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CLÍNICA DE FISIOTERAPIA MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

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Page 1: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA - usc.br · de permitir a realização de exercícios para aumento da ADM. Para o funcionamento perfeito das turbinas deve ser colocada uma quantidade adequada

CLÍNICA DE FISIOTERAPIA

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

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1. INTRODUÇÃO

O pessoal que atua em Unidades de Saúde está exposto a

uma grande variedade de microrganismos provenientes das

secreções, excreções, sangue e outros f luídos corporais, que podem

causar doenças infecciosas como uma simples gripe, pneumonia,

tuberculose, herpes, hepatite e AIDS. Nem todos os pacientes

infectados podem ser identif icados por uma história, exame físico ou

testes laboratoriais, cada um deles deve ser visto como

potencialmente infectado. Por estas razões é essencial à

padronização e manutenção pelas unidades prestadoras de

assistência a saúde, de medidas de biossegurança como forma ef icaz

da redução do risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão

das doenças infecciosas.

O objetivo principal da biossegurança é criar um ambiente de

trabalho onde se promova à contenção do risco de exposição a

agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, paciente e meio

ambiente, de modo que este r isco seja minimizado ou eliminado.

Os métodos util izados para se obter esta contenção

representam as bases da biossegurança e são referenciados como

primários ou secundários.

A contenção primária, ou seja, a proteção do trabalhador e

do ambiente de trabalho contra a exposição a agentes infecciosos, é

obtida por meio das práticas microbiológicas seguras e pelo uso

Page 3: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA - usc.br · de permitir a realização de exercícios para aumento da ADM. Para o funcionamento perfeito das turbinas deve ser colocada uma quantidade adequada

adequado dos equipamentos de segurança. O uso de vacinas, como

por exemplo, contra a hepatite B, incrementa a segurança do

trabalhador e faz parte das estratégias de contenção primária.

A contenção secundária compreende a proteção do ambiente

externo contra a contaminação proveniente do laboratório e/ou

setores que manipulam agentes nocivos. Esta forma de contenção é

alcançada tanto pela adequada estrutura f ísica do local como também

pelas rotinas de trabalho, tais como descarte de resíduos sól idos,

l impeza e desinfecção de art igos e áreas, etc.

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2. OBJETIVOS

Implantar normas e rotinas que minimizem os riscos

ocupacionais a que estão expostos os prof issionais de saúde,

Estabelecer as medidas preventivas para evitar a contaminação

do paciente e do ambiente de trabalho

Estabelecer protocolos de acompanhamento dos acidentes de

trabalho com exposição aos materiais biológicos.

Garantir processos de desinfecção e esteril ização adequados e

ef icazes.

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3. MEDIDAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA

Todos os consultórios deverão estar providos de: Pia

Sabão líquido, de preferência germicida, com mecanismo

dispensador que impeça o ref luxo da solução.

Papel toalha, sendo proibida a uti l ização de toalhas de pano.

Medidas individuais

É obrigatória a uti l ização de jaleco nos ambientes de atendimento a

pacientes.

Não é permit ido fumar, bem como consumir al imentos e bebidas

dentro do espaço f ísico do Insti tuto.

A lavagem das mãos deve ser realizada antes e após os

atendimentos, ou quando for necessário executar outra tarefa durante

os mesmos e a secagem é realizada com papel toalha;

Todos os funcionários, alunos e professores têm acesso a

equipamentos de proteção individual (EPI) sempre que necessário, os

quais são ut il izados somente nos ambientes específ icos;

As fronhas e lençóis deverão ser trocados a cada atendimento

A limpeza de materiais, equipamentos e brinquedos são realizados

a cada troca de pacientes ut i l izando-se álcool 70%;

Todo funcionário deverá fazer uso de EPI nos procedimentos de

limpeza e desinfecção de áreas e superfícies;

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Os materiais descartáveis não podem ser reuti l izados, devendo ser

desprezados adequadamente, imediatamente após o uso;

A imunização dos funcionários, professores, prof issionais e

estudantes deverão ser real izados seguindo as normas preconizadas.

.

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4. ROTINA DE LIMPEZA DO INSTRUMENTAL

Norma: - Todo instrumental deverá estar l impo e seco quando encaminhado à unidade de esteril ização.

- Todo instrumental deverá ser lavado com detergente enzimático após cada uso.

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Bolsista da fisioterapia

Imergir o instrumental em detergente

enzimát ico

USO DE EPI

02

Bolsista da fisioterapia

Deixar o ins trumental imerso no produto

Manter prat icuba fechada

O tempo de expos ição depende

do fabr icante

03 Bolsista da fisioterapia

Ret irar a parte de c ima da prat icuba e deixar o

produto escorrer

USO DE EPI

04 Bolsista da fisioterapia

Passar o instrumental em água corrente

USO DE EPI

05 Bolsista da fisioterapia

Real izar a l impeza manual

USO DE EPI

06

Bolsista da fisioterapia

Esfregar o instrumental com escova de cerdas de

nylon cuidadosamente

USO DE EPI

07 Bolsista da fisioterapia

Enxaguá- lo USO DE EPI

08 Bolsista da fisioterapia

Secá- lo com pano l impo e macio

USO DE EPI

09 Bolsista da fisioterapia

Ident i f icar o mater ia l na l is ta

10 Bolsista da fisioterapia

Encaminhar à unidade de ester i l ização

Respei tando as normas do

Min is tér io da Saúde

11 Bolsista da fisioterapia

Entregar na mão do func ionár io da Unidade

de Ester i l ização

O mesmo deve ass inar a l is ta do mater ia l ent regue

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5. ROTINA DE LIMPEZA TERMINAL E DESINFECÇÃO DAS MACAS

Norma: A l impeza terminal e desinfecção das macas deverão ser efetuadas no mínimo uma vez na semana.

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Auxi l iar de

l impeza

Lavar a maca usando água e sabão

Pano úmido

02 Auxi l iar de l impeza

Passar pano úmido para ret irar o sabão

Uso de EPI

03 Auxi l iar de l impeza

Passar pano seco Uso de EPI

04

Auxi l iar de l impeza

Real izar a des infecção da maca

Produto a base de quaternár io de amônia

ou álcool 70%

05

Auxi l iar de l impeza

Passar pano seco na maca para ret irar

excesso do des infetante

Uso de EPI

Se o produto ut i l izado for a base de

quaternár io de amônia. Seguir or ientações do

fabr icante.

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6. ROTINA FINAL DE ATENDIMENTO NOS CONSULTÓRIOS

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Funcionár ia da l impeza

Ret irar lençol da maca

Uso de EPI

02 Funcionár ia da l impeza

Desprezar no hamper

Uso de EPI

03 Funcionár ia da l impeza

Passar pano úmido nas superf íc ies

Maca, mesa, cadeira, etc

04 Funcionár ia da l impeza

Passar pano seco nas superf íc ies

Uso de EPI

05 Funcionár ia da l impeza

Real izar des infecção das

superf íc ies

Rot ina de des infecção

06 Funcionár io da prefei tura

Busca as roupas ut i l izadas e leva

para a lavander ia a USC

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7. ROTINA DE LIMPEZA CONCORRENTE DO PISO (áreas críticas) Norma: Deve ser realizada limpeza concorrente diariamente, sempre que necessário e no f inal de cada período nos consultórios, área de atendimento ao paciente e expurgo .

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Funcionár io da l impeza

Ret irar o l ixo Uso de EPI

02 Funcionár io da l impeza

Colocar o l ixo no carro coletor

03

Funcionár io da l impeza

Passar rodo com pano molhado

em todo ambiente

Balde com água pura

04

Funcionár io da l impeza

Des infecção do ambiente

Des infetante d i lu ído conforme or ientação

fabr icante. Ut i l izam-se sempre dois baldes (água

e desinfetante)

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8. ROTINA DE LIMPEZA TERMINAL DO PISO

Norma: Deve ser realizada limpeza terminal semanalmente nos consultórios, área de atendimento ao cliente e expurgo.

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Funcionár io da l impeza

Ret irar o l ixo Uso de EPI

02 Funcionár io da l impeza

Colocar o l ixo no carro coletor

Uso de EPI

03 Funcionár io da l impeza

Ret irar todo mater ia l que

est iver no chão

04 Funcionár io da l impeza

Jogar água com sabão em todo

ambiente

Uso de EPI

05 Funcionár io da l impeza

Usar rodo para ret irar a água

Uso de EPI

06 Funcionár io da l impeza

Passar pano úmido Somente com água

07 Funcionár io da l impeza

Des infecção Uso de EPI

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9. ROTINA FINAL DE ATENDIMENTO NOS CONSULTÓRIOS

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Funcionár ia da l impeza

Ret irar o lençol do colchão

Uso de EPI

02 Funcionár ia da l impeza

Desprezar no hamper

03

Funcionár ia da l impeza

Real izar des infecção do colchão

Álcool 70% ou produto a base de

quaternár io de amônia. Seguir instruções do

fabr icante

04

Funcionár ia da Prefe itura USC

No dia seguinte um func ionár io da USC busca as roupas e

leva para a lavander ia

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10. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE INSTRUMENTOS

Material

Procedimento

Periodicidade

Eletrodos das correntes média e baixa freqüência

Limpeza através do uso de papel higiênico

Após aplicação de cada paciente

Eletrodos Lavagem com água 1 vez por semana (sexta-feira)

Estetoscópio Fricção com álcool 70% Após cada pac iente

Bolas Fr icção com álcool 70%

Lavagem com água Após cada pac iente

1 vez por mês lavagem

Br inquedos Fr icção com álcool 70%

Lavagem com água Após cada pac iente

1 vez por mês lavagem

Esf ignomanômetro Fr icção com álcool 70% Diár ia após cada turno de trabalho

Balança L impeza com água e sabão f r icção com álcool

70%

Diár ia após cada turno de trabalho

L impeza dos equipamentos de

e letroterapia

L impeza com álcool Uma vez por semana

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11. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SUPERFÍCIES

Material

Procedimento

Periodicidade

Escr ivaninha e cadeiras

L impeza com água e sabão

Fr icção com álcool 70%

Diár ia após cada turno de trabalho

Macas Fr icção com álcool 70% Após cada pac iente

Escadas L impeza com água e sabão Diár ia

Telefone Fr icção com álcool 70% Diár ia

Armários e Balcão Água e sabão Diár ia

Bebedouro L impeza com água e sabão

Fricção com álcool 70% Diár ia após cada turno de

trabalho

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12. RESÍDUOS DE SAÚDE Descarte e Acondicionamento

Lixo Comum: Deverá ser acondicionado em saco plástico comum de qualquer cor exceto branco leitoso e vermelho.

Lixo Infectante

Deverá ser acondicionado em saco branco leitoso com simbologia internacional de risco biológico.

Coleta e Transporte

Todo recipiente destinado ao acolhimento de resíduos deve

possuir tampa de preferência com mecanismo de pedal para sua

abertura;

O funcionário deverá usar EPI ( luva, gorro, máscara, avental e

botas);

Coletar os resíduos da fonte geradora em intervalos regulares, de

acordo com a necessidade do setor;

Recolher os sacos coletores dos pontos geradores sempre que 2/3

de sua capacidade estejam completados, amarrando bem as

bordas;

Colocar um saco de lixo novo na l ixeira, f ixando-o f irmemente nas

bordas;

Transportar os sacos em carros fechados, dotados de tampa

evitando cruzamento com alimentos, roupa limpa e pessoas;

Os sacos de l ixo jamais deverão ser deixados em corredores,

transportados abertos ou arrastados pelo chão;

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Encaminhar o l ixo recolhido até área específ ica para coleta

externa (EMDURB)

OBS: As l ixeiras devem ser lavadas com água e sabão, semanalmente e sempre que necessário;

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13. DESINFECÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DO ATENDIMENTO RESPIRATÓRIO Para a desinfecção dos materiais e equipamentos de respiratória, é

necessário realizar uma desinfecção de alto nível, pois os materiais utilizados

entram em contato com membrana mucosa, pele íntegra e não íntegra, sendo

classificados como artigos semicríticos.

Enumeração

Agente

Ação

Observação

01 Estagiário da fisioterapia ou fisioterapeuta

Deixar o instrumental imerso no detergente enzimático (tempo mínimo de 5 minutos)

Manter praticuba fechada

02 Auxiliar de esterilização

Realizar a limpeza manual para retirar as sujidades

USO DE EPI

03 Auxiliar de esterilização

Enxaguar em água abundante

USO DE EPI

04 Auxiliar de esterilização

Colocar o material na praticuba imerso no ácido paracético (Sterilife®). Manter por uma hora para esterilização

USO DE EPI Manter a praticuba fechada

05 Auxiliar de esterilização

Passar o material na água corrente

USO DE EPI

06 Auxiliar de esterilização

Secar o material com ar comprimido e compressa seca e limpa

USO DE EPI

07 Auxiliar de esterilização

Embalar o material e datar a embalagem com data da esterilização e validade da esterilização

08 Auxiliar de esterilização Estagiário de fisioterapia Fisioterapeutas

Manter os materiais limpos em armário e potes tampados por até um mês. Após este período encaminhar para nova desinfecção

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14. FISIOTERAPIA GINECOLÓGICA

Para o tratamento de incontinência urinária ou fecal é

necessário o uso de um eletrodo vaginal ou anal, sendo que os

mesmo devem passar por desinfecção (Steri l ife).

Procedimento

Periodicidade

Após o uso do e letrodo a lavar com água, detergente e bucha, secá- lo com pano l impo e depois imergir apenas a parte de introdução vaginal ou anal, no ác ido

Após cada procedimento, imergir por 20 minutos

Após a des infecção, lavar com água corrente, sem bucha ou detergente, secar com pano l impo, proteger com saco p lás t ico e armazenar em um recipiente com tampa. O uso do EPI é obr igatór io durante a manipulação

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15. PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO TURBILHÃO

O turbilhão é um método efetivo de aplicar calor ou frio em áreas

irregulares. A temperatura da água varia de acordo com os objetivos do

Tratamento, sendo água fria (10 a 15,5 ºC) e água quente (40,5 a 43,3 ºC). A

agitação e aeração da água promovida pela turbina proporcionam um efeito

massageador, resultando em sedação, analgesia e aumento da circulação, além

de permitir a realização de exercícios para aumento da ADM. Para o

funcionamento perfeito das turbinas deve ser colocada uma quantidade adequada

de água cobrindo os jatos, possibilitando o funcionamento seguro do motor.

Procedimento

Periodicidade

Esvazie o turbilhão após o tratamento Após cada procedimento

Encha novamente o turbilhão com água suficiente para que a turbina opere com segurança e adicione sabonete liquido

Coloque a turbina em movimento para que os agentes de limpeza circulem por todo componente interno

Turbina em funcionamento por no mínimo 1 minuto

Retire a água do turbilhão e esfregue o interior com um produto de limpeza, prestando atenção na turbina, ralos, soldas e outras áreas que podem deter germes

Enxágüe cuidadosamente com água limpa a superfície interna do turbilhão

Limpeza da superfície externa do turbilhão

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16. PROCEDIMENTO PARA A HIDROCINESIOTERAPIA

A hidroterapia é conceituada como exercícios realizados na água,

exercícios aquáticos terapêuticos e ou uso terapêutico da água. E para que haja

bom aproveitamento da terapia são necessários alguns cuidados de segurança

tanto para os profissionais, alunos, pacientes e para o técnico de manutenção da

piscina.

Procedimento

Periodicidade È obrigatório o uso de touca, maiôs ou sunga para o

uso da piscina, ficando proibido o uso de bermudas ou

outras peças de roupas

Sempre que for utilizar a piscina

Antes de iniciar a terapia, aula prática ou estágio é

necessário passar por exame dermatológico, que

poderá ser feito na CEPS (clínica de educação para a

saúde) ou trazer um atestado médico

Antes do uso da piscina e repetir o

exame a cada 3 meses

É obrigatório passar pela ducha antes de entrar na

piscina, a fim de eliminar resíduos de creme ou óleos

hidratantes

Diariamente, antes de adentrar a

piscina

Fica proibido passar qualquer produto antes de entrar

na piscina (creme, pomada, óleos, etc)

Diariamente, antes de adentrar a

piscina

È proibida a permanência de acompanhantes no

interior da piscina, a observação dos pacientes deve

ser feita através do visor que fica do lado de fora da

piscina

Diariamente, antes de adentrar a

piscina

Para as crianças ou pacientes neurológicos que não

possuem controle esfincteriano, é necessário o uso de

fralda de látex

Diariamente, antes de adentrar a

piscina

As toalhas são de uso individual, sendo assim, cada

aluno ou paciente deverá trazer a sua de casa. Em

caso de urgência entrar em contato com a recepção

para que as funcionárias providenciem uma

Sempre que sair da piscina, após o

termino do atendimento.

È proibida a entrada de qualquer paciente na piscina

sem a presença do professor, aluno ou profissional

Sempre.

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PROCEDIMENTO PARA O TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DA PISCINA

Para a manipulação de materiais como cloro, clarificante, barrilha, limpa

borda, medidor de pH, é necessário o uso de equipamentos de proteção individual

(EPI):

- luva de borracha;

- Óculos de proteção;

- protetor respiratório;

- Avental ou jaleco.

Para a aplicação dos produtos dever ser seguida à instrução do fabricante e cada

produto. È de responsabilidade do técnico de manutenção avisar previamente

sobre a necessidade de reposição de produtos como a troca da areia do filtro e

manutenção de equipamentos.

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PROTOCOLO EM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À MATERIAL BIOLÓGICO

1. Introdução

O objet ivo desse protocolo é descrever os cuidados

necessários para evitar a disseminação do vírus da imunodeficiência

humana (HIV) e do vírus da hepatite B e C, entre os funcionários,

professores e alunos. Serão apresentados os procedimentos que

devem ser seguidos após a exposição ocupacional a material

biológico.

Os acidentes de trabalho com sangue e outros f luidos

potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de

emergência médica.

É importante ressaltar que as medidas prof ilát icas pós-

exposição não são totalmente ef icazes, enfatizando a necessidade de

implementar ações educativas permanentes, que familiarizem os

prof issionais de saúde com as precauções básicas ou padrão.

2. Profissionais de Saúde e Tipos de Exposições As exposições que podem trazer r iscos de transmissão

ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são

definidas como:

- Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos

perfurantes e cortantes (Ex: agulhas, bisturi, vidrarias);

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- Exposições em mucosas – por exemplo, quando há respingos

na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitál ia;

- Exposições cutâneas (pele não íntegra) – por exemplo, contato

com pele com dermatite ou feridas abertas;

- Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco

quando envolverem a presença de sangue, devendo ser

avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto

àquele que tenha sido exposto.

3. Risco de Transmissão

Risco de Transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana

Estudos realizados est imam, em média, que o risco de

transmissão do HIV é de 0,3% em acidentes percutâneos e de 0,09%

após exposições em mucosas. O risco após exposições envolvendo

pele não íntegra não é precisamente quantif icado, estimando-se que

ele seja inferior ao risco das exposições em mucosas. (MS, 2004)

Risco de Transmissão do Vírus da Hepatite B

O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está

relacionado ao grau de exposição a materiais orgânicos no ambiente

de trabalho, principalmente sangue e sal iva, e também à presença ou

não do antígeno HbeAg no paciente – fonte.

Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente

infectado pelo HBV e com a presença de HbeAg, o r isco de hepatite

clínica varia entre 22 e 31% e o da evidência sorológica de infecção

de 37 a 62%.

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Já foi demonstrado que, em temperatura ambiente, o HBV

pode sobreviver em superfícies por períodos de até 1 semana.

Portanto, infecções pelo HBV em prof issionais de saúde, sem história

de exposição não ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional,

podem ser resultado de contato, direto ou indireto, com sangue ou

outros materiais biológicos em páreas de pele não íntegra,

queimaduras ou em mucosas. (MS, 2004).

Materiais orgânicos em que é encontrado:

- Sangue

- Leite materno

- Líquido bi l iar

- l íquor

- Líquido art icular

- Fezes

- Secreções nasofaríngeas

- Saliva

- Suor

Risco de Transmissão do Vírus da Hepatite C

O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma

ef iciente através do sangue. A incidência média de soroconversão,

após exposição percutânea com sangue sabidamente infectado pelo

HCV é de 1,8%.

Materiais orgânicos em que é encontrado:

- Sangue

- Líquido art icular

- Líquido bi l iar

- l íquor

- Fezes

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- Secreções nasofaríngeas

- Saliva

- Suor

4. Prevenção da Exposição à Materiais Biológicos

Entre as recomendações específ icas que devem ser

seguidas, durante a real ização de procedimentos que envolvam a

manipulação de material perfurocortante, destacam-se a importância

de:

- Ter a máxima atenção durante a real ização dos procedimentos;

- Jamais uti l izar os dedos com anteparo durante a realização de

procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes;

- As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas

ou retiradas da seringa com as mãos, mas devem ser

protegidas em cada procedimento, levando-se a seringa de

encontro ao envólucro deixado sobre a mesa cirúrgica, em local

seguro e de fácil acesso, uma vez que é comum a necessidade

de complementação anestésica durante o atendimento;

- Não uti l izar agulhas para f ixar papéis;

- Todo material perfurocortante, mesmo que estéri l, deve ser

desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com

tampa;

- Os coletores específ icos para descarte de material

perfurocortante não devem ser preenchidos acima do limite do

2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre

próximos do local onde é real izado o procedimento;

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- Resíduos de serviço de saúde – seguir a resolução RDC

número 33 de 25 de fevereiro de 2003 publicado no DOU de

05/03/2003 – ANVISA/MS.

5. Procedimentos Recomendados em Caso de Exposição a Material Biológico

No momento do acidente, deverá ser feita a notif icação à

chefia imediata, a qual, por sua vez, notif icará o setor responsável

para avaliar o acidente e determinar a conduta, o mais precocemente

possível, nas primeiras duas horas, e no máximo, até 72 horas após o

acidente.

O Departamento Pessoal deve emitir a Comunicação de

Acidente de Trabalho (CAT), cujo verso será preenchido pelo médico

do trabalho que atender o acidentado, a f im de documentar o

acidente para efeitos legais.

NA PRESENÇA DO PACIENTE NO MOMENTO DO ACIDENTE CABE:

- Orientar quanto aos procedimentos a serem realizados após a

exposição (antissepsia do local);

- Preencher a f icha de notif icação corretamente;

- Explicar ao paciente o protocolo a ser seguido nesses casos e

preencher o termo de consentimento em realizar o exame de

HIV;

- Encaminhar ao Pronto Socorro Central Municipal nas primeiras

2 horas após o acidente para que se iniciem as medidas

específ icas de quimioprof ilaxia para o HIV (S/N). Explicando

que será real izado teste rápido (HIV) com o paciente;

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- Caso o paciente e/ou acidentado, não concordar em ser

submetido aos procedimentos recomendados, tal fato deverá

ser registrado por meio do termo de recusa, que estará

disponível e que deverá ser preenchido e assinado pelo

interessado.

- Deverá ser sol icitado transporte para encaminhar o acidentado

ao Pronto Socorro Central

6. Cuidados Gerais

- Lesão com material pérfuro-cortantes como agulhas, tesouras,

l imas, lâminas de bisturi ou material médico cirúrgico

contaminado com sangue ou outros l íquidos orgânicos – lavar

sem friccionar a área lesada, imediatamente exaustivamente,

com água e sabão ou somente água;

- Contato com mucosa ocular, oral ou pele com solução de

continuidade – lavar com água corrente em abundância ou SF

0,9%, repetindo a operação vária, vezes;

- Contato com a pele íntegra – Cuidados normais de

higienização. Dispensa quimioprof ilaxia

OBS: A uti l ização de soluções irr itantes como éter, hipoclorito de

sódio ou glutaraldeído está contra indicada.