Pós-Graduação em Educomunicação

Gestão da Comunicação em Organizações do 3º SetorUma perspectiva crítica a partir do Estudo de Caso da Pastoral da

Criança

Luciano Sathlerwww.lucianosathler.pro.br

24/04/2012

Um setor em crise?

1. Crise de credibilidade2. Crise de novos entrantes3. Crise de profissionalização4. Crise de objetivos5. De país pobre a nação em desenvolvimento6. Crise de financiamento externo

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Uma organização do Terceiro Setor tem as seguintes características

Formalizada

São institucionalizadas, ainda que não legalmente reconhecidas, com

regras e procedimentos estabelecidos, consensuados entre os que nela e

por ela atuam, o que permite sua perenidade por mais tempo. Esse

atributo exclui os movimentos sociais informais e iniciativas temporárias

dessa classificação, o que pode causar estranheza mas faz sentido em

relação à necessidade de pesquisas comparativas internacionais, ênfase

principal dos autores.

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Uma organização do Terceiro Setor tem as seguintes características

Privadas

Sem vínculo institucional de mando com nenhum nível de governo, ainda

que tenha seu financiamento inteira ou parcialmente sustentado por

órgãos estatais.

Não-Distribuidoras de Resultados Financeiros Superavitários

Podem até gerar resultados positivos como parte de suas atividades, em

termos de recursos financeiros, mas estes são integralmente

reinvestidos para o desenvolvimento da própria organização ou alocados

para o pagamento da remuneração dos profissionais contratados.

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Autônomas

Não são controladas por interesses externos e contam com as condições

para realizar sua própria gestão. No nível estratégico de decisão possuem

um ou mais conselhos formados por voluntários, eleitos, convidados ou

nomeados, com mandato usualmente temporário.

Voluntárias

São instituídas voluntariamente por uma ou mais pessoas com objetivos

específicos. Além disso, costumam contar com uma elevada carga de

trabalho voluntário, não remunerado, no bojo da dedicação que move

pessoas comprometidas para que as organizações cumpram seus

objetivos. Mesmo que isso se restrinja ao Conselho Curador, obrigado por

lei a ser uma dedicação não remunerada, é uma característica que marca

esse segmento em relação aos demais.

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Uma organização do Terceiro Setor tem as seguintes características

Finalidade Pública

Os benefícios auferidos pela atuação da organização são exclusiva ou

primordialmente destinados aos públicos externos à mesma. Isso

exclui, por exemplo, iniciativas tais como cooperativas, sindicatos,

partidos políticos, associações de diversos tipos e entidades de classe. A

legislação pode discordar desse atributo em muitos países, mas, pelo

bem da pesquisa científica, é importante demarcar esse limite para dar

mais clareza sobre o objeto.

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Administração

Estratégica

Administração Tática

Administração

OperacionalNíveis Organizacionais de Tomada de Decisão

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IDEOLOGIA

Tecnoestrutura / Staff de Suporte

Essência

Operacional

Linha

Intermediária

Ápice

Estratégico

As seis partesbásicas de umaorganização

MINZTBERG, H.; QUINN, J.B. O processo de estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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• Pessoas que desempenham o trabalho de produzir produtos ou prestar serviços

Essência

Operacional

• Quando a organização cresce, mais gerentes: Gerentes de Operações ou Gerentes de Gerentes

Linha

Intermediária

• Onde se localiza a supervisão de todo o sistema

Ápice

Estratégico

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• À medida em que as organizações se tornam mais complexas surge a necessidade de staff (analistas) – Planejamento e Controle de naturezas diferentes, fora da hierarquia da linha de autoridade

Tecnoestrutura

• Apoio em logística, alimentação, segurança e outros serviços de apoio

Staff de Suporte

• Tradições e crenças que a distinguem de outras, o que infunde vida na estrutura.Ideologia

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• A coordenação do trabalho é obtida pelo simples processo da comunicação informal

Ajuste Mútuo

• Alguém coordena, entra em cena quando um número de pessoas precisa trabalhar juntas

Supervisão

Direta

Mecanismos básicos de Coordenação

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• Programação do conteúdo do trabalho, dos procedimentos a serem seguidos

Padronização dos processos

de trabalho

• Especificação do que precisa ser alcançadoPadronização

dos outputs

Mecanismos básicos de Coordenação

• Pessoas com habilidades e competências semelhantes, já internalizadas

Padronização de

habilidades

• Os valores e crenças são compartilhados e a coordenação se obtém a partir destes

Padronização das normas

Mecanismos básicos de Coordenação

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Enraizamento da Ideologia em um sentido de missão Reunidos para criar algo novo e estimulante

Fundador carismático, gera devoção pessoal em virtude de suas

qualidades pessoais

Sinceridade e comprometimento, a começar da liderança

Desenvolvimento da ideologia por meio de sagas e tradições Precedentes, hábitos, mitos e história formam uma base comum da

tradição

Identidade distinta

Comportamentos se reforçam

Ações se impregnam de valor

Reforço da ideologia por meio de identificações Atração pelo sistema de crenças da organização

Processos informais de socialização

Programas formais de doutrinação

Desenvolvimento da ideologia

organizacional

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OrganizaçãoMissionária

Padronização de normas pelo compartilhamento de valores e crenças

Doutrinação – Programas formalizados para reforçar a identificação com a ideologia

Participação ativa e descentralizada na tomada de decisões

Especialização mínima quanto a cargos, poucas diferenciações quanto a partes ou divisões

inexistentes quanto a status

É estilisticamente rica

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Pastoral da Criança por ocasião da pesquisa 130 mil líderes comunitários

1 milhão de famílias carentes atendidas

Redução da taxa de moralidade infantil nas comunidades

assistidas, de 52 por 1.000 para 13 por mil

Taxa de desnutridos baixou de 9,1% para 6,4%

Custo por criança R$ 1,03 mensal

Visitação, saúde da gestante, nutrição, vacinação, educação

Ênfase na mulher

Sistema de Informações Gerenciais acurado

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http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=Vk5altAoH1A

FIGU RA 3 - P AR TICIPA N TES D A A SSEM BLÉIA GERA L D A PA STO R AL D A CR IA N ÇA

A SSEM BLÉIAGERAL

A N AP A C

CO N SELHOD IR ETO R

CO O R D EN A ÇÕESESTA D UA IS

CO N SELHOECO N Ô M ICO

CO O R D EN A ÇÃON A CION A L

CO NSELHOFISCA L

P A RTICIPA ÇÃO D A ASSEM BLÉIACO M VO Z E VOTO D ELIBER A TIVO

P A RTICIPA ÇÃO D A ASSEM BLÉIACO M VO Z E VOTO CO N SULTIVO

EN TID A D ESCO N VID A D AS

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FIG U RA 4 - NÍVEIS D E TOM A D A DE D ECISÃO D A PA STOR A L D A CRIA NÇA

- CONS ELH O D IRETOR - CONS ELH O ECO NÔ M ICO - CONS ELH O FISCA L

CON SELH O D EBENEFICIÁ RIO S E

A G ENTES VO LU NTÁ RIO SEM N ÍV EL ES TA D U A L

CON SELH O D EBENEFICIÁ RIO S E

A G ENTES VO LU NTÁ RIO SEM N ÍV EL D IO CESA NO

CON SELH O D EBENEFICIÁ RIO S E

A G ENTES VO LU NTÁ RIO SEM NÍVEL PA RO QU IA L

CON SELH O D EBENEFICIÁ RIO S E

A G ENTES VO LU NTÁ RIO SEM NÍVEL CO M U NITÁRIO

A D M IN ISTR A ÇÃ OESTRA TÉG ICA

A D M IN ISTR A ÇÃ OTÁ TICA

A D M IN ISTR A ÇÃ OOPER A CIO N AL

CO O RD ENA ÇÃONA CIO NA L

CO O RD ENA ÇÃOESTA D U AL

CO O RD ENA ÇÃOD IO CESA NA

CO O RD ENA ÇÃOP ARO Q U IA L

CO O RD ENA ÇÃOCO M U NITÁRIA

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CO O RD ENA ÇÃ O ESTAD U AL

CO O RD ENA ÇÃ O D IOCESA N A

CO O R D EN AÇÃ O PA R O QU IAL

CO OR D EN A ÇÃO D E Á R EA

CO O R D EN AÇÃ O COM U N ITÁ RIA

LÍD ER CO M U N ITÁ RIO

A G EN TESVO LU N TÁ RIOS

BEN EFICIÁ R IO S

FIG U RA 5 - A G EN TES VO LU N TÁR IO S E BEN EFICIÁ RIO S D A PA STOR A L D A CR IA N ÇA

CRIA N ÇAS E SUA S FA M ÍLIAS

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CO O RD EN AÇÃONACIO NAL

CO O RD EN AÇÃOAD JU NTA

FINAN CEIROAPO IO ÀSDIO CESES REBID IA TÉCN ICO

CO M U N ICAÇÃOARTICU LAÇÃO

ALM O XARIFADOALM O XARIFAD O

ED U CAÇÃO A D IS TÂN CIAED U CAÇÃO A DISTÂNCIA

INFO RM ÁTICAIN FO RM ÁTICA

M ATERIAIS EDU CATIVO SM ATERIAIS ED U CATIVO S

AÇÃO PAS TO RALAÇÃO P ASTO RAL

AS SESSO RIA N ACIO N ALASSESS O RIA NACIO NAL

FIG U RA 6 - OR G AN OG R AM A D A COO RD EN AÇÃO N ACIO NAL D A PASTO RA L DA CRIAN ÇA

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Estrutura de Decisão Administração Operacional Administração Tática Administração

Estratégica

NÃO-ESTRUTURADA

Seleção de novos Líderes Comunitários

Alocação de recursos em situações

emergenciais, de calamidade pública

Atendimento de demandas em situações de

calamidade pública

Participação em Conselhos Municipais

de Saúde

Planejamento de novas áreas de

atuação

Reorganização departamental

Busca de novas fontes de recursos financeiros

SEMI-ESTRUTURADA

Participação em iniciativas conjuntas

com a Unidade Básica de Saúde mais

próxima

Organização de capacitações em

ações suplementares da Pastoral

Busca de parcerias e apoios financeiros na região em que atua

Participação em iniciativas conjuntas com órgãos públicos

Definição de orientações de saúde a serem repassadas à rede de voluntários

Localização da Sede Nacional

ESTRUTURADA

Ações imediatas em casos de desnutrição

infantil acentuada

Orçamentos para aquisição de insumos para a festa do Dia da

Pesagem

Disponibilização de recursos por

paróquia, a partir de dados coletados

Solicitação de recursos para

desenvolvimento de capacitação específica

Produção e distribuição de

exemplares do guia do Líder

Produção e distribuição de

veículos de comunicação

Exemplos de decisões pelo tipo de estrutura de decisão e pelo nível de administração na Pastoral da Criança

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Instrumentos e Ações de Comunicação da

Pastoral da Criança Celebração da vida

Caderno do líder comunitário

Guia do líder comunitário

Folha de acompanhamento e avaliação mensal das ações

básicas de saúde e educação da comunidade

Capacitação de agentes sociais

REBIDIA – Rede Brasileira de Informação e Documentação

sobre a Infância e a Adolescência

Rede de Comunicadores Solidários à Criança

Assessoria e Mobilização Social

Jornal da Pastoral da Criança / Seção Das Comunidades

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