de sujeitos selecionados em cada grupo proporcional ao nmero de integrantes da populao) ou no-proporcional (quando o nmero de sujeitos selecionados em cada grupo no proporcional ao nmero de integrantes da populao). Evidentemente, sempre que possvel, deve-se optar pela amostragem proporcional.

d) amostragem sistemtica: nesse tipo de amostragem probabilstica, a expanso da amostra se d sistematicamente por meio de algum critrio posicional aplicado lista original de integrantes da populao. Por exemplo: em uma populao de mil funcionrios de uma empresa, deseja-se extrair cem sujeitos para a amostra. Essa seleo realizada gerando-se uma lista aleatria dos funcionrios da empresa e selecionando cada dcimo indivduo da lista. Alternativamente, pode-se arranjar a lista populacional de acordo com algum critrio previamente estabelecido e que tenha relao com as variveis pesquisadas, como a receita gerada por cada funcionrio, o salrio, etc.

e) amostragem por conglomerados: tipo de amostragem probabilstica realizado em duas ou mais etapas. geralmente utilizado quando o pesquisador no tem acesso a uma lista completa dos integrantes da populao, mas sim aos subgrupos (chamados de conglomerados) dessa mesma populao. Por exemplo: deseja-se pesquisar as caractersticas dos estudantes do ensino mdio de escolas particulares na cidade de So Paulo.

A lista desses estudantes no est disponvel, mas, por outro lado, possvel obter uma lista das escolas particulares de ensino mdio (conglomerados de estudantes). Em uma primeira etapa, so sorteadas cinco escolas para participar do estudo.

Conseguindo-se a lista de alunos dessas escolas, so sorteados, ento, cem estudantes de cada uma para compor a amostra final (segunda etapa da amostragem) - que leva o nome de amostra por conglomerados.

f) amostragem de mltiplos estgios: tipo de amostragem probabilstica bastante sofisticado, no qual vrias etapas so realizadas at que se obtenha a amostra final. Por exemplo: digamos que a amostra necessria seja composta por integrantes de uma determinada regio - por exemplo, o estado de Minas Gerais. Em um primeiro estgio, ser desenvolvida uma amostra de municpios na qual cada cidade possui uma determinada probabilidade, proporcional ao tamanho da sua populao, de constar da amostra (at aqui, o procedimento idntico ao da amostragem por conglomerados). Assim, os municpios maiores, como Belo Horizonte, por exemplo, tero maiores chances de compor a amostra do que municpios menores. Em um segundo estgio, obtm-se uma amostra por conglomerados dos bairros ou distritos de cada municpio. No terceiro estgio, seleciona-se uma amostragem sistemtica das residncias desses bairros e, finalmente, no quarto estgio, uma amostra aleatria simples de indivduos obtida a partir da amostra anterior.

AMOSTRA NO-PROBABILSTICA

Quando se desconhece a probabilidade de a amostra representar a populao, no se podendo calcular com preciso a chance de um determinado membro da populao ser selecionado. Em virtude disso, no se calcula a amostra, pois no existe uma probabilidade de ela representar a populao.

a) amostragem bola de neve (snowball): nesse tipo de amostragem no-probabilstica intencional, um sujeito (selecionado de forma intencional ou de acordo com a convenincia do pesquisador) indica outro sujeito para integrar a amostra. A amostragem bola de neve pode ser utilizada quando se tratar de uma populao altamente especializada e de pequeno nmero de integrantes. Por exemplo: os sujeitos potenciais so mdicos-cirurgies especializados em um determinado tipo de procedimento. O pesquisador comea por um sujeito, que indica um ou mais sujeitos para compor a amostra. Outra variao desse tipo de amostra ocorre quando os prprios sujeitos so solicitados a repassar um questionrio (ou outro tipo de instrumento de pesquisa) para outros, que eles prprios indicaram.

b) amostragem por convenincia: tipo de amostragem no-probabilstica no qual os sujeitos so escolhidos para compor a amostra de acordo com a convenincia ou facilidade do pesquisador. Esse tipo de amostragem deve ser utilizado com muita reserva, por causa de suas deficincias inferenciais. Pode ser utilizado, por exemplo, em um levantamento prvio da prpria pesquisa principal, com a finalidade de testar a eficincia ou adequao de um instrumento de pesquisa.

c) amostragem por quotas: tipo de amostragem no-probabilstica por convenincia no qual esto presentes restries ou parmetros preestabelecidos para o nmero de sujeitos de cada amostra. Por exemplo: no planejamento da amostragem, pode-se definir que uma amostra deve conter apenas homens com idade entre 25 e 30 anos, outra amostra com mulheres acima de 20 anos etc. Como toda amostra no-probabilstica, apresenta deficincias inferenciais.

