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MANUAL DE AUDITORIADE OBRAS PÚBLICAS
MANUAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PÚBLICAS
BahiaTCE
2011
FICHA CATALOGRÁFICA
Tribunal de Contas do Estado da BahiaCOPYRIGHT© 2011 TCE
PEDIDOS E CORRESPONDÊNCIAS:Tribunal de Contas do Estado da BahiaAvenida 04, Plataforma V – CABEdf. Cons. Joaquim Batista NevesCep: 41.475-002Telefone: 0xx(71) 3115-4477Fax: 0xx(71) 3115-4613Email: [email protected]
Composição e Diagramação: Cristiano Pereira RodriguesNormalização: Denilze Alencar Sacramento
B151 Bahia. Tribunal de Contas do Estado.
Manual de Auditoria de Obras Públicas. /Tribunal de Contas do Estado Bahia. Salvador: TCE-BA, 2011.
92 p.
1. Auditoria – Obras Públicas. 2. Obras Públicas -Auditoria. 3. Controle Externo – Manual de AuditoriaObras Públicas. I. Título.
CDU 351.712
TRIBUNAL PLENOConselheira Ridalva Correa de Melo Figueiredo - PresidenteConselheiro Antonio Honorato de Castro Neto - Vice-PresidenteConselheiro Filemon Neto Matos - CorregedorConselheiro Antônio França TeixeiraConselheiro Pedro Henrique Lino de SouzaConselheiro Manoel Figueiredo CastroConselheiro Zilton Rocha
SUPERINTENDENTE TÉCNICOFrederico de Freitas Tenório de Albuquerque
COORDENADORES DE CONTROLE EXTERNOHenrique Pereira Santos FiIhoMárcia da Silva Sampaio CerqueiraJosé Raimundo Bastos de AguiarAntônio Luiz CarneiroMarcos André Sampaio de MatosIornilson Guimarães Soares
ELABORAÇÃOHeinz Ulrich RutherMaria Salete Silva Oliveira
COLABORAÇÃOServidores que atuam na área de auditoria de obras
REVISÃOClarissa Carneiro da RochaEliane de Sousa SilvaIvonete Dionízio de Lima
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 111 CONCEITOS ESSENCIAIS .................................................................... 131.1 Obra Pública ..................................................................................... 131.2 Serviço de Engenharia ...................................................................... 141.3 Serviços Técnicos Profissionais Especializados ............................. 141.4 Projeto Básico ................................................................................... 141.5 Projeto Executivo .............................................................................. 171.6 Fiscalização ...................................................................................... 171.7 Licenciamento Ambiental ................................................................. 17
2 METODOLOGIA DE TRABALHO ......................................................... 212.1 Critérios para a Seleção de Obras ................................................... 212.2 Equipes de Trabalho ......................................................................... 222.3 Programas/Procedimentos Específicos para as Obras e Serviços de Engenharia Selecionados ............................................................ 24
3 ORIENTAÇÕES GERAIS ...................................................................... 253.1.Avaliação do Controle Interno ......................................................... 293.2 Análise do Edital/Licitação .............................................................. 303.3 Análise dos Projetos ......................................................................... 313.3.1 Análise do Anteprojeto .................................................................. 313.3.2 Análise do Projeto Básico ............................................................. 323.3.3 Análise do Projeto Executivo ......................................................... 333.4 Análise de Custos .............................................................................. 343.4.1 Orçamento Estimativo Preliminar ................................................ 353.4.2 Análise do Orçamento Sintético .................................................... 363.4.3 Análise do Orçamento Analítico ................................................... 373.4.4 Taxa de BDI ..................................................................................... 373.5 Análise dos Contratos ...................................................................... 383.6 Execução Física da Obra .................................................................. 393.6.1 Fiscalização ................................................................................... 403.6.2 Execução Física do Contrato ......................................................... 423.6.3 Recebimento da Obra .................................................................... 42
4 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS ............................................................... 45GLOSSÁRIO ....................................................................................... 49REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 71ANEXO - ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS ..................... 73
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS
AA Autorização Ambiental
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
BDI Bonificação e Despesas Indiretas
CEF Caixa Econômica Federal
CEPRAM Conselho Estadual de Meio Ambiente
CCE Coordenadoria de Controle Externo
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura
CUB Custo Unitário Básico
DMT Distância Média de Transporte
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte
EIA Estudo de Impacto Ambiental
FGV Fundação Getúlio Vargas
IBRAOP Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas
ISC Índice de Suporte Califórnia
LA Licença de Alteração
LI Licença de Implantação
LL Licença de Localização
LO Licença de Operação
LS Licença Simplificada
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal
MPa Mega Pascal
NAGs Normas de Auditoria Governamental
RIMA Relatório de Impacto Ambiental
SGA Sistema de Gerenciamento de Auditoria
SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices daConstrução Civil
TCPO Tabela de Composição de Preços e Orçamento
TCE/BA Tribunal de Contas do Estado da Bahia
TCU Tribunal de Contas da União
ATO Nº 253, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.
A PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA, nouso de suas atribuições,
CONSIDERANDO a diretriz estratégica “Mapear e redesenhar osprincipais processos de trabalho”, integrante do Plano Estratégico2010-2013 deste Tribunal e priorizada pelo Plenário nos Planos deDiretrizes aprovados para os exercícios de 2010 e 2011 (Resoluçõesnos 032/2010 e 132/2010);
CONSIDERANDO a edição da Resolução nº 052/2011, que dispõesobre o encaminhamento pelos jurisdicionados ao TCE, por meiode sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviçosde engenharia pelos titulares dos órgãos e entidades responsáveispela sua licitação, contratação e execução;
CONSIDERANDO a necessidade de elevar os padrões de qualidadedos trabalhos deste Tribunal para melhor cumprir sua missãoconstitucional,
CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar a adoção de métodose procedimentos para a realização de auditoria de obras públicas;
RESOLVE:
Art. 1º - Fica aprovado o “Manual de Auditoria de Obras Públicas”do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, contendo conceitosessenciais, metodologia de trabalho e orientações gerais a seremobservadas na realização dessas auditorias.
Art. 2º - Este Ato entra em vigor na data da sua publicação, revogadasas disposições em contrário.
CONS. RIDALVA FIGUEIREDO Presidente
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O presente manual, de uso obrigatório, estabelece as diretrizestécnicas a serem observadas para a realização das auditoriasem obras públicas. A sua utilização deverá ser realizada emconjunto com o Manual de Auditoria Governamental desteTribunal e de forma subsidiária, utilizando outros normativos adepender da especificidade e complexidade do trabalho.
Este Manual é fundamentado no seguinte marco legal: Lei Federalde Licitações e Contratos nº 8.666/1993, Lei Federal de ProteçãoAmbiental nº 6.938/1981; Resoluções CONAMA nºs 001/1986 e237/1997; Resolução CONFEA nº 361/1991 e Decisão Normativa/CONFEA nº 34/1990; Lei Estadual de Licitações e Contratos nº9.433/2005; Decretos Estaduais nos 9.534/2005 e 12.366/2010.
Apresentação
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A auditoria em obras envolve o conhecimento de múltiplosconceitos e várias áreas de abrangência, todos relevantes enecessários para subsidiar o planejamento e a execução dostrabalhos.
Este manual, além de utilizar conceitos legais, a exemplo doestabelecido ao longo das Leis Federais nºs 8.666/93 e 6.938/81,valeu-se de conceitos de domínio público e de entidadesrepresentativas da área. Eles são apresentados em duas sessões:na primeira, denominados como essenciais, assim consideradospor se constituírem nos mais elementares e estruturantes paraa realização da auditoria, e no glossário, onde são apresentadosoutros conceitos, subdivididos por tipologia de obras, de formamais detalhada e minuciosa, resvestidos de igual importânciapara a auditoria.
1.1 OBRA PÚBLICA
Obra pública é aquela que se destina a atender aos interessesgerais da sociedade, contratada por órgão ou entidade públicada Administração Direta ou Indireta, Federal, Estadual ouMunicipal, executada sob sua responsabilidade ou delegada,custeada com recursos públicos, compreendendo a construção,reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de um bempúblico.
Genericamente, de acordo com a Lei Federal de Licitações eContratos nº 8.666/93, será tratada por obra pública toda aconstrução, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação eos serviços de engenharia realizados por execução direta ouindireta.
1 CONCEITOS ESSENCIAIS
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1.2 SERVIÇO DE ENGENHARIA
Conforme Orientação Técnica – OT-IBR 002/2009 do InstitutoBrasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP), serviço deengenharia é toda atividade destinada a obter determinadautilidade de interesse da Administração, tais como: demolição,conserto, instalação, montagem, operação, conservação,reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
1.3 SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS
São os trabalhos relativos a: estudos técnicos, planejamentos eprojetos; pareceres, perícias e avaliações; assessorias ouconsultorias técnicas; e fiscalização, supervisão ougerenciamento de obras.
1.4 PROJETO BÁSICO
De acordo com a Lei Federal nº 8.666/93, projeto básico é oconjunto de elementos necessários e suficientes, com nível deprecisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, elaboradocom base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, queassegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento doimpacto ambiental do empreendimento, e que possibilite aavaliação do custo da obra e a definição dos métodos e prazo deexecução.
Deve ser aprovado por autoridade competente ou por aquelaque tenha recebido tal delegação.
Conforme a Resolução CONFEA nº 361/91, o Projeto Básico devedesenvolver a melhor alternativa técnica, econômica e ambiental,identificar os elementos constituintes e o desempenho esperadoda obra; adotar soluções técnicas de modo a minimizarreformulações ou ajustes acentuados durante a execução;especificar todos os serviços a executar, materiais e
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equipamentos e definir as quantidades e os custos de serviçose fornecimentos de tal forma a ensejar a determinação do custoglobal da obra com precisão de mais ou menos 15%.
No caso de uma edificação, pode-se admitir que alguns projetos(tais como detalhes de esquadrias, instalações elétricas,telefônicas, hidráulicas e especiais) façam parte do ProjetoExecutivo, desde que o projeto de arquitetura, os estudosgeotécnicos, o orçamento detalhado (fundamentado emquantitativos e preços unitários propriamente avaliados) e omemorial descritivo (ou o caderno de encargos) sejam suficientespara a perfeita compreensão da obra, inclusive seus métodosconstrutivos, materiais a empregar e suas instalações provisórias,e de modo a permitir a fácil elaboração do Projeto Executivo.
Todo Projeto Básico, de acordo com o Instituto Brasileiro deAuditoria em Obras Públicas (IBRAOP), a depender da natureza,porte e complexidade da obra de engenharia, deve apresentaros seguintes elementos técnicos:
QUADRO 1 - Elementos Técnicos do Projeto BásicoElementos Técnicos Descrição
1 Desenho
Representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes, obedecendo às normas técnicas pertinentes.
2 Memorial Descritivo
Descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, onde são apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos referenciados.
3 Especificação Técnica
Texto no qual se fixam todas as regras e condições que se deve seguir para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o modo como será executado cada um dos serviços, apontando, também, os critérios para a sua medição.
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Para fins de definição dos conteúdos técnicos a serem utilizados,de acordo com a tipologia da obra, a equipe do TCE deverá seguiras orientações constantes da OT – IBR 001/2006 do IBRAOP ealterações posteriores.
Elementos Técnicos Descrição
4 Orçamento
Avaliação do custo total da obra, tendo como base preços dos insumos praticados no mercado ou valores de referência e levantamentos de quantidades de materiais e serviços obtidos a partir do conteúdo dos elementos anteriores, sendo inadmissíveis apropriações genéricas ou imprecisas, bem como a inclusão de materiais e serviços sem previsão de quantidades. O orçamento deverá ser lastreado em composições de custos unitários e expresso em planilhas de custos e serviços, referenciadas à data de sua elaboração. O valor do BDI (Bonificação e Despesas Indiretas) considerado para compor o preço total deverá ser explicitado no orçamento.
4.1 Planilha de Custos e Serviços
A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e deve conter, no mínimo: • discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade,
custo unitário e custo parcial; • custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais
de cada serviço e/ou material; • nome completo do responsável técnico, seu número de registro
no CREA e assinatura.
4.2 Composição de Custo Unitário de Serviço
Cada composição de custo unitário define o valor financeiro a ser despendido na execução do respectivo serviço e é elaborada com base em coeficientes de produtividade, de consumo e aproveitamento de insumos e seus preços coletados no mercado, devendo conter, no mínimo: • discriminação de cada insumo, unidade de medida, sua
incidência na realização do serviço, preço unitário e custo parcial;
• custo unitário total do serviço, representado pela soma dos custos parciais de cada insumo.
Para o caso de se utilizarem composições de custos de entidades especializadas, a fonte de consulta deve ser explicitada.
5 Cronograma físico-financeiro
Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando, em cada período, o percentual físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.
QUADRO 1 - Elementos Técnicos do Projeto Básico (continuação)
Fonte: IBRAOP OT – IBR 001/2006.
Todas as peças de caráter técnico devem conter otítulo profissional e número da carteira referente àautoria (Resolução CONFEA nº 0282/83 – art. 1º).
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1.5 PROJETO EXECUTIVO
Conjunto dos elementos necessários e suficientes à execuçãocompleta da obra, de acordo com as normas pertinentes daAssociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e que podeser desenvolvido de forma tempestiva com a execução das obras,desde que autorizado pela Administração, ou seja, é odetalhamento no nível máximo do projeto básico, com oselementos necessários à realização do empreendimento.
1.6 FISCALIZAÇÃO
É o controle interno do nível operacional que consiste em verificara aderência das obras às normas técnicas, à legislação vigentee aos termos do edital e contrato (projetos, especificações demateriais e de serviços, cronogramas físico e financeiro, etc.),bem como aferir o desempenho na execução dos serviços e proporações corretivas, visando assegurar que os objetivosorganizacionais e os planos estabelecidos para alcançá-los sejamcumpridos.
1.7 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Ato administrativo por meio do qual o órgão ambientalcompetente avalia e estabelece as condições, restrições emedidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas peloempreendedor, pessoa física ou jurídica, de direito público ouprivado, para localizar, instalar, operar e alterar empreendimentosou atividades efetivas ou potencialmente degradadoras1.
1 Art. 43, da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006.
A Resolução CONFEA nº 1.025/09 e a Lei Federalnº 6.496/77 exigem Anotação de ResponsabilidadeTécnica do projeto.
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A construção, instalação, ampliação e funcionamento deestabelecimentos e atividades que se utilizem de recursosambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores,bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgãoestadual competente2.
Nos projetos básico e executivo relativos a obras públicas devemser considerados os impactos ambientais3, conforme preconizao inciso VII, artigo 12 da Lei Federal n° 8.666/93. O projeto básico,de acordo com o inciso IX do artigo 6° da citada Lei, deve asseguraradequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento.
O processo de licenciamento ambiental, no âmbito do estadoda Bahia, é constituído dos seguintes instrumentos:
I – Licença de Localização (LL)II – Licença de Implantação (LI)III – Licença de Operação (LO)IV – Licença de Alteração (LA)V – Licença Simplificada (LS)VI – Autorização Ambiental (AA)
I – Licença de Localização (LL): concedida na fase preliminar doplanejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sualocalização e concepção, atestando a viabilidade ambiental eestabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serematendidos nas próximas fases de sua implementação.
2 Art. 10 da Lei Federal no 6.938/81 e art. 20 da Resolução CONAMA n0 237/97 (queregulamenta o art. 10 da Lei Federal no 6.938/81).
3Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente,causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanasque afetem diretamente ou indiretamente: a saúde, a segurança, e o bem estar dapopulação; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas esanitárias ambientais; qualidade dos recursos ambientais.
Para empreendimentos potencialmente causadores designificativa degradação ambiental, exige-se o Estudo deImpacto Ambiental (EIA) para a concessão da licençaprévia, de acordo com o art. 3º da Resolução CONAMA nº237/97.
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II– Licença de Implantação (LI): concedida para a implantaçãodo empreendimento ou atividade, de acordo com asespecificações constantes dos planos, programas e projetosaprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demaiscondicionamentos.
III – Licença de Operação (LO): concedida para a operação daatividade ou empreendimento, após a verificação do efetivocumprimento das exigências constantes das licenças anteriorese estabelecimento das condições e procedimentos a seremobservados para essa operação.
IV – Licença de Alteração (LA): concedida para a ampliação oumodificação de empreendimento, atividade ou processoregularmente existentes e que estiverem 20% acima do valorfixado na LO.
V – Licença Simplificada (LS): concedida para empreendimentosclassificados como de micro ou pequeno porte, excetuando-seaqueles considerados de potencial risco à saúde humana.
VI – Autorização Ambiental (AA): é o ato administrativo pormeio do qual o órgão ambiental competente permite a realizaçãoou operação de empreendimentos e atividades, pesquisas eserviços de caráter temporário, execução de obras que nãoresultem em instalações permanentes, bem como aquelas quepossibilitem a melhoria ambiental, conforme definidos emregulamento.
O projeto básico só deve ser elaborado quando a LLjá estiver autorizada e atestada a viabilidadeambiental do empreendimento.
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2.1 CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE OBRAS
Mediante a Resolução nº 52, deste TCE, de 21/07/2011, os órgãose entidades responsáveis por projetos, obras e serviços deengenharia estão obrigados a encaminhar mensalmente a estaCorte, por meio de sistema web, informações relativas a licitação,contratação e execução.
As informações recebidas integram o Módulo de Obras doSistema de Observação das Contas Públicas (Mirante), quepossibilita aos auditores obter uma visão sistêmica das obrasestaduais.
Com o uso dessa ferramenta, que permite diversas consultas eemissão de relatórios, os auditores têm acesso fácil e rápido atrês subconjuntos de informações sobre projetos, obras e serviçosde engenharia, quais sejam: (i) Secretaria/Órgão responsável,Programa de Governo e Projeto vinculado; (ii) objeto, forma decontratação, modalidade, tipo de licitação, dados da empresacontratada; e (iii) características da obra, como atividade técnica,início do serviço, valor do contrato, licenciamento ambiental,aditivos celebrados, além de informações detalhadas sobre asmedições e pagamentos realizados.
O sistema possibilita, ainda, a geração de matrizes diversas,que poderão ser elaboradas de acordo com a natureza e/ouescopo de auditoria, a especificidade da obra, estágio deexecução, dentre outras especificações. É possível gerar desdeuma matriz global, onde sejam estabelecidos em um único rankingas obras e serviços de engenharia do Estado, até matrizes porPoder, Secretaria, Unidade ou área de atuação das
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Coordenadorias de Controle Externo (CCEs), abrangendo todosos órgãos e entidades da Administração Direta e IndiretaEstadual.
Assim, para a seleção das obras e serviços de engenharia a seremauditados, o TCE, salvo casos excepcionais, utilizará Matriz deRisco gerada pelo Sistema Mirante. Neste instrumento, de acordocom o grau de significância considerado apropriado para a matriz,são atribuídos pesos aos seguintes critérios:
(i) relevância: obra/serviço de engenharia integrante deprograma prioritário e/ou financiada por recursos externos;
(ii) materialidade: valor da obra/serviço de engenharia;(iii) risco: aditamentos de prazos e valor dos contratos; estágio
de evolução da obra/serviço de engenharia e atrasosocorridos sem formalização de aditamentos.
2.2 EQUIPES DE TRABALHO
A qualificação dos membros da equipe deverá ser compatívelcom o objetivo da auditoria, o alcance e complexidade de suasrespectivas tarefas, levando-se em conta que algumas naturezasde auditoria de obras, além de exigirem conhecimentos da áreade engenharia/arquitetura, requerem um exame sobre aspectosfinanceiros, legais e operacionais.
Assim, é necessário que a equipe possua uma ampla variedadede conhecimentos, de tal forma que, para a realização dasauditorias de obras públicas, estejam alocados profissionais comconhecimento nas áreas de Contabilidade, Direito,
A partir do recorte ou desenho que se adote na matriz derisco, é possível montar equipes de auditoria que nãopossuam vinculação direta com uma CCE específica, vezque o foco pode ser dado não à área de competência daCoordenadoria, e sim ao objeto a ser auditado.
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Administração, Engenharia, e com habilidades correlatas, nãosendo necessário que cada integrante da mesma possuaindividualmente cada uma dessas habilidades.
A equipe multidisciplinar tem atribuições complementares einterdependentes, de acordo com a área de conhecimento,conforme exemplificado:
Engenharia e Arquitetura – essenciais para a verificação dasetapas de planejamento, direção, execução e controle da obraem geral.
Contabilidade, Economia e Administração de Empresas –executam atividades relacionadas à verificação das operaçõesfinanceiras e orçamentárias da obra e à comprovação de seusregistros.
Direito – executam atividades relacionadas à aplicação dosdispositivos legais que regulam as diferentes etapas da obra.
Nos casos em que a complexidade e a especificidade da auditoriade obras ensejar a colaboração de consultores e especialistasexternos, o aporte de profissionais deverá ser efetuado emobservância ao estabelecido nas Normas de AuditoriaGovernamental (NAGs)4, sobretudo quanto aos seguintes itens:
2205.1 – Quando o TC valer-se de consultores ou especialistasde procedência externa para prestar-lhe assessoramento, devefazê-lo com o devido zelo profissional, verificando se eles têmcompetência e capacidade para realizar o respectivo trabalho.
2205.2 – A definição do planejamento, do escopo, da execuçãoe do relatório da respectiva auditoria caberá ao TC.
4 A Resolução nº 53, de 23/07/2011, determinou a adoção das NAGs pelo TCE.
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2205.3 – As normas que recomendam agir com o devido zeloprofissional também têm aplicação, nessas situações, para amanutenção da qualidade do trabalho.
2205.4 – O trabalho dos consultores e especialistas será limitadoao escopo delineado pelo profissional do quadro do TCresponsável pelos trabalhos de auditoria governamental, e suasconclusões serão reproduzidas no relatório de auditoria, com aopinião e os comentários dos profissionais de auditoriagovernamental.
2.3 PROGRAMAS PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIASELECIONADOS
As equipes de trabalho adotarão programas padronizados (geraise específicos) de uso obrigatório, disponibilizados no Sistemade Gerenciameno de Auditoria (SGA). Os procedimentos dosprogramas não são exaustivos, podendo ser complementados aqualquer momento pelos auditores.
Os programas gerais que deverão ser utilizadosindependentemente da tipologia da obra são os seguintes5:Informações Gerais; Informações Específicas; Avaliação daEconomicidade; Análise dos Projetos Básicos e Executivos; eConcorrência Pública (CP), Tomada de Preços (TP) e Convite,Acompanhamento da Execução – Obras/Serviços em Geral.
Os programas específicos já desenvolvidos, Saneamento e ObrasRodoviárias, serão utilizados em conjunto com os programasgerais.
5 Desenvolvidos basicamente para obras de edificações (construção e reforma).
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Conforme estabelecido no Manual de Auditoria Governamentaldo TCE/BA, o planejamento da auditoria abrange a determinaçãodos objetivos da auditoria, data de realização, seu alcance,critérios, metodologia a ser aplicada, além do prazo e recursosnecessários para garantir que cubra as atividades, processos,sistemas e controles mais importantes.
Assim, a equipe deverá obter, no mínimo, informações sobre oambiente de controle do órgão/entidade responsável pela obra/serviços de engenharia; sobre os projetos arquitetônicos ecomplementares, cadernos de encargos, quantitativo de serviços,especificações de materiais e serviços (planejamento técnico);cronograma físico, planilhas orçamentárias, cronogramafinanceiro, o estágio em que a obra se encontra; a empresacontratada; a existência ou não de convênios; a verificação doprazo de conclusão dos serviços e sobre a execução financeira-orçamentária.
Nas análises a serem efetuadas o auditor deve estar atento nãoapenas ao cumprimento de aspectos legais e formais, mas,também, verificar se os investimentos resultaram ou resultarãoem obras de boa qualidade, seguras e adequadas aos custosestabelecidos e à finalidade a que se destina.
Caso a obra já tenha sido objeto de auditorias anteriores, especialatenção deve ser dada aos atos e fatos ocorridos após asmesmas, contemplando, no planejamento dos trabalhos decampo, a verificação do cumprimento de medidas determinadaspelo Tribunal e/ou pela Auditoria Geral do Estado.
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Em suma, nesta fase da auditoria, a equipe deverá obter o maiornúmero possível de informações sobre a obra, de modo a poderprogramar as atividades de campo ainda no escritório.
O alcance que se estabelece nesta etapa é determinante paraque o auditor possa cercar-se das evidências suficientes,competentes e pertinentes que lhe permitam formar um juízoacerca das condições sobre as quais se está realizando o trabalhorelativo à obra objeto da avaliação.
Ao fixar o alcance, levar-se-á em conta que é importante avaliara realização da obra, os controles existentes e o cumprimentodas obrigações contratuais, assim como precisar se as falhasdetectadas são consequências de problemas ocorridos nasetapas anteriores.
De forma a otimizar o tempo disponível para a realização daauditoria, recomenda-se que, antes do início da fase deexecução, a equipe elabore as solicitações dos documentosnecessários ao desenvolvimento dos trabalhos e, se julgaroportuno, já encaminhá-las aos órgãos responsáveis, a fim deque sejam disponibilizados a partir do primeiro dia da fase deexecução.
Cabe à equipe de auditoria identificar quais os documentos quedeverão solicitar ao órgão responsável pelo empreendimento.No entanto, de acordo com a natureza do trabalho, o estágio eas peculiaridades da obra, sugere-se que sejam solicitados aoórgão contratante os seguintes6:
• processo licitatório completo, conforme o disposto no art. 38da Lei no 8.666/93 e art. 74 da Lei Estadual no 9.433/05;
• caso seja inexigível ou dispensável a licitação, os documentosrelativos ao procedimento respectivo, conforme o disposto no
6 Adaptação dos itens constantes do Roteiro de Fiscalização de Obras de Edificações doTCU.
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parágrafo único do art. 26 da Lei no 8.666/93 e art. 65, § 30 daLei Estadual no 9.433/05;
• todos os documentos relativos ao projeto básico, conformedisposto no inciso IX do art. 6º da Lei no 8.666/93, mesmo quea licitação para execução do objeto não tenha sido iniciada, einciso IX do art. 8º da Lei Estadual no 9.433/05;
• projeto executivo, com todos os seus elementos constitutivos,conforme o disposto no inciso X do art. 6º da Lei no 8.666/93 eX do art. 8º da Lei Estadual no 9.433/05;
• licenças expedidas pelos órgãos competentes e estudosexigidos pela legislação vigente, inclusive aqueles referentesaos aspectos ambientais;
• ordem de serviço para o início das obras;• alvará de construção;• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), dos projetos e
da obra;• contratos e termos aditivos;• documentação relativa ao convênio, se for o caso;• cronograma físico-financeiro;• memorial descritivo e especificações de materiais e de
serviços;• eventuais alterações de projeto ou de especificações com
respectivas análises técnicas e autorizações;• relatórios e pareceres técnicos;• laudos de verificação;• adequação ao art. 16 § 4º, inciso I da Lei de Responsabilidade
Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000);• relação das fontes de recursos com respectivas datas e
valores;• relatórios de medições (boletins de medição);• diário de ocorrências (ou de obras), previsto no § 1º do art. 67
da Lei Federal no 8.666/93, inciso I do art.154 da Lei Estadualno 9.433/05 e Resolução Federal no 1.024/09;
• termos de recebimento (provisório e definitivo), conforme odisposto no inciso I do art. 73 da Lei Federal no 8.666/93 earts.161 e 165 da Lei Estadual no 9.433/05;
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• notas fiscais e faturas de pagamento com atesto doresponsável;
• comprovantes de recolhimento das contribuições de INSS eFGTS e demais tributos pertinentes, a fim de elidir aresponsabilidade solidária da contratante definida no art. 71da Lei Federal no 8.666/93; art.159 da Lei Estadual no 9.433/05;
• habite-se, se for o caso.
Na fase de execução da auditoria, conforme estabelecido noManual de Auditoria Governamental do TCE-BA, a equipe deveobter as provas para a sustentação das observações da auditoria,sendo necessárias a avaliação dos controles e a coleta deevidências suficientes e confiáveis, mediante a aplicação detécnicas de auditoria, com vistas a determinar se as questõesde auditoria levantadas, durante a fase de planejamento, sãorealmente relevantes a ponto de serem consideradas quandoda elaboração do relatório.
O referido Manual estabelece, ainda, que os procedimentos deauditoria devem ser realizados em conformidade com osprogramas, através de exames, provas seletivas, testes eamostragem, em razão da complexidade e volume das operações,cabendo ao auditor, com base na análise de riscos envolvidos,determinar a amplitude ou o escopo necessário à obtenção doselementos probatórios.
Dependendo da etapa ou etapas da obra que se vai avaliar, oauditor verifica, examina e avalia a gestão das áreasresponsáveis pelo planejamento, controle, execução e avaliaçãodas obras públicas, com o objetivo de determinar o grau deeficácia, eficiência e economicidade com que operam.
Os tópicos a seguir destacados constituem-se em áreaspotenciais para avaliação da auditoria em obras públicas.
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3.1 AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO
A avaliação do controle interno se aplica com o fim deestabelecer, com maior efetividade e precisão, os objetivosespecíficos da auditoria, a natureza, alcance e oportunidade desuas provas, assim como para obter elementos que permitamao auditor suportar suas observações, conclusões erecomendações com vistas à melhoria administrativa eoperacional, a partir do aprimoramento dos controlesexaminados.
O auditor deve verificar se os controles asseguram a proteçãodos recursos, a suficiência, oportunidade e confiabilidade dasinformações, o uso econômico e eficiente dos recursos, odirecionamento aos planos, políticas, procedimentos, leis eregulamentos, e o cumprimento das metas e objetivos. Portanto,ao efetuar o acompanhamento, o auditor deverá verificar, entreoutros aspectos, que o controle interno torne efetivo o modo de:
• conduzir o processo de planejamento, programação eorçamentação, com estrito apego às normas vigentes, epropiciar que se reduzam ao mínimo as possibilidades deerros;
• executar a obra conforme o projeto e em cumprimento àsespecificações técnicas construtivas e de materiais definidosnos projetos;
• fazer uso racional dos recursos destinados à obra pública eaplicá-los conforme o calendário pré-estabelecido;
• contar com informações oportunas sobre o avanço físico efinanceiro das obras, que permitam aos níveis diretivosinstrumentar as ações necessárias para alcançaroportunamente as metas e objetivos;
• efetuar os pagamentos aos contratados somente por serviçose obras executadas e concluídas conforme o projeto, planose especificações, e de acordo com os preços e condiçõespactuadas em contrato.
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3.2 ANÁLISE DO EDITAL/LICITAÇÃO
A análise do edital permite a identificação, o conhecimento e acompreensão do objeto a ser auditado, devendo ser observadose no mesmo constam os seguintes elementos mínimosnecessários previstos nas Leis Federal e Estadual de Licitação:
• minuta do contrato;• planilha orçamentária;• projeto básico e/ou executivo, com todos os projetos,
especificações e outros complementos necessários esuficientes para assegurar uma adequada contratação.
Na licitação a ser realizada se faz necessária a previsãodetalhada das despesas, expressa em planilhas que indiquemos custos unitários, de forma a possibilitar que a Administraçãoestime os recursos orçamentários necessários e a correta escolhada modalidade a ser adotada.
Um orçamento bem elaborado apresenta os quantitativos deserviços e os preços unitários advindos da composição de todosos seus custos. Tais custos têm papel fundamental naelaboração do edital, pois não permitem que os licitantesapresentem planilhas com preços excessivos.
O auditor deve estar atento quanto à previsão dos quantitativos,pois, mesmo em condições que não permitam definirprecisamente os quantitativos, é proibida a licitação dequantidades indefinidas, conforme estabelecido na Lei Federalno 8.666/93, art.6°, IX-f; art.7°, §2°- II e art.40, §2°-II.
Nessa etapa da análise, a equipe de auditoria deve avaliar ospreços constantes na planilha orçamentária básica, comparando-
Sempre que possível o TCE deverá examinartempestivamente o Edital, de forma a evitar a contrataçãode serviços sub/superfaturados, com projetosinsuficientes e especificações técnicas inadequadas.
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os com os praticados no mercado à época da licitação. Taisinferências devem estar suportadas em revistas especializadas,em tabelas de uso consagrado (Editora PINI, SINAPI/SICRO, FGV).
3.3 ANÁLISE DOS PROJETOS
A análise dos projetos é de suma importância para assegurarque a auditoria seja capaz de identificar se as obras e serviçosde engenharia estão sendo planejados e executados de acordocom os princípios da eficiência, eficácia, economicidade eefetividade.
Os projetos são elaborados geralmente em três etapassucessivas, a saber:
• estudo preliminar ou anteprojeto;• projeto básico;• projeto executivo.
3.3.1 Análise do Anteprojeto
O auditor deve observar se existem estudos preliminares ouProjetos-Padrão disponíveis que sirvam de base para a elaboraçãode um projeto, que devem contemplar os esboços e diretrizesdefinidas pela gestão.
Existem duas maneiras de se elaborar o anteprojeto7. Ou o órgãopossui um setor especializado dentro da sua estrutura operacionalou terceiriza este serviço, utilizando-se de empresasespecializadas na matéria.
A equipe de auditoria deve dedicar especial atenção à análisedo anteprojeto, visto que esta peça possui influênciadeterminante nas etapas subsequentes (projetos básico eexecutivo).
7 Espécie de estudo preliminar contendo um esboço e diretrizes a serem observadaspara obras/serviços de engenharia.
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3.3.2 Análise do Projeto Básico
O projeto básico é o ponto de partida de todo e qualquerempreendimento. A sua análise é de extrema relevância para aauditoria, visto que grande parte das irregularidades encontradasnas obras e serviços de engenharia tem sua origem na deficiênciadesse projeto.
Os diversos elementos que o compõem (estudo de viabilidade,estudos geotécnicos e ambientais, plantas e especificaçõestécnicas, orçamento detalhado, etc.) muitas vezes apresentam-se inconsistentes ou mesmo não existem, gerando problemasfuturos de significativa magnitude.
Ressalte-se que as deficiências nos projetos trazemconsequências que podem frustrar a execução/conclusão doobjeto licitado, dadas as diferenças entre o objeto licitado e oque será efetivamente executado, o que implica na necessidadede se responsabilizar o autor e/ou o responsável pela aprovaçãodo projeto básico, quando este se apresenta inadequado.
Para a sua elaboração devem ser considerados os quesitos aseguir destacados (art. 12 da Lei Federal de Licitações n0 8.666/93):
• segurança;• funcionalidade e adequação ao interesse público;• possibilidade de emprego de mão de obra, materiais,
tecnologia e matérias primas existentes no local paraexecução, de modo a diminuir os custos de transporte;
• facilidade e economia na execução, conservação e operação,sem prejuízo da durabilidade da obra ou serviço;
• adoção de normas técnicas de saúde e de segurança dotrabalho adequadas;
• infraestrutura de acesso;• aspectos relativos a insolação, iluminação e ventilação.
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3.3.3 Análise do Projeto Executivo
O primeiro aspecto que o auditor deve observar é acompatibilidade entre o Projeto Executivo (PE) e o Projeto Básico(PB), pois esta análise permite aferir se as obras e serviços deengenharia analisados estão compatíveis com o objeto licitado.Isto não significa que não possam ser procedidas alterações noPE em relação ao PB; são possíveis desde que estejamtecnicamente justificadas e aprovadas pela autoridadecompetente.
Atenção especial deve ser dada a alterações significativas entreas fases de projeto básico e projeto executivo, pois indicam altapossibilidade de deficiência no primeiro e alteração do objetolicitado.
Caso a Administração não tenha condições de elaborar o projetoexecutivo, é necessário que seja contratada empresaespecializada para este fim (licitação específica) antes dalicitação da obra, procurando evitar futuras modificações eaditivos ao contrato.
Quando da realização da auditoria, as seguintes normasregulamentadoras para os projetistas, estabelecidas pelaAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) devem serobservadas:
NBR 13.531/1995: Elaboração de Projetos de Edificações –Atividades Técnicas do Projeto de Edificações. Prevê as etapasdas atividades técnicas do projeto de edificações, dolevantamento ao projeto executivo, cujas informações, quandocompletas e adequadas, evitam alterações nas obras.
NBR 5.671/1990: Participação dos Intervenientes em Serviços eObras de Engenharia e Arquitetura. Estabelece comoresponsabilidade e prerrogativas exigíveis dos intervenientes quedeterminam a execução da obra, por exemplo, “definir com
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precisão e clareza os objetivos e elementos necessários àelaboração do programa do projeto”, assim como “dispor do localdesembaraçado física e legalmente, em tempo hábil, necessáriopara o início e desenvolvimento do empreendimento”.
A equipe deve verificar se no Projeto Executivo foramcontemplados elementos que visem assegurar a acessibilidade8
do cidadão.
8 Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dosespaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dossistemas e meios de comunicação , por pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzira- Artos da Lei Federal nº 10.098/2000.
3.4 ANÁLISE DE CUSTOS
Numa auditoria de obra pública o aspecto da análise de custosé um fator importante a ser verificado. O ideal é que talverificação seja feita a preços iniciais e finais do contrato, vistoque aditivos contratuais podem induzir ao superfaturamento deum serviço cujo preço original mostra-se adequado.
Há três níveis de análise de custos: a estimativa preliminar, aanálise de orçamento sintético e a análise do orçamentoanalítico, sendo a última bastante mais complexa e trabalhosaque a primeira.
De modo geral, deve-se proceder à estimativa preliminar e, casohaja indício de sobrepreço, aprofundar a análise pelos demaisníveis, o que demandará muito mais tempo para o trabalho.
A diferença entre o orçamento sintético e o analítico é que oprimeiro não possui a composição dos serviços a serem
A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicosdestinados a uso coletivo deverão ser executadas demodo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoasportadoras de deficiência ou mobilidade reduzida - LeiFederal nº 10.098/2000.
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executados, só mencionando o tipo e seu respectivo custo. Osegundo contempla a composição destes, estabelecendo quaissão os insumos necessários à realização dos mesmos, osrespectivos custos unitários e as quantidades necessárias paraa execução de cada serviço, podendo estas serem obtidas empublicações técnicas disponíveis no mercado (TCPO da EditoraPINI) e em órgãos como o DNIT (SICRO) e CEF (SINAPI), ou aindaem órgãos públicos executores de obras.
3.4.1 Orçamento Estimativo Preliminar
Consiste na comparação dos dados da área construída commacroindicadores, tais como o Custo Unitário Básio (CUB) doSinduscon, indicadores de referência de preços existentes nomercado como o SINAPI da Caixa Econômica Federal, tabelas daEditora PINI, indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), etc.,além de indicadores divulgados por determinados órgãos (oMinistério da Saúde, por exemplo, divulga o preço previsto paraobras de unidades de saúde), ou pela comparação com o preçode obras semelhantes.
Alguns cuidados fundamentais devem ser tomados para essaestimativa, como se expõe a seguir.
Ao se usar o CUB (ou o SINAPI) para aferir o custo por metroquadrado (m²) de um prédio, deve-se considerar quais oscomponentes que fazem parte daquele indicador. O CUB nãocontempla despesas com projetos, elevadores, instalaçõesespeciais, BDI e outras, que devem ser avaliadas à parte. Assim,uma forma de se fazer essa comparação é “expurgar” doorçamento em análise os itens que não compõem o CUB,comparando apenas o valor remanescente. Já no caso decomparação com obras semelhantes, deve-se atentar para queas condições locais sejam também compatíveis.
Essa avaliação deve ser calculada de acordo com a NBR12.721:2006 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
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e caso a análise preliminar indique a possibilidade de sobrepreço,deve-se proceder à análise do orçamento sintético, a fim de selocalizar em qual serviço está a divergência.
3.4.2 Análise do Orçamento Sintético
O orçamento sintético é aquele que apresenta o custo unitáriode cada serviço (m² de alvenaria, m³ de concreto, m² de pintura,etc.), geralmente subdividido em “material” e “serviço” (mãode obra).
Sua análise (que deve abranger tanto o orçamento do projetobásico quanto o da vencedora da licitação) deve ser feita pormeio de comparação dos custos unitários da obra em estudocom preços referenciais de mercado, que são preços divulgadospor publicações especializadas (Revista Construção, da EditoraPINI, por exemplo) ou por órgãos públicos (cite-se o SINAPI, daCEF). É importante sempre verificar se há preços referenciaisespecíficos para o tipo de obra enfocado.
Convém ressaltar, por fim, que é normal haver divergências entreos custos unitários do orçamento da obra e os de referência, àsvezes para maior, às vezes para menor. Isso, em princípio, nãorepresenta irregularidade, desde que o preço global estejaadequado.
Porém, especial atenção deve ser dada às divergências maissignificativas, pois os quantitativos dos itens de serviços comvalores superestimados poderão sofrer acréscimos no decorrerda obra, o que configuraria superfaturamento, notadamente nasobras contratadas por preço unitário.
Outro aspecto a ser observado no orçamento sintético é oquantitativo dos serviços, pois mesmo o preço estandocompatível é possível haver sobrepreço por meio de quantitativossuperestimados no orçamento ou nas medições (no caso decontrato por preços unitários).
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Por fim, vale ressaltar que essa análise pode sersignificativamente simplificada se for feita a partir de uma CurvaABC do orçamento, visto que, em geral, 20% dos itens dos maissignificativos correspondem a cerca de 80% do valor total.
3.4.3 Análise do Orçamento Analítico
O orçamento analítico é aquele que apresenta as Composiçõesde Custos Unitários de todos os serviços. É complementar àanálise do orçamento sintético, e seu estudo serve para seidentificar a origem de eventuais discrepâncias de custosunitários. Um valor elevado de um serviço pode-se dar por meioda superestimativa do coeficiente de utilização dos insumos oudo próprio preço desses insumos.
A adequabilidade das composições deve ser verificada por meioda comparação com fontes referenciais, tanto no caso decoeficientes de utilização (por exemplo TCPO, da PINI, e SINAPIda CEF) quanto no preço dos insumos (por meio, por exemplo,do SINAPI da CEF ou da Revista Construção, da PINI). Devem-severificar, ainda, as taxas de Encargos Sociais e de BDI adotadasno orçamento.
3.4.4 Taxa de BDI
A apresentação do preço final para execução dos serviços devecomputar Custos Indiretos e Lucro esperado da construtora, queestá determinado por um fator multiplicador chamado de BDI(Benefício e Despesas Indiretas).
O orçamento empresarial possibilita definir uma meta econômicaa ser atingida pela empresa construtora durante o ano. Fornecevalores médios que servirão de ponto de partida para a análisedo negócio. No entanto, cada contratante, cada tipo de obra,cada local diferente, são componentes de um cenário particularque exige uma análise pormenorizada para definição da taxa deBDI.
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No que tange à composição dos gastos que devem integrar oBDI, e considerando-se a similaridade das ações de controle,sugere-se a adoção dos critérios utilizados pelo Tribunal deContas da União – TCU (Acordão no 325/2007-P), conformeespecificado abaixo e do Acordão no 2.369-36/2011-P, que tratados valores referenciais específcos para cada tipo de obra.
3.5 ANÁLISE DOS CONTRATOS
Considera-se contrato administrativo todo e qualquer ajusteentre órgãos ou entidades da administração pública e particular,em que haja um acordo de vontade para a formação de vínculo ea estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for adenominação utilizada9.
9 Cartilha de obras públicas – Tribunal de Contas da União (TCU).
Descrição Mínimo Máximo Média Garantia 0,00 0,42 0,21 Lucro 3,83 9,96 6,90 Administração Central 0,11 8,03 4,07 Despesas Financeiras 0,00 1,22 0,59 ISS 2,00 5,00 3,62 COFINS 3,00 3,00 3,00 Tributos 6,03 9,03 7,65 PIS 0,65 0,65 0,65 Seguros/Imprevistos/Riscos 0,00 2,05 0,97 Total Aceito 16,36 28,87 22,61
QUADRO 2 – Itens que compõem o BDI
Nota: Considera-se inadequada a inclusão na composição do BDI Imposto de Renda -Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSSL). Os itensAdministração Local, Instalação de Canteiro e Acompanhamento e Mobilização eDesmobilização, visando uma maior transparência, devem constar na planilhaorçamentária.
É altamente desejável que o orçamento da contratadaapresente a composição analítica do BDI, sendoimportante orientar os órgãos licitantes que aindanão o fazem a inserir essa exigência nos editais delicitação.
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Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão ascondições para a execução, expressas em cláusulas que definamos direitos, obrigações e responsabilidades das partes, emconformidade com os termos da licitação e da proposta a que sevinculam, conforme dispõe o art. 55 da Lei Federal de Licitaçõesnº 8.666/93 e art. 126 da Lei Estadual de Licitações e Contratosnº 9.433/05. O auditor deve efetuar a comparação entre oprevisto no edital e o pactuado no contrato, de forma a verificarse as cláusulas obrigatórias estão preconizadas e se existecoincidência entre os dois instrumentos.
Esse procedimento consiste em aferir a conformidade das obrasàs normas técnicas, à legislação vigente e aos termos do editale do contrato (projetos, planilhas orçamentárias, especificaçõesde materiais e de serviços, cronogramas físico e financeiro,aditivos, etc.), bem como aferir o desempenho na execução dosserviços e propor ações corretivas, visando assegurar que osobjetivos organizacionais e os planos estabelecidos paraalcançá-los sejam cumpridos.
Além dos aspectos acima citados, deve merecer atenção daequipe de auditoria a verificação da conformidade documentaldos pagamentos efetuados, levando-se em consideração oprevisto no projeto básico, no cronograma físico-financeiro e asmedições dos serviços realizados.
3.6 EXECUÇÃO FÍSICA DA OBRA
Um dos mais importantes aspectos a observar numa auditoriade obra é o que se refere a medições e pagamentos. Deve-seatentar para medições de serviços não executados esuperestimativas de volumes de serviços realizados,especialmente em contratos por preços unitários, o queacarretará superfaturamento ou, no mínimo, antecipação depagamentos.
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Quanto aos aspectos técnicos, especial atenção deve ser dadaao cumprimento das especificações da obra, pois a contratadapode aumentar seu lucro por meio da substituição de materiaispor outros de menor custo e pior qualidade.
Assim, o que aqui se recomenda é que a equipe faça asverificações possíveis (entre as mais importantes), no queconcerne a etapas já concluídas da obra, e uma análise maisdetalhada dos serviços referentes à etapa que estiver emandamento.
Finalmente, convém destacar que o Livro de Ocorrências (ouDiário de Obra) é uma importante fonte de consulta do auditor,quando este desejar analisar o desempenho da fiscalização daobra naquilo que se refere às questões técnicas.
3.6.1 Fiscalização
As atribuições da fiscalização deverão necessariamente estardispostas no edital de licitação e respectivo contrato deexecução dos serviços. O auditor deverá observar se afiscalização do órgão auditado está sendo realizada de formasistemática pelo contratante e seus respectivos prepostos,contemplando a verificação do cumprimento das disposiçõescontratuais, técnicas e administrativas em todos os seusaspectos.
O auditor deve verificar se o contratante manteve, desde o iníciodos serviços até o seu recebimento definitivo, profissional ouequipe de fiscalização constituída de profissionais habilitados,dependendo do porte da obra, com experiência técnica
Para efeito de medição e pagamento, só poderão serconsiderados os serviços e obras efetivamente executadospelo contratado e aprovados pela fiscalização, respeitadasa rigorosa correspondência com o projeto, as modificaçõesexpressas e previamente aprovadas e as planilhasorçamentárias pertinentes à obra.
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necessária ao acompanhamento e controle dos serviçosrelacionados com o tipo de obra que está sendo executada. Osfiscais poderão ser servidores do órgão, ou, no caso deconvênios, da prefeitura, de ONGs, ou contratados especialmentepara esse fim.
A equipe de auditoria deve fazer as verificações relativas àsetapas já concluídas da obra, e uma análise mais detalhada dosserviços referentes à etapa que estiver em andamento. Aspectosimportantes a serem observados são aqueles referentes àsmedições e aos pagamentos, atentando para medições deserviços não executados e acréscimos de volumes de serviçosrealizados em relação ao licitado, especialmente em contratospor preços unitários, o que acarretará superfaturamento ou, nomínimo, pagamentos antecipados.
O cumprimento das especificações da obra requer do auditoruma análise mais detalhada, considerando que a substituiçãode materiais licitados por outros de menor custo e de qualidadeinferior afeta negativamente o resultado esperado, além depossibilitar o enriquecimento ilícito do contratado.
Destaca-se que o Livro de Ocorrências, também chamado deDiário de Obra, conforme mencionado anteriormente, constitui-se numa importante fonte de consulta do auditor, para procederà análise do desempenho da fiscalização da obra naquilo que serefere às questões técnicas. As anotações devem ser diárias,não se aceitando o acúmulo de dias sem anotações para posteriorpreenchimento (art. 67 da Lei Federal nº 8.666/93).
§ 1º - O representante da administração anotará em registropróprio todas as ocorrências relacionadas com a execuçãodo contrato, determinando o que for necessário àregularização das falhas ou defeitos observados.
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3.6.2 Execução Física do Contrato
Na fase de execução das obras e dos serviços de engenhariasão observadas as maiores ocorrências de frustração àspremissas existentes no edital e no contrato pactuado, razãopela qual torna-se necessária uma análise apurada e minuciosapor parte da auditoria.
A celebração de aditivos sequenciais cuja soma extrapola o limitelegal de 25% do valor inicial, sem a precedência de justificativatécnica, é um cenário comumente verificado ao se auditar obraspúblicas. Tal prática, além de mascarar um procedimento ilegal,causa transtornos do ponto de vista orçamentário, uma vez quenão se mantém transparente o volume de recursos necessáriosà conclusão do empreendimento e frustra o caráter decompetitividade do procedimento licitatório inicial.
Deve, também, merecer especial atenção da equipe de auditoriaa conformidade documental dos pagamentos efetuados com oprevisto nos projetos básico e executivo, nas planilhasorçamentárias, no cronograma físico e financeiro e com osboletins de medições de serviços realizados.
O auditor deverá certificar-se do cumprimento das normas e dosprocedimentos considerados eficazes para garantir a segurançae higiene de terceiros, das construções vizinhas e dostrabalhadores empenhados na execução dos serviços10.
3.6.3 Recebimento da Obra
Após a execução do contrato, o auditor deve verificar se a obrafoi recebida provisoriamente pelo responsável por seuacompanhamento e fiscalização, mediante termocircunstanciado, assinado pelas partes, no prazo de até 15(quinze) dias da comunicação escrita do contratado, informandoque a obra foi encerrada.
10 Normas de Segurança de Higiene do Trabalho – NR 18 e outras equivalentes.
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Também deverá ser observado se, após o recebimento provisório,o servidor, ou comissão designada pela autoridade competente,recebeu definitivamente a obra, mediante termo circunstanciado,assinado pelas partes, após decurso de prazo de observaçãohábil, ou vistoria que comprovasse a correção de serviçosapontados no relatório do recebimento provisório e da adequaçãodo objeto aos termos contratuais, ficando o contratado obrigadoa reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suasexpensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que severifiquem vícios, defeitos ou incorreções resultantes daexecução ou de materiais empregados.
O auditor deve ter em vista que o recebimento provisório oudefinitivo não exclui a responsabilidade civil do construtor pelasolidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissionalpela perfeita execução do contrato, dentro dos limitesestabelecidos pela lei ou pela avença, visto que, conforme o art.618 da Lei n0 10.406/02 (Código Civil), a coisa recebida em virtudede contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitosocultos, que tornem impróprio ao uso a que é destinado ou lhediminuem o valor.
Além disso, o art. 12 da Lei Federal n0 8.078/90 (Código de Defesado Consumidor) dispõe que o fabricante, o produtor, o construtor,nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,independentemente da existência de culpa, pela reparação dosdanos causados aos consumidores por defeitos decorrentes deprojeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,manipulação, apresentação ou acondicionamento de seusprodutos, bem como por informações insuficientes ouinadequadas sobre sua utilização e riscos.
A auditoria deve observar se foi prevista no editalde licitação e no contrato a obrigação de confecção,conforme norma da ABNT, do “as built” (comoconstruído), a fim de possibilitar a ação de subsidiarfuturas intervenções a título de manutenção oureforma.
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As principais impropriedades/irregularidades encontradas deforma mais frequente quando das auditorias em obras, emboranão exaustivas, encontram-se citadas na sequência:
• ausência de recursos para execução da totalidade da obra;
• ausência de contrato ou cláusulas obrigatórias;
• contrato de execução dissonante do contrato definanciamento ou termo de convênio, especialmente quantoa valores e indexadores;
• empresas vencedoras do processo licitatório sem habilitaçãoexigida;
• ausência de registros cadastrais das empresas licitantes;
• ausência de plano de trabalho relativo à execução deconvênio;
• plano de trabalho relativo a convênios pouco detalhado;
• recursos repassados com atraso em relação ao pactuado,sem atentar para a subsequente alteração de metas;
• desvio de finalidade no emprego dos recursos;
• projeto básico em desacordo com a legislação (tecnicamenteincompleto ou sem o necessário orçamento detalhado);
• projeto básico em desacordo com o objeto contratado(especialmente preços e quantidades);
• direcionamento da licitação (por meio de critérios dejulgamento ou exigências de capacidade técnica impróprios,ou preço-base sigiloso);
4 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
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• superfaturamento, através de:
preços contratados superiores aos praticados pelomercado;
alteração de especificações previstas no projeto, semjustificativa;
ausência de orçamentos detalhados;
quantitativos superestimados;
BDI elevado em relação ao praticado no mercado à mesmaépoca;
jogo de preços (elevação dos custos dos serviços iniciais,de modo a se obter o lucro pretendido nas primeiras fasesda obra);
preços unitários elevados de serviços sujeitos aacréscimos por aditivo;
supressão de serviços com baixo preço unitário;
negociação ardilosa para a definição de preços deserviços extra-contratuais;
medição de quantitativos elevada (incompatíveis com ovolume aplicado e/ou com os equipamentos utilizados);
pagamentos de serviços de forma diferente do previstooriginalmente (escavação de material de 3ª categoria,quando o previsto era de 1ª categoria, por exemplo);
custo direto dos insumos superestimado;
coeficientes de produtividade inadequados;
pagamento antecipado (antes da execução docorrespondente serviço ou do prazo máximo previsto parao pagamento);
erros no cálculo do reajustamento, seja pela utilizaçãode datas-base incorretas, seja pela ausência dedescontos futuros relativos aos reajustamentosprovisórios pagos a maior;
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pagamento em prazo anterior ao estipulado no contratosem a devida compensação financeira;
aditivos superiores a 25% (no caso de obras) e 50% (nocaso de reformas);
alteração de prazos contratuais sem os motivosdevidamente autuados em processo;
alteração dos contratos sem as devidas justificativas;
ausência de formalização de termos de recebimento dasobras/serviços.
O Anexo apresenta de forma sistematizada os principais achados,suas causas, critérios, efeitos e riscos envolvidos.
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A realização de auditoria de obras públicas exige do auditor,além de conhecimentos de termos comuns a qualquer ramo/natureza de auditoria, o domínio de conceitos específicos deacordo com a tipologia da obra a ser auditada.
Com o propósito de facilitar o entendimento e aplicabilidadedos conhecimenos exigidos, o presente glossário foi segregadoem quatro partes: licitações e execução dos contratos; obrasem geral; obras rodoviárias; e obras de infraestrutura de água esaneamento.
Conceitos relacionados à licitação e execução dos contratos
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): registro, noConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(CREA) local, previamente à execução de quaisquer serviçosde engenharia, tais como projetos, perícias, avaliações,consultorias, sondagens e a execução da obra propriamentedita. É ela que vincula o Engenheiro responsável técnico aotrabalho por ele prestado, pelo qual passa a responder naeventualidade de que algum erro técnico seja detectado. Umadas vias da ART deve, obrigatoriamente, permanecer no localda construção, à disposição da fiscalização do CREA, e deveconter o nome e número de registro de todos os responsáveispor cada etapa da obra (sondagem, projetos, construção, etc.).
Bonificação (ou Benefícios) e Despesas Indiretas (BDI):percentual que, aplicado sobre o custo da obra, eleva-o aopreço final dos serviços, e seu valor deve ser avaliado paracada caso específico, dado que seus componentes sofremdiversas variações em função do local, tipo de obra e sua
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própria composição. Alguns comentários quanto aos seusprincipais componentes são abaixo apresentados:
1 Lucro: expectativa de ganho que o empreiteiro terá noempreendimento; oscila, normalmente, entre 7 e 15% dopreço de venda, nas obras convencionais. Vale ressaltarque já se observaram alguns casos em que o lucropretendido pela empresa era igual a zero, o que nãosignifica inexequibilidade dos serviços, pois, às vezes,quando as condições do mercado se apresentam adversas,as empresas podem desejar apenas “manter” suasestruturas por determinado período.
2 Administração Central: engloba as despesas do escritóriocentral da empreiteira, onde são dispendidos recursos emfunção da obra em questão (com telecomunicações,contabilidade, direção da empresa. etc.). Como, em geral,a empreiteira está executando várias obrassimultaneamente, esses dispêndios são rateados entreelas. O valor geralmente usado para esse item varia entre6 e 12% do custo direto da obra.
3 Imprevistos: usualmente se considera 1% do custo diretodos serviços, para obras convencionais, e visa a cobrirdespesas imprevisíveis de responsabilidade do empreiteiro(pode-se citar, como exemplo de despesa aqui enquadrada,a indenização por danos causados a um veículo deterceiros, que se encontre próximo à obra e seja atingidopor material proveniente desta, desde que, obviamente,não tenha havido seguro para esse tipo de acidente). Esseíndice pode ser mais elevado, se o local ou as condiçõesem que se executa a obra assim o justificarem.
4 Despesas Financeiras: percentual aplicado sobre o custodireto, que considera o custo de oportunidade do capitalinvestido pelo construtor. Assim, deve-se considerar avalorização que o capital teria entre a data em que a
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empreiteira pagou pelos insumos adquiridos parautilização em determinado período (num mês, por exemplo)e a data em que receberá da Administração a faturacorrespondente aos serviços realizados naquele mesmoperíodo.
5 Impostos: incidem sobre o valor da nota fiscal, ou seja,sobre o preço de venda. São eles o PIS (0,65%), a COFINS(3%) e o ISS. Este último, por ser tributo municipal, variaconforme o local da obra; alguns municípios cobram até5% do valor da obra (deduzida a parcela correspondenteao material aplicado, já tributado pelo ICMS), enquantooutros isentam as obras públicas desse recolhimento.
Há outros componentes que, em que pese seus custos estaremdiretamente relacionados à obra e poderem ser mensurados,são considerados pelo empreiteiro como parcelas do BDI. Algunsexemplos são apresentados abaixo:
Administração da Obra: corresponde às despesasrelacionadas com a supervisão e controle da obra, taiscomo a remuneração de engenheiros, mestres,encarregados e almoxarifes, material de expediente edespesas com água, energia e telefone.
Mobilização e Desmobilização: considera os gastos comtransporte de pessoal e equipamentos para o canteirode obras, e é bastante significativo quando se trata deobra rodoviária ou qualquer outra distante dos centrosurbanos.
Taxas e Emolumentos: recolhimentos legais exigidospara a execução dos serviços, para aprovação deprojetos, obtenção do alvará de construção, registro daobra no CREA etc.
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Seguros: valores pagos às seguradoras, especialmentecontra acidentes da construção civil. Tambémdenominado de seguros de engenharia, podem serestimados por meio de uma consulta a qualquer umadelas, e variam conforme o tipo, localização e valor daobra.
Transporte de Pessoal: despesa considerada quando aprópria empreiteira promove o transporte diário de seupessoal de ida e volta da obra. Deve-se verificar, nessecaso, se o dispêndio com vale-transporte não está sendoconsiderado na composição do índice de “encargossociais”, o que evidenciaria duplicidade de pagamento.
Composição de Custos Unitários (CCU): relação dos insumos(e seus quantitativos) necessários à execução de umaunidade de serviço, inclusive os encargos sociais incidentessobre a mão de obra empregada. Indica o custo por metroquadrado de uma obra e conforme uma “cesta básica” deinsumos, cujos preços são pesquisados a cada mês. Existemdiversas tabelas que demonstram as composições deserviços, como a TCPO, da Editora PINI, tabelas do DNIT, daSUCAB, DERBA etc. Já o custo de cada insumo pode ser obtidopor cotação diretamente no mercado (no caso de custo atual)ou por meio de publicações especializadas, das revistas“Construção”, “Dirigente Construtor” etc. Deve-se considerar,ainda, que sobre esse preço incidirá o BDI.
Custo Unitário Básico (CUB): Indica o custo por metroquadrado de uma edificação de acordo com algumascaracterísticas (número de pavimentos e padrão de
É importante atentar, nesse caso, se os mesmos nãoestão sendo cobrados em duplicidade, ou seja,discriminados na planilha orçamentária e comocomponentes do BDI.
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acabamento) e conforme uma “cesta básica” de insumos,cujos preços são pesquisados a cada mês. Sua metodologiade cálculo está definida na norma NB 12.721 da ABNT, e épublicado mensalmente pelo Sindicato da Indústria daConstrução - SINDUSCON de cada Estado, por força da LeiFederal no 4.591/64. Trata-se de um custo básico, não seconsiderando, em sua composição, uma série de itens decusto presentes na maioria das obras, tais como, fundaçõesespeciais, elevadores e instalações especiais (água quente,ar condicionado e outras). Portanto, para se fazer a estimativade custo de determinada obra a partir do CUB, éimprescindível acrescentar as parcelas relativas aos diversositens que dela fazem parte e que não estão contempladasna composição do CUB.
Especificações: conjunto de descrições, integrantes dosprojetos, que estabelece as características dos materiais,equipamentos e serviços, necessários e suficientes aodesempenho técnico requerido nos projetos. Devem serredigidas de acordo com os seguintes critérios: ser justo,breve, usar linguagem simples e clara, ser dirigida aoexecutante, servir como um texto de referência, evitarexpressões como “ou similar”, especificar materiaispadronizados sempre que possível, não especificar o que nãose pretende exigir e incluir todos os serviços a executar.
Estudo Preliminar: efetuado para assegurar a viabilidadetécnica e o adequado tratamento do impacto ambiental deum empreendimento, a partir dos dados levantados no
Não se pode incluir na licitação bens e serviços semsimilaridade ou de marcas, características eespecificações exclusivas (exceto se tecnicamentejustificável).
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programa de necessidades, bem como de eventuaiscondicionantes do contratante.
Serviços Preliminares: todas as operações de preparaçãodas áreas destinadas à implantação do empreendimento oudo corpo estradal, áreas de empréstimo e ocorrências dematerial, pela remoção de material vegetal e outros, taiscomo: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulhos, matacões,ou qualquer outro considerado prejudicial.
Serviços Técnicos Profissionais Especializados: trabalhosrelativos a estudos técnicos, planejamentos e projetos;pareceres, perícias e avaliações; assessorias ou consultoriastécnicas; e fiscalização, supervisão ou gerenciamento deobras.
Conceitos relacionados ao acompanhamento de obras emgeral
Caderno de Encargos: parte integrante do edital de licitação,tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivocontrato, bem como estabelecer requisitos, condições ediretrizes técnicas e administrativas para a sua execução.
Edital de Licitação: ato escrito da Administração, que contémas determinações e posturas específicas para umadeterminada licitação, de acordo com a legislação, paraconhecimento dos interessados.
Execução Direta: feita pelos órgãos e entidades daAdministração, pelos próprios meios.
Execução Indireta: a que o órgão ou entidade contrata comterceiros, sob qualquer dos seguintes regimes:
Empreitada por Preço Global: quando se contrata aexecução da obra ou do serviço por preço certo e total.
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Empreitada por Preço Unitário: quando se contrata aexecução da obra ou serviço por preço certo de unidadesdeterminadas, por ex.: m2, m3, Kg etc. (não se podeincluir na licitação fornecimento de materiais ou serviçossem previsão de quantidades ou cujos quantitativos nãocorrespondam às previsões reais do projeto básico ouexecutivo).Tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenostrabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento demateriais.Empreitada Integral: quando se contrata umempreendimento em sua integralidade, compreendendo,além de todas as etapas da obra, os serviços e instalaçõesnecessárias para sua entrada em operação (é importanteverificar, nesse caso, se não foi ferido o princípio daeconomicidade).
Fck: índice utilizado para designar a resistênciacaracterística, ou de projeto, do concreto. Normalmente sãoutilizados valores entre 15 MPa (ou 150 Kgf/cm2), paraedificações mais simples, e 20 MPa (ou 200 Kgf/cm2), paraobras de maior porte, podendo chegar a valores aindamaiores, dependendo da necessidade do carregamentosolicitado. A cada concretagem efetuada na obra, devem sermoldados corpos de prova de concreto (modelos), que serãoposteriormente rompidos em laboratório para aferição de suaresistência.
Não se pode incluir na licitação fornecimento demateriais ou serviços sem previsão de quantidadesou cujos quantitativos não correspondam às previsõesreais do projeto básico ou executivo.
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Obras e Serviços de Grande Vulto: aqueles cujo valorestimado seja superior a 25 vezes o limite máximo para amodalidade de licitação “tomada de preços”.
Conceitos relacionados com obras rodoviárias
Distância Média de Transporte (DMT): termo sempreutilizado em obras com significativo movimento de terra,como as rodoviárias. Para que sejam feitos os sucessivoscortes e aterros previstos em projeto, é necessário transportara terra removida nos cortes para os locais onde haveráaterro. Como nem sempre é possível se fazer a compensaçãoexata (volume de terra escavado nos cortes igual ao volumenecessário para os aterros), às vezes é preciso recolher terrade outro local próximo, também chamado “caixa deempréstimo”, onde será escavado o material a sertransportado para o leito da rodovia, ou levar o materialexcedente até onde possa ser despejado, também chamado“bota-fora”. As várias distâncias médias percorridas nessetransporte, para os diversos trechos da rodovia, são as DMTs.Normalmente, aparecem escalonadas no orçamento, pois opreço da unidade de volume de terra transportada variaconforme a distância.
Ensaios mais usuais
Classificação dos Solos do Highway Research Board(HBR): classificação dos solos relacionada à sua utilizaçãocomo subleito, ordenando-os em subgrupos propostos,indicando também os limites dos ensaios para cadasubgrupo e o valor máximo do índice de grupo.
Classificação dos Solos pelo Índice de Suporte Califórnia(ISC/CBR): grupa os solos de acordo com sua resistênciamedida no ensaio do mesmo nome, que se faz aferindo apenetração de uma agulha-padrão na amostra do solo ecomparando-a com a penetração da mesma agulha, numa
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amostra de macadame padronizada, conforme as normasdo ensaio.
Ensaio de Abrasão “Los Angeles”: ensaio realizadosobre pedra britada, pedrisco ou pedregulho, para avaliara resistência à trituração e que permite a classificaçãodestes materiais. (Método MB – 170/83 da ABNT – NBR– 6465/84 – Agregados da abrasão “Los Angeles”).
Ensaio de compactação de solos: ensaio paradeterminação da relação entre umidade de compactaçãoe massa específica dos solos, mediante a aplicação deenergias padronizadas.
Ensaio de Compactação da Energia Normal (ProctorNormal): ensaio por intermédio do qual se determina amassa específica aparente seca máxima dos solos, comaplicação da energia normal (12 golpes em cada umadas 5 camadas compactadas, com o peso batente de4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobre uma massa cilíndricade solo de cerca de 2,107 dm³).
Ensaio de Compactação da Energia Intermediária(Proctor Intermediário): Ensaio por intermédio do qualse determina a massa específica aparente seca máximados solos, com aplicação da energia intermediária (26golpes em cada uma das 5 camadas compactadas, como peso batente de 4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobreuma massa cilíndrica de solo de cerca de 2,107 dm³).
Ensaio de Compactação da Energia Modificada(Proctor Modificado): ensaio por intermédio do qual sedetermina a massa específica aparente seca máxima dossolos, com aplicação da energia modificada (55 golpesem cada uma das 5 camadas compactadas, com o pesobatente de 4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobre umamassa cilíndrica de solo de aproximadamente 2,107 dm³).
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Ensaio de Penetração: determinação da consistência deum material betuminoso, expressada pelo cumprimentode uma agulha padrão que penetra verticalmente nomaterial, em condições determinadas de peso, tempo etemperatura.
Ensaio do Ponto de Fulgor: determinação datemperatura em que, durante o aquecimento do produtobetuminoso, são produzidos vapores que se inflamam emcontato com pequena chama.
Ensaio SPT: sondagem com utilização de um amostradorpadrão (Raymond) cravado no solo por meio de choque,para fins de determinação do índice de penetração SPT(Standard Penetration Test), isto é, o número de golpesnecessário para o amostrador penetrar 30 cm no solo.
Pavimentação: Estrutura construída após a terraplenagem,destinada a resistir e distribuir ao sub-leito os esforçosverticais oriundos do tráfego; melhorar as condições derolamento, quanto ao conforto e à segurança; resistir aosesforços horizontais, tornando mais durável a superfície derolamento e impermeabilizar a superfície, evitando a suaerosão. Normalmente apresentada a sequencia construtivaapresentada a seguir:
Subleito: terreno de fundação do pavimento.
Leito: superfície obtida pela terraplanagem ou obra dearte e conformada ao seu greide e seção transversal.
Regularização: operação destinada a conformar o leito,transversal e longitudinalmente.
Reforço do subleito: camada de espessura constanteem seção transversal, variável longitudinalmente com o
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dimensionamento e integrante do pavimento que, porcircunstâncias técnico-econômicas, será executada sobreo greide de regularização projetado.
Sub-base: camada complementar à base, que seráexecutada quando, por circunstâncias técnico-econômicas, não for aconselhável construir a basediretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço.
Base: camada destinada a suportar e distribuir esforçosoriundos do trânsito, e sobre a qual se construirá orevestimento.
Revestimento: camada destinada a receber diretamentea ação do trânsito, devendo ser, tanto quanto possível,impermeável, resistente ao desgaste e suave aorolamento.
Acostamento: parte da plataforma contígua à pista derolamento, destinada ao estacionamento dos veículos,ao trânsito em caso de emergência e ao suporte lateraldo pavimento. A regularização e o reforço do subleitodeverão ter largura abrangendo a pista e osacostamentos. A sub-base e a base terão largurasmenores em relação à regularização. Em casos especiaisditados pelos aspectos econômicos, será permitido fixara largura da sub-base ou da base em 9,0 e até 8,0 m. Orevestimento será feito apenas na largura da pista derolamento, ou seja, na parte da plataforma destinada aotrânsito de veículos.
Largura do Revestimento nas pistas de rolamento paraas diversas Classes de Rodovia:- Classe Especial: 7,50 m.- Classe I: 7,00 m.- Classes II e III: 6,00 a 7,00 m.
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Aterros: segmentos da rodovia cuja implantação requera importação de material.
Bota-fora: local selecionado para depósito do materialexcedente, resultante da escavação dos cortes.
Cortes: segmentos de rodovia, em que a implantaçãorequer a escavação do terreno natural, ao longo do eixoe dos limites das seções do projeto (“off sets”) quedefinem o corpo estradal.
Caminhos de Serviço: vias implantadas a fim de permitiro tráfego de equipamentos e veículos em operação nafase de construção.
Desmatamento: corte e remoção de toda vegetação dequalquer densidade.
Destocamento e limpeza: operação de escavação eremoção total de tocos e raízes e da camada de soloorgânico, na profundidade necessária até o nível doterreno considerado apto para terraplenagem.
Empréstimo: áreas indicadas no projeto ou selecionadas,onde serão escavados materiais a utilizar na execuçãoda plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro.
Greide: conjunto de alturas a que deve obedecer o perfillongitudinal do pavimento, onde se indicam as cotastopográficas dos diversos pontos do seu eixo. Édeterminado conforme condicionantes de projeto, porém,com o objetivo de compensar cortes e aterros, sendo alinha que une dois a dois pontos de um perfil.
Off-Set: linhas de estacas demarcadoras da área deexecução dos serviços.
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Obras de Arte: termo utilizado em obras rodoviárias paradesignar as estruturas especiais a elas agregadas, taiscomo pontes, bueiros e túneis.
Sistema de Água Pluvial em Obras Rodoviárias: obradestinada a conduzir a água das chuvas até um ponto dedespejo (rios, córregos), de modo a evitar alagamentos,conservar as ruas, controlar a erosão em zonas urbanas epreservar o trânsito, veículos, obras de arte, etc. Seusprincipais componentes são:
Bocas de lobo: dispositivos em forma de grelha,destinados a conduzir a água em escoamento superficialpara o interior das galerias subterrâneas.
Bueiros: conduto livre ou forçado, de pequena extensão,destinado à passagem de curso d’água sob via pública,estrada ou aterro.
Condutos de ligação: ligam as bocas de lobo entre si eas bocas de lobo aos poços de visita.
Dissipadores de energia: utilizados quando hálançamento de água em velocidade muito elevada,fazendo-se necessária a dissipação de sua energia pormeio de bacias de dissipação ou escadas hidráulicas.
Galerias: condutos localizados sob as ruas e geralmentefeitos de concreto, cujo objetivo é o escoamento daságuas coletadas para seu destino final.
Poços de visita: são câmaras, com tampão na superfície,para o acesso às galerias, facilitando a inspeção, limpezae reparo. Utilizam-se em situações de mudança dedireção ou de seção da galeria, em trechos longos(>100m) e na extremidade de montante.
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Conceitos relacionados a obras de infraestrutura de água esaneamento
Esgotamento Sanitário
Coleta do Esgoto Sanitário
• Rede unitária – coletores de água de chuva ou galerias pluviaisque são utilizadas para transportar o esgoto sanitário.
• Rede separadora – coletores para transportar, separadamente,águas de chuva e esgoto sanitário.
Unidades de Tratamento de Esgoto
• Lagoa aerada – lagoa de tratamento de água residuária, emque a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir amaior parte do oxigênio necessário.
• Lagoa de estabilização – tipo de tratamento de esgoto usandoum processo natural, podendo também ser artificial, queconsiste, basicamente, em lagos de pouca profundidade ondesão lançados os efluentes que, através do processo aeróbicoe anaeróbico, são oxidados, infiltrando no terreno ouevaporando em parte. Esse método requer grandes áreas paraser instalado.
• Estação de Tratamento Convencional de Esgoto (ETE) – é oconjunto de instalações e equipamentos destinados a realizaro tratamento de esgoto sanitário. Uma ETE compõe-sebasicamente de grades, caixa de areia, decantador primário,lodos ativados e/ou filtro biológico, decantador secundário esecagem do lodo proveniente dos decantadores.
• Espaço confinado – qualquer área não projetada paraocupação contínua , a qual tem meios limitados de entrada e
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saída e na qual a ventilação existente é insuficiente pararemover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou sedesenvolver.
• Unidade de Tratamento Preliminar – quando a unidade detratamento do esgoto possuir apenas grade e caixa de areia.
• Unidade de Tratamento Primário – quando a unidade detratamento do esgoto possuir apenas grade, caixa de areia,decantador e secagem do lodo.
• Valor de oxidação – reator biológico aeróbico de formatocaracterístico que pode ser utilizado para qualquer variantedo processo de lodos ativados que comporte um reator emmistura completa.
Limpeza Pública e Coleta de Lixo
Destino do Lixo Coletado
• Aterro controlado – modelo de deposição do lixo onde omesmo é recoberto por terra. Não é impermeabilizado, nãopossui sistema de drenagem de líquidos percolados, tampoucode gases emanados do processo de decomposição de resíduos.
• Aterro sanitário – consiste no processo de deposição do lixono solo com método adequado de engenharia, de acordo comnormas técnicas. Antes de sua instalação são feitos estudosgeológico e topográfico para selecionar a área. Inicialmenteimpermeabiliza-se o solo, com uso de argila e lonas plásticas,dota-se o local de sistema de drenagem de líquidos percoladosa serem tratados, em lagoas ou laboratórios.
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• Aterro de Resíduos Especiais – processo de disposição dosresíduos especiais (industrial ou hospitalar) na terra, semcausar moléstia nem perigo à saúde publica ou à segurançasanitária. Consiste na utilização de métodos de engenhariapara confinar os resíduos especiais em uma área, a menorpossível, reduzi-los a um volume mínimo e cobri-lo com umacamada de terra diariamente ao final de cada jornada ou emperíodos mais frequentes, se necessário.
• Chorume – líquido que vaza do lixo devido à decomposição ese mistura com a água da chuva e outros líquidos existentesoriginalmente no lixo. Este líquido infiltra-se no solo e, quandoalcança o lençol freático, pode contaminar a água subterrânea.
• Compostagem – é o processo de decomposição de matériaorgânica que pode acontecer na presença (aeróbia) ou naausência (anaeróbia) de oxigênio. É comum utilizar-se oprocesso devido à facilidade técnica, facilidade de obtençãode oxigênio (ar) e baixos custos. Geralmente é realizada emusina de compostagem.
• Estação de Transferência – também conhecida por estaçãode transbordo, trata-se de edificações apropriadas para recebergrandes quantidades de lixo trazido por caminhões coletores.O lixo recebido é, geralmente, prensado, formando-se blocosque facilitam seu transporte por meio de carretas (caminhõesde grande capacidade) para seu destino final.
Em alguns aterros há laboratórios para tratamentomicrobiológico de resíduos líquidos, procedendo-se àreinoculação no aterro. Esse método é conhecido comobioremediação e pode reduzir em até 50% a vida média dedegradação dos resíduos sólidos depositados. A disposiçãoadequada dos resíduos está presente em apenas 10% dassituações.
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• Usina de compostagem – instalação industrial especializadaonde se processa a transformação do lixo em compostoorgânico para uso agrícola.
• Usina de reciclagem – instalações apropriadas onde materiaismisturados no lixo são separados por triagem manual, comono caso de papel, papelão, plástico, vidros e trapos, ou porsistema magnético como no caso dos metais ferrosos.
• Usina de incineração – instalações especializadas onde seprocessa a queima controlada do lixo, com a finalidade detransformá-lo em matéria estável e inofensiva à saúde pública,reduzindo seu peso e volume, em forno especialmenteprojetado para tal.
• Vazadouro/lixão – resulta da simples deposição do lixo a céuaberto, com escoamento descontrolado dos líquidos gerados,contaminando solo, rios, etc. Propicia a proliferação de moscas,roedores e outros animais que podem transmitir doenças aohomem.
• Vazadouro em áreas alagadas – disposição final do lixo peloseu lançamento, em bruto, em corpos de água.
Sistema de Distribuição de Água: obra composta dossistemas de captação, tratamento e distribuição de águapotável, levando-a do ponto de coleta até os diversos pontosde consumo da comunidade. Os principais conceitosrelacionados a esse tipo de obra são abaixo apresentados:
Adutora: canalização que conduz a água desde acaptação até o reservatório; conduzirá água tratadaquando localizada após a estação de tratamento, e águabruta em caso contrário.
Captação: pode ser subterrânea, feita em poços(freáticos ou artesianos), ou superficial, feita em
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barragens ou mesmo diretamente em rios ou lagoas.Classificadas em águas de lençol freático e águas delençol confinado.
Estação elevatória: edificação onde se constrói um poçode sucção e se instala um conjunto de bombas derecalque, de modo a forçar a condução da água paraáreas mais elevadas.
Estação de Tratamento de Água (ETA): é o conjunto deinstalações e equipamentos onde a água sofre processosfísicos e químicos de tratamento, tornando-se adequadapara o consumo; a ETA recebe água bruta e fornece águatratada.
Principal manancial: qualquer curso de água, lago,reservatório artificial ou outra fonte cuja água foi utilizadapara abastecimento do município.
Reservatório: localiza-se antes da rede de distribuição,e destina-se a acumular água para melhor atender àsvariações da demanda ao longo do dia.
Rede de distribuição: conjunto de canalizações queconduz a água, pelas vias públicas, desde o reservatórioaté os pontos de consumo (residências, por exemplo).
Sistema de Esgoto Sanitário: sistema destinado a coletaras águas servidas e dejetos e conduzi-los a local apropriadopara lançamento. Seus principais componentes são:
Interceptor: canalização situada, principalmente, nasmarginais dos córregos e que recebe coletores ao longode seu comprimento, não recebendo ligações prediaisdiretas.
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Emissário: canalização destinada a conduzir os esgotosà estação de tratamento ou, na inexistência deste, aolocal de lançamento.
Estação de tratamento de esgoto (ETE): local onde oesgoto sanitário sofre processos físicos e químicos detratamento, tornando-se adequado para o lançamento nolocal de despejo (rios, lagos); a ETE recebe esgoto brutoe emite esgoto tratado.
Poço de Visita: câmara que permite acesso de pessoase equipamentos à canalização para trabalhos demanutenção. É utilizado nos seguintes casos: encontrode mais de dois trechos do coletor; encontro que exigecolocação de tubo de queda (devido à mudança do nívelda canalização); quando a profundidade é maior que 3,00m; onde há mudança de diâmetro de tubulação.
Rede Coletora: conjunto de canalizações destinadas areceber e conduzir as águas de esgotos sanitários.
Terminal de limpeza: dispositivo que permite aintrodução de equipamentos de limpeza, situando-se nacabeceira de qualquer coletor.
Tubo de queda: dispositivo instalado no poço de visita(PV), ligando o coletor afluente ao fundo do poço (quandoo coletor afluente apresentar degrau com altura maiorou igual a 0,50 m).
Tratamento de Água Distribuída
Simples desinfeção (cloração): quando a água brutarecebe apenas simples desinfeção (cloração) antes desua distribuição à população.
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Tratamento convencional: quando a água bruta passapor tratamento completo em ETA antes de ser distribuídaà população. Uma ETA compõe-se basicamente de casade química, grades, floculadores, decantadores, filtros,correção de pH, desinfeção (cloração) e fluoretação.
Tratamento parcial: quando a água bruta passa portratamento parcial e para a produção de água potávelsão utilizadas apenas unidades de gradeamento, filtraçãolenta e posterior cloração.
Aeração: é o processo pelo qual uma fase gasosa,normalmente o ar e a água são colocados em contato,com a finalidade de transferir substâncias voláteis daágua para o ar e substâncias voláteis do ar para a água,de forma a obter o equilíbrio entre as substânciasquímicas presentes.
Mistura Rápida: consiste em colocar a água em contatoíntimo com o coagulante para a obtenção da reaçãoquímica uniforme e contínua.
Coagulação11: é o processo de reação química rápida docoagulante na água. Para a formação de coágulos, ocoagulante deve ser aplicado em pontos de maiorturbilhonamento para que possa ter distribuiçãohomogênea na massa de água. A coagulação éempregada para a remoção de impurezas que seencontram em suspensão fina, em estado coloidal ou emsolução, sendo suas principais funções desestabilizar,agregar e aderir os colóides, para transformá-los emcoagulas.
11 Produtos químicos mais utilizados na fase de coagulação: alcalinizantes, argila, calhidratada, cal virgem, carbonato de sódio, cloreto férrico, coagulantes, hidróxido desódio, polieletrólitos, sílica ativada, sulfato de alumínio, sulfato férrico, sulfatoferroso, sulfato ferroso clorado.
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Floculação: é o processo pelo qual as partículas emestado de equilíbrio eletrostaticamente instável no seioda massa líquida são forçadas a se movimentar, a fim deque sejam atraídas entre si, formando flocos. Com acontinuidade da agitação, os flocos tendem a aderir unsnos outros, tornando-se pesados para posterior separaçãonas unidades seguintes.
Decantação: é a separação das partículas sólidas (flocos)que sendo mais pesadas que a água tendem a cair parao fundo do tanque decantador com uma certa velocidade(velocidade de decantação). Anulando-se oudiminuindose a velocidade de escoamento das águas,reduzem-se os efeitos da turbulência, provocando adeposição das partículas. Com relação ao sistema delimpeza e lavagem no decantador tem-se a manual,hidráulica e mecanizada.
Filtração: é a retenção física de partículas emicrorganismos que não foram removidos no decantador,resultando num efluente final de melhor característicaque o efluente do decantador. Na filtração ocorre oprocesso de filtragem e de absorção, isto é, adesão dasimpurezas nos grãos do leito filtrante. Os filtros seclassificam segundo as seguintes características: 1)Quanto ao tipo de material: areia, carvão ou antracito,carvão-areia e terra diatomácea; 2) Quanto à camadafiltrante: camadas superpostas e múltiplas camadas; 3)Quanto ao tipo de energia: pressão e gravidade; 4)Quanto à taxa de filtração: filtros lentos e filtros rápidos.
Desinfeção: é a destruição ou inativação de organismospatogênicos e de outros indesejáveis. A desinfeção devemanter doses residuais, de maneira a constituir barreirasanitária contra eventual contaminação no sistema deredes distribuidoras. São os seguintes os métodos dedesinfeção: 1) Físicos: calor, raios ultravioleta epasteurização; 2) Químicos: ozona, prata e cloro.
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