manual de auditoria de obras públicas - · pdf filede sistema web, de...

93
MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS

Upload: vonguyet

Post on 05-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

MANUAL DE AUDITORIADE OBRAS PÚBLICAS

Page 2: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

MANUAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PÚBLICAS

BahiaTCE

2011

Page 3: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

FICHA CATALOGRÁFICA

Tribunal de Contas do Estado da BahiaCOPYRIGHT© 2011 TCE

PEDIDOS E CORRESPONDÊNCIAS:Tribunal de Contas do Estado da BahiaAvenida 04, Plataforma V – CABEdf. Cons. Joaquim Batista NevesCep: 41.475-002Telefone: 0xx(71) 3115-4477Fax: 0xx(71) 3115-4613Email: [email protected]

Composição e Diagramação: Cristiano Pereira RodriguesNormalização: Denilze Alencar Sacramento

B151 Bahia. Tribunal de Contas do Estado.

Manual de Auditoria de Obras Públicas. /Tribunal de Contas do Estado Bahia. Salvador: TCE-BA, 2011.

92 p.

1. Auditoria – Obras Públicas. 2. Obras Públicas -Auditoria. 3. Controle Externo – Manual de AuditoriaObras Públicas. I. Título.

CDU 351.712

Page 4: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

TRIBUNAL PLENOConselheira Ridalva Correa de Melo Figueiredo - PresidenteConselheiro Antonio Honorato de Castro Neto - Vice-PresidenteConselheiro Filemon Neto Matos - CorregedorConselheiro Antônio França TeixeiraConselheiro Pedro Henrique Lino de SouzaConselheiro Manoel Figueiredo CastroConselheiro Zilton Rocha

SUPERINTENDENTE TÉCNICOFrederico de Freitas Tenório de Albuquerque

COORDENADORES DE CONTROLE EXTERNOHenrique Pereira Santos FiIhoMárcia da Silva Sampaio CerqueiraJosé Raimundo Bastos de AguiarAntônio Luiz CarneiroMarcos André Sampaio de MatosIornilson Guimarães Soares

ELABORAÇÃOHeinz Ulrich RutherMaria Salete Silva Oliveira

COLABORAÇÃOServidores que atuam na área de auditoria de obras

REVISÃOClarissa Carneiro da RochaEliane de Sousa SilvaIvonete Dionízio de Lima

Page 5: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e
Page 6: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

APRESENTAÇÃO ................................................................................ 111 CONCEITOS ESSENCIAIS .................................................................... 131.1 Obra Pública ..................................................................................... 131.2 Serviço de Engenharia ...................................................................... 141.3 Serviços Técnicos Profissionais Especializados ............................. 141.4 Projeto Básico ................................................................................... 141.5 Projeto Executivo .............................................................................. 171.6 Fiscalização ...................................................................................... 171.7 Licenciamento Ambiental ................................................................. 17

2 METODOLOGIA DE TRABALHO ......................................................... 212.1 Critérios para a Seleção de Obras ................................................... 212.2 Equipes de Trabalho ......................................................................... 222.3 Programas/Procedimentos Específicos para as Obras e Serviços de Engenharia Selecionados ............................................................ 24

3 ORIENTAÇÕES GERAIS ...................................................................... 253.1.Avaliação do Controle Interno ......................................................... 293.2 Análise do Edital/Licitação .............................................................. 303.3 Análise dos Projetos ......................................................................... 313.3.1 Análise do Anteprojeto .................................................................. 313.3.2 Análise do Projeto Básico ............................................................. 323.3.3 Análise do Projeto Executivo ......................................................... 333.4 Análise de Custos .............................................................................. 343.4.1 Orçamento Estimativo Preliminar ................................................ 353.4.2 Análise do Orçamento Sintético .................................................... 363.4.3 Análise do Orçamento Analítico ................................................... 373.4.4 Taxa de BDI ..................................................................................... 373.5 Análise dos Contratos ...................................................................... 383.6 Execução Física da Obra .................................................................. 393.6.1 Fiscalização ................................................................................... 403.6.2 Execução Física do Contrato ......................................................... 423.6.3 Recebimento da Obra .................................................................... 42

4 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS ............................................................... 45GLOSSÁRIO ....................................................................................... 49REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 71ANEXO - ACHADOS DE AUDITORIA EM OBRAS PÚBLICAS ..................... 73

SUMÁRIO

Page 7: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e
Page 8: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

LISTA DE SIGLAS

AA Autorização Ambiental

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ART Anotação de Responsabilidade Técnica

BDI Bonificação e Despesas Indiretas

CEF Caixa Econômica Federal

CEPRAM Conselho Estadual de Meio Ambiente

CCE Coordenadoria de Controle Externo

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura

CUB Custo Unitário Básico

DMT Distância Média de Transporte

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte

EIA Estudo de Impacto Ambiental

FGV Fundação Getúlio Vargas

IBRAOP Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas

ISC Índice de Suporte Califórnia

LA Licença de Alteração

LI Licença de Implantação

LL Licença de Localização

LO Licença de Operação

LS Licença Simplificada

LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

MPa Mega Pascal

NAGs Normas de Auditoria Governamental

RIMA Relatório de Impacto Ambiental

SGA Sistema de Gerenciamento de Auditoria

SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção

SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices daConstrução Civil

TCPO Tabela de Composição de Preços e Orçamento

TCE/BA Tribunal de Contas do Estado da Bahia

TCU Tribunal de Contas da União

Page 9: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e
Page 10: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

ATO Nº 253, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.

A PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA, nouso de suas atribuições,

CONSIDERANDO a diretriz estratégica “Mapear e redesenhar osprincipais processos de trabalho”, integrante do Plano Estratégico2010-2013 deste Tribunal e priorizada pelo Plenário nos Planos deDiretrizes aprovados para os exercícios de 2010 e 2011 (Resoluçõesnos 032/2010 e 132/2010);

CONSIDERANDO a edição da Resolução nº 052/2011, que dispõesobre o encaminhamento pelos jurisdicionados ao TCE, por meiode sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviçosde engenharia pelos titulares dos órgãos e entidades responsáveispela sua licitação, contratação e execução;

CONSIDERANDO a necessidade de elevar os padrões de qualidadedos trabalhos deste Tribunal para melhor cumprir sua missãoconstitucional,

CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar a adoção de métodose procedimentos para a realização de auditoria de obras públicas;

RESOLVE:

Art. 1º - Fica aprovado o “Manual de Auditoria de Obras Públicas”do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, contendo conceitosessenciais, metodologia de trabalho e orientações gerais a seremobservadas na realização dessas auditorias.

Art. 2º - Este Ato entra em vigor na data da sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

CONS. RIDALVA FIGUEIREDO Presidente

Page 11: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

10

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 12: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

11

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

O presente manual, de uso obrigatório, estabelece as diretrizestécnicas a serem observadas para a realização das auditoriasem obras públicas. A sua utilização deverá ser realizada emconjunto com o Manual de Auditoria Governamental desteTribunal e de forma subsidiária, utilizando outros normativos adepender da especificidade e complexidade do trabalho.

Este Manual é fundamentado no seguinte marco legal: Lei Federalde Licitações e Contratos nº 8.666/1993, Lei Federal de ProteçãoAmbiental nº 6.938/1981; Resoluções CONAMA nºs 001/1986 e237/1997; Resolução CONFEA nº 361/1991 e Decisão Normativa/CONFEA nº 34/1990; Lei Estadual de Licitações e Contratos nº9.433/2005; Decretos Estaduais nos 9.534/2005 e 12.366/2010.

Apresentação

Page 13: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

12

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 14: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

13

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

A auditoria em obras envolve o conhecimento de múltiplosconceitos e várias áreas de abrangência, todos relevantes enecessários para subsidiar o planejamento e a execução dostrabalhos.

Este manual, além de utilizar conceitos legais, a exemplo doestabelecido ao longo das Leis Federais nºs 8.666/93 e 6.938/81,valeu-se de conceitos de domínio público e de entidadesrepresentativas da área. Eles são apresentados em duas sessões:na primeira, denominados como essenciais, assim consideradospor se constituírem nos mais elementares e estruturantes paraa realização da auditoria, e no glossário, onde são apresentadosoutros conceitos, subdivididos por tipologia de obras, de formamais detalhada e minuciosa, resvestidos de igual importânciapara a auditoria.

1.1 OBRA PÚBLICA

Obra pública é aquela que se destina a atender aos interessesgerais da sociedade, contratada por órgão ou entidade públicada Administração Direta ou Indireta, Federal, Estadual ouMunicipal, executada sob sua responsabilidade ou delegada,custeada com recursos públicos, compreendendo a construção,reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de um bempúblico.

Genericamente, de acordo com a Lei Federal de Licitações eContratos nº 8.666/93, será tratada por obra pública toda aconstrução, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação eos serviços de engenharia realizados por execução direta ouindireta.

1 CONCEITOS ESSENCIAIS

Page 15: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

14

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

1.2 SERVIÇO DE ENGENHARIA

Conforme Orientação Técnica – OT-IBR 002/2009 do InstitutoBrasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP), serviço deengenharia é toda atividade destinada a obter determinadautilidade de interesse da Administração, tais como: demolição,conserto, instalação, montagem, operação, conservação,reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.

1.3 SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

São os trabalhos relativos a: estudos técnicos, planejamentos eprojetos; pareceres, perícias e avaliações; assessorias ouconsultorias técnicas; e fiscalização, supervisão ougerenciamento de obras.

1.4 PROJETO BÁSICO

De acordo com a Lei Federal nº 8.666/93, projeto básico é oconjunto de elementos necessários e suficientes, com nível deprecisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, elaboradocom base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, queassegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento doimpacto ambiental do empreendimento, e que possibilite aavaliação do custo da obra e a definição dos métodos e prazo deexecução.

Deve ser aprovado por autoridade competente ou por aquelaque tenha recebido tal delegação.

Conforme a Resolução CONFEA nº 361/91, o Projeto Básico devedesenvolver a melhor alternativa técnica, econômica e ambiental,identificar os elementos constituintes e o desempenho esperadoda obra; adotar soluções técnicas de modo a minimizarreformulações ou ajustes acentuados durante a execução;especificar todos os serviços a executar, materiais e

Page 16: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

15

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

equipamentos e definir as quantidades e os custos de serviçose fornecimentos de tal forma a ensejar a determinação do custoglobal da obra com precisão de mais ou menos 15%.

No caso de uma edificação, pode-se admitir que alguns projetos(tais como detalhes de esquadrias, instalações elétricas,telefônicas, hidráulicas e especiais) façam parte do ProjetoExecutivo, desde que o projeto de arquitetura, os estudosgeotécnicos, o orçamento detalhado (fundamentado emquantitativos e preços unitários propriamente avaliados) e omemorial descritivo (ou o caderno de encargos) sejam suficientespara a perfeita compreensão da obra, inclusive seus métodosconstrutivos, materiais a empregar e suas instalações provisórias,e de modo a permitir a fácil elaboração do Projeto Executivo.

Todo Projeto Básico, de acordo com o Instituto Brasileiro deAuditoria em Obras Públicas (IBRAOP), a depender da natureza,porte e complexidade da obra de engenharia, deve apresentaros seguintes elementos técnicos:

QUADRO 1 - Elementos Técnicos do Projeto BásicoElementos Técnicos Descrição

1 Desenho

Representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes, obedecendo às normas técnicas pertinentes.

2 Memorial Descritivo

Descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, onde são apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos referenciados.

3 Especificação Técnica

Texto no qual se fixam todas as regras e condições que se deve seguir para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o modo como será executado cada um dos serviços, apontando, também, os critérios para a sua medição.

Page 17: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

16

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Para fins de definição dos conteúdos técnicos a serem utilizados,de acordo com a tipologia da obra, a equipe do TCE deverá seguiras orientações constantes da OT – IBR 001/2006 do IBRAOP ealterações posteriores.

Elementos Técnicos Descrição

4 Orçamento

Avaliação do custo total da obra, tendo como base preços dos insumos praticados no mercado ou valores de referência e levantamentos de quantidades de materiais e serviços obtidos a partir do conteúdo dos elementos anteriores, sendo inadmissíveis apropriações genéricas ou imprecisas, bem como a inclusão de materiais e serviços sem previsão de quantidades. O orçamento deverá ser lastreado em composições de custos unitários e expresso em planilhas de custos e serviços, referenciadas à data de sua elaboração. O valor do BDI (Bonificação e Despesas Indiretas) considerado para compor o preço total deverá ser explicitado no orçamento.

4.1 Planilha de Custos e Serviços

A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e deve conter, no mínimo: • discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade,

custo unitário e custo parcial; • custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais

de cada serviço e/ou material; • nome completo do responsável técnico, seu número de registro

no CREA e assinatura.

4.2 Composição de Custo Unitário de Serviço

Cada composição de custo unitário define o valor financeiro a ser despendido na execução do respectivo serviço e é elaborada com base em coeficientes de produtividade, de consumo e aproveitamento de insumos e seus preços coletados no mercado, devendo conter, no mínimo: • discriminação de cada insumo, unidade de medida, sua

incidência na realização do serviço, preço unitário e custo parcial;

• custo unitário total do serviço, representado pela soma dos custos parciais de cada insumo.

Para o caso de se utilizarem composições de custos de entidades especializadas, a fonte de consulta deve ser explicitada.

5 Cronograma físico-financeiro

Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando, em cada período, o percentual físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.

QUADRO 1 - Elementos Técnicos do Projeto Básico (continuação)

Fonte: IBRAOP OT – IBR 001/2006.

Todas as peças de caráter técnico devem conter otítulo profissional e número da carteira referente àautoria (Resolução CONFEA nº 0282/83 – art. 1º).

Page 18: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

17

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

1.5 PROJETO EXECUTIVO

Conjunto dos elementos necessários e suficientes à execuçãocompleta da obra, de acordo com as normas pertinentes daAssociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e que podeser desenvolvido de forma tempestiva com a execução das obras,desde que autorizado pela Administração, ou seja, é odetalhamento no nível máximo do projeto básico, com oselementos necessários à realização do empreendimento.

1.6 FISCALIZAÇÃO

É o controle interno do nível operacional que consiste em verificara aderência das obras às normas técnicas, à legislação vigentee aos termos do edital e contrato (projetos, especificações demateriais e de serviços, cronogramas físico e financeiro, etc.),bem como aferir o desempenho na execução dos serviços e proporações corretivas, visando assegurar que os objetivosorganizacionais e os planos estabelecidos para alcançá-los sejamcumpridos.

1.7 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Ato administrativo por meio do qual o órgão ambientalcompetente avalia e estabelece as condições, restrições emedidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas peloempreendedor, pessoa física ou jurídica, de direito público ouprivado, para localizar, instalar, operar e alterar empreendimentosou atividades efetivas ou potencialmente degradadoras1.

1 Art. 43, da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006.

A Resolução CONFEA nº 1.025/09 e a Lei Federalnº 6.496/77 exigem Anotação de ResponsabilidadeTécnica do projeto.

Page 19: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

18

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

A construção, instalação, ampliação e funcionamento deestabelecimentos e atividades que se utilizem de recursosambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores,bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgãoestadual competente2.

Nos projetos básico e executivo relativos a obras públicas devemser considerados os impactos ambientais3, conforme preconizao inciso VII, artigo 12 da Lei Federal n° 8.666/93. O projeto básico,de acordo com o inciso IX do artigo 6° da citada Lei, deve asseguraradequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento.

O processo de licenciamento ambiental, no âmbito do estadoda Bahia, é constituído dos seguintes instrumentos:

I – Licença de Localização (LL)II – Licença de Implantação (LI)III – Licença de Operação (LO)IV – Licença de Alteração (LA)V – Licença Simplificada (LS)VI – Autorização Ambiental (AA)

I – Licença de Localização (LL): concedida na fase preliminar doplanejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sualocalização e concepção, atestando a viabilidade ambiental eestabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serematendidos nas próximas fases de sua implementação.

2 Art. 10 da Lei Federal no 6.938/81 e art. 20 da Resolução CONAMA n0 237/97 (queregulamenta o art. 10 da Lei Federal no 6.938/81).

3Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente,causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanasque afetem diretamente ou indiretamente: a saúde, a segurança, e o bem estar dapopulação; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas esanitárias ambientais; qualidade dos recursos ambientais.

Para empreendimentos potencialmente causadores designificativa degradação ambiental, exige-se o Estudo deImpacto Ambiental (EIA) para a concessão da licençaprévia, de acordo com o art. 3º da Resolução CONAMA nº237/97.

Page 20: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

19

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

II– Licença de Implantação (LI): concedida para a implantaçãodo empreendimento ou atividade, de acordo com asespecificações constantes dos planos, programas e projetosaprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demaiscondicionamentos.

III – Licença de Operação (LO): concedida para a operação daatividade ou empreendimento, após a verificação do efetivocumprimento das exigências constantes das licenças anteriorese estabelecimento das condições e procedimentos a seremobservados para essa operação.

IV – Licença de Alteração (LA): concedida para a ampliação oumodificação de empreendimento, atividade ou processoregularmente existentes e que estiverem 20% acima do valorfixado na LO.

V – Licença Simplificada (LS): concedida para empreendimentosclassificados como de micro ou pequeno porte, excetuando-seaqueles considerados de potencial risco à saúde humana.

