manual da qualidade da cvrvv - vinho...

41
MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV EDIÇÃO N.º 12 COMISSÃO DE VITICULTURA DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES

Upload: vutuyen

Post on 01-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA

QUALIDADE DA

CVRVV

EDIÇÃO N.º 12

COMISSÃO DE VITICULTURA DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES

Page 2: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 2/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

INDICE

MANUAL DA QUALIDADE ............................................................................................. 5

1. Promulgação .................................................................................................... 5

2. Objetivos ........................................................................................................ 5

3. Gestão ........................................................................................................... 5

4. Abreviaturas e definições .................................................................................... 6

REQUISITOS DE GESTÃO ............................................................................................. 7

1. A CVRVV ........................................................................................................... 7

1.1. Enquadramento no setor vitivinicola ....................................................................... 7

1.2. Organização ..................................................................................................... 9

1.2.1. Estatutos .................................................................................................... 9

1.2.2. Natureza juridica .......................................................................................... 9

1.2.3. Missão, visão, valores e objetivos .................................................................... 10

1.2.4. Politica da qualidade ................................................................................... 10

1.2.5. Atribuições e área de atuação ........................................................................ 11

1.2.6. Âmbito do sistema da qualidade ..................................................................... 11

1.2.6.1. Norma NP EN ISO/IEC 17065 – CVRVV ................................................................ 11

1.2.6.2. Norma NP EN ISO/IEC 17025 - Laboratório ......................................................... 11

1.3. Instalações .................................................................................................... 12

1.4. Orgãos .......................................................................................................... 12

1.5. Estrutura interna ............................................................................................. 13

1.5.1. Provedor do Consumidor ............................................................................... 13

1.5.2. Comité de Imparcialidade ............................................................................. 13

1.5.3. Comité de Certificação................................................................................. 14

1.5.4. Comité de Marketing ................................................................................... 14

1.6. Competências e responsabilidades ....................................................................... 14

1.6.1. Responsabilidades como EC ........................................................................... 14

1.6.2. Responsabilidades do Laboratório .................................................................... 15

1.6.3. Responsável da qualidade ............................................................................. 15

1.7. Independência, imparcialidade e confidencialidade .................................................. 15

1.8. Condições não discriminatórias ........................................................................... 16

1.9. Informação publicamente acessivel ...................................................................... 16

1.10. Responsabilidade legal e financiamento ............................................................... 17

1.11. Gestão por processos ...................................................................................... 17

Page 3: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 3/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.12. Comunicação ................................................................................................ 17

2. Sistema da qualidade ......................................................................................... 18

2.1. Controlo de documentos .................................................................................... 18

2.2. Registos ........................................................................................................ 19

2.3. Análise de contrato .......................................................................................... 19

2.3.1. Pedido de certificação ................................................................................. 19

2.3.2. Pedido de ensaios – entrega de amostra ............................................................ 19

2.3.3. Informação sobre o processo .......................................................................... 20

2.4. Recursos externos - subcontratação ...................................................................... 20

2.4.1. Rede de delegações ....................................................................................... 21

2.5. Aquisição de produtos e serviços .......................................................................... 22

2.5.1. Selos de garantia ........................................................................................ 22

2.5.2. Produtos e serviços relevantes - laboratório ....................................................... 23

2.6. Serviço ao cliente ............................................................................................ 23

2.7. Reclamações e recursos .................................................................................... 24

2.7.1. Reclamações ............................................................................................. 24

2.7.2. Recursos .................................................................................................. 24

2.8. Auditorias internas .......................................................................................... 25

2.9. Trabalho não conforme ..................................................................................... 25

2.10. Ações de melhoria (ações corretivas e preventivas) ................................................. 25

2.11. Melhoria ...................................................................................................... 26

2.12. Revisão pela gestão ........................................................................................ 26

3. Pessoal ........................................................................................................... 27

3.1. Generalidades ................................................................................................ 27

3.2. Pessoal da entidade de certificação ...................................................................... 27

3.3. Substituições e qualificação ............................................................................... 27

REQUISITOS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ................................................................. 28

1. Candidatura ..................................................................................................... 28

2. Avaliação ........................................................................................................ 28

2.1. Relatório de avaliação ...................................................................................... 28

3. Revisão e decisão de certificação........................................................................... 29

4. Acompanhamento .............................................................................................. 29

5. Alterações aos requisitos de certificação ................................................................. 29

6. Anulação, redução, suspensão ou retirada da certificação ............................................ 30

7. Utilização de selos de garantia .............................................................................. 30

Page 4: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 4/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

8. Reclamações apresentadas aos operadores económicos ................................................ 30

REQUISITOS TÉCNICOS - LABORATÓRIO ........................................................................ 31

1. Instalações e condições ambientais ........................................................................ 31

1.1. Analise fisico-quimica e sala de prova ................................................................... 31

1.2. Segurança ..................................................................................................... 31

1.3. Acesso .......................................................................................................... 31

2. Métodos de ensaio e validação de métodos ............................................................... 32

2.1. Generalidades e seleção de métodos .................................................................... 32

2.2. Validação de métodos e incerteza de medição ......................................................... 32

2.3. Controlo de dados ........................................................................................... 33

3. Equipamento .................................................................................................... 33

4. Rastreabilidade das medições ............................................................................... 33

5. Amostragem ..................................................................................................... 33

6. Manuseamento dos itens a ensaiar ......................................................................... 34

7. Garantia da qualidade dos resultados de ensaio ......................................................... 34

8. Apresentação dos resultados................................................................................. 34

Anexo ................................................................................................................ 36

1. Organogramas ................................................................................................ 36

1.1. Organograma da CVRVV ..................................................................................... 36

1.2. Organograma do laboratório ............................................................................... 37

2. Substituições .................................................................................................. 38

3. Lista de documentos da qualidade ....................................................................... 39

3.1. Procedimentos da qualidade ............................................................................. 39

3.2. Instruções de trabalho .................................................................................... 39

4. Abreviaturas e definições especificas .................................................................... 40

4.1. Abreviaturas ................................................................................................. 40

4.2. Definições específicas ..................................................................................... 40

ALTERAÇÕES À EDIÇÃO ANTERIOR

Edição 11 de Setembro de 2014.

Esta edição resulta da Ordem de Serviço N.º 5/2014 datada de 30-12-2014 e que entrou em vigor a

02-01-2015. Foram alterados os pontos 1.5 e 1.5.3 e o anexo 1.1. As alterações estão identificadas

por barra lateral e cor

Page 5: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 5/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

MANUAL DA QUALIDADE

1. PROMULGAÇÃO

O Manual da Qualidade constitui o suporte documental do sistema da qualidade implementado na

CVRVV de acordo com os referenciais NP EN ISO/IEC 17065 e NP EN ISO/IEC 17025.

A promulgação deste manual formaliza a declaração de aprovação pela Comissão Executiva do sistema

da qualidade implementado e o compromisso com a melhoria contínua de toda a CVRVV.

Cabe aos responsáveis de serviço/departamento, observar a todos os níveis, o cumprimento das

determinações que constam deste manual, devendo as mesmas ser cumpridas por todos os que

integram a CVRVV e/ou que colaborem funcionalmente com a mesma.

2. OBJETIVOS

São objetivos do manual da qualidade:

1. Divulgar o sistema da qualidade, interna e externamente, de modo a potenciar a melhoria

continua e a satisfação dos clientes da CVRVV e outras partes interessadas;

2. Formalizar a Politica da Qualidade da CVRVV e estabelecer orientações para sua aplicação;

3. Descrever e documentar o sistema da qualidade, constituindo um referencial permanente para

a sua aplicação e manutenção;

4. Demonstrar a conformidade do sistema da qualidade com os referenciais normativos adotados.

3. GESTÃO

O manual da qualidade é revisto sempre que exista matéria para tal, sendo que, no mínimo se efetua

uma revisão anual do documento. O texto alterado é identificado por barra lateral no próprio manual.

São dispensadas de identificação, as revisões resultantes de erros ortográficos e as que originem

alterações de texto superiores a 75% do texto original. A justificação para a revisão é incluída no item

«alterações à edição anterior».

As edições do manual da qualidade são numeradas e sequenciais.

É da responsabilidade do departamento da qualidade a revisão do manual da qualidade e da Comissão

Executiva a sua aprovação.

Page 6: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 6/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

O manual da qualidade existe somente em formato de ficheiro pdf, pelo que qualquer cópia impressa

considera-se como Cópia Não Controlada, não sendo da responsabilidade do departamento da

qualidade da CVRVV a sua atualização.

A divulgação do manual da qualidade efetua-se através dos meios eletrónicos existentes, sendo

disponibilizado:

Internamente, a todos colaboradores da CVRVV como leitores e impressores, via servidor

interno;

Externamente, aos operadores económicos e público que navegue na web como leitores, via

portal do «Vinho Verde».

4. ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

Neste manual da qualidade, são utilizadas abreviaturas e definições que decorrem da regulamentação

nacional e europeia, não obstante, outras características resultantes da cultura interna da CVRVV, são

descritas em anexo a este manual.

Page 7: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 7/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

REQUISITOS DE GESTÃO

1. A CVRVV

1.1. ENQUADRAMENTO NO SETOR VITIVINICOLA

A orientação para a qualidade e a regulamentação da Produção e Comércio do Vinho Verde surgiram no

início do século XX, tendo a Carta de Lei de 18 de setembro de 1908 e o Decreto de 1 de outubro do

mesmo ano, demarcado pela primeira vez a Região dos Vinhos Verdes.

No entanto, o texto da Carta de Lei de 1908 apenas é regulamentado no ano de 1926 através do

Decreto n.º 12:866, o qual veio estabelecer o Regulamento da Produção e Comércio do Vinho Verde,

consagrando o estatuto próprio da Região Demarcada, definindo os seus limites geográficos,

caracterizando os seus vinhos e criando a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV)

instituída para o por em execução. Posteriormente, em 1929, o referido regulamento viria a ser objeto

de reajustamento através do Decreto n.º 16:684.

Como consequência da entrada de Portugal na Comunidade Europeia é promulgada em 1985 a Lei-

Quadro das Regiões Demarcadas (Lei n.º 8/85 de 4 de junho), que determinaria a reformulação dos

estatutos das Regiões Demarcadas e da estrutura orgânica das respetivas Comissões Vitivinícolas. A

CVRVV passa a ter um Conselho Geral com representação paritária do Comércio e da Produção. A sua

Comissão Executiva é eleita pelo Conselho Geral, à exceção do seu Presidente o qual é nomeado pelo

ministério da tutela.

Por força do DL n.º 104/87 de 6 de março, é transformada a natureza jurídica da CVRVV e a sua

estrutura orgânica, passando a ser uma Associação Regional Pessoa Coletiva de Direito Privado e

Utilidade Pública, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto com o número 53/87

1211. Ainda em 1987, são publicados os Estatutos da CVRVV.

Em 1988, é publicado o DL n.º 350/88 de 30 de setembro, que desenvolve o regime da disciplina e

fomento dos vinhos de qualidade e o Laboratório da CVRVV é reconhecido como oficial pela Portaria n.º

534/88 de 9 de agosto.

No desenvolvimento do regime jurídico previsto no DL n.º 10/92 de 3 de fevereiro, foram aprovados os

Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

Page 8: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 8/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

Nos estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, foram obrigatoriamente definidos a delimitação

geográfica da área da região, a natureza dos solos, o encepamento (castas recomendadas e autorizadas

e suas percentagens), as práticas culturais, designadamente sistemas de condução da vinha, os

métodos e práticas de vinificação, o teor alcoólico mínimo natural, os rendimentos por hectare, as

práticas enológicas e as características químicas e organoléticas dos produtos da região.

Neste diploma legal, veio confirmar-se o reconhecimento das 6 sub-regiões (Amarante, Braga, Basto,

Penafiel, Lima, Monção) produtoras com direito à Denominação de Origem Controlada «Vinho Verde»,

já consagradas anteriormente.

O desenvolvimento do «Vinho Verde», tanto no mercado interno como junto de uma comunidade de

consumidores cada vez mais alargada, recomendava que os Estatutos fossem revistos no sentido de

melhor os adaptar à dupla tarefa de defender a sua genuinidade e tradição e de acompanhar os

desafios de diversificação e de sintonia com as exigências dos consumidores.

Assim, decidiu o Governo, sob proposta do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e, com o pleno acordo da

CVRVV, reformular o diploma base que regulamenta e protege as designações «Vinho Verde», «Vinho

Verde Espumante», «Aguardente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes», «Aguardente Bagaceira da

Região dos Vinhos Verdes» e «Vinagre de Vinho Verde», sendo que algumas constituem novidades de

relevo no diploma. Esta atualização foi efetuada pelo DL n.º 263/99 de 14 de julho, o qual veio a ser

objeto de ligeiras correções de redação fixadas pelo DL n.º 449/99 de 4 de novembro.

Ao abrigo do disposto no artigo 3º dos Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, anexo DL n.º

263/99 de 14 de julho, atualizado pelo DL n.º 449/99 de 4 de novembro, é publicada a Portaria n.º

28/01 de 16 de janeiro, alterando as sub-regiões da área geográfica de produção de vinhos com direito

à Denominação de Origem «Vinho Verde» anteriormente previstas no DL n.º 10/92 para 9 sub-regiões

(Amarante, Ave, Baião, Basto, Cavado, Lima, Monção, Paiva e Sousa).

Em 2004 foi publicado o DL n.º 212/2004 de 23 de agosto, que estabeleceu a nova organização

institucional do setor vitivinícola, revogando a Lei n.º 8/85, entre outras normas legais. Na sequência

deste diploma foi efetuada a alteração dos Estatutos da CVRVV, tendo sido objeto de escritura pública

em 04 de maio de 2007 no Cartório Notarial de M. Rosário Costa Gomes, situado no Porto.

Em 2008 foi publicada a Portaria n.º 297/2008 de 17 de abril, D.R.1ª Série – Nº 76 e que designou a

CVRVV como entidade certificadora para exercer funções de controlo da produção e comércio e de

certificação dos produtos vitivinícolas com direito à Denominação de Origem «Vinho Verde» e à

Indicação Geográfica «Minho».

Page 9: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 9/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

Em 2009 com a publicação da Portaria n.º 291/2009 de 23 de março, D.R. 1ª Série – N.º 57, que alterou

a alínea g) do n.º1 da Portaria 28/29001 de 16 de janeiro, a sub-região que integra os concelhos de

Monção e Melgaço passou a ser designada como sub-região de Monção e Melgaço.

Ainda em 2009-03-30, a CVRVV viu reconhecida a sua competência técnica como entidade certificadora

de produtos DO «Vinho Verde» e IG «Minho», através da acreditação concedida pelo IPAC de acordo

com a norma NP EN 45011.

Em 2010, e resultando do enquadramento da reorganização institucional do Setor Vitivinícola definido

pelo DL n.º 212/2004 de 23 de agosto, foram publicados os diplomas Portaria n.º 668/2010 de 11 de

agosto e Portaria n.º 949/2010 de 22 de setembro, que regulam a Produção e Comércio da DO «Vinho

Verde», revogando os Decretos-Lei n.º 10/92 de 3 de fevereiro alterado pelos DL n.º 263/99 de 14 de

julho, DL n.º 449/99 de 4 de novembro e DL n.º 93/2006 de 25 de maio, e da Portaria n.º 28/2001 de 16

de janeiro alterada pela Portaria n.º 291/2009 de 23 de março.

1.2. ORGANIZAÇÃO

1.2.1. ESTATUTOS

A CVRVV viu os seus Estatutos, aprovados em reunião do Conselho Geral de 04/04/2007, os quais foram

objeto de escritura pública realizada no Cartório Notarial de Mª Rosário Costa Gomes, no Porto, no dia

04/05/2007, tendo sido o respetivo Anúncio (extrato) n.º 2852/2007 publicado em sede de Diário da

República 2ª Série, Nº 96 de 18 de maio de 2007.

Os Estatutos são disponibilizados ao público em geral através do portal do «Vinho Verde» em

http://www.vinhoverde.pt/pt/instituicao/estatutos.asp.

1.2.2. NATUREZA JURIDICA

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que também usa a sigla CVRVV, é um organismo

interprofissional que tem por objeto a representação dos interesses das profissões envolvidas na

produção e comércio da Denominação de Origem (DO) «Vinho Verde» e da Indicação Geográfica (IG)

«Minho» e a defesa do património coletivo que as mesmas constituem, revestindo, nessa qualidade, a

forma jurídica de uma Associação Regional, Pessoa Coletiva de Direito Privado e Utilidade Pública

(decreto-lei n.º 104/87 de 6 de Março) e durará por tempo indeterminado.

Page 10: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 10/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.2.3. MISSÃO, VISÃO, VALORES E OBJETIVOS

Missão:

Certificar, controlar e promover os produtos com DO «Vinho Verde» e IG «Minho»;

Dinamizar, apoiar e promover a melhoria da qualidade da vinha;

Defender o património regional e nacional que constitui a DO «Vinho Verde».

Visão: ser uma instituição de prestígio, como Entidade Certificadora e Promotora da DO «Vinho Verde»

e IG «Minho», reconhecida a nível nacional e internacional e de referência no setor vitivinícola.