UNIVERSO E AMOSTRA (Borges, 2006, p. 85)

Nem sempre possvel entrevistar a todos, por isso, em pesquisa se trabalha com o universo e a amostra.

Universo = representa o TODO do objetivo a ser estudado (a Populao).

Ex.: Cidade de Pelotas 360.000 habitantes

Amostra = a PARTE representativa do todo que ser investigada. (parte da Populao)

Ex.: Amostra de 400 entrevistados em Pelotas.

VARIVEIS USADAS PARA O CLCULO AMOSTRAL

Como a amostra representa a populao, em pesquisas Probabilsticas deve-se calcular o tamanho da amostra para sabermos a probabilidade certa de ela representar uma populao.

O tamanho da amostra depende dos seguintes fatores:

Amplitude do Universo: a amplitude do universo o seu tamanho, dividido em finito ou infinito. Um universo finito aquele com at 100.000 unidades (pessoas, instituies, produtos...) e infinito aquele com mais de 100.000 unidades.

Ex.: 650 alunos de uma escola universo finito.

131.000 habitantes universo infinito.

Nvel de Confiana: o nome dado a uma estatstica que mede a probabilidade de uma amostra representar uma populao. Essa estatstica extrada da chamada curva de Gauus usada para os clculos amostrais em Estatstica.

Erro de Estimao: os resultados da amostra no conseguem ser rigorosamente exatos em relao ao universo que se pretende representar, com isso supe-se um erro de medio.

Nvel de confiana

Sigma = 2

Erro de estimao E2

68%

1

Aqui se tem a opo

95%

1,96

De escolha

95,5%

2

99,7%

3

4, 5 ou 6

Segundo Richardson (1999), para se calcular a amostra deve se usar a seguinte frmula:

n = 2 . p . q . N

E2 (N 1) + 2 . p . q

Onde:

n = Tamanho da amostra. (resultado que ser pesquisado)

N= Tamanho da populao. (valor cheio = universo ou populao)

2 = Nvel de confiana escolhido, em nmeros de desvios (sigmas).

p = Proporo das caractersticas pesquisadas no universo, calculada em percentagem = 50.

q = Proporo do universo que no possui a caracterstica pesquisada (q = 100 p), em porcentagem.

E2 = Erro de estimao permitido.

6 PASSO: DETERMINANDO OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS - tcnica

Agora que voc j tem uma noo precisa de quais sero os sujeitos participantes do seu estudo, o prximo passo ser determinar como extrair deles as informaes de que precisa para resolver o problema de pesquisa. Para obter informaes dos sujeitos, normalmente fazemos uso de instrumentos ou tcnicas de coleta de dados.

Um instrumento de pesquisa pode ser um microscpio (se nosso sujeito for uma cultura de bactrias, por exemplo), um esfigmo-manmetro (aparelho para medir a presso sangunea), um termmetro etc. Nas cincias sociais, os instrumentos normalmente so questionrios, inventrios, testes psicomtricos, entre outros.

Outra questo importante nessa etapa especificar como esses instrumentos sero utilizados, ou seja, quais sero os procedimentos para a coleta dos dados: os sujeitos preenchero os prprios questionrios ou sero entrevistados? Haver um tempo limite para a aplicao do questionrio? etc.

Instrumentos de coleta

Existem infinitas formas de coletar dados de pesquisa - e isso ocorre porque h inmeras possibilidades quanto aos prprios instrumentos de pesquisa. De maneira geral, podemos definir o termo "instrumento de pesquisa" como um procedimento, mtodo ou dispositivo (aparelho) que tenha por finalidade extrair informaes de uma determinada realidade, fenmeno ou sujeito de pesquisa. Dessa forma, uma entrevista, um microscpio, um teste de inteligncia ou mesmo a simples observao podem ser considerados exemplos de instrumentos de pesquisa.

Evidentemente que, nas cincias humanas, os trs tipos de instrumentos mais comuns so as entrevistas, os questionrios e a observao direta dos fenmenos - motivo pelo qual abordamos essas trs possibilidades com mais detalhes, dando especial ateno aos questionrios, por serem provavelmente a forma predominante de coleta nas cincias humanas, alm de terem igualmente grande relevncia na rea da sade.