VI – Autorização Ambiental (AA): é o ato administrativo pormeio do qual o órgão ambiental competente permite a realizaçãoou operação de empreendimentos e atividades, pesquisas eserviços de caráter temporário, execução de obras que nãoresultem em instalações permanentes, bem como aquelas quepossibilitem a melhoria ambiental, conforme definidos emregulamento.

O projeto básico só deve ser elaborado quando a LLjá estiver autorizada e atestada a viabilidadeambiental do empreendimento.

Page 21: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

20

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 22: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

21

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

2.1 CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE OBRAS

Mediante a Resolução nº 52, deste TCE, de 21/07/2011, os órgãose entidades responsáveis por projetos, obras e serviços deengenharia estão obrigados a encaminhar mensalmente a estaCorte, por meio de sistema web, informações relativas a licitação,contratação e execução.

As informações recebidas integram o Módulo de Obras doSistema de Observação das Contas Públicas (Mirante), quepossibilita aos auditores obter uma visão sistêmica das obrasestaduais.

Com o uso dessa ferramenta, que permite diversas consultas eemissão de relatórios, os auditores têm acesso fácil e rápido atrês subconjuntos de informações sobre projetos, obras e serviçosde engenharia, quais sejam: (i) Secretaria/Órgão responsável,Programa de Governo e Projeto vinculado; (ii) objeto, forma decontratação, modalidade, tipo de licitação, dados da empresacontratada; e (iii) características da obra, como atividade técnica,início do serviço, valor do contrato, licenciamento ambiental,aditivos celebrados, além de informações detalhadas sobre asmedições e pagamentos realizados.

O sistema possibilita, ainda, a geração de matrizes diversas,que poderão ser elaboradas de acordo com a natureza e/ouescopo de auditoria, a especificidade da obra, estágio deexecução, dentre outras especificações. É possível gerar desdeuma matriz global, onde sejam estabelecidos em um único rankingas obras e serviços de engenharia do Estado, até matrizes porPoder, Secretaria, Unidade ou área de atuação das

2 METODOLOGIA DE TRABALHO

Page 23: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

22

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Coordenadorias de Controle Externo (CCEs), abrangendo todosos órgãos e entidades da Administração Direta e IndiretaEstadual.

Assim, para a seleção das obras e serviços de engenharia a seremauditados, o TCE, salvo casos excepcionais, utilizará Matriz deRisco gerada pelo Sistema Mirante. Neste instrumento, de acordocom o grau de significância considerado apropriado para a matriz,são atribuídos pesos aos seguintes critérios:

(i) relevância: obra/serviço de engenharia integrante deprograma prioritário e/ou financiada por recursos externos;

(ii) materialidade: valor da obra/serviço de engenharia;(iii) risco: aditamentos de prazos e valor dos contratos; estágio

de evolução da obra/serviço de engenharia e atrasosocorridos sem formalização de aditamentos.

2.2 EQUIPES DE TRABALHO

A qualificação dos membros da equipe deverá ser compatívelcom o objetivo da auditoria, o alcance e complexidade de suasrespectivas tarefas, levando-se em conta que algumas naturezasde auditoria de obras, além de exigirem conhecimentos da áreade engenharia/arquitetura, requerem um exame sobre aspectosfinanceiros, legais e operacionais.

Assim, é necessário que a equipe possua uma ampla variedadede conhecimentos, de tal forma que, para a realização dasauditorias de obras públicas, estejam alocados profissionais comconhecimento nas áreas de Contabilidade, Direito,

A partir do recorte ou desenho que se adote na matriz derisco, é possível montar equipes de auditoria que nãopossuam vinculação direta com uma CCE específica, vezque o foco pode ser dado não à área de competência daCoordenadoria, e sim ao objeto a ser auditado.

Page 24: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

23

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Administração, Engenharia, e com habilidades correlatas, nãosendo necessário que cada integrante da mesma possuaindividualmente cada uma dessas habilidades.

A equipe multidisciplinar tem atribuições complementares einterdependentes, de acordo com a área de conhecimento,conforme exemplificado:

Engenharia e Arquitetura – essenciais para a verificação dasetapas de planejamento, direção, execução e controle da obraem geral.

Contabilidade, Economia e Administração de Empresas –executam atividades relacionadas à verificação das operaçõesfinanceiras e orçamentárias da obra e à comprovação de seusregistros.

Direito – executam atividades relacionadas à aplicação dosdispositivos legais que regulam as diferentes etapas da obra.

Nos casos em que a complexidade e a especificidade da auditoriade obras ensejar a colaboração de consultores e especialistasexternos, o aporte de profissionais deverá ser efetuado emobservância ao estabelecido nas Normas de AuditoriaGovernamental (NAGs)4, sobretudo quanto aos seguintes itens:

2205.1 – Quando o TC valer-se de consultores ou especialistasde procedência externa para prestar-lhe assessoramento, devefazê-lo com o devido zelo profissional, verificando se eles têmcompetência e capacidade para realizar o respectivo trabalho.

2205.2 – A definição do planejamento, do escopo, da execuçãoe do relatório da respectiva auditoria caberá ao TC.

4 A Resolução nº 53, de 23/07/2011, determinou a adoção das NAGs pelo TCE.

Page 25: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

24

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

2205.3 – As normas que recomendam agir com o devido zeloprofissional também têm aplicação, nessas situações, para amanutenção da qualidade do trabalho.

2205.4 – O trabalho dos consultores e especialistas será limitadoao escopo delineado pelo profissional do quadro do TCresponsável pelos trabalhos de auditoria governamental, e suasconclusões serão reproduzidas no relatório de auditoria, com aopinião e os comentários dos profissionais de auditoriagovernamental.

2.3 PROGRAMAS PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIASELECIONADOS

As equipes de trabalho adotarão programas padronizados (geraise específicos) de uso obrigatório, disponibilizados no Sistemade Gerenciameno de Auditoria (SGA). Os procedimentos dosprogramas não são exaustivos, podendo ser complementados aqualquer momento pelos auditores.

Os programas gerais que deverão ser utilizadosindependentemente da tipologia da obra são os seguintes5:Informações Gerais; Informações Específicas; Avaliação daEconomicidade; Análise dos Projetos Básicos e Executivos; eConcorrência Pública (CP), Tomada de Preços (TP) e Convite,Acompanhamento da Execução – Obras/Serviços em Geral.

Os programas específicos já desenvolvidos, Saneamento e ObrasRodoviárias, serão utilizados em conjunto com os programasgerais.

5 Desenvolvidos basicamente para obras de edificações (construção e reforma).

Page 26: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

25

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Conforme estabelecido no Manual de Auditoria Governamentaldo TCE/BA, o planejamento da auditoria abrange a determinaçãodos objetivos da auditoria, data de realização, seu alcance,critérios, metodologia a ser aplicada, além do prazo e recursosnecessários para garantir que cubra as atividades, processos,sistemas e controles mais importantes.

Assim, a equipe deverá obter, no mínimo, informações sobre oambiente de controle do órgão/entidade responsável pela obra/serviços de engenharia; sobre os projetos arquitetônicos ecomplementares, cadernos de encargos, quantitativo de serviços,especificações de materiais e serviços (planejamento técnico);cronograma físico, planilhas orçamentárias, cronogramafinanceiro, o estágio em que a obra se encontra; a empresacontratada; a existência ou não de convênios; a verificação doprazo de conclusão dos serviços e sobre a execução financeira-orçamentária.

Nas análises a serem efetuadas o auditor deve estar atento nãoapenas ao cumprimento de aspectos legais e formais, mas,também, verificar se os investimentos resultaram ou resultarãoem obras de boa qualidade, seguras e adequadas aos custosestabelecidos e à finalidade a que se destina.

Caso a obra já tenha sido objeto de auditorias anteriores, especialatenção deve ser dada aos atos e fatos ocorridos após asmesmas, contemplando, no planejamento dos trabalhos decampo, a verificação do cumprimento de medidas determinadaspelo Tribunal e/ou pela Auditoria Geral do Estado.

3 ORIENTAÇÕES GERAIS

Page 27: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

26

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Em suma, nesta fase da auditoria, a equipe deverá obter o maiornúmero possível de informações sobre a obra, de modo a poderprogramar as atividades de campo ainda no escritório.

O alcance que se estabelece nesta etapa é determinante paraque o auditor possa cercar-se das evidências suficientes,competentes e pertinentes que lhe permitam formar um juízoacerca das condições sobre as quais se está realizando o trabalhorelativo à obra objeto da avaliação.

Ao fixar o alcance, levar-se-á em conta que é importante avaliara realização da obra, os controles existentes e o cumprimentodas obrigações contratuais, assim como precisar se as falhasdetectadas são consequências de problemas ocorridos nasetapas anteriores.

De forma a otimizar o tempo disponível para a realização daauditoria, recomenda-se que, antes do início da fase deexecução, a equipe elabore as solicitações dos documentosnecessários ao desenvolvimento dos trabalhos e, se julgaroportuno, já encaminhá-las aos órgãos responsáveis, a fim deque sejam disponibilizados a partir do primeiro dia da fase deexecução.

Cabe à equipe de auditoria identificar quais os documentos quedeverão solicitar ao órgão responsável pelo empreendimento.No entanto, de acordo com a natureza do trabalho, o estágio eas peculiaridades da obra, sugere-se que sejam solicitados aoórgão contratante os seguintes6:

• processo licitatório completo, conforme o disposto no art. 38da Lei no 8.666/93 e art. 74 da Lei Estadual no 9.433/05;

• caso seja inexigível ou dispensável a licitação, os documentosrelativos ao procedimento respectivo, conforme o disposto no

6 Adaptação dos itens constantes do Roteiro de Fiscalização de Obras de Edificações doTCU.

Page 28: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

27

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

parágrafo único do art. 26 da Lei no 8.666/93 e art. 65, § 30 daLei Estadual no 9.433/05;

• todos os documentos relativos ao projeto básico, conformedisposto no inciso IX do art. 6º da Lei no 8.666/93, mesmo quea licitação para execução do objeto não tenha sido iniciada, einciso IX do art. 8º da Lei Estadual no 9.433/05;

• projeto executivo, com todos os seus elementos constitutivos,conforme o disposto no inciso X do art. 6º da Lei no 8.666/93 eX do art. 8º da Lei Estadual no 9.433/05;

• licenças expedidas pelos órgãos competentes e estudosexigidos pela legislação vigente, inclusive aqueles referentesaos aspectos ambientais;

• ordem de serviço para o início das obras;• alvará de construção;• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), dos projetos e

da obra;• contratos e termos aditivos;• documentação relativa ao convênio, se for o caso;• cronograma físico-financeiro;• memorial descritivo e especificações de materiais e de

serviços;• eventuais alterações de projeto ou de especificações com

respectivas análises técnicas e autorizações;• relatórios e pareceres técnicos;• laudos de verificação;• adequação ao art. 16 § 4º, inciso I da Lei de Responsabilidade

Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000);• relação das fontes de recursos com respectivas datas e

valores;• relatórios de medições (boletins de medição);• diário de ocorrências (ou de obras), previsto no § 1º do art. 67

da Lei Federal no 8.666/93, inciso I do art.154 da Lei Estadualno 9.433/05 e Resolução Federal no 1.024/09;

• termos de recebimento (provisório e definitivo), conforme odisposto no inciso I do art. 73 da Lei Federal no 8.666/93 earts.161 e 165 da Lei Estadual no 9.433/05;

Page 29: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

28

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

• notas fiscais e faturas de pagamento com atesto doresponsável;

• comprovantes de recolhimento das contribuições de INSS eFGTS e demais tributos pertinentes, a fim de elidir aresponsabilidade solidária da contratante definida no art. 71da Lei Federal no 8.666/93; art.159 da Lei Estadual no 9.433/05;

• habite-se, se for o caso.

Na fase de execução da auditoria, conforme estabelecido noManual de Auditoria Governamental do TCE-BA, a equipe deveobter as provas para a sustentação das observações da auditoria,sendo necessárias a avaliação dos controles e a coleta deevidências suficientes e confiáveis, mediante a aplicação detécnicas de auditoria, com vistas a determinar se as questõesde auditoria levantadas, durante a fase de planejamento, sãorealmente relevantes a ponto de serem consideradas quandoda elaboração do relatório.

O referido Manual estabelece, ainda, que os procedimentos deauditoria devem ser realizados em conformidade com osprogramas, através de exames, provas seletivas, testes eamostragem, em razão da complexidade e volume das operações,cabendo ao auditor, com base na análise de riscos envolvidos,determinar a amplitude ou o escopo necessário à obtenção doselementos probatórios.

Dependendo da etapa ou etapas da obra que se vai avaliar, oauditor verifica, examina e avalia a gestão das áreasresponsáveis pelo planejamento, controle, execução e avaliaçãodas obras públicas, com o objetivo de determinar o grau deeficácia, eficiência e economicidade com que operam.

Os tópicos a seguir destacados constituem-se em áreaspotenciais para avaliação da auditoria em obras públicas.

Page 30: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

29

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

3.1 AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO

A avaliação do controle interno se aplica com o fim deestabelecer, com maior efetividade e precisão, os objetivosespecíficos da auditoria, a natureza, alcance e oportunidade desuas provas, assim como para obter elementos que permitamao auditor suportar suas observações, conclusões erecomendações com vistas à melhoria administrativa eoperacional, a partir do aprimoramento dos controlesexaminados.

O auditor deve verificar se os controles asseguram a proteçãodos recursos, a suficiência, oportunidade e confiabilidade dasinformações, o uso econômico e eficiente dos recursos, odirecionamento aos planos, políticas, procedimentos, leis eregulamentos, e o cumprimento das metas e objetivos. Portanto,ao efetuar o acompanhamento, o auditor deverá verificar, entreoutros aspectos, que o controle interno torne efetivo o modo de:

• conduzir o processo de planejamento, programação eorçamentação, com estrito apego às normas vigentes, epropiciar que se reduzam ao mínimo as possibilidades deerros;

• executar a obra conforme o projeto e em cumprimento àsespecificações técnicas construtivas e de materiais definidosnos projetos;

• fazer uso racional dos recursos destinados à obra pública eaplicá-los conforme o calendário pré-estabelecido;

• contar com informações oportunas sobre o avanço físico efinanceiro das obras, que permitam aos níveis diretivosinstrumentar as ações necessárias para alcançaroportunamente as metas e objetivos;

• efetuar os pagamentos aos contratados somente por serviçose obras executadas e concluídas conforme o projeto, planose especificações, e de acordo com os preços e condiçõespactuadas em contrato.

Page 31: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

30

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

3.2 ANÁLISE DO EDITAL/LICITAÇÃO

A análise do edital permite a identificação, o conhecimento e acompreensão do objeto a ser auditado, devendo ser observadose no mesmo constam os seguintes elementos mínimosnecessários previstos nas Leis Federal e Estadual de Licitação:

• minuta do contrato;• planilha orçamentária;• projeto básico e/ou executivo, com todos os projetos,

especificações e outros complementos necessários esuficientes para assegurar uma adequada contratação.

Na licitação a ser realizada se faz necessária a previsãodetalhada das despesas, expressa em planilhas que indiquemos custos unitários, de forma a possibilitar que a Administraçãoestime os recursos orçamentários necessários e a correta escolhada modalidade a ser adotada.

Um orçamento bem elaborado apresenta os quantitativos deserviços e os preços unitários advindos da composição de todosos seus custos. Tais custos têm papel fundamental naelaboração do edital, pois não permitem que os licitantesapresentem planilhas com preços excessivos.

O auditor deve estar atento quanto à previsão dos quantitativos,pois, mesmo em condições que não permitam definirprecisamente os quantitativos, é proibida a licitação dequantidades indefinidas, conforme estabelecido na Lei Federalno 8.666/93, art.6°, IX-f; art.7°, §2°- II e art.40, §2°-II.

Nessa etapa da análise, a equipe de auditoria deve avaliar ospreços constantes na planilha orçamentária básica, comparando-

Sempre que possível o TCE deverá examinartempestivamente o Edital, de forma a evitar a contrataçãode serviços sub/superfaturados, com projetosinsuficientes e especificações técnicas inadequadas.

Page 32: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

31

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

os com os praticados no mercado à época da licitação. Taisinferências devem estar suportadas em revistas especializadas,em tabelas de uso consagrado (Editora PINI, SINAPI/SICRO, FGV).

3.3 ANÁLISE DOS PROJETOS

A análise dos projetos é de suma importância para assegurarque a auditoria seja capaz de identificar se as obras e serviçosde engenharia estão sendo planejados e executados de acordocom os princípios da eficiência, eficácia, economicidade eefetividade.

Os projetos são elaborados geralmente em três etapassucessivas, a saber:

• estudo preliminar ou anteprojeto;• projeto básico;• projeto executivo.

3.3.1 Análise do Anteprojeto

O auditor deve observar se existem estudos preliminares ouProjetos-Padrão disponíveis que sirvam de base para a elaboraçãode um projeto, que devem contemplar os esboços e diretrizesdefinidas pela gestão.

Existem duas maneiras de se elaborar o anteprojeto7. Ou o órgãopossui um setor especializado dentro da sua estrutura operacionalou terceiriza este serviço, utilizando-se de empresasespecializadas na matéria.

A equipe de auditoria deve dedicar especial atenção à análisedo anteprojeto, visto que esta peça possui influênciadeterminante nas etapas subsequentes (projetos básico eexecutivo).

