manual de orientação e procedimentos do responsável técnico

52
0 Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13 Ver. 1.1.1 – 19SET13

Upload: dinhdat

Post on 07-Jan-2017

221 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

0

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

Ver. 1.1.1 – 19SET13

Page 2: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

1

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOSDO RESPONSÁVEL TÉCNICO

SUMÁRIO

CAPÍTULO I Orientações Gerais e Obrigações do Responsável Técnico (RT)............ 4

1 - DOS LIMITES DE CARGA HORÁRIA: ....................................................................... 42 – DA CAPACITAÇÃO PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA .............. 43 – DA HOMOLOGAÇÃO DOS CONTRATOS DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA .... 54 – DOS LIMITES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO RT ....................................................... 55 – DOS IMPEDIMENTOS PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA ......... 56 – DA RESPONSABILIDADE PELA QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOSPRESTADOS................................................................................................................... 57 – DO LIVRO DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ... 58 – DA OBRIGAÇÃO NO CUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA................................ 69 – DA CONSTATAÇÃO DE IRREGULARIDADES NOS ESTABELECIMENTOS PELAFISCALIZAÇÃO DO CRMV- RJ. ..................................................................................... 610 – DO RESPONSÁVEL TÉCNICO QUE É PROPRIETÁRIO DA EMPRESA E QUETRABALHE EM REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA ............................................... 611 – DO RELACIONAMENTO COM OS SERVIÇOS DE INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO......................................................................................................................................... 712 – DA REVISÃO CONSTANTE DAS NORMAS........................................................... 713 – DAS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA.............................................. 714 – DA NECESSIDADE DE AFIXAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVELTÉCNICO NO LOCAL DE TRABALHO ........................................................................... 715 – DA HABILITAÇÃO DO ESTABELECIMENTO......................................................... 716 – DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS ....................................................................... 717 – DA EMISSÃO DO LAUDO INFORMATIVO ............................................................. 818 – DA OBRIGAÇÃO DE COMUNICAR A BAIXA DA ANOTAÇÃO DERESPONSABILIDADE TÉCNICA.................................................................................... 819 – DA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE ................................................................... 820 – DA COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E CÂMARA TÉCNICA ....... 821 – DA LEGISLAÇÃO DE APOIO PARA O EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADETÉCNICA......................................................................................................................... 8

Page 3: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

2

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

CAPÍTULO II PROCEDIMENTOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ................................. 10

1 – ESTABELECIMENTOS APÍCOLAS E MELIPONÁRIOS ......................................... 102 – ESTABELECIMENTOS DE AQUICULTURA........................................................... 103 – ASSOCIAÇÕES DE CRIADORES E ENTIDADES DE REGISTRO GENEALÓGICO....................................................................................................................................... 124 – BIOTÉRIOS DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO....................................................... 125 – CANIS, GATIS, ABRIGOS, PENSÕES, HOTÉIS, SPA, ESCOLAS DEADESTRAMENTO, EMPRESAS DE ALUGUEL DE CÃES DE GUARDA E SEUSCONGÊNERES ............................................................................................................. 136 – CASAS AGROPECUÁRIAS, PET SHOPS, DROGARIAS VETERINÁRIAS EESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZEM E/OU DISTRIBUEM PRODUTOSVETERINÁRIOS, RAÇÕES, SAIS MINERAIS E ANIMAIS............................................ 147 – CENTROS OU UNIDADES DE CONTROLE DE ZOONOSES E FATORESBIOLÓGICOS DE RISCO.............................................................................................. 178 – CHINCHILICULTURA.............................................................................................. 189 – CUNICULTURA ....................................................................................................... 1910 – INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (INDÚSTRIAS DE CARNE EDERIVADOS, LEITE E DERIVADOS, PESCADOS E DERIVADOS, MEL EDERIVADOS, OVOS E DERIVADOS) E OS ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS EVAREJISTAS DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL ................................................. 2011 – EMPRESAS DE CONTROLE E COMBATE ÀS PRAGAS E VETORES(EMPRESAS DESINSETIZADORAS) ........................................................................... 2312 – EMPRESAS DE PRODUÇÃO ANIMAL (FAZENDAS E CRIADOUROS) .............. 2413 – ENTIDADES CERTIFICADORAS.......................................................................... 2514 – ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS....................................................................... 26

14.1 AVOZEIROS E MATRIZEIROS: ........................................................................ 2614.2 INCUBATÓRIOS: ............................................................................................... 2614.3 GRANJAS DE PRODUÇÃO DE OVOS PARA CONSUMO: .............................. 2714.4 PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE: ......................................................... 28

15 – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA EDE ZOOTECNIA............................................................................................................ 2916 – ESTABELECIMENTOS RELACIONADOS À MULTIPLICAÇÃO ANIMAL............. 3017 – ESTABELECIMENTOS QUE INDUSTRIALIZAM RAÇÕES, CONCENTRADOS,INGREDIENTES E SAIS MINERAIS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL ......................... 3118 – ESTRUTIOCULTURA - CRIAÇÃO DE AVESTRUZES - CRIADOUROS: ............. 3219 – INCUBATÓRIOS ................................................................................................... 3320 – EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES E OUTROS EVENTOS PECUÁRIOS............ 34

Page 4: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

3

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

21 – GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DA SAÚDEELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DASAÚDE (PGRSS) .......................................................................................................... 3622 – HARAS, JÓQUEIS-CLUBES, CENTROS DE TREINAMENTO E OUTRASENTIDADES HÍPICAS................................................................................................... 3723 – HOSPITAIS, CLÍNICAS, CONSULTÓRIOS, AMBULATÓRIOS E DEMAISSERVIÇOS VETERINÁRIOS......................................................................................... 3924 – EVENTOS PARA CONTROLE CIRÚRGICO DE NATALIDADE DE CÃES EGATOS COMUMENTE DENOMINADOS DE CAMPANHAS OU MUTIRÕES DECASTRAÇÃO ................................................................................................................ 4025 – LABORATÓRIOS DE PATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E ANÁLISES CLÍNICASVETERINÁRIAS ............................................................................................................ 4126 – INDÚSTRIAS DE PELES E COUROS................................................................... 4227 – INDÚSTRIAS DE PRODUTOS VETERINÁRIOS .................................................. 4228 – MINHOCULTURA.................................................................................................. 4329 – PLANEJAMENTO, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E CONSULTORIA VETERINÁRIA EZOOTÉCNICA ............................................................................................................... 4430 – PRODUÇÃO DE OVOS E LARVAS DE BICHO DA SEDA (SERICICULTURA) ... 4531 – SUINOCULTURA................................................................................................... 4532 – JARDINS ZOOLÓGICOS, PARQUES NACIONAIS E CRIADOUROS DE ANIMAISSELVAGENS................................................................................................................. 4733 – ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS E VAREJISTAS DE PRODUTOS DEORIGEM ANIMAL – SUPERMERCADOS E SIMILARES ............................................. 48

Page 5: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

4

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOSDO RESPONSÁVEL TÉCNICO

CAPÍTULO IOrientações Gerais e Obrigações do Responsável Técnico (RT)

Este capítulo trata de situações relacionadas com a responsabilidade doprofissional perante a empresa e o consumidor e, sobre o qual, OBRIGATORIAMENTE,deve estar ciente para o bom desempenho de sua função.

1 - DOS LIMITES DE CARGA HORÁRIA:

O Profissional poderá comprometer seu tempo, no máximo, com carga horária de48 (quarenta e oito) horas semanais.

O número de empresas que cada profissional poderá assumir como RT dependeráda quantidade de horas especificada em cada contrato; do tempo gasto com odeslocamento entre as empresas sob sua responsabilidade técnica e, se for o caso, dacarga horária de sua atividade principal.

A carga horária mínima para o desempenho da função de RT é de 6 (seis) horassemanais. Assim, o número máximo de empresas nas quais o profissional poderá exercera responsabilidade técnica não poderá ultrapassar a 8 (oito) estabelecimentos.

Para as atividades de criação (avicultura, suinocultura, bovinocultura, apicultura,aquicultura e outras) o número máximo de estabelecimentos que o RT poderá assumirserá definido em Portarias específicas do CRMV-RJ ou pelos dos órgãos de inspeção efiscalização competentes.

2 – DA CAPACITAÇÃO PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Caberá ao CRMV-RJ e às instituições parceiras oferecer um curso básico deResponsabilidade Técnica, onde serão discutidos os conceitos básicos, legislaçãopertinente e orientações gerais constantes desse manual.

O processo de capacitação e de atualização é de responsabilidade dosprofissionais. Logo, recomenda-se que os mesmos busquem treinamento específico naárea em que assumirem a responsabilidade técnica, mantendo-se sempre atualizados ecumprindo as normas e resoluções do CFMV e CRMV-RJ.

Page 6: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

5

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

3 – DA HOMOLOGAÇÃO DOS CONTRATOS DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A homologação dos contratos de responsabilidade técnica é da competência dareunião plenária do CRMV-RJ que analisará o parecer emitido por um relator previamentedesignado pela sua Diretoria Executiva.

4 – DOS LIMITES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO RT

A área de atuação do RT deverá ser, preferencialmente, no município onde resideo profissional ou no máximo num raio de 100 (cem) quilômetros deste, podendo o CRMV-RJ, a seu juízo, conceder anotação em situações excepcionais, quando plenamentejustificado e homologado em plenária após parecer de conselheiro relator.

5 – DOS IMPEDIMENTOS PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA

O Servidor Público com atribuições de fiscalização em serviços ou áreas tais comoVigilância Sanitária, Defesa Sanitária Animal, Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Serviçode Inspeção Federal (SIF) e Serviço de Inspeção Municipal (SIM), ficará impedido deassumir a função de responsabilidade técnica naqueles estabelecimentos sujeitos afiscalização do órgão em que estiver vinculado. Os Profissionais que tiveram seuscontratos já homologados sem que tenha sido observado o disposto neste item, ficamobrigados a buscar o CRMV-RJ para regularizar a situação.

6 – DA RESPONSABILIDADE PELA QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOSPRESTADOS

O RT deverá ser o profissional que busca garantir à empresa contratante, bemcomo à sociedade, a qualidade dos produtos oferecidos e/ou serviços prestados, eresponderá CIVIL E PENALMENTE por possíveis danos que possam vir a ocorrer aoconsumidor, ao ambiente ou ao animal, uma vez caracterizada sua culpa por negligência,imprudência, imperícia ou omissão, sem prejuízo das sanções previstas no código deética profissional.

7 – DO LIVRO DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

O RT deverá manter na empresa, à disposição dos fiscais do CRMV-RJ e dosórgãos de fiscalização, o “LIVRO DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS”, o qual deverá serregistrado no Conselho Regional, com páginas numeradas e sequenciais.

No Livro de registro de ocorrência serão anotadas todas as datas e horários devisitas do RT, as ocorrências, as não conformidades e respectivas recomendações paraproprietários e funcionários, com as devida ciência do responsável pelo estabelecimento.

Quando o proprietário ou o responsável pelo estabelecimento negar-se a executara recomendação apontada no Livro de Registro de Ocorrências ou dificultar a ação,

Page 7: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

6

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

deverá o Responsável Técnico fazer a comunicação por escrito ao CRMV-RJ. Acomunicação de possível extravio do livro de ocorrências deverá ser feita da mesmaforma ao CRMV-RJ.

8 – DA OBRIGAÇÃO NO CUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA

Uma vez definida a carga horária mínima e máxima, para o exercício das funçõesde RT, cabe ao CRMV-RJ fiscalizar o cumprimento desse quesito.

O Responsável Técnico que descumprir as normas estabelecidas pelo CRMV-RJestará sujeito a ter a sua Anotação de Responsabilidade Técnica cancelada e responder aProcesso Ético-Profissional.

Pedidos de concessões quanto à carga horária, poderão ser analisados peloCRMV-RJ, principalmente em casos especiais que envolvam: localização doestabelecimento, disponibilidade de profissionais habilitados para exercer as funções deRT na localidade e determinadas condições das empresas.

9 – DA CONSTATAÇÃO DE IRREGULARIDADES NOS ESTABELECIMENTOS PELAFISCALIZAÇÃO DO CRMV- RJ.

Quando solicitado pela fiscalização do CRMV-RJ, o RT e o responsável peloestabelecimento deverão permitir o acesso às instalações com vistas à fiscalização doexercício profissional na função de responsabilidade técnica e com a finalidade de buscarinformações que subsidiem o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado doRio de Janeiro em suas ações de planejamento na defesa da Sociedade – sua funçãoprimária – e para a valorização profissional.

As visitas acompanhadas se darão principalmente, por ocasião das visitas derotina dos Fiscais do CRMV-RJ nos estabelecimentos, podendo participar da visitação osprofissionais credenciados pela Presidência do CRMV-RJ, assim como os representantesregionais e os membros da Diretoria Executiva do CRMV-RJ e seus conselheiros.

10 – DO RESPONSÁVEL TÉCNICO QUE É PROPRIETÁRIO DA EMPRESA E QUETRABALHE EM REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA

O Profissional que for proprietário da empresa fica também obrigado à Anotação deResponsabilidade Técnica e deverá seguir as mesmas exigências previstas neste manual,inclusive com a definição do prazo de validade.

O regime de dedicação exclusiva do responsável técnico não poderá exceder aolimite de 48 (quarenta e oito) horas semanais.

Page 8: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

7

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

11 – DO RELACIONAMENTO COM OS SERVIÇOS DE INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO

O RT deverá atuar nos estabelecimentos de modo a fazer cumprir as normasemanadas pela legislação em que se baseiam as atuações dos órgãos de inspeçãooficial, e buscar de modo consoante e amigável atingir o propósito da qualidade doproduto ou serviço, para o benefício da sociedade.

12 – DA REVISÃO CONSTANTE DAS NORMAS

O RT poderá propor a revisão das normas legais ou decisões das autoridadesconstituídas, para fins de modificação, sempre que estas venham conflitar com osaspectos científicos, técnicos e profissionais. Deverá fazer a proposição de modoconsubstanciado para análise do CRMV-RJ e as devidas providências.

13 – DAS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA

O RT deverá comunicar às Autoridades Sanitárias Oficiais a ocorrência deEnfermidades de Notificação Obrigatória.

A notificação deverá ser acompanhada de Laudo Técnico emitido pelo RT ou outroProfissional devidamente habilitado.

14 – DA NECESSIDADE DE AFIXAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVELTÉCNICO NO LOCAL DE TRABALHO

O RT deverá informar ao proprietário do estabelecimento sobre a obrigatoriedadede ser afixado, em local visível, quadro onde conste documento fornecido pelo CRMV-RJ,que inclua o seu nome como RT.

15 – DA HABILITAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

O Profissional RT deve assegurar-se de que o estabelecimento no qual assumiráou assumiu a responsabilidade técnica, encontra-se legalmente habilitado para odesempenho de suas atividades, especialmente quanto ao seu registro junto ao CRMV-RJ e demais órgãos relacionados à sua atividade.

16 – DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS

Os honorários mínimos que devem ser cobrados pela prestação de serviços comoResponsável Técnico, sob pena de responder a Processo Ético Profissional, deverãotomar por base de referência e proporcionalidade, aqueles previstos na Lei Federal 4.950-A de 22 de abril de 1966.

Page 9: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

8

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

O Profissional que executar qualquer atividade, diferente da função deResponsável Técnico, poderá cobrar separadamente os seus honorários.

17 – DA EMISSÃO DO LAUDO INFORMATIVO

Caso o proprietário, ou responsável pelo estabelecimento, se recuse a executar aorientação constante no livro de registro de ocorrências, ou dificulte a ação doResponsável Técnico, este deverá emitir, em até 30 dias, ou prazo superior desde quejustificável, um Laudo Informativo em 2 (duas) vias. A primeira deverá ser encaminhadaao Presidente do CRMV-RJ e a segunda via ficará em posse do profissional.

O Laudo Informativo deverá conter as informações detalhadas das exigênciaspostuladas e não atendidas, sob pena de responder o RT por omissão ou conivência.

18 – DA OBRIGAÇÃO DE COMUNICAR A BAIXA DA ANOTAÇÃO DERESPONSABILIDADE TÉCNICA

Fica o RT obrigado a comunicar à Empresa e ao CRMV-RJ, no máximo em 08(oito) dias, a sua baixa da Anotação de Responsabilidade Técnica. Caso contrário, o RTcontinuará sendo corresponsável pelos possíveis riscos ou danos para o consumidor,respondendo perante o CRMV-RJ e a Justiça.

19 – DA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

É de responsabilidade do RT inteirar-se da legislação ambiental federal, estadual emunicipal, orientando a adoção de medidas preventivas e reparadoras sobre os possíveisdanos ao meio ambiente provocados pela atividade do estabelecimento sob suaresponsabilidade técnica.

20 – DA COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E CÂMARA TÉCNICA

A Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-RJ, assim como a CâmaraTécnica, deverão subsidiar e apoiar o CRMV-RJ nas deliberações sobre as exceções, oscasos omissos e possíveis dúvidas surgidas quanto ao fiel cumprimento das normas queconstam neste Manual.

21 – DA LEGISLAÇÃO DE APOIO PARA O EXERCÍCIO DA RESPONSABILIDADETÉCNICA

A legislação que trata dos assuntos que regulam as diversas atividades dosestabelecimentos que requerem Responsabilidade Técnica de Médicos Veterinários eZootecnictas é vasta e sofre frequentes atualizações ou revogações. Assim sendo, oCRMV-RJ apresenta uma relação de alguns endereços eletrônicos onde os profissionaispoderão manter-se atualizados.

Page 10: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

9

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS SUGERIDOS:

- Portal da Presidência da República: www.planalto.gov.br- Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www.agricultura.gov.br- Ministério da Pesca e Aquicultura: www.mpa.gov.br- Ministério da Saúde: www.saude.gov.br- Agência Nacional de Vigilância Sanitária: www.portal.anvisa.gov.br- Instituto Brasileiro de Meio Ambiente: www.ibama.gov.br- Conselho Federal de Medicina Veterinária: www.cfmv.org.br- Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro:

www.crmvrj.org.br- Secretaria de Estado da Agricultura: www.agricultura.rj.gov.br- Secretaria do Estado do Ambiente: www.rj.gov.br/web/sea/principal- Secretaria de Estado de Saúde: www.saude.rj.gov.br- Instituto Estadual do Ambiente: www.inea.rj.gov.br

Page 11: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

10

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

CAPÍTULO IIPROCEDIMENTOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

1 – ESTABELECIMENTOS APÍCOLAS E MELIPONÁRIOS

Estabelecimento Apícola é aquele que tem como objetivo a criação de abelhas coma finalidade de produção do mel e outros produtos apícolas.

O meliponário é o local destinado à criação racional de abelhas silvestres nativas,composto de um conjunto de colônias alojadas em colméias especialmente preparadaspara o manejo e manutenção dessas espécies.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico (RT)pelos estabelecimentos apícolas e meliponários deve;

orientar sobre procedimentos que envolvem a colheita; orientar para transporte adequado das melgueiras assim como quanto aos cuidadosa serem dispensados com os veículos utilizados; orientar os funcionários quanto à observação dos preceitos básicos de higienepessoal, uso de vestuário adequado e da manipulação; orientar e capacitar os funcionários encarregados das diversas etapas da obtençãodo mel; orientar a empresa quanto à utilização das embalagens, conforme o previsto nalegislação vigente; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

2 – ESTABELECIMENTOS DE AQUICULTURA

São caracterizados como estabelecimentos de aquicultura aqueles que mantemanimais aquáticos em qualquer nível de confinamento e para quaisquer fins. Sãoconsiderados animais aquáticos os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios e outrosanimais que tenham qualquer fase de seu desenvolvimento no ambiente aquático.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico (RT)pelos estabelecimentos de aquicultura devem:

Orientar continuamente o pessoal envolvido em todas as operações realizadas noestabelecimento com objetivo de fornecer as informações necessárias ao bomdesempenho de suas funções. Certificar-se que há monitoração diária dos principais parâmetros de qualidade deágua nos tanques/viveiros: temperatura, oxigênio, pH e transparência;

Page 12: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

11

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

Manter-se atualizado quanto à legislação pertinente em relação a implantação deempreendimentos aquícolas, assim como aquelas relacionadas com o seufuncionamento e com a proteção ao meio ambiente. Garantir manejo sanitário preventivo contra doenças infecciosas, parasitoses,intoxicações e contaminações por cianotoxinas; Orientar quanto à necessidade de manter o devido isolamento das áreas destinadasao cultivo de animais aquáticos de modo a restringir a movimentação ao pessoal quetrabalha na atividade e impedir o acesso de animais domésticos; Manter-se atualizado quanto à legislação do CONAMA principalmente aquelasrelacionadas com a análise da água da(s) fonte(s) de abastecimento e dos efluentes eseus padrões de qualidade; Denunciar ao órgão competente, ou ao CRMV-RJ, as situações em que a prática doempreendimento ou estabelecimento ponha em risco o meio ambiente, a fauna e aflora; Assegurar a ocorrência de uma inspeção rigorosa de todos os animais aquáticostransportados vivos e impedir o deslocamento de animais portadores de ectoparasitas; Orientar de modo a transportar toda carga de animal aquático, em qualquer fase dedesenvolvimento, sempre em veículos adequados para tal fim; Impedir a entrada de qualquer lote de animal aquático adquirido de outrapropriedade que não esteja acompanhado da GTA e comunicar ao órgão competente aocorrência de carga desacompanhada da documentação, especificando a origem; Avaliar periodicamente o controle da alimentação por meio de medidas de consumodiário, ganho de peso ou crescimento, levando em consideração os parâmetrosrequeridos para cada espécie; Impedir o uso de antibióticos, hormônios, drogas, biocidas ou qualquer produto quevenha causar danos à saúde pública ou aos animais e utilizar somente produtos,medicamentos e vacinas aprovados pelo órgão competente para uso na aquicultura; Monitorar a limpeza periódica das bordas dos tanques/viveiros, inclusive davegetação, assim como da limpeza profunda com retirada completa de todo sedimentodo fundo e ao redor do tanque após cada despesca; Garantir o adequado controle de roedores e outras pragas nas instalações em geral; Manter informações atualizadas quanto a infra-estrutura física utilizada para criaçãodos animais aquáticos, como por exemplo: número de tanques/viveiros em atividade,em manutenção ou em construção; tipo de tanque/viveiro (escavado, alvenaria, fibra,plástico, etc.) utilizado em cada fase de produção; áreas dos tanques/viveiros expressaem m2 ou hectare ou do volume da lâmina d’água expresso em m3; localização dasfontes de abastecimento; localização do(s) tanque(s) ou equipamento(s) utilizado(s)para tratamento da(s) fonte(s) de abastecimento ou do(s) tanque(s) para decantaçãode sedimento e tratamento de resíduos poluentes; locais utilizados paraarmazenamentos de alimentos, produtos químicos e veterinários e equipamentos deuso geral utilizados na rotina de produção; número de tanques em produção, númerode reprodutores; número médio de indivíduos produzidos por ciclo reprodutivo; tempomédio de vida dos reprodutores; duração de cada ciclo, peso e tamanho médio ao finalem cada fase da vida produtiva; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ;

Page 13: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

12

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

3 – ASSOCIAÇÕES DE CRIADORES E ENTIDADES DE REGISTRO GENEALÓGICO

Entidades que têm como objetivo reunir pessoas interessadas em promovertécnicas e comercializar determinada raça ou conjunto de raças de uma determinadaespécie animal, responsabilizando-se inclusive por registros genealógicos, avaliação edesempenho desses animais por intermédio de provas zootécnicas.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico pelasassociações de criadores e entidades de registro genealógico deve:

orientar e acompanhar os eventos promocionais da Associação procurando semprepautar suas ações dentro dos princípios da ética; primar pela qualidade zootécnica dos animais submetidos ao registro genealógico,avaliando estes animais dentro dos padrões oficiais de cada raça; assegurar a ancestralidade dos animais inscritos nos livros de registro genealógico; garantir a veracidade das anotações dos dados de produção lançando nos livroscompetentes; responsabilizar-se pela qualidade das provas zootécnicas promovidas pelaAssociação e pela divulgação dos dados obtidos; garantir que todas as atividades realizadas por funcionários e/ou prestadores deserviços e/ou estagiários sejam supervisionadas por técnicos qualificados; garantir a execução do sistema de segurança e sigilo dos dados coletados; orientar os associados sobre a necessidade da rastreabilidade dos animais; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

4 – BIOTÉRIOS DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO

Entende-se por biotério os locais onde se criam ou mantém animais para pesquisaslaboratoriais ou objetivos semelhantes. A presença de um profissional com experiênciacomprovada na área de animais de laboratório é um fator de garantia e segurança em umbiotério, pois assegura um bom manejo, produzindo animais de boa qualidade,respeitando seu bem-estar.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico porbiotérios de animais de laboratório deve:

ser responsável pela criação, saúde e bem-estar dos animais do biotério;

Page 14: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

13

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

prestar atendimento e serviços específicos da medicina veterinária para animais delaboratório, tais como clínica de rotina e emergência, patologia e reprodução, anestesiae cirurgia; atentar para que a empresa onde exerça sua função possua formulários quepermitam o registro, o controle e a avaliação dos serviços prestados; desenvolver ações de medicina veterinária preventiva; realizar diagnósticos, tratamentos e controle de epizootias e enzootias de animais delaboratório; ter acesso aos protocolos de pesquisa que envolvam animais de laboratório; ter conhecimento dos pareceres dos Comitês de Ética no Uso de Animais -CEUA; conhecer as leis específicas e regulamentos relacionados ao uso de animais emexperimentação; estar atualizado quanto ao conhecimento de zoonoses e de biossegurança paramanter a rotina de trabalho de acordo com as normas de segurança ambiental; orientar os funcionários sobre a importância da manutenção e disposição adequadados alimentos e insumos utilizados; adotar procedimentos adequados e estabelecidos em normas para a mortehumanitária de animal de laboratório; orientar quanto a implantação de sistema de gerenciamento de resíduos de modo agarantir o destino adequado dos dejetos sólidos e animais mortos e demais resíduosgerados pela atividade sob sua responsabilidade; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

5 – CANIS, GATIS, ABRIGOS, PENSÕES, HOTÉIS, SPA, ESCOLAS DEADESTRAMENTO, EMPRESAS DE ALUGUEL DE CÃES DE GUARDA E SEUSCONGÊNERES

Entende-se por Canil e Gatil respectivamente os locais de criação de cães e gatoscom finalidade de comércio. Hotel, SPA, Abrigos e Pensão são estabelecimentos ondesão recebidos animais para estada. Escola para cães são estabelecimentos onde sãorecebidos e mantidos cães para adestramento.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico porestes estabelecimentos deverá:

orientar sobre o manejo, a alimentação e os cuidados gerais que são adequadospara cada espécie, procurando assegurar o direito dos animais ao seu bem-estar; ter pleno conhecimento das normas de saúde pública atinente à atividade, bemcomo das normativas do CFMV e do CRMV-RJ; ter conhecimento da qualificação do pessoal e sempre que se fizer necessáriocapacitá-los para as atividades a serem desempenhadas; somente permitir acesso aos locais de estada, de animais que estejamacompanhados do atestado de vacinação fornecido por médico veterinário;

