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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CAMPUS VALE DO RIO MADEIRA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, AGRICULTURA E AMBIENTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS AMBIENTAIS MANEJO DA PECUÁRIA NO SUL DO AMAZONAS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS IVALMIR MOTA ABADIAS HUMAITÁ-AM 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CAMPUS VALE DO RIO MADEIRA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, AGRICULTURA E AMBIENTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS AMBIENTAIS

MANEJO DA PECUÁRIA NO SUL DO AMAZONAS: UMA

ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS

IVALMIR MOTA ABADIAS

HUMAITÁ-AM

2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CAMPUS VALE DO RIO MADEIRA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, AGRICULTURA E AMBIENTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS AMBIENTAIS

IVALMIR MOTA ABADIAS

MANEJO DA PECUÁRIA NO SUL DO AMAZONAS: UMA

ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação da Universidade Federal

do Amazonas, área de concentração

Ambiente e Sociobiodiversidade, como

parte dos requisitos para a obtenção de

título de Mestre em Ciências Ambientais.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Rogério Beltramin da Fonseca

HUMAITA

2018

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Ficha Catalográfica

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo (a) autor (a).

Abadias, Ivalmir Mota

A116m Manejo da pecuária no sul do Amazonas: uma análise dos

principais impactos ambientais / Ivalmir Mota Abadias. 2018

55 f.: il.; 31 cm.

Orientador: Paulo Rogério Beltramin da Fonseca

Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade

Federal do Amazonas.

1. Ambiente. 2. Degradação ambiental. 3. Pastejo. 4.

Sustentabilidade. I. Fonseca, Paulo Rogério Beltramin da II.

Universidade Federal do Amazonas III. Título

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IVALMIR MOTA ABADIAS

MANEJO DA PECUÁRIA NO SUL DO AMAZONAS: UMA ANÁLISE

DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação da Universidade Federal

do Amazonas, área de concentração

Ambiente e Sociobiodiversidade, como

parte dos requisitos para a obtenção de

título de Mestre em Ciências Ambientais.

Aprovado em 10 de julho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr. Paulo Rogério Beltramin da Fonseca

Universidade Federal do Amazonas

___________________________________________

Prof. Dr. Marcos Gino Fernandes

Universidade Federal da Grande Dourados

___________________________________________

Prof. Dr. Vairton Radmamn

Universidade Federal do Amazonas

Humaitá - AM

2018

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DEDICATÓRIA

Aos meus Pais Alexandre e Iva, minha

esposa Jacinta, ao meu filho Vinicius

Gabriel, meus irmãos, obrigado pelo apoio

incondicional dado em todos os momentos,

sem este apoio não seria possível chegar até

aqui.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS, que tudo conhece, minhas limitações e capacidade. Obrigado por tudo Senhor!

À Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em especial ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências Ambientais (PPGCA) pela oportunidade de realizar esse mestrado.

Ao Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA) que disponibilizou toda sua estrutura

e viabilizou a realização desse trabalho.

Ao Fundo de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) pela bolsa de estudo durante o

período de estudo.

Ao meu orientador Prof. Dr. Paulo Rogério Beltramin da Fonseca, por todo o ensinamento, pela

orientação, apoio, amizade e confiança em mim acrescida durante todos esses anos de trabalho,

meu muito obrigado.

À banca examinadora da defesa desse trabalho, integrada pelos professores Doutores Paulo

Rogério Beltramin da Fonseca, Vairton Radmamn e Marcos Gino Fernandes pelas

considerações, discussão e sugestões.

Aos demais professores do PPGCA pela dedicação a transmissão do conhecimento.

Aos meus pais Alexandre e Iva por todo o ensinamento, amor, incentivo, apoio e encorajamento

que me serviram como nova energia principalmente nos momentos difíceis.

À minha esposa Jacinta Fernandes pelo amor, carinho e compreensão durante esses anos de

idas e vindas.

E ao meu filho Vinicius Gabriel que me proporciona momentos de muita alegria e satisfação

por fazer parte da minha vida. Dedico com todo o carinho.

Agradeço a toda a minha turma de pós-graduação colegas Alzir, Carlos Sérgio, Jemima, Laura,

Luciano, Mizael, Maria Francisca, Maria de Nazaré, Nátia, Rafael, Tatiane e Uilson pela

convivência e companheirismo durante esta jornada.