7 Espécie de estudo preliminar contendo um esboço e diretrizes a serem observadaspara obras/serviços de engenharia.

Page 33: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

32

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

3.3.2 Análise do Projeto Básico

O projeto básico é o ponto de partida de todo e qualquerempreendimento. A sua análise é de extrema relevância para aauditoria, visto que grande parte das irregularidades encontradasnas obras e serviços de engenharia tem sua origem na deficiênciadesse projeto.

Os diversos elementos que o compõem (estudo de viabilidade,estudos geotécnicos e ambientais, plantas e especificaçõestécnicas, orçamento detalhado, etc.) muitas vezes apresentam-se inconsistentes ou mesmo não existem, gerando problemasfuturos de significativa magnitude.

Ressalte-se que as deficiências nos projetos trazemconsequências que podem frustrar a execução/conclusão doobjeto licitado, dadas as diferenças entre o objeto licitado e oque será efetivamente executado, o que implica na necessidadede se responsabilizar o autor e/ou o responsável pela aprovaçãodo projeto básico, quando este se apresenta inadequado.

Para a sua elaboração devem ser considerados os quesitos aseguir destacados (art. 12 da Lei Federal de Licitações n0 8.666/93):

• segurança;• funcionalidade e adequação ao interesse público;• possibilidade de emprego de mão de obra, materiais,

tecnologia e matérias primas existentes no local paraexecução, de modo a diminuir os custos de transporte;

• facilidade e economia na execução, conservação e operação,sem prejuízo da durabilidade da obra ou serviço;

• adoção de normas técnicas de saúde e de segurança dotrabalho adequadas;

• infraestrutura de acesso;• aspectos relativos a insolação, iluminação e ventilação.

Page 34: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

33

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

3.3.3 Análise do Projeto Executivo

O primeiro aspecto que o auditor deve observar é acompatibilidade entre o Projeto Executivo (PE) e o Projeto Básico(PB), pois esta análise permite aferir se as obras e serviços deengenharia analisados estão compatíveis com o objeto licitado.Isto não significa que não possam ser procedidas alterações noPE em relação ao PB; são possíveis desde que estejamtecnicamente justificadas e aprovadas pela autoridadecompetente.

Atenção especial deve ser dada a alterações significativas entreas fases de projeto básico e projeto executivo, pois indicam altapossibilidade de deficiência no primeiro e alteração do objetolicitado.

Caso a Administração não tenha condições de elaborar o projetoexecutivo, é necessário que seja contratada empresaespecializada para este fim (licitação específica) antes dalicitação da obra, procurando evitar futuras modificações eaditivos ao contrato.

Quando da realização da auditoria, as seguintes normasregulamentadoras para os projetistas, estabelecidas pelaAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) devem serobservadas:

NBR 13.531/1995: Elaboração de Projetos de Edificações –Atividades Técnicas do Projeto de Edificações. Prevê as etapasdas atividades técnicas do projeto de edificações, dolevantamento ao projeto executivo, cujas informações, quandocompletas e adequadas, evitam alterações nas obras.

NBR 5.671/1990: Participação dos Intervenientes em Serviços eObras de Engenharia e Arquitetura. Estabelece comoresponsabilidade e prerrogativas exigíveis dos intervenientes quedeterminam a execução da obra, por exemplo, “definir com

Page 35: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

34

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

precisão e clareza os objetivos e elementos necessários àelaboração do programa do projeto”, assim como “dispor do localdesembaraçado física e legalmente, em tempo hábil, necessáriopara o início e desenvolvimento do empreendimento”.

A equipe deve verificar se no Projeto Executivo foramcontemplados elementos que visem assegurar a acessibilidade8

do cidadão.

8 Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dosespaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dossistemas e meios de comunicação , por pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzira- Artos da Lei Federal nº 10.098/2000.

3.4 ANÁLISE DE CUSTOS

Numa auditoria de obra pública o aspecto da análise de custosé um fator importante a ser verificado. O ideal é que talverificação seja feita a preços iniciais e finais do contrato, vistoque aditivos contratuais podem induzir ao superfaturamento deum serviço cujo preço original mostra-se adequado.

Há três níveis de análise de custos: a estimativa preliminar, aanálise de orçamento sintético e a análise do orçamentoanalítico, sendo a última bastante mais complexa e trabalhosaque a primeira.

De modo geral, deve-se proceder à estimativa preliminar e, casohaja indício de sobrepreço, aprofundar a análise pelos demaisníveis, o que demandará muito mais tempo para o trabalho.

A diferença entre o orçamento sintético e o analítico é que oprimeiro não possui a composição dos serviços a serem

A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicosdestinados a uso coletivo deverão ser executadas demodo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoasportadoras de deficiência ou mobilidade reduzida - LeiFederal nº 10.098/2000.

Page 36: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

35

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

executados, só mencionando o tipo e seu respectivo custo. Osegundo contempla a composição destes, estabelecendo quaissão os insumos necessários à realização dos mesmos, osrespectivos custos unitários e as quantidades necessárias paraa execução de cada serviço, podendo estas serem obtidas empublicações técnicas disponíveis no mercado (TCPO da EditoraPINI) e em órgãos como o DNIT (SICRO) e CEF (SINAPI), ou aindaem órgãos públicos executores de obras.

3.4.1 Orçamento Estimativo Preliminar

Consiste na comparação dos dados da área construída commacroindicadores, tais como o Custo Unitário Básio (CUB) doSinduscon, indicadores de referência de preços existentes nomercado como o SINAPI da Caixa Econômica Federal, tabelas daEditora PINI, indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), etc.,além de indicadores divulgados por determinados órgãos (oMinistério da Saúde, por exemplo, divulga o preço previsto paraobras de unidades de saúde), ou pela comparação com o preçode obras semelhantes.

Alguns cuidados fundamentais devem ser tomados para essaestimativa, como se expõe a seguir.

Ao se usar o CUB (ou o SINAPI) para aferir o custo por metroquadrado (m²) de um prédio, deve-se considerar quais oscomponentes que fazem parte daquele indicador. O CUB nãocontempla despesas com projetos, elevadores, instalaçõesespeciais, BDI e outras, que devem ser avaliadas à parte. Assim,uma forma de se fazer essa comparação é “expurgar” doorçamento em análise os itens que não compõem o CUB,comparando apenas o valor remanescente. Já no caso decomparação com obras semelhantes, deve-se atentar para queas condições locais sejam também compatíveis.

Essa avaliação deve ser calculada de acordo com a NBR12.721:2006 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Page 37: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

36

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

e caso a análise preliminar indique a possibilidade de sobrepreço,deve-se proceder à análise do orçamento sintético, a fim de selocalizar em qual serviço está a divergência.

3.4.2 Análise do Orçamento Sintético

O orçamento sintético é aquele que apresenta o custo unitáriode cada serviço (m² de alvenaria, m³ de concreto, m² de pintura,etc.), geralmente subdividido em “material” e “serviço” (mãode obra).

Sua análise (que deve abranger tanto o orçamento do projetobásico quanto o da vencedora da licitação) deve ser feita pormeio de comparação dos custos unitários da obra em estudocom preços referenciais de mercado, que são preços divulgadospor publicações especializadas (Revista Construção, da EditoraPINI, por exemplo) ou por órgãos públicos (cite-se o SINAPI, daCEF). É importante sempre verificar se há preços referenciaisespecíficos para o tipo de obra enfocado.

Convém ressaltar, por fim, que é normal haver divergências entreos custos unitários do orçamento da obra e os de referência, àsvezes para maior, às vezes para menor. Isso, em princípio, nãorepresenta irregularidade, desde que o preço global estejaadequado.

Porém, especial atenção deve ser dada às divergências maissignificativas, pois os quantitativos dos itens de serviços comvalores superestimados poderão sofrer acréscimos no decorrerda obra, o que configuraria superfaturamento, notadamente nasobras contratadas por preço unitário.

Outro aspecto a ser observado no orçamento sintético é oquantitativo dos serviços, pois mesmo o preço estandocompatível é possível haver sobrepreço por meio de quantitativossuperestimados no orçamento ou nas medições (no caso decontrato por preços unitários).

Page 38: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

37

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Por fim, vale ressaltar que essa análise pode sersignificativamente simplificada se for feita a partir de uma CurvaABC do orçamento, visto que, em geral, 20% dos itens dos maissignificativos correspondem a cerca de 80% do valor total.

3.4.3 Análise do Orçamento Analítico

O orçamento analítico é aquele que apresenta as Composiçõesde Custos Unitários de todos os serviços. É complementar àanálise do orçamento sintético, e seu estudo serve para seidentificar a origem de eventuais discrepâncias de custosunitários. Um valor elevado de um serviço pode-se dar por meioda superestimativa do coeficiente de utilização dos insumos oudo próprio preço desses insumos.

A adequabilidade das composições deve ser verificada por meioda comparação com fontes referenciais, tanto no caso decoeficientes de utilização (por exemplo TCPO, da PINI, e SINAPIda CEF) quanto no preço dos insumos (por meio, por exemplo,do SINAPI da CEF ou da Revista Construção, da PINI). Devem-severificar, ainda, as taxas de Encargos Sociais e de BDI adotadasno orçamento.

3.4.4 Taxa de BDI

A apresentação do preço final para execução dos serviços devecomputar Custos Indiretos e Lucro esperado da construtora, queestá determinado por um fator multiplicador chamado de BDI(Benefício e Despesas Indiretas).

O orçamento empresarial possibilita definir uma meta econômicaa ser atingida pela empresa construtora durante o ano. Fornecevalores médios que servirão de ponto de partida para a análisedo negócio. No entanto, cada contratante, cada tipo de obra,cada local diferente, são componentes de um cenário particularque exige uma análise pormenorizada para definição da taxa deBDI.

Page 39: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

38

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

No que tange à composição dos gastos que devem integrar oBDI, e considerando-se a similaridade das ações de controle,sugere-se a adoção dos critérios utilizados pelo Tribunal deContas da União – TCU (Acordão no 325/2007-P), conformeespecificado abaixo e do Acordão no 2.369-36/2011-P, que tratados valores referenciais específcos para cada tipo de obra.

3.5 ANÁLISE DOS CONTRATOS

Considera-se contrato administrativo todo e qualquer ajusteentre órgãos ou entidades da administração pública e particular,em que haja um acordo de vontade para a formação de vínculo ea estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for adenominação utilizada9.

9 Cartilha de obras públicas – Tribunal de Contas da União (TCU).

Descrição Mínimo Máximo Média Garantia 0,00 0,42 0,21 Lucro 3,83 9,96 6,90 Administração Central 0,11 8,03 4,07 Despesas Financeiras 0,00 1,22 0,59 ISS 2,00 5,00 3,62 COFINS 3,00 3,00 3,00 Tributos 6,03 9,03 7,65 PIS 0,65 0,65 0,65 Seguros/Imprevistos/Riscos 0,00 2,05 0,97 Total Aceito 16,36 28,87 22,61

QUADRO 2 – Itens que compõem o BDI

Nota: Considera-se inadequada a inclusão na composição do BDI Imposto de Renda -Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSSL). Os itensAdministração Local, Instalação de Canteiro e Acompanhamento e Mobilização eDesmobilização, visando uma maior transparência, devem constar na planilhaorçamentária.

É altamente desejável que o orçamento da contratadaapresente a composição analítica do BDI, sendoimportante orientar os órgãos licitantes que aindanão o fazem a inserir essa exigência nos editais delicitação.

Page 40: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

39

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão ascondições para a execução, expressas em cláusulas que definamos direitos, obrigações e responsabilidades das partes, emconformidade com os termos da licitação e da proposta a que sevinculam, conforme dispõe o art. 55 da Lei Federal de Licitaçõesnº 8.666/93 e art. 126 da Lei Estadual de Licitações e Contratosnº 9.433/05. O auditor deve efetuar a comparação entre oprevisto no edital e o pactuado no contrato, de forma a verificarse as cláusulas obrigatórias estão preconizadas e se existecoincidência entre os dois instrumentos.

Esse procedimento consiste em aferir a conformidade das obrasàs normas técnicas, à legislação vigente e aos termos do editale do contrato (projetos, planilhas orçamentárias, especificaçõesde materiais e de serviços, cronogramas físico e financeiro,aditivos, etc.), bem como aferir o desempenho na execução dosserviços e propor ações corretivas, visando assegurar que osobjetivos organizacionais e os planos estabelecidos paraalcançá-los sejam cumpridos.

Além dos aspectos acima citados, deve merecer atenção daequipe de auditoria a verificação da conformidade documentaldos pagamentos efetuados, levando-se em consideração oprevisto no projeto básico, no cronograma físico-financeiro e asmedições dos serviços realizados.

3.6 EXECUÇÃO FÍSICA DA OBRA

Um dos mais importantes aspectos a observar numa auditoriade obra é o que se refere a medições e pagamentos. Deve-seatentar para medições de serviços não executados esuperestimativas de volumes de serviços realizados,especialmente em contratos por preços unitários, o queacarretará superfaturamento ou, no mínimo, antecipação depagamentos.

Page 41: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

40

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Quanto aos aspectos técnicos, especial atenção deve ser dadaao cumprimento das especificações da obra, pois a contratadapode aumentar seu lucro por meio da substituição de materiaispor outros de menor custo e pior qualidade.

Assim, o que aqui se recomenda é que a equipe faça asverificações possíveis (entre as mais importantes), no queconcerne a etapas já concluídas da obra, e uma análise maisdetalhada dos serviços referentes à etapa que estiver emandamento.

Finalmente, convém destacar que o Livro de Ocorrências (ouDiário de Obra) é uma importante fonte de consulta do auditor,quando este desejar analisar o desempenho da fiscalização daobra naquilo que se refere às questões técnicas.

3.6.1 Fiscalização

As atribuições da fiscalização deverão necessariamente estardispostas no edital de licitação e respectivo contrato deexecução dos serviços. O auditor deverá observar se afiscalização do órgão auditado está sendo realizada de formasistemática pelo contratante e seus respectivos prepostos,contemplando a verificação do cumprimento das disposiçõescontratuais, técnicas e administrativas em todos os seusaspectos.

O auditor deve verificar se o contratante manteve, desde o iníciodos serviços até o seu recebimento definitivo, profissional ouequipe de fiscalização constituída de profissionais habilitados,dependendo do porte da obra, com experiência técnica

Para efeito de medição e pagamento, só poderão serconsiderados os serviços e obras efetivamente executadospelo contratado e aprovados pela fiscalização, respeitadasa rigorosa correspondência com o projeto, as modificaçõesexpressas e previamente aprovadas e as planilhasorçamentárias pertinentes à obra.

Page 42: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

41

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

necessária ao acompanhamento e controle dos serviçosrelacionados com o tipo de obra que está sendo executada. Osfiscais poderão ser servidores do órgão, ou, no caso deconvênios, da prefeitura, de ONGs, ou contratados especialmentepara esse fim.

A equipe de auditoria deve fazer as verificações relativas àsetapas já concluídas da obra, e uma análise mais detalhada dosserviços referentes à etapa que estiver em andamento. Aspectosimportantes a serem observados são aqueles referentes àsmedições e aos pagamentos, atentando para medições deserviços não executados e acréscimos de volumes de serviçosrealizados em relação ao licitado, especialmente em contratospor preços unitários, o que acarretará superfaturamento ou, nomínimo, pagamentos antecipados.

O cumprimento das especificações da obra requer do auditoruma análise mais detalhada, considerando que a substituiçãode materiais licitados por outros de menor custo e de qualidadeinferior afeta negativamente o resultado esperado, além depossibilitar o enriquecimento ilícito do contratado.

Destaca-se que o Livro de Ocorrências, também chamado deDiário de Obra, conforme mencionado anteriormente, constitui-se numa importante fonte de consulta do auditor, para procederà análise do desempenho da fiscalização da obra naquilo que serefere às questões técnicas. As anotações devem ser diárias,não se aceitando o acúmulo de dias sem anotações para posteriorpreenchimento (art. 67 da Lei Federal nº 8.666/93).

§ 1º - O representante da administração anotará em registropróprio todas as ocorrências relacionadas com a execuçãodo contrato, determinando o que for necessário àregularização das falhas ou defeitos observados.

Page 43: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

42

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

3.6.2 Execução Física do Contrato

Na fase de execução das obras e dos serviços de engenhariasão observadas as maiores ocorrências de frustração àspremissas existentes no edital e no contrato pactuado, razãopela qual torna-se necessária uma análise apurada e minuciosapor parte da auditoria.

A celebração de aditivos sequenciais cuja soma extrapola o limitelegal de 25% do valor inicial, sem a precedência de justificativatécnica, é um cenário comumente verificado ao se auditar obraspúblicas. Tal prática, além de mascarar um procedimento ilegal,causa transtornos do ponto de vista orçamentário, uma vez quenão se mantém transparente o volume de recursos necessáriosà conclusão do empreendimento e frustra o caráter decompetitividade do procedimento licitatório inicial.

Deve, também, merecer especial atenção da equipe de auditoriaa conformidade documental dos pagamentos efetuados com oprevisto nos projetos básico e executivo, nas planilhasorçamentárias, no cronograma físico e financeiro e com osboletins de medições de serviços realizados.

O auditor deverá certificar-se do cumprimento das normas e dosprocedimentos considerados eficazes para garantir a segurançae higiene de terceiros, das construções vizinhas e dostrabalhadores empenhados na execução dos serviços10.

3.6.3 Recebimento da Obra

Após a execução do contrato, o auditor deve verificar se a obrafoi recebida provisoriamente pelo responsável por seuacompanhamento e fiscalização, mediante termocircunstanciado, assinado pelas partes, no prazo de até 15(quinze) dias da comunicação escrita do contratado, informandoque a obra foi encerrada.

10 Normas de Segurança de Higiene do Trabalho – NR 18 e outras equivalentes.

Page 44: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

43

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Também deverá ser observado se, após o recebimento provisório,o servidor, ou comissão designada pela autoridade competente,recebeu definitivamente a obra, mediante termo circunstanciado,assinado pelas partes, após decurso de prazo de observaçãohábil, ou vistoria que comprovasse a correção de serviçosapontados no relatório do recebimento provisório e da adequaçãodo objeto aos termos contratuais, ficando o contratado obrigadoa reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suasexpensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que severifiquem vícios, defeitos ou incorreções resultantes daexecução ou de materiais empregados.

O auditor deve ter em vista que o recebimento provisório oudefinitivo não exclui a responsabilidade civil do construtor pelasolidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissionalpela perfeita execução do contrato, dentro dos limitesestabelecidos pela lei ou pela avença, visto que, conforme o art.618 da Lei n0 10.406/02 (Código Civil), a coisa recebida em virtudede contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitosocultos, que tornem impróprio ao uso a que é destinado ou lhediminuem o valor.

Além disso, o art. 12 da Lei Federal n0 8.078/90 (Código de Defesado Consumidor) dispõe que o fabricante, o produtor, o construtor,nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,independentemente da existência de culpa, pela reparação dosdanos causados aos consumidores por defeitos decorrentes deprojeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,manipulação, apresentação ou acondicionamento de seusprodutos, bem como por informações insuficientes ouinadequadas sobre sua utilização e riscos.

A auditoria deve observar se foi prevista no editalde licitação e no contrato a obrigação de confecção,conforme norma da ABNT, do “as built” (comoconstruído), a fim de possibilitar a ação de subsidiarfuturas intervenções a título de manutenção oureforma.

Page 45: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

44

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 46: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

45

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

As principais impropriedades/irregularidades encontradas deforma mais frequente quando das auditorias em obras, emboranão exaustivas, encontram-se citadas na sequência:

• ausência de recursos para execução da totalidade da obra;

• ausência de contrato ou cláusulas obrigatórias;

• contrato de execução dissonante do contrato definanciamento ou termo de convênio, especialmente quantoa valores e indexadores;

• empresas vencedoras do processo licitatório sem habilitaçãoexigida;

• ausência de registros cadastrais das empresas licitantes;

• ausência de plano de trabalho relativo à execução deconvênio;

• plano de trabalho relativo a convênios pouco detalhado;

• recursos repassados com atraso em relação ao pactuado,sem atentar para a subsequente alteração de metas;

• desvio de finalidade no emprego dos recursos;

• projeto básico em desacordo com a legislação (tecnicamenteincompleto ou sem o necessário orçamento detalhado);

• projeto básico em desacordo com o objeto contratado(especialmente preços e quantidades);

• direcionamento da licitação (por meio de critérios dejulgamento ou exigências de capacidade técnica impróprios,ou preço-base sigiloso);

4 PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS

Page 47: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

46

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

• superfaturamento, através de:

preços contratados superiores aos praticados pelomercado;

alteração de especificações previstas no projeto, semjustificativa;

ausência de orçamentos detalhados;

quantitativos superestimados;

BDI elevado em relação ao praticado no mercado à mesmaépoca;

jogo de preços (elevação dos custos dos serviços iniciais,de modo a se obter o lucro pretendido nas primeiras fasesda obra);

preços unitários elevados de serviços sujeitos aacréscimos por aditivo;

supressão de serviços com baixo preço unitário;

negociação ardilosa para a definição de preços deserviços extra-contratuais;

medição de quantitativos elevada (incompatíveis com ovolume aplicado e/ou com os equipamentos utilizados);

pagamentos de serviços de forma diferente do previstooriginalmente (escavação de material de 3ª categoria,quando o previsto era de 1ª categoria, por exemplo);

custo direto dos insumos superestimado;

coeficientes de produtividade inadequados;

pagamento antecipado (antes da execução docorrespondente serviço ou do prazo máximo previsto parao pagamento);

erros no cálculo do reajustamento, seja pela utilizaçãode datas-base incorretas, seja pela ausência dedescontos futuros relativos aos reajustamentosprovisórios pagos a maior;

Page 48: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

47

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

pagamento em prazo anterior ao estipulado no contratosem a devida compensação financeira;

aditivos superiores a 25% (no caso de obras) e 50% (nocaso de reformas);

alteração de prazos contratuais sem os motivosdevidamente autuados em processo;

alteração dos contratos sem as devidas justificativas;

ausência de formalização de termos de recebimento dasobras/serviços.

O Anexo apresenta de forma sistematizada os principais achados,suas causas, critérios, efeitos e riscos envolvidos.

Page 49: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

48

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 50: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

49

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

A realização de auditoria de obras públicas exige do auditor,além de conhecimentos de termos comuns a qualquer ramo/natureza de auditoria, o domínio de conceitos específicos deacordo com a tipologia da obra a ser auditada.

Com o propósito de facilitar o entendimento e aplicabilidadedos conhecimenos exigidos, o presente glossário foi segregadoem quatro partes: licitações e execução dos contratos; obrasem geral; obras rodoviárias; e obras de infraestrutura de água esaneamento.

Conceitos relacionados à licitação e execução dos contratos

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): registro, noConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(CREA) local, previamente à execução de quaisquer serviçosde engenharia, tais como projetos, perícias, avaliações,consultorias, sondagens e a execução da obra propriamentedita. É ela que vincula o Engenheiro responsável técnico aotrabalho por ele prestado, pelo qual passa a responder naeventualidade de que algum erro técnico seja detectado. Umadas vias da ART deve, obrigatoriamente, permanecer no localda construção, à disposição da fiscalização do CREA, e deveconter o nome e número de registro de todos os responsáveispor cada etapa da obra (sondagem, projetos, construção, etc.).

Bonificação (ou Benefícios) e Despesas Indiretas (BDI):percentual que, aplicado sobre o custo da obra, eleva-o aopreço final dos serviços, e seu valor deve ser avaliado paracada caso específico, dado que seus componentes sofremdiversas variações em função do local, tipo de obra e sua

GLOSSÁRIO

Page 51: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

50

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

própria composição. Alguns comentários quanto aos seusprincipais componentes são abaixo apresentados:

1 Lucro: expectativa de ganho que o empreiteiro terá noempreendimento; oscila, normalmente, entre 7 e 15% dopreço de venda, nas obras convencionais. Vale ressaltarque já se observaram alguns casos em que o lucropretendido pela empresa era igual a zero, o que nãosignifica inexequibilidade dos serviços, pois, às vezes,quando as condições do mercado se apresentam adversas,as empresas podem desejar apenas “manter” suasestruturas por determinado período.

2 Administração Central: engloba as despesas do escritóriocentral da empreiteira, onde são dispendidos recursos emfunção da obra em questão (com telecomunicações,contabilidade, direção da empresa. etc.). Como, em geral,a empreiteira está executando várias obrassimultaneamente, esses dispêndios são rateados entreelas. O valor geralmente usado para esse item varia entre6 e 12% do custo direto da obra.

3 Imprevistos: usualmente se considera 1% do custo diretodos serviços, para obras convencionais, e visa a cobrirdespesas imprevisíveis de responsabilidade do empreiteiro(pode-se citar, como exemplo de despesa aqui enquadrada,a indenização por danos causados a um veículo deterceiros, que se encontre próximo à obra e seja atingidopor material proveniente desta, desde que, obviamente,não tenha havido seguro para esse tipo de acidente). Esseíndice pode ser mais elevado, se o local ou as condiçõesem que se executa a obra assim o justificarem.

4 Despesas Financeiras: percentual aplicado sobre o custodireto, que considera o custo de oportunidade do capitalinvestido pelo construtor. Assim, deve-se considerar avalorização que o capital teria entre a data em que a

Page 52: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

51

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

empreiteira pagou pelos insumos adquiridos parautilização em determinado período (num mês, por exemplo)e a data em que receberá da Administração a faturacorrespondente aos serviços realizados naquele mesmoperíodo.

5 Impostos: incidem sobre o valor da nota fiscal, ou seja,sobre o preço de venda. São eles o PIS (0,65%), a COFINS(3%) e o ISS. Este último, por ser tributo municipal, variaconforme o local da obra; alguns municípios cobram até5% do valor da obra (deduzida a parcela correspondenteao material aplicado, já tributado pelo ICMS), enquantooutros isentam as obras públicas desse recolhimento.

Há outros componentes que, em que pese seus custos estaremdiretamente relacionados à obra e poderem ser mensurados,são considerados pelo empreiteiro como parcelas do BDI. Algunsexemplos são apresentados abaixo:

Administração da Obra: corresponde às despesasrelacionadas com a supervisão e controle da obra, taiscomo a remuneração de engenheiros, mestres,encarregados e almoxarifes, material de expediente edespesas com água, energia e telefone.

Mobilização e Desmobilização: considera os gastos comtransporte de pessoal e equipamentos para o canteirode obras, e é bastante significativo quando se trata deobra rodoviária ou qualquer outra distante dos centrosurbanos.

Taxas e Emolumentos: recolhimentos legais exigidospara a execução dos serviços, para aprovação deprojetos, obtenção do alvará de construção, registro daobra no CREA etc.

Page 53: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

52

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Seguros: valores pagos às seguradoras, especialmentecontra acidentes da construção civil. Tambémdenominado de seguros de engenharia, podem serestimados por meio de uma consulta a qualquer umadelas, e variam conforme o tipo, localização e valor daobra.

Transporte de Pessoal: despesa considerada quando aprópria empreiteira promove o transporte diário de seupessoal de ida e volta da obra. Deve-se verificar, nessecaso, se o dispêndio com vale-transporte não está sendoconsiderado na composição do índice de “encargossociais”, o que evidenciaria duplicidade de pagamento.

Composição de Custos Unitários (CCU): relação dos insumos(e seus quantitativos) necessários à execução de umaunidade de serviço, inclusive os encargos sociais incidentessobre a mão de obra empregada. Indica o custo por metroquadrado de uma obra e conforme uma “cesta básica” deinsumos, cujos preços são pesquisados a cada mês. Existemdiversas tabelas que demonstram as composições deserviços, como a TCPO, da Editora PINI, tabelas do DNIT, daSUCAB, DERBA etc. Já o custo de cada insumo pode ser obtidopor cotação diretamente no mercado (no caso de custo atual)ou por meio de publicações especializadas, das revistas“Construção”, “Dirigente Construtor” etc. Deve-se considerar,ainda, que sobre esse preço incidirá o BDI.

Custo Unitário Básico (CUB): Indica o custo por metroquadrado de uma edificação de acordo com algumascaracterísticas (número de pavimentos e padrão de

É importante atentar, nesse caso, se os mesmos nãoestão sendo cobrados em duplicidade, ou seja,discriminados na planilha orçamentária e comocomponentes do BDI.

Page 54: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

53

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

acabamento) e conforme uma “cesta básica” de insumos,cujos preços são pesquisados a cada mês. Sua metodologiade cálculo está definida na norma NB 12.721 da ABNT, e épublicado mensalmente pelo Sindicato da Indústria daConstrução - SINDUSCON de cada Estado, por força da LeiFederal no 4.591/64. Trata-se de um custo básico, não seconsiderando, em sua composição, uma série de itens decusto presentes na maioria das obras, tais como, fundaçõesespeciais, elevadores e instalações especiais (água quente,ar condicionado e outras). Portanto, para se fazer a estimativade custo de determinada obra a partir do CUB, éimprescindível acrescentar as parcelas relativas aos diversositens que dela fazem parte e que não estão contempladasna composição do CUB.

Especificações: conjunto de descrições, integrantes dosprojetos, que estabelece as características dos materiais,equipamentos e serviços, necessários e suficientes aodesempenho técnico requerido nos projetos. Devem serredigidas de acordo com os seguintes critérios: ser justo,breve, usar linguagem simples e clara, ser dirigida aoexecutante, servir como um texto de referência, evitarexpressões como “ou similar”, especificar materiaispadronizados sempre que possível, não especificar o que nãose pretende exigir e incluir todos os serviços a executar.

Estudo Preliminar: efetuado para assegurar a viabilidadetécnica e o adequado tratamento do impacto ambiental deum empreendimento, a partir dos dados levantados no

Não se pode incluir na licitação bens e serviços semsimilaridade ou de marcas, características eespecificações exclusivas (exceto se tecnicamentejustificável).

Page 55: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

54

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

programa de necessidades, bem como de eventuaiscondicionantes do contratante.

Serviços Preliminares: todas as operações de preparaçãodas áreas destinadas à implantação do empreendimento oudo corpo estradal, áreas de empréstimo e ocorrências dematerial, pela remoção de material vegetal e outros, taiscomo: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulhos, matacões,ou qualquer outro considerado prejudicial.

Serviços Técnicos Profissionais Especializados: trabalhosrelativos a estudos técnicos, planejamentos e projetos;pareceres, perícias e avaliações; assessorias ou consultoriastécnicas; e fiscalização, supervisão ou gerenciamento deobras.

Conceitos relacionados ao acompanhamento de obras emgeral

Caderno de Encargos: parte integrante do edital de licitação,tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivocontrato, bem como estabelecer requisitos, condições ediretrizes técnicas e administrativas para a sua execução.

Edital de Licitação: ato escrito da Administração, que contémas determinações e posturas específicas para umadeterminada licitação, de acordo com a legislação, paraconhecimento dos interessados.

Execução Direta: feita pelos órgãos e entidades daAdministração, pelos próprios meios.

Execução Indireta: a que o órgão ou entidade contrata comterceiros, sob qualquer dos seguintes regimes:

Empreitada por Preço Global: quando se contrata aexecução da obra ou do serviço por preço certo e total.

Page 56: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

55

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Empreitada por Preço Unitário: quando se contrata aexecução da obra ou serviço por preço certo de unidadesdeterminadas, por ex.: m2, m3, Kg etc. (não se podeincluir na licitação fornecimento de materiais ou serviçossem previsão de quantidades ou cujos quantitativos nãocorrespondam às previsões reais do projeto básico ouexecutivo).Tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenostrabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento demateriais.Empreitada Integral: quando se contrata umempreendimento em sua integralidade, compreendendo,além de todas as etapas da obra, os serviços e instalaçõesnecessárias para sua entrada em operação (é importanteverificar, nesse caso, se não foi ferido o princípio daeconomicidade).

Fck: índice utilizado para designar a resistênciacaracterística, ou de projeto, do concreto. Normalmente sãoutilizados valores entre 15 MPa (ou 150 Kgf/cm2), paraedificações mais simples, e 20 MPa (ou 200 Kgf/cm2), paraobras de maior porte, podendo chegar a valores aindamaiores, dependendo da necessidade do carregamentosolicitado. A cada concretagem efetuada na obra, devem sermoldados corpos de prova de concreto (modelos), que serãoposteriormente rompidos em laboratório para aferição de suaresistência.

Não se pode incluir na licitação fornecimento demateriais ou serviços sem previsão de quantidadesou cujos quantitativos não correspondam às previsõesreais do projeto básico ou executivo.

Page 57: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

56

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Obras e Serviços de Grande Vulto: aqueles cujo valorestimado seja superior a 25 vezes o limite máximo para amodalidade de licitação “tomada de preços”.

Conceitos relacionados com obras rodoviárias

Distância Média de Transporte (DMT): termo sempreutilizado em obras com significativo movimento de terra,como as rodoviárias. Para que sejam feitos os sucessivoscortes e aterros previstos em projeto, é necessário transportara terra removida nos cortes para os locais onde haveráaterro. Como nem sempre é possível se fazer a compensaçãoexata (volume de terra escavado nos cortes igual ao volumenecessário para os aterros), às vezes é preciso recolher terrade outro local próximo, também chamado “caixa deempréstimo”, onde será escavado o material a sertransportado para o leito da rodovia, ou levar o materialexcedente até onde possa ser despejado, também chamado“bota-fora”. As várias distâncias médias percorridas nessetransporte, para os diversos trechos da rodovia, são as DMTs.Normalmente, aparecem escalonadas no orçamento, pois opreço da unidade de volume de terra transportada variaconforme a distância.

Ensaios mais usuais

Classificação dos Solos do Highway Research Board(HBR): classificação dos solos relacionada à sua utilizaçãocomo subleito, ordenando-os em subgrupos propostos,indicando também os limites dos ensaios para cadasubgrupo e o valor máximo do índice de grupo.

Classificação dos Solos pelo Índice de Suporte Califórnia(ISC/CBR): grupa os solos de acordo com sua resistênciamedida no ensaio do mesmo nome, que se faz aferindo apenetração de uma agulha-padrão na amostra do solo ecomparando-a com a penetração da mesma agulha, numa

Page 58: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

57

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

amostra de macadame padronizada, conforme as normasdo ensaio.

Ensaio de Abrasão “Los Angeles”: ensaio realizadosobre pedra britada, pedrisco ou pedregulho, para avaliara resistência à trituração e que permite a classificaçãodestes materiais. (Método MB – 170/83 da ABNT – NBR– 6465/84 – Agregados da abrasão “Los Angeles”).

