manual de instruções para a construção de cursos on-line

Upload: carlos-henrique-silva-de-castro-brasileiro

Post on 22-Jul-2015

144 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Este manual pode ser distribuído e reproduzido livremente, desde que respeitadas as condições estabelecidas pela licença “Creative Commons 3.0 Brasil” descritas na segunda página deste manual.Carlos Henrique de Castro.

TRANSCRIPT

MANUAL DE INSTRUO PARA CONSTRUO DE CURSOS ONLINECarlos Henrique Silva de Castro educlick.wordpress.com1

Atribuio Uso no comercial Compartilhamento pela mesma licena 3.0 Brasil Voc pode: copiar, distribuir, exibir e executar a obra criar obras derivadas

Sob as seguintes condies: Atribuio: voc deve dar crdito ao autor original bem como indicar o endereo eletrnico completo de acesso a esta cartilha. Formatao livre.

Uso no-comercial: voc no pode utilizar esta obra para fins comerciais. Compartilhamento pela mesma Licena: se voc alterar, transformar ou construir esta obra, pode distribuir o trabalho resultante somente sob a licena idntica a esta.

2

Textos, Projeto Grfico, Diagramao e Finalizao Carlos Henrique de Castro Imagens Fabiana Martins e imagens pblicas disponveis na rede Reviso Ana Paula Domingues Orientao Ana Elisa Ribeiro Agradecimentos Luclia Machado e colaboradores do projeto

3

APRESENTAO inegvel a importncia que a Educao a Distncia, EaD, vem representar para a sociedade da segunda dcada do sculo XXI. A partir de tal reconhecimento, o presente documento destina-se a propor uma srie de instrues de como oferecer um design instrucional voltado para a interao para cursos on-line. Salienta-se que as sugestes aqui apresentadas encontram os conceitos de qualidade em Educao a Distncia vigentes em 2010, de acordo com o que defendem os autores consultados, listados no final do texto, e a legislao brasileira. A construo deste documento se d partir de observaes empricas possibilitadas por pesquisas de ps-graduao desenvolvidas em dois nveis distintos, especializao e mestrado. Esta ltima referese pesquisa que deu origem dissertao intitulada Emergncia de Comunidades Virtuais de Aprendizagem engajadas: quando questes identitrias (no) resultam em dilogo (CASTRO, 2010), que buscou exemplificar como emerge uma Comunidade Virtual de Aprendizagem (CVA) engajada. A outra se refere ao trabalho monogrfico intitulado Proposta de Design Instrucional do curso livre 'Uso pedaggico do Portal Auge Educacional' (CASTRO, 2009) que apresentou solues de design instrucional para o curso citado no ttulo do trabalho. No defendemos que as sugestes aqui elencadas tenham validade para todos os cursos ofertados on-line em quaisquer contextos. Todavia, cabe ao interlocutor comparar semelhanas e dissimilitudes a fim de obter ganhos ao seguir os caminhos que apontamos em seus cursos. Este manual pode ser distribudo e reproduzido livremente, desde que respeitadas as condies estabelecidas pela licena Creative Commons 3.0 Brasil descritas na segunda pgina deste manual. Carlos Henrique de Castro. Novembro/2010.4

SUMRIO1 2 3 4 5 6 Planejamento.......................................................................................................... Afetividade em EaD ............................................................................................... Abordagem pedaggica......................................................................................... Avaliaes de aprendizagem aplicadas a EaD ..................................................... Escolha de mdias ................................................................................................ Ferramentas para o dilogo................................................................................... 6.1 6.2 7 8 Chats ........................................................................................................ Fruns ...................................................................................................... p. 06 p. 08 p. 10 p. 13 p. 14 p. 14 p. 15 p. 16 p. 17 p. 18 p. 18 p. 20 p. 22

Incluso em EaD .................................................................................................. Ferramentas de DI (Designer Instrucional) .......................................................... 8.1 8.2 Mapa de Atividades ................................................................................... Storyboard.................................................................................................. ..

FAVORITOS .................................................................................................................

5

1 PLANEJAMENTOConsidera-se que o ponto central para o alcance do dilogo e, consequentemente da aprendizagem, de acordo com os objetivos traados, em cursos de qualquer extenso ou natureza, presenciais ou a distncia, seja o bom planejamento dos mesmos. A seleo do contedo voltado para determinado pblico, o selecionado como alvo do curso, dever ser devidamente justificado. Esta seleo, inicial em qualquer projeto, dever articular-se com os objetivos a serem alcanados, o contexto em que ser aplicado o curso, contedos a serem ofertados, formas de avaliao e tratamento dos contedos. Se o corpo discente no for devidamente identificado, incorrer-se- no erro de se definir objetivos errneos acerca do contexto de aprendizagem, o que fatalmente resultar em no alcance de tais objetivos uma vez que no condizem com a realidade de aprendizado e demanda do cliente. O curso estar, ento, fadado ao insucesso, podendo haver altas taxas de evaso, bem como maus resultados com os alunos que restarem ao final do curso. Um erro de planejamento do ofertante do curso poder induzir inscrio alunos com expectativas dissonantes das que realmente foram visualizadas no momento do planejamento. Para Franco et al. (2007), devero ser considerados e informados previamente ao interessado em se inscrever no curso os seguintes pontos no planejamento: O nome do curso apresentado de forma clara, sugestiva e objetiva; Definio clara de objetivos do curso bem como a devida justificativa para que no reste dvida ao discente sobre que saberes o curso deseja construir; Definies claras de pblico-alvo, reas afins, conhecimentos prvios e requisitos necessrios, inclusive tecnolgicos, para que os objetivos sejam atingidos; Informao de tempo a ser disponibilizado para o curso diariamente, tempo total de curso e datas de incio e fim do mesmo.6

1 PLANEJAMENTO

Outros pontos do planejamento que podero ser omitidos do pblico-alvo antes de sua inscrio por motivos de sigilo de contedo e direitos autorais so: Planejar previamente aula a aula para a devida adequao do tempo disponvel e informado ao seu pblico-alvo; Metodologia adotada, Unidades a serem trabalhadas com objetivos especficos definidos e atividades a serem desenvolvidas; Bibliografia proposta; Links e hipertextos ou hiperdocumentos adotados (relacionar os links no decorrer do texto); Formatos dos contedos: imagens, animaes, vdeos, udio, etc., Avaliaes.

Um bom projeto educacional virtual dever valorizar a interatividade, o retorno do discente e o dos tcnicos em prol da afetividade, de um aprendizado ativo, de um projeto motivador. H de se considerar ainda que cada pblico-alvo requerer um planejamento condinzente com os objetivos traados para o curso.

7

2 AFETIVIDADE EM EADO aprendizado em EaD torna-se um processo cada dia mais comunicativo com a evoluo das ferramentas de comunicao on-line, sncronas ou assncronas. O ser humano um ser emotivo e a proximidade dos pares e do mediador traz maior afetividade e incentiva o aprendizado. Conforme defendido por Braga & Franco (2007), a comunidade cientifica est cada vez mais conscientizada de que os processos de ensino e aprendizagem humana em salas de aulas virtuais so diretamente influenciados pela interao entre os participantes, e que o sucesso desta interao depende de diversos fatores afetivos e emocionais. Dessa forma, as avaliaes em ambientes virtuais devem levar em considerao os momentos de interao em fruns, comentrios, chats, e no apenas o produto final, pois, a interao interfere diretamente em processos mentais como memorizao, ateno e raciocnio, significando importantes momentos para se avaliar o aprendizado do aluno. Assim, em quaisquer cursos online, deve-se haver atividades avaliativas que contemplem os momentos de interao. Uma importante ferramenta que contribuio para o desenvolvimento da afetividade, e, por conseguinte, para o dilogo, o Perfil, disponvel em diversos AVAs (Ambientes Virtuais de Aprendizagem) a exemplo do Moodle e do TelEduc. nesta ferramenta que o aluno se mostra desde o incio do curso permitindo aos formadores e aos discentes se aproximarem uns dos outros por meio de similaridades ou curiosidades diante das diferenas encontradas. O formador, ao decorrer do curso, por meio das participaes dos alunos em chats, fruns, e-mails e atividades ldicas, poder verificar a alterao de humor do discente. A partir de tais observaes, o educador poder planejar atividades nas quais os alunos se envolvam mais uns com os outros na tentativa de motiv-los para o estudo em busca de um o resultado final mais positivo na construo de saberes. Recomenda-se assim, a presena de dinmicas diversas, atividades de interao e colaborao, bem como atividades em grupo.8

3 ABORDAGEM PEDAGGICAUm bom projeto de educao a distncia deve prever os tempos de aprendizado contemplados na educao presencial para a construo adequada do conhecimento adaptados a uma nova realidade onde professor e alunos encontram-se distantes fisicamente. Tais momentos so elencados por Franco et al. (apud KENSKI, 2005-2006) como os tempos de ouvir ou ler, pensar e executar. A escola atual, a partir dos iderios construtivistas, pressupe outras formas alternativas como o pensar que nasce da execuo ou a leitura e pesquisa que partem do pensar, invertendo as prioridades de acordo com as necessidades do aluno que se torna um ser ativo na construo de um conhecimento palpvel, customizado sua maneira, para atender a seus objetivos pessoais. Todavia no seja possvel de se construir conhecimento sem se passar por todos estes momentos. Como fazermos isso via internet? esse o difcil trabalho do designer instrucional que s se torna possvel utilizando-se das mais novas possibilidades tecnolgicas, em sua maioria, incorporadas pelos AVAs, que permitem interao, construo coletiva e mediao adequada de um professor que se torna presente mesmo distante espacialmente. Para Campos e Rocha (p. 6, 1998), alguns pontos devem ser considerados no processo de aprendizagem. So eles: conhecimento no pode ser reduzido a um texto; alunos no recebem passivamente um texto; erros so sintomas da natureza das concepes dos alunos; aprendizagem um processo dinmico.

9

3 ABORDAGEM PEDAGGICAConforme Thomaz e Knezek (apud CAMPOS & ROCHA, p. 6, 1998), na reestruturao das novas escolas, as seguintes experincias de aprendizagem so sugeridas: acomodar diferentes tipos, modos, estilos e estratgias de aprendizagem; envolver um grupo diverso de participantes da escola, famlia e outras fontes; incluir acesso informao, experincias pessoais e atividades fora da escola tradicional; ser centrada no aluno, colocando maior responsabilidade na aprendizagem do aluno; assistir os alunos no desenvolvimento de aprendizado em rede; reforar o sistema nas tecnologias novas e emergentes para dar suporte reestruturao do currculo e reestruturao das experincias de aprendizagem. Um bom projeto de educao a distncia deve prever os tempos de aprendizado contemplados na educao presencial para a construo adequada do conhecimento adaptados a uma nova realidade onde professor e alunos encontram-se distantes fisicamente. Tais momentos so elencados por Franco et al. (apud KENSKI, 2005-2006) como os tempos de ouvir ou ler, pensar e executar. A escola atual, a partir dos iderios construtivistas, pressupe outras formas alternativas como o pensar que nasce da execuo ou a leitura e pesquisa que partem do pensar, invertendo as prioridades de acordo com as necessidades do aluno que se torna um ser ativo na construo de um conhecimento palpvel, customizado sua maneira, para atender a seus objetivos pessoais. Todavia no seja possvel de se construir conhecimento sem se passar por todos estes momentos. Como fazermos isso via internet? esse o difcil trabalho do designer instrucional que s se torna possvel utilizando-se das mais novas possibilidades tecnolgicas, em sua maioria, incorporadas pelos AVAs, que permitem interao, construo coletiva e mediao adequada de um professor que se torna presente mesmo distante espacialmente.10

3 ABORDAGEM PEDAGGICA

Para Campos e Rocha (p. 6, 1998), alguns pontos devem ser considerados no processo de aprendizagem. So eles: conhecimento no pode ser reduzido a um texto; alunos no recebem passivamente um texto; erros so sintomas da natureza das concepes dos alunos; aprendizagem um processo dinmico. Conforme Thomaz e Knezek (apud CAMPOS & ROCHA, p. 6, 1998), na reestruturao das novas escolas, as seguintes experincias de aprendizagem so sugeridas: acomodar diferentes tipos, modos, estilos e estratgias de aprendizagem; envolver um grupo diverso de participantes da escola, famlia e outras fontes; incluir acesso informao, experincias pessoais e atividades fora da escola tradicional; ser centrada no aluno, colocando maior responsabilidade na aprendizagem do aluno; assistir os alunos no desenvolvimento de aprendizado em rede; reforar o sistema nas tecnologias novas e emergentes para dar suporte reestruturao do currculo e reestruturao das experincias de aprendizagem.

11

3 ABORDAGEM PEDAGGICA

Trazendo tais conceitos para a EaD, em um projeto pedaggico, torna-se essencial a existncia de atividades que contemplem alguns para uma efetiva construo do conhecimento, de acordo com os autores citados, como: A clara definio de objetivos gerais e especficos a serem atingidos pelo discente ao final do curso; Um planejamento adequado do curso que considere, entre outros fatores, diviso de contedos e atividades conforme o tempo disponvel; A presena de atividades tericas, que contemplem a apresentao de todos os contedos que serviro de base inicial para o estudo, em plataformas e formatos diversos, bem como a presena de janelas/hipertextos para o acrscimo de contedos adicionais ao aluno de acordo com seu interesse e sua necessidade; A presena de atividades prticas que possibilitem a discusso, a colocao de diversos pontos de vista e uma efetiva construo de conhecimento por meio de interao, participao e construo coletivas de acordo com os objetivos colocados para o curso em anlise. As atividades devero resultar em aprendizagem e compreenso dos problemas propostos sob mltiplas perspectivas, sobretudo externas a uma sala de aula, incentivando o pensamento crtico, a troca de experincias e a testagem de alternativas, sempre com a assistncia devida ao aluno pelo corpo docente, seja ele o professor ou, indiretamente, o tutor.

12

4 AVALIAES DE APRENDIZAGEM APLICADAS A EAD

Para o alcance dos objetivos traados para um curso, torna-se essencial a existncia de avaliaes iniciais, ao longo e ao final do processo. O conceito de avaliao aqui utilizado o de Franco & Salomon (2008), qual seja: (...) qualquer mtodo sistemtico de busca de evidncias com o objetivo de apreciar, computar, estimar, calcular um valor determinado ou caractersticas de um propsito especfico, a partir de perguntas e inferncias sobre conhecimentos, habilidades e atitudes. Para Bloom (apud FRANCO & SALOMON, 2008), a avaliao pode ter trs finalidades especficas podendo ser uma ferramenta de preparao inicial para o curso, uma ferramenta de medio de competncias adquiridas ao longo do processo e de objetivos alcanados ao final do processo. Considerando tais necessidades, cursos on-line devem conter: A presena de avaliaes diagnsticas e formativas que verifique a bagagem trazida pelo aluno bem como as necessidades que possam surgir ao longo do processo ensinoaprendizagem a fim de coloc-lo como o mais importante nesse processo adequando e reestruturando o contedo e as metodologias conforme o retorno dado e esperado; A presena de avaliaes somativas, ou certificativa como nomeia a citada autora, a fim de se verificar se os objetivos traados para o curso foram ou no alcanados.

13

5 ESCOLHA DE MDIAS

Sabe-se que as possibilidades em ambientes virtuais so muitas e a escolha da mdia adequada impactar de forma irreversvel no resultado final. Escolha essa que demandar ainda um planejamento especfico por parte do conteudista e do desenhista educacional. A escolha de mdias, por sua vez, dever ser de baixo custo, de fcil acesso e uso pelo discente e, sobretudo, apresentar vantagens e benefcios, tanto financeiros quanto pedaggicos. Conforme afirma Kenski (2005-2006), preciso avaliar quando da escolha das mdias se o discente ser simples usurio ou consumir as produes desenvolvidas por eles e apresentadas a eles. Em cada caso especfico dever ser pensada a mdia mais proveitosa para a sua boa utilizao e bons resultados conforme perfil do pblico-alvo.

6 FERRAMENTAS PARA O DILOGO

Os cursos on-line devem ofertar atividades em ferramentas interativas como as sesses de chat, fruns e wikis. Tal ao visa oportunizar aos cursistas momentos de dilogo e trocas de experincias, vivenciadas geograficamente ou virtualmente, a fim de que (re)construam significados e conhecimentos coletivamente. A respeito dos chats, temos algumas observaes, que seguem:

14

6.1 CHATS

Sesses de chat podem ser usadas com o objetivo de reunir a turma em momentos de apresentao inicial da turma, avaliaes e bate-papos informais. Dessa forma, aqueles cursistas que puderem comparecer s sesses programadas podero trocar impresses acerca dos sentidos (re)construdos individualmente e dos significados (re)construdos coletivamente. De acordo com as experincias relatadas nas pesquisas que deram origem a este manual, entendese que sesses de chat, como nico espao de discusso sobre um tema, devem ser evitadas, uma vez que caractersticas relativas s realidades locais tais como fuso horrio, horrio de trabalho, estudos, lazer e outros, podem ser diferentes entre os cursistas. Assim, orienta-se que um design instrucional voltado para a dialogia deve se utilizar de chats apenas em casos nos quais no haja possibilidade de se prejudicar um ou outro cursista que no possa comparecer no horrio combinado ou, ainda, nos quais a comunicao assncrona no possa substituir a comunicao sncrona. Como ltima observao sobre os chats, afirma-se que as sesses devem ter objetivos claros a fim de que a produo dialgica seja proveitosa e motivadora. Do contrrio, muitos podero no estar preparados para a troca de impresses e sentidos (re)construdos e, assim, podem no contribuir com o potencial que possuem, sentirem-se desmotivados, e at mesmo no conseguirem estabelecer uma dinmica dialgica que resulte em aprendizagem.

15

6.2 FRUNS

Os fruns so importantes espaos de dilogo. Podem ser criados para se tirar dvidas, como espao de discusso de temas especficos referentes ao contedo ou temas transversais, para recreao, apresentaes, entre outras possibilidades. Caso o AVA possua a funcionalidade de o prprio cursista abrir tpicos dentro do frum, o design instrucional deve contemplar tal tal ao. Pois assim, os discentes podero iniciar dilogos especficos de acordo com seus interesses. Tal ao facilitar a troca de experincias e (re)construo de significados do coletivo de cursistas a partir dos sentidos pessoais trazidos pelos cursistas, o que poder resultar em maior engajamento e pertencimento com resultados positivos na aprendizagem.

16

7 INCLUSO EM EAD

Em se tratando o termo ACESSIBILIDADE em eliminao de barreiras de comunicao, disponibilizando a informao em formatos alternativos para o leitor, como to bem descrevem Schulnzen et al (s/d), a adaptao de cursos virtuais a algum tipo de portador de necessidade especial vai ao encontro de tais demandas, existentes desde sempre e reconhecidas h to pouco tempo. De acordo com Scattone(s/d), Pensar sobre a relao educao para todos e a deficincia uma forma de indagar a igualdade de oportunidades no sistema educacional brasileiro. Compactuando com as ideias apresentadas e acreditando que a incluso a melhor forma de conhecimento das diversas identidades, reconhecimento da nossa identidade e que a aceitao das diversas limitaes e potencialidades de todos ns o caminho para a democratizao das relaes humanas, pensa-se que se deve oferecer ferramentas para o acesso de portadores de deficincias diversas ao curso em estudo bem como outros quaisquer que porventura existam. A partir de tais reflexes, recomenda-se um planejamento que contemple a indicao de softwares que possibilitem aos Portadores de Necessidades Especiais PNEs sua incluso nos processos educacionais formais. Pode-se encontrar na rede softwares gratuitos de diversas naturezas, como aqueles voltados para deficientes visuais parciais ou totais, surdos, pessoas com problemas motores, entre outros.

17

8 FERRAMENTAS DE DESIGNER INSTRUCIONAL (DI)Esta sesso destina-se a apresentar algumas ferramentas que podem ser teis ao desenhista instrucional, bem como a toda a equipe envolvida no planejamento, elaborao e gerenciamento do curso. Uma boa referncia neste ponto so os livros de Andrea Filatro intitulados Design Instrucional Contextualizado e Design Instrucional na Prtica que possuem, dentre outras dicas, diversas ferramentas, tais como as apresentadas a seguir.

8.1 MAPA DE ATIVIDADESO Mapa de Atividades trata-se de uma ferramenta bastante utilizada para subdiviso das aulas a serem ofertadas e suas cargas horrias, os temas principais e secundrios, as definies de objetivos especficos, bem como a relao de atividades a serem aplicadas, tericas e prticas. A ferramenta trata-se de uma simples tabela, todavia de papel fundamental no planejamento eficiente e eficaz, que vem auxiliar o DI na tarefa essencial de planejar de maneira adequada um curso online . importante frisar que o planejamento de um curso no se resume apenas em um Mapa de Atividades bem elaborado, mas tambm dever contar com levantamento adequado de outros itens, conforme defendido no item 1 deste manual. Em resumo, um Projeto Instrucional com objetivos, pblico-alvo e expectativas claros e bem definidos, escolha adequada de mdias apropriadas, um desenho educacional que valorize a interao, bons suporte e sistemas de entrega e controle, boa preparao de equipe pedaggica e tcnica, entre outros.18

No QUADRO 1, a seguir, pode ser visto um modelo de Mapa de Atividades..

Unidade (Tema principal) Aula 1 Seman a1 Dias 2 e 3/11 Carga horria: 3 horas Unidade I Interativid ade

Subunidades (Subtemas) Utilizao do Aplicativo Frum

Objetivos especficos

Atividades tericas e recursos/ferramentas de EaD

Atividades prticas e recursos/ferramentas de EaD

- Viabilizar o acesso aos materiais disponibilizados aos deficientes visuais; - Discutir a influncia das tecnologias na atualidade; - Analisar como as crianas e jovens se apropriam das tecnologias; - Contribuir para a construo de conhecimento sobre as tecnologias na atualidade; - Conhecer o perfil da turma.

Ativ. 1: Assistir 2 vdeos: -Rafinha 2.0 -Tecnologia e Metodologia Recursos/Ferramentas: Agenda e Atividades Ativ. Extra 1: (Direcionada a deficientes visuais) Instalar software Magnifix com uso do manual disponibilizado. Orientaes em animao flash e texto pdf. Recursos/Ferramentas: Agenda e Atividades Ativ. Extra 2: (Direcionada a deficientes visuais) Instalar software Falador com uso do manual disponibilizado. Orientaes em animao flash e texto pdf. Recursos/Ferramentas: Agenda e Atividades

Ativ. 2: Sero apresentadas duplas listadas pelos formadores do curso. Cada dupla compor um grupo pela ferramenta Grupos. Cada um dos componentes selecionar uma imagem que remeta ao tema inicial do curso Interatividade na web e a anexar ao portflio do grupo se comentrios iniciais. O colega de grupo, que por sua vez selecionou outra imagem, quem comentar a imagem do seu colega e vice-versa. Aps tecido o comentrio do colega, quem postou a imagem revelar os motivos que o levaram a selecionar tal imagem, construir uma reflexo e postar no portflio do grupo. Recursos/Ferramentas: Grupos e Portflio Ativ. 3: Frum de discusso: Tecnologias na educao. Recursos/Ferramentas: Fruns de Discusso Ativ. 4: Avaliao Diagnstica: Questionrio eletrnico. Recursos/Ferramentas: Exerccios.

FONTE: CASTRO (2009) 19

8.2 STORYBOARDPara a apresentao satisfatria de um curso, seus objetivos, pblico-alvo, formas de interao, aulas e contedos definidos, bem como demais detalhes de interesse do cliente, acerca do produto em questo, normalmente utiliza-se o Storyboard, sigla SB a partir de agora. Para Braga (s/d), o SB trata-se de uma ferramenta amplamente utilizada na publicidade de maneira geral que traz um roteiro desenhado em quadros a fim de explicitar detalhes no contemplados, ou apresentados de maneira pouco didtica, na verso escrita do projeto. Ainda conforme defende Braga (s/d), o SB tem o objetivo de (...) simular as aes nas fases de planejamento e desenvolvimento de um curso, antecipando os problemas e esboando os caminhos a serem trilhados nas fases de execuo e avaliao do mesmo. Nota-se sua importncia na orientao geral de cursos, pois traz todas as informaes relativas quilo que se pretende que seja o contedo final. O SB vai orientar posteriormente a produo multimdia dos contedos e a sua colocao na plataforma de eLearning. Para a construo do SB normalmente no h a necessidade de conhecimentos de ferramentas especificas de designers grficos, mais elaboradas do que as que os profissionais de educao normalmente utilizam. Uma ferramenta muito utilizada nessa construo so os formatadores de apresentaes em slides como o popular Microsoft Power Point. O SB normalmente utilizado para apresentar ao solicitante do curso um mapa das interaes propostas para as aulas em desenvolvimento. Outra utilidade do SB apresentar ao solicitante dados como objetivos traados, pblico-alvo a ser atingido dentre outros detalhes, quando no definidos pelo prprio cliente. Apresentamos como exemplo de SB o desenho esquemtica de uma aula, apresentada no trabalho de Castro (2009), conforme Imagem 1, a seguir:20

21

FAVORITOSBRAGA, Dilma Bustamante; FRANCO Lcia Regina Horta Rodrigues. /Anlise das emoes em ambientes de aprendizagem virtual. 2007. Disponvel em: http://www.ead.unifei.edu.br/~teleduc/cursos/aplic/material/. Acesso em 28/06/2008. BRAGA, Dilma Bustamante; FRANCO Lcia Regina Horta Rodrigues; SILVEIRA, Fernanda Paiva Furtado. Storyboard na ead virtual. (s/d) Disponvel em: http://www.ead.unifei.edu.br/~teleduc/cursos/diretorio/atividades_1879_14//Storyboard_na_EaD_Virtual.pdf?1247335944. Acesso em 28/06/2008. CAMPOS, Fernanda; DA ROCHA, Ana Maria; Design Instrucional e Construtivismo: em busca de modelos para o desenvolvimento de software. Rio de Janeiro: Universidade Santa rsula, 1998. Disponvel em: http://74.125.95.132/search?q=cache:KfTgzqBXwLwJ:www.url.edu.gt/sitios/tice/docs/trabalhos/250m.pdf+Design+Instrucional&cd=17& hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em 27/05/2009. CASTRO, Carlos Henrique Silva de. Emergncia de comunidades virtuais de aprendizagem engajadas: quando questes identitrias (no) resultam em dilogo. Dissertao (Mestrado) Mestrado em Gesto Social, Educao e Desenvolvimento Local, Instituto de Educao Continuada, Pesquisa e Extenso, Centro Universitrio UNA, Belo Horizonte. 191f. 2010. Disponvel em: http://www.mestradoemgsedl.com.br/wp-content/uploads/2010/06/Dissertacao-carlos.pdf. Acesso em 01/10/2011. _____________________________. Proposta de design instrucional do curso livre Uso pedaggico do portal Auge Educacional. 2009. UNIFEI. Orientador Dr. Fernando das Graas Braga da Silva. Itabira/MG. 68p. Monografia FRANCO, Lcia Regina Horta Rodrigues; BRAGA, Dilma Bustamante; MACHADO, Ana Lcia Lima; et al./ Processos de interao e comunicao. 2007. Disponvel em: http://www.ead.unifei.edu.br/~livrodigital/geraLivro.php?codLivro=165&codCap=316. Acesso em: 11/06/2009. FRANCO, Lcia Regina Horta Rodrigues; SALOMON, Eliana de Ftima Souza; BRAGA, Dilma Bustamante./ Conceituando avaliao. 2008. Disponvel em: http://www.ead.unifei.edu.br/~livrodigital/geraLivro.php?codLivro=182&codCap=253. Acesso em 13/06/2009. KENSKI, Vani Moreira. Gesto e uso das mdias em projetos de educao a distncia. E-curriculum: PUC So Paulo. So Paulo. Vol. 1, n1, dez-jul/2005-2006. Disponvel em: http://www.pucsp.br/ecurriculum/artigos_v_1_n_1_dez_2005/vanikenskiartigo.pdf. Acesso em 03/07/2009. SCATTONE, Cristiane. A Educao e a Pessoa com Deficincia na Era da Informtica. Disponvel em http://www.profala.com/arteducesp25.htm. Acessado em 08/02/2009. SCHLNZEN, Elisa, T. M., SCHLNZEN, Klaus. J., OZAKI, Lidia, M. T., SILVA, Flvia, S., SILVA, Flaviana, S. Recursos de acessibilidade para o uso das TIC em cursos de educao a distncia EaD. Disponvel em: http://www.niee.ufrgs.br/eventos/CIIEE/2003/bloque2/comunicaciones/Recursos%20de%20acesibilidade%20para%20o%20uso%20das %20TIC%20em%20cursos%20de%20ed.doc. Acessado em 12/02/2009.

22

O nosso dilogo continua na rede

educlick.wordpress.com

@sigaeduclick

23