ENTREVISTA: uma entrevista um procedimento de coleta de dados que envolve o encontro de duas pessoas - entrevistador e entrevistado. Trata-se de um procedimento relativamente comum nas investigaes sociais, podendo ser realizado face a face ou distncia (telefone, chat). Basicamente, h trs grandes tipos de entrevistas:

- as entrevista estruturadas (o pesquisador segue um roteiro de perguntas previamente estipuladas, no estando livre para adapt-las ou mesmo coletar informaes no solicitadas);

- as semi-estruturadas (h um roteiro previamente estabelecido, mas tambm h um espao para a elucidao de elementos que surgem de forma imprevista ou informaes espontneas dadas pelo entrevistado);

- as no-estruturadas (no h roteiro preestabelecido, sendo que o entrevistador tem a liberdade de explorar o tema em um contexto de conversao informal).

Uma questo importante a ressaltar, no que se refere s entrevistas, a sua grande dependncia das habilidades relacionais e de comunicao do entrevistador de forma que entrevistas no-estruturadas devem ser realizadas apenas por pesquisadores experientes, pois demandam competncia tcnica, "presena de esprito" e vasto conhecimento do problema de pesquisa, bem como das variveis envolvidas no trabalho. Cabe ressaltar tambm o baixo grau de preciso e fidedignidade desse tipo de instrumento, quando se pretende realizar uma investigao de carcter predominantemente quantitativo.

OBSERVAO: a tcnica da observao uma das mais utilizadas nas reas de antropologia, psicologia, etologia (estudo do comportamento animal), marketing, entre outras. Trata-se de entrar em contato diretamente com o fenmeno estudado, utilizando, para isso, os rgos dos sentidos como ferramentas essenciais para a explorao de uma determinada realidade.

Imaginemos, por exemplo, uma investigao na qual os pesquisadores observam e registram o comportamento dos consumidores em supermercados: que produtos analisam, quanto tempo demoram em cada gndola, se lem ou no as especificaes dos produtos etc.

Em outra pesquisa, bilogos podem estar interessados em analisar os padres de interao e de acasalamento entre chimpanzs em situao de confinamento e para isso, observam e registram o dia-a-dia desses animais durante certo perodo de tempo. H diversas modalidades de observao. Contudo, de maneira geral, podemos classific-las de acordo com os seguintes critrios:

a)Segundo os meios utilizados na observao:

- diretos: a observao realizada diretamente, enquanto o fenmeno ocorre;

- indiretos: a observao realizada por meio de dispositivos eletrnicos (gravadores, cmeras de circuito fechado, filmadoras etc.) e pode ser feita em tempo real - caso em que denominada sncrona ou, alternativamente, os registros da observao podem ser analisados posteriormente e, nesse caso, a observao leva o nome de assncrona.

b)Segundo o mtodo utilizado na observao:

- observao sistemtica, trata-se do registro quantitativo cuidadoso de comportamentos especficos, escolhidos de antemo pelo pesquisador;

- observao assistemtica: todos os comportamentos dos sujeitos so registrados, uma vez que no

se sabe previamente quais caractersticas comportamentais so ou no relevantes para o estudo em questo.

c)Segundo a participao do observador:

- observao participante: aquela na qual o pesquisador, enquanto observa e registra, interage com os sujeitos observados. Essa modalidade de observao possibilita ao pesquisador experienciar os

eventos "por dentro", como se fosse um dos sujeitos;

- observao no-participante: o pesquisador no interage com os sujeitos observados. Nessa modalidade, ainda h duas possibilidades: na primeira, o pesquisador pode estar totalmente oculto e os sujeitos ignorarem a observao - nesse caso, denominada oculta (ou "no-obtrusiva") - ou, alternativamente, o pesquisador deixa-se perceber aos observados, porm se comporta como um ente externo situao observada, caso em que a observao leva o nome de no-oculta.

d)Segundo o contexto da observao:

- observao naturalstica: ocorre no ambiente natural do sujeito (campo), de forma no controlada;

- observao laboratorial: ocorre em ambientes controlados (laboratrio).

QUESTIONRIO: o questionrio um documento contendo uma srie ordenada de perguntas que devem ser respondidas pelos sujeitos por escrito, geralmente sem a presena do pesquisador. Podem ser entregues pessoalmente ou por fax, correio. e-mail ou mesmo assumir a forma de uma pgina na internet, na qual os sujeitos podem preencher as informaes solicitadas, que so, ento, recolhidas a uma base de dados especialmente projetada para essa finalidade.

