manual bÁsico do terceiro setor - … · manual do terceiro setor. este manual tem como principais...
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REPASSES PÚBLICOS E PRESTAÇÃO DE CONTAS
MANUAL BÁSICO DO TERCEIRO SETOR
Edição Revisada2014
PREFEITURA MUNICIPAL DO GUARUJÁ
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Sumário
PREFÁCIO......................................................................................................................03
1- INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
2- VISÃO GERAL............................................................................................................05
2.1- Conceitos Básicos do Terceiro Setor......................................................................05
2.2- Repasses Públicos ao Terceiro Setor......................................................................06
2.3- Subvenção.............................................................................................................07
2.4- Convênios..............................................................................................................08
3- PROPOSIÇÃO DO CONVÊNIO OU SUBVENÇÃO........................................................10
3.1- Projeto...................................................................................................................10
3.2- Documentação Padrão..........................................................................................15
3.3 – Procedimentos a serem adotados após o recebimento dos recursos................20
3.4- Prestação de Contas..............................................................................................20
3.5 – Economicidade....................................................................................................28
3.6- Metas....................................................................................................................30
4- ÓRGÃOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS......................31
4.1- Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.........................................................31
4.2- Conselhos Municipais...........................................................................................33
4.3- Principais Dúvidas sobre os Repasses Públicos.....................................................35
5- ANEXOS.....................................................................................................................46
5.1- Legislação..............................................................................................................47
5.2- Referência Bibliográfica.........................................................................................47
5.3- Termo de Ciência e Notificação.............................................................................48
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Prefácio
Em constante aprimoramento dos procedimentos
internos, a Controladoria Geral do Município baseando-se em novas
orientações do Tribunal de Contas do Estado de São reedita o
Manual do Terceiro Setor.
Este manual tem como principais objetivos, orientar
tanto as entidades beneficiárias como também as secretarias
municipais que formam as parcerias, sobre as novas determinações
na área em questão, proporcionando maior transparência e controle
nos repasses públicos ao terceiro setor.
Além das novas orientações este Manual também traz,
toda a documentação necessária para receber repasse e o modelo
padrão de projeto a ser seguido pela beneficiária e a sua posterior
prestação de contas.
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41- Introdução
O Terceiro Setor assume um papel de destaque para a
Administração Pública, por representar um braço das políticas
públicas para a resolução de diversos problemas sociais, causando
impacto positivamente em toda a sociedade. Os envolvidos
(entidades sem fins lucrativos e secretarias municipais) na
formalização, execução e prestação de contas dos convênios e/ou
subvenções devem observar os requisitos legais, que são
obrigatórios, e que constam tanto na legislação municipal quanto
na estadual e federal, para que não haja problemas futuros para os
partícipes, com possíveis apontamentos de irregularidades pelos
órgãos fiscalizadores. Através da disseminação das informações
relativas aos repasses públicos, que este manual oferece,
proporciona orientação técnica, e ajuda o Terceiro Setor da região
a se fortalecer legalmente e profissionalmente, através das
exigências documentais, de projetos bem estruturados, da devida
prestação de contas e fiscalização das atividades, solidificando os
preceitos éticos, isonômicos e transparentes com todas as
entidades que pleiteiam ou recebem recursos públicos. Essas
exigências e preceitos permitem que as entidades e o Poder
Público atendam cada vez melhor o seu público alvo,
proporcionando uma sociedade mais justa, igualitária e
socialmente mais responsável.
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2- Visão Geral
2.1- Conceitos Básicos do Terceiro Setor
O Terceiro Setor é formado por organizações
privadas sem fins lucrativos, que atuam em
lacunas deixadas pelo setor público, que têm como objetivo
produtos sociais, ou seja, prestar serviços socialmente
relevantes para os seus beneficiários. Isso não significa eximir o
governo de suas responsabilidades, mas reconhecer que a
parceria com o terceiro setor permite a formação de uma
sociedade melhor. Portanto, o Terceiro Setor não é, e não pode
ser, substituto da função do Estado. A ideia é de
complementação e auxílio na resolução de problemas sociais.
Exemplos de organizações do Terceiro Setor são as
Organizações Não Governamentais (ONGs), as associações, as
fundações, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIPs), etc. Todas são entidades de interesse social e
apresentam como característica em comum, a ausência de lucro
e o atendimento de fins públicos e sociais.
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6O Terceiro Setor é uma figura relativamente nova no
mundo jurídico social e econômico. Sendo que o Primeiro Setor é o
Estado (serviços públicos), o Segundo Setor é o Mercado
(empresas) e o Terceiro Setor, criado pela sociedade civil, vem para
ocupar uma lacuna deixada pelos outros dois, que é a geração de
bens sociais. Portanto, nos dias atuais, vivemos em um mundo
comandado por 3 (três) setores, cada qual com a sua finalidade,
porém interdependentes. Pois, o que o Mercado exclui e o Estado
não consegue incluir socialmente, devido à grande demanda, o
Terceiro Setor age na tentativa de equilibrar a Balança Social.
2.2- Repasses Públicos ao Terceiro Setor
Com isso, o Terceiro Setor vem se expandindo cada vez
mais e, com a expansão, também vem a necessidade de se
fortalecer economicamente, ou seja, tornar-se sustentável para
continuar promovendo os seus serviços. O Terceiro Setor ainda
carece de muita profissionalização, pois ainda é muito dependente
do Estado em relação aos recursos, como também ainda precisa de
ajustes no oferecimento dos seus serviços, através de metas bem
definidas, planejamento adequado, estrutura física adequada e
profissionais mais qualificados.
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Contudo, o cenário se mostra promissor, pois cada vez mais
estão se tornando mais profissionais,
com um planejamento adequado, com projetos bem
estruturados e menos dependente financeiramente do Estado,
buscando recursos com a iniciativa privada, tornando-se
sustentável, acarretando mais e melhores serviços para os seus
beneficiários.
2.3- Subvenção
A Lei Orçamentária pode prever dotações
específicas para Subvenções, destinadas à atender serviços
assistenciais. A Subvenção se destina a cobrir despesas de
custeio, de entidades privadas sem fins lucrativos de caráter
assistencial, educacional, de saúde ou cultural.
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2.4- Convênios
O que é um convênio?
O convênio é um acordo firmado entre a Administração Pública e
outra entidade privada de finalidade pública, que tem por objetivo a
execução descentralizada, em regime de mútua cooperação, de
programa, projeto ou atividades de interesse comum.
Na celebração de um convênio o objeto é convergente, sendo de um
lado o Poder Público como concedente e do outro a Entidade como
convenente.
Concedente - é o órgão ou entidade da Administração Pública
responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela
descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução
do objeto, também tem a responsabilidade de supervisionar,
controlar e fiscalizar a execução do convênio, bem como apreciar as
prestações de contas que forem apresentadas pelo convenente.
Convenente - é a entidade pessoa jurídica de direito privado com a
qual o órgão da administração pública pactua a execução de
programa, projeto ou atividade, mediante a celebração de convênio
ou instrumento similar.
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9Como se inicia um convênio?
O início do processo de solicitação de verbas municipais, por
meio de convênio, se dá com a identificação das necessidades
existentes na comunidade, a relação custo benefício, o valor do
projeto e a disponibilidade de contrapartida.
Os convênios podem ter duas origens:
a) Proposta ou projeto formulados pelo próprio interessado,
diretamente à Secretaria que disponha de recursos aplicáveis ao
objeto pretendido. Somente após análise da necessidade e da
viabilidade do objeto proposto, das informações cadastrais dos
proponentes e da sua regularidade, a Secretaria poderá aprovar
o convênio.
b) A própria Secretaria detecta a existência de necessidades ou
se deseja implementar os programas. As instituições são
contatadas para que efetivem sua participação no
programa/projeto.
O processo de convênio envolve quatro fases que se desdobram
em vários procedimentos:
Proposição (proposta); Celebração / Formalização; Execução e
Prestação de Contas. Durante a execução de cada fase é
importante ficar atento à legislação sobre o assunto, a fim de
evitar que o convênio ou a sua prestação de contas sejam
rejeitados.
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3- Proposição do Convênio ou Subvenção
3.1- Projeto Padrão
MODELO PADRÃO DE PROJETO PARA SUBVENÇÃO E CONVÊNIO
1 - Identificação completa:• Do Proponente (Entidade):NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE PROPONENTE: __________________________________________________________PROCESSO Nº:_________________________ /20________CNPJ:___________________________________________ENDEREÇO:_______________________________________Nº_________ BAIRRO: _____________________ CEP:______________________IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO PEDIDO:_________________________________________________________• Da Coordenação Técnica:TÉCNICO RESPONSÁVEL PELO PROJETO:_________________________________________________________________FORMAÇÃO PROFISSIONAL:_____________________________________________________________________________________REGISTRO PROFISSIONAL:____________________________________
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12 - Identificação do Objeto a ser executado (quem será atendidoatravés do projeto proposto e de que forma isto será feito):
Introdução: diagnóstico sócio-territorial (descrição do território deabrangência, da demanda e da oferta) descrição das ações.
Justificativa: explicar/esclarecer a importância das açõespropostas diante do problema descrito, os benefícios a seremalcançados pela instituição e os resultadosesperados para a comunidade.
Objetivo Geral do Projeto.
Objetivos Específicos do Projeto.
Público Alvo do Projeto.
Relação dos recursos existentes a serem utilizados pelo projeto:físicos, financeiros, humanos, consumo, equipamentos etc.;especificar a fonte financiadora de cada item e nos recursoshumanos especificar o tipo de vínculo.
3 - Metas a serem atingidas* Resultados quantitativos do projeto;•Resultados qualitativos do projeto.
O órgão concessor deve avaliar quantitativamente e
qualitativamente o atendimento das metas pactuadas. O órgão
beneficiário deverá entregar mensalmente à municipalidade o
relatório de atividades, demonstrando as atividades executadas e
suas metas. Caso as metas fiquem abaixo do estabelecido, a
entidade deve justificar o por quê do não cumprimento das metas
estabelecidas no próprio relatório.
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4 - Etapas ou fases de execução (como será realizado o projeto,
em quantas fases e especificar no cronograma das atividades os
dias, os horários, bem como os profissionais responsáveis por
cada ação):
* Descrição das etapas do projeto;
* Descrição das ações propostas do projeto;
•Descrição dos prazos de cada etapa (cronograma de atividades):
5 - Plano de aplicação dos recursos financeiros (como, quando e
com o que ser á gasto o recurso):
OFICINA DIA/HORÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO
VALOR TOTAL
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Materiais / Serviços
Cotação A Cotação B Cotação C
Cargo Descrição daFunção
Custo Contratado c/ recurso público ?Sim ou Não
Forma de contratação
*Média Salarial do Mercado
Demonstração dos custos do projeto - Beneficiária
Demonstração do RH do projeto - Beneficiária
* Informar a fonte
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Cronograma de Desembolso
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6 - Cronograma de Desembolso:
7 - Fontes de recursos da entidade (de onde vêm os recursos da
entidade).
8 - Contrapartida financeira da entidade (demonstrar a
contrapartida financeira e patrimonial da entidade no projeto).
9 - Avaliação (formas de monitoramento e indicadores de análise
dos resultados alcançados).
10 - Previsão do início e fim da execução do objeto, bem como da
conclusão das etapas ou fases programadas previstas no projeto:
Previsão de Duração
Início Dia/Mês/Ano
Término Dia/Mês/Ano
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53.2- Documentação Padrão
1) Ata de fundação da entidade, comprovando a sua existência há pelo
menos 02 (dois) anos;
2) Ata de aprovação do Estatuto da Entidade, com o respectivo registro
no órgão competente;
3) Ata da Assembléia de eleição da Diretoria em exercício, com o
respectivo registro no órgão competente;
4) Estatuto consolidado, devidamente registrado no órgão competente;
5) Cópia do RG, CPF e comprovante de endereço, do Presidente e do
Tesoureiro da entidade;
6) Balanço patrimonial e as demonstrações de resultado do exercício
anterior à formalização do pedido;
7) Parecer do Conselho Fiscal da entidade sobre as contas e
demonstrações financeiras e contábeis apresentadas no exercício
anterior;
8) Relação de auxílios, contribuições, subvenções e convênios
recebidos no ano anterior, nas esferas federal, estadual e/ou municipal
ou, caso não tenha, apresentar declaração;
9) Alvará de funcionamento e localização;
10) Termo de Autorização ou Permissão de Uso, para entidade que
executa suas atividades em próprios públicos;
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11) Certidão Negativa de Tributos Municipais;
12) Certidão Negativa de Débito do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS;
13) Certidão Negativa Conjunta de Tributos Federais e Dívida Ativa;
14) Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço - FGTS;
15) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ;
16) Alvará sanitário ou certificado da vigilância sanitária, para
entidade que exerça suas atividades em sede própria, alugada,
cedida ou em comodato;
17) Declaração de ciência, emitida pelo responsável da entidade,
acerca dos termos da legislação que rege a utilização de Recursos
Públicos, especialmente quanto à sua aplicação em conformidade
com o Plano de Trabalho devidamente aprovado;
18) Relatório contendo a descrição das atividades desenvolvidas nos
últimos 02 (dois) anos.
19) Comprovante de Registro e Autorização no(s) respectivo(s)
Conselho(s) Municipal(is) de Direitos correspondentes à(s) área(s) de
atuação da entidade;
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20) Cópia do comprovante de pagamento da anuidade dos
respectivos órgãos de classe, dos profissionais que prestam
serviços à entidade e estão relacionados ao projeto;
21) Autorização de funcionamento expedida pela Secretaria
Municipal de Educação, em se tratando de escola de educação
infantil e /ou creches;
22) Comprovante de abertura de conta bancária, em nome da
entidade, exclusiva e específica para receber o recurso, caso a
entidade seja contemplada com a subvenção ou convênio;
23) Declaração de que os profissionais contratados com os
recursos governamentais não são servidores públicos, nem
membros da Diretoria da Instituição;
24) Plano de Trabalho, contendo a identificação da origem dos
recursos, metas a serem atingidas, etapas ou fases de execução,
indicadores, cronograma de desembolso financeiro, descrição do
tipo de atendimento e demais informações;
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25) Atendimento às normas previstas nas Políticas Nacionais de
Assistência Social, Resolução CNAS , as resoluções da NOB/SUAS e
demais legislações específicas das áreas relacionadas ao
Convênio ou Subvenção;
26) Plano de Trabalho, contendo a identificação da origem dos
recursos, metas a serem atingidas, etapas ou fases de execução,
indicadores, cronograma de desembolso financeiro, descrição do
tipo de atendimento e demais informações;
27) Atestado do Corpo de Bombeiros, para as entidades que
exerçam atividades em sede própria, alugada, cedida ou em
comodato;
28) Declaração de que dispõe de capacidade técnica necessária à
implantação de funcionamento do Programa, Projeto ou Atividade;
29) Prova da existência em quadro permanente de profissionais
qualificados para a execução ou manutenção das ações previstas
no Programa, Projeto ou Atividade;
30) Cópia do Decreto de Intervenção Municipal vigente, caso a
entidade esteja sob intervenção.
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9DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE CONVÊNIO E SUBVENÇÃO
Diferenças eSimilaridades
Convênio Subvenção
Secretarias participantes
TodasSaúde, Cultura,
Educação e Assistência Social
Período do pedido
Em qualquer tempo
Período específico mediante decreto
Forma de pagamento
Per capita Por projeto
Contrapartida Sim Sim
Documentação Padrão Padrão
Projeto Padrão Padrão
Legislação Municipal
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3-3 Procedimentos a adotados após o recebimento dos recursos
Os recursos deverão ser mantidos em conta bancária
específica, somente permitindo saques para pagamento de
despesas constantes no plano de trabalho ou para aplicação no
mercado financeiro, nas hipóteses previstas, devendo sua
movimentação realizar-se, exclusivamente, mediante cheque
nominativo, ordem bancária, transferência eletrônica disponível
ou outra modalidade de saque autorizada pelo Banco Central do
Brasil.
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3-4 Prestação de Contas
A ENTREGA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
O ato de recebimento, pela concedente, do expediente
referente à prestação de contas não significa que houve a sua
aceitação, como regular, nem tampouco a quitação da prestação
de contas ou a desobrigação da juntada de outros documentos
previstos em cláusula de convênio. Para tanto, haverá a
necessidade do exame quanto ao conteúdo da documentação
encaminhada, da comprovação das despesas com base em
documentos fiscais reconhecidamente hábeis, emitidos em nome
do convenente, com identificação do número do convênio.
Salienta-se a importância da observação do prazo
fixado no convênio para entrega da prestação de contas. Cabe
ressaltar que as prestações de contas entregues de maneira
incompleta poderão ter o seu recebimento rejeitado, de pleno,
pelo Órgão responsável pela apreciação, sujeitando-o às
penalidades previstas em lei.
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2QUAL A IMPORTÂNCIA DE SE APRESENTAR A PRESTAÇÃO DE
CONTAS DE FORMA CORRETA E NO PRAZO REGULAR?
A não apresentação da prestação ou irregularidades
apresentadas acarretarão a suspensão dos pagamentos ou até
mesmo seu cancelamento. A continuidade das irregularidades
ocasionará a devolução dos valores recebidos e a impossibilidade de
receber novos recursos.
PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL
A prestação de contas parcial deve ocorrer após o
recebimento de cada parcela.
A prestação de contas parcial deverá ser instruída
conforme preceituam as normas estipuladas pela Prefeitura e pela
Instrução Normativa nº 2 de 2008 do Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo.
A medida que as parcelas vão sendo liberadas e
apresentadas as prestações de contas, será montado um processo
administrativo para tanto. Em tal processo de prestação de contas é
feita uma análise da regularidade da aplicação dos recursos.
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SE NÃO ESTIVER REGULAR
A Prefeitura irá suspender a liberação das parcelas
restantes, notificando o convenente para, no prazo de 15 dias,
sanar as irregularidades ou cumprir a obrigação. Se houver a
regularização, a Prefeitura dará continuidade na liberação das
parcelas. Se não houver a regularização, permanece suspensa a
liberação de parcelas, podendo inclusive ser cancelado
o repasse.
PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL
A prestação de contas final ocorre quando é feita a
liberação da última parcela do convênio e/ou subvenção. Trata-se
de uma etapa onde são apresentados todos os documentos
relacionados nas normas estipuladas pela Prefeitura e pelo
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Vencido o prazo previsto para aplicação da última
parcela ou para o cumprimento das obrigações pactuadas no
convênio, o convenente deverá apresentar a prestação de contas
final à Prefeitura no prazo de trinta dias.
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A Prefeitura, ao receber a prestação de contas final,
providenciará, imediatamente, o registro de seu recebimento.
Caso a referida prestação não seja apresentada no prazo de
trinta dias, é feito um registro de inadimplência do convenente.
O órgão ou entidade concedente deverá, em 60
(sessenta) dias, contados do recebimento da prestação de
contas final, verificar a correta e regular aplicação dos recursos
do convênio e emitir relatório sobre a aprovação ou não da
prestação de contas apresentada.
Constatada irregularidade na prestação de contas, o
concedente fixará prazo de 15 dias, para o convenente
promover sua correção, apresentar justificativa e ou devolver
os recursos cuja aplicação tenha sido impugnada, devidamente
corrigido. Se o convenente não tomar providências, será
registrada a inadimplência do convenente.
Todas as prestações de contas serão encaminhas ao
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, conforme Instrução
Normativa nº 2/2008, juntamente com o parecer conclusivo
emitido pelo órgão fiscalizador.
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5PRESTAÇÃO DE CONTAS REJEITADA
Se a prestação de contas for rejeitada, seja por omissão
do partícipe conveniado, seja pela aplicação dos recursos
transferidos em desacordo com o previsto no objeto do convênio
ou mesmo pela ausência injustificada de prestação de contas, se
em decorrência da execução do convênio resultarem prejuízos ao
erário, o dirigente do órgão concedente solicitará a devolução ao
erário público do valor recebido, com as devidas correções. Caso o
valor não seja devolvido será inscrito em Dívida Ativa.
PONTOS QUE GERAM RESSALVA OU GLOSA
As notas fiscais deverão ser apresentadas com especificações
detalhadas dos materiais adquiridos e serviços prestados e com o
devido atesto de recebimento dos materiais/serviços realizados.
• Quanto ao plano de trabalho:
- Remanejamento de recursos com relação ao plano de trabalho
sem autorização prévia (GLOSA);
• Quanto aos comprovantes de despesas:
- Documentos comprobatórios de despesas em “xerox” (GLOSA);
-Utilização de recursos em desacordo com o Plano de Trabalho
(GLOSA);
- Despesa paga sem a respectiva comprovação em extrato bancário
(GLOSA);
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6- Não utilização correta da “contrapartida” (GLOSA);
- Pagamento de juros e multas com recursos do convênio e/ou da
contrapartida (GLOSA);
- Documentos comprobatórios de despesas que não sejam
documentos fiscais hábeis (GLOSA);
- Documentos de despesas rasurados ou faltando preenchimento
(GLOSA);
-Ausência do documento comprobatório dos recolhimentos dos
tributos, quando for o caso (GLOSA).
• Quanto ao patrimônio:
-Ausência do Termo de Doação de Bens, quando for o caso.
-Quanto ao prazo:
-Utilização dos recursos “antes e após a vigência do convênio”
(GLOSA);
-Encaminhamento da prestação de contas fora do prazo;
-Notas fiscais com prazo vencido para sua emissão (GLOSA);
Quanto à movimentação financeira:
- Falta de aplicação dos recursos no mercado financeiro;
- Ausência de extratos bancários e/ou apresentação incompleta dos
mesmos;
- Contas bancárias não específicas.
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SITUAÇÕES QUE IMPEDEM OS REPASSES FINANCEIROS PARA
AS ENTIDADES
1- Plano de trabalho pouco detalhado ou de difícil
compreensão;
2- Inexistência de metas de execução ou existência de metas
inatingíveis;
3- Projeto incompleto, pouco detalhado, com informações
insuficientes: falta ou insuficiência de padrões que irão compor
os custos;
4- Falta de comprovação de contrapartida, quando prevista no
plano de trabalho;
5 - Orçamentos que não espelham a realidade por estarem
subestimados ou superestimados;
6 - Entidade que estatutariamente declara finalidade não
lucrativa, todavia não atende integralmente ao disposto no
artigo 12 da Lei Federal nº 9.532/97 que considera sem fins
lucrativos a que não apresente superávit em suas contas ou,
caso o apresente em determinado exercício, destine o referido
resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento
de seus objetivos sociais.
7 – A falta de apresentação das prestações de contas dentro dos
prazos estabelecidos.
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3-3 Economicidade
O órgão concessor deve atender ao princípio da
economicidade, demonstrando que os recursos repassados ao
beneficiário para a execução do objeto é mais econômico e
vantajoso do que, se fosse executado pelo próprio órgão. Ou
seja, o órgão concessor deve demonstrar que a execução indireta
é mais econômica do que a execução direta.
Demonstração do custo
Custo do Projeto < Custo do Projeto
Execução Indireta Execução Direta
Exemplo de composição de custo (recursos humanos,
materiais de consumo, prestação de serviços, etc.).
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Da mesma forma que o órgão concessor deve atender o
princípio da economicidade, o órgão beneficiário também deve
atender tal princípio. De acordo com entendimento do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo o órgão beneficiário deve demonstrar
que o recurso público está sendo aplicado de forma econômica,
utilizando-se de cotação de preços nas compras e contratações.
Demonstração da cotação - Compra do produto Y
Produto Y comprado através do Fornecedor A (menor preço)
3-3 Recursos Humanos
A entidade beneficiária deve adotar critérios claros e
objetivos na seleção de pessoal, eventualmente contratados através
dos recursos públicos recebidos, para a execução do objeto pactuado.
Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C
Preço X Preço X+1 Preço X+2
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3-3 Metas
O órgão concessor deve avaliar quantitativamente
e qualitativamente o atendimento das metas pactuadas. O
órgão beneficiário deverá entregar mensalmente à
municipalidade o relatório de atividades, demonstrando as
atividades executadas e suas metas. Caso as metas fiquem
abaixo do estabelecido, a entidade deve justificar o por quê do
não cumprimento das metas estabelecidas no próprio
relatório.
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4- Órgãos de Controle e Fiscalização dos Recursos Públicos
4.1- Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Competência
Ao Tribunal de Contas compete atuar na fiscalização
contábil, financeira orçamentária, operacional e patrimonial do Estado
de São Paulo e de seus Municípios, exceto o da Capital, bem como na
das respectivas entidades de administração direta ou indireta e na das
fundações por eles instituídas ou mantidas, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de
receitas.
A jurisdição do Tribunal alcança administradores e demais
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos, além das pessoas
físicas ou jurídicas que, mediante convênios, acordos, ajustes ou
outros instrumentos congêneres, apliquem auxílios, subvenções ou
recursos repassados pelo Poder Público.
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Missão
Fiscalizar e orientar para o bom e transparente uso dos
recursos públicos em benefício da sociedade.
Os responsáveis pela aplicação de recursos que tiverem
suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo, poderão sofrer várias sanções, tais como:
a) Devolução dos valores, com atualização monetária e juros de
mora;
b) Multa, que pode alcançar 100% do valor atualizado do dano
causado ao erário;
c) Multa de até 2.000 (duas mil) vezes o valor da Unidade Fiscal do
Estado de São Paulo (UFESP);
d) Suspensão de novos recebimentos;
e) Arresto de bens dos responsáveis;
f) Indisponibilidade dos bens do responsável, tantos quantos
considerados bastantes para garantir o ressarcimento dos danos
em apuração;
g) Declaração de inidoneidade para contratar com a administração
pública pelo prazo de até 5 (cinco) anos;
h) Ajuizamento de ação penal pelo Ministério Público.
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4.2- Conselhos Municipais
A Constituição Federal do Brasil inova a relação do Estado
com a sociedade, tendo por base a participação de organizações da
sociedade na formulação e co-gestão das políticas sociais. Propõe a
criação de Conselhos: instâncias de negociação e pactuação das
propostas institucionais e das demandas da comunidade.
O objetivo dos Conselhos Municipais é a participação
popular na gestão pública para que haja um melhor atendimento à
população. A proliferação destes Conselhos representa um aspecto
positivo ao criar oportunidades para a participação da sociedade na
gestão das Políticas Públicas. Foram criados espaços de participação
direta nas decisões dos governos, os Conselhos Nacionais, Estaduais
e Municipais; seja na área da Saúde, da Educação, da Assistência
Social, dos Direitos da Criança e do adolescente ou outras áreas
sociais, passou a ser possível aos cidadãos e cidadãs tomarem parte
nas decisões do governo. É uma nova forma de Democracia
Participativa, em que o Poder Público, ao invés de decidir
unilateralmente, atrai os indivíduos para debates de interesses
comuns, as quais deverão ser solvidas mediante acordos.
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A participação da sociedade civil na elaboração de
Políticas Públicas contribui para o exercício da cidadania e o
controle social, essa expressão, passa a indicar que deve haver um
controle do poder público pela sociedade, especialmente no
âmbito local, na definição de metas, objetivos e planos de ação.
O Município de Guarujá possui a Casa dos Conselhos, é
sobretudo, um espaço físico e virtual que atua como Secretaria
Geral dos Conselhos, por meio da qual os documentos, reuniões,
pautas, deliberações e encaminhamentos dos conselhos
municipais estão acessíveis ao cidadão e à gestão municipal. A
Casa dos Conselhos tem por objetivo facilitar o acesso da
população aos conselhos municipais, ao mesmo tempo em que
apóia e facilita o trabalho de cada conselheiro.
Os Conselhos Municipais são mecanismos de
interlocução permanente entre Governo e Sociedade Civil, que
vêm ampliando e aperfeiçoando sua atuação, auxiliando a
administração no planejamento, orientação, fiscalização e
julgamento nas questões relativas a cada área temática.
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4.3- Principais dúvidas sobre os Repasses Públicos
O que é plano de trabalho?
É um documento contendo todo o detalhamento do
projeto a ser executado, incluindo seus aspectos físicos e
financeiros, metas e objetivos. O plano de trabalho deve ser feito
conforme o Decreto de Convênios. A celebração de convênio
depende de aprovação prévia do plano de trabalho.
Como o plano de trabalho deve ser preenchido?
Os planos de trabalho não podem ser elaborados de
forma genérica, devendo trazer, de forma clara e sucinta, todas as
informações suficientes para a identificação do projeto, atividade
ou evento de duração certa. É necessário que o plano de trabalho
seja preciso quanto ao seu objeto e ao estabelecimento claro das
metas a serem atingidas.
É possível reformular o plano de trabalho durante a execução do
convênio ou subvenção?
Sim. É possível desde que o objetivo seja mantido e a
solicitação do proponente (contendo justificativa e novo
detalhamento das despesas a serem alteradas, bem como plano de
trabalho reformulado) seja aprovada previamente pela concedente
que, para isso, poderá solicitar uma prestação de contas parcial.
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Qual a responsabilidade do gestor do convênio nessa fase?
O gestor do convênio deve atentar para a fidedignidade
e exatidão das informações contidas no plano de trabalho.
Qualquer inexatidão ou falsidade de informações implicará na não-
celebração do convênio.
O plano de trabalho tem ligação com outra fase do convênio?
Sim. A exatidão das informações do plano de trabalho
terá repercussão, também, na execução do convênio e na
respectiva prestação de contas. Os órgãos de controle e fiscalização
do município baseiam-se nas informações do plano de trabalho
para fixar critérios de avaliação do alcance das metas propostas.
Subestimar ou superestimar as metas, os custos ou o cronograma
de aplicação do convênio poderá trazer sérias consequências para o
gestor do convênio.
Quais as irregularidades e falhas mais frequentes na fase de
proposição dos convênios?
a) Plano de trabalho pouco detalhado;
b) Falta de comprovação da existência de contrapartida;
c) Orçamento subestimado ou superestimado;
d) Não apresentação de documentos.
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Para não incorrer em falhas, é conveniente que o plano de
trabalho seja consistente, baseado em pesquisas e consultas feitas à
comunidade. O plano de trabalho deve conter detalhamento e
exatidão suficientes para perfeita caracterização da necessidade de
aplicação dos recursos. A ocorrência de falhas na fase de
proposição do convênio pode acarretar a não-aprovação do
convênio.
Atendimento às condições de participação:
É fundamental para aprovação de um convênio que o
interessado ou proponente atenda às condições de participação.
Qualquer falha no projeto ou inobservância de uma exigência pode
inviabilizar a obtenção de recursos.
Exigências como previsão de contrapartida, correta
contextualização da situação de necessidade, preenchimento
adequado dos formulários específicos, apresentação de plano de
trabalho consistente e completo devem ser observadas com bastante
atenção.
Para celebrar o convênio, o interessado também deverá
apresentar toda a documentação exigida, de acordo com o Decreto
de Convênio.
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Vedações à celebração de convênios:
a) Com quem estiver em mora, inclusive com relação à prestação de
contas, inadimplente com outro convênio ou não esteja em situação
de regularidade para com o Município;
b) Com entidade que não tenha as certidões e comprovações de
regularidade exigidas;
c) Com instituições privadas que tenham fins lucrativos.
Quando estará caracterizada a inadimplência?
Estará em situação de inadimplência o convenente que:
a) Não apresentar a prestação de contas final ou parcial dos recursos
recebidos, nos prazos regulamentares;
b) Não tiver sua prestação de contas aprovada pelo concedente por
qualquer fato que resulte em prejuízo ao erário;
c) Estiver em débito junto a órgão ou entidade da Administração
Pública, pertinente às obrigações fiscais ou contribuições legais.
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Quais os procedimentos a serem adotados após o recebimento
dos recursos?
A seguir algumas dicas e a forma correta como o beneficiário
deverá proceder após receber os recursos:
a) Movimentar os recursos em conta bancária específica;
b) Aplicar os recursos em caderneta de poupança, caso a previsão
de seu uso seja em período igual ou superior a um mês; caso
contrário, devem ser aplicados em fundo de aplicação
financeira de curto prazo ou operações de mercado aberto
lastreadas em títulos da dívida pública federal;
c) A conta de aplicação financeira dos recursos deverá ser vinculada
à conta do convênio, não podendo ser realizada em contas
estranhas ao mesmo;
d) Utilizar os rendimentos das aplicações, obrigatória e
exclusivamente, no objeto do convênio;
e) Apurar mensalmente os rendimentos da aplicação financeira;
f) Não considerar tais rendimentos como contrapartida;
g) Não aplicar os recursos, nem possíveis rendimentos desses, em
finalidade diferente daquelas do convênio;
h) Solicitar ao banco, mensalmente, extrato da movimentação
financeira da conta corrente e da aplicação, para composição da
prestação de contas.
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0Como deverá ser realizado o pagamento de despesas do convênio?
Os recursos depositados na conta corrente específica
somente poderão ser utilizados para pagamento de despesas
referentes ao objeto do convênio. Obrigatoriamente os pagamentos
deverão ser feitos mediante a emissão de cheques nominais e
individualizados por credor, ou ordem bancária, configurada a relação
entre as despesas efetuadas e o objeto conveniado. Serão aceitas,
ainda, transferências eletrônicas em que fique identificada sua
destinação, ou seja, o credor.
Comprovantes de despesas (pagas à pessoa jurídica)
a) Toda despesa deverá ser paga mediante apresentação de
Documento Fiscal (nota fiscal ou fatura);
b) Recibo não tem validade fiscal;
c) As despesas do convênio não poderão ser diferentes das previstas
no plano de trabalho.
Comprovantes de despesas (pagas à pessoa física)
Caso o prestador de serviços (pessoa física) não possua
nota fiscal, deverá ser emitido Recibo de Pagamento de Autônomo –
RPA.
É possível realizar despesas em finalidade diversa da estabelecida
no plano de trabalho?
Não. Não é permitido utilizar recursos do convênio ou
subvenção para pagamento de despesas de natureza distinta da
previamente pactuada.
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Quais despesas serão vedadas?
a) Despesas com tarifas bancárias, com multas, juros ou correção
monetária, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora
dos prazos;
b) Despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar;
c) Despesas não constantes no plano de trabalho;
d) Despesas com data anterior ou posterior à data de vigência do
convênio;
e) Pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público
vinculado ao órgão concedente;
f) O convenente deverá tomar cuidado para não realizar pagamentos
antes ou após o período de vigência do convênio. Se ocorrer, a
improbidade pode ter como consequência a glosa dos valores e a sua
devolução aos cofres públicos;
g) O convenente deverá manter em dia os recolhimentos dos tributos
dos funcionários e fornecedores, tais como: INSS, FGTS, PIS, IRRF, ISS,
pois a comprovação do recolhimento deverá ser apresentada por
ocasião da prestação de contas. O não cumprimento de tais
obrigações acarretará na impossibilidade de receber recursos
mediante celebração de convênios municipais, estaduais e federais.
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Quais as irregularidades e falhas mais frequentes na execução
financeira dos convênios?
a) Saque total dos recursos sem levar em conta o cronograma físico-
financeiro de execução do objeto;
b) Realização de despesas fora da vigência do convênio;
c) Saque dos recursos para pagamento de despesas em espécie
(dinheiro);
d) Utilização de recursos para finalidade diferente daquela prevista
no convênio;
e) Pagamento antecipado a fornecedores de bens e serviços;
f) Transferência de recursos da conta corrente específica para
outras contas bancárias da entidade;
g) Retirada de recursos da conta para outras finalidades, com
posterior ressarcimento;
h) Aceitação de documentação inidônea para comprovação de
despesas, como por exemplo, notas fiscais falsas;
i) Falta de conciliação entre os débitos em conta e os pagamentos
efetuados;
j) Não-aplicação ou não-comprovação de contrapartida;
k) Ausência de aplicação de recursos do convênio no mercado
financeiro;
l) Uso dos rendimentos de aplicação financeira para finalidade
diferente da prevista no convênio; etc.
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O que significa prestação de contas?
Prestação de contas é o conjunto de documentos e
informações disponibilizados pelos dirigentes das entidades aos
órgãos interessados e autoridades, de forma a possibilitar a
apreciação, conhecimento e julgamento das contas e da gestão
dos administradores das entidades, segundo as competências de
cada órgão e autoridade, na periodicidade estabelecida em lei.
Em outras palavras, é o meio pelo qual o órgão
repassador pode aferir a legalidade dos atos praticados e
comprovar o efetivo cumprimento do convênio.
Quem deverá prestar contas?
Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade
pública ou privada que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos.
O que significa prestação de contas parcial?
É a apresentação da documentação comprobatória
das despesas referentes a uma das parcelas recebidas.
O que significa prestação de contas final?
É a documentação comprobatória da despesa,
apresentada ao final da execução do objeto do convênio.
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Qual a finalidade da prestação de contas?
Conforme dito anteriormente, os elementos
presentes na prestação de contas permitem à Administração
aferir a legalidade dos atos praticados e comprovar o efetivo
cumprimento do convênio. As impropriedades detectadas
poderão resultar em rejeição das contas e instauração de
Tomada de Contas Especial, a ser julgada pelo Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo, que irá apurar os fatos ocorridos,
identificar os responsáveis e quantificar o débito daqueles que
deram causa a perda, extravio, desvio de recursos ou outra
irregularidade que resulte dano ao erário público.
Qual a importância de se apresentar a prestação de contas de
forma correta e no prazo regular?
A não apresentação da prestação de contas de forma
correta e no prazo regulamentar vem causando sérios
transtornos à Administração Pública, resultando, com frequência,
na instauração de Tomada de Contas Especial.
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Quais os motivos de rescisão ou cancelamento do repasse?
Deixando de lado estes conceitos que só se
aplicarão em casos raros, contingenciais e específicos,
constitui motivação para rescisão o não cumprimento de
quaisquer cláusulas pactuadas no termo de convênio,
particularmente quando constatadas as seguintes situações:
a) Utilização dos recursos em desacordo com o plano de
trabalho;
b) Não cumprimento do objeto pactuado;
c) Falta de apresentação das prestações de contas, parciais ou
final, nos prazos estabelecidos;
d) Não aprovação da prestação de contas parcial.
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5.1- Legislação
- Constituição da República Federativa do Brasil;
- Constituição do Estado de São Paulo;
- Lei Federal nº 8.666/1993;
- Lei Orgânica do Município de Guarujá;
-Instrução Normativa do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo nº 02/2008;
-Lei Municipal 3.788/2009;
- Decreto Municipal 9.617/2011.
5.2- Referências Bibliográficas
- Manual de Procedimentos para Convênios da Prefeitura
Municipal de Osasco;
- Manual Básico de Repasses Públicos e Prestação de Contas da
Prefeitura Municipal de Atibaia;
- Manual Básico de Repasses Públicos ao Terceiro Setor do
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
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5.3- Termo de Ciência e Notificação
TERMO DE CIÊNCIA E DE NOTIFICAÇÃO DE REPASSE AO TERCEIRO SETOR
Órgão Concessor: Prefeitura Municipal de GuarujáÓrgão Beneficiário: EntidadeTipo de Concessão: Subvenção / ConvênioValor repassado: R$Exercício: 20______Pelo presente TERMO damo-nos por NOTIFICADOS para oacompanhamento dos atos da tramitação do correspondenteprocesso no Tribunal de Contas até seu julgamento finale consequente publicação, e se for o caso e de nossointeresse, para, nos prazos e as formas legais e regimentais,exercer o direito da defesa, interpor recursos e o mais quecouber.Outrossim, estamos cientes, doravante, de que todos osdespachos e decisões que vierem a ser tomados,relativamente ao aludido processo, serão publicados no DiárioOficial do Estado, Caderno do Poder Legislativo, parte doTribunal de Contas do Estado de São Paulo, de conformidadecom o artigo 90 da Lei Complementar nº 709, de 14 de janeirode 1993, iniciando-se, a partir de então, a contagem dosprazos processuais.
Guarujá, _______ de ____________ de 20______________________________________________PREFEITO(a) MUNICIPAL________________________________________ENTIDADE BENEFICIADAPRESIDENTE
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CICLO SOCIAL DO RECURSO PÚBLICO
Poder Público
Entidade Beneficiária
Cidadão Beneficiado
Resultado Social
CONTROLE DO RECURSO PÚBLICO
MINISTÉRIO
PÚBLICO
CONTROLE
SOCIAL
CONTROLE EXTERNO
CONTROLE INTERNO
CIDADÃO
TRIBUNAL DE CONTAS
CÂMARA
CONTROLADORIA