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A todos os colegas da pós-graduação, pela companhia e convívio, pelo compartilhar do

conhecimento e, principalmente, pelos momentos de descontração.

Aos demais familiares e amigos, que próximos ou distantes, estiveram sempre presentes com o

apoio e incentivo mantendo-me firme nessa caminhada.

Agradeço enfim, as demais pessoas que, mesmo aqui não citadas, contribuíram de alguma

forma para que esse trabalho fosse realizado.

A todos vocês, meus sinceros sentimentos de gratidão!

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"Assim vos bendirei em toda a minha vida,

com minhas mãos erguidas vosso nome adorarei."

Salmo 62,5

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RESUMO

A grande expansão das áreas destinadas a expansão da pecuária tem ocasionado impactos

ambientais podendo estes ser ocasionados pelo intenso avanço das fronteiras agrícolas. No

cenário brasileiro da exploração agropecuária é notório os avanços destas atividades visando o

aumento dos setores produtivos e financeiros com produtos destinados a atender os mercados

externos e interno. Esta pesquisa tem como objetivo analisar os principais impactos ambientais

causados pelo manejo da pecuária nos últimos anos no sul do Amazonas. Traz um relato dos

principais impactos relacionados ao meio ambiente por meio das atividades antrópicas, o uso

dos recursos naturais em comparação com princípios de sustentabilidade. As práticas

tradicionais de corte e queima da vegetação, permitem a utilização dos solos ácidos e inférteis

que dominam grande parte da Amazônia. Assim, o presente estudo traz as relações entre o

manejo da pecuária e a geração dos impactos ambientais percebidos ao longo do tempo.

Resultados mostram que embora em quantidade reduzida existe a ocorrência de impactos ao

meio ambiente ocasionados pelo manejo incorreto na atividade pecuária, sendo os mais

evidentes os relacionados ao uso de práticas como desmatamento, queimadas e uso e ocupação

do solo. As atividades de desmatamento seguido pela queima da vegetação configuram-se em

problemas relacionados ao aumento de focos de calor na região. Em relação ao uso do solo

nota-se a evolução de processos de erosão e compactação do solo em áreas usadas

sucessivamente para o pastejo bovino. Porém, vale ressaltar que os fatores que configuraram o

cenário atual de degradação ambiental no bioma amazônico necessitam de maiores

aprofundamentos do tema em relação aos impactos ambientais causados pelo manejo da

pecuária.

Palavras-chave: Ambiente; Degradação ambiental; Pastejo; Sustentabilidade;

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ABSTRACT

The great expansion of the areas destined to the expansion of the cattle raising has caused

environmental impacts, these being caused by the intense advance of the agricultural borders.

In the Brazilian scenario of agricultural and livestock exploitation, the progress of these

activities is notable, aiming at increasing the productive and financial sectors with products

destined to serve the external and internal markets. This research aims to analyze the main

environmental impacts caused by livestock management in recent years in southern Amazonas.

It provides an account of the main impacts related to the environment through anthropic

activities, the use of natural resources in comparison with principles of sustainability. The

traditional practices of cutting and burning vegetation allow the use of acid and infertile soils

that dominate much of the Amazon. Thus, the present study brings the relationships between

livestock management and the generation of environmental impacts perceived over time.

Results show that although there is a reduced quantity of impacts to the environment caused by

incorrect management of livestock activities, the most evident are related to the use of practices

such as deforestation, burning and land use and occupation. The deforestation activities

followed by the burning of the vegetation are configured in problems related to the increase of

heat sources in the region. In relation to the use of the soil, it is possible to note the evolution

of soil erosion and compaction processes in areas used successively for cattle grazing. However,

it is worth emphasizing that the factors that have shaped the current scenario of environmental

degradation in the Amazon biome need further study on the environmental impacts caused by

livestock management.

Keywords: Environment; Environmental degradation; Pasture; Sustainability;

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INDICE DE FIGURAS

Figura 1. Localização da área de pesquisa. ............................................................................. 20

Figura 2. Quantitativo da criação animal no município de Humaitá-AM. .............................. 24

Figura 3. Efetivo Bovino dos anos 2016 e 2017 do município de Humaitá-AM. ................... 24

Figura 4. Desmatamento no município de Humaitá-AM nos anos 2012-2016. ...................... 27

Figura 5. Foco de queimadas na região de Humaitá-AM, no período de jul-out de 2016 e 2017.