Page 15: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

14

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

orientar para os estabelecimento de regras no funcionamento que evitem fugas eacasalamentos indesejados; isolar imediatamente os animais suspeitos de qualquer problema sanitário, evitandocontato com os sadios; promover a adoção de medidas profiláticas que garantam a saúde dos animais e ahigiene permanente dos equipamentos e das instalações, orientando quanto ao destinocorreto dos resíduos gerados pela atividade; notificar as autoridades sanitárias quando suspeitar de doenças de interesse dasaúde pública; impedir a aplicação de tranquilizantes e demais produtos sem a sua préviaorientação ou presença; quando possuir medicamentos de uso controlado (anestésicos, psicotrópicos,tranquilizantes) mantê-los em lugar seguro, de preferência em armário que possa serfechado à chave, conjuntamente com o receituário próprio e manter livro de registro; realizar ações ou estabelecer métodos de controle a fim de assegurar o uso demedicamentos dentro do prazo de validade e a manutenção adequada dos produtosbiológicos; garantir a utilização de fichas cadastrais dos animais mantidos em carátertemporário (locais de estadia) ou permanente (locais de criação) onde devem constaras principais ocorrências. estabelecer o controle sanitário de todos os animais existentes nos abrigos deanimais, garantindo a imunização e vermifugação dos mesmos; providenciar local adequado para o acondicionamento e armazenamento daalimentação animal; orientar sobre a importância de implantação de um controle integrado de roedores epragas; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

6 – CASAS AGROPECUÁRIAS, PET SHOPS, DROGARIAS VETERINÁRIAS EESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZEM E/OU DISTRIBUEM PRODUTOSVETERINÁRIOS, RAÇÕES, SAIS MINERAIS E ANIMAIS

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico, deacordo com as atividades desenvolvidas no estabelecimento, deve:

conhecer e manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos e legais a que estãosujeitos os estabelecimentos sob sua responsabilidade técnica, relativos aos serviçosofertados e produtos comercializados, neles incluídos os animais, quando for o caso; Deverão ser dadas as orientações necessárias para os proprietários deestabelecimentos principalmente quanto:

Page 16: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

15

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

a manutenção de toda documentação do estabelecimento referente alicenciamento nos órgãos competentes à mostra e à disposição dos órgãosfiscalizadores;

a necessidade do estabelecimento apresentar todas características físicas eestruturais requeridas por normas legais vigentes;

a necessidade do descarte correto dos resíduos sólidos, em consonância comas normas legais vigentes, principalmente quando houver a comercialização deprodutos de uso veterinário e rações, sob pena de responder por danos àsaúde pública e/ou ao meio ambiente;

a importância do controle e/ou combate às pragas urbanas (desinsetização,desratização e descupinização quando necessário) de acordo com as normasvigentes;

a higienização dos reservatórios de água e controle de qualidade da mesmo,conforme normas vigentes;

a necessidade de manter um profissional habilitado para responder comoresponsável técnico das atividades de armazenamento e comercialização dedefensivos agrícolas, quando for o caso;

a manutenção higiênico sanitária adequada do estabelecimento e dosalojamentos, gaiolas e/ou aquários, quando houver comercialização deanimais, e dos veículos transportadores, bem como dos engradados, gaiolas ecaixas utilizadas, quando houver transporte de animais, assim como orientar osfuncionários envolvidos nas operações citadas;

conhecer a origem dos animais comercializados, permitindo a entrada noestabelecimento somente daqueles com o Atestado Sanitário Para Trânsito, conformeas espécies em questão; manter organizado o arquivo com o Atestado Sanitário para Trânsito e demaisdocumentos relativos aos animais conforme normas legais vigentes; orientar para que gaiolas, aquários e demais alojamentos estejam dispostos de talforma que ofereçam conforto físico e térmico aos animais, bem como garantam a suaintegridade e bem estar, levando em consideração fatores como iluminação naturalsem exposição direta ao sol e intempéries, ventilação, aeração e movimentação; orientar quanto à dessedentação e alimentação adequada aos animais, conforme asespécies em questão, considerando ainda as quantidades necessárias à satisfaçãoindividual e/ou coletiva; orientar quanto ao uso de comedouros e bebedouros adequados ao tipo dealojamento, quantidades e espécies de animais em questão; não permitir a presença, manutenção ou exposição à venda de animais debilitados,desnutridos, doentes, feridos, mutilados, fêmeas prenhes em adiantado estado degestação ou em período de lactação ou amamentação, bem como aos filhotes emidades inferiores às de desmame, resguardadas as peculiaridades de cada espécie; fazer cessar qualquer ato de abuso ou crueldade contra os animais presentes noestabelecimento, sob pena de responder solidariamente por maus tratos à animais; não permitir o abandono, o descarte, nem o abate ou sacrifício no interior doestabelecimento, dos animais cuja presença ou permanência seja proibida; garantir que os animais, cuja presença ou permanência no estabelecimento sejaproibida, sejam encaminhados, conforme o caso, à Estabelecimentos MédicoVeterinários para assistência veterinária;

Page 17: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

16

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

permitir somente a comercialização de rações e/ou produtos devidamenteregistrados e/ou cadastrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,conforme o caso; garantir que rações e/ou produtos expostos à venda estejam dentro do prazo devalidade, que quando expirados deverão ser recolhidos para descarte adequado; orientar o proprietário do estabelecimento quanto à aquisição de rações e/ouprodutos de uso veterinário somente de estabelecimentos registrados e/ou licenciadospelos órgãos competentes, conforme o caso, e mediante Nota Fiscal; garantir que os produtos sejam vendidos na embalagem original, sem violação dodispositivo de fechamento ou lacre, e sem fracionamento na revenda conforme oregulamento; certificar-se que os produtos acondicionados em embalagens coletivas, para vendaunitária, estejam acompanhados das respectivas bulas; garantir que a armazenagem, estocagem e exposição à venda de rações e produtossejam feitas de forma setorizada, e de acordo com as recomendações de rotulageme/ou bula, especialmente no que concerne à exposição à luz, temperatura e umidade,de forma a garantir a qualidade e integridade dos mesmos; garantir que sejam obedecidas a legislação relativa às especialidades farmacêuticasque contenham substâncias sujeitas ao controle especial, e as recomendaçõesinerentes à prescrição obrigatória do médico veterinário (contidas na rotulagem),retenção e arquivamento de receita veterinária; orientar o proprietário do estabelecimento e demais empregados que a substituiçãode medicamentos ou produtos de uso veterinários prescritos somente pode ser feita porMédico Veterinário, e somente quando não houver recomendação expressa de nãointercambialidade, por parte do profissional prescritor; suspender a comercialização de rações e produtos suspeitos de adulteração,informando o fato ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e aofabricante; orientar o proprietário que a comercialização de ração à granel implica naresponsabilidade do estabelecimento na manutenção da qualidade da mesma, a partirde seu efetivo recebimento; garantir que os produtos que exijam refrigeração (vacinas, soros, antígenos e etc.)sejam armazenados, mantidos, acondicionados e/ou entregues ao comprador, natemperatura recomendada na rotulagem ou bula; certificar-se que refrigeradores e/ou câmaras frias sejam dotados de termômetrocom capacidade de aferição das temperaturas máxima e mínima; aferir a temperatura de refrigeradores e câmaras frias, no mínimo uma vez ao dia,mantendo mapa de controle das mesmas; orientar, quando necessário, o comprador ou usuário, quanto à conservação, aomanuseio e uso correto dos produtos comercializados; não praticar a assistência médico veterinária à animais no local (prescrição,vacinação, aplicação de medicamento e/ou produto de uso veterinário e etc.), sob riscode responder à processo Ético-Profissional perante o CRMV-RJ, sem prejuízo deoutras penalidades cabíveis; orientar o proprietário do estabelecimento e demais empregados quanto a proibiçãoda prescrição, vacinação, aplicação de medicamento e/ou produto de uso veterinário edemais atos inerentes à assistência médica veterinária no interior do estabelecimento; não permitir a existência de carteira de vacinação (em branco) no estabelecimento(sob pena de cumplicidade com ilícito penal);

Page 18: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

17

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

adotar os procedimentos de segurança, no estabelecimento, quanto aos produtos deuso veterinário que ofereçam risco ao meio ambiente, aos animais ou ao homem,especialmente quando da ocorrência de acidente que provoque vazamento ouexposição do conteúdo do produto; denunciar ao CRMV-RJ qualquer ato observado que caracterize a prática deexercício ilegal da profissão de Médico Veterinário ou a prática de maus tratos aosanimais, por funcionários e/ou proprietário do estabelecimento comercial; informar ao CRMV-RJ quanto aos desvios de atividade praticados peloestabelecimento no que se refere às Resoluções do CFMV e do CRMV-RJ; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

7 – CENTROS OU UNIDADES DE CONTROLE DE ZOONOSES E FATORESBIOLÓGICOS DE RISCO

As Unidades de Controle de Zoonoses e Fatores Biológicos de Risco (UCZS) sãoestabelecimentos onde se desenvolvem as atividades de vigilância ambiental, o controlede zoonoses e doenças transmitidas por vetores e reservatórios.

O Responsável Técnico quando no exercício de suas funções, deve:

colaborar na orientação, coordenação e gerenciamento dos programas de controlede zoonoses, roedores e vetores; desenvolver projetos de educação em saúde destinados aos cidadãos; garantir a prevenção das doenças infecciosas dos animais e a higiene dasinstalações; orientar sobre a qualidade e adequação da alimentação dos animais internados; fazer cumprir todos os atos que impliquem na adequação quanto da captura dosanimais; orientar sobre incidências de zoonoses e procedimentos de saúde pública; notificar as autoridades sanitárias sobre a ocorrência de enfermidades zoonóticas,diagnosticadas por profissionais qualificados acompanhados pelo seu laudo técnico oupor outro profissional designado para o assunto específico; garantir o uso de formulários de serviços tais como: termo de compromisso dedoação; termo de compromisso de adoção; fichas cadastrais; recibos de pagamento,prontuários e outros; capacitar o pessoal atendente e funcionários de campo para que possam prestarinformações e tratamento adequado aos cidadãos e manejar respeitosamente osanimais, garantindo-lhes o bem-estar; usar adequadamente a área de isolamento garantindo que animais doentes nãotenham contato com os sadios; quanto aos medicamentos (anestésicos, psicotrópicos, tranquilizantes) mantê-los emlugar seguro, de preferência em armário que possa ser fechado a chave;

Page 19: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

18

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

dar especial atenção ao acondicionamento, manutenção e armazenamento devacinas e antígenos, controlando rigorosamente as condições de temperatura dosrefrigeradores; desenvolver as atividades no que diz respeito à higiene do ambiente, separação,destinação dos resíduos sólidos de saúde e estocagem dos insumos, estabelecendoum Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS); garantir a observância dos direitos dos animais e do seu bem-estar; na aplicação dos procedimentos e métodos de eutanásia, atender o que prevê aResolução CFMV nº. 1.000/12, ou outras que vierem substituí-la ou complementa-la ; promover a capacitação do pessoal, quanto aos cuidados na aplicação deinseticidas, raticidas e/ou outros produtos, e seu efeito no meio ambiente, evitandodanos à natureza, e conhecer o ciclo de vida das pragas e vetores a seremcombatidos; conhecer o mecanismo de ação, a toxicidade e o poder residual dos produtosquímicos usados no controle de pragas e vetores; garantir a utilização de produtos com prazo de validade adequado; fazer cumprir todas as normas de segurança dos trabalhadores e de seusequipamentos; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

8 – CHINCHILICULTURA

Atividade que se destina à criação, produção de peles ou de reprodutores.

O Responsável Técnico pelos criatórios de chinchilas, quando no exercício de suasfunções, deve:

planejar e orientar a execução de projetos de construções específicos, de acordocom a finalidade da criação quando contratado para tal fim; manter rígido controle dos dados sobre reprodução, identificações, registros,exposições, abates, controle dos acasalamentos, desmames, controle sanitário emétodos profiláticos; garantir que o empreendimento seja dotado de instalações e materiais mínimos(bicos, gaiolas, colares, material de abate, caixas de transporte, ar condicionado,telefones e carros); orientar e capacitar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções,especialmente acerca das atividades de manejo, práticas higiênico-sanitárias,manipulação de produtos, técnicas de contenção de animais, respeito ao bem estar e àvida animal; orientar e capacitar os funcionários quanto ao manejo adequado, em tarefas, como:troca de maravalha; banho de pó; água; ração; anotações básicas como nascimentos e

Page 20: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

19

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

mortes; controle de temperatura e outras informações que irão subsidiar a parte técnicana tomada de decisões; assegurar a higiene das instalações e adjacências e biossegurança doempreendimento; expedir atestado sanitário de todos os animais comercializados com a finalidade dereprodução; estabelecer o método mais adequado quanto à identificação dos animais, como:brincos, tatuagens, ou na gaiola usando o sistema internacional ou qualquer sistemapróprio que permita evitar cruzamentos; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambienteprovocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; Orientar para a implantação de um plano de gerenciamento de resíduos comprevisão de destinação minimante para vasilhames de medicamentos, embalagens eanimais mortos; orientar a alimentação equilibrada para as diferentes categorias animais; orientar o armazenamento correto de medicamentos, rações, concentrados, grãos,suplemento vitamínico e mineral, observando as condições de umidade, temperatura eventilação do local e manter um rigoroso controle de entrada das matérias primas; monitorar programa de controle integrado de roedores e pragas; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

9 – CUNICULTURA

Atividade que se destina à criação racional com finalidade específica de produçãode carne, peles e pêlos.

O Responsável Técnico pelos criatórios de coelhos, quando no exercício de suasfunções, deve:

planejar e orientar a execução de projetos de construções específicos, de acordocom a finalidade da criação quando for contratado para tal fim; manter o controle dos dados sobre reprodução, identificações, registros, exposições,abates, controle dos acasalamentos, desmames, controle sanitário e métodosprofiláticos; garantir que o empreendimento seja dotado de instalações e materiais mínimos(bicos de metal para água, comedouros, gaiolas, ninhos, tatuadores, cortinas, etc.); orientar e capacitar a equipe de trabalhadores da empresa quanto à sua segurançae ao bom desempenho de suas funções, especialmente acerca das atividades demanejo, práticas higiênico-sanitárias, manipulação de produtos, técnicas de contençãode animais, respeito ao bem estar e à vida animal;

Page 21: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

20

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

manter anotações básicas como nascimentos; mortes; controle de temperatura eoutras informações que irão subsidiar a parte técnica na tomada de decisões; adotar medidas que visem a biossegurança e a higiene das instalações eadjacências; expedir atestado sanitário de todos os animais comercializados com a finalidade dereprodução; estabelecer o método mais adequado quanto à identificação dos animais, como:tatuagens, que permita evitar cruzamentos consanguíneos orientando quanto a seleçãodos reprodutores; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; orientar para o estabelecimento de planos de gerenciamento de resíduos visando oo destino adequado dos vasilhames de medicamentos, embalagens, animais mortos,assim como os demais resíduos gerados pela atividade sob sua responsabilidadetécnica; orientar para a alimentação adequada para as diferentes categorias animais; orientar o armazenamento correto de rações, concentrados, grãos, forragens,suplemento vitamínico e mineral, observando as condições de umidade, temperatura eventilação do local; monitorar programa de controle integrado de roedores e pragas; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

10 – INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (INDÚSTRIAS DE CARNE EDERIVADOS, LEITE E DERIVADOS, PESCADOS E DERIVADOS, MEL E DERIVADOS,OVOS E DERIVADOS) E OS ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS E VAREJISTASDE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL

Indústrias de carne e derivados são definidas como sendo os estabelecimentos queabatem, industrializam, manipulam, beneficiam e embalam produtos, subprodutos ouderivados da carne. Elas são classificadas em: Matadouros Frigoríficos, Fábricas deConservas, Entrepostos de Carnes e Derivados e Indústrias de Subprodutos Derivados.

Indústrias de leite e derivados são definidas como sendo os estabelecimentos queindustrializam, manipulam, beneficiam e/ou embalam produtos ou derivados do leite. Sãoclassificadas em: Usinas de Beneficiamento de Leite, Fábricas de Laticínios e Entrepostosde Laticínios e Postos de Resfriamento.

Indústrias de pescados e derivados são definidas como sendo os estabelecimentosque industrializam, manipulam, beneficiam e/ou embalam produtos derivados da pesca.São classificados em: Entrepostos de Pescado e Fábricas de Conserva de Pescado.

Page 22: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

21

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

Indústrias de mel e derivados são definidas são definidas como sendo osestabelecimentos que manipulam, beneficiam e distribuem mel, cera de abelha e seusderivados. São classificadas em: Apiários e Entrepostos de Mel, Cera de Abelhas eDerivados.

Indústrias de ovos e derivados são definidas como sendo os estabelecimentosdestinados à recepção, higienização, classificação, industrialização e embalagem deovos. São classificadas em: Entrepostos de ovos e Fábricas de conserva de ovos.

Estabelecimentos atacadistas e varejistas de alimentos de origem animal sãodefinidos como estabelecimentos que praticam importação, fracionamento, manipulação,armazenamento, distribuição, transporte e comercialização de alimentos de origem animale seus subprodutos. Podem ser incluídos supermercados, atacadistas de alimentos,restaurantes comerciais, churrascarias, hotéis, bares, lanchonetes e outros.

O número de horas de permanência do Responsável Técnico (RT) noestabelecimento deve ser estabelecido levando-se em consideração o risco da atividade àsaúde pública, a complexidade das atividades desenvolvidas, o tamanho doestabelecimento, o volume de trabalho e a legislação pertinente ao ramo da atividade.

O Responsável Técnico por indústrias de produtos de origem animal, independentedo tipo de matéria prima ou classificação, e os responsáveis por estabelecimentosatacadistas e varejistas de alimentos de origem animal, quando no exercício de suasfunções, deve:

capacitar continuamente o pessoal envolvido em todas as operações realizadas noestabelecimento com objetivo de fornecer as informações necessárias ao bomdesempenho de suas funções e a segurança dos produtos; garantir um plano adequado de gerenciamento dos resíduos produzidos noestabelecimento com previsão de destinação para os produtos condenados peloserviço de inspeção oficial. acompanhar sempre que possível as inspeções higiênico-sanitárias oficiaisprestando esclarecimentos sobre o processo de produção, fórmulas e/ou composiçãodos produtos, práticas e procedimentos adotados; efetuar visitas, de acordo com a direção do estabelecimento, às indústriasfornecedoras de matérias-primas, com vistas em certificar-se de sua qualidade; elaborar, implantar e atualizar as ferramentas da qualidade tais como: Manual deBoas Práticas de Fabricação, Procedimentos Operacionais Padronizados, Análise dePerigos e Pontos Críticos de Controle e/ou outros exigidos pela legislação que rege aatividade; conhecer em profundidade os aspectos técnicos e legais a que estão sujeitos osestabelecimentos e produtos, especialmente os Regulamentos e Normas específicasdo ramo da atividade exercida; notificar as autoridades sanitárias quando de ocorrências de interesse da saúdepública; notificar as autoridades dos órgãos ambientais das ocorrências de impactos ao meioambiente;

Page 23: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

22

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados v equanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sob sua responsabilidadetécnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia. prestar as orientações adequadas quanto:

a seleção de fornecedores devidamente regularizados nos órgãos oficiais e quepratiquem, no mínimo, as Boas Práticas Agrícolas e/ou de Fabricação eManipulação de Alimentos;

a aquisição de produtos, insumos e embalagens, aprovados e/ou registradosnos órgãos competentes;

a adequação dos procedimentos de recebimento, armazenamento,manipulação, preparação, distribuição e transporte dos produtos;

a saúde, higiene pessoal e operacional dos funcionários; orientar os funcionários quanto à observação dos preceitos básicos de higiene

pessoal, uso de vestuário adequado e da manipulação; a higiene ambiental, de utensílios, maquinário, equipamentos e respectivos

procedimentos de higienização; a qualidade e quantidade da água utilizada e odestino das águas servidas;

o adequado destino dos resíduos sólidos e líquidos; a necessidade de um controle integrado de vetores e pragas; o controle de qualidade dos produtos produzidos e/ou comercializados no

estabelecimento; a rotulagem para informação ao consumidor e rastreabilidade do produto; a adequação higiênico-sanitária das instalações, utensílios, maquinário e

equipamentos; ao cumprimento dos memoriais descritivos quando da elaboração dos

produtos; ao acompanhamento de documentos emitidos pelo Serviço Oficial, no

transporte de produtos do estabelecimento;

Os Responsáveis Técnicos por INDÚSTRIAS DE PESCADOS E DERIVADOSdeverão ainda orientar para que a aquisição de pescado capturado em locaisseguramente isentos de contaminações primárias e/ou secundárias, e quanto aoscuidados relativos à qualidade do gelo utilizado para a conservação do pescado desde aembarcação;

Os Responsáveis Técnicos por INDÚSTRIAS DE CARNE E DERIVADOS deverãoassegurar que todos os animais recebidos sejam acompanhados de GTA e acompanharas operações de abate dos animais quando se tratar de Matadouro-Frigorífico. Deverãoainda orientar a aquisição de animais provenientes de fornecedores com controle sanitárioe a adoção de procedimentos de classificação de bovinos e carcaças, conforme alegislação em vigor.

Os Responsáveis Técnicos por INDÚSTRIAS DE LEITE E DERIVADOS deverãoassegurar e orientar o cumprimento da execução dos exames laboratoriais de rotina.

Page 24: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

23

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

Os Responsáveis Técnicos por INDÚSTRIAS DE OVOS E DERIVADOS deverãoainda orientar quanto à necessidade de equipamentos adequados e pessoal preparadopara realização de ovoscopia, classificação de ovos e encaminhamento de amostras paraexames laboratoriais.

Os Responsáveis Técnicos por INDÚSTRIAS DE MEL E DERIVADOS deverão aindaorientar quanto: aos procedimentos que envolvem a colheita do mel e derivados, para facilitar os

trabalhos no entreposto; ao fluxograma de processamento do mel; aos cuidados no transporte e com os veículos utilizados; à realização das análises que se fizerem necessárias; ao comercio e a utilização das embalagens, conforme o previsto em legislação

vigente.

11 – EMPRESAS DE CONTROLE E COMBATE ÀS PRAGAS E VETORES (EMPRESASDESINSETIZADORAS)

O Responsável Técnico pelas empresas controladoras de pragas urbanas, quandono exercício de suas funções, deve:

conhecer o ciclo de vida das pragas e vetores a serem combatidos e os mecanismosde ação dos produtos químicos sobre os mesmos; orientar sobre incidências de zoonoses e procedimentos de saúde pública; orientar a produção de material educativo para o cliente ou o responsável pelaspessoas que habitam o local que será desinsetizado e/ou desratizado, sobre os riscosda aplicação; estar apto para orientar as pessoas que habitam o local a ser desinsetizado e/oudesratizado, sobre os cuidados imediatos que devem tomar em caso de acidentes; permitir a utilização somente de produtos aprovados pelos órgãos competentes eorientar o proprietário da empresa sobre as consequências do uso de produtos nãoaprovados; orientar o preparo e mistura dos produtos químicos em acordo com recomendaçõestécnicas do fabricante (s); definir e orientar o método de aplicação, conforme o espaço físico e riscos; conhecer e orientar sobre o poder residual e toxicidade dos produtos utilizados esobre os efeitos das aplicações no meio ambiente, evitando danos à natureza; garantir a utilização de produtos com prazo de validade adequado; orientar quanto aos cuidados de segurança do trabalho no momento de aplicação ecuidados de higienização, limpeza pós-aplicação e destino correto dos remanescentes(caldas, substâncias ativas e embalagens); ter conhecimento técnico e acerca da legislação pertinente à atividade, inclusive oque preceitua a Lei n.º 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor); ser capaz de organizar os Programas Operacionais Padronizados - POP, sobrepreparo de soluções, técnica de aplicações e manutenção e utilização deequipamentos; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sob

Page 25: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

24

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

sua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

12 – EMPRESAS DE PRODUÇÃO ANIMAL (FAZENDAS E CRIADOUROS)

São empresas agropecuárias (Pessoas Jurídicas) que utilizam permanentementeanimais vivos com finalidade de produção, tais como: propriedades rurais que exploram aBovinocultura de Corte ou Leite ou outras espécies animais.

O Responsável Técnico pelas empresas de produção animal,quando no exercíciode suas funções, deve:

ter conhecimento técnico na área de administração rural, produção animal,melhoramento zootécnico formação e recuperação de pastagens e produção deforragens para a alimentação animal; manter registro de todos os dados relativos à produção, no que se refere ao manejozootécnico, dados reprodutivos e medidas sanitárias; orientar e capacitar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções,especialmente acerca das atividades de manejo, práticas higiênico-sanitárias,manipulação e observação do período de carência dos produtos, técnicas decontenção de animais, respeito à vida e bem estar animal e à saúde; enviar a programação técnica, por escrito, aos responsáveis pela execução edireção da empresa, no sentido de obter maior segurança na execução das atividadespropostas; comunicar aos órgãos de Defesa Sanitária Animal todas as ocorrências necessárias,especialmente sobre as doenças que são controladas pelos órgãos oficiais; observar e fazer observar todas as normas legais e regulamentares pertinentes àsatividades específicas, desenvolvidas no exercício de sua função; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; acatar as normas legais referentes aos serviços oficiais de Defesa Sanitária Animal,compatibilizando-as com a produção da empresa; atender às solicitações dos clientes do estabelecimento em relação às garantias daqualidade zootécnica, sanitária dos produtos e das condições de saúde dos animaiscomercializados, fornecendo-lhes, caso necessário, os respectivos atestados de saúdeanimal; orientar quanto ao desenvolvimento seguro da produção animal em sistemasintegrados de exploração agricultura – pecuária e aquisição de insumos de qualidade elivres de contaminantes; orientar a alimentação equilibrada das diferentes categorias animais; orientar o armazenamento de volumosos, rações, concentrados, suplementosvitamínicos e minerais;

Page 26: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

25

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

estabelecer o programa integrado de controle de vetores e pragas; orientar um plano de gerenciamento de resíduos de modo a garantir destinoadequado dos vasilhames de medicamentos, embalagens e animais mortos; planejar e executar projetos de construções rurais, específicos de produção animal; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

13 – ENTIDADES CERTIFICADORAS

Organizações governamentais ou privadas habilitadas a promover ações eprocedimentos para caracterizar a origem e o estado sanitário do rebanho, assegurando aqualidade dos alimentos deles provenientes. As atividades de auditoria da certificadora,quando relacionadas à saúde do rebanho e ao programa sanitário somente poderão serexecutadas por veterinários.

O Responsável Técnico por Entidades Certificadoras, quando no exercício de suasfunções, deve:

garantir que todas as atividades realizadas por funcionários e/ou prestadores deserviços e/ou estagiários sejam supervisionadas por técnicos qualificados; garantir a aplicação das regras e procedimentos operacionais de acordo as normaspertinentes; garantir a execução do sistema de segurança e sigilo dos dados coletados; adotar procedimentos de acompanhamento da produção, manejo alimentar,sanidade e manejo reprodutivo quando aplicados em programas de certificação derastreabilidade animal; acompanhar e supervisionar os trabalhos de empresas terceirizadas quando houver; orientar, acompanhar e supervisionar na implantação e implementação deprocedimentos e práticas que visem o controle de qualidade; capacitar os servidores e/ou prestadores de serviço para a atuação adequada noestabelecimento; adotar procedimentos para melhoria da qualidade, avaliação de desempenho eauditoria interna; orientar e supervisionar todos os servidores e/ou prestadores de serviço quanto àaplicação das boas práticas de manejo no estabelecimento; ser responsável pela transmissão de informações às instituições governamentaisresponsáveis pelo controle; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

Page 27: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

26

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

14 – ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

Propriedades rurais que têm como objetivo básico a produção de aves e ovos. Sãoclassificados em: Avozeiros e Matrizeiros; Incubatórios; Granjas de Produção de ovospara consumo e Produção de Frangos de Corte

14.1 AVOZEIROS E MATRIZEIROS:

O Responsável Técnico por Estabelecimentos avícolas, quando no exercício desuas funções, deve:

ter conhecimentos sobre biossegurança, fazendo cumprir a legislação vigente; assegurar a higiene das instalações e adjacências; orientar sobre a importância da higiene e saúde do pessoal responsável pelomanuseio de aves e ovos; assegurar o isolamento da granja de possíveis contatos externos e/ou com outrosanimais domésticos e silvestres; manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao interior da granja; proporcionar condições de controle sobre as águas de abastecimento e servidas; manter controle permanente sobre fossas sépticas, compostagem e/ou fornoscrematórios; manter permanentemente limpas as proximidades das cercas além da área deisolamento; orientar quanto ao controle e/ou combate de vetores e pragas; orientar o tratamento dos resíduos orgânicos; ter conhecimentos sobre Defesa Sanitária, observando o cumprimento da legislaçãoem vigor; elaborar e fazer cumprir o cronograma de vacinação, obedecendo aquelasobrigatórias e de acordo com a idade das aves; garantir a aplicação das vacinas exigidas pelas normas epidemiológicas do serviçooficial; fazer cumprir as monitorias para granjas certificadas como livres de salmonelas emicoplasmas; solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizer necessário; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

14.2 INCUBATÓRIOS:

São estabelecimentos destinados a produção de pintos de 01 (um) dia, tanto paraavozeiros como para matrizeiros e compete ao Responsável Técnico:

orientar para que se mantenha total isolamento de vias públicas;

Page 28: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

27

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

manter permanentemente limpas e higienizadas todas as instalações; controlar as condições de higiene dos meios de transporte de ovos e pinto de umdia, inclusive quanto à eficiência de rodolúvios e pedilúvios; controlar as condições higiênicas de vestiários, lavatórios e sanitários, compatíveiscom a disponibilidade de funcionários; orientar e exigir o destino adequado dos resíduos de incubação e das águasservidas; controlar a higiene, temperatura e umidade de chocadeiras e nascedouros; orientar quanto ao controle e/ou combate a insetos e roedores ou outras pragas; manter permanente fiscalização quanto à qualidade e renovação do ar; orientar sobre a importância do controle da progênie (teste de progênie segundo alegislação em vigor); garantir a vacinação obrigatória conforme legislação vigente e aquelas por exigênciada situação epidemiológica e do comprador; manter livro de registro de ocorrências de doenças e óbitos, respeitando àquelas denotificação obrigatória. emitir documento sanitário que ateste a saúde e destino dos pintos de um dia e dosovos férteis; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais das ocorrências de impactos ao meioambiente; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

14.3 GRANJAS DE PRODUÇÃO DE OVOS PARA CONSUMO:

Compete ao Responsável Técnico:

garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem como equipamentosindispensáveis; orientar para que a iluminação e ventilação atendam às necessidades de produção; orientar quanto ao controle e/ou combate de vetores e pragas; orientar sobre a importância da manutenção da qualidade higiênico sanitária dasinstalações e produtos; orientar o tratamento dos resíduos orgânicos; orientar sobre os cuidados a serem dispensados com os produtos que saem doestabelecimento, salvaguardando os interesses do consumidor, especialmente quantoà Saúde Pública; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ;

Page 29: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

28

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

14.4 PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE:

Compete ao Responsável Técnico:

planejar e executar projetos de avicultura; manter registro de todos os dados relativos à produção, no que se refere ao manejozootécnico e as medidas sanitárias; orientar e treinar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções; assegurar o isolamento da granja de possíveis contatos externos e/ou com outrosanimais domésticos e silvestres; manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao interior da granja; assegurar a higiene das instalações e adjacências; ter conhecimento de biossegurança; destacar a importância da higiene e saúde do pessoal responsável pelo manuseiode aves, bem como da manutenção da qualidade higiênico-sanitária das instalações; orientar o tratamento dos resíduos orgânicos; estabelecer programa de controle integrado de vetores e pragas; elaborar e fazer cumprir cronograma de vacinação, destacando as obrigatórias eobservando a idade das aves; estabelecer programa de vermifugação do plantel; fazer cumprir as monitorias para granjas certificadas como livres de salmonelas emicoplasma; solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizer necessário; garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem como deequipamentos indispensáveis ao bem-estar das aves alojadas; orientar para que a iluminação e ventilação atendam às necessidades de produção; prestar orientação sobre os cuidados aos produtos que saem do estabelecimento,salvaguardando os interesses do consumidor, especialmente quanto à Saúde Pública; manter controle permanente sobre fossas sépticas, composteiras e/ou crematórios,bem como sobre o destino dos subprodutos (esterco, cama de frango, penas, avesmortas); manter o registro de ocorrência de doenças e mortes, respeitando aquelas denotificação obrigatória; emitir documento sanitário que ateste a saúde e o destino das aves para abate; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais das ocorrências de impactos ao meioambiente; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ;

Page 30: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

29

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

15 – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA EDE ZOOTECNIA

As Instituições de ensino superior público e/ou privadas, em Medicina Veterinária,nas quais a natureza das atividades tenham por objetivo o ensino, a pesquisa e aextensão de serviços à comunidade, nas áreas de medicina animal, saúde pública eprodução animal deverão dispor médicos veterinários como Responsáves Técnicos,assim como as Instituições de ensino superior público e/ou privadas, em Zootecnia, nasquais a natureza das atividades tenham por objetivo o ensino, a pesquisa e a extensão deserviços à comunidade, na área de produção animal, deverão ter zootecnistas comoresponsável técnico.

O Responsável Técnico por estabelecimentos de ensino superior de medicinaveterinária e de zootecnia, quando no exercício de suas funções, deve:

estar informado sobre o estado de manutenção das instalações e equipamentos dainstituição, comunicando ao superior de direito, as irregularidades existentes,solicitando as providências cabíveis e comunicando ao CRMV-RJ os problemas nãosolucionados em tempo hábil; inteirar-se sobre as condições da infraestrutura física (fazenda-escola, laboratórios,clínicas, consultórios, hospital veterinário, biblioteca setorial, salas de aula, etc.) dainstituição, comunicando a quem de direito, os problemas atinentes a cada setor paraque as medidas corretivas sejam adotadas; acatar e fazer cumprir as normas e legislação pertinente a sua função de RT junto àinstituição de ensino, agindo de forma integrada com os demais profissionais dainstituição; exigir que os profissionais médicos veterinários e zootecnistas que atuam nainstituição estejam devidamente registrados no CRMV-RJ, conforme legislaçãopertinente; atuar estritamente de acordo com a legislação vigente no sentido de solucionar asirregularidades constatadas, observando rigorosamente a conduta ética; inteirar-se da legislação ambiental, orientando a adoção de medidas preventivas ereparadoras a possíveis danos ao meio ambiente provocados pela atividade dainstituição; manter na instituição, à disposição dos fiscais do CRMV-RJ, o “Livro de Registro deOcorrências”, fornecido pela autarquia, no qual deverão ser registradas asrecomendações e orientações, bem como as ocorrências e irregularidades; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

Page 31: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

30

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

16 – ESTABELECIMENTOS RELACIONADOS À MULTIPLICAÇÃO ANIMAL

Entende-se por estabelecimentos de multiplicação animal aqueles em que sãodesenvolvidas qualquer das etapas envolvidas com as técnicas de reprodução artificial,natural ou assistidas, entre elas: a coleta e manipulação de sêmen ou embriões, ainseminação artificial, as transferências de embriões, a clonagem. Incluem-seestabelecimentos públicos e privados, com fins comerciais ou não, de fabrico, importaçãoe exportação de insumos relacionados com as técnicas reprodutivas e os prestadores deserviço na especialidade.

O Responsável Técnico por Estabelecimentos relacionados à multiplicação animal,quando no exercício de suas funções, deve:

garantir a higiene geral dos estabelecimentos, dos equipamentos e dos insumos; garantir a qualidade de água de abastecimento e águas servidas; proceder ao exame do produto acabado; garantir o controle de qualidade do sêmen, clone ou embrião, mediante examesfísicos, morfológicos, bioquímicos, bacteriológicos e outros julgados necessários; acompanhar as fases de colheita, manipulação, acondicionamento, transporte eestocagem do sêmen, clones e embriões; orientar sobre a necessidade de estrutura física adequada e pessoal técnicocapacitado. manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia. atentar para os aspectos sanitários, zootécnicos, andrológicos, de saúde hereditáriae de identificação; garantir que o ingresso do reprodutor no Centro de produção de sêmen e embriõesseja precedido de uma quarentena para os necessários exames sanitários,andrológicos, ginecológicos e de tipificação sangüínea; emitir os certificados sanitários, andrológicos e ginecológicos, com base nos examesclínicos e laboratoriais efetuados durante a quarentena; garantir o cumprimento das normas técnicas sanitárias, andrológicas, ginecológicase de ordem zootécnica, instituídas pelos órgãos competentes, seja na produção desêmen ou de embriões, em propriedade com ou sem fins comerciais. garantir o bem-estar dos animais doadores e receptores; controlar os estoques de sêmen e embriões;

O Responsável Técnico por Estabelecimentos relacionados à multiplicação animalcom prática de prestação de serviços, quando no exercício de suas funções, deve:

ter conhecimento e habilidade para a condução de exames andrológicos,ginecológicos e de sanidade; orientar para a tipificação sangüínea dos doadores de sêmen e embriões; orientar o treinamento de mão de obra para aplicação de sêmen, a transferência deembriões, a aplicação de produtos para superovulação e sincronização de cio, a

Page 32: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

31

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

inseminação artificial, o armazenamento de sêmen e embriões congelados e todos osprocedimentos relativos à reprodução natural e assistida.

17 – ESTABELECIMENTOS QUE INDUSTRIALIZAM RAÇÕES, CONCENTRADOS,INGREDIENTES E SAIS MINERAIS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

O Responsável Técnico por Estabelecimentos que manipulam ingredientes para aprodução de alimentos e suplementos alimentares para animais, quando no exercício desuas funções, deve:

conhecer os aspectos técnicos e legais a que estão sujeitas as indústrias produtorasde alimentos para animais, sendo corresponsável nas irregularidades detectadas pelosórgãos oficiais; acatar e orientar o cumprimento das normas pertinentes à sua área de atuaçãoincluindo-se as Boas Práticas de Fabricação e as Instruções Normativas do órgão deinspeção e fiscalização oficial (MAPA); trabalhar em consonância com o Serviço Oficial de Inspeção e Fiscalização,procurando uma ação integrada, visando à produção de alimento com qualidade; efetuar visitas, de acordo com a direção do estabelecimento, às indústriasfornecedoras de matérias-primas, com vistas em certificar-se de sua qualidade; adotar medidas preventivas e reparadoras aos possíveis danos ao meio ambiente,provocados pela ação do estabelecimento; notificar as autoridades dos órgãos ambientais das ocorrências de impactos ao meioambiente; estabelecer programa integrado de controle de pragas e vetores; garantir que todas as informações para o uso correto do produto, inclusive o seuprazo de validade, estejam especificadas na embalagem, de forma clara, capaz depermitir o entendimento do consumidor; garantir rigoroso cumprimento dos memoriais descritivos de fabricação dos produtos; orientar a implantação de um plano de gerenciamento de resíduos de modo agarantir a disposição correta dos resíduos gerados no estabelecimento; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia. orientar proprietários e funcionários envolvidos com a produção quanto:

a formulação, preparação e balanceamento de rações e concentrados paraanimais;

a formulação, preparação e balanceamento de complexos vitamínicos eminerais;

ao desenvolvimento de novas formulações; à aquisição de matérias-primas de boa qualidade e de empresas idôneas,

seu uso correto e legal; ao estabelecimento das condições mínimas de higiene e de funcionamento

dos equipamentos e infraestrutura;

Page 33: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

32

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

à adoção de novas tecnologias de produção, atentando especialmente parao controle de qualidade dos produtos e para os pontos críticos decontaminação;

ao controle dos registros de todos os dados relativos à produção; à formação e treinamento de pessoas envolvidas nas operações de mistura,

manipulação, embalagem, armazenagem e transporte; ao estabelecimento de padrões de embalagem, de armazenamento, de

transporte das matérias primas utilizadas e do produto final; ao estabelecimento de técnicas de controle de qualidade, quanto aos

equipamentos, reagentes e análises no laboratório;

18 – ESTRUTIOCULTURA - CRIAÇÃO DE AVESTRUZES - CRIADOUROS:

O Responsável Técnico pelos criadouros de avestruzes de ciclo completo ouparcial, quando no exercício de suas funções, deve:

planejar e executar projetos de estrutiocultura; manter registro de todos os dados relativos à produção, no que se refere ao manejozootécnico e as medidas sanitárias; orientar e treinar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções; assegurar o isolamento do criadouro de possíveis contatos externos e/ou com outrosanimais domésticos e silvestres; manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao interior do criadouro; assegurar a higiene das instalações e adjacências; ter conhecimento de biossegurança; destacar a importância da higiene e saúde do pessoal responsável pelo manuseiode aves e ovos e da manutenção da qualidade higiênico-sanitária das instalações; estabelecer programa integrado de controle de pragas e vetores; elaborar e fazer cumprir cronograma de vacinação, atentando para as obrigatórias ea idade das aves; estabelecer programa de vermifugação do plantel; fazer cumprir as normas para os criadouros previstas no Programa Nacional deSanidade Avícola; solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizer necessário; garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem como manter o seumonitoramento; orientar para que o manejo atenda às necessidades de produção específicas destaespécie; orientar os compradores sobre os cuidados a serem dispensados com a criação,salvaguardando os interesses do consumidor; orientar a implantação de um plano de gerenciamento de resíduos de modo agarantir a disposição correta dos resíduos gerados no estabelecimento, prevendo ocontrole permanente sobre fossas sépticas, composteiras e/ou crematórios, bem comosobre o destino dos subprodutos (esterco, aves mortas, casca de ovos quebrados,etc...); manter o registro de ocorrência de doenças e mortes, respeitando as regrasprevistas aquelas de notificação obrigatória;

Page 34: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

33

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

emitir documento sanitário que ateste a saúde e o destino das aves; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais, em caso de impactos ao meioambiente; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

19 – INCUBATÓRIOS

O Responsável Técnico pelos incubatórios de ovos de avestruzes, quando noexercício de suas funções, deve:

orientar para que se mantenha isolamento adequado conforme prevêem asnormativas específicas; manter permanentemente limpas e higienizadas todas as instalações; controlar as condições de higiene dos meios de transporte de ovos e filhotes de umdia, inclusive quanto à eficiência de rodolúvios e pedilúvios; controlar as condições higiênicas de vestiários, lavatórios e sanitários, que devemser compatíveis com o número de funcionários; orientar a implantação de um plano de gerenciamento de resíduos de modo agarantir a disposição correta dos resíduos gerados no estabelecimento, prevendo o odestino adequado dos resíduos de incubação e das águas servidas; controlar a higiene, temperatura e umidade de chocadeiras e nascedouros; manter permanente fiscalização quanto à qualidade e renovação do ar; monitorar a contaminação ambiental via plaqueamento dentro das dependências doincubatório e equipamentos; orientar o controle mediante teste de progênie conforme a legislação em vigor; garantir a vacinação obrigatória conforme legislação ou exigência por situaçãoepidemiológica especial, ou ainda por exigência do comprador; manter livro de registro de ocorrências de doenças e mortes, respeitando aquelas denotificação compulsória; emitir documento sanitário que ateste a saúde e destino dos filhotes de um dia e dosovos férteis; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ;

Page 35: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

34

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

20 – EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES E OUTROS EVENTOS PECUÁRIOS

Todos os eventos de exposição e/ou comercialização de animais de qualquerespécie, deverão prever a presença de um profissional médico veterinário ou zootecnistacomo responsável técnico (RT).

A carga horária do responsável técnico por exposições, leilões e feiras é de tempointegral, desde a entrada até a liberação e saída dos animais do recinto.

O Responsável Técnico por exposições, feiras, leilões e outros eventos pecuários,quando no exercício de suas funções deve:

garantir, aos animais, em todas as fases do planejamento, implantação e realizaçãodo evento a manutenção das 5 liberdades, no que couber, a saber: livres de fome esede; livres de desconforto; livres de medo e estresse; livres de dor, lesões e doenças;e livres para expressar comportamento normal garantir que todos os animais presentes no local do evento estejam acompanhadosdos atestados e exames fornecidos por médicos veterinários e/ou órgão competente,de acordo com as exigências e normas estabelecidas para cada tipo de evento eespécie(s) envolvida(s); acatar e cumprir as exigências legais e oficiais sobre os aspectos sanitáriosvigentes, sujeitando-se às exigências legais e administrativas pertinentes; garantir o isolamento em local especifico e/ou remoção imediata de animais comproblemas sanitários, que possam comprometer a saúde de outros animais do evento; comunicar imediatamente às autoridades sanitárias (órgãos oficiais, locais, regionaise/ou estaduais) os casos de enfermidades e/ou outros problemas e garantir que asmedidas profiláticas requeridas (desinfecção, vacinação, etc.) sejam cumpridas emtodas as suas etapas; verificar se, pelo tipo do evento realizado, é necessário um atestado de saúdeespecífico - prenhez, animal com filhote(s) ao pé -, tomando as medidas cabíveis nocaso da não apresentação do atestado; classificar os animais dentro de uma cronologia correta, por categoria; verificar a sanidade dos animais, considerando a espécie e suas principais doençastransmissíveis; separar, em local especifico, os animais que apresentarem, após a entrada norecinto do evento, perda das condições de comercialização ou situação incompatível aoreferido nos atestados sanitários; identificar e isolar em local especifico os animais com quadro patológico suspeito dedoença transmissível; identificar e isolar os animais que pelo seu estado clínico geral possam constituirprováveis riscos ao ser humano, animais ou ao meio ambiente, comunicandoimediatamente às autoridades sanitárias e garantir as medidas profiláticas requeridas; participar ativamente dos trabalhos de sua atividade técnica, sugerindo e opinandocom vistas a efetivação das medidas de bem-estar animal e segurança aos animais,

Page 36: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

35

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

aos participantes e ao público, acompanhando a correção de todas as alteraçõesnecessárias para o correto desenvolvimento do evento em questão; verificar se as resenhas dos animais estão de acordo com as características de cadaanimal. interferir no sentido de solucionar as irregularidades que constatar, observandorigorosamente a conduta ética e, quando necessário, dar conhecimento dasirregularidades constatadas aos representantes dos órgãos oficiais de fiscalizaçãosanitária, sejam estes da saúde, da agricultura ou do meio ambiente, de acordo com airregularidade encontrada; participar, sempre que possível, da elaboração do regulamento do evento pecuário,fazendo constar as normas sanitárias oficiais, os padrões e normas zootécnicasvigentes, assim como o cumprimento dos princípios de bem-estar animal; estar presente, obrigatoriamente, durante todo o evento; colocar-se à disposição dos participantes do evento, assim como do público,emitindo informações e esclarecimentos, dentro de sua área de atuação, sobre oevento e animais participantes; estabelecer o intercâmbio com os órgãos oficiais, como Defesa Agropecuária,Secretaria de Agricultura Municipal, Secretaria de Saúde Estadual e Municipal,Secretaria do Meio Ambiente e outros; verificar se o alojamento temporário e/ou permanente dos animais atende àsnecessidades de cada espécie, considerando sexo, raça, idade, comportamento, deforma a evitar riscos de desconforto, fugas, brigas, estresse e de acordo asnecessidades básicas de cada espécie, garantindo condições de expressar seucomportamento natural; verificar a disponibilidade de fontes de água para abastecimento dos animais elimpeza; área para destino temporário (máximo de 24 horas) de resíduos de dejetos deanimais, camas e restos de ração, em área externa e afastada do local de alojamentodos animais evitando a presença de moscas e demais incômodos como odores; áreasde separação por grupo ou tipos de animais de acordo com recomendaçõesespecificas da área de destinação de resíduos sólidos previstos na legislaçãoambiental; supervisionar as condições de suprimento de água e alimentos para os animais, deconforto, segurança e proteção dos mesmos, inclusive avaliando a proteção contraexcesso de público visitante; vistoriar as instalações e observar as condições de ventilação, iluminação,temperatura ambiente, segurança nas áreas destinadas ao alojamento, ao manejo e aoatendimento de qualquer eventualidade clínica com os animais presentes orientar os participantes do evento quanto ao transporte adequado dos animais emveículo de modelo e capacidade adequado à espécie e quantidade de animais,respeitando a segurança o bem estar do animal durante todo o trajeto; orientar o manejo no embarque e desembarque de forma a evitar lesões e traumas; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os eventos sob suaresponsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

Page 37: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

36

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

21 – GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DA SAÚDE ELABORAÇÃODO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE(PGRSS)

O responsável técnico pela elaboração, implantação e monitorizarão do PGRSS,do estabelecimento gerador de resíduos de serviços de saúde (RSS), quando noexercício de suas funções deve:

elaborar e encaminhar o PGRSS junto ao órgão competente; conhecer os procedimentos técnicos e administrativos para licenciamento ambientaldo estabelecimento gerador de RSS e certificar que o mesmo esteja devidamentelicenciado junto ao órgão ambiental; estar ciente de que o PGRSS é uma atividade interdisciplinar, ou seja, deverá serelaborado, implantado e acompanhado por uma equipe multiprofissional; estar ciente da necessidade de ações integradas envolvendo questões de saúdecoletiva e meio ambiente; certificar que a cópia do PGRSS esteja disponível para consulta sob solicitação daautoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e dopúblico em geral; elaborar o plano obedecendo critérios estabelecidos pelos órgãos de vigilânciasanitária e de limpeza pública; conhecer os procedimentos técnicos de coleta, acondicionamento, transporte edestinação final de RSS; ter conhecimento sobre os potenciais riscos químicos, físicos, biológicos eradioativos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do mau gerenciamento edisposição final de RSS; ter conhecimentos em biossegurança; orientar o profissional competente na elaboração de projetos de construção deespaços físicos destinados ao depósito e acondicionamento temporário de RSS; orientar programa integrado de controle de vetores e roedores; orientar a coleta seletiva no estabelecimento gerador de RSS priorizando aidentificação e a segregação na origem; executar os trabalhos visando a não geração, minimização, reutilização e reciclagemdos RSS; exigir que os recipientes, containeres e locais de armazenamento temporário dosRSS sejam mantidos limpos e desinfetados com periodicidade e produtos adequados; adotar medidas de controle de efluentes líquidos com risco de contaminaçãoambiental oriundos dos RSS; permitir a utilização somente de produtos aprovados pelos Ministérios da Saúde eAgricultura e orientar o proprietário da empresa sobre as consequências do uso deprodutos não aprovados; conhecer tecnologias de neutralização de RSS; conhecer os principais microrganismos responsáveis pelas contaminaçõesveiculadas pelos RSS; capacitar e qualificar a mão de obra necessária aos procedimentos de identificação,segregação, coleta, manipulação, acondicionamento, transporte, transbordo,tratamento e destinação final adequada de RSS; orientar e treinar equipes de trabalho de estabelecimentos geradores de RSS,envolvendo o quadro de terceirizados, os setores de higienização e limpeza,

Page 38: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

37

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMET) em consonância com aslegislações de saúde e ambiental vigentes; definir os tipos de EPI (Equipamento de Proteção Individual) a serem utilizados pelosfuncionários ligados ao setor de higiene, bem como a simbologia padronizada dosdiversos equipamentos, materiais compartimentos relacionados com os RSS; manter registro dos dados qualitativos e quantitativos relativos ao RSS paramonitoramento e atualização do PGRSS; manter registro de acidentes de trabalho envolvendo RSS; ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estão sujeitos osestabelecimentos geradores de resíduos dos serviços da saúde, especialmente quantoaos Regulamentos e Normas que envolvam a atividade e Legislação da Secretaria deSaúde/Vigilância Sanitária e órgãos de meio ambiente nas três esferas (federal,estadual e municipal); manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam a atividade sob suaresponsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

22 – HARAS, JÓQUEIS-CLUBES, CENTROS DE TREINAMENTO E OUTRASENTIDADES HÍPICAS

Haras são definidos como estabelecimentos onde são criados equinos paraqualquer finalidade e Jóqueis-clubes são os estabelecimentos destinados à realização decorridas de cavalos e onde são mantidos equinos de propriedade dos associados;, Hípicacorresponde ao estabelecimento onde são mantidos equinos e são realizados exercíciosde sela e/ou saltos, para uso de seus associados e/ou exibição pública.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico porharas, jóqueis-clubes, centros de treinamento e outras entidades hípicas deve:

orientar o gerenciamento dos estabelecimentos de reprodução, esporte e/ou lazer; planejar e executar projetos de construções rurais específicos à atividade fim; manter registro de todos os dados relativos à produção, no que se refere ao manejozootécnico, dados reprodutivos e medidas sanitárias; orientar e capacitar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções,especialmente acerca das atividades de manejo, práticas higiênico-sanitárias,manipulação de produtos, técnicas de contenção de animais, respeito ao bem-estar e àvida animal; orientar sobre a importância do programa de higiene e saúde do pessoalresponsável pelo manuseio dos animais; assegurar a biossegurança do empreendimento; assegurar o isolamento do estabelecimento de possíveis contatos externos e/ou comoutros animais domésticos; assegurar a higiene das instalações e adjacências, mantendo inclusive um controleintegrado de pragas e vetores;

Page 39: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

38

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao interior doestabelecimento e responsabilizar-se pelo ingresso de equinos e outros elementos demultiplicação animal no haras; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca das questões técnicas e legais; assegurar o bem estar dos animais e tomar providências para que, quandonecessária, seja feita uma contenção adequada dos animais; destacar a responsabilidade civil e ambiental da adoção ou permanência deempreendimentos em áreas de preservação permanente; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; orientar o plano de gerenciamento de resíduos visando a destinação de dejetos, lixo,restos de medicamentos e rações e sobre o destino adequado dos vasilhames demedicamentos, embalagens e animais mortos; orientar a alimentação equilibrada para as diferentes categorias animais; orientar o armazenamento de rações, concentrados, suplemento vitamínico emineral, medicamentos, mantendo um rigoroso controle de entrada das matérias-primas e prazos de validade; proporcionar condições de controle sobre as águas de abastecimento e servidas; manter permanentemente limpas as proximidades das cercas, além da área deisolamento; ter conhecimento sobre a legislação de Defesa Sanitária Animal, fazendo cumprir asnormas em vigor; representar o haras junto ao serviço oficial para prestação de informaçõespertinentes, responsabilizando-se pela coleta de material para exames laboratoriais,quando necessário; realizar, periodicamente, exames laboratoriais e provas diagnósticas para: AnemiaInfecciosa Equina e demais patologias, segundo critérios do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento; assegurar o encaminhamento de material para exames laboratoriais emestabelecimentos oficiais e/ou autorizados; elaborar e fazer cumprir o cronograma obrigatório de vacinação, atentando para asidades dos animais; estabelecer programa de vermifugação do plantel; assegurar a organização da farmácia do estabelecimento, realizando o descarte demedicamentos com data vencida, conforme legislação ambiental vigente; solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizer necessário; emitir documento sanitário que ateste a saúde dos equinos e o seu destino; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

Page 40: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

39

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

23 – HOSPITAIS, CLÍNICAS, CONSULTÓRIOS, AMBULATÓRIOS E DEMAISSERVIÇOS VETERINÁRIOS

Em Hospitais e Clínicas 24 horas é necessária a presença permanente doResponsável Técnico, ou de Médicos Veterinários substitutos, de modo a garantir apresença integral nas 24 horas do dia.

Clínicas sem internação, consultórios e ambulatórios deverão contar com apresença do Responsável Técnico durante todo o período de funcionamento, ou de umMédico Veterinário substituto.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico deempresas prestadoras de serviços Médicos Veterinários deve:

garantir presença de Médico Veterinário durante todo o período de funcionamentodo hospital veterinário sob sua responsabilidade técnica, ou qualquer outro que seproponha ao funcionamento em regime de 24 horas ou que faça internação depacientes. respeitar os direitos dos clientes como consumidores de serviços, conhecendoplenamente o Código de Proteção e Defesa do Consumidor; atentar para que a empresa onde exerça sua função possua formulários deprestação de serviços que propiciem segurança e garantia a ela e a seus clientes, taiscomo: termo de compromisso de internação; fichas cadastrais; recibos de pagamento;blocos de receituário profissional; prontuários e outros; garantir que todas as atividades realizadas por auxiliares e/ou estagiários sejamsupervisionadas por Médico Veterinário; exigir que os Médicos Veterinários, auxiliares e/ou estagiários estejamadequadamente uniformizados quando do atendimento; capacitar o pessoal atendente para que possam prestar informações e tratamentoadequado aos clientes e manejar respeitosamente os animais, garantindo-lhes o bem-estar; usar adequadamente a área de isolamento garantindo que animais doentes nãotenham contato com os sadios; acatar as normas legais, referentes aos serviços oficiais de vigilância sanitária,compatibilizando-as com a prestação de serviço da empresas e agindo de formaintegrada aos profissionais que exercem tal função pública; notificar as autoridades sanitárias das ocorrências de interesse para a saúde públicaque, por ventura, tenham-se dado durante a prestação de serviço e da atividaderotineira do estabelecimento, de forma a contribuir com a preservação da saúdepública; exigir que todos os Médicos Veterinários que atuam no estabelecimento estejamdevidamente registrados no CRMV-RJ, assim como o estabelecimento; proceder a ações ou estabelecer métodos de controle para assegurar o uso demedicamentos dentro do prazo de validade e a manutenção adequada dos produtosbiológicos, conforme legislação vigente; quando possuir medicamentos de uso controlado, respeitar a legislação vigente; orientar e controlar a esterilização do material que exija tal procedimento; desenvolver as atividades no que diz respeito à higiene do ambiente, separação,destinação dos resíduos sólidos de saúde e estocagem dos insumos, estabelecendo

Page 41: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

40

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), conformelegislação estadual vigente; garantir a observância dos direitos dos animais e do seu bem-estar; cuidar para que os dispositivos promocionais da empresa não contenhaminformações que caracterizem propaganda abusiva e/ou enganosa, ou contrariem asnormativas emanadas pelo CFMV/CRMV-RJ; ter pleno conhecimento das questões legais que envolvam o uso de equipamentos,principalmente aparelhos de Raios-X; responsabilizar-se pela capacitação do pessoal; orientar sobre a importância do controle e/ou combate a insetos e roedores; garantir a existência de um plano de gerenciamento de resíduos de serviços dasaúde no local em atendimento à legislação; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

24 – EVENTOS PARA CONTROLE CIRÚRGICO DE NATALIDADE DE CÃES E GATOSCOMUMENTE DENOMINADOS DE CAMPANHAS OU MUTIRÕES DE CASTRAÇÃO

Os eventos para controle cirúrgico de natalidade de cães e gatos deverão ocorrercom a presença de médicos veterinários responsáveis técnicos.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico peloevento deve:

estar durante todo o evento e garantir que não haja risco à segurança e ao bemestar e direitos dos animais envolvidos; respeitar os direitos dos responsáveis pelos animais como consumidores deserviços, conhecendo plenamente o Código de Proteção e Defesa do Consumidor; atentar para o preenchimento de formulários de prestação de serviços, tais como:termo de autorização para o ato cirúrgico (risco cirúrgico); fichas cadastrais; recibos depagamento; blocos de receituário profissional; prontuários e outros; garantir que todas as atividades realizadas por auxiliares e/ou estagiários sejamsupervisionadas por Médico Veterinário; exigir que os Médicos Veterinários, auxiliares e/ou estagiários estejamadequadamente paramentados durante o atendimento; capacitar o pessoal atendente para que possam prestar informações e tratamentoadequado aos clientes e manejar respeitosamente os animais, garantindo-lhes o bem-estar; orientar os responsáveis pelos cães e gatos quanto aos pilares da posseresponsável, além da prevenção e controle das principais zoonoses; orientar sobre a prevenção a acidentes por agressão animal; acatar as normas legais, referentes aos serviços oficiais de vigilância sanitária,compatibilizando-as com a prestação desse serviço e agindo de forma integrada comprofissionais que exercem tal função pública;

Page 42: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

41

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

notificar as autoridades sanitárias das ocorrências de interesse para a saúde públicaque, porventura, tenham-se dado durante essa prestação de serviço, de forma acontribuir com a preservação da saúde pública; proceder a ações ou estabelecer métodos de controle para assegurar o uso demedicamentos dentro do prazo de validade; quando possuir medicamentos de uso controlado, respeitar a legislação vigente; orientar e controlar a esterilização do material que exija tal procedimento; desenvolver as atividades no que diz respeito à higiene do ambiente, separação,destinação dos resíduos sólidos de saúde e estocagem dos insumos, estabelecendoum Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), conformelegislação estadual vigente; cuidar para que os dispositivos promocionais da empresa não contenhaminformações que caracterizem propaganda abusiva e/ou enganosa, ou contrariem asnormativas existentes e o Código de Ética do Médico Veterinário; responsabilizar-se pela capacitação do pessoal; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

25 – LABORATÓRIOS DE PATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E ANÁLISES CLÍNICASVETERINÁRIAS

O Responsável Técnico, quando no exercício de suas funções em laboratórios depatologia, diagnóstico e análises clínicas veterinárias deve:

responder tecnicamente pelos exames executados; desenvolver e coordenar atividades de análises clínicas, baseadas na suaqualificação, habilidade e treinamento; orientar quanto aos procedimentos de coleta de material em propriedades rurais,granjas, frigoríficos e indústrias para exames laboratoriais, observando-se ainda acorreta identificação das amostras, sua conservação, envio seguro e recebimento; aplicar metodologia analítica reconhecida e validada cientificamente; dar sugestões de melhoria, quando aplicável; ser responsável pela liberação final dos resultados na área técnica (inspeção final nosetor técnico); supervisionar/coordenar as atividades técnicas executadas; orientar tecnicamente, quando necessário, os clientes e médicos veterinários,quando aplicável; orientar e capacitar tecnicamente os demais funcionários; participar ativamente da manutenção do sistema de gestão de qualidade; adotar e aplicar manual de boas práticas, sempre que possível; reciclar e capacitar funcionários sob sua responsabilidade nos procedimentosdocumentados aplicáveis; adotar, aplicar e fazer cumprir as normas internas de biossegurança;

Page 43: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

42

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

fazer cumprir os requisitos especificados nos documentos do Sistema de Gestão daQualidade; fazer cumprir a política da qualidade no que se aplica ao seu cargo; desenvolver as atividades no que diz respeito à higiene do ambiente, separação,destinação dos resíduos sólidos de saúde e estocagem dos insumos, estabelecendoum Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), conformelegislação vigente; estar inteirado dos aspectos legais a que estão sujeitos os estabelecimentos; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

26 – INDÚSTRIAS DE PELES E COUROS

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico pelasindústrias de peles e couros deve:

acompanhar a avaliação do projeto junto ao órgão ambiental; conhecer os aspectos técnicos e legais pertinentes à indústria de peles e couros aque estão sujeitos estes estabelecimentos, sendo de sua responsabilidade asirregularidades atentadas pelos órgãos oficiais de fiscalização; ter conhecimento da qualidade e da origem da matéria-prima; ter conhecimento do estado sanitário dos produtos da matéria-prima; orientar quanto a aquisição dos produtos químicos utilizados na indústria; orientar quanto ao controle e/ou combate de animais sinantrópicos; acompanhar o destino dos efluentes industriais e fazer respeitar as leis de proteçãoao meio ambiente; orientar e capacitar os funcionários quanto às regras de segurança na manipulaçãodos couros e peles (risco de zoonoses - Ex: Brucelose); manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

27 – INDÚSTRIAS DE PRODUTOS VETERINÁRIOS

O Responsável Técnico dos estabelecimentos que industrializam produtos de usoveterinário, quando no exercício de suas funções, deve:

conhecer os aspectos técnicos e legais pertinentes à industrialização de produtos deuso veterinário a que estão sujeitos estes estabelecimentos, sendo corresponsávelpelas irregularidades detectadas pelos órgãos oficiais de fiscalização;

Page 44: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

43

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

providenciar o registro do estabelecimento junto ao Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (MAPA), assim como a sua renovação; certificar-se de que os produtos fabricados estão devidamente licenciados peloórgão competente, providenciando as renovações necessárias; mostrar conhecimento técnico sobre formulação e produção de farmacêuticos e/oubiológicos, conforme o caso; conhecer o fluxograma de produção e orientar quanto aos aspectos de qualidade,especialmente em relação a pesagem e estocagem de matéria-prima, revisão domaterial de rotulagem, adequada utilização dos equipamentos, amostragem dematérias-primas e produtos acabados para testes internos, e qualidade da águautilizada na indústria. conhecer os relatórios técnicos dos produtos, quando registrados no MAPA, deacordo com os modelos vigentes, providenciando as alterações que forem solicitadaspelo órgão competente; orientar e avaliar os testes de controle de qualidade realizados com os produtos ecom as matérias-primas, ficando, a seu critério, a aprovação ou reprovação dosprodutos para o uso a que se propõe; assegurar que os produtos que necessitem de refrigeração estejam acondicionadosadequadamente, mantendo registros de monitorização da temperatura; manter amostras dos produtos fabricados, assim como os registros de produção econtrole devidamente assinados, em número suficiente e pelo período de tempoespecificado na legislação vigente; orientar quanto aos cuidados na higiene de equipamentos industriais; orientar quanto aos aspectos de higiene pessoal dos funcionários, suaparamentação e procedimentos adotados no ambiente de trabalho; orientar o plano de gerenciamento de resíduos produzidos pelo e estabelecimento eadotar medidas preventivas e reparadoras a possíveis danos ao meio ambiente; estabelecer controle integrado de pragas e vetores; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

28 – MINHOCULTURA

Estabelecimento que tem como objetivo especial a criação de minhocas com afinalidade de produção de húmus destinados à comercialização.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico deve:

acompanhar a avaliação do projeto junto ao órgão ambiental; orientar quanto ao ambiente natural ótimo para o desenvolvimento da criação; manter a área de criação livre de produtos químicos e biológicos indesejáveis quevenham prejudicar a qualidade do húmus produzido;

Page 45: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

44

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

orientar o proprietário por ocasião da aquisição de animais a serem criados quanto àorigem da matéria prima produzida, bem como dos animais que venham a sercomercializados; acompanhar o processo de manipulação de extração de produtos apoterápicos(lumbrofoebrina); desenvolver medidas de controle de pragas, que possam prejudicar a criação; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

29 – PLANEJAMENTO, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E CONSULTORIA VETERINÁRIA EZOOTÉCNICA

Enquadra-se neste item as empresas de planejamento, assessoria, assistênciatécnica e crédito rural.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico deve:

estar ciente de sua co-responsabilidade na execução e acompanhamento dosprojetos agropecuários onde haja trabalho de equipe multiprofissional.; assessorar as empresas agropecuárias na elaboração e execução dos projetos,examinando os aspectos relativos a viabilidade técnica de execução, aos recursoshumanos necessários para viabilizar a execução e nas questões ambientaisenvolvidas.; prestar assistência especializada na sua área de atuação profissional, durante oplanejamento e execução do projeto ou o tempo de vigência do contrato firmado; adotar medidas preventivas e reparadoras de possíveis danos ao meio ambienteprovocados pela execução do projeto, orientando, adequadamente, todo o pessoalenvolvido em sua execução; emitir Laudos Técnicos sempre que forem necessários; garantir desenvolvimento de projetos que contemplem a legislação na área derastreabilidade dos animais. Orientar para o adequado gerenciamento da destinação dos resíduos produzidos,evitando a contaminação do ambiente, especialmente os cursos d’água; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

Page 46: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

45

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

30 – PRODUÇÃO DE OVOS E LARVAS DE BICHO DA SEDA (SERICICULTURA)

A atividade de sericilcultura envolve estabelecimentos classificados como: Institutosde sementagem, Chocadeiras de raças puras, Chocadeiras de raças híbridas e Depósitosde recebimento de casulos.

O Responsável Técnico pelos estabelecimentos que se dedicam à produção e aocomércio de ovos, larvas e casulos do bicho da seda, quando no exercício de suasfunções, deve:

estar apto para desenvolver todas as ações pertinentes a sementagem, chocadeirae recebimento de casulos; prestar orientação técnica aos funcionários envolvidos com a questão sanitária daempresa, principalmente sobre os aspectos higiênico-sanitários, manipulação defômites, etc., pois, em última análise, é corresponsável pela qualidade dos trabalhosnestes locais; orientar sobre o destino adequado de resíduos gerados por larvas e ovoscontaminados, bem como os restos de culturas e criações (camas de criação, etc.), demodo a evitar as contaminações e/ou disseminação de enfermidades; orientar o transporte das larvas e/ou ovos do bicho-da-seda de modo a evitar oestresse e/ou queda de resistência biológica; auxiliar a direção dos estabelecimentos no cumprimento da Legislação pertinenteprincipalmente quando às medidas sanitárias emanadas dos órgãos oficiais; orientar quanto aos riscos possíveis de contaminação da espécie, a fim de obter amelhor higiene possível na manipulação dos casulos; promover reuniões e palestras com o objetivo de orientar os criadores ligados àempresa, quanto aos problemas sanitários e medidas preventivas; orientar a empresa na adoção de medidas higiênicas e de preservação daintegridade física dos funcionários, que trabalham na produção de ovos do Bicho daSeda, bem como atender às medidas de preservação do meio ambiente; orientar os acasalamentos do Bicho da Seda; garantir a coleta e o envio de materiais a laboratórios especializados, com objetivode monitorar enfermidades nos lotes; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

31 – SUINOCULTURA

A suinocultura envolve a produção em Granja de Suínos com Mínimo de Doenças(GSMD), em Granjas de Suínos Certificadas (GSC) e outras propriedades rurais que têmcomo objetivo básico a produção de reprodutores machos e fêmeas para reposição, acria, a recria e a engorda.

O Responsável Técnico pelos empreendimentos suinícolas quando no exercício desuas funções, deve:

Page 47: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

46

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

participar, orientar, planejar ou executar projetos de construções rurais específicospara a produção animal e gerenciamento dos estabelecimentos; manter registro de todos os dados relativos à produção, no que se refere ao manejozootécnico, dados reprodutivos e medidas sanitárias, mantendo os registrosatualizados para garantir a rastreabilidade dos animais; orientar e capacitar a equipe de trabalhadores da empresa, ministrando-lhesensinamentos necessários à sua segurança e ao bom desempenho de suas funções,especialmente acerca das atividades de manejo, práticas higiênico-sanitárias,manipulação de produtos, técnicas de contenção de animais, respeito ao bem estar e àvida animal, orientando inclusive sobre a importância de um programa de higiene esaúde dos trabalhadores da empresa; orientar sobre a importância da higiene e saúde do pessoal responsável pelomanuseio dos animais e assegurar a biossegurança do empreendimento; assegurar o isolamento da granja de possíveis contatos externos e/ou com outrosanimais domésticos; assegurar a higiene das instalações e adjacências, mantendo inclusive controle depragas e vetores; manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao interior da granja eresponsabilizar-se pelo ingresso de suínos e outros elementos de multiplicação animalna granja; adotar medidas preventivas e mitigadoras aos possíveis impactos ao meio ambiente,provocados pela empresa, orientando, ainda, seus funcionários, diretores eproprietários acerca de todas as questões técnicas e legais; destacar a responsabilidade civil e ambiental da adoção ou permanência deempreendimentos em áreas de preservação permanente; notificar as autoridades dos órgãos ambientais nas ocorrências de impactos ao meioambiente; orientar o tratamento e o uso racional dos efluentes, dejetos, lixo, restos demedicamentos e rações; manter controle permanente sobre fossas sépticas e/ou fornos crematórios; dar orientações sobre o destino adequado dos vasilhames de medicamentos,embalagens e animais mortos; orientar a alimentação equilibrada para as diferentes categorias animais; orientar o armazenamento correto de rações, concentrados, suplemento vitamínico emineral, medicamentos, mantendo o controle de entrada das matérias primas e prazosde validade; garantir o controle da qualidade da água para abastecimento destinadas aos animaise para o consumo humano no estabelecimento; manter permanentemente limpas as proximidades das cercas, além da área deisolamento; estabelecer programa de controle integrado de pragas; ter conhecimento sobre a legislação de Defesa Sanitária Animal, fazendo cumprir asnormas em vigor, e solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizernecessário; representar a granja junto ao serviço oficial para prestação de informaçõespertinentes, responsabilizando-se pela coleta de material para exames laboratoriais,quando necessário;

Page 48: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

47

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

realizar, periodicamente, exames laboratoriais e provas diagnósticas para: PesteSuína Clássica, Doença de Aujeszky, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose, Sarna edemais patologias, ou outras, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério daAgricultura Pecuária e Abastecimento; assegurar o encaminhamento de material para exames laboratoriais emestabelecimentos oficiais e/ou autorizados; elaborar e fazer cumprir o cronograma de vermifugação e vacinação, atentando paraas obrigatórias e a idade dos suínos; assegurar a organização da farmácia da granja, realizando o descarte demedicamentos com data vencida; fazer cumprir as monitorias para granjas certificadas como “livres”, de acordo com asnormas preconizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; emitir documento sanitário que ateste a saúde dos suínos e o seu destino; emitir documentos informativos da raça e/ou da linhagem; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

32 – JARDINS ZOOLÓGICOS, PARQUES NACIONAIS E CRIADOUROS DE ANIMAISSELVAGENS

Quando no desempenho de suas funções técnicas nestes estabelecimentos oResponsável Técnico deve:

acompanhar e responder as exigências do órgão ambiental competente inclusivenas etapas de condução do projeto arquitetônico e preparo de relatórios técnicos; orientar o manejo adequado para cada espécie, garantindo o bem-estar e aprofilaxia dos animais; garantir atendimentos clínicos, cirúrgicos e preventivos em todos os animais doplantel; assegurar que todos os animais mortos do plantel sejam necropsiados; planejar, implementar e controlar a dieta dos animais de acordo com seu hábitoalimentar. responder pela formulação, fabricação e controle de qualidade das dietas e raçõespara os animais silvestres, responsabilizando-se pela eficiência nutricional dasfórmulas, bem como o armazenamento e a qualidade dos insumos; orientar para a aquisição de matérias primas de boa qualidade e de empresasidôneas, além de seu uso correto e legal; garantir a avaliação periódica da qualidade da água para abastecimento destinadasaos animais e para o consumo humano no estabelecimento; fazer cumprir todos os atos que envolvam adequada captura e contenção de animaisselvagens por meios químicos (sedação, tranquilização e anestesia) e/ou físico; notificar as autoridades sanitárias da ocorrência de eventos de interesse para asaúde pública e animal como, por exemplo, as zoonoses e outras doenças

Page 49: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

48

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

diagnosticadas, clínica e laboratorialmente, por profissional capacitado. (Tal notificaçãodeve ser acompanhada de laudo técnico emitido pelo Responsável Técnico ou outroProfissional por ele designado para o assunto específico; promover treinamento do pessoal envolvido com o manejo dos animais em todos osaspectos, a fim de garantir a segurança da população (visitantes), dos funcionários edos animais); orientar a adoção de medidas higiênico sanitárias adequadas e manutenção dasinstalações e equipamentos; supervisionar as técnicas de controle de qualidade, quanto aos equipamentos,pessoal e análises de laboratório; orientar quanto as normas de segurança do trabalhador e certificar-se de que todosos equipamentos estejam em plenas condições de uso e disponíveis ao pessoalcapacitado para a sua utilização, mantendo os funcionários envolvidos, cientes do riscode acidentes e zoonoses, além da preocupação com a higiene e profilaxia individual; prestar atendimento ao público, quando necessário; acompanhar as pesquisas e propor formas mais adequadas de utilização dosanimais silvestres e exóticos, adotando conhecimentos de biologia, fisiologia, etologia,bioclimatologia, nutrição, reprodução e genética, tendo em vista sua preservação e obem-estar; planejar e supervisionar a produção/criação dos animais do biotério, buscando seubem estar, equilíbrio nutricional e controle genealógico; acompanhar e incentivar o desenvolvimento de métodos de estudo, tecnologias,conhecimentos científicos e outras ações para promover o desenvolvimento científico etecnológico. acatar e fazer cumprir as normas e legislações pertinentes à sua área de atuação,agindo de forma integrada com os profissionais que exercem a fiscalização oficial; manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ; comunicar ao CRMV-RJ qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que regeo exercício da medicina veterinária e da zootecnia.

33 – ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS E VAREJISTAS DE PRODUTOS DEORIGEM ANIMAL – SUPERMERCADOS E SIMILARES

Incluem-se neste item os estabelecimentos que importam, recebem, fracionam,armazenam, distribuem, transportam, comercializam, manipulam e/ou embalam produtosde origem animal e seus derivados, incluídos os supermercados, hipermercados,atacadistas e congêneres.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico (RT)pelos estabelecimentos incluídos neste item do manual deverão:

manter-se atualizado quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais relacionados àconduta profissional e quanto as regras gerais que regulam os estabelecimentos sobsua responsabilidade técnica, principalmente aquelas emanadas pelo CFMV e CRMV-RJ;

Page 50: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

49

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

certificar-se da regularidade do estabelecimento e dos produtos comercializados, eorientar para a manutenção da documentação do estabelecimento referente aoslicenciamentos nos órgãos competentes à disposição dos órgãos fiscalizadores;

manter cadastro com fornecedores selecionados e devidamente regularizados nosórgãos oficiais de inspeção e/ou registro e monitorar a qualidade dos produtosrecebidos para a comercialização.

definir critérios e procedimentos operacional padrão para os encarregados darecepção e aceitação de produtos e embalagens;

estabelecer procedimentos operacionais padrão individuais para manter ascondições mínimas de higiene das instalações, dos equipamentos, dos utensílios, namanipulação e dos manipuladores, definindo critérios e procedimentos necessáriospara a aquisição e uso de sanitizantes registrados pelos órgão competente;

manter sistema de monitoramento da cadeia de frios, estabelecendo critérios para ocontrole de temperatura de exposição e de estocagem, no mínimo uma vez ao dia,mantendo mapa de controle das mesmas;

garantir a aferição dos termômetros dos equipamentos de exposição de alimentosrefrigerados e congelados, dos refrigeradores e câmaras frias.

promover a capacitação e a formação do pessoal envolvido nas operações dedepósito, manipulação, embalagem, rotulagem, armazenamento e transporte dosprodutos;

orientar quanto aos aspectos tecnológicos na manipulação de produtos de origemanimal e outros alimentos, bem como seu armazenamento, de modo a preservar asegurança para o seu comércio e posterior consumo;

auxiliar na implantação e monitoramento dos programas da qualidade e segurançados produtos elaborados, manipulados e/ou comercializados no estabelecimentoatentando para a correta rotulagem;

estabelecer procedimentos operacionais padrão para o recebimento,armazenamento, manipulação, preparação, distribuição e transporte dos alimentospautados em critérios de risco e pontos críticos em benefício da segurança dealimentos;

orientar para o desenvolvimento de um plano de controle médico para que sejampreservadas a saúde, higiene pessoal e operacional dos funcionários;

orientar o estabelecimento de procedimentos operacional padrão para a higieneambiental, de utensílios, maquinário, equipamentos e respectivos procedimentos dehigienização;

orientar o estabelecimento de procedimentos operacional padrão visando aqualidade e a quantidade da água utilizada e o destino das águas servidas e a

Page 51: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

50

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

higienização dos reservatórios de água e controle de qualidade da mesma,periodicamente, conforme normas vigentes;

orientar o programa de gerenciamento de resíduos do estabelecimento prevendo oadequado destino dos resíduos sólidos e líquidos e garantindo a adequada destinaçãodos produtos vencidos e/ou condenados, conforme determinação do Serviço deInspeção e Fiscalização, ou legislação pertinente;

orientar o controle integrado de vetores e pragas, sensibilizando os funcionáriosquanto aos riscos e a importância do controle e/ou combate às pragas urbanas(desinsetização, desratização e descupinização quando necessário) de acordo com asnormas vigentes;

capacitar e orientar técnica e continuamente o pessoal envolvido em todas asoperações realizadas no estabelecimento com objetivo de fornecer as informaçõesnecessárias para o bom desempenho de suas funções e a segurança pessoal e dosprodutos;

acompanhar sempre que possível às inspeções higiênico-sanitárias oficiaisprestando esclarecimentos sobre o processo de produção, práticas e procedimentosadotados;

elaborar, implantar e atualizar as ferramentas da qualidade tais como: Manual deBoas Práticas de Fabricação, Procedimentos Operacionais Padronizados, Análise dePerigos e Pontos Críticos de Controle, e/ou outros, exigidos pela legislação que rege aatividade;

manter-se atualizado quanto à legislação pertinente, notificando as autoridadessanitárias as ocorrências de interesse da saúde pública e os órgãos ambientais asocorrências de impactos ao meio ambiente;

orientar quanto à importância da higiene e saúde do pessoal e os cuidados nautilização dos equipamentos e utensílios;

denunciar ao CRMV-RJ qualquer ato observado que caracterize a prática deexercício ilegal da profissão de Médico Veterinário praticados por funcionários e/ouproprietário do estabelecimento comercial;

informar ao CRMV-RJ quanto aos desvios de atividade praticados peloestabelecimento no que se refere às Resoluções do CFMV e do CRMV-RJ, assimcomo qualquer ato ou situação, que infrinja a legislação que rege o exercício damedicina veterinária e da zootecnia.

Nos casos de venda de rações para consumo animal, os responsáveis técnicosdeverão ainda orientar quanto a:

Page 52: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico

51

Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico – CRMV-RJ – Ver. 1.1.1 19SET13

aquisição e comercialização de rações e/ou produtos somente quando devidamenteregistrados e/ou cadastrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,conforme o caso;

venda de rações e/ou produtos somente dentro do prazo de validade, os quais apósexpirado o prazo, deverão ser recolhidos para o descarte adequado;

garantir que os produtos sejam vendidos na embalagem original, e semfracionamento na revenda conforme o regulamento;

armazenagem, estocagem e exposição à venda de rações e produtos de formasetorizada, e de acordo com as recomendações de rotulagem, especialmente no queconcerne à exposição à luz, temperatura e umidade, de forma a garantir a qualidade eintegridade dos mesmos;

suspensão da comercialização de rações e produtos suspeitos de adulteração,informando o fato ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e aofabricante.