Ensaio de compactação de solos: ensaio paradeterminação da relação entre umidade de compactaçãoe massa específica dos solos, mediante a aplicação deenergias padronizadas.

Ensaio de Compactação da Energia Normal (ProctorNormal): ensaio por intermédio do qual se determina amassa específica aparente seca máxima dos solos, comaplicação da energia normal (12 golpes em cada umadas 5 camadas compactadas, com o peso batente de4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobre uma massa cilíndricade solo de cerca de 2,107 dm³).

Ensaio de Compactação da Energia Intermediária(Proctor Intermediário): Ensaio por intermédio do qualse determina a massa específica aparente seca máximados solos, com aplicação da energia intermediária (26golpes em cada uma das 5 camadas compactadas, como peso batente de 4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobreuma massa cilíndrica de solo de cerca de 2,107 dm³).

Ensaio de Compactação da Energia Modificada(Proctor Modificado): ensaio por intermédio do qual sedetermina a massa específica aparente seca máxima dossolos, com aplicação da energia modificada (55 golpesem cada uma das 5 camadas compactadas, com o pesobatente de 4.536 kg, caindo de 45,72 cm, sobre umamassa cilíndrica de solo de aproximadamente 2,107 dm³).

Page 59: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

58

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Ensaio de Penetração: determinação da consistência deum material betuminoso, expressada pelo cumprimentode uma agulha padrão que penetra verticalmente nomaterial, em condições determinadas de peso, tempo etemperatura.

Ensaio do Ponto de Fulgor: determinação datemperatura em que, durante o aquecimento do produtobetuminoso, são produzidos vapores que se inflamam emcontato com pequena chama.

Ensaio SPT: sondagem com utilização de um amostradorpadrão (Raymond) cravado no solo por meio de choque,para fins de determinação do índice de penetração SPT(Standard Penetration Test), isto é, o número de golpesnecessário para o amostrador penetrar 30 cm no solo.

Pavimentação: Estrutura construída após a terraplenagem,destinada a resistir e distribuir ao sub-leito os esforçosverticais oriundos do tráfego; melhorar as condições derolamento, quanto ao conforto e à segurança; resistir aosesforços horizontais, tornando mais durável a superfície derolamento e impermeabilizar a superfície, evitando a suaerosão. Normalmente apresentada a sequencia construtivaapresentada a seguir:

Subleito: terreno de fundação do pavimento.

Leito: superfície obtida pela terraplanagem ou obra dearte e conformada ao seu greide e seção transversal.

Regularização: operação destinada a conformar o leito,transversal e longitudinalmente.

Reforço do subleito: camada de espessura constanteem seção transversal, variável longitudinalmente com o

Page 60: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

59

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

dimensionamento e integrante do pavimento que, porcircunstâncias técnico-econômicas, será executada sobreo greide de regularização projetado.

Sub-base: camada complementar à base, que seráexecutada quando, por circunstâncias técnico-econômicas, não for aconselhável construir a basediretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço.

Base: camada destinada a suportar e distribuir esforçosoriundos do trânsito, e sobre a qual se construirá orevestimento.

Revestimento: camada destinada a receber diretamentea ação do trânsito, devendo ser, tanto quanto possível,impermeável, resistente ao desgaste e suave aorolamento.

Acostamento: parte da plataforma contígua à pista derolamento, destinada ao estacionamento dos veículos,ao trânsito em caso de emergência e ao suporte lateraldo pavimento. A regularização e o reforço do subleitodeverão ter largura abrangendo a pista e osacostamentos. A sub-base e a base terão largurasmenores em relação à regularização. Em casos especiaisditados pelos aspectos econômicos, será permitido fixara largura da sub-base ou da base em 9,0 e até 8,0 m. Orevestimento será feito apenas na largura da pista derolamento, ou seja, na parte da plataforma destinada aotrânsito de veículos.

Largura do Revestimento nas pistas de rolamento paraas diversas Classes de Rodovia:- Classe Especial: 7,50 m.- Classe I: 7,00 m.- Classes II e III: 6,00 a 7,00 m.

Page 61: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

60

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Aterros: segmentos da rodovia cuja implantação requera importação de material.

Bota-fora: local selecionado para depósito do materialexcedente, resultante da escavação dos cortes.

Cortes: segmentos de rodovia, em que a implantaçãorequer a escavação do terreno natural, ao longo do eixoe dos limites das seções do projeto (“off sets”) quedefinem o corpo estradal.

Caminhos de Serviço: vias implantadas a fim de permitiro tráfego de equipamentos e veículos em operação nafase de construção.

Desmatamento: corte e remoção de toda vegetação dequalquer densidade.

Destocamento e limpeza: operação de escavação eremoção total de tocos e raízes e da camada de soloorgânico, na profundidade necessária até o nível doterreno considerado apto para terraplenagem.

Empréstimo: áreas indicadas no projeto ou selecionadas,onde serão escavados materiais a utilizar na execuçãoda plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro.

Greide: conjunto de alturas a que deve obedecer o perfillongitudinal do pavimento, onde se indicam as cotastopográficas dos diversos pontos do seu eixo. Édeterminado conforme condicionantes de projeto, porém,com o objetivo de compensar cortes e aterros, sendo alinha que une dois a dois pontos de um perfil.

Off-Set: linhas de estacas demarcadoras da área deexecução dos serviços.

Page 62: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

61

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Obras de Arte: termo utilizado em obras rodoviárias paradesignar as estruturas especiais a elas agregadas, taiscomo pontes, bueiros e túneis.

Sistema de Água Pluvial em Obras Rodoviárias: obradestinada a conduzir a água das chuvas até um ponto dedespejo (rios, córregos), de modo a evitar alagamentos,conservar as ruas, controlar a erosão em zonas urbanas epreservar o trânsito, veículos, obras de arte, etc. Seusprincipais componentes são:

Bocas de lobo: dispositivos em forma de grelha,destinados a conduzir a água em escoamento superficialpara o interior das galerias subterrâneas.

Bueiros: conduto livre ou forçado, de pequena extensão,destinado à passagem de curso d’água sob via pública,estrada ou aterro.

Condutos de ligação: ligam as bocas de lobo entre si eas bocas de lobo aos poços de visita.

Dissipadores de energia: utilizados quando hálançamento de água em velocidade muito elevada,fazendo-se necessária a dissipação de sua energia pormeio de bacias de dissipação ou escadas hidráulicas.

Galerias: condutos localizados sob as ruas e geralmentefeitos de concreto, cujo objetivo é o escoamento daságuas coletadas para seu destino final.

Poços de visita: são câmaras, com tampão na superfície,para o acesso às galerias, facilitando a inspeção, limpezae reparo. Utilizam-se em situações de mudança dedireção ou de seção da galeria, em trechos longos(>100m) e na extremidade de montante.

Page 63: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

62

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Conceitos relacionados a obras de infraestrutura de água esaneamento

Esgotamento Sanitário

Coleta do Esgoto Sanitário

• Rede unitária – coletores de água de chuva ou galerias pluviaisque são utilizadas para transportar o esgoto sanitário.

• Rede separadora – coletores para transportar, separadamente,águas de chuva e esgoto sanitário.

Unidades de Tratamento de Esgoto

• Lagoa aerada – lagoa de tratamento de água residuária, emque a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir amaior parte do oxigênio necessário.

• Lagoa de estabilização – tipo de tratamento de esgoto usandoum processo natural, podendo também ser artificial, queconsiste, basicamente, em lagos de pouca profundidade ondesão lançados os efluentes que, através do processo aeróbicoe anaeróbico, são oxidados, infiltrando no terreno ouevaporando em parte. Esse método requer grandes áreas paraser instalado.

• Estação de Tratamento Convencional de Esgoto (ETE) – é oconjunto de instalações e equipamentos destinados a realizaro tratamento de esgoto sanitário. Uma ETE compõe-sebasicamente de grades, caixa de areia, decantador primário,lodos ativados e/ou filtro biológico, decantador secundário esecagem do lodo proveniente dos decantadores.

• Espaço confinado – qualquer área não projetada paraocupação contínua , a qual tem meios limitados de entrada e

Page 64: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

63

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

saída e na qual a ventilação existente é insuficiente pararemover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou sedesenvolver.

• Unidade de Tratamento Preliminar – quando a unidade detratamento do esgoto possuir apenas grade e caixa de areia.

• Unidade de Tratamento Primário – quando a unidade detratamento do esgoto possuir apenas grade, caixa de areia,decantador e secagem do lodo.

• Valor de oxidação – reator biológico aeróbico de formatocaracterístico que pode ser utilizado para qualquer variantedo processo de lodos ativados que comporte um reator emmistura completa.

Limpeza Pública e Coleta de Lixo

Destino do Lixo Coletado

• Aterro controlado – modelo de deposição do lixo onde omesmo é recoberto por terra. Não é impermeabilizado, nãopossui sistema de drenagem de líquidos percolados, tampoucode gases emanados do processo de decomposição de resíduos.

• Aterro sanitário – consiste no processo de deposição do lixono solo com método adequado de engenharia, de acordo comnormas técnicas. Antes de sua instalação são feitos estudosgeológico e topográfico para selecionar a área. Inicialmenteimpermeabiliza-se o solo, com uso de argila e lonas plásticas,dota-se o local de sistema de drenagem de líquidos percoladosa serem tratados, em lagoas ou laboratórios.

Page 65: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

64

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

• Aterro de Resíduos Especiais – processo de disposição dosresíduos especiais (industrial ou hospitalar) na terra, semcausar moléstia nem perigo à saúde publica ou à segurançasanitária. Consiste na utilização de métodos de engenhariapara confinar os resíduos especiais em uma área, a menorpossível, reduzi-los a um volume mínimo e cobri-lo com umacamada de terra diariamente ao final de cada jornada ou emperíodos mais frequentes, se necessário.

• Chorume – líquido que vaza do lixo devido à decomposição ese mistura com a água da chuva e outros líquidos existentesoriginalmente no lixo. Este líquido infiltra-se no solo e, quandoalcança o lençol freático, pode contaminar a água subterrânea.

• Compostagem – é o processo de decomposição de matériaorgânica que pode acontecer na presença (aeróbia) ou naausência (anaeróbia) de oxigênio. É comum utilizar-se oprocesso devido à facilidade técnica, facilidade de obtençãode oxigênio (ar) e baixos custos. Geralmente é realizada emusina de compostagem.

• Estação de Transferência – também conhecida por estaçãode transbordo, trata-se de edificações apropriadas para recebergrandes quantidades de lixo trazido por caminhões coletores.O lixo recebido é, geralmente, prensado, formando-se blocosque facilitam seu transporte por meio de carretas (caminhõesde grande capacidade) para seu destino final.

Em alguns aterros há laboratórios para tratamentomicrobiológico de resíduos líquidos, procedendo-se àreinoculação no aterro. Esse método é conhecido comobioremediação e pode reduzir em até 50% a vida média dedegradação dos resíduos sólidos depositados. A disposiçãoadequada dos resíduos está presente em apenas 10% dassituações.

Page 66: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

65

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

• Usina de compostagem – instalação industrial especializadaonde se processa a transformação do lixo em compostoorgânico para uso agrícola.

• Usina de reciclagem – instalações apropriadas onde materiaismisturados no lixo são separados por triagem manual, comono caso de papel, papelão, plástico, vidros e trapos, ou porsistema magnético como no caso dos metais ferrosos.

• Usina de incineração – instalações especializadas onde seprocessa a queima controlada do lixo, com a finalidade detransformá-lo em matéria estável e inofensiva à saúde pública,reduzindo seu peso e volume, em forno especialmenteprojetado para tal.

• Vazadouro/lixão – resulta da simples deposição do lixo a céuaberto, com escoamento descontrolado dos líquidos gerados,contaminando solo, rios, etc. Propicia a proliferação de moscas,roedores e outros animais que podem transmitir doenças aohomem.

• Vazadouro em áreas alagadas – disposição final do lixo peloseu lançamento, em bruto, em corpos de água.

Sistema de Distribuição de Água: obra composta dossistemas de captação, tratamento e distribuição de águapotável, levando-a do ponto de coleta até os diversos pontosde consumo da comunidade. Os principais conceitosrelacionados a esse tipo de obra são abaixo apresentados:

Adutora: canalização que conduz a água desde acaptação até o reservatório; conduzirá água tratadaquando localizada após a estação de tratamento, e águabruta em caso contrário.

Captação: pode ser subterrânea, feita em poços(freáticos ou artesianos), ou superficial, feita em

Page 67: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

66

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

barragens ou mesmo diretamente em rios ou lagoas.Classificadas em águas de lençol freático e águas delençol confinado.

Estação elevatória: edificação onde se constrói um poçode sucção e se instala um conjunto de bombas derecalque, de modo a forçar a condução da água paraáreas mais elevadas.

Estação de Tratamento de Água (ETA): é o conjunto deinstalações e equipamentos onde a água sofre processosfísicos e químicos de tratamento, tornando-se adequadapara o consumo; a ETA recebe água bruta e fornece águatratada.

Principal manancial: qualquer curso de água, lago,reservatório artificial ou outra fonte cuja água foi utilizadapara abastecimento do município.

Reservatório: localiza-se antes da rede de distribuição,e destina-se a acumular água para melhor atender àsvariações da demanda ao longo do dia.

Rede de distribuição: conjunto de canalizações queconduz a água, pelas vias públicas, desde o reservatórioaté os pontos de consumo (residências, por exemplo).

Sistema de Esgoto Sanitário: sistema destinado a coletaras águas servidas e dejetos e conduzi-los a local apropriadopara lançamento. Seus principais componentes são:

Interceptor: canalização situada, principalmente, nasmarginais dos córregos e que recebe coletores ao longode seu comprimento, não recebendo ligações prediaisdiretas.

Page 68: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

67

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Emissário: canalização destinada a conduzir os esgotosà estação de tratamento ou, na inexistência deste, aolocal de lançamento.

Estação de tratamento de esgoto (ETE): local onde oesgoto sanitário sofre processos físicos e químicos detratamento, tornando-se adequado para o lançamento nolocal de despejo (rios, lagos); a ETE recebe esgoto brutoe emite esgoto tratado.

Poço de Visita: câmara que permite acesso de pessoase equipamentos à canalização para trabalhos demanutenção. É utilizado nos seguintes casos: encontrode mais de dois trechos do coletor; encontro que exigecolocação de tubo de queda (devido à mudança do nívelda canalização); quando a profundidade é maior que 3,00m; onde há mudança de diâmetro de tubulação.

Rede Coletora: conjunto de canalizações destinadas areceber e conduzir as águas de esgotos sanitários.

Terminal de limpeza: dispositivo que permite aintrodução de equipamentos de limpeza, situando-se nacabeceira de qualquer coletor.

Tubo de queda: dispositivo instalado no poço de visita(PV), ligando o coletor afluente ao fundo do poço (quandoo coletor afluente apresentar degrau com altura maiorou igual a 0,50 m).

Tratamento de Água Distribuída

Simples desinfeção (cloração): quando a água brutarecebe apenas simples desinfeção (cloração) antes desua distribuição à população.

Page 69: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

68

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Tratamento convencional: quando a água bruta passapor tratamento completo em ETA antes de ser distribuídaà população. Uma ETA compõe-se basicamente de casade química, grades, floculadores, decantadores, filtros,correção de pH, desinfeção (cloração) e fluoretação.

Tratamento parcial: quando a água bruta passa portratamento parcial e para a produção de água potávelsão utilizadas apenas unidades de gradeamento, filtraçãolenta e posterior cloração.

Aeração: é o processo pelo qual uma fase gasosa,normalmente o ar e a água são colocados em contato,com a finalidade de transferir substâncias voláteis daágua para o ar e substâncias voláteis do ar para a água,de forma a obter o equilíbrio entre as substânciasquímicas presentes.

Mistura Rápida: consiste em colocar a água em contatoíntimo com o coagulante para a obtenção da reaçãoquímica uniforme e contínua.

Coagulação11: é o processo de reação química rápida docoagulante na água. Para a formação de coágulos, ocoagulante deve ser aplicado em pontos de maiorturbilhonamento para que possa ter distribuiçãohomogênea na massa de água. A coagulação éempregada para a remoção de impurezas que seencontram em suspensão fina, em estado coloidal ou emsolução, sendo suas principais funções desestabilizar,agregar e aderir os colóides, para transformá-los emcoagulas.

11 Produtos químicos mais utilizados na fase de coagulação: alcalinizantes, argila, calhidratada, cal virgem, carbonato de sódio, cloreto férrico, coagulantes, hidróxido desódio, polieletrólitos, sílica ativada, sulfato de alumínio, sulfato férrico, sulfatoferroso, sulfato ferroso clorado.

Page 70: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

69

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

Floculação: é o processo pelo qual as partículas emestado de equilíbrio eletrostaticamente instável no seioda massa líquida são forçadas a se movimentar, a fim deque sejam atraídas entre si, formando flocos. Com acontinuidade da agitação, os flocos tendem a aderir unsnos outros, tornando-se pesados para posterior separaçãonas unidades seguintes.

Decantação: é a separação das partículas sólidas (flocos)que sendo mais pesadas que a água tendem a cair parao fundo do tanque decantador com uma certa velocidade(velocidade de decantação). Anulando-se oudiminuindose a velocidade de escoamento das águas,reduzem-se os efeitos da turbulência, provocando adeposição das partículas. Com relação ao sistema delimpeza e lavagem no decantador tem-se a manual,hidráulica e mecanizada.

Filtração: é a retenção física de partículas emicrorganismos que não foram removidos no decantador,resultando num efluente final de melhor característicaque o efluente do decantador. Na filtração ocorre oprocesso de filtragem e de absorção, isto é, adesão dasimpurezas nos grãos do leito filtrante. Os filtros seclassificam segundo as seguintes características: 1)Quanto ao tipo de material: areia, carvão ou antracito,carvão-areia e terra diatomácea; 2) Quanto à camadafiltrante: camadas superpostas e múltiplas camadas; 3)Quanto ao tipo de energia: pressão e gravidade; 4)Quanto à taxa de filtração: filtros lentos e filtros rápidos.

Desinfeção: é a destruição ou inativação de organismospatogênicos e de outros indesejáveis. A desinfeção devemanter doses residuais, de maneira a constituir barreirasanitária contra eventual contaminação no sistema deredes distribuidoras. São os seguintes os métodos dedesinfeção: 1) Físicos: calor, raios ultravioleta epasteurização; 2) Químicos: ozona, prata e cloro.

Page 71: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

70

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

Page 72: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

71

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

BAHIA. Tribunal de Contas do Estado. Manual de auditoriagovernamental. Salvador: TCE/BA, 2000.

BAHIA. Tribunal de Contas do Estado. Guia de auditoria em obras.Salvador: TCE/BA, 2005.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Manual Fiscalis ExecuçãoObras. Brasília: TCU/Secretaria Geral de Controle Externo, 2010.

BRASIL. Roteiro de Auditoria Obras Públicas em Edificações. Brasília:TCU/Secretaria Geral de Controle Externo, 2002.

BRASIL. Roteiro de Fiscalização de Obras Rodoviárias. Brasília: TCU.

BRASIL. Cartilha de Licenciamento Ambiental. Brasília: TCU, 2007.

GÓIAS. Governadoria. Manual de Orientações sobre Obras Públicas.Goiânia, 2006.

MATO GROSSO. Tribunal de Contas do Estado. Manual deProcedimentos para Auditoria em Obras Rodoviárias. Cuiabá. TCE/MT, 2011.

PERNAMBUCO. Tribunal de Contas do Estado. Manual deProcedimentos de Auditoria de Obras e Serviços de Engenharia.Pernambuco: TCE/PE/Coordenadoria de Controle Externo/Núcleode Engenharia, 2010.

PERNAMBUCO. Tribunal de Contas do Estado. Manual deOrientações Técnicas para Contratação e Execução de Obras eServiços de Engenharia Públicos. TCE/PE Coordenadoria de ControleExterno/Núcleo de Engenharia, 2010.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 73: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

72

Tri

buna

l de

Con

tas

do E

stad

o da

Bah

ia

RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Contas do Estado. Sistema paraControle de Obras Públicas. Porto Alegre, 2004.

SANTA CATARINA. Tribunal de Contas do Estado. Manual de Auditoriaem Obras. Florianópolis: TCE/SC, 2007.

Page 74: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

73

Man

ual

de A

udit

oria

de

Obr

as P

úblic

as

ANEXOACHADOS DE AUDITORIA EM

OBRAS PÚBLICAS

Page 75: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e
Page 76: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

CO

NTR

OLE

INTE

RN

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

1.A

usê

nci

a d

e re

ten

ção

d

e Im

po

sto

de

Ren

da

Dec

reto

Fed

eral

no

. 3

.000

/19

99,

art.

64

7.

Erro

de

pro

cess

amen

to d

a d

esp

esa.

C

ob

ran

ças

de

mu

ltas

, ju

ros

e o

utr

os

enca

rgo

s p

or

atra

so p

elo

s ó

rgão

s d

e fi

scal

izaç

ão f

eder

al.

2.L

iqu

idaç

ão ir

regu

lar

de

des

pes

a

Lei F

eder

al n

o.

4.3

20/6

4, a

rt. 6

2.

Falt

a d

a d

ocu

men

taçã

o

com

pro

bat

óri

a d

as m

ed

içõ

es.

Pag

amen

to in

dev

ido

de

des

pes

a.

3.A

usê

nci

a d

e n

um

eraç

ão d

e p

ágin

as

no

pro

cess

o li

cita

tóri

o

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

n

.º8

.666

/93

,art

. 38

.

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Sub

traç

ão/s

ub

stit

uiç

ão d

e d

ocu

men

tos

esse

nci

ais

ao

pro

cess

o;

Ad

oçã

o d

e p

roce

dim

ento

s co

mp

lem

enta

res

pe

la a

ud

ito

ria

(mai

or

cust

o d

e fi

scal

izaç

ão).

4.Ó

rgão

res

po

nsá

vel

pel

a o

bra

co

m e

stru

tura

sica

/org

aniz

acio

nal

in

adeq

uad

a.

Co

nst

itu

ição

Fed

eral

, ar

t. 7

0

Co

nst

itu

ição

Es

tad

ual

, ar

ts. 8

9 e

90

Inex

istê

nci

a d

e m

anu

ais

de

pro

ced

imen

tos;

P

esso

al s

em a

ad

equ

ada

qu

alif

icaç

ão;

Qu

anti

dad

e in

sufi

cien

te d

e té

cnic

os.

Def

iciê

nci

a o

u in

exis

tên

cia

de

fisc

aliz

ação

das

ob

ras;

C

om

pro

met

imen

to d

o

des

emp

enh

o d

a u

nid

ade.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

75

Page 77: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

CO

NTR

OLE

INTE

RN

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

1.A

usê

nci

a d

e re

ten

ção

d

e Im

po

sto

de

Ren

da

Dec

reto

Fed

eral

no

. 3

.000

/19

99,

art.

64

7.

Erro

de

pro

cess

amen

to d

a d

esp

esa.

C

ob

ran

ças

de

mu

ltas

, ju

ros

e o

utr

os

enca

rgo

s p

or

atra

so p

elo

s ó

rgão

s d

e f

isca

lizaç

ão f

eder

al.

2.L

iqu

idaç

ão ir

regu

lar

de

de

spes

a

Lei F

eder

al n

o.

4.3

20/6

4, a

rt. 6

2.

Falt

a d

a d

ocu

men

taçã

o

com

pro

bat

óri

a d

as m

ediç

ões

. P

agam

ento

ind

evid

o d

e d

esp

esa.

3.A

usê

nci

a d

e n

um

eraç

ão d

e p

ágin

as

no

pro

cess

o li

cita

tóri

o

Lei F

eder

al d

e Li

cita

çõe

s n

.º8

.66

6/93

,art

. 38

.

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Sub

traç

ão/s

ub

stit

uiç

ão d

e d

ocu

me

nto

s es

sen

ciai

s ao

p

roce

sso

; A

do

ção

de

pro

ced

imen

tos

com

ple

men

tare

s p

ela

aud

ito

ria

(mai

or

cust

o d

e fi

scal

izaç

ão).

4.Ó

rgão

res

po

nsá

vel

pe

la o

bra

co

m e

stru

tura

sica

/org

aniz

acio

nal

in

adeq

uad

a.

Co

nst

itu

ição

Fed

eral

, ar

t. 7

0

Co

nst

itu

ição

Es

tad

ual

, ar

ts. 8

9 e

90

Inex

istê

nci

a d

e m

anu

ais

de

pro

ced

ime

nto

s;

Pes

soal

sem

a a

deq

uad

a q

ual

ific

ação

; Q

uan

tid

ade

insu

fici

en

te d

e té

cnic

os.

De

fici

ênci

a o

u in

exis

tên

cia

de

fisc

aliz

ação

das

ob

ras;

C

om

pro

met

imen

to d

o

des

emp

enh

o d

a u

nid

ade.

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

76

Page 78: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O E

DIT

AL

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

4.C

lass

ific

ação

in

de

vid

a d

o o

bje

to

a se

r lic

itad

o

(Ob

ra/S

erv

iço

)

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

8.6

66/9

3, a

rt.6

º; a

rt. 2

4,

inci

so I,

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

o

9.4

33/0

5, a

rt. 8

0 inci

so I

e II

IB

RA

OP

; OT

- IB

R 0

02

/20

09

, R

eso

luçã

o n

º 2

18

do

C

ON

FEA

Imp

eríc

ia d

a co

mis

são

de

licit

ação

; C

on

luio

en

tre

o ó

rgão

e o

s lic

itan

tes;

Li

cita

r em

mo

dal

idad

e in

feri

or

à d

evid

a o

u

cara

cter

izar

lim

ite

par

a d

isp

en

sa.

Des

cum

pri

men

to d

a le

gisl

ação

; Fr

aud

e.

5.A

pre

sen

taçã

o e

ac

eit

ação

de

p

rop

ost

a d

e

pre

ços

qu

e n

ão

con

tem

pla

a

tota

lidad

e d

os

Pro

jeto

s e

/ou

im

pre

cisã

o d

e s

uas

e

spe

cifi

caçõ

es.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66/9

3, a

rt. 7

º, §

2º,

II,

Ori

enta

ção

cnic

a O

T-IB

R

00

1/2

00

6 d

o In

stit

uto

B

rasi

leir

o d

e O

bra

s P

úb

licas

- IB

RA

OP

. A

BN

T- A

sso

ciaç

ão B

rasi

leir

a d

e N

orm

as T

écn

icas

: N

B –

57

8/9

8

NB

R -

13

53

1/9

5

Imp

eríc

ia d

a co

mis

são

de

licit

ação

; D

efic

iên

cia

na

elab

ora

ção

das

esp

eci

fica

çõe

s d

e m

ater

iais

, me

mo

rial

de

scri

tivo

da

ob

ra,

pro

jeto

s ex

ecu

tivo

s e

bás

ico

s n

ece

ssár

ios

par

a a

exec

uçã

o d

os

serv

iço

s.

Sup

erfa

tura

men

to o

u s

ob

rep

reço

;

Ad

itam

ento

s d

e p

razo

e v

alo

r,

enca

rece

nd

o, d

e fo

rma

des

nec

essá

ria,

a o

bra

co

ntr

atad

a.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

77

Page 79: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O E

DIT

AL

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

6.A

usê

nci

a d

e

est

ud

os

de

vi

abili

dad

e e

de

p

lan

eja

me

nto

do

s p

roje

tos

Orç

amen

to d

a en

tid

ade;

Le

i Est

adu

al n

o. 7

.79

9/0

1

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 73

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

o

o 9

.43

3/0

5, a

rt.1

61

,ite

m b

ar

t. 6

9 e

15

7

Dec

isõ

es g

eren

ciai

s se

m s

up

ort

e té

cnic

o.

Exec

uçã

o d

e p

roje

tos

fora

das

n

orm

as e

pad

rõe

s ex

igív

eis;

N

ão u

tiliz

ação

do

bem

, sej

a p

or

des

inte

ress

e d

as c

om

un

idad

es,

qu

e se

riam

po

ten

cial

men

te a

ten

did

as

com

o p

roje

to, o

u p

or

inex

istê

nci

a d

e d

eman

da;

D

esp

erd

ício

de

recu

rso

s p

úb

lico

s.

7.F

raci

on

ame

nto

do

o

bje

to p

ara

exe

cuçã

o d

e s

erv

iço

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, co

mb

inad

o c

om

ar

t. 2

0 do

Dec

reto

Est

adu

al

2.3

20

/93

, art

. 8º

e ar

t.

23

º §

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

º 9

.43

3/0

5,a

rt. 1

5.

Pla

nej

amen

to d

efic

ien

te;

Dir

ecio

nam

ento

do

s se

rviç

os

par

a b

enef

icia

r d

eter

min

adas

em

pre

sas;

C

on

luio

en

tre

o ó

rgão

e e

mp

resa

s.

Sob

rep

reço

ou

su

per

fatu

ram

en

to;

Favo

reci

men

to d

e d

eter

min

ada(

s)

emp

resa

(s)

; In

ob

serv

ânci

a à

mo

dal

idad

e d

e lic

itaç

ão;

Frau

de.

8.A

usê

nci

a o

u

de

satu

aliz

ação

de

p

reço

de

re

ferê

nci

a.

Dec

reto

Est

adu

al n

o

9.5

34

/05

Le

i Fed

era

l de

Lici

taçõ

es n

º 8

.66

6/9

3, a

rt. 4

3, I

V

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

; A

usê

nci

a d

e p

arâm

etro

par

a fi

xaçã

o d

os

crit

ério

s d

e ac

eita

bili

dad

e d

e p

reço

s gl

ob

ais

e u

nit

ário

s.

Sob

rep

reço

ou

su

per

fatu

ram

en

to.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

78

Page 80: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O E

DIT

AL

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

9.A

usê

nci

a d

os

valo

res

un

itár

ios

nas

pla

nilh

as

orç

amen

tári

as.

Dec

reto

Est

adu

al n

o

9.5

34

/05

D

efic

iên

cia

de

con

tro

le

inte

rno

; A

usê

nci

a d

e p

arâm

etro

p

ara

fixa

ção

do

s cr

itér

ios

de

acei

tab

ilid

ade

de

pre

ços

glo

bai

s e

un

itár

ios.

Sob

rep

reço

ou

su

per

fatu

ram

en

to.

10

.Uti

lizaç

ão d

e u

nid

ades

d

e m

ed

idas

inad

eq

uad

as

(cj/

dia

/eve

ntu

ais/

verb

a)

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

çõe

s n

º 8

.66

6/9

3,

art.

6º , I

X, f

e a

rt. 7

º , §

2º , I

I e §

4o.

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

no

9.4

33

/05

, ar

t 1

1º,

V.

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o;

Pro

jeto

s d

efic

ien

tes;

P

lan

ilhas

inco

mp

leta

s.

Alt

eraç

ão d

e in

sum

os/

serv

iço

s d

ura

nte

a e

xecu

ção

; D

ific

uld

ade

par

a se

pro

ced

er à

ava

liaçã

o d

a ec

on

om

icid

ade

do

em

pre

end

imen

to, u

ma

vez

qu

e n

ão p

erm

ite

a af

eriç

ão e

ava

liaçã

o d

os

cust

os

do

s in

sum

os

e d

a m

ão d

e o

bra

uti

lizad

a em

cad

a it

em

de

serv

iço

ne

cess

ário

par

a a

exe

cuçã

o d

a o

bra

; D

ific

uld

ade

par

a a

aud

ito

ria

anal

isar

as

med

içõ

es

do

s se

rviç

os

exec

uta

do

s n

o c

ante

iro

e d

efin

ir

clar

amen

te o

loca

l da

inte

rven

ção

de

cad

a se

rviç

o e

d

os

qu

anti

tati

vos

real

izad

os.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

79

Page 81: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O E

DIT

AL

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

11

.De

fin

ição

de

mar

ca n

a p

lan

ilha

orç

ame

ntá

ria.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

n

º 8

.66

6/9

3,ar

t. 7

º, §

5

º.

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

9.4

33

/05

,art

. 12

º,

III,

“art

. 12

, ar

t.3

1,§

6º.

Favo

reci

men

to p

or

par

te

da

Ad

min

istr

ação

a

det

erm

inad

a e

mp

resa

fo

rnec

edo

ra;

Uti

lizaç

ão d

e m

ater

ial

inad

equ

ado

.

Des

ob

ediê

nci

a ao

s p

rin

cíp

ios

da

iso

no

mia

e d

a ec

on

om

icid

ade,

co

m p

oss

ibili

dad

e d

e o

corr

er d

ano

ao

Erá

rio

, um

a ve

z q

ue

o p

reço

do

pro

du

to

def

inid

o p

od

e se

r su

per

ior

ao d

os

ou

tro

s si

mila

res.

12

.In

terv

alo

de

te

mp

o

sign

ific

ativ

o e

ntr

e a

e

lab

ora

ção

do

s p

roje

tos

e a

re

aliz

ação

da

licit

ação

.

Bo

as p

ráti

cas

adm

inis

trat

ivas

Mo

rosi

dad

e n

a tr

amit

ação

inte

rna

das

d

eman

das

ad

min

istr

ativ

as.

Des

atu

aliz

ação

no

ate

nd

imen

to à

s n

ece

ssid

ade

s d

a co

mu

nid

ade;

Fa

lta

da

efet

ivid

ade

do

em

pre

end

imen

to;

Co

mp

rom

etim

ento

da

exec

uçã

o d

o

emp

reen

dim

ento

.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

80

Page 82: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O C

ON

TRA

TO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

1.A

usê

nci

a d

e c

on

tra

to

ou

de

clá

usu

las

con

trat

uai

s e

sse

nci

ais

Lei F

ed

era

l de

Lici

taçõ

es n

º 8

.66

6/9

3, A

rt. 5

5 e

Art

. 62

§ 2

o

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

9.4

33

/05

, art

s .12

6, 1

29

e 1

32

Térm

ino

do

pra

zo d

e

vigê

nci

a d

o c

on

trat

o,

sem

qu

e te

nh

a si

do

p

rovi

den

ciad

a n

ova

lic

itaç

ão;

De

fici

ênci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o;

Imp

eríc

ia d

a co

mis

são

d

e lic

itaç

ão.

Pag

amen

to ir

regu

lar;

Im

po

ssib

ilid

ade

de

aval

iaçã

o d

os

cust

os

en

volv

ido

s;

Imp

oss

ibili

dad

e d

e av

alia

r o

cu

mp

rim

en

to d

as

met

as e

ob

riga

çõe

s d

as p

arte

s;

Inse

gura

nça

jurí

dic

a;

Nu

lidad

e d

o a

to a

dm

inis

trat

ivo

.

2.A

lte

raçã

o d

e p

razo

e

/ou

val

or

do

co

ntr

ato

se

m a

s d

evi

das

ju

stif

icat

iva

s

Lei F

ed

era

l de

Lici

taçõ

es n

o

8.6

66

/93

, Art

. 57

§ 1

o e

2o

A

rt. 6

5, I

e II

Le

i Est

adu

al d

e L

icit

açõ

es

no

9.4

33

/05

, A

rt. 1

41

, 14

2, 1

43

, I,

II.

De

fici

ênci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o.

Nu

lidad

e d

o a

to a

dm

inis

trat

ivo

; Im

po

ssib

ilid

ade

de

aval

iaçã

o d

os

cust

os

en

volv

ido

s;

Pre

juíz

o d

a co

mp

etit

ivid

ade

en

tre

os

licit

ante

s;

Pre

juíz

o a

o E

rári

o/p

agam

ento

irre

gula

r;

Au

men

to d

e d

esp

esa

s re

fere

nte

s a

reaj

ust

es e

in

den

izaç

ões

de

snec

essá

rias

.

3.A

usê

nci

a d

e c

lare

za e

p

reci

são

no

s co

ntr

ato

s e

m r

ela

ção

ao

s d

ire

ito

s, o

bri

gaçõ

es

e

resp

on

sab

ilid

ade

das

p

arte

s e

às

con

diç

õe

s d

e s

eu

cu

mp

rim

en

to e

d

a e

xecu

ção

Lei F

ed

era

l de

Lici

taçõ

es n

o

8.6

66

/93

, Art

. 54

, § 1

o e

2o

,

Art

.55

Le

i Est

adu

al d

e L

icit

açõ

es

no

9.4

33

/05

, Art

.12

3, 1

24

e 1

26

. D

ecr

eto

Est

adu

al n

o 9

.53

4/0

5

De

fici

ênci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o;

Imp

eríc

ia d

a co

mis

são

d

e lic

itaç

ão.

Inse

gura

nça

jurí

dic

a;

Imp

oss

ibili

dad

e d

e co

ibir

irre

gula

rid

ades

na

exec

uçã

o d

o c

on

trat

o;

Frau

de;

C

on

trat

ação

de

emp

resa

em

des

aco

rdo

co

m a

s ex

igê

nci

as le

gais

; A

lter

ação

do

ob

jeto

co

ntr

atad

o.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

81

Page 83: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O C

ON

TRA

TO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

4.A

usê

nci

a d

e e

ntr

ega

da

gara

nti

a n

o a

to d

a as

sin

atu

ra d

o c

on

trat

o.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

8.6

66

/93

, art

. 56

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

ções

no

9.4

33

/05

. art

. 13

6

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o;

Imp

eríc

ia d

a co

mis

são

d

e lic

itaç

ão

Imp

oss

ibili

dad

e d

e as

segu

rar

o f

iel c

um

pri

men

to d

as

ob

riga

ções

co

ntr

atu

ais;

P

reju

ízo

s ao

Erá

rio

co

m p

oss

ibili

dad

e d

e re

ssar

cim

ento

re

du

zid

a.

5.A

usê

nci

a d

e e

ntr

ega

da

gara

nti

a d

ura

nte

to

da

a e

xecu

ção

do

co

ntr

ato

.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 56

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

ções

no

9.4

33

/05

, art

. 13

6

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o.

Pre

juíz

os

ao E

rári

o c

om

po

ssib

ilid

ade

de

ress

arci

men

to

red

uzi

da

ou

nu

la.

6.A

usê

nci

a d

e

Cro

no

gram

a Fí

sico

e

Fin

ance

iro

das

ob

ras.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 40

; Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

ções

no

9.4

33

/05

, Art

.79

,XI,

b,c

.

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o.

Dif

icu

ldad

e em

ava

liar

o d

ese

mp

enh

o d

a o

bra

, ac

om

pan

ham

ento

de

cad

a e

tap

a;

Dif

icu

ldad

e d

e a

Ad

min

istr

ação

de

imp

or

mu

ltas

po

r at

raso

n

a ex

ecu

ção

; D

ific

uld

ade

em v

erif

icar

se

as e

tap

as d

o s

ervi

ço e

stão

ra

zoav

elm

ente

dis

trib

uíd

as a

o lo

ngo

da

ob

ra, o

qu

e p

od

eria

ev

ide

nci

ar o

jogo

de

pla

nilh

a.

7.C

on

trat

ação

de

e

mp

ree

nd

ime

nto

, cu

jo

pro

jeto

bás

ico

não

ap

rese

nto

u li

cen

ça

amb

ien

tal p

révi

a

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es e

C

on

trat

os

9.4

33/

05

, art

. 13

R

eso

luçõ

es C

ON

AM

A n

os 0

1/8

6 e

2

37

/97

Ju

risp

rud

ênci

a TC

U/A

córd

ão

51

6/2

00

3-P

len

ário

, su

bit

em

9.2

.3.1

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

in

tern

o;

Inte

mp

est

ivid

ade

na

solic

itaç

ão d

a lic

ença

; Im

per

ícia

da

Co

mis

são

d

e Li

cita

ção

.

Par

alis

ação

de

ob

ra p

or

emb

argo

do

s ó

rgão

s am

bie

nta

is e

co

nse

qu

en

te a

um

ento

de

cust

os;

R

ead

equ

ação

de

pro

jeto

s co

m n

ece

ssid

ade

de

alte

raçõ

es

sign

ific

ativ

as e

m it

ens

com

o lo

caliz

ação

e s

olu

ção

téc

nic

a;

Ris

co d

e d

ano

s am

bie

nta

is ir

rep

aráv

eis;

So

licit

ação

de

licen

ça p

ost

eri

or

ao in

ício

das

ob

ras,

sem

qu

e o

em

pre

end

edo

r te

nh

a ga

ran

tia

de

qu

e el

a se

rá o

uto

rgad

a;

Exec

uçã

o d

e p

roje

tos

def

icie

nte

s q

ue

não

ass

egu

ram

o

dev

ido

tra

tam

ento

ao

s im

pac

tos

amb

ien

tais

, ger

and

o

pas

sivo

am

bie

nta

l.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

82

Page 84: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O C

ON

TR

ATO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

8.I

níc

io d

as o

bra

s se

m a

s d

evid

as li

cen

ças

amb

ien

tais

d

e in

stal

ação

e d

e o

per

açõ

es.

Re

solu

ção

CO

NA

MA

no

s 01

/86

e

23

7/9

7

Juri

spru

dên

cia

TCU

Acó

rdão

5

16

/20

03-

TCU

- P

len

ário

, su

bit

em 9

.2.3

.2

Def

iciê

nci

a d

e c

on

tro

le

inte

rno

;

Inte

mp

esti

vid

ade

na

solic

itaç

ão d

a Li

cen

ça.

Inte

rdiç

ão/e

mb

argo

da

ob

ra p

or

des

cum

pri

men

to le

gal;

Atr

aso

no

cro

no

gram

a e

aum

en

to d

os

cust

os

da

ob

ra;

Rea

deq

uaç

ão d

e p

roje

tos

com

ne

cess

idad

e d

e al

tera

çõe

s si

gnif

icat

ivas

de

corr

ente

s d

e n

ova

s co

nd

icio

nan

tes.

9.A

usê

nci

a d

e

esp

ecif

icaç

ões

de

mat

eri

ais

e d

e s

ervi

ços

da

ob

ra.

Lei F

ede

ral d

e L

icit

açõ

es n

o

8.6

66

/93

art

40

, § 2

0 , I

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es n

º 9

.43

3/0

5, a

rt. 8

1,I

V.

Inad

equ

ada

qu

alif

icaç

ão

técn

ica

de

pe

sso

al;

Pro

jeto

s B

ásic

os

def

icie

nte

s o

u in

com

ple

tos.

Uti

lizaç

ão d

e m

ate

riai

s d

e b

aixa

qu

alid

ade

com

co

nse

qu

ente

re

du

ção

da

vid

a ú

til d

o e

mp

reen

dim

ento

;

Sup

erf

atu

ram

ento

do

s se

rviç

os

po

r u

tiliz

ação

de

mat

eria

is

con

ven

ien

tes

ao in

tere

sse

da

con

trat

ada,

em

det

rim

en

to d

a q

ual

idad

e.

10

.Au

sên

cia

de

assi

nat

ura

d

o O

rçam

en

to B

ase

e d

a P

lan

ilh

a O

rçam

en

tári

a p

elo

re

spo

nsá

vel t

écn

ico

.

Lei F

ede

ral d

e L

icit

açõ

es n

º 8

.66

6/9

3 a

rt 4

0, §

2º , I

I

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es n

º 9

.43

3/0

5, a

rt. 8

1, I

I

Dec

reto

Est

adu

al n

o 9

.53

4/0

5,

An

exo

Ún

ico

, ite

m 1

.5, i

nci

so II

Inad

equ

ada

qu

alif

icaç

ão

técn

ica

de

pe

sso

al;

Def

iciê

nci

a d

e c

on

tro

le

inte

rno

.

Emis

são

de

Pla

nilh

as O

rçam

en

tári

as e

m d

esa

cord

o c

om

os

Pro

jeto

s A

rqu

itet

ôn

ico

s;

Imp

oss

ibili

dad

e d

e re

spo

nsa

bili

zaçã

o d

os

agen

tes

orç

ame

nti

stas

.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

83

Page 85: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O C

ON

TRA

TO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

8.I

níc

io d

as o

bra

s se

m

as d

evi

das

lice

nça

s am

bie

nta

is d

e

inst

alaç

ão e

de

o

pe

raçõ

es.

Res

olu

ção

CO

NA

MA

no

s 01

/86

e

23

7/9

7

Juri

spru

dên

cia

TCU

Acó

rdão

5

16

/20

03

- TC

U -

Ple

nár

io,

sub

item

9.2

.3.2

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

; In

tem

pe

stiv

idad

e n

a so

licit

ação

da

Lice

nça

.

Inte

rdiç

ão/e

mb

argo

da

ob

ra p

or

des

cum

pri

men

to

lega

l; A

tras

o n

o c

ron

ogr

ama

e au

men

to d

os

cust

os

da

ob

ra;

Rea

deq

uaç

ão d

e p

roje

tos

com

nec

ess

idad

e d

e al

tera

çõe

s si

gnif

icat

ivas

de

corr

ente

s d

e n

ova

s co

nd

icio

nan

tes.

9.A

usê

nci

a d

e

esp

eci

fica

çõe

s d

e

mat

eri

ais

e d

e s

erv

iço

s d

a o

bra

.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

art

. 40

, § 2

0 , I

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

9.4

33

/05

, art

. 81

,IV.

Inad

equ

ada

qu

alif

icaç

ão t

écn

ica

de

pes

soal

; P

roje

tos

Bás

ico

s d

efic

ien

tes

ou

in

com

ple

tos.

Uti

lizaç

ão d

e m

ater

iais

de

bai

xa q

ual

idad

e co

m

con

seq

uen

te r

edu

ção

da

vid

a ú

til d

o

emp

reen

dim

ento

; Su

per

fatu

ram

ento

do

s se

rviç

os

po

r u

tiliz

ação

de

mat

eria

is c

on

ven

ien

tes

ao in

tere

sse

da

con

trat

ada,

em

det

rim

ento

da

qu

alid

ade.

10

.Au

sên

cia

de

as

sin

atu

ra d

o

Orç

amen

to B

ase

e d

a P

lan

ilha

Orç

ame

ntá

ria

pe

lo r

esp

on

sáve

l té

cnic

o.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

8.6

66

/93

art

. 40

, § 2

º , II

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

9.4

33

/05

, art

. 81,

II

Dec

reto

Est

adu

al n

o 9

.53

4/0

5,

An

exo

Ún

ico

, ite

m 1

.5, i

nci

so II

Inad

equ

ada

qu

alif

icaç

ão t

écn

ica

de

pes

soal

; D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o.

Emis

são

de

Pla

nilh

as O

rçam

en

tári

as e

m d

esa

cord

o

com

os

Pro

jeto

s A

rqu

itet

ôn

ico

s;

Imp

oss

ibili

dad

e d

e re

spo

nsa

bili

zaçã

o d

os

agen

tes

orç

amen

tist

as.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

84

Page 86: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

AN

ÁLI

SE D

O C

ON

TRA

TO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

11

.Em

issã

o d

e t

erm

o

adit

ivo

de

pra

zo a

s té

rmin

o d

a vi

gên

cia

con

trat

ual

.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

8.6

66

/93

, Art

. 57

§ 2

0 Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

º 9

.43

3/0

5, A

rt. 1

42.

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

. N

ulid

ade

do

ato

ad

min

istr

ativ

o.

12

.Orç

ame

nto

in

com

ple

to.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

8.6

66

/93

, art

. 70

§ 2

º , II.

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

9.4

33

/05

, art

. 11

, V.

Def

iciê

nci

a d

e q

ual

ific

ação

téc

nic

a d

e p

esso

al;

Pro

jeto

s im

pre

ciso

s;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Incl

usã

o d

e se

rviç

os

com

pre

ços

não

lici

tad

os;

In

clu

são

de

qu

anti

dad

es e

m s

ervi

ços

com

so

bre

pre

ço o

u p

reço

s su

per

fatu

rad

os;

M

anip

ula

ção

de

cust

os

de

seq

uili

bra

nd

o o

s cr

itér

ios

de

igu

ald

ade

entr

e o

s lic

itan

tes;

Fr

aud

e.

13

.Au

sên

cia

em

te

rmo

ad

itiv

o d

e P

lan

ilha

Orç

amen

tári

a.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 70 , §

20 , I

I e §

40

; ar

t. 6

5, §

1º,

I,

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

no

9.4

33

/05

, art

. 11

.

Co

nlu

io e

ntr

e o

órg

ão

con

trat

ante

e

exec

uto

r;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Incl

usã

o d

e se

rviç

os

com

pre

ços

não

lici

tad

os;

In

clu

são

de

qu

anti

dad

es e

m s

ervi

ços

com

so

bre

pre

ço o

u p

reço

s su

per

fatu

rad

os;

M

anip

ula

ção

de

cust

os.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

85

Page 87: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

EXEC

ÃO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

1.O

bra

s in

icia

das

se

m

em

issã

o d

e O

rde

m d

e

Serv

iço

.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 62

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

no 9

.43

3/0

5, a

rt. 1

32

Au

sên

cia

de

de

cisã

o

gere

nci

al o

po

rtu

na;

D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o.

Dif

icu

ldad

e e

m a

feri

r o

iníc

io d

as o

bra

s;

Dif

icu

ldad

e p

ara

con

tro

lar

a ex

ecu

ção

/co

ncl

usã

o d

os

serv

iço

s;

Au

sên

cia

de

gara

nti

as le

gais

par

a ex

ecu

ção

das

ob

ras

e se

rviç

os,

no

cas

o d

e C

on

vite

(ca

sos

em q

ue

o c

on

trat

o

po

de

ser

sub

stit

uíd

o p

ela

OS)

.

2. A

usê

nci

a d

e D

iári

o

de

Ob

ras

(D.O

.)

Res

olu

ção

Fed

eral

no

1.0

24

/09

Lei F

ede

ral n

o 8

.66

6/9

3,

art.

67

, § 1

º Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

o 9

.43

3/0

5, a

rt. 1

54

, I -

Clá

usu

la d

o C

on

trat

o

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

; A

usê

nci

a d

e fi

scal

izaç

ão n

a o

bra

.

Dif

icu

ldad

e p

ara

pro

ced

er à

an

ális

e d

os

pro

ble

mas

id

enti

fica

do

s e

oco

rrid

os

nas

ob

ras,

pri

nci

pal

men

te q

uan

to

a fa

tore

s q

ue

ven

ham

a p

rovo

car

acré

scim

os/

sup

ress

õe

s d

e se

rviç

os,

atr

aso

s e

até

par

alis

açõ

es

de

ste

s;

Atr

aso

s n

a so

luçã

o d

e p

rob

lem

as o

corr

ido

s d

ura

nte

a

exec

uçã

o d

os

serv

iço

s;

Au

sên

cia

de

regi

stro

das

oco

rrên

cias

rel

eva

nte

s q

ue

imp

acta

m o

bo

m a

nd

amen

to d

os

serv

iço

s, t

ais

qu

ais:

al

tera

ção

de

esp

ecif

icaç

ões

, ch

uva

s, g

reve

s, a

cid

ente

s d

e tr

abal

ho

, em

bar

gos,

atr

aso

s n

os

pag

amen

tos,

in

exis

tên

cia/

inte

mp

est

ivid

ade

na

dis

po

nib

iliza

ção

de

pro

jeto

s;

Dif

icu

ldad

e e

m a

valia

r se

a f

isca

lizaç

ão p

roce

de

ao

con

tro

le d

os

mat

eria

is/s

erv

iço

s;

Imp

oss

ibili

dad

e p

ara

a au

dit

ori

a ve

rifi

car

e an

alis

ar a

s o

corr

ênci

as n

o c

ante

iro

de

serv

iço

s.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

86

Page 88: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

EXEC

ÃO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

3. A

usê

nci

a d

e

de

sign

ação

do

fis

cal o

u

resp

on

sáve

l pe

lo

aco

mp

anh

ame

nto

e

fisc

aliz

açã

o d

os

serv

iço

s.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

art.

58

, III

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

no 9

.43

3/0

5, a

rt. 1

27

, III

C

láu

sula

Co

ntr

atu

al

Au

sên

cia

de

dec

isão

ger

enci

al

op

ort

un

a;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Vu

lner

abili

dad

e d

o e

mp

reen

dim

ento

no

qu

e ta

nge

à s

egu

ran

ça e

qu

alid

ade

do

s se

rviç

os;

Im

po

ssib

ilid

ade

de

imp

uta

r re

spo

nsa

bili

dad

e em

cas

o d

e n

eglig

ênci

a, im

pru

dên

cia

ou

im

per

ícia

do

exe

cuto

r d

a o

bra

; A

loca

ção

de

pro

fiss

ion

al p

ara

exer

cer

o p

apel

d

e fi

scal

sem

a d

evid

a q

ual

ific

ação

téc

nic

a.

4. D

efi

ciê

nci

as n

a fi

scal

izaç

ão

e

aco

mp

anh

ame

nto

de

o

bra

s.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 58

, III

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

ções

n

o 9

.43

3/0

5ar

t. 1

27, i

tem

-II

I C

láu

sula

Co

ntr

atu

al

Alo

caçã

o d

e fi

scai

s se

m a

dev

ida

qu

alif

icaç

ão;

Frag

ilid

ade

de

sup

ervi

são

; D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o.

Vu

lner

abili

dad

e d

o e

mp

reen

dim

ento

no

qu

e ta

nge

à s

egu

ran

ça e

qu

alid

ade

do

s se

rviç

os;

A

lter

ação

do

ob

jeto

do

ser

viço

de

aco

rdo

co

m o

inte

ress

e d

o c

on

trat

ado

.

5. N

ota

s fi

sca

is s

em

at

est

o d

o t

écn

ico

re

spo

nsá

vel p

elo

co

ntr

ato

.

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

C

láu

sula

Co

ntr

atu

al

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Pag

amen

to in

dev

ido

.

6.A

usê

nci

a d

o a

lvar

á d

e

refo

rma

/ co

nst

ruçã

o.

Lei M

un

icip

al, n

º 3.

90

3/9

8,

art.

16

II,I

II,I

V, n

o c

aso

de

Salv

ado

r.

Def

iciê

nci

as n

a ge

stão

e n

a fi

scal

izaç

ão;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

; In

tem

pes

tivi

dad

e n

a so

licit

ação

da

refe

rid

a au

tori

zaçã

o à

Pre

feit

ura

.

Emb

argo

da

ob

ra p

ela

pre

feit

ura

mu

nic

ipal

; A

crés

cim

os

no

s cu

sto

s d

o e

mp

reen

dim

ento

.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

87

Page 89: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

EXEC

ÃO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

7. I

no

bse

rvân

cia

às

esp

eci

fica

çõe

s té

cnic

as

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 40

, § 2

0 , I

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es n

o

9.4

33

/05

, art

. 81

, IV

.

Def

iciê

nci

as n

a ge

stão

e n

a fi

scal

izaç

ão;

Co

niv

ênci

a d

a fi

scal

izaç

ão.

Serv

iço

s em

des

aco

rdo

co

m E

spec

ific

açõ

es

Técn

icas

e c

om

as

No

rmas

Téc

nic

as B

rasi

leir

as

(AB

NT)

; P

reju

ízo

s ao

Erá

rio

; Q

ual

idad

e d

e m

ater

iais

ap

licad

os

infe

rio

r à

esp

ecif

icad

a em

pro

jeto

s e

pla

nilh

a o

rçam

entá

ria.

8. S

erv

iço

s p

ago

s e

n

ão e

xecu

tad

os

e/o

u

serv

iço

pag

o e

e

xecu

tad

o à

me

no

r

Lei F

eder

al n

º 4

.32

0/6

4 A

rt 6

2, i

nci

so II

I, d

o §

2o, d

o a

rt. 6

3,

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 65

, in

ciso

II, a

línea

“c”

e

art.

66

. Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

ções

no

9.4

33

/05

, ar

t 1

35

,art

. 14

3, i

nci

so II

, al

ínea

“c”

, e a

rt. 1

51

.

Frag

ilid

ade

no

co

ntr

ole

da

fisc

aliz

ação

; C

on

luio

en

tre

o ó

rgão

co

ntr

atan

te e

o

exe

cuto

r;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

;

Sup

erfa

tura

me

nto

de

serv

iço

; D

ano

ao

Erá

rio

/fra

ud

e;

Sub

stit

uiç

ões

de

mat

eria

is, e

qu

ipam

ento

s o

u

técn

icas

po

r o

utr

as d

e m

en

or

valo

r, s

em a

dev

ida

auto

riza

ção

.

9.A

usê

nci

a d

os

Bo

leti

ns

de

Me

diç

ão

C

láu

sula

do

s te

rmo

s d

o C

on

trat

o

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no 8

.66

6/9

3

Au

sên

cia

de

fisc

aliz

ação

do

órg

ão

exec

uto

r;

Def

iciê

nci

a d

e co

ntr

ole

inte

rno

.

Med

içõ

es in

ade

qu

adas

; Fr

aud

e/d

ano

ao

Erá

rio

; Im

po

ssib

ilid

ade

de

con

fro

nta

r o

s va

lore

s p

ago

s co

m a

s q

uan

tid

ades

efe

tiva

me

nte

exe

cuta

das

.

10

. Au

sên

cia

de

p

rep

ost

o n

a o

bra

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

8.6

66

/93

, ar

t. 6

8.

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es n

o

9.4

33

/05

, ar

t 1

56

C

on

diç

ão d

o e

dit

al

Au

sên

cia

de

fisc

aliz

ação

do

órg

ão

exec

uto

r;

Co

ntr

ataç

ão d

e em

pre

sa s

em a

d

evid

a q

ual

ific

ação

.

Exec

uçã

o d

e se

rviç

os

em d

esac

ord

o c

om

Es

pec

ific

açõ

es T

écn

icas

e c

om

as

No

rmas

cnic

as B

rasi

leir

as (

AB

NT)

; A

tras

o n

a e

xecu

ção

de

serv

iço

s;

Pre

juíz

os

ao E

rári

o.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

88

Page 90: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

EXEC

ÃO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉR

IO

CA

USA

S

EFEI

TOS/

RIS

CO

S

11

. In

ob

serv

ânci

a às

n

orm

as d

e s

egu

ran

ça e

h

igie

ne

do

tra

bal

ho

NR

-18

A

usê

nci

a e/

ou

fis

caliz

ação

def

icie

nte

.

Po

ten

cial

izaç

ão d

e ac

iden

tes

de

trab

alh

o;

Trab

alh

ado

res

em c

on

diç

ão d

e in

salu

bri

dad

e d

e tr

abal

ho

; Tr

abal

had

ore

s se

m e

qu

ipam

ento

s d

e p

rote

ção

in

div

idu

al;

Au

tuaç

ão p

elo

Min

isté

rio

do

Tra

bal

ho

; A

cid

ente

s d

e tr

abal

ho

.

12

.Au

sên

cia

de

A

no

taçã

o d

e

Re

spo

nsa

bili

da

de

cnic

a d

os

serv

iço

s e

do

re

spo

nsá

vel p

ela

e

xecu

ção

das

ob

ras.

Lei F

eder

al n

º 6

.49

6/7

7,

art.

1º,

art

.2º,

§ 1

º R

eso

luçã

o n

º 1

.02

5/0

9 d

o

CR

EA

Res

olu

ção

CO

NFE

A n

º 4

25/9

8, a

rt. 3

0 .

Au

sên

cia

de

regi

stro

no

CR

EA;

Situ

ação

irre

gula

r ju

nto

ao

CR

EA

Reg

ion

al;

Def

iciê

nci

as n

a fi

scal

izaç

ão;

D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o.

Imp

oss

ibili

dad

e d

e re

spo

nsa

bili

zaçã

o d

o e

nge

nh

eiro

re

spo

nsá

vel p

ela

ob

ra e

m c

aso

de

irre

gula

rid

ade

na

exec

uçã

o;

Imp

oss

ibili

dad

e d

e re

spo

nsa

bili

zaçã

o d

o a

uto

r d

os

pro

jeto

s b

ásic

o e

exe

cuti

vo p

or

eve

ntu

al e

rro

téc

nic

o;

Res

po

nsa

bili

zaçã

o d

o g

esto

r p

or

ter

per

mit

ido

o

exer

cíci

o ir

regu

lar

da

ativ

idad

e p

rofi

ssio

nal

; R

isco

de

segu

ran

ça d

o e

mp

reen

dim

ento

; In

terd

ição

e p

agam

ento

de

mu

ltas

.

13

.Re

gist

ro n

o

CR

EA/B

A e

m s

itu

açã

o

irre

gula

r

Lei F

eder

al d

e Li

cita

ções

no

8.6

66

/93

, art

. 30

, l

Def

iciê

nci

as n

a fi

scal

izaç

ão;

D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o.

Falt

a d

e d

efin

ição

, par

a o

s ef

eito

s le

gais

, do

s re

spo

nsá

veis

téc

nic

os

pel

a ex

ecu

ção

das

ob

ras

ou

p

rest

ação

do

s se

rviç

os.

14

.Su

per

fatu

ram

en

to

ou

so

bre

pre

ço

Sist

ema

SIN

AP

I/SI

CR

O d

a C

aixa

Eco

mic

a Fe

der

al

Tab

elas

de

cust

os

de

órg

ãos

blic

os

esta

du

ais,

in

dic

ado

res

da

FGV

ou

da

edit

ora

PIN

I

Imp

rob

idad

e ad

min

istr

ativ

a;

Au

sên

cia

de

técn

ico

s es

pec

ializ

ado

s em

orç

amen

taçã

o (

Enge

nh

aria

de

Cu

sto

s), n

os

qu

adro

s d

e p

esso

al d

os

ente

s p

úb

lico

s.

Pre

juíz

os

ao E

rári

o.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

89

Page 91: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

EXEC

ÃO

DA

OB

RA

OU

SE

RV

IÇO

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉ

RIO

C

AU

SAS

EF

EITO

S/R

ISC

OS

15

.Au

me

nto

das

q

uan

tid

ade

s in

icia

lme

nte

p

revi

stas

no

co

ntr

ato

aci

ma

do

s lim

ite

s le

gais

.

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

n

o 8

.66

6/9

3, a

rt. 6

5 §

10 e

§

20

Def

iciê

nci

as d

e p

roje

tos;

Im

pro

bid

ade

Ad

min

istr

ativ

a.

Sup

erfa

tura

men

to;

Au

men

to n

os

cust

os;

C

eleb

raçã

o d

e ad

itiv

os

de

valo

res

sup

erio

res

a 2

5%

(n

o c

aso

de

ob

ras)

e 5

0%

(n

o c

aso

de

re

form

as).

16

.Se

rviç

os

com

im

pe

rfe

içõ

es

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

ções

n

º 8

.66

6/9

3,a

rt. 6

9,b

, art

. 7

3, a

.

Def

iciê

nci

a n

a fi

scal

izaç

ão;

Des

aten

dim

ento

às

esp

ecif

icaç

ões

e

às N

orm

as T

écn

icas

Bra

sile

iras

(A

BN

T) p

or

par

te d

o e

xecu

tor.

Exec

uçã

o d

e se

rviç

os

em

de

saco

rdo

co

m

Esp

ecif

icaç

õe

s Té

cnic

as e

co

m a

s N

orm

as

Técn

icas

Bra

sile

iras

(A

BN

T);

Red

uçã

o d

a vi

da

úti

l do

em

pre

end

imen

to;

Pre

juíz

o a

o E

rári

o.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

90

Page 92: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

REC

EBIM

ENTO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉ

RIO

C

AU

SAS

EF

EITO

S/R

ISC

OS

1. F

alta

da

ofi

cia

lizaç

ão d

a co

mis

são

de

re

ceb

ime

nto

das

o

bra

s

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

çõe

s n

o 8

.66

6/9

3,

art.

73

Le

i Est

adu

al d

e Li

cita

çõe

s n

o

9.4

33

/05

,art

. 16

1, b

, ar

tos . 6

9 e

15

7

Def

iciê

nci

a n

o c

on

tro

le in

tern

o;

Au

sên

cia

de

vist

ori

a q

ue

com

pro

ve a

ad

equ

ação

d

o o

bje

to a

os

term

os

do

co

ntr

ato

; In

exis

tên

cia

de

Term

os

de

Re

ceb

imen

to

Pro

visó

rio

e D

efi

nit

ivo

; R

eceb

imen

to d

e se

rviç

os

exe

cuta

do

s in

adeq

uad

amen

te;

Alt

eraç

ão d

o o

bje

to c

on

trat

ado

.

2. F

alta

do

s Te

rmo

s d

e R

ece

bim

en

to

Pro

visó

rio

e

De

fin

itiv

o.

Lei E

stad

ual

de

Lici

taçõ

es

no

9.4

33

/05

,art

., 1

57

e

161

, a,

Lei F

ede

ral d

e Li

cita

çõe

s n

º 8

.66

6/9

3,

arts

. 69

e 7

3, a

, b

Au

sên

cia

de

aco

mp

anh

amen

to

tem

pe

stiv

o d

a o

bra

; D

efic

iên

cia

de

con

tro

le in

tern

o;

Inex

istê

nci

a d

e co

mis

são

de

rece

bim

ento

.

Exec

uçã

o p

arci

al d

o o

bje

to c

on

trat

ado

; D

ific

uld

ade

par

a re

spo

nsa

bili

zar

o c

on

stru

tor

pel

os

víci

os

e d

efei

tos

da

ob

ra;

Ace

ite

da

ob

ra c

om

ser

viço

s e

xecu

tad

os

em

d

esac

ord

o c

om

os

pro

jeto

s in

icia

is;

Ace

ite

de

serv

iço

s m

al e

xecu

tad

os;

N

ão c

orr

eção

do

s d

efei

tos

exi

sten

tes

ante

s d

a en

treg

a d

os

serv

iço

s.

3. D

esc

um

pri

me

nto

d

e p

razo

s d

e

con

clu

são

C

láu

sula

s co

ntr

atu

ais.

Au

sên

cia

de

mat

eria

is c

on

stan

tes

no

lo

cal d

as o

bra

s;

Atr

aso

no

pag

amen

to à

em

pre

itei

ra;

Au

sên

cia

de

pe

sso

al d

a co

nst

ruto

ra;

A

lter

ação

do

loca

l de

con

stru

ção

do

e m

pre

end

imen

to;

Atr

aso

s n

a co

nce

ssão

de

licen

ças.

Nec

ess

idad

e d

e ad

itiv

os

de

pra

zo;

On

eraç

ão d

os

cust

os

da

ob

ra c

om

rea

just

es

/ in

den

izaç

ões

; P

erd

a d

e se

rviç

os

já p

ago

s e

exe

cuta

do

s (d

ano

ao

erá

rio

).

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�M

anu

al d

e A

ud

ito

ria

de

Ob

ras

blic

as

91

Page 93: MANUAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - · PDF filede sistema Web, de informações sobre projetos, obras e serviços ... A planilha de custos e serviços sintetiza o orçamento e

REC

EBIM

ENTO

DA

OB

RA

OU

SER

VIÇ

O

CO

ND

IÇÃ

O

FON

TES

DE

CR

ITÉ

RIO

C

AU

SAS

EF

EITO

S/R

ISC

OS

4. E

mis

são

do

s Te

rmo

s d

e

Re

ceb

ime

nto

das

O

bra

s an

tes

da

con

clu

são

do

s se

rviç

os

Lei F

ede

ral n

º 4

.32

0/6

4, a

rts.

62

e 6

3

Frag

ilid

ade

de

con

tro

le in

tern

o;

Co

nlu

io e

ntr

e o

órg

ão c

on

trat

ante

e o

co

ntr

atad

o.

Exec

uçã

o p

arci

al d

o o

bje

to c

on

trat

ado

;

Dif

icu

ldad

e p

ara

resp

on

sab

iliza

r o

co

nst

ruto

r p

elo

s ví

cio

s e

def

eito

s d

a o

bra

;

Ace

ite

da

ob

ra c

om

ser

viço

s e

xecu

tad

os

em

d

esac

ord

o c

om

os

Pro

jeto

s in

icia

is;

Ace

ite

de

serv

iço

s m

al e

xecu

tad

os;

Não

co

rreç

ão d

os

def

eito

s e

xist

ente

s an

tes

da

entr

ega

do

s se

rviç

os;

An

teci

paç

ão d

e p

agam

ento

s so

bre

ser

viço

s q

ue

ain

da

irão

ser

exe

cuta

do

s.

5.N

ão a

pre

sen

taçã

o

do

“A

s B

uilt

AB

NT

Ass

oci

ação

B

rasi

leir

a d

e N

orm

as

Técn

icas

NB

R 1

4.6

45

-1 d

e 2

000

.

Fisc

aliz

ação

inef

icie

nte

. Fa

lta

do

ate

sto

e r

egis

tro

das

mo

dif

icaç

ões

o

corr

idas

du

ran

te a

exe

cuçã

o d

os

serv

iço

s.

AN

EXO

A

CH

AD

OS

DE

AU

DIT

OR

IA E

M O

BR

AS

BLI

CA

S

�Tr

ibu

nal

de

Co

nta

s d

o E

stad

o d

a B

ahia

92