Acerca desse tpico em especial, Hill e Hill (2002, p. 83) fazem a seguinte observao: " muito fcil elaborar um questionrio, mas no fcil elaborar um bom questionrio" - afirmao que endossamos plenamente. Pesquisadores iniciantes, notadamente os graduandos das mais diferentes reas, incorrem, com frequncia, no erro de querer elaborar as perguntas de um questionrio antes mesmo de terem formulado corretamente o problema de pesquisa.

7 PASSO: TRANSCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS

No caso das pesquisas quantitativas, uma vez coletados os dados, devemos passar etapa de organiz-los e analis-los, ou seja, digitaremos as informaes em planilhas, utilizando, por exemplo, algum programa do tipo Microsoft Excel. Esse processo conhecido como "tabulao de dados", e por meio dele que organizaremos as diversas variveis de nossa pesquisa em colunas, enquanto mantemos os registros de cada sujeito nas linhas das planilhas.

Estando os dados organizados, devemos proceder sua anlise estatstica. Inicialmente, realizaremos anlises descritivas e, se for o caso, posteriormente, anlises inferenciais.

Se a pesquisa for de cunho qualitativo, existem outras formas de anlise que podem ser utilizadas, como a anlise de contedo ou mesmo procedimentos fenomenolgicos.

8 PASSO: DISCUTINDO OS RESULTADOS E CONCLUINDO

A ltima etapa do processo de construo de uma pesquisa envolve a apresentao dos dados tabulados no passo anterior, de forma inteligvel e visualmente adequada ao leitor do trabalho. Para isso, o pesquisador deve resumir os dados tabulados inicialmente de forma bruta, fazendo uso de tabelas e grficos.Finalmente, atingimos o ponto alto do esforo de produo de uma pesquisa cientfica: as concluses. Basicamente, trata-se de discutir os resultados luz da reviso da literatura. precisamente nesse momento que o pesquisador deve fornecer uma resposta conclusiva ao problema formulado no primeiro passo. E, se for o caso, tomando-se por base os resultados, tambm o momento de confirmar ou refutar as hipteses desenvolvidas no segundo passo.

Por ltimo, deve-se comparar os resultados alcanados com os de outras pesquisas similares realizadas anteriormente e discutir, se necessrio, as diferenas encontradas entre os resultados obtidos e os indicados pela literatura.

Tendo em vista o exposto neste captulo, podemos concluir que o processo de produo de uma pesquisa cientfica constitudo de uma sequncia de oito etapas bem-definidas que, se seguidas fielmente, produziro um resultado final condizente com as exigncias metodolgicas e acadmicas convencionadas e referendadas pela comunidade cientfica contempornea.

VERBOS PARA FORMULAR OBJETIVOS

Analisar

Articular

Avaliar

Agrupar

Aplicar

Assinalar

Arquivar

Categorizar

Conceituar

Confeccionar

Confrontar

Considerar

Compreender

Classificar

Comparar

Construir

Contrastar

Coordenar

Criticar

Criar

Compor

Calcular

Definir

Desenhar

Desenvolver

Diagnosticar

Debater

Determinar

Dirigir

Discutir

Diferenciar

Distinguir

Demonstrar

Descrever

Efetuar

Equilibrar

Enumerar

Escolher

Esquematizar

Entender

Esboar

Estimar

Expressar

Experimentar

Examinar

Equilibrar

Enumerar

Esquematizar

Estabelecer

Entender

Formular

Fornecer

Grifar

Identificar

Interpretar

Indicar

Inserir

Inventariar

Ilustrar

Julgar

Localizar

Listar

Medir

Montar

Marcar

Nomear

Organizar

Refletir

Relacionar

Pesquisar

Produzir

Planejar

Propor

Reunir

Realizar

Reconsiderar

Recuperar

Reformular

Resumir

Ratificar

Retirar

Refazer

Reduzir

Retificar

Redimensionar

Registrar

Relatar

Recuperar

Resgatar

Reconhecer

Riscar

Respeitar

Situar

Selecionar

Sentir

Sublinhar

Traduzir

Transcrever

Taxar

Validar

Valorizar

Urbanizar

Utilizar

Bibliografia

Appolinrio, Fbio. Metodologia da cincia: filosofia e prtica da pesquisa. So Paulo. Thomson Learning, 2006.

Diehll, Astor. Tatim, Denise. Pesquisa em cincias sociais aplicadas: mtodos e tcnicas. So Paulo. Pearson Prentice Hall, 2004.

Figueiredo, Nbia. Mtodo e Metodologia na pesquisa cientfica. 2 ed. So Paulo. Yendis, 2007.