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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVINCIA DE MAPUTO GOVERNO DO DISTRITO DE MAGUDE Distrito de Magude Moamba Manhiça P. Gaza RAS Plano Local de Adaptação Novembro-2015 Face as Mudanças Climáticas

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVINCIA DE MAPUTO

GOVERNO DO DISTRITO DE MAGUDE

Distrito de Magude

Moamba

a

Manhiça

P. Gaza

RAS

Plano Local de Adaptação

Novembro-2015 Face as Mudanças Climáticas

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1. Introdução

Mudanças Climáticas são quaisquer alterações no clima que resultam tanto da variabilidade

natural como das actividades humanas, devido ao lançamento excessivo de gases de efeito-

estufa, tornando o Planeta cada vez mais quente.

As mudanças climáticas tornaram-se num dos grandes desafios para o desenvolvimento de

Moçambique. Desastres influenciados em grande medida por este fenómeno, tem afectado

negativamente os esforços do governo e seus parceiros de desenvolvimento no sentido de

reduzir a pobreza e produzir um futuro mais próspero para os moçambicanos. Em função disso,

o Governo aprovou, em Novembro de 2012, a Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação às

Mudanças Climáticas (ENAMMC) que delineia as principais áreas de intervenção visando

tornar o país resiliente às mudanças climáticas.

O plano de acção da estratégia determina que no período 2013-2014, o país deve focalizar a sua

atenção no desenvolvimento de resiliência ao nível local, criando para isso instrumentos de

intervenção práticos que permitam que os distritos e comunidades estejam fortalecidos a fazer

face e tirar proveitos das mudanças climáticas.

É neste âmbito que o distrito de Magude elaborou o presente Plano Local de Adaptação (PLA)

às mudanças climáticas, criando mecanismos para minimizar os efeitos dos eventos extremos

tais como: seca, cheias, erosão, entre outros que tem ofuscado os seus esforços de

desenvolvimento.

O presente plano delineia as áreas estratégicas e acções prioritárias visando tornar o Distrito

resiliente às mudanças climáticas, e é concebido como um instrumento de suporte ao Plano

Estratégico do Desenvolvimento do Distrito (PEDD). Tem como finalidade, permitir que os

objectivos estratégicos de desenvolvimento definidos no PEDD, sejam efectivamente alcançados

no contexto de mudanças climáticas.

A elaboração do presente plano foi liderada pela equipa técnica do Distrito nomeadamente:

SDPI, SDAE, SDSMAS, SDEJT e a Secretaria Distrital.

As acções aqui apresentadas resultam de discussões das comunidades com a equipa técnica de

planificação do Distrito e levaram em consideração a questão de projecções climáticas da região

a que o Distrito se enquadra.

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Estrutura do plano

O plano de adaptação do distrito de Magude esta estruturado em VII capitulos. O capítulo II

trata da metodologia onde se descreve a forma usado para a elaboração do plano onde se

menciona com particular realce o exercício feito junto com a comunidade que é de levantamento

dos pontos fracos e a capacidade de desenvolvimento da teoria de mudanças. Ocapítulo III

descreve o perfil do distrito com enfoque às componentes físico geográfico, sócio económico e

de vulnerabilidade climático. O capitulo IV aborda um dos pilares estratégicos e actividades

definidas para tornar o distrito resilentes as mudanças climáticas. O capítulo V apresenta o plano

de acção de implementação da estratégia, onde se apresenta, usando a matriz do PESOD e a

calendarização das actividades ao longo dos anos da vigência do plano. O capitulo VI do sistema

de monitoria e avaliação onde se apresentam os principais indicadores, assim como os

respectivos dados de base. Finalmente o capitulo VII aborda as oportunidades de investimentos

para um desenvolvimento resiliente no distrito.

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2. Metodologia

A metodologia usada para a elaboração do presente plano consistiu no uso do guião de

elaboração de Planos Locais de Adaptação (PLA) às mudanças climáticas; consultas

comunitárias; inquéritos; recolha de dados nos postos administrativos de Magude̶ Sede, Mahel,

Panjane, Motaze e Mapulanguene.

De seguida fez-se a harmonização dos dados com a equipa distrital usando Plano Estratégico de

Desenvolvimento do Distrito (PEDD), Perfil do Distrito e o Plano Distrital de Uso da Terra

(PDUT), os PESODs e seus respectivos relatórios de balanço e outros documentos, focalizando

os aspectos físicos naturais e socioeconómicos cuja análise permitiu identificar a vulnerabilidade

climática, assim como as oportunidades para o desenvolvimento local resiliente.

O levantamento de base foi realizado usando as ferramentas de análise de vulnerabilidade

climática e capacidades (CVCA) desenvolvidas pelo CARE e pelo uso de Teoria de Mudanças.

No CVCA foram usadas cinco ferramentas nomeadamente a matriz de vulnerabilidade, o perfil

histórico, o calendário sazonal, a análise institucional/diagrama de Venn e o mapeamento de

recursos e riscos.

A matriz de vulnerabilidade analisou as principais actividades de sustento, as ameaças a que

estas estão sujeitas e medidas tomadas ao nível local para fazer face. O perfil histórico analisou

os principais eventos que marcaram a história da zona e permite ver a frequência e intensidade

de eventos ao longo dos anos. O calendário sazonal analisou a variação intra-anual das

principais ameaças que afectam as comunidades. A análise institucional mapeou os principais

actores que operam nas comunidades, seu tipo de intervenção e as sinergias entre os diferentes

actores. O mapeamento permitiu identificar a localização geográfica dentro das comunidades,

dos vários recursos físicos e naturais existentes assim como as principias ameaças que existem

em cada região onde reside a comunidade.

As intervenções de adaptação foram usadas para desenvolver a Teoria de Mudanças (TdM) a

nível distrital. A (TdM) é uma descrição de sequência de mudanças que ocorrem (ou supostas

ocorrerem) em função das actividades desenvolvidas e seus resultados. Esta descrição ajuda a

identificar indicadores que podem ser usados para construir um caso credível da relação entre as

mudanças que já aconteceram e as actividades que o PLA empreendeu.

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As actividades de adaptação propostas nas comunidades assim como as respectivas TdM foram

cruzadas e harmonizadas com a matriz desenvolvida na Sede do Distrito para resultar numa

TdM que espelhasse a visão do Distrito.

No final da harmonização foi possível definir objectivos estratégicos, acções de adaptação e foi

igualmente possível obter mudanças/resultados esperados pela implementação de acções de

adaptação e indicadores para medir e avaliar as mudanças derivadas das intervenções das

adaptações.

As acções de adaptação propostas foram organizadas num plano de acção usando a matriz de

PESOD que o distrito vem usando para a sua planificação anual.

Além da matriz do PESOD foi construída uma matriz para o processo de monitoria e avaliação.

O sistema de monitoria e avaliação do PLA é baseado na matriz que mostra para cada objectivo

estratégico. As actividades a serem implementadas, o indicador de produto, a mudança no nível

de resultado, o respectivo indicador e as mudanças de nível de impacto e os indicadores. O

sistema também deve ter os dados de base e as metas estabelecidas.

A última fase da elaboração do PLA foi a orçamentação das intervenções, organizadas por áreas

estratégicas. Este quadro foi ligado às oportunidades de investimentos climáticos que o distrito

poderá usar para mobilizar fundos de actividades de desenvolvimento que tenham em conta

aspectos de adaptação às mudanças climáticas.

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3.0 PERFIL FÍSICO E SÓCIO-ECONÓMICO DO DISTRITO DE MAGUDE

Localização geográfica do Distrito de Magude

Distrito de Magude

Moamba

a

Manhiça

P. Gaza

RAS

Figura1: Localização do Distrito de Magude

1 Conforme JVA CENACARTA-IGN France International, ESTATÍSTICAS DE USO E

COBERTURA DA TERRA, Nov. 1999 (escala 1:250,000)

O Distrito de Magude localiza-se na região Norte da Província de Maputo, a 150 km da Cidade

Capital do país, Maputo. Situa-se entre as latitudes 26º 02´00´´ Sul e longitude 32º 17´0´´ Este.

É limitado a Norte pela Província de Gaza, confluindo com os Distritos de Chókwé, Massingir e

Bilene, a Sul pelo distrito de Moamba, a Este pelo distrito de Manhiça e a Oeste faz fronteira

com a R.S.A.

Superfície do Distrito

A superfície total do distrito é de 6.654 km², o que corresponde a 26,4% da área total da

província.

Divisão Administrativa

O Distrito de Magude é constituído por cinco postos administrativos, nomeadamente: Magude-

Sede, Mapulanguene, Panjane, Mahel e Motaze (vide o mapa a baixo).

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Mapa 2: Divisão administrativa do Distrito de Magude

(Superfície do distrito de Magude por posto administrativo)

Mapulanguene

2,458 km2

Mahel

830 km2

Panjane

827 km2

Motaze

911 km2

Magude

1,628 km2

Fonte: Governo do Distrito Tabela 1: Distribuição da população por sexo e postos

Administrativos

Posto

Administrativo

População 1997 População dados

actualizados

Masculino Feminino Total Masculin

o

Feminin

o

Total

Magude Sede 13.955 19.268 33.223 16.492 20.772

37.264

Motaze 1.997 2.638 4.635 5.477 7.541 13.018

Mapulanguene 433 469 902 872 938 1.810

Panjane 1.091 2.638 4.635 1.894 2.234 4.128

Mahel 684 809 1.493 1.135 1.155 2.290

Total do

Distrito

18.160 24.628 42.788 24.043 29.274 58.510

Fonte: Dados do ll RGP e Habitação/97 e 2007

O emprego é escasso no Distrito. No interior do Distrito existe alguns trabalhadores

assalariados. Nas aldeias há camponeses que empregam como assalariados outros camponeses.

Existe a possibilidade de um camponês ir sachar numa machamba e receber em troca uma a duas

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latas de milho ou mandioca e se for dinheiro 50 a 100 meticais por dia. O trabalho pode ser pago

também em bebidas tradicionais.

A procura de trabalho leva a muitas pessoas do distrito a emigrarem para a vizinha África do

Sul, Maputo, Chókwé, Xai Xai e Xinavane. Calcula-se que cerca de 30% a 40% dos Homens

trabalham na vizinha África do Sul.

3.1ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS

Origem do nome do Distrito

O nome atribuído ao Distrito de Magude provém do nome Magudzo Khossa, que foi um Rei da

Região dos Khossas (Khossene) durante anos, antes da penetração colonial em Moçambique.

Ele fora nomeado por Muzila, Chefe do Regime dos Nguni. De acordo com a lei de sucessão,

quem deveria ser Rei, era Mulaxwani, irmão mais velho de Magudzo, mas isto não aconteceu

pelo facto de Mulaxwani ser um grande fumador de “ surruma”. Antes da nomeação de

Magudzo como Rei, este e o seu irmão Mulaxwalani faziam a colecta do tributo às populações e

mandavam ao Muzila que se encontrava em Manjacaze. Chegados lá, Mulaxwana punha-se

sempre a rir devido ao efeito da “surruma”, facto que acontecia mesmo em sessões de trabalho

com outros reis.

Devido a estas situações, os Ngunis chefiados por Muzila começaram a contestar à eleição de

Mulaxwani como Rei. É daí que Muzila nomeia Magudzo como Rei da região dos Makhossa. A

partir desta altura, a região ficou conhecida como terra do Rei Magudzo, e quando chegaram os

Portugueses, por não conseguirem pronunciar correctamente o verdadeiro nome do Rei,

chamavam de Magude, tendo ficado esse nome até hoje.

O Distrito de Magude foi sempre possuidor de gado bovino em grande quantidade. Este servia

para vários fins, de entre eles, a prática de lobolo.

O Famoso Canhoeiro de Magudzo (NKanhi)

Durante o seu reinado, Magudzo deslocou-se à Tanzânia acompanhado de dois “Madodas1”,

tendo de lá trazido sementes de Canhoeiro que acabou por semear. Crescida a planta, Magudzo

descansava na sombra frondosa do Canhoeiro e lá fazia também as suas cerimónias tradicionais.

1 Conselheiros

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No Canhoeiro, Magudzo havia enterrado um cântaro cheio de dinheiro, ouro e diamantes.

Aquando da chegada dos portugueses na região, Magudzo já estava velho e pouco tempo depois

ele veio a morrer. E Quando os Portugueses ouviram a história do cântaro enterrado no

canhoeiro, ficaram ansiosos em desenterrar. Assim, ordenaram o derrube do Canhoeiro e que se

escavasse ao seu redor a fim de se confirmar a existência do cântaro. Realmente, este foi

encontrado, retirado e guardado num dos gabinetes da Administração. No dia seguinte o

Canhoeiro estava de novo em tronco, como se nada tivesse acontecido.

Os Portugueses reconheceram o fenómeno e em volta do caule do canhoeiro, colocaram uma

argola em pedras e no local onde havia sido enterrado o Canhoeiro cortado, fez-se uma rotunda e

esta localiza-se mesmo em frente da Administração do Distrito de Magude. O Canhoeiro existe

até hoje. (Fontes orais da comunidade)

Figura 3: O canhoeiro de Magudzu

3.2 Relevo do Distrito de Magude

Magude é caracterizado pela existência de extensas áreas planas maioritariamente a cotas

inferiores a 100 m e as restantes oscilam entre os 100 e 200 m (Marques, 1976). Ao longo das

margens do rio incomatí os solos são férteis para a prática de agricultura e pastorícia.

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Clima

Segundo a classificação de Koppen, o Distrito de Magude é caracterizado por um clima tropical

seco com uma temperatura média anual que oscila entre os 22º e 24ºC (MAE,2005). A

pluviosidade anual varia de 600 a 800mm. Predominam neste Distrito duas estações do ano,

sendo uma quente e de pluviosidade elevada que vai de Outubro a Maio e a outra fresca e seca

que prevalece entre os meses de Abril a Setembro.

Geologia

No Distrito de Magude existem diversas formações geológicas desde as extrusivas sedimentares

do karoo iniciadas na Suazilândia e no Transvaal Lowveld com a fragmentação do

Gondwanalândia. Ao longo da fronteira com a República de África do Sul estende-se uma faixa

estreita com a respectiva litologia de rochas de origem vulcânica do sistema do karoo dos quais

se destacam os riolitos, basaltos e os tufos vulcânicos. O cretáceo é constituído

fundamentalmente por conglomerados e calcários no interior do distrito.

O terciário é constituído por grés conglomerados basicamente relacionados com a transgressão

miocénica, nos vales dos Rios Incomati e Uanitse estão patentes as intercalações grenosas, os

calcários atingem cerca de 20 metros de espessura e constituem reservas potenciais.

Recursos Pedológicos

No Distrito de Magude ocorrem com frequência solos argilosos vermelhos com fertilidade boa à

intermédia. Estes solos são intercalados com solos franco-argilosos-arenosos acastanhados

evoluídos com uma fertilidade boa à intermédia em partes delgadas. Ao longo da fronteira com

África do Sul predominam os solos delgados pouco profundos. São rochosos e não aptos para a

agricultura. Ocorrem também solos fluviais de alta fertilidade e de difícil lavoura em parte,

provocado pelo eventual excesso de água ou salinidade. De igual modo existe a distribuição em

algumas regiões centrais do Distrito de solos arenosos de fertilidade muito baixa e com baixa

capacidade de retenção da água.

Localmente as terras são conhecidas por nomes indígenas como ocorrem no Posto

Administrativo de Motaze e a redor, onde são usuais as seguintes designações:

Nhaca para solos que necessitam de rega, Tlangassi solos que ficam alagados quando chove,

Mananga aptos para o cultivo e pastagens e Lintsula solos arenosos que servem para o fabrico

de blocos e panelas de barro para além da agricultura.

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3.3 Recursos Hídricos

O Distrito de Magude é atravessado pelo rio Incomati e seus afluentes (Mazimuchope,

Massintonto e Uanitse) e constitui uma bacia hidrográfica importante. O rio Incomati tem estado

a baixar o seu volume e o rio Mazimuchope por vezes não possui água na sua nascente. O

regime destes rios é periódico, pois a sua alimentação é essencialmente pluvial originando um

caudal elevado na época das chuvas, no período de Dezembro a Abril.

Figura 4: Vista parcial do Rio Incomati

3.4 Recursos Florestais

O Distrito de Magude fitigeograficamente está incluído na região Sudano-Zambeziaca no

domínio das savanas e floresta Sul Africana e apresenta as seguintes formações vegetais

principais:

Savanas arbóreas arbustivas ricas em savanas de acácias preenchidas por micaias e

Savanas herbáceas e arbóreas onde predominam pradarias e savanas de aluvião;

No Distrito de Magude localiza-se uma floresta de savana aberta e ocorrência de savana

(primária secundária) com as seguintes espécies:

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Acacia spp (micaias), chanfutas, canhoeiros, embondeiros, utomas, magungus,

mindzengas e mondzo.

3.5. Vulnerabilidade climática e capacidade de adaptação (CVCA)

3.5.1. Contexto actual

0 Clima do distrito de Magude é do tipo subtropical seco, de acordo com a classificação de

Koppen, com temperatura média anual entre 22 e 24 °C (e uma pluviosidade média anual de

630mm, predominando duas estacões: a quente e chuvosa, caracterizada porpluviosidade

elevada que vai de Outubro a Marco com 80% da precipitação anual e, a fresca e seca de Abril a

Setembro.

O distrito é atravessado, para além do rio Incomati, pelos rios Mazimchope, Massintonto e

Wanetse, de regimes periódico, alimentados pela chuva e com períodos de muito baixo caudal

na época seca. O distrito é caracterizado fundamentalmente por áreas planas, com cotas entre

100 a 200 metros de altitude.

De acordo com o levantamento feito, usando as ferramentas do CVCA pode observar-se através

do perfil histórico que as secas e cheias são os eventos climáticos que mais assolam o distrito,

com impactos negativos sobre culturas agrícolas, infra-estruturas, vidas humanas e meio

ambiente.

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Tabela 1: Perfil Histórico de Eventos Ambientais

Ano Eventos

1943 Seca

1948 Cheia

1952 Ciclones

1968 Seca/Fome

1970 Seca/Fome

1977 Cheias (perda de culturas agrícolas e corte de estradas)

1983 Seca (Fome, doença e morte de animais)

2000

Cheias (perda de vidas humanas, vias de acesso destruídas, perda de

culturas agrícolas e aparecimento de uma baixa)

2010 Febre Aftosa

2011 Cheias/Destruição de Machambas

2012 Cheias

2013 Cheias

Do levantamento feito usando a matriz de vulnerabilidade e capacidade de adaptação procurou-

se identificar as principais ameaças, como as mesmas afectam os meios de sustento das

comunidades, a tendência da frequência, intensidade e medidas tomadas para fazer face a tais

ameaças.

Tabela 2: Matriz de Vulnerabilidade

Evento/ Ameaça

Actividade

Seca Erosão Cheia/

Inundações Ciclones

Epidemias/

Pragas Queimadas

Agropecuária 3 1 2 2 3 2

Exploração Carvão/Lenha 1 1 1 2 1 3

Construção 1 3 3 2 1 2

Caca furtiva 1 1 2 1 1 3

Comércio 2 1 3 1 1 2

Pesca 2 2 2 1 1 1

Artesanato 1 1 3 1 1 2

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Da análise feita na tabela acima, conclui-se que a seca, cheias e epidemias (pragas) têm afectado

significativamente a prática da actividade agropecuária, construção e comércio (com destruição

de infra-estruturas tais como, pontes, estradas e outras, aumentando consequentemente os preços

dos produtos), pondo em causa o sustento do distrito; a falta de cobertura vegetal concorre para

o arrastamento das partículas do solo provocando a erosão e que condiciona a construção civil; e

por sua vez, as queimadas são também ameaça para a exploração de carvão furtiva e a caca.

Legenda:

1 Não afecta

2 Afecta moderadamente

3 Afecta muito

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Tabela 3: Matriz de Capacidades e Medidas de Adaptação

Evento Actividade Acções em Curso Limitações Propostas de Soluções

Seca Agropecuária

Uso de sistemas de irrigação;

cultivo em zonas baixas; uso de

culturas tolerantes à seca e de

ciclo curto; agricultura de

conservação; prática de sistemas

agro-florestais; conservação de

excedentes em celeiros; agro

processamento; construção de

represas; movimento de gado

para as zonas baixas; produção

defeno, forragem e outros

suplementos alimentares.

Insuficiência de provedores

de insumos agrícolas; falta

de estufas a nível distrital,

insuficiência de recurso

financeiro para construção

de infra-estruturas de

retenção de água; falta de

expansão da rede eléctrica

(uso de electrobombas),

insuficiência de pessoal no

acompanhamento técnico e

disseminadores nas

comunidades

Construção de mais represas,

disseminação da prática de

agricultura de conservação,

incentivar a prática de agricultura

em zonas baixas; uso de variedades

melhoradas e tolerantes a seca e de

ciclo curto; criar capacidade

técnica para acompanhamento das

actividades comunitárias

Erosão Construção

Sensibilização das comunidades

para não construir em zonas de

risco; colocação de sacos de areia

nas ravinas; construção de

pontecas pedonalusando material

local

Falta de capacidade

financeira para fazer face as

obras de grande engenharia.

Alocação de fundos e recursos

humanos qualificados; incentivar a

prática de colocação de cobertura

vegetal nas zonas propensas e

susceptíveis à erosão

Cheias

Agropecuária

Cultivo em zonas altas, cultivo

de variedades de curto ciclo,

construção decurais em zonas

altas

Insuficiência de cobertura

da assistência técnica, a falta

de agua nas zonas alta,

infertilidade dos solos.

Construção de diques e represas,

incentivar a produção em zonas

altas, incentivar a comunidade para

o uso de sistema de aviso prévio.

Construção

Sensibilização das comunidades

para não construir e habitar em

zonas de risco

Resistência devido a crenças

e hábitos culturais, falta de

infra-estrutura e serviços

básicos nos locais de

reassentamento.

Atribuição gratuita de DUAT,

construção de infra-estruturas

básicas resistentes nas zonas de

reassentamento.

Queimadas Exploração de

Lenha/carvão

Abertura de aceiros e prática de

apicultura; fabrico de fornos

melhorados e fogões poupa

lenha/carvão, reflorestamento nas

zonas devastadas, realização dos

seminários sobre a legislação

florestal

Caça furtiva; falta de meios

circulantes para garantir a

fiscalização, não

cumprimento da legislação

florestal.

Criação de comités de gestão de

recursos naturais, intensificar a

fiscalização comunitária e

reflorestamento, garantir a

aplicação de penalizações relativas

a crimes ambientais (Código

Penal), a prática de apicultura.

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Da análise feita usando o calendário sazonal conclui-se que as principais actividades de sustento

(agropecuária) do distrito são praticadas durante todo ano. Porém, no período chuvoso ou de

cheias a actividade agrícola é praticada em zonas altas e no período seco em zonas baixas, sendo

que as hortícolas são cultivadas no período seco e fresco e no período quente e chuvoso é

praticada agricultura de sequeiro.

Tabela 4: Calendário Sazonal

Para fazer face às mudanças climáticas procurou-se identificar os principais intervenientes que

actuam no distrito e seu respectivo contributo. Este exercício resultou no diagrama de Venn com

base no qual se fez a análise institucional que abaixo se apresenta. De acordo com o mesmo a

Açucareira de Xinavane contribui de forma significativa para o crescimento do distrito, dando

oportunidade de emprego as comunidades locais. Contudo, existem outras organizações não-

governamentais que actuam no distrito, tais como: ATAP, CISM, ABDICOM e Fundação Ariel

com representações dentro do distrito. Existem igualmente outras instituições que têm

contribuído no desenvolvimento do distrito mesmo sem representação física, a salientar: a

INGC, PROMASAR, DANIDA, ADPP, USAID, a Cruz Vermelha de Moçambique entre outras.

Actividades Mês

Janeiro Fever Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setemb Outubro Novemb Dezembro

Agropecuária

Exploração e Venda de Carvão/Lenha

Construção

Caca

Comércio

Pesca

Artesanato

Eventos

Seca

Cheias Inundações

Ciclones

Erosão

Epidemias/Pragas

Queimadas

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Diagrama de Venn

Para análise de localização geográfica das infra-estruturas e dos eventos climáticos extremos que

actuam sobre eles no distrito, fez-se o mapeamento de áreas de risco, onde se pode observar que

as comunidades localizadas nas zonas baixas e margens dos rios, são afectadas por inundações,

principalmente na época chuvosa, afectando as machambas e vias de acesso.

Entretanto, em localidade como Mapulanguene, Panjane e Mahel a situação é de períodos de

seca severa.

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4.0 Mapeamento de Recursos e risco

5MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO

5.1. VISÃO

O perfil distrital acima apresentado mostra que as mudanças climáticas têm impactos no

desenvolvimento do distrito e poderão, tendo em conta os cenários climáticos apresentados,

afectar as metas de desenvolvimento a médio e longo prazos.

Foi com base nestes pressupostosque o distrito definiu a sua visão de desenvolvimento no

contexto de mudanças climáticas, que a seguir se apresenta:

Motaze

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5.2 Objectivos Estratégicos

Para alcançar a visão, o distrito definiu, tendo em conta o levantamento feito sobre

vulnerabilidades e capacidades, os seguintes 5 objectivos estratégicos (OE):

Construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de armazenamento de água e

de irrigação

Aumentar a produção e produtividade em todos os sectores com ênfase na agricultura,

produção animal e pescas

Garantir a integração da Economia Verde, assegurando a conservação de

ecossistemas terrestres, a biodiversidade e o uso sustentável dos recursosnaturais

Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infra-estruturas aos riscos

climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas

OE.1

OE.2

OE.4

OE.5

Fortalecer a capacidade institucional para o desenvolvimento das actividades

OE.3

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5.3 Acções propostas por cada objectivo

Objectivo Estratégicos Acções propostas

1.Fortalecer capacidadeinstitucional

para o desenvolvimento das

actividades

Capacitar técnicos em novas tecnologias face as

mudanças climáticas,

Adquirir meios circulantes para a monitoria e

avaliação do PLA,

Fortalecer sistemas de gestão de apoio de casas

agrárias,

Capacitar técnicos de SDPI em matéria de gestão dos

recursosnaturais

Capacitar técnicos em matéria da conservação do

recurso hídricos

Fortalecer comités locais de gestão de riscos de

calamidades,

Capacitar técnicos em elaboração de projetos e

estabelecimento de parcerias ligados a PLA.

2. Construir e expandir a capacidade

das infra-estruturas de

armazenamento de água e de

irrigação

Construir fontes de abastecimento de água para as

comunidades;

Mobilizar financiamento para a reabilitação de

diques e represas

Construir e reabilitar infra-estruturas hidroagrícolas

para irrigação e abeberamento de gado;

Criar e capacitar comités de gestão de infra-

estruturas de retenção e abastecimento de água;

3. Aumentar a produção e

produtividade em todos os sectores

com ênfase na agricultura, produção

animal e pescas

Incrementar os níveis de produção e de produtividade

nas culturas alimentares básicas com vista a alcançar

a auto-suficiência alimentar;

Expandir os centros de formação, investigação e de

transferência de tecnologias para capacitação de

produtores locais;

Promover a expansão dos programas de fomento das

culturas estratégicas, tradicionais e emergentes

orientadas para o mercado;

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Promover a construção e reabilitação de infra-

estruturas de apoio à produção animal e assistência

veterinária para relançar a indústria de carne e

lacticínios;

Consolidar e expandir os pólos de investigação e

disseminação de tecnologias e inovação para as

comunidades;

Promover a agricultura comercial e aumentar a

disponibilidade de alimentos para garantir a

segurança alimentar e nutricional;

4.Garantir a integração da Economia

Verde, assegurando a conservação

de ecossistemas terrestres, a

biodiversidade e o uso sustentável

dos recursos naturais

Promover o acesso e utilização de boas práticas

ambientais e tecnologias apropriadas à produção nas

áreas agrária, turística, mineira, florestal, faunística.

Massificar a educação ambiental através de

programas de educação, comunicação e divulgação

ambiental;

Divulgar a legislação sobre o uso sustentável dos

recursos naturais.

Promover a apicultura

Promover o reflorestamento comunitário

Promover o plantio de espécies de rápido

crescimento para a produção de carvão

Promover a expansão de espaços verdes, jardins e

parques nas vilas;

Prosseguir a promoção ambiental junto às

comunidades.

Delimitar áreas de reservas florestais

Promover o uso de energias renováveis (fogões

poupa lenha).

5. Reduzir a vulnerabilidade das

comunidades, da economia e infra-

estruturas aos riscos climáticos e às

calamidades naturais.

Melhorar o planeamento da localização das infra-

estruturas económicas e sociais críticas

Garantir o melhoramento de vias de acesso

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Prosseguir com as reformas sectoriais visando

integrar medidas de resiliência ao clima e desastres

nos sectores económicos, infra-estruturas e nas

comunidades;

Estabelecer e monitorar o uso de padrões para a

construção deinfra-estruturas económicas e sociais;

6.0Teoria de Mudança

Para reflectir sobre as intervenções em curso e propostas para reduzir o risco climático, foi

desenvolvida a teoria de mudança com os sectores que compõem os serviços distritais assim

como ao nível das comunidades visitadas.

Na visão do Distrito de construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de armazenamento

de água e de irrigação pretende potenciar o acesso a agua para a prática da actividade

agropecuária e para consumo doméstico. Por outro lado, ao aumentar a produção e

produtividade em todos os sectores com ênfase na agricultura, produção animal e pescas

pretende-se melhorar a segurança alimentar e a qualidade de vida socioeconómica das

comunidades.

Ao Garantir a integração da Economia Verde-Azul, assegurando a conservação de ecossistemas,

biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais, pretende se criar mecanismos que o

equilíbrio ecológico e diminuição, a promoção da apicultura e diminuir o problema das

queimadas descontroladas e reflorestar as zonas desérticas.

Garantir a redução de vulnerabilidade das comunidades, da economia e infra-estruturas aos

riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas construção e manutenção das infra-

estruturas face as mudanças climáticas visam melhorar as condições de vida e infra-estruturas

das comunidades minimizando assim os efeitos dos eventos climáticos e extremos evitando os

assentamentos constantes.

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7. PLANO DE ACÇÃO

O Plano Local de Adaptação de Magude tem um horizonte temporário de 5 anos. O plano de

acção do mesmo segue as matrizes actualmente em uso para o desenho e implementação do

PESOD distrital. É filosofia do PLA que, ao longo do tempo, as acções aqui apresentadas sejam

incorporadas no PESOD e reflectidas no PEDD. Como referido na introdução, pretende-se que o

PLA seja um instrumento de apoio a planificação.

As matrizes que se seguem apresentam o plano de acção da implementação do PLA no distrito

de Magude. Contudo, é preciso referenciar que, a implementação de cada uma das actividades

carece de uma análise minuciosa da sua viabilidade técnica, social e ambiental. O orçamento

global do PLA de Magude é de cerca de 55,614,861.00de meticais, um pouco mais de ….. USD

conforme os detalhes apresentados na tabela abaixo.

OBJECTIVOS PRIORITÁRIOS PREVISÃO

ORÇAMENTAL (MT)

Capacidade institucional 1.474.450,00

Construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de

armazenamento de água e de irrigação

39.009.250,00

Aumentar a produção e produtividade em todos os sectores com

ênfase na agricultura, produção animal e pescas

8.034.450,00

.Garantir a integração da Economia Verde, assegurando a conservação

de ecossistemas, a biodiversidade e o uso sustentável dos recursos

naturais

3,862,434

Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infra-

estruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e

antropogénicas

8.620.400,00

Sub total 52.966.534,00

Contingência (5%) 2.648.461,00

GRANDE TOTAL 55.614.861,00

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Matriz de acção do OE1: Capacidade Institucional

Secretaria/Serviço Distrital de: SDPI Orçamento MT:1.474.450,00

Sector: Planificação

Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Promover a Qualidade Ambiental, Políticas e Estratégias de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado do Programas:

N° de

Ordem Acção de Despesa

Indicador de

Produção

Meta

Física

Realização/ano

Localização Beneficiários

Orçamento por

Actividade

Fonte de

Financiamento Responsabidade

Actividade

Proveniente

do PDD? I II III IV V

1 Capacitar técnicos em

novas tecnologias face as

mudanças climáticas

No de técnicos

capacitados

9 9 Sede do Distrito

SDAE/SDPI

270.000,00 Parceiros/OE SDPI Sim

2 Adquirir meios circulantes

para a monitoria e

avaliação do PLA

Número de motas

adquiridas

2 2 Sede do Distrito

SDAE/SDPI

400.000,00 Parceiros SDPI Sim

3 Fortalecer sistemas de

gestão de apoio de casas agrárias

No de sistema

de gestão criados

10 5 5 Todos os P.A’s SDAE 200.000,00 Parceiros. /OE SDAE/SDPI Sim

4 Fortalecer comités locais

de gestão de riscos de calamidades

No de comités

fortalecidos

15 5 5 5

5555

5

5

Todos os P.A’s (CLGRC) 170.000,00 Parceiros SDPI Sim

5 Capacitar técnicos em

elaboração de projectos e estabelecimento de

parcerias ligados a PLA

No de técnicos

capacitados

14 14 Todos os Postos

Administrativos

Equipa técnica do

Distrito parceiros

95.000,00 Parceiros/OE SDAE/SDPI Sim

6 Capacitar técnicos em

matéria da conservação do recurso hídricos

Números de

técnicos capacitados

5 5 Sede do Distrito Equipa técnica 85.450,00 Parceiros SDPI Sim

7 Capacitar técnicos e em

matéria dos recursos naturais

Números de

técnicos capacitados

9 9 Sede do Distrito Equipa técnica do

distrito

254.000,00 Parceiros OE SDPI̸ SDAE Sim

Total 1.474,450.00

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Matriz de acção OE 1: Construir e expandir a capacidade das infra-estruturas de armazenamento de água e de irrigação

Secretaria/Serviço Distrital de: SDPI Orçamento MT:39.009.250,00

Sector: Planificação

Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Promover a Qualidade Ambiental, Políticas e Estratégias de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado do Programas:

N° de

Ordem Acção de Despesa

Indicador de

Produção

Meta

Física

Realização/ano

Localização Beneficiários Orçamento Fonte de

Financiamento Responsab

Actividade

Proveniente

do PDD? I I

I

III IV V

1 Construir fontes de abastecimento de

água para as comunidades

Número de fontes 25 5

5

5 5 5 Todos os

Postos Administrativ

os – P.A’s

7.500

15.750.000,00 Parceiros/OE SDPI Sim

2

Construir e reabilitar infra-estruturas

hidro-agrícolas para irrigação e abeberamento de Gado

N° de infra-

estruturas hidro-agricolas por

construir

2 1 1 Todos os

P.A’s

15.650

21.509.250,00

Parceiros/OE SDAE/SDPI Sim

Numero de infra-estrutura hidro-

agricolas por

reabilitar

5 2 2 1 Manjangue 5.580 Parceiros/OE SDAE/SDPI

3 Criar comités de gestão de infra-

estruturas de retenção e abastecimento

de água

N° de comités

criados

25

5

5

5

5

5

5

55

55

Todos

os Postos

Administrativ

os

18.510 850.000,00 Parceiros/OE SDAE/SDPI Sim

5 Capacitar comités de gestão de infra-

estruturas de retenção e abastecimento de água

Número de comités

capacitados

25 5 5 5 5 5 Todosos

Postos Adm

58.510 900.000,00 Parceiros/OE SDAE/SDPI Sim

Total 39.009.250,00

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Matriz de acção OE 2:Aumentar a produção e produtividade em todos os sectores com ênfase na agricultura, produção animal e pescas

Serviço Distrital de Actividades Económicas Orçamento MT : 8.934.450,00

Sector: Extensão Rural

Programa do Governo:Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa:Promover a Qualidade Ambiental, Políticas e Estratégias de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado: Incrementado o rendimento de culturas alimentares e de rendimentos

Nº de

Ordem Acção de Despesa

Indicador

de Produto

Meta

Física

Cronograma Localizaç

ão Beneficiários Orçamento

Fonte de

Finan.

Responsabilid

ade.

Actividade

Proveniente

do PEDD?

I II III IV V

1

Incrementar os níveis de produção e de produtividade nas

culturas alimentares básicas com vista a alcançar a auto-suficiência alimentar

Nr.de

Campos estabelecido

35 7 7 7 7 7 Todos os

P.A’s

1500

1.400.000,00

Parceiros SDAE/DPA SIM

2

Expandir os centros de formação, investigação e de

transferência de tecnologias para capacitação de produtores

locais

Nr.deProdut

ores

capacitados

50 10 10 10 10 10

Magude-

sede , Mahel e

Motaze

1000

1.500.000,00

Parceiros SDAE SIM

3

Promover a expansão dos programas de fomento das culturas

estratégicas, tradicionais e emergentes orientadas para o mercado

Nr. de ha 10 1 1 1 2 5 Todos os

P.A's 15000

1.382.450,00

Parceiros SDAE SIM

4 Promover o reflorestamento e processamento de produtos

florestais Nr.ha 15.000 3 3 3 3 3

Todos

P.A’s 20.000familias

900.000,00 Parceiros SDAE/SDPI SIM

5

Promover a construção e reabilitação de infra-estruturas de

apoio à produção animal e assistência veterinária para

relançar a indústria de carne e lacticínios

Nr.campanh

as, Nr. de currais,

Nr.de

corredores

5 1 1 1 1 1 Todos

PA`s 19452

502.000,00

OGE/Parceiros SDAE/DPA SIM

Nr.de

assistência 60 12 12 12 12 12

Todos

PA`s 19680

950.000,00 OGE SDAE/DPA SIM

6

Consolidar e expandir os pólos de investigação e

disseminação de tecnologias e inovação para as comunidades

Número de

associações

capacitadas

15 3 3 3 3 3 Todos PA`s

2000 Beneficiários

1.200.000,00

Parceiros SDAE/E.Z.Chobela

SIM

7

Promover o reflorestamento e processamento de produtos

florestais

Nr. ha

1000 200 200 200 200 200 Todos

PA`s 15000Famílias

1.100.000,00

Parceiros SDAE/SDPI SIM

Total 8.934,450,00

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Matriz de acção OE 3:Garantir a integração da Economia Verde, assegurando a conservação de ecossistemas terrestres, a biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais

Secretaria̸ serviço distrital de SDPI Orçamento MT: 3.862.434,00

Programa do Governo:Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Promover a Qualidade Ambiental, Políticas e Estratégias de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado: Exploração sustentável dos recursos florestais

Nº de Ordem Acção de Despesa Indicador de

Produto

Meta

Física

Cronograma Localização Beneficiários Orçamento

Fonte de

Financ. Responsab.

Actividade

Proveniente do

PEDD? I II III IV V

1

Massificar a educação

ambiental através de

programas de educação,

comunic.e divulgação

ambiental

Nr. palestras 30 6 6 6 6 6

Todos os

postos

Administrati

vos 58.510 462.309,00 Parceiros SDPI SIM

2

Promover a expansão de

espaços verdes, jardins e

parques nas cidades e

vilas;

Áreas (ha)

identificadas

para a

expandir

espaços

verdes.

100 20 20 20 20 20

Todos os

Postos

Administrati

vos 14.510 400.000,00 Parceiros SDAE/SDPI SIM

3

Promover o acesso e

utilização de boas práticas

ambientais e tecnologias

apropriadas à produção nas

áreas agrária, turística,

mineira, florestal,

faunística e pesqueira;

Número de

associações

capacitadas

250 50 50 50 50 50

Todos os

Postos

Administrati

vos

38.510 1.250.000,00

Parceiros SDAE/SDPI SIM

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4

Divulgar a legislação sobre

o uso sustentável dos

recursos naturais

Números de

divulgações

sobre a

racionalidade

dos recursos

naturais

50 10 10 10 10 10

Todos os

Postos

Administrati

vos

40.895 150.000,00

5

Promover o plantio de

espécies de rápido

crescimento para a

produção de carvão

Número de

árvores por

plantar

4.000 800 800 800 800 800

Todos os

Postos

Administrati

vos

13.000 250.000,00

6

Promover a apicultura

Numero de

colmeias 40 40 x x x x

Todos os

Postos

Administrati

vos

40 200.000,00

7

Promover o uso de

energias renováveis

(fogões poupa lenha).

Nr. De

fogões 250 50 50 50 50 50

Todos os

Postos

Administrati

vos

250 350.125,00

8

Prosseguir a promoção

ambiental junto as

comunidades.

Números de

comités de

gestão dos

recursos

naturais por

criar e por

revitalizar

100 20 20 20 20 20

Todos os

Postos

Administrati

vos

18.510 200.000,00 Parceiros SDAE/SDPI SIM

9

Delimitar áreas de reservas

florestais

Números de

reservas

florestas

delimitadas

40 10 10 10 5 5

Todos os

Postos

Administrati

vos

24.00 450.000,00

10

Divulgar a legislação sobre

o uso sustentável dos

recursos naturais.

Nr. De

divulgacoes 50 10 10 10 10 10

Todos os

Postos

Administrati

vos

25.890 150.000,00

TOTAL 3.862.434,00

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Matriz de acção OE4: Reduzir a vulnerabilidade das comunidades, da economia e infra-estruturas aos riscos climáticos e às calamidades naturais e antropogénicas

Secretaria/Serviço Distrital de: SDPI Orçamento M T: 8.620.400,00

Sector: Planificação

Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Promover a Qualidade Ambiental, Políticas e Estratégias de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado do Programas:

Ord

.

Acção de Despesa Indicador de

Produção

Meta

Física

Realização/ano

Localização Beneficiários Orçamento Fonte-

Financ Respons.

Actividade

Proveniente

do PEDD?

I II III IV V

1 Garantir o melhoramento de

vias de acesso

Extensão/ Km 250 50 50 50 50 50 Todos os

P.A

15000 5.350.400,00 Parceiros̸̸OE SDPI

2

Melhorar o planeamento da

localização das infraestruturas

económicas e sociais críticas;

Nr de infras-estrut 50 1

10

1

10

1

10

1

10

1

10

Todos os

P.A’s

10000 1.670.000,00 Parceiros/OE SDPI Sim

3 Prosseguir com as reformas

sectoriais visando integrar

medidas de resiliência ao clima e

desastres nos sectores

económicos, infras-estruturas e

nas comunidades

Nr. de integrações

prosseguidas

50 10 10 10 10 10 Todos

os P.A’s

5000 950.000,00 Parceiros. /OE

SDAE/SD

PI

Sim

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4 Estabelecer e monitorar o uso de

padrões para a construção de

infra-estruturas económicas e

sociais

Números de

monitorias feitas

50 10 10 10 10 10 Todos os

Postos

Administrati

vos

14,520 650.000,00 Parceiros/OE SDAE/SD

PI

Sim

TOTAL 8.620.400,00

8. Sistema de Monitoria e Avaliação

A monitoria e avaliação (M&E) do presente plano de adaptação será guiada pelos procedimentos em curso para a avaliação da implementação do

PES. Isto vai permitir que não haja sobrecarga nos recursos humanos, materiais financeiros do distrito. Enquanto a monitoria será um processo

continua, espera uma avaliação de meio-termo no final dos segundo ano e, uma avaliação final após o quinto ano de implementação. Um plano

mais detalhado de monitoria e avaliação será desenhado a quando da implementação das actividades no campo. O processo de monitoria e

avaliação que inclui o levantamento completo e actualizados de dados de base, acompanhamento, estudo de documentação e avaliações externas

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foi orçado em cerca 1.474,450.00 Mt (Matriz de OE1-Capacidade Institucional),baseados nos custos actuais para estas actividades. Os seguintes

indicadores deverão alimentar o sistema de (M&E) da vigência do PLA.

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TABELA DE INDICADORES

NIVEL DE PROCESSO

OE1: fortalecer capacidade

instituicional OE2Construir e expandir a capacidade

das infraestruturas de armazenamento

de água e de irrigação

OE3: Aumentar a produção e

produtividade em todos os sectores com

ênfase na agricultura, produção animal e

pescas

Indicador Dado de base e

ano de referência

Indicador Dado de base e

ano de referência

Indicador Dados de base e ano

de referência

Numero de

técnicos

capacitados

em novas

tecnologias

no âmbito de

MC

0 1.Numero de fontes 10 (2014)

Campos de

demonstração de

resultados

estabelecidos

6 (2014)

Numero de

meios

circulantes

adquiridas

para PLA

0 2. N° de comunidades

sensibilizadas

(2014) Nr. De celeiros

melhorados

estabelecidos

demonstrativos

5 (2014)

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Números de

técnicos

capacitados

em desenho

de projectos

as MC

0 3. N° de comités criados 0 (2014) Nr de campos por

localidade, usando a

prática de agricultura

de conservação e

tecnologias agrárias

19(2014)

No de

sistema de

gestão

criados

0 4. Número de comités

capacitados

5 (2014) Hectares culturas

tolerantes a secam

fomentadas por

localidade

8 Ha( 2014)

No de

comités

fortalecidos

0

No de sustentabilidade e

educação sanitária

4 (2014)

Nr de gabo vacinado

por localidade

68.724 carb.

Hem(2014)

32497carb.sint( 2014)

74601 febre

afetosa(2014)

376 brucelose( 2014)

22373 derm. Nod (

2014)

Números de

técnicos

capacitados

0 N0 de fontes reparados 13(2014) Nr de criadores

capacitados no

distrito

10 (2014)

No de represas reabilitados 1 (2014) Nr de criadores

capacitados no

distrito

2014

No de supervisão 24(2014) Nr de currais e

corredores de

tratamento

melhorados

7 (2014)

Nr. De tanques

psiscolas estabecidos

3 (2014)

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OE4: Garantir a integração da Economia Verde,

assegurando a conservação de ecossistemas

terrestres, a biodiversidade e o uso sustentável dos

recursos naturais

OE5: Reduzir a vulnerabilidade das

comunidades, da economia e infra-estruturas

aos riscos climáticos e às calamidades

naturais e antropogénicas

Indicador Dado de base e ano

de referência

Indicador Dado de base e ano

de referência

Nr de Associações de operadores

florestais criadas

(2014) Nr de (infra-estruturas),

estradas ou pontes resistentes

as Mudanças climáticas

0 (2014)

Potenciais áreas para reflorestamento

identificadas (ha)

70 ha(2014) Números de celeiros melhoras 0 (2014)

Nr de Associações capacitadas em

matéria de legislação florestal e

faunística

0 (2014) Número de casa melhoradas. 0 (2014)

Número de comités de gestão de

recursos naturais criados

10(2014) Números de vias de acesso

degradado

Número de fornos melhorados

usados pelos produtores de carvão

0 (2014)

No de clubes ambientais revitalizados 13 (2014)

Nos núcleos ambientais revitalizados 11 (2014)

Queimadas descontroladas 5.392 ha (2014)

Número de viveiros (espécies nativas

e fruteiras) estabelecidas

5670 (2014)

Hectares de florestas delimitadas a

nível distrital

(2014)

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Hectares plantadas com espécies de

rápido crescimento

2000 (2014)

Número de líderes comunitários

capacitados sobre o uso sustentável

dos recursos naturais.

40 (2014)

Números de colmeias estabelecidas

por localidades

(2014)

Oportunidades de investimento para adaptação

As tabelas e os textos abaixo representam as diferentes oportunidades de investimentos que o distrito oferece e que, uma vez concretizadas,

poderão ajudar a aumentar a auto-suficiência e resiliência do distrito.

1. Agricultura- Cultura de milho

Situação actual Potencialidade e sua cadeia de valor Oportunidade de negócio

Produção

A produção em 2014 foi 26.779 toneladas de milho

Existe um potencial de 42.488 toneladas de milho Produzir mais 15.709 toneladas de milho

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Actualmenete são aproveitados apenas

15.275 hectares para a produção de milho

Há um total de 27.43 hectares apitos para a produção de

milho

Aproveitar os remanescentes 11.768 aptos para a produção de milho

Os 5.457 produtores agrícolas enfrentam

dificuldades no acesso a insumos devido ao

seu baixo poder de compra e a insuficiência

de casas agrárias no distrito

5.457 produtores agrícolas sem o acesso a

financiamento e insumos a nível local

Conceder micro-credito a 5.457 produtores agrícolas e estalar casas

agrárias com capacidade de fornecimento regular de insumos ou referidos

produtos

As infra-estruturas de rega actualmente

cobrem uma área de apenas 250 hectares

São necessárias infrastruturas de rega com capacidade

para irrigar hectares

Construir infra-esstruturas de rega com capacidade de irrigar

mais….hectares

Conservação

Por falta de silos o milho e produzido e

conservado em celeiros familiares precários

São necessários celeiros melhorados e silos para a

conservação de 42.488 toneladas de milho.

Construir, divulgar e demonstrar o uso de celeiros familiares melhorados

e construir silos com capacidade armazenar 42.488 toneladas de milho.

Processamento

Actualmente o milho não e processado e

embalado por falta de industrias a nível local

São necessárias industrias com capacidade de

processamento e embalagem de toneladas de milho

Instalar industrias com capacidade para processar 42.488 toneledas de

milho

Comercialização

Actualmente o milho e transportado em

condições inadequadas devido a falta de

São necessários transportadores de milho com Incentivar na entrada, no mercado, de operadores com capacidade de

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transportes de mercadorias capacidade de transporta 42.488.toneladas de milho. transportar 42.488 toneladas de milho

1. Agricultura- Hortícolas

Situação actual hortícolas Potencialidade e sua cadeia de

valor

Oportunidade de negócio

Produção

Actualmente a produção e

de apenas 32.136 Toneladas

de hortícolas produzidas em

896 hectares.

Existe um potencial de 951

hectares aptos para a produção

de hortícolas que poderá que

poderá elevar a produção para um

potencial de 33.121 toneladas de

hortícolas.

Produzir mais 10.000 ton de hortícolas

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Actualmente há apenas 9

extensionistas que assistem

todo o distrito mas que

deviam prestar assistência

técnica apenas aos

produtores que realizam as

suas actividades no regadio

São necessários 11 extensionistas

especificamente para prestar

assistência técnica aos

produtores que realizam suas

actividades no regadio.

Afectar 3 .extensionistas especificamente

para prestar assistência técnica aos

produtores que realizam suas actividades

no regadio.

As infra-estruturas de rega

actualmente existentes

cobrem uma área de apenas

896 hectares

São necessários infra-estruturas

de rega com capacidade

capacidade para irrigar 33.121

hectares

Construir infra-estruturas de rega com

capacidade capacidade para irrigar 33.121

hectares

Conservação e transformação

Actualmente as hortícolas

se deterioram por falta de

indústrias de

processamento e

conservação de 32.136

São necessárias industrias com

capacidades para conservação e

transformação de 33.121 toneladas

de hortícolas

Instalar industrias com capacidades para

conservação e transformação de 33.121

.toneladas de hortícolas

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toneladas produzidas

2. Pecuária

Situação actual Potencialidade e sua cadeia de

valor

Oportunidade de negócio

Insumos

O efectivo actual e de

apenas 95.955 cabeças de

gado

O Distrito tem um potencial de

100.898 cabeças de gado bovino

(arrolamento-2015)

Aumentar a produção de gado bovino em

4.943 cabeças

Existem apenas 2 tanques

carracicidas operacionais

São necessários 19 .tanques

carracicidas operacionais

Construir 2 tanques carracicidas p/

banhos e reabilitar outros 17 já existente

Uma parte das áreas de

pastagem tem sido alvo de

queimadas descontroladas

Deverão existir pastos suficientes

para 95.955 cabeças de gado.

Sensibilizar comunidades em matéria de

controlo e combate as queimadas

descontroladas.

Existência de apenas 60 São necessários 79 (incluindo Melhoramento de 60 curais para

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curais. mangas de tratamento) melhorados

e operacionais.

tratamento de gado e construção de

outros 10 novos currais.

Durante os períodos de

seca, regista-se escassez

de pasto.

Os materiais vegetativos retirados

da machamba deverão ser

aproveitados para a alimentação do

gado os períodos de escassez do

pasto.

Aproveitamento sustentável dos

recursos locais ( capim, palha do milho)

para produção de feno.

Actualmente o gado

percorre longas distâncias

acima de 10 km para

abeberamento

O gado devera ter acesso a fontes de

agua para abeberamento próximo

das respectivas aldeias.

Construir 1 represas ( em cada aldeia) e

reabilitar outras já existentes de modo a

reduzir distancias para abeberamento

do gado.

Processamento

Actualmente não existe

nenhuma unidade de

processamento de carne e

seus derivados

Devera existir uma unidade de

processamento de carne e seus

derivados (carne fumado) com a

capacidade para 10.000 litros de

leite por dia, 200 toneladas por ano

Instalar uma unidade de processamento

de carne e seus derivados (carne

fumado) com a capacidade para 10.000

litros de leite por dia, 200 toneladas por

ano

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Não há conhecimento para

processamento de

produtos de origem animal

(enchidos, leite, queijo,

carne, ossos, chifres e

pele)

Devera ser transmitida aos

criadores a tecnologia de

processamento de carne, leite,

queijo, carne, ossos, chifre, pele etc…

Capacitar criadores e artesãos em

tecnologias de processamento de carne,

leite, queijo, carne, ossos, chifre, pele

etc.

Existe apenas 1 matadouro

que não pode cobrir a

demanda de abates

São necessários 2 matadouros Reabilitar 1 já existente e construir mais

1.

Comercialização

As vias de acesso ligando

os centros de produção e o

mercado encontram-se em

condições precárias

As vias de acesso deverão estar

transitáveis

Reabilitar e manter regularmente as

vias de acesso em todas zonas, de modo

a garantir a sua transitabilidade.

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9. Referências Bibliográficas

1. Plano Estratégico de desenvolvimento do Distrito ( PEDD)- Produzido pelo distrito

2. Plano Económico Social e Orçamento Distrital ( PESOD) Produzido pelo Distrito

3. Plano de Uso de Terra ( PDUT)-Produzido pelo Distrito

4. Perfil do Distrito Produzido pelo MAE

5. Estatística Distrital (Distrito de Magude)-Produzida pelo INE

6. Estatística da Província de Maputo- Produzido pelo INE

7. Estudo sobre Mudanças Climáticas em Moçambique –Produzido pelo INGC

8. Estudo sobre Mudanças Climáticas em Moçambique, componente económico produzido pelo Banco Mundial

9. Manual do IIAM-A agricultura de conservação Produzido pelo MASA

10. Manual Extensão Agrária Produzido pela DNER

11. Guião para o Desenvolvimento da zonas áridas e semi-áridas de Moçambique Produzido pelo INGC

12. Relatório anual do SDAE-Magude-2014

13. Relatório anual de SDPI-Magude-2014

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