Valores: independência, imparcialidade, rigor, transparência e inovação.

Objetivos: entidade certificadora com qualidade e rigor exemplar.

Os objetivos são traçados pela Comissão Executiva e apresentados em sede de Conselho Geral. O

«Plano de Atividades» é o documento que os formaliza.

1.2.4. POLÍTICA DA QUALIDADE

A CVRVV pauta a prestação dos serviços pela transparência, rigor, agilidade e isenção nos processos

que regulam toda a atividade económica da Região dos Vinhos Verdes e que contribuem para

acrescentar valor aos Viticultores e restantes Operadores Económicos da fileira.

A CVRVV atua de forma imparcial e independente, na promoção da competitividade do setor e no

desenvolvimento da região, assumindo-se como parceiro para a inovação e o desenvolvimento de novos

mercados.

O modelo de funcionamento da CVRVV assenta num compromisso com a melhoria contínua da

organização, com vista à satisfação dos requisitos e ao ultrapassar das expectativas dos seus clientes.

Os colaboradores da CVRVV constituem os recursos estratégicos por excelência que garantem a

implementação da metodologia adotada pela empresa e a observação dos padrões de qualidade

estabelecidos.

Page 11: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 11/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.2.5. ATRIBUIÇÕES E ÁREA DE ATUAÇÃO

As atribuições e competências da CVRVV são as definidas no artigo 3º dos seus estatutos,

genericamente, a promoção e defesa da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho», seu controlo, certificação

e utilização.

A CVRVV tem como área de atuação a definida no artigo 4º dos seus estatutos, i.e., a Região

Demarcada dos Vinhos Verdes.

1.2.6. ÂMBITO DO SISTEMA DA QUALIDADE

A CVRVV foi designada como entidade certificadora para exercer funções controlo da produção e

comércio e de certificação dos produtos vitivinícolas com direito à DO «Vinho Verde» e à IG «Minho»,

pela Portaria n.º 297/2008 de 17 de Abril, pelo que o sistema da qualidade abrange estas atividades.

1.2.6.1. NORMA NP EN ISO/IEC 17065 – CVRVV

A acreditação da CVRVV, como EC, tem como âmbito a certificação e controlo dos produtos descritos

no Anexo Técnico de Acreditação N.º C0010.

1.2.6.2. NORMA NP EN ISO/IEC 17025 - LABORATÓRIO

A acreditação do laboratório tem como âmbito, os ensaios realizados aos produtos descritos no Anexo

Técnico de Acreditação N.º L0226-1.

Estes ensaios cumprem as especificações regulamentares do sector vitivinícola, satisfazem as

necessidades dos clientes da CVRVV, da entidade reguladora (IVV) e da norma NP EN ISO/IEC 17025.

A avaliação da conformidade dos resultados obtidos regula-se pelas disposições da legislação vigente

para o setor vitivinícola.

Page 12: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 12/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.3. INSTALAÇÕES

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes tem sede na

Rua da Restauração, N.º 318, 4050-501 Porto.

O Laboratório tem instalações permanentes na sede da CVRVV.

É ainda propriedade da CVRVV, a Estação Vitivinícola «Amândio Galhano», EVAG, a qual está localizada

no Lugar de Campos do Lima, Paçô, 4970-249 Arcos de Valdevez, assim como, os armazéns e destilaria

situados na Estrada Nacional 13, 4470 Maia.

A EVAG é uma propriedade com cerca de 66 hectares dos quais, 32,8 são de área vitícola, 24,5 de área

florestal e 8,6 de área social.

A EVAG é explorada pela Quinta Campos do Lima - Agroturismo, Unipessoal Lda.; entidade com a

natureza jurídica de Sociedade por Quotas.

A Quinta Campos do Lima tem por objeto a realização de atividades na área da produção agrícola,

florestal e piscícola, com especial relevo para a viticultura e vitivinicultura; ser viveirista e

comercialização de material vegetativo; a produção e proteção integrada em viticultura através de

medidas agroambientais; a prestação de serviços e assistência à viticultura; a realização de projetos de

pesquisa e desenvolvimento para a obtenção melhorada dos produtos, processos e sistemas de

produção vitivinícola, homologação de equipamentos e produtos; a beneficiação e conservação dos

espaços florestais e exploração florestal; a pesca em águas interiores e aquicultura; promoção e

divulgação de projetos de turismo no espaço rural; a realização de atividades associadas ao Turismo

rural e/ou Agroturismo, integrando as componentes de alojamento, restauração, animação e lazer; a

prestação de serviços de promoção e marketing, bem como a formação profissional.

A Quinta Campo de Lima é o único organismo relacionado com a CVRVV cujos conflitos de interesse

estão espelhados na matriz «Potenciais Conflitos».

1.4. ORGÃOS

A CVRVV é constituída por representantes dos interesses profissionais da produção e do comércio dos

produtos vitivinícolas da região (art.º 5º dos estatutos).

Page 13: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 13/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

A CVRVV tem como órgãos (art.º 6º dos estatutos):

1. O Conselho Geral;

2. A Comissão Executiva;

3. O Conselho Fiscal.

Composição, competências, funcionamento, eleição e duração dos mandatos são definidos nos

estatutos, art.º 7º a 16º respetivamente.

1.5. ESTRUTURA INTERNA

A Ordem de Serviço 5/2014 de 30 de dezembro de 2014 descreve a estrutura funcional e hierárquica da

CVRVV, estando o organograma da CVRVV e do Laboratório apresentados em anexo.

1.5.1. PROVEDOR DO CONSUMIDOR

O Provedor do Consumidor é o serviço dirigido ao consumidor da CVRVV.

A função do Provedor é a defesa e proteção dos direitos e legítimos interesses dos consumidores no

âmbito da atividade desenvolvida pela CVRVV.

O seu funcionamento é descrito em regulamento próprio.

1.5.2. COMITÉ DE IMPARCIALIDADE

O Comité de Imparcialidade é um órgão consultivo do Conselho Geral da CVRVV, composto por:

Um representante do sector da produção, eleito pelos membros do Conselho Geral da CVRVV;

Um representante do sector do comércio, eleito pelos membros do Conselho Geral da CVRVV;

O Provedor do Consumidor da CVRVV, enquanto representante dos consumidores, que presidirá.

Tem por atribuições assistir o Conselho Geral para as atividades de certificação da DO «Vinho Verde» e

da IG «Minho», competindo-lhe emitir anualmente um parecer com recomendações, designadamente,

sobre:

a) As políticas e procedimentos relativos à imparcialidade das atividades de certificação;

b) Qualquer tendência por parte da CVRVV para permitir que aspetos comerciais ou de outra

natureza impeçam a consistente prestação imparcial dos serviços de certificação;

c) Em matérias que afetem a imparcialidade e a confiança na certificação.

O seu funcionamento é descrito em regulamento próprio.

Page 14: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 14/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.5.3. COMITÉ DE CERTIFICAÇÃO

O Comité de Certificação é um órgão de coordenação técnica que exerce as suas funções no âmbito de

competências delegadas. O seu funcionamento é descrito em regulamento próprio, sendo a sua

nomeação da responsabilidade da Comissão Executiva.

1.5.4. COMITÉ DE MARKETING

O Comité de Marketing é um órgão consultivo da Comissão Executiva que tem por competência assisti-

la na tomada das medidas necessárias para a execução das diretivas do Conselho Geral em sede da

promoção e divulgação dos produtos da Região, nomeadamente através da emissão de pareceres que

lhe sejam solicitados ou de sua iniciativa quando considerar oportuno.

O Comité de Marketing é constituído pelo Presidente do Conselho Geral, que o preside, e por seis

membros indicados pelos membros do Conselho Geral, sendo três representantes do setor comércio e

três representantes do setor da produção.

O funcionamento do Comité de Marketing está descrito em regulamento de próprio.

1.6. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

As competências e responsabilidades dos colaboradores da CVRVV são definidas globalmente no Manual

de Competências e Repositório da CVRVV existentes.

1.6.1. RESPONSABILIDADES COMO EC

O processo de certificação dos produtos DO «Vinho Verde» e IG «Minho» tem por base 3 etapas não

sequenciais. As etapas consistem, na apreciação técnica do produto (ensaios físico-químicos e

sensoriais), apreciação de rotulagem e verificação de saldo em conta-corrente de acordo com os

requisitos do produto.

Os responsáveis dos departamentos, Laboratório, Fluxos Vínicos e Rotulagem, têm a responsabilidade e

autoridade para a gestão dos processos de certificação.

O responsável da Verificação Técnica tem a responsabilidade e autoridade para o controlo e

fiscalização da DO «Vinho Verde» e IG «Minho» na Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

Page 15: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 15/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.6.2. RESPONSABILIDADES DO LABORATÓRIO

Cabe a cada responsável técnico do Laboratório, a responsabilidade da supervisão técnica da atividade

desenvolvida no setor de análise que coordena, competindo ao responsável do laboratório a

responsabilidade geral das atividades técnicas desenvolvidas no laboratório que asseguram a qualidade

e fiabilidade dos resultados apresentados nos Relatórios de Ensaio.

As substituições são apresentadas no anexo deste manual.

1.6.3. RESPONSÁVEL DA QUALIDADE

A Comissão Executiva delegou na responsável da qualidade, autoridade e responsabilidade para

assegurar a implementação e manutenção do sistema da qualidade, de acordo com os referenciais

normativos adotados, e reportar o seu desempenho, bem como, necessidade de melhoria.

1.7. INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE E CONFIDENCIALIDADE

A CVRVV, atua preventivamente de modo a minimizar e/ou eliminar eventuais riscos (matriz

«Potenciais Conflitos»), que coloquem em causa a imparcialidade, e/ou, que afetem os trabalhadores

que participem na certificação e controlo da DO e da IG.

Os trabalhadores da CVRVV e estagiários subcontratados para o efeito, envolvidos em processos de

certificação e controlo da DO e IG:

1. Não participam na conceção e produção de produtos certificados pela CVRVV, nem efetuam

consultadoria aos operadores económicos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes;

2. Estão livres de quaisquer pressões de natureza comercial, financeira ou de outra natureza, que

possam influenciar os resultados dos processos de certificação e controlo da DO «Vinho Verde»

e da IG «Minho».

3. Têm de respeitar os deveres da lealdade e não divulgação de informação, impostos no nº1 do

artigo 128º do Código do Trabalho (Lei n.º7/2009).

A inscrição da base de dados dos operadores económicos da CVRVV na CNPD desde 06/01/1985, obriga

ao sigilo profissional os trabalhadores da CVRVV e eventuais parceiros e/ou fornecedores que no

decurso das suas atividades tenham acesso à mesma, conforme disposto na Lei n.º 67/98 de 26 de

outubro.

Page 16: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 16/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

São ainda medidas preventivas para independência, imparcialidade e confidencialidade, as que

abrangem os trabalhadores do laboratório da CVRVV, nomeadamente:

1. A automatização da avaliação da conformidade legal dos resultados obtidos;

2. A existência de níveis diferenciados para validação do relatório de ensaio;

3. A metodologia para encriptação e circulação das amostras com código anónimo e desconhecido

pelo cliente.

1.8. CONDIÇÕES NÃO DISCRIMINATÓRIAS

As políticas e procedimentos segundo os quais a CVRVV funciona, e a gestão destes não são

discriminatórios.

O acesso dos operadores económicos aos serviços de certificação da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho»

é autorizado, sempre que, estes se enquadrem dentro dos requisitos definidos na legislação existente

para o setor vitivinícola e Manual de Certificação em vigor.

1.9. INFORMAÇÃO PUBLICAMENTE ACESSIVEL

O esquema de certificação utilizado na certificação de produtos com DO «Vinho Verde» e IG «Minho»

cumpre com os requisitos do referencial NP EN ISO/IEC 17067, esquema 4 com a exceção da alínea d)

do ponto VI.

É principal receita da CVRVV, a taxa de certificação cobrada ao abrigo do decreto-lei n.º 94/2012 de 20

de abril de 2012. Anualmente, a taxa é revista e publicada em Diário da Republica, sendo igualmente

publicitada no portal do Vinho Verde e no iNETSIV.

O Manual de Certificação e os Regimes da Produção e Comércio, nomeadamente a Portaria n.º

668/2010 de 11 de Agosto e a Portaria n.º 379/2012 de 21 de Novembro com as respetivas alterações,

disponibilizados no portal do Vinho Verde (www.vinhoverde.pt) descrevem os requisitos, deveres e

obrigações dos operadores económicos inscritos na CVRVV para a certificação e controlo dos produtos

vitivinícolas com DO «Vinho Verde» e IG «Minho».

Page 17: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 17/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.10. RESPONSABILIDADE LEGAL E FINANCIAMENTO

Para além dos seguros de obrigatoriedade legal, a CVRVV detém um seguro de responsabilidade civil

profissional que cobre a atividade de certificação exercida pelos seus trabalhadores.

A CVRVV dispõe dos recursos necessários e suficientes para garantir a estabilidade financeira da

entidade. As contas são legalmente certificadas por um ROC devidamente credenciado.

1.11. GESTÃO POR PROCESSOS

A abordagem de processos identificou vários processos de negócio e de suporte. A sua interação é

descrita no «Repositório CVRVV» publicado em http://interno.vinhoverde.pt/.

1.12. COMUNICAÇÃO

Internamente, a CVRVV fomenta o contacto direto entre todos, assim, utiliza-se preferencialmente a

comunicação verbal seguida da comunicação escrita (email, informações, atas de reuniões e ordens de

serviço).

Para facilitar e centralizar a comunicação com o exterior, atribuiu-se um gestor de conta a cada

operador económico inscrito na CVRVV.

Page 18: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 18/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2. SISTEMA DA QUALIDADE

2.1. CONTROLO DE DOCUMENTOS

A CVRVV tem a seguinte estrutura documental:

Os subprocessos «Definir Modelo de MC» e «Gerir Documentação», complementados pelo procedimento

QUAL_01/YY e instruções de trabalho IT_QUAL_03/YY e IT_QUAL_13/YY, descrevem a gestão da

documentação da CVRVV, incluindo a especifica aplicável ao Laboratório.

O Manual de Certificação e demais documentação aplicável à certificação DO «Vinho Verde» e IG

«Minho» são publicados, para os operadores económicos, via iNETSIV, e para o público em geral, via

portal do Vinho Verde (www.vinhoverde.pt).

ESTATUTOS CVRVV | POLITICA

QUALIDADE

MQ|REPOSITORIO| PROC.QUAL

LEGISLAÇÃO |DOC.EXTERNOS

MANUAL CERTIFICAÇÃO| REG.INTERNOS

DO/IG| MANUAIS OPER. | REGISTOS

Page 19: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 19/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2.2. REGISTOS

A CVRVV estabelece e mantém registos para, proporcionar evidências da atividade como entidade

certificadora DO «Vinho Verde» e IG «Minho, do cumprimento dos referenciais NP EN ISO/IEC 17065 e

NP EN ISO/IEC 17025, e operação eficaz do sistema da qualidade.

O processo «Gerir MC», complementado pelo procedimento QUAL_01/YY e instrução de trabalho

IT_QUAL_13/YY, definem a metodologia para a gestão dos registos.

Os registos são recolhidos de modo indelével e identificáveis com as tarefas executadas, permitindo

assim, uma linha de auditoria desde a sua observação até ao resultado final.

É da responsabilidade do departamento SI/TIC a gestão da segurança (acessos e cópias de segurança)

das bases de dados e aplicações informáticas existentes.

2.3. ANÁLISE DE CONTRATO

2.3.1. PEDIDO DE CERTIFICAÇÃO

Qualquer pessoa singular ou coletiva, que se dedique à produção e comercialização de produtos

vitivinícolas, excluindo a distribuição e venda a retalho de produtos engarrafados, pode solicitar um

pedido de certificação da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho», desde que cumpridos os pré-requisitos

definidos no Manual de Certificação e legislação em vigor.

O pedido de «Entrega de Amostra» efetuado pelo operador económico, via web ou nos serviços da

CVRVV, formaliza o pedido de certificação do lote do produto a certificar. A «Aceitação do Pedido de

Análise», resultante formaliza o contrato estabelecido entre a CVRVV e o operador económico, para o

serviço solicitado.

2.3.2. PEDIDO DE ENSAIOS – ENTREGA DE AMOSTRA

Qualquer pessoa singular ou coletiva, pode solicitar um pedido de ensaios físico-químicos e/ou

sensoriais, num produto vínico descrito no âmbito do Anexo Técnico de Acreditação L0226-1. O pedido

pode ser solicitado via web, ou nos serviços da CVRVV, pelo preenchimento do formulário «Entrega de

Amostra».

Page 20: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 20/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

A «Aceitação do Pedido de Análise» resultante do pedido de «Entrega de Amostra» formaliza o contrato

e inicia o processo da realização dos ensaios solicitados.

Podem ser efetuados, pedidos de análise com base em protocolos analíticos pré-estabelecidos, para

produtos que se encontrem definidos na «Tabela de Preços das Análises do Laboratório» disponível na

web: www.vinhoverde.pt/pt/recursos/documentacao/tabelaprecos.asp

Sempre que, o cliente verifique a necessidade de efetuar ensaios adicionais, aos previstos no protocolo

analítico base preestabelecido deve-o expressamente solicitar aquando pedido de análise.

Alterações solicitadas, pelos operadores económicos a pedidos de análise em execução, devem ser

efetuadas através do gestor de conta, que desencadeará junto do laboratório, as diligências

necessárias para analisar a exequibilidade e disponibilidade para sua execução. O inverso é igualmente

aplicável.

No âmbito da atividade de certificação, controlo e promoção da DO e da IG, o laboratório pode

estabelecer ou alterar os protocolos analíticos para os clientes internos da CVRVV, consoante

necessidades dos mesmos.

2.3.3. INFORMAÇÃO SOBRE O PROCESSO

Qualquer pedido de informação sobre o estado do processo de certificação deve ser efetuado junto do

gestor de conta nomeado pela CVRVV para o efeito.

Os operadores económicos que dispõem de acesso ao iNETSIV podem visualizar toda a informação sobre

o estado dos pedidos submetidos nas várias aplicações disponíveis pela CVRVV.

2.4. RECURSOS EXTERNOS - SUBCONTRATAÇÃO

A CVRVV não recorre a subcontratação de pessoal nem entidades, para a execução das tarefas de

avaliação, revisão e decisão dos processos de certificação da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho».

O Laboratório da CVRVV não efetua subcontratação de ensaios de análise sensorial do âmbito da

acreditação.

A subcontratação dos ensaios físico-químicos do âmbito da acreditação pode pontualmente ocorrer por

motivos imprevistos. Sempre que a mesma ocorra, o laboratório responsabiliza-se perante o seu cliente

pelo trabalho subcontratado, exceto quando o cliente designe qual o laboratório a subcontratar.

Page 21: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 21/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2.4.1. REDE DE DELEGAÇÕES

A CVRVV dispõe de uma rede de delegações dispersa pelos concelhos da região dos VV.

As delegações são organizações/entidades que realizam tarefas de caráter administrativo, em nome da

CVRVV, e relacionadas com a região dos VV.

Nas delegações, não é efetuado qualquer trabalho que envolva avaliação, revisão e decisão de

processos de certificação DO «Vinho Verde» e IG «Minho».

Para ser delegação CVRVV deve ser evidenciado o cumprimento dos seguintes requisitos:

i. Possuir atendimento público;

ii. Possuir horário de atendimento diário, mínimo de 6 horas;

iii. Pessoal qualificado para trabalhar com as aplicações disponibilizadas pela CVRVV;

iv. Possuir equipamento informático com ligação à internet;

v. Não ser operador económico, produtor ou engarrafador de vinho inscrito na CVRVV;

vi. Demonstrar acessibilidade e centralidade das suas instalações;

vii. Reunir condições de espaço, limpeza, funcionalidade e organização;

viii. Existência no mesmo local de outros serviços aos agricultores (preferencial).

O contrato/protocolo celebrado formaliza a autorização do funcionamento da delegação.

Sempre que a CVRVV o entenda, pode ser desencadeado um processo de qualificação de nova entidade

a delegação. O processo envolve as seguintes etapas:

i. Envio pela entidade candidata da documentação requerida;

ii. Visita prévia das instalações da delegação candidata (quando aplicável);

iii. Elaboração de relatório (quando aplicável);

iv. Decisão pela Comissão Executiva da CVRVV;

v. Comunicação da decisão.

Os custos de deslocação da equipa da CVRVV são suportados pela delegação candidata. Pontualmente

podem ser efetuadas novas visitas às delegações para manutenção da respetiva qualificação.

Page 22: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 22/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2.5. AQUISIÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

2.5.1. SELOS DE GARANTIA

Os selos de garantia são produzidos em gráficas autorizadas pela CVRVV.

Para ser gráfica autorizada, é necessário evidenciar o cumprimento global dos requisitos

organizacionais e de negócio definidos pela CVRVV que constam de:

A. Requisitos organizacionais

i. Apresentar o equipamento necessário para produção dos selos de garantia;

ii. Apresentar confidencialidade na numeração dos selos de garantia;

iii. Apresentar capacidade de cumprimento do prazo de entrega contratualmente definido;

iv. Apresentar metodologia na recolha de selos não conformes;

v. Não ser operador económico produtor ou engarrafador de vinho;

vi. Apresentar organização que cumpra os requisitos da norma ISO 9001.

B. Requisitos do negócio:

i. Produzir selos de garantia integrados em contrarrótulos dos engarrafadores, em suporte

autocolante;

ii. Os selos autocolantes integrados no contrarrótulo serão encomendados diretamente pelos

engarrafadores à gráfica;

iii. São os engarrafadores que suportam o custo, sendo com eles que a gráfica estabelece a

relação comercial;

iv. A CVRVV fornecerá, após pedido da gráfica autorizada, a série e numeração para os selos

de garantia a produzir;

v. Os selos de garantia integrados no contrarrótulo, depois de produzidos, são entregues pela

gráfica na CVRVV, que por sua vez os entregará aos engarrafadores;

vi. Os selos de garantia a produzir terão de obedecer às especificações técnicas e dimensões

definidas pela CVRVV.

A celebração do contrato entre a CVRVV e a gráfica é a evidência da autorização efetuada.

Page 23: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 23/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

Sempre que a CVRVV o entenda, pode ser desencadeado um processo de qualificação de nova gráfica.

O processo envolve as seguintes etapas:

i. Abertura de concurso pela CVRVV para o efeito;

ii. Visita prévia das instalações da gráfica candidata (quando aplicável);

iii. Elaboração de relatório (quando aplicável);

iv. Decisão pela Comissão Executiva da CVRVV;

v. Comunicação da decisão.

Os custos de deslocação da equipa da CVRVV são suportados pela gráfica candidata.

Pontualmente podem ser efetuadas novas visitas às gráficas autorizadas, para manutenção da respetiva

autorização.

Periodicamente, a CVRVV define e divulga aos operadores económicos, as gráficas autorizadas para a

produção de selos de garantia.

2.5.2. PRODUTOS E SERVIÇOS RELEVANTES - LABORATÓRIO

O processo «Gerir Fornecedores» complementado pelo procedimento QUAL_03/YY e instrução de

trabalho IT_QUAL_06/YY garantem que os fornecedores do laboratório são selecionados, avaliados,

qualificados/requalificados, mediante critérios previamente estabelecidos.

As encomendas são colocadas a fornecedores qualificados e, os produtos rececionados devidamente

inspecionados.

O subprocesso «Gerir Reagentes e Consumíveis», complementado pela instrução de trabalho

IT_QUAL_06/YY, garantem ainda, que a armazenagem dos reagentes e consumíveis se efetua conforme

as indicações de segurança prescritas nos mesmos.

2.6. SERVIÇO AO CLIENTE

A CVRVV encontra-se disponível para cooperar com os agentes económicos, entidade reguladora do

setor e demais clientes, desde que não se coloque em causa a confidencialidade e imparcialidade da

avaliação, revisão e decisão dos processos de certificação DO «Vinho Verde» e IG «Minho», bem como,

a execução dos ensaios físico-químicos e sensoriais.

Estão inseridas nas atividades de cooperação, os esclarecimentos e informações de natureza técnica,

visitas de clientes/ instituições de ensino/ jornalistas, aprendizagem de execução de ensaios,

realizações de estágios, entre outras atividades que a CVRVV execute.

Page 24: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 24/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

A visualização pelo operador económico da execução de ensaios no âmbito da certificação de produtos

DO «Vinho Verde» e IG «Minho» implica um acréscimo de 10 dias úteis no prazo de entrega do relatório

de ensaio, uma sobretaxa de 50% do custo da análise e a presença do responsável do laboratório ou seu

substituto.

Findo o prazo estipulado na instrução de trabalho IT_QUAL08/YY, o remanescente é destruído devido à

perecibilidade do produto após abertura das amostras. No caso dos triplicados/quadruplicados, as

amostras são guardadas pelo período definido na IT_QUAL08/YY, findo o qual o cliente poderá solicitar

a sua devolução.

2.7. RECLAMAÇÕES E RECURSOS

2.7.1. RECLAMAÇÕES

As reclamações apresentadas por, operadores económicos ou terceiros devem ser efetuadas

preferencialmente por escrito, através do gestor de conta designado pela CVRVV, do Provedor do

Consumidor ([email protected]), ou presencialmente na CVRVV.

Sempre que solicitado, a CVRVV disponibiliza a metodologia interna utilizada para tratamento das

reclamações apresentadas. A metodologia é descrita no processo «Gerir Relação com Clientes» e

procedimento QUAL_04/YY.

2.7.2. RECURSOS

Qualquer operador económico pode interpor recurso dos resultados dos ensaios físico-químicos e

sensoriais efetuados (recursos técnicos), bem como, das decisões finais proferidas em sede disciplinar

(recursos hierárquicos).

Resumidamente: o recorrente deve formalizar o pedido de recurso por escrito, no prazo máximo de 5

dias úteis após notificação, indicando expressamente o objeto do recurso. Com a entrega do

requerimento do recurso, o requerente, deve depositar junto do Gestor de Conta, a título de

pagamento do recurso, uma importância cujo montante é disponibilizado na Tabela de Preços (Portal

do Vinho Verde, separador Preçário) e que será devolvida ao requerente se o recurso for julgado

procedente.

O tratamento dos recursos técnicos físico-químicos segue o disposto na legislação em vigor.

Page 25: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 25/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

A Junta de Recurso, existente para os recursos de ensaios sensoriais, funciona conforme legislação

vigente, e/ou, regulamentação aprovada em sede de Conselho Geral.

Os pedidos de recurso hierárquico têm de cumprir o disposto no Regulamento dos Operadores

Económicos Inscritos na CVRVV, artigos 25º e 26º.

As decisões proferidas em sede de recurso são vinculativas.

Eventuais litígios, entre operadores económicos e a CVRVV, podem ser objeto de recurso judicial para

as entidades competentes.

2.8. AUDITORIAS INTERNAS

São, periodicamente, efetuadas auditorias internas de forma planeada e sistemática, conforme

descrito no subprocesso «Gerir Auditorias Internas» complementado pelo procedimento QUAL_02/YY,

de modo a verificar que o sistema da qualidade implementado se mantem eficaz, rotinado e é objeto

de melhoria continua, e que, cumpre os referenciais NP EN ISO/IEC 17065 e NP EN ISO/IEC 17025.

Os auditores internos selecionados cumprem os requisitos mínimos especificados no procedimento

QUAL_04/YY e, garantem a independência e imparcialidade face às atividades auditadas.

2.9. TRABALHO NÃO CONFORME

As responsabilidades pela gestão do trabalho não conforme, encontram-se descritas no subprocesso

«Planear e Controlar MC» complementado pela instrução de trabalho IT_QUAL_09/YY.

2.10. AÇÕES DE MELHORIA (AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS)

A implementação de ações corretivas incluindo as correções, decorre da identificação de situações de

não conformidade, trabalho não conforme, reclamações, revisões do sistema da qualidade, entre

outras. Sendo, a implementação das ações preventivas decorrente da identificação de situações de

melhoria e potenciais não conformidades. A metodologia encontra-se formalizada no processo «Gerir

MC» complementada pelo procedimento QUAL_07/YY.

Podem ser desencadeadas auditorias complementares, para avaliar a eficácia das ações de melhoria

implementadas.

Page 26: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 26/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2.11. MELHORIA

A monitorização dos objetivos, a análise da eficácia das ações de melhoria, os resultados da revisão

pela gestão, a análise dos dados do controlo da qualidade interno e externo dos resultados obtidos pelo

laboratório, entre outros, são ferramentas para a melhoria contínua dos processos e procedimentos da

CVRVV.

2.12. REVISÃO PELA GESTÃO

Anualmente a CVRVV efetua a revisão do sistema da qualidade, tendo em atenção os pontos descritos

nos referenciais NP EN ISO/IEC 17065 e NP EN ISO/IEC 17025.

Os resultados da revisão são apresentados na forma de relatórios complementares, ao relatório de

atividades da CVRVV, os quais são aprovados pela Comissão Executiva da CVRVV.

As ações resultantes da revisão são acompanhadas pelo responsável da qualidade, que assegura a sua

implementação.

Page 27: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 27/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

3. PESSOAL

3.1. GENERALIDADES

A Comissão Executiva é responsável pela definição do organograma e atribuição das funções aos

trabalhadores da CVRVV. Os processos «Definir e Manter Estratégia CVRVV» e «Gerir RH» formalizam a

metodologia utilizada.

3.2. PESSOAL DA ENTIDADE DE CERTIFICAÇÃO

Todos os que detêm responsabilidades e autoridade para o exercício de funções na CVRVV, sejam

trabalhadores com contratos a termo certo, indeterminado e sem termo, estagiários e prestadores de

serviço, são competentes e possuem formação profissional necessária para o exercício das funções

desempenhadas. Periodicamente, o seu desempenho profissional é avaliado.

No Repositório da CVRVV e manual de competências, são definidos os critérios mínimos para

habilitações, experiência profissional e competências necessárias.

Conflitos de interesse profissionais, nos quais se inclui a consultoria, são salvaguardados pela

«Declaração de Ligações Profissionais», ou pelo vínculo laboral existente com a CVRVV.

3.3. SUBSTITUIÇÕES E QUALIFICAÇÃO

As substituições das principais funções são descritas no Repositório CVRVV, estando ainda, as

referentes ao laboratório apresentadas em anexo.

O processo «Gerir RH», complementado pelo procedimento QUAL_05/YY e instruções de trabalho

IT_QUAL_02/YY e IT_QUAL_12/YY, asseguram que todos têm formação profissional e qualificação,

adequada face às necessidades detetadas.

O ficheiro de pessoal, existente no departamento de Pessoal, contém toda a informação referente a

habilitações, formação, e experiência de cada trabalhador da CVRVV.

A qualificação técnica dos técnicos do laboratório é evidenciada através matriz de autorizações

existente no programa iLab.

Estagiários, ou técnicos em formação, são supervisionados por outros qualificados.

Page 28: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 28/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

REQUISITOS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

1. CANDIDATURA

Um operador económico só pode solicitar certificação DO «Vinho Verde» e/ou IG «Minho», se cumprir

os pressupostos definidos no Manual de Certificação, nomeadamente:

Estar inscrito na CVRVV;

Ter apresentado DCP no ano vitícola em curso.

2. AVALIAÇÃO

A metodologia utilizada é descrita nos processos «Gerir Certificação» e «Gerir Laboratório», e que

envolve as seguintes avaliações independentes:

Avaliação técnica - realização de ensaios físico-químicos e sensoriais;

Avaliação da rotulagem;

Verificação do saldo na conta corrente.

As avaliações seguem o disposto no Manual de Certificação e demais legislação vigente para o setor

vitivinícola.

2.1. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

São emitidos relatórios referentes às avaliações técnica e de rotulagem. Da verificação da conta-

corrente não é emitido nenhum relatório, por apenas consistir na validação do saldo da conta

relativamente às características do produto a certificar.

Os registos podem ser consultados via iNETSIV, área do operador económico, ou solicitados, junto do

gestor de conta designado.

Quando detetadas situações de incumprimento e/ou que suscitem dúvidas em relação ao cumprimento

das regras definidas no Manual de Certificação e/ou demais legislação em vigor, são solicitadas

correções/informações aos pedidos em execução, sempre que aplicável.

Page 29: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 29/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

3. REVISÃO E DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO

A revisão e decisão são concluídas concomitante pelo Presidente da Comissão Executiva, sendo

somente documentada a decisão de certificação quando concedida.

A decisão evidencia-se no «Documento de Certificação», que é gerado automaticamente no momento

do levantamento dos selos de garantia para o lote do produto certificado.

No documento de certificação, constam todas as informações relevantes para a certificação DO «Vinho

Verde» e IG «Minho», incluindo a validade da mesma.

Sempre que, ocorra indeferimento da certificação da DO «Vinho Verde» e IG «Minho», a CVRVV

justifica-o junto do operador económico.

É permitido, que a pedido do operador económico, se efetuem alterações do âmbito de lotes já

certificados, durante o período de validade da certificação.

4. ACOMPANHAMENTO

O acompanhamento da certificação da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho» efetua-se através da

realização de ações de controlo que incidem em toda a cadeia de valor, desde a produção até ao

comércio dos produtos vitivinícolas. Estas ações seguem um plano de controlo previamente definido

face aos objetivos a concretizar, e são documentadas por autos devidamente validados.

Sempre que sejam detetadas infrações que se enquadrem no âmbito disciplinar, podem ser

desencadeadas sanções, ao abrigo do regime das infrações vitivinícolas, conforme disposto no decreto-

lei n.º 213/2004 e Regulamento Disciplinar dos Operadores Económicos Inscritos na CVRVV.

5. ALTERAÇÕES AOS REQUISITOS DE CERTIFICAÇÃO

A CVRVV divulga quaisquer alterações efetuadas aos requisitos de certificação e controlo dos produtos

com DO «Vinho Verde» e IG «Minho». As alterações podem decorrer de modificações da legislação

vigente no setor, da análise de políticas e estratégias ocorridas em sede do Conselho Geral ou de

metodologias de trabalho internas para a assegurar a melhoria contínua do sistema da qualidade.

As alterações que interfiram com as atividades de certificação e controlo são comunicadas aos

operadores económicos, os quais, devem proceder aos ajustamentos necessários, nos prazos

adequados.

Page 30: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 30/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

6. ANULAÇÃO, REDUÇÃO, SUSPENSÃO OU RETIRADA DA CERTIFICAÇÃO

O Manual de Certificação é documento que explicita os requisitos necessários para manutenção,

suspensão, anulação e retirada da certificação dos produtos DO «Vinho Verde» e da IG «Minho».

O Manual de Certificação e demais regulamentação são disponibilizados em www.vinhoverde.pt ao

público em geral, e no iNETSIV aos operadores económicos.

7. UTILIZAÇÃO DE SELOS DE GARANTIA

É através da publicação em diário da república que se torna público, os modelos dos selos de garantia

emitidos pela CVRVV a serem usados no produtos certificados com DO «Vinho Verde» e IG «Minho»,

como símbolo do cumprimento das exigências de qualidade e de genuidade que os produtos têm de

observar.

8. RECLAMAÇÕES APRESENTADAS AOS OPERADORES ECONÓMICOS

Os operadores económicos inscritos na CVRVV, devem dispor de sistema para o tratamento das

reclamações que lhes sejam apresentadas, pelos seus clientes ou terceiros, relativas seus produtos

certificados DO «Vinho Verde» e IG «Minho».

As reclamações e as medidas implementadas devem estar disponíveis sempre a CVRVV as solicite.

Page 31: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 31/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

REQUISITOS TÉCNICOS - LABORATÓRIO

1. INSTALAÇÕES E CONDIÇÕES AMBIENTAIS

1.1. ANALISE FISICO-QUIMICA E SALA DE PROVA

As instalações do laboratório dispõem das condições ambientais adequadas para a realização dos

ensaios. As salas do setor de análise físico-química estão equipadas com ar condicionado e sistemas de

ventilação reforçados, estando a sala de prova equipada com cabines de prova, ar condicionado e

luminosidade adequada. A temperatura e humidade da sala de prova são geridas de acordo com os

critérios definidos na instrução de trabalho IT_QUAL_11/YY.

A proteção ambiental é encarada proactivamente pela recolha de papel, vidro e resíduos químicos, a

qual é efetuada por fornecedores qualificados e autorizados para o efeito.

A limpeza do laboratório e a limpeza do material laboratorial efetuam-se em sistema de rotatividade

conforme a instrução de trabalho IT_QUAL_14/YY.

1.2. SEGURANÇA

No laboratório da CVRVV existem equipamentos de proteção individual (batas, óculos, luvas,

pipetadores, etc.), dispositivos de socorro a acidentados (chuveiros, lava-olhos, caixas de primeiros

socorros, número direto para o INEM, etc.) e ainda, meios de combate a incêndio (extintores, manta,

máscara, etc.), que garantem a segurança individual de todos que trabalham.

O responsável do laboratório tem como responsabilidade assegurar a proteção individual de todos os

que trabalham no laboratório, ficando a cargo do responsável da manutenção, a responsabilidade de

assegurar a segurança das infraestruturas do laboratório.

1.3. ACESSO

O acesso ao laboratório é reservado à CVRVV.

O acesso à sala de prova é reservado aos provadores e auxiliares, durante a sessão de prova.

Page 32: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 32/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2. MÉTODOS DE ENSAIO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS

2.1. GENERALIDADES E SELEÇÃO DE MÉTODOS

A seleção dos métodos de ensaio físico-químicos segue a hierarquia

1. Método de ensaio publicado pelo OIV/Regulamento EU/norma;

2. Método de ensaio interno equivalente ao publicado OIV/Regulamento UE/norma;

3. Método de ensaio interno.

O Laboratório não desenvolve métodos de ensaio.

Diariamente, face ao elevado número de ensaios físico-químicos efetuados, são utilizados

preferencialmente métodos internos mais expeditos e rastreáveis aos métodos normalizados descritos

no manual de métodos publicado pelo OIV. Estes métodos são igualmente acreditados pelo IPAC.

Os métodos normalizados são complementados com informação descrita na instrução de trabalho

IT_QUAL_18/YY, sempre que necessário.

Sempre que um resultado suscite dúvida, ou não cumpra um limite legislado, o ensaio é repetido e o

resultado confirmado.

Os ensaios sensoriais são efetuados por métodos internos, dado não existirem normas nacionais e

internacionais para os produtos vitivinícolas analisados pela CVRVV.

2.2. VALIDAÇÃO DE MÉTODOS E INCERTEZA DE MEDIÇÃO

A validação dos métodos de ensaio tem por objetivo a confirmação da sua adequação ao fim

pretendido. A metodologia utilizada está descrita no processo «Gerir Métodos de Análise»

complementada pela instrução de trabalho IT_QUAL_04/YY.

Periodicamente, são efetuados estudos para reconfirmação dos parâmetros previamente avaliados (ex.

repetibilidade, precisão intermédia, limiares analíticos etc.), de modo a evidenciar que o desempenho

do método de ensaio contínua adequado.

A estimativa da incerteza expandida para os métodos de ensaio utilizados no laboratório segue o

disposto nas metodologias indicadas pelo IPAC, e demais documentos técnicos em vigor.

Page 33: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 33/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2.3. CONTROLO DE DADOS

O laboratório dispõe da aplicação informática, iLAB, para a qual são transferidos os resultados dos

ensaios executados. O acesso ao iLAB é diferenciado, sendo da responsabilidade do departamento

SI/TIC a gestão dos perfis individualizados, bem como, a segurança e integridade da informação

existente.

Os algoritmos e folhas de excel periodicamente utilizados são previamente validados, e estão

protegidos contra alterações indesejadas.

3. EQUIPAMENTO

O laboratório dispõe do equipamento de medição e ensaio necessário para a correta realização dos

ensaios do âmbito da sua atividade.

A gestão do equipamento segue o descrito no processo «Gerir Equipamento» complementado pelas

instruções de trabalho IT_QUAL_05/YY e IT_QUAL_11/YY.

4. RASTREABILIDADE DAS MEDIÇÕES

Os processos «Planear e Controlar Gestão do Laboratório», «Assegurar Execução de Análises» e «Gerir

Equipamentos» asseguram:

A rastreabilidade dos resultados dos ensaios físico-químicos ao Sistema Internacional de

Unidades e aos Ensaios Interlaboratoriais de aptidão BIPEA e ALABE;

Que as calibrações dos equipamentos de medição e ensaio são efetuadas por Laboratórios

competentes de acordo com um programa pré-definido;

Que se utilizam materiais de referência adquiridos a fornecedores competentes (ex. Cofrac,

NIST, etc.).

A rastreabilidade de medições não é aplicável à análise sensorial, por ser possível relacionar os

resultados dos ensaios sensoriais através de uma cadeia ininterrupta de comparações.

5. AMOSTRAGEM

O Laboratório não efetua a recolha das amostras nem se responsabiliza pela colheita das mesmas.

Desta forma, não se aplica o requisito ao laboratório da CVRVV.

Page 34: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 34/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

6. MANUSEAMENTO DOS ITENS A ENSAIAR

O Laboratório entende como itens a ensaiar as amostras dos produtos que analisa.

O subprocesso «Prestar Serviços de Certificação» complementado pela instrução de trabalho

IT_QUAL_08/YY descrevem a metodologia para receção, identificação, codificação, anonimato,

manuseamento, conservação e arquivo das amostras, de modo a garantir a preservação, integridade e

confidencialidade das mesmas.

A CVRVV reserva-se no direito de não aceitar amostras que não se apresentem nas melhores condições,

i.e., volume insuficiente, rolhas deterioradas e/ou ausência de identificação.

7. GARANTIA DA QUALIDADE DOS RESULTADOS DE ENSAIO

O subprocesso «Gerir Métodos de Análise» complementado pela instrução de trabalho IT_QUAL_07/YY

assegura a monitorização da fiabilidade dos resultados obtidos pela utilização de ferramentas (ensaios

em duplicado, fortificação de amostras, cruzamento de métodos, etc.), e esquemas de controlo da

qualidade (ensaios interlaboratoriais, cartas de controlo, amostras cegas, etc.), adequados à atividade

laboratorial desempenhada.

8. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados dos ensaios físico-químicos e sensoriais realizados são apresentados sob a forma do

«Relatório de Ensaio Nº», o qual contêm todas as informações requeridas pela norma NP EN ISO/IEC

17025.

O subprocesso «Assegurar Execução de Análises» complementado pela instrução de trabalho IT_QUAL

10/YY definem a metodologia para elaboração do Relatório de Ensaio.

Considera-se que, a data de realização do ensaio é o período que decorre entre a data de entrega da

amostra e a data final do ensaio indicadas no relatório de ensaio.

A avaliação de conformidade efetuada e apresentada nos relatórios de ensaio no âmbito da certificação

e controlo da DO «Vinho Verde» e da IG «Minho», ou sempre que solicitada, segue o disposto na

legislação em vigor.

Page 35: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 35/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

A incerteza expendida é apresentada nos relatórios de ensaio, sempre que:

O resultado do ensaio esteja Não Conforme com o limite legal;

O resultado somado com a incerteza inclua o limite legal, e considerado como Conforme;

O cliente solicite.

Para efeitos administrativos podem-se emitir relatórios de ensaio subordinados, em língua inglesa e de

exportação.

Os relatórios de exportação são uma reprodução parcial dos relatórios de ensaios originais acrescidos

da marca e do produto a exportar.

Os relatórios de ensaio subordinados, são relatórios idênticos aos originais, mas aos quais é acrescida

uma nova rotulagem, a qual origina uma nova avaliação da conformidade legal dos resultados analíticos

pelo iLAB. Os resultados técnicos e a validação técnica inicial mantêm-se inalteráveis, mas a data de

emissão do relatório subordinado, poderá ser diferir da data de emissão do relatório inicial. É garantida

a rastreabilidade dos relatórios subordinados emitidos.

As correções e aditamentos a relatórios emitidos traduzem-se pela emissão de novos documentos com

idêntica numeração, que inclui o seguinte texto:

«Este relatório substitui e anula o anterior com o mesmo número datado de dd-mm-aaaa.»

A aposição da marca Acreditação «IPAC» conjugada da marca «ILAC» cumpre o disposto no documento

IPAC DRC002, sendo somente utilizada nos relatórios de ensaio que incluem ensaios do âmbito da

acreditação do laboratório da CVRVV.

Page 36: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 36/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

ANEXO

1. ORGANOGRAMAS

1.1. ORGANOGRAMA DA CVRVV

Page 37: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 37/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

1.2. ORGANOGRAMA DO LABORATÓRIO

Page 38: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 38/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

2. SUBSTITUIÇÕES

Só aplicável ao Laboratório da CVRVV.

Para os restantes departamentos da CVRVV, as substituições são indicadas no Repositório CVRVV.

As substituições ocorrem pela ordem indicada.

Responsável do Laboratório:

Para as responsabilidades relacionadas com a validação dos Relatórios de Ensaio e documentos

associados, bem como, a gestão das amostras da rotina do laboratório, Patrícia Porto é substituída por:

1. Maria José Pereira

2. António Luis Cerdeira

Responsável da Qualidade:

Paula Teixeira Oliveira é substituída por Patrícia Porto, para as responsabilidades relacionadas com

manutenção do sistema da qualidade para o referencial normativo NP EN ISO 17025 implementado.

Responsável Técnico da Analise Físico-química:

Para as responsabilidades relacionadas com a validação e supervisão dos resultados da análise físico-

química e gestão das amostras da rotina do setor de analise físico-química, Patrícia Porto é substituída

por:

1. Maria José Pereira

2. António Luis Cerdeira

Responsável Técnico da Analise Sensorial:

Para as responsabilidades relacionadas com a validação e supervisão dos resultados da Câmara de

Provadores, Maria José Pereira é substituída por:

1. Celeste Pereira

2. António Luis Cerdeira ou Bruno Almeida

Para as responsabilidades relacionadas com a gestão das amostras da rotina do setor de análise

sensorial, Maria José Pereira é substituída por:

1. António Luis Cerdeira

2. Bruno Almeida

Page 39: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 39/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

3. LISTA DE DOCUMENTOS DA QUALIDADE

3.1. PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE

QUAL_01 Controlo da Informação

QUAL_02 Auditorias Internas

QUAL_03 Gestão de Fornecedores

QUAL_04 Reclamações e Recursos

QUAL_05 Formação e Qualificação

QUAL_06 Acreditação Flexível *

QUAL_07 Ações de Melhoria

QUAL_08 Processos Disciplinares

QUAL_09 Aluguer de Alambique na Maia

3.2. INSTRUÇÕES DE TRABALHO

Só aplicável ao Laboratório

IT_QUAL_02 Qualificação de analistas

IT_QUAL_03 Controlo de Documentos

IT_QUAL_04 Validação de Métodos e Estimativa de Incertezas

IT_QUAL_05 Equipamento

IT_QUAL_06 Gestão de Stocks

IT_QUAL_07 Garantia da Qualidade dos resultados

IT_QUAL_08 Manuseamento das amostras

IT_QUAL_09 Trabalho Não Conforme – TNC

IT_QUAL_10 Apresentação de Resultados

IT_QUAL_11 Organização e funcionamento da área de análise sensorial

IT_QUAL_12 Qualificação dos Provadores

IT_QUAL_13 Arquivo

IT_QUAL_14 Material Laboratorial

IT_QUAL_18 Métodos de ensaio

Page 40: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 40/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

4. ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES ESPECIFICAS

4.1. ABREVIATURAS

CNPD – Comissão Nacional de Proteção de Dados

DCP – Declaração de Colheita e Produção

DO – Denominação de Origem

EC – Entidade Certificadora

EVAG – Estação Vitivinícola Amândio Galhano

IG – Indicação Geográfica

iNETSIV – Sistema de Informação Vitivinícola da CVRVV

IPAC – Instituto Português de Acreditação, I.P.

IT – Instrução de Trabalho

IVV – Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

MQ – Manual da Qualidade

NC – Não Conformidade

OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho

QUAL – Procedimento da Qualidade

Reg.EU – Regulamento da União Europeia

ROC – Revisor Oficial de Contas

SI/TIC – Sistemas de Informação e Tecnologias de Comunicação

TNC – Trabalho não conforme

VV – Vinhos Verdes

4.2. DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS

1. Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de

2013 que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que revoga os

Regulamentos (CEE) n.º 922/72, (CEE) n.º 234/79, (CEE) n.º 103797/2001, (CE) n.º 1234/2007 do

Conselho.

Denominação de origem - o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos

excecionais e devidamente justificáveis, de um país, utilizado para designar um produto a que

se refere o artigo 92, o nº 1, que cumpra os seguintes requisitos:

i) a qualidade e as características do produto são essencial ou exclusivamente devidas a um

meio geográfico específico, com os fatores naturais e humanos inerentes ao mesmo,

Page 41: MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV - Vinho Verdeportal.vinhoverde.pt/media/Files/elem_files/14.original.pdf · 2015-06-04 · Produtos e serviços relevantes ... É da responsabilidade

MANUAL DA QUALIDADE DA CVRVV Edição 12

abril 2015

ELABORADO: Paula Teixeira Oliveira Dep. Qualidade

APROVADO POR: Comissão Executiva Pág. 41/41

MQ_CVRVV_ed_12_ABR_2015.docx

ii) as uvas a partir das quais o produto é produzido provêm exclusivamente dessa zona

geográfica,

iii) a produção ocorre nessa zona geográfica,

iv) o produto é obtido a partir de castas pertencentes à espécie Vitis Vinífera.

Indicação geográfica - uma indicação relativa a uma região, um local determinado ou, em casos

excecionais e devidamente justificáveis, um país, utilizado para designar um produto a que se

refere o artigo 92 nº 1, que cumpra os seguintes requisitos:

i) possui determinada qualidade, reputação ou outras características que podem ser atribuídas

a essa origem geográfica,

ii) pelo menos 85 % das uvas utilizadas para a sua produção provêm exclusivamente dessa zona

geográfica,

iii) a sua produção ocorre nessa zona geográfica, e

iv) é obtido a partir de castas pertencentes à espécie Vitis Vinífera ou provenientes de um

cruzamento entre a espécie Vitis vinífera e outra espécie do género Vitis.

Vinho - produto obtido exclusivamente por fermentação alcoólica, total ou parcial, de uvas

frescas, esmagadas ou não, ou de mostos de uvas.

2. Decreto-lei n.º 212/2004 de 23 de agosto

Entidade Certificadora - entidade que, satisfazendo os requisitos definidos em caderno de

encargos aprovado por Despacho do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, seja

por este reconhecida como tal, adquirindo assim competência, no âmbito da respetiva região,

para certificar vinhos, promover, defender e controlar as DO e IG e exercer as demais funções que

lhe forem legalmente atribuídas.

Operador económico – qualquer pessoa singular ou coletiva que exerça a atividade e se encontre

inscrito numa das categorias definidas no artigo 2º do Decreto-lei n.º 178/99 de 21 de maio.

3. Restantes definições (exemplo: fornecedor, processo, auditoria, etc.) cumprem com a terminologia

descrita nas normas NP EN ISO 9000, NP EN ISO/IEC 17000 e restante documentação emitida pelo

IPAC.