.................................................................................................................................................. 39

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Levantamento do total de propriedades ativas município de Humaitá-AM. ........... 23

Tabela 2. Distribuição de frequência do desmatamento para aumento da área de pastagem na

região de Humaitá-AM. ............................................................................................................ 25

Tabela 3. Distribuição de frequência de recomposição da vegetação nas propriedades de

criação bovina na região de Humaitá-AM. ............................................................................... 26

Tabela 4. Distribuição de frequência de queima da vegetação para a limpeza da área de

pastagem no município de Humaitá-AM.................................................................................. 28

Tabela 5. Distribuição de frequência do uso do fogo para abertura de novas áreas de pastagem

na região de Humaitá-AM. ....................................................................................................... 30

Tabela 6. Distribuição de frequência do preparo do solo realizado na pecuária na região de

Humaitá-AM. ............................................................................................................................ 31

Tabela 7. Distribuição de frequência do uso de defensivos agrícolas em áreas de pastagens na

região de Humaitá-AM. ............................................................................................................ 33

Tabela 8. Distribuição de frequência do uso de fertilizantes na pecuária na região de Humaitá-

AM. ........................................................................................................................................... 34

Tabela 9. Distribuição de frequência de produtores que realizam práticas conservacionista na

pecuária na região de Humaitá-AM. ........................................................................................ 35

Tabela 10. Distribuição de frequência de produtores que realizam manutenção da área de

pastagem na região de Humaitá-AM. ....................................................................................... 37

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14

2.1. Geral ............................................................................................................................. 14

2.2. Específicos .................................................................................................................... 14

3. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 15

3.1. Uso sustentável da terra e o Impacto ambiental ............................................................ 15

3.2. O impacto ambiental e a expansão da pecuária ............................................................. 16

3.3. A expansão da pecuária no Amazonas .......................................................................... 18

4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 20

4.1. Área de estudo ............................................................................................................... 20

4.2. Aspectos metodológicos ................................................................................................ 20

4.3. Coleta de dados .............................................................................................................. 21

4.4. Analise e interpretação dos dados .................................................................................. 22

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 23

5.1. Análise descritiva: Identificação das atividades desenvolvidas no manejo da pecuária

..............................................................................................................................................23

5.1.1. Efetivo animal ........................................................................................................ 23

5.2. Principais práticas de manejo adotado nas propriedades ............................................... 25

5.2.1. Desmatamento ......................................................................................................... 25

5.2.2. Queima da vegetação .............................................................................................. 28

5.2.3. Uso do solo .............................................................................................................. 31

5.3. Principais impactos ambientais ocasionados pelo manejo da pecuária ......................... 37

5.3.1. Diminuição da cobertura do solo ............................................................................ 38

5.3.2. Aumento dos focos de calor .................................................................................... 38

5.3.3. Ocorrência de compactação e erosão do solo.......................................................... 40

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 42

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 43

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1. INTRODUÇÃO

A questão do manejo da pecuária no estado do Amazonas tem sido colocada em

evidência ao longo dos anos pelos danos causados ao meio ambiente quando realizado de

maneira agressiva sobre os recursos naturais (SANTOS et al., 2014). Tendo em vista a grande

expansão das áreas destinadas a expansão da pecuária cresce a preocupação com as questões

ambientais referentes aos impactos que podem ser ocasionados pela ação antrópica negativa,

que altera e modifica o meio ambiente, contribuindo com o empobrecimento do solo, pelas

atividades exercidas (SILVA et al., 2015; CAJAIBA, 2014).

Na exploração agropecuária é notório os avanços destas atividades visando o aumento

dos setores produtivos e financeiros com produção destinada a atender os mercados externos e

interno, visando sempre os fatores econômicos movidos pela competitividade do mercado

(HAMEL & GRUBBA, 2016). A intensidade e o uso indiscriminado de práticas inadequadas

de manejo transformaram-se em um grave problema ambiental para o país (GOLÇALVES et

al., 2012).

O cenário agrícola brasileiro destaca-se principalmente pelo crescimento da produção

agrícola e pela pecuária que anualmente vem se expandindo, levando o país ao patamar de

grande produtor (FIGUEIREDO et al., 2012). A produção agrícola tem como destaques as

culturas como a soja, milho, arroz entre outras de grande importância econômica (ABBADE,

2014). A pecuária destaca-se principalmente pela criação de bovinos de corte e leite e geração

de seus derivados, alcançando altos níveis de produção nacional e como país exportador

(CARVALHO & ZEN, 2017).

O uso inadequado dos recursos naturais motivados pelo intenso consumo tem gerado a

degradação de ambientes naturais resultando em alterações nas propriedades físicas, químicas

e biológicas do meio ambiente, associada à intensa retirada da cobertura vegetal para

comercialização de madeira ou introdução de pastagens (BRUNO et al., 2011). Quanto menos

cobertura tiver a superfície do solo, maior será a desagregação superficial do mesmo, devido ao

impacto das gotas de chuva e elevando a velocidade de escoamento (COSTA et al., 2015). A

ocupação e a exploração desordenada dos espaços urbanos e agrários têm ocasionado graves

problemas de ordem ambiental, e muitas vezes irreversíveis (SOUZA & SOUZA, 2010).

A agropecuária aparece como grande responsável pela degradação ambiental

principalmente pelo manejo incorreto gerando maior desgaste do meio ambiente onde a

atividade está inserida (DE DEUS & BAKONYI, 2012). O conhecimento ou o uso de práticas

que minimizem os impactos ambientais nestas propriedades torna-se importantes para conter

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problemas como a compactação do solo e erosões muito frequentes em regiões do país onde a

atividade é mais intensa (DIEL et al., 2013).

Alterações ambientais físicas e biológicas ao longo do tempo modificam a paisagem e

comprometem ecossistemas, fato este que está relacionado com desenvolvimento tecnológico

contemporâneo e as culturas das comunidades, contribuindo para que essas alterações no

ambiente se intensifiquem (MUCELIN & BELLINI, 2008).

A região sul do Amazonas é vista como uma região de fronteira da exploração agrícola

devido ao seu acesso com os demais estados vizinhos, destacando-se as cidades de Humaitá e

Lábrea como as mais vulneráveis ao aumento da degradação ambiental gerado pelas intensas

pressões para a liberação da expansão agropecuária nestes locais. A porção sul do estado do

Amazonas vem se consolidando como nova área de expansão da fronteira agropecuária e

concentrando a maior parte das novas frentes de desmatamento no estado (MACEDO &

TEIXEIRA, 2009)

Estudar os impactos ambientais levantará informações para identificar, interpretar, as

principais variáveis ambientais destacando-se o desmatamento, queimadas (focos de calor), uso

do solo, assim como prevenir as implicações ambientais ou os efeitos que podem ser causados

a saúde e ao bem-estar do homem e ao entorno dele, ou seja, o ecossistema em que vivem e que

dele dependem (DUARTE & CORTES, 2015).

Baseado neste contexto, há demanda por pesquisas em condições de bioma amazônico

para levantar informações da pecuária com o intuito de avaliar os possíveis impactos ambientais

ocorrentes nas propriedades rurais no município de Humaitá, no estado do Amazonas. Com

base nas informações obtidas o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos

principais tipos de manejo e verificar se há ocorrência de impactos ao meio ambiente utilizado

na pecuária no município de Humaitá no estado do Amazonas.

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2. OBJETIVOS

2.1.Geral

Analisar os principais impactos ambientais ocasionados pelo manejo da pecuária no

município de Humaitá no sul do Amazonas.

2.2.Específicos

- Caracterizar o manejo da pecuária no município de Humaitá e sua relação com

impactos ambientais;

- Realizar o levantamento dos principais tipos de manejo adotado na pecuária no

município de Humaitá-AM;

- Identificar os impactos ambientais relacionados com a introdução de atividades

pecuárias.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Uso sustentável da terra e o Impacto ambiental

O impacto ambiental considera qualquer alteração do meio ambiente, causada por

qualquer atividade humana que, direta ou indiretamente, causam transtornos às atividades

sociais e econômicas, a biota e ao meio ambiente (CAMPOS et al., 2017). Compreender a

dinâmica ambiental é de extrema importância para que se possa fazer um manejo adequado do

solo e um uso racional das potencialidades naturais deste (LIMA & SILVA JÚNIOR, 2009).

A definição de impacto ambiental está associada à alteração ou efeito ambiental

considerado significativo podendo ser negativo ou positivo. A avaliação acerca da existência

de impacto ambiental e as ações de manejo dos sistemas de produção, devem utilizar-se de

ferramentas que permitam considerar os diversos objetivos da sustentabilidade uma vez que

estes variam com os fatores ecológicos, econômicos, sociais e culturais, tanto na esfera regional

como local (VILHENA & SILVA, 2017).

A questão da sustentabilidade ambiental tem sido tratada com a preocupação em

promover uma agricultura sem agressão ao ambiente e as pessoas envolvidas direta e

indiretamente (BORGES et al., 2016). A degradação ambiental vista atualmente em todo o

mundo, tem variadas causas conhecidas e dentre elas podemos citar: o crescimento

populacional desordenado, o desenvolvimento industrial insustentável e práticas agrícolas

inadequadas (POTT & ESTRELA, 2017).

Com base no princípio da sustentabilidade e consciência ambiental e a proteção dos

recursos naturais, a partir das décadas de 60 e 70, tais princípios fazem com que sejam levados

em consideração a preocupação não só com o controle e mitigação de seus impactos, mas com

a necessidade de se suprir as necessidades sem comprometer o meio ambiente (FERREIRA et

al., 2010).

O manejo do solo é um componente fundamental do sistema de produção e um valioso

instrumento para garantir a viabilidade das atividades agrícolas de forma sustentável. A

utilização de altas tecnologias, na maioria das vezes, nem sempre levam em consideração os

manejos mais adequados desses recursos o que vem a promover maior desgaste e

empobrecimento do meio físico (FIORIO et al., 2000).

A utilização e manejo inadequado do solo ao longo do tempo pode acarretar em sérias

consequências, transformando-o em terras de baixa fertilidade e promovendo compactação,

diminuindo suas reservas orgânicas e minerais (MATSUOKA et al., 2003). Diferentes técnicas

de manejo podem acarretar impactos distintos ao meio ambiente (VITAL, 2007).

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A importância da criação de novas alternativas de produção visando o desenvolvimento

sustentável e racional dos recursos naturais necessitam ser colocados em prática para minimizar

os danos causados ao meio ambiente. É crescente a preocupação com o uso dos recursos

naturais, priorizando cada vez mais a busca de alternativas de produção que visem sobretudo a

sustentabilidade e qualidade desses recursos (ARAÚJO et al., 2007).

No que se refere aos sistemas convencionais, o mesmo consiste em sucessivas operações

do solo que o deixam pronto para o uso agrícola. Na agropecuária, os principais resíduos de

fertilizantes e os agrotóxicos, quando aplicados sobre os campos de produção, podem atingir os

corpos d’água diretamente, através da água da chuva e da irrigação, ou indiretamente através

da percolação no solo, chegando aos lençóis freáticos (ARIAS et al., 2007).

A utilização sustentável de um sistema agrícola requer o uso racional dos recursos

naturais, tendo em vista a manutenção do meio ambiente. O modelo convencional de agricultura

requer um aporte elevado e contínuo de insumos industriais (fertilizantes, defensivos químicos,

etc.) para a manutenção do sistema (ALENCAR et al., 2013).

Somente obtendo informações acerca da realidade e das particularidades das

comunidades rurais é que será possível promover qualquer projeto de aperfeiçoamento nos seus

sistemas de produção de forma eficaz e sustentável e cumprir a sua função ambiental (PARRY

et al., 2008).

Realizar um diagnóstico ambiental para identificar, caracterizar e mapear os recursos

naturais, e as atividades antrópicas que ocorrem em uma determinada região, são extremamente

importantes na identificação e avaliação de potenciais impactos, elaboração de zoneamentos e

formulação de políticas públicas ambientais (TURRA et al., 2017). Pode também auxiliar um

processo de inventário, análise e interpretação de informações sobre componentes naturais e

ambientais para determinar sua realidade atual (FERREIRA et al., 2015).

Contudo, ressalta-se que há necessidade de estudos de impactos ambientais decorrentes

do uso da terra associado a questão da sustentabilidade, tornam-se importantes para analisar a

atual situação da pecuária na região com o intuito de levantar dados da ocorrência de possíveis

danos ao meio ambiente.

3.2. O impacto ambiental e a expansão da pecuária

O manejo da pecuária com práticas impróprias tem sido colocado em evidência nos

últimos anos, devido ao desgaste ocasionado ao meio ambiente em virtude da utilização dos

recursos naturais (WÜST et al., 2015). A abertura de novas áreas para a expansão da pecuária

tem sido apontada como uma das principais causas da diminuição da vegetação tornando a

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conversão das florestas em pastagens para a criação de bovinos (DOMINGUES & BERMANN,

2012).

O aumento indiscriminado da utilização dos recursos naturais e o aumento das áreas

para atividade pecuária podem resultar em modificações nas condições ambientais e

consequentemente em perda da biodiversidade (BRAND et al., 2011). O manejo da pastagem

é realizado principalmente fazendo uso de práticas que ocasionam prejuízos ao meio ambiente

como o desmatamento, queimadas, uso e ocupação do solo, métodos que vem sendo utilizados

a várias gerações (GELAIN et al., 2012). No ambiente rural, os desmatamentos e as queimadas

praticados para a implantação de pastagem ocasionam impactos ambientais negativos e a

degradação do ambiente natural, ocasionando a perda de nutrientes do solo, erosão e redução

da biodiversidade (MARTINS et al., 2017).

O uso de diversas práticas como ferramenta agrícola gera grandes impactos ao ambiente,

entre eles a perda da biodiversidade por processos erosivos acelerando assim a ação dos fatores

naturais sobre este e, consequentemente, aumentando os efeitos da erosão (ISMAEL et al.,

2013). Com o acelerado crescimento populacional a necessidade do aumento dos setores

produtivos torna-se cada vez mais necessária, trazendo consigo o aumento de problemas

ambientais (SCREMIN & KEMERICH, 2010).

A realização de práticas agrícolas inadequadas provoca impactos sobre o ambiente,

gerando o desmatamentos e expansão da fronteira agrícola, queimadas em pastagens e florestas,

poluição por dejetos animais e agrotóxicos, erosão e degradação de solos, desertificação e

contaminação das águas, sendo que as consequências desses impactos podem acarretar em

diminuição da diversidade biológica, perda de variedades, extinção de espécies e populações,

entre outros (LEITE et al., (2011).

As mudanças ocorridas na modernização da agricultura, permitindo o pioneirismo de

atividades agrárias rentáveis, tem ocasionado detrimento de uma biodiversidade até então

pouco conhecida e alterada (OLIVEIRA, 2012). Os grandes investimentos nos setores agrários

movidos pelo agronegócio no Brasil para a implantação de megaempreendimentos, tem como

consequência, a geração de conflitos ocasionados por impactos socioambientais negativos

(REIS et al., 2017).

Problemas ambientais relacionados à pecuária como o desmatamento, para formação de

novas pastagens, a degradação do solo, são resultantes do baixo investimento na manutenção

de pastagens, e emissão de gases efeito estufa pelo rebanho bovino (CARVALHO et al., 2010).

Os desmatamentos e as queimadas são duas das maiores questões ambientais

enfrentadas pelo Brasil atualmente que, embora distintas, são práticas tradicionalmente

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associadas, pois em sequência à derrubada da vegetação, quase sempre há a queima do material

vegetal (PEQUENO & OLIVEIRA, 2015). A pecuária é uma atividade que está diretamente

relacionada com o desmatamento na Amazônia brasileira, juntamente com a prática tradicional

de corte e queima da vegetação (RIVERO et al., 2009).

Nos últimos anos, as tradicionais regiões de pecuária vêm cedendo espaço à exploração

de culturas que proporcionam maior rentabilidade por área e a criação de gado bovino tem se

deslocado para as zonas de expansão da fronteira agrícola, notadamente nos estados amazônicos

(TEIXEIRA & HESPANHOL, 2014). Estudos de impacto ambiental ainda caminham de forma

lenta e ainda tem sido dado pouca importância ao assunto, a grande maioria dos produtores

rurais, tanto na pecuária quanto na agricultura, não busca valorizar os recursos disponíveis (SÁ,

2012).

Dessa forma, estudos voltados a analisar os principais impactos ocasionados pela

pecuária são fundamentais para compreender a atual situação desta atividade em relação a

sustentabilidade do meio ambiente. Neste contexto a busca de informações com base no atual

cenário da atividade pecuária tornam-se relevantes para gerar novas discursões sobre a

importância do equilíbrio desta com a manutenção da biodiversidade.

3.3. A expansão da pecuária no Amazonas

O manejo das terras agrícolas na Amazônia é realizado principalmente pela derrubada

e queimada da vegetação, por considerá-la um meio prático para diversas finalidades, como

limpeza do terreno para eliminar restos de cultura, e na redução de gastos com mão de obra

para limpeza do terreno (MESQUITA, 2008). Na região sul do Amazonas estado do Amazonas

áreas de floresta natural têm sido substituídas por pastagens e produção agrícola, gerando

consequências das mais diversas possíveis, causando vários distúrbios ambientais, em níveis

local, regional e global (PIMENTEL et al., 2010).

As práticas antigas de agricultura, de corte e queima transforma a biomassa florestal em

cinzas ricas em nutrientes que fertilizam o solo, porém essa fertilidade, no entanto, é temporária.

As queimadas provocam um uso maior de agrotóxicos e herbicida, para o controle de pragas e

de plantas invasoras, sendo que esta prática agrava ainda mais a questão ambiental, afetando os

microrganismos do solo e contaminando o lençol freático e os mananciais (GIGANTE et al.,

2007).

Todos os anos grandes áreas de vegetação nativa na Amazônia são perdidos para os

incêndios florestais, tornado o problema do fogo um grave problema ambiental, sendo

necessário o desenvolvimento de novas técnicas que sejam viáveis aos pequenos produtores da

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região (CASTRO et al., 2009). As grandes transformações que vem ocorrendo nos últimos anos

no planeta Terra vem gerando graves problemas ambientais causadas pela atividade agrícola e

pela pecuária (QUEIROGA et al, 2015).

A expansão da fronteira agrícola é vista na região como um agravante e uma das

principais ameaças ao meio ambiente, podendo trazer consequentemente problemas

relacionados ao uso de agrotóxicos e extinção de sistemas tradicionais de cultivo (ARAÚJO,

2010). A grande necessidade de produção movida pelo mercado agrícola, leva o agricultor a

utilizar com uma maior continuidade a mesma área, com esse uso contínuo, o solo vai perdendo

sua fertilidade e, não mais tem condições de fornecer quantidades adequadas de nutrientes para

o crescimento e produção das plantas (FERNANDES et al., 2008).

A pecuária é indicada como principal causa do desmatamento na Amazônia, motivada

por incentivos governamentais a partir da década de 60 e abertura de rodovias (SILVA, 2013).

Ainda segundo a autora a derrubada e queima da vegetação para o surgimento de pastagem e

posterior ocupação com bovinos eram mais rápidas, de menor esforço e mais eficiente para

assegurar a posse da terra.

Na Amazônia a substituição da floresta tem demostrado uma queda significativa nas

taxas de desmatamento, porém, os efeitos passados refletem no atual uso das terras com a

predominância de cobertura de pastagens (NASCIMENTO et al., 2015). Considerando os atuais

modelos de produção e desenvolvimento que ora vêm sendo utilizados a fim de priorizarem a

maximização econômica em detrimento à conservação ambiental, a solução definitiva dessas

questões parece estar distante de ser encontrada (ALMEIDA et al., 2010).

Na região sul do Amazonas existe uma grande pressão para abertura da fronteira

agrícola por ser uma região de fácil acesso as demais regiões do país e escoamento da produção

(MACEDO & TEXEIRA, 2009).

Nesse contexto, faz-se necessário conhecer experiências existentes na vivência

dos povos tradicionais do estado do Amazonas e como estas podem contribuir na elaboração de

novas alternativas de produção, implementando novos elementos e técnicas que intensifiquem

práticas sustentáveis e melhorem a qualidade de vida das populações locais.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Área de estudo

A área da pesquisa localiza-se no município de Humaitá, no estado do Amazonas, sob

as coordenadas geográficas de 7º 30’ 22” S e 63º 01’15” W (Figura 1). De acordo com Brasil

(1978), as áreas de estudo estão situadas na mesma zona climática, segundo Köppen,

pertencendo ao grupo A (Clