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MANUAL DE COLETA DE DADOS SPREAD PS MANUAL DE COLETA DE DADOS SPREAD PS Perfil epidemiológico da sepse em emergências brasileiras: prevalência, características clínicas e letalidade SPREAD-ED Sepsis Prevalence Assessment Database in Emergencies Department

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MANUAL DE COLETA DE DADOS – SPREAD PS

MANUAL DE COLETA DE DADOS

SPREAD PS

Perfil epidemiológico da sepse em emergências brasileiras: prevalência, características clínicas e

letalidade

SPREAD-ED

Sepsis Prevalence Assessment Database

in Emergencies Department

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MANUAL DE COLETA DE DADOS – SPREAD PS

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SUMÁRIO

1. CONTEXTO ............................................................................................................................ 2

2. CADASTRO DA SENHA DE ACESSO ........................................................................................ 3

3. INCLUSÃO DE DADOS ........................................................................................................... 6

3.1 Identificação do paciente ............................................................................................. 6

3.2 Comorbidades .............................................................................................................. 8

3.3 Ficha Clínica SPREAD PS .............................................................................................. 13

3.4 Escores de gravidade SOFA......................................................................................... 30

3.5 qSOFA ......................................................................................................................... 34

3.6 Desfecho ..................................................................................................................... 36

3.7 Dados do pronto-socorro ................................................ Erro! Indicador não definido.

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1. CONTEXTO

Este manual foi desenvolvido para apoio à coleta de dados do estudo

Spread PS, usando o REDCap.

O objetivo primário desse estudo é avaliar a prevalência de sepse e choque

séptico em serviços de urgência de hospitais nas diferentes regiões

geográficas brasileiras. Entre os objetivos secundários temos a determinação

da mortalidade e os fatores a ela associados, a avaliação da disponibilidade de

recursos nessas instituições e a identificação de possíveis diferenças entre as

regiões geográficas e entre hospitais ligados prioritariamente ao Sistema Único

de Saúde (SUS) e aqueles ligados a saúde suplementar.

A plataforma disponibiliza diversas ferramentas, entre elas a ficha de coleta

em formato PDF. Idealmente, a coleta de dados deve abranger todos os

pacientes com suspeita ou diagnóstico de sepse ou choque séptico em sua

instituição. Os dados coletados referem-se basicamente às primeiras 24 horas

do diagnóstico da sepse. São coletados as características principais dos

pacientes, do evento séptico, os indicadores de tratamento e os desfechos.

Esperamos que as informações contidas nesse manual possam auxiliá-los no

processo de coleta de dados.

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2. CADASTRO DA SENHA DE ACESSO

O cadastro dos logins de usuários é gerenciada pelo ILAS. Cada centro

participante terá apenas um login, e receberá por e-mail uma mensagem

indicando o login (exemplo: hospital1.ext), e um link (Set your new REDCap

password) direcionando o usuário para escolher uma senha de acesso. As

mensagens são geradas automaticamente a partir do e-mail

[email protected].

Os usuários também devem se certificar que receberam a seguinte

mensagem, na qual estarão então, incluídos no sistema como centros

participantes do SPREAD PS - Adulto, e então, poderão acessar as fichas de

coleta de dados.

O acesso à plataforma de coleta de dados se dá no link:

https://REDCap.epm.br/. Preencha o login no campo Username e a senha no

campo Password, conforme exemplo abaixo. Clique em Log In para acessar o

sistema.

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Figura 1 - Página inicial de login do REDCap,

Ao acessar o sistema, clique no projeto SPREAD PS. Para incluir novos

casos, localize no canto esquerdo da tela e clique em Add/Edit Records.

Figura 2 - Página de acesso ao sistema

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Em seguida, o sistema redireciona o usuário para a tela de inclusão de

novos casos. Para incluir novos casos, clique no botão Add new Record. Para

modificar e/ou finalizar o preenchimento de dados de algum paciente já

incluído, clique no quadro --select record--.

Figura 3 - Página para inserir um novo paciente

Ao incluir um novo caso, o sistema apresenta as fichas que devem ser

preenchidas, conforme exemplo abaixo. Clique no ícone na coluna Status para

acessar cada uma das fichas.

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Figura 4 - Página com os formulários que devem ser preenchidos para todos os pacientes

Para visualizar os pacientes digitados e qual o status de cada formulário para

cada paciente, clique em: Record Status Dashboard.

Figura 4 – Ícone para visualizar todos os pacientes digitados

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3. INCLUSÃO DE DADOS

3.1 Identificação do paciente

Neste formulário serão solicitados dados do paciente, como data do estudo

que o paciente foi incluído, iniciais (exemplo: jsg), registro hospitalar, sexo,

escolaridade, data de inclusão e data de nascimento (dia-mês-ano). Preencha

item a item, de acordo com as informações referentes ao paciente em questão.

Com exceção do dado referente à escolaridade, todos os outros são de

preenchimento obrigatório.

Figura 5 – Ficha de identificação do paciente e do centro participante

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Repare que o sistema enumera automaticamente os pacientes incluídos, no

campo identificação do paciente e calcula automaticamente a idade do

paciente no dia do estudo, além de ter orientações de preenchimento em cada

campo.

Ao finalizar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone , e complete (se dados completos) – ícone .

Figura 6 – Ficha de identificação do paciente e centro participante – estado do formulário: dados incompletos, não verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

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Figura 7 – Ficha de identificação do paciente e centro participante – salvar ficha e passa para próximo formulário

3.2 Comorbidades

No formulário seguinte serão solicitadas as comorbidades que o

paciente apresenta, além da faixa etária do paciente para que o sistema calcule

o valor do índice de comorbidade de Charlson, conforme figura abaixo:

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Figura 8- Índice de comorbidade de Charlson

Além do índice de comorbidade de Charlson serão solicitadas outras

comorbidades, tais como:

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Figura 9- Comorbidades

Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone , e complete (se dados completos) – ícone .

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Figura 10 – Comorbidades – estado do formulário: dados incompletos, não

verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

Figura 11 – Índice de comorbidade de Charlson – salvar ficha e passa para

próximo formulário

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3.3 Ficha Clínica SPREAD PS

Em seguida, temos a ficha clínica SPREAD PS a ser preenchida. Em

dados de avaliação, deve-se escolher entre as seguintes opções no campo

Você está cadastrando:

PACIENTE TIPO 1: Paciente que chega ao PS com sepse no dia do estudo (das 7:00 as 7:00) PACIENTE TIPO 2: Paciente admitido com sepse no PS mas que já se encontra no hospital antes das 7:00 do dia do estudo PACIENTE TIPO 3: Paciente internado no PS por outro diagnóstico e que desenvolveu sepse durante a internação (Por exemplo: paciente admitido no dia 25/11/2017 as 10h com diagnóstico de AVC e apresentou critérios de sepse no dia 27/11/2017)

Obs: Não considerar UTI e semi-intensiva acopladas no pronto-socorro

Em seguida, temos a pergunta: “Paciente veio transferido de outra

instituição?”. Para os pacientes que tenham sido transferidos de outras

instituições deve ser assinalada a opção “Sim”. Essa pergunta será habilitada

apenas para pacientes tipo 1 e 2. Além desses dados, é solicitada a data e

hora da admissão no pronto socorro. Deve-se considerar a data/hora que o

paciente deu entrada no seu serviço de emergência (ex: horário da triagem), a

primeira hora disponível, quer seja a da triagem administrativa ou da triagem

pelo profissional de saúde. Um lembrete no sistema com esta recomendação

está disponível. Outro dado solicitado é a data e hora do primeiro

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atendimento médico ao paciente na sua instituição. O tempo para

atendimento é automaticamente calculado pelo sistema.

Figura 12 – Ficha clínica – dados de avaliação

A próxima etapa a ser preenchida é sobre a classificação de risco

utilizada na triagem do paciente. Deve-se escolher entre as seguintes opções:

- Não utilizo classificação de risco

- Manchester

- Emergency Severety Index (ESI)

- Australasian Triage Scale (ATS)

- Canadian Triage and Acuity Scale (CTAS)

- Outra

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Figura 13 - Ficha Clínica – classificação de risco

Quando o usuário selecionar a resposta da pergunta anterior, é aberto um

campo referente à classificação do paciente pelo sistema (ex: na classificação

de risco “manchester” terão as opções azul, verde, amarelo, laranja ou

vermelho). Caso o usuário selecione a opção “outra”, um campo aberto

aparece para informar o método de triagem usado pelo hospital.

Em seguida serão solicitados os dados de triagem do paciente (apenas

para pacientes tipo 1 e 2), com a pergunta sobre qual profissional realizou a

triagem (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem), se foram avaliados

sinais vitais na triagem, e caso tenham sido avaliados, novos campos são

abertos para informar frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura,

pressão arterial sistólica e diastólica, saturação de oxigênio e Glasgow. Há

orientações e exemplos de como preencher cada campo, conforme figura

abaixo. Ainda dentro do campo, é solicitado o preenchimento da data e hora do

início dos sintomas relatados pelo paciente, caso estejam disponíveis.

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Figura 14 - Ficha Clínica – dados da triagem

A pergunta atendimentos anteriores se refere à busca por atendimento

médico pelo paciente anteriormente, devido aos sintomas do evento atual de

infecção que levou a sepse. O sistema oferece as opções de resposta NÃO,

SIM e NÃO SEI. Caso selecionado a opção Sim, uma nova pergunta abre-se e

solicita que o usuário informe quantas vezes o paciente procurou pelo

atendimento médico, com as seguintes opções de resposta: 1, 2, 3, mais que 3

e não sei.

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Figura 15 - Ficha Clínica – atendimentos anteriores

Na tela caracterização do evento séptico (Figura 16), deve ser

assinalado o foco infeccioso “Qual o foco infeccioso principal?”. Os

principais focos infecciosos estão disponíveis. Observe que há a opção “Foco

não definido” para aqueles casos em que não foi possível identificar o foco

infeccioso. Lembre-se que é possível a correção posterior da informação caso

posteriormente seja identificado o foco. Caso haja mais de um foco infeccioso

presente, deve ser discutido com o investigador principal do estudo ou

coordenador do pronto socorro qual o principal foco infeccioso relacionado ao

evento séptico e somente ele deve ser assinalado.

O tipo de internação e tipo de infecção também devem ser

informados. Em relação ao tipo de internação, devem ser considerados

pacientes cirúrgicos aqueles cuja internação se deve a razão cirúrgica. No caso

dos pacientes categoria 1 e 2 isso necessariamente reflete um foco de origem

cirúrgica. Já para pacientes da categoria 3, podemos ter casos de pacientes

internados por razões cirúrgicas, submetidos a cirurgias e que desenvolveram

sepse como complicação. São consideradas infecções associadas à

assistência a saúde aquelas classicamente nosocomiais, ou seja, manifestas

após 48 horas de internação e não presentes no momento da admissão.

Também devem ser consideradas aquelas em pacientes com internações

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recentes (últimos 30 dias) ou que dependem do sistema de saúde, como

pacientes em terapia de substituição renal ou atendidos em hospital-dia, vindos

de hospitais de retaguarda ou de home care.

Figura 16 - Ficha Clínica – caracterização do evento séptico – foco infeccioso e tipo de infecção

No campo “O paciente apresentava algum desses sinais e sintomas

no momento do diagnóstico de quadro infeccioso?”. O momento do

diagnóstico do quadro infeccioso é o momento em que a sepse foi reconhecida

pela equipe de saúde. Nesse campo, estão listados os sinais de SIRS. Caso

haja algum presente, assinale a opção SIM. Quando não houver a presença do

sinal, assinale a opção NÃO.

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No campo Disfunção orgânica, as disfunções orgânicas presentes no

momento do diagnóstico também devem ser assinaladas (Figura 17). É

obrigatório assinalar pelo menos uma disfunção. O lactato aumentado,

independentemente do nível, é considerado critério de disfunção. Devem ser

assinaladas no sistema apenas as disfunções orgânicas presentes nas

primeiras 6 horas a partir do diagnóstico da sepse, assinalando a opção SIM.

Para as disfunções não presentes, responda a opção NÃO.

Para a identificação da disfunção orgânica, recomenda-se ao coletador

de dados a revisão de todo o histórico médico recente do paciente. Isso é

fundamental para se identificarem as comorbidades e as medicações

previamente utilizadas pelo paciente, pois elas podem ser responsáveis por

alterações clínicas potencialmente confundidas com disfunções orgânicas em

consequência da sepse. Isso permite a identificação adequada do número de

disfunções em decorrência da sepse. Como exemplos das principais

comorbidades potencialmente geradoras desse viés, e para as quais

recomendamos NÃO assinalar a disfunção orgânica, temos:

Insuficiência renal crônica (paciente pode ter creatinina basal > 2

mg/dL).

Doenças pulmonares de base que levem à dependência de oxigênio.

Uso de anticoagulantes orais ou heparina (razão normalizada

internacional - INR e tempo de tromboplastina parcial ativada - TTPA muito

elevados).

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Plaquetopenia (< 100.000/mm3) em pacientes com neoplasia

hematológica ou hepatopatia crônica.

Lactato aumentado em pacientes em uso de antirretrovirais

Ressaltamos que a piora de níveis basais pode ser considerada uma

disfunção orgânica decorrente da sepse, a depender do julgamento do médico

responsável pelo paciente. Um exemplo seria paciente com doença crônica

que apresenta agudização significativa em decorrência da sepse.

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Figura 17 – Ficha Clínica – caracterização do evento séptico – sinais de SIRS e disfunções orgânicas.

Outro dado solicitado é se o paciente se mantém com disfunção

orgânica até a presente data e a data e hora da primeira disfunção

orgânica. Para determinar este dado nos pacientes internados no PS,

recomendamos a revisão do prontuário e exames médicos recentes em busca

de alterações secundárias a infecção, presentes antes do diagnóstico. Por

vezes, é possível que a disfunção ocorra horas ou, no caso de pacientes da

categoria 3, até mesmo dias antes do diagnóstico. Para pacientes admitidos no

PS já em sepse/choque séptico, ou seja, quando não é possível identificar ou

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estimar a data e o horário da primeira disfunção, deve-se registrar como horário

da disfunção orgânica o horário da triagem ou o primeiro horário disponível de

entrada do paciente na instituição. Vale ressaltar que, em pacientes

encaminhados de outros serviços, o horário do diagnóstico da sepse/choque

séptico pode ser anterior à admissão hospitalar, desde que exista adequado

registro dos dados clínicos.

Também será solicitado data e hora do diagnóstico da sepse. Nessa

questão, deve ser considerado o momento em que foi feito o diagnóstico pela

equipe e iniciaram-se as medidas de tratamento, ou seja, o momento em que

houve percepção clínica, pela equipe, de que o paciente apresentava sepse ou

choque séptico. O tempo de disfunção orgânica é calculado automaticamente

pela diferença entre o momento da instalação da disfunção orgânica e seu

reconhecimento.

Figura 18 – Ficha Clínica – caracterização do evento séptico – data e hora da

primeira disfunção orgânica e do diagnóstico de sepse/choque séptico.

Na próxima etapa, serão solicitadas informações relativas à lactato,

hemoculturas e antimicrobianos. Lembramos que todas as informações a

serem preenchidas nesse campo se referem ao dia do diagnóstico da sepse,

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que não necessariamente será o dia do estudo. Para a primeira pergunta “O

lactato foi mensurado após o diagnóstico da sepse?” deve-se preencher a

data e a hora da coleta, de forma a possibilitar a avaliação da aderência. A

instituição deve informar qual o valor de referência de seu laboratório e a

unidade de medida. (Figura 19).

Figura 19 – Ficha Clínica – coleta de lactato, culturas e antimicrobianos.

A segunda pergunta “O paciente recebeu antimicrobiano de largo

espectro?”, ainda na tela mostrada na figura 19, são solicitados dados sobre

terapia antimicrobiana. Existem três respostas possíveis: “Não”, “Sim” e “O

antimicrobiano de largo espectro foi iniciado antes deste evento de sepse e

mantido até a presente data”. Nos dois últimos casos, habilitam-se as janelas

de identificação do antimicrobiano escolhido, e de data e hora da administração

da primeira dose.

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A opção “Antimicrobiano mantido” não é frequente no ambiente do PS.

Deve ser assinalada nos raros casos de pacientes em que, a despeito da

evolução do quadro séptico, o médico optou por manter o tratamento

antimicrobiano, subentendendo-se que essa seria a conduta clinicamente

adequada para a situação. São exemplos potenciais pacientes de homecare.

Na terceira pergunta “As hemoculturas foram coletadas?”, existem duas

respostas possíveis: “Não” e “Sim”. Em caso afirmativo, habilita-se o campo de

data e hora da coleta.

Em seguida serão solicitados dados relativos à ressuscitação

hemodinâmica de pacientes com hipotensão, no quadro Tratamento da

hipotensão nas primeiras 6 horas. Relembramos que as informações a

serem preenchidas nesse campo se referem ao dia do diagnóstico da sepse,

que não necessariamente será o dia do estudo. A primeira pergunta do campo

é: “Paciente estava hipotenso ou tinha lactato acima de duas vezes o

valor de referência nas primeiras 6h?” Esta pergunta se refere somente às

primeiras 6 horas após o diagnóstico da sepse/choque séptico. Com opções de

resposta “Não” e “Sim”. (Figura 20).

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Figura 20 – Ficha Clínica - Tratamento da hipotensão nas primeiras 6 horas

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Caso tenha sido assinalada a presença de hipotensão ou lactato acima

de duas vezes o valor de referência, solicita-se a informação sobre reposição

volêmica na pergunta “O paciente recebeu reposição volêmica?”. Caso a

resposta seja sim, uma pergunta sobre qual tipo de fluido o paciente

recebeu será habilitada, com as seguintes opções de resposta: SF0,9%,

Ringer Simples, Ringer Lactato, Albumina 4%, Albumina 20%, Plasma Light e

Outros. Em seguida será solicitado a quantos mL o paciente recebeu de

fluídos e na resposta, deve-se considerar a soma de todos os fluidos

infundidos no paciente com o objetivo de ressuscitação volêmica.

Eventualmente, pacientes podem não ter recebido os 30 mL/Kg que são

recomendados mas não há indicação de reposição volêmica com o volume

total, pois foi realizada avaliação de responsividade a volume ou qualquer outra

razão que levou o médico a decidir em contrário. Há uma pergunta “Existe

justificativa em prontuário para não infusão do volume total

recomendado, ou seja, 30mL/Kg. Nesses casos, se o registro em prontuário

estiver adequado, deve-se assinalar a opção “Sim”. Em seguida a pergunta “O

paciente permaneceu normotenso, ou seja, com pressão arterial média ≥

65 mmHg após reposição volêmica inicial?” irá avaliar se o paciente se

qualifica para o uso de vasopressores. A resposta “Sim” indica um paciente em

sepse, e não em choque. Caso a resposta seja “Não”, habilita-se o

preenchimento da pergunta “O paciente recebeu vasopressores nas

primeiras 6 horas?”. Caso a resposta seja “Sim” habilita-se o campo para

preenchimento da data e a hora do início do vasopressor. O tempo para

tratamento com volume/vasopressor é calculado automaticamente pelo

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sistema. Também será perguntado se foi coletado SVO2, com as opções

“NÃO” e “SIM” como resposta.

A próxima questão se refere à coleta do segundo lactato para pacientes

com o lactato inicial duas vezes acima do valor de referência: “Foi colhido

novo lactato dentro das primeiras 6 horas após o diagnóstico inicial?”.

Assim, temos três opções de resposta: “NÃO”, “SIM” e “NÃO SE APLICA –

paciente não tinha lactato >2x valor de referência” (Figura 20). Em caso

afirmativo, habilita-se novo campo para responder à pergunta. Respondendo

SIM para esta pergunta, o sistema abre novos campos para preenchimento da

data e hora da coleta e o valor do resultado do segundo lactato. O tempo

para coleta do segundo lactato é calculado automaticamente.

As perguntas seguintes se referem à reavaliação do status volêmico e de

perfusão, cujos dados também se referem ao dia do diagnóstico da sepse.

Esse indicador se aplica somente a pacientes com lactato inicial duas vezes

acima do valor de referência ou com choque séptico nas primeiras 6 horas.

Nesses pacientes, deve-se verificar se a reavaliação do estado volêmico ou de

parâmetros perfusionais está adequadamente registrada em prontuário pelo

médico (Figura 21). Somente registro pelo médico pode ser considerado.

Temos três opções de resposta para essa pergunta: “NÃO”, “SIM” e “NÃO SE

APLICA – paciente não apresentou hipotensão refratária e/ou hiperlactatemia”.

Em resposta afirmativa, vários parâmetros de volemia/perfusão são

considerados válidos para essa reavaliação, e aparecem no quadro “Qual

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critério foi utilizado?” São exemplos a mensuração de pressão venosa

central (PVC) ou a saturação venosa central de oxigênio (SvcO2), sem a

necessidade de atingir níveis específicos. Outras possibilidades são: a

avaliação de responsividade a volume; e a melhora do tempo de enchimento

capilar, do livedo, da diurese ou do rebaixamento de nível de consciência.

Deve-se informar também a data e hora do registro no prontuário dessa

reavaliação, e o tempo de reavaliação do status volêmico e de perfusão

será calculado pelo sistema.

Figura 21 - Página de reavaliação do status volêmico e de perfusão - pacote de 6 horas. A tela deve ser preenchida para pacientes cujo lactato inicial estava duas

vezes acima do valor de referência ou com choque séptico.

Em seguida será avaliada a evolução de 24h dos pacientes em relação ao

uso de ventilação mecânica (o paciente precisou de ventilação mecânica

nas 24 horas após o diagnóstico de infecção?) e necessidade de terapia de

substituição renal (Houve necessidade de terapia de substituição renal nas

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primeiras 24 horas?). As opções de resposta para estas perguntas são NÃO e

SIM. (Figura 22).

Figura 22– Ficha clínica - Página de ventilação mecânica, drogas vasoativas e terapia de substituição renal.

A última etapa da ficha clínica se refere à necessidade de controle do foco

infeccioso conforme figura 23. (Havia necessidade de controle de foco?).

As opções de resposta para estas perguntas são NÃO e SIM. Caso a resposta

seja afirmativa, abrirá uma nova pergunta “O paciente recebeu adequado

controle de foco nas primeiras 12 horas do diagnóstico da sepse?” Para

essa pergunta deve-se considerar controle de infecção: realização de cirurgia

para remoção ou debridamento do foco infeccioso responsável pela sepse,

remoção de cateteres, punções de abcesso e as opções de resposta para

estas perguntas são NÃO e SIM.

Figura 23 – Ficha clínica – Controle do foco infeccioso

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Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone , e complete (se dados completos) – ícone .

Figura 24 – Ficha Clínica – estado do formulário: dados incompletos, não verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

Figura 25 – Ficha Clínica – salvar ficha e passa para próximo formulário

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3.4 Escores de gravidade SOFA (diagnóstico e 24h)

Em seguida, temos o escore SOFA para ser preenchido. A inclusão dos

escores de gravidade permite avaliar melhor o perfil de pacientes de cada

instituição e também comparar pacientes em instituições distintas. É importante

manter a consistência da coleta, ou seja, os escores devem ser preenchidos

para todos os casos. Para o primeiro SOFA (SOFA do diagnóstico), deve-se

informar o pior nível de escore que o paciente apresentou no momento do

diagnóstico ou em até 6 horas antes desse momento; e para o SOFA de 24h

anota-se sempre o pior valor de cada variável nas 24 horas do dia da

instalação da disfunção orgânica. Observem que esse escore possui travas de

segurança relacionadas às disfunções orgânicas assinaladas anteriormente na

ficha clínica, evitando, assim, eventuais conflitos de informações ao longo da

inclusão dos dados. O valor total do escore será calculado automaticamente

pelo sistema após o término do preenchimento.

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Figura 26 - Página de Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)

Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone , e complete (se dados completos) – ícone .

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Figura 27 – SOFA – estado do formulário: dados incompletos, não verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

Figura 28 – SOFA – salvar ficha e passa para próximo formulário

3.5 qSOFA

O próximo formulário a ser preenchido é o quickSOFA (qSOFA). Trata-se

de um escore de gravidade que pretende identificar pacientes com suspeita de

infecção sob maior risco de morte ou permanência na UTI por mais de 3 dias.

Possui três critérios, atribuindo-se um ponto para hipotensão (PAS ≤100

mmHg), frequência respiratória alta (≥22 respirações por minuto), ou

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rebaixamento do nível de consciência. Deve-se informar o pior nível de escore

que o paciente apresentou no momento do diagnóstico ou em até 6 horas

antes desse momento.

Figura 29- Página de preenchimento do qSOFA

Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone , e complete (se dados completos) – ícone .

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Figura 30 – qSOFA – estado do formulário: dados incompletos, não verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

Figura 31 – qSOFA – salvar ficha e passa para próximo formulário

3.6 Desfecho

Essas informações são referentes aos desfechos dos pacientes com a

seguinte pergunta: “No dia do diagnóstico da sepse o paciente foi

transferido para a UTI?”, caso a opção de resposta seja “não” será

perguntado se foi solicitado vaga, caso seja respondido que “não” será

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perguntado se o paciente tinha indicação e porque o paciente não foi

transferido pra a UTI. Em seguida serão solicitados dados referentes ao

destino do paciente com a seguinte pergunta: Qual foi o primeiro destino do

paciente após a passagem no pronto-socorro? Para esta pergunta, temos

as seguintes opções de resposta: “permaneceu no PS até o desfecho;

transferido para a unidade de internação; transferido para a UTI; ou

transferido para outra instituição direto do PS". Caso o paciente tenha

permanecido no PS até o desfecho, será solicitado o motivo da permanência,

com as seguintes opções de resposta: porque o óbito foi precoce, não havia

indicação de internação, foi indicado internação em unidade regular mas não

havia vaga, foi indicado internação em unidade de terapia intensiva mas não

havia vaga, foi indicado internação em unidade de terapia intensiva mas o

médico intensivista não aceitou ou não havia cobertura da saúde suplementar.

Caso o paciente tenha sido transferido para a unidade regular de internação

será habilitada e pergunta da razão da transferência para a UI, com três

opções de resposta: porque o paciente tinha indicação, foi indicado internação

em unidade de terapia intensiva mas não havia vaga, foi indicado internação

em unidade de terapia intensiva mas o médico intensivista não aceitou. Além

da pergunta se em algum momento o paciente foi transferido para a UTI, caso

a resposta seja “SIM”, será solicitado data e hora. Caso o paciente tenha sido

transferido para a UTI direto do PS, será solicitado data e hora da

transferência. E caso o paciente tenha sido transferido para outra instituição

direto do PS será solicitado o motivo pelo qual a transferência foi solicitada:

não havia UTI na instituição, foi indicado internação em unidade de terapia

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intensiva mas não havia vaga, foi indicado internação em unidade regular mas

não havia vaga, necessidade de avaliação especializada, não havia cobertura

da saúde suplementar.

Após será solicitado o desfecho da internação hospitalar além da data e

hora com as seguintes opções de resposta: “alta, óbito ou permanece vivo

até o 60º dia de internação”. Se o paciente tiver falecido durante a internação,

independentemente da causa estar ou não relacionada ao evento séptico, a

data de alta hospitalar corresponderá à data do óbito.

A última pergunta desta ficha se refere aos cuidados de fim de vida,

caso o paciente tenha registro em prontuário de indicação de cuidados de

fim de vida nos pacientes não sobreviventes, haverá duas opções de

resposta: “NÃO” e “SIM”. O preenchimento dessa pergunta requer uma rápida

revisão de todo o prontuário do paciente.

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Figura 32 - Página de desfechos.

Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone e complete (se dados completos) – ícone .

Figura 33 – Desfecho – estado do formulário: dados incompletos, não

verificados ou completos.

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Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

Figura 34 – Desfecho – salvar ficha e passa para próximo formulário

3.7 Dados do pronto-socorro – dia 1, 2 e 3

Estas são as últimas informações para o preenchimento completo de

uma ficha de paciente. Lembre-se que há 3 formulários sendo um para cada

dia do estudo, este deve ser preenchido apenas para o primeiro paciente do

primeiro dia do estudo. Por ex: no dia 1 (27/11/2017) deve-se preencher os três

formulário “dados do pronto socorro – dia 1, dados do pronto socorro – dia 2 e

dados do pronto socorro – dia 3” para o primeiro paciente inserido no sistema

neste dia, além dos formulários anteriores. Os demais pacientes do dia 27/11 e

dos demais dias deve-se preencher apenas os formulários anteriores. Será

solicitado o número de atendimentos durante as 24h de cada um dos dias

do estudo, excluindo os atendimentos do pronto socorro de ortopedia e

oftalmologia.

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Além disso, será perguntado se o número de atendimentos clínicos,

cirúrgicos, número de pacientes atendidos com foco infeccioso

confirmado ou presumido, número de pacientes com sepse/choque

séptico atendidos nas 24h do estudo, quantos pacientes abririam o

protocolo de sepse se considerando como critério de abertura dois sinais

de SIRS ou uma disfunção orgânica, número de protocolos de sepse

abertos caso tenha protocolo implementado, além do número de

pacientes com sepse/choque internados em seu PS as 7:00 do dia do

estudo e o número de pacientes total internados em seu PS as 7:00 do dia

do estudo.

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Figura 35 – Dados do pronto-socorro

Ao completar o preenchimento, no campo Complete?, localizado no fim da

ficha, selecione a opção que melhor atender: Incomplete (se dados

incompletos) – ícone e complete (se dados completos) – ícone .

Figura 36 – Desfecho – estado do formulário: dados incompletos, não

verificados ou completos.

Em seguida, clique no botão azul Save & Go to Next Form (salvar e

prosseguir para a próxima ficha).

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Figura 37 – Desfecho – salvar ficha e passa para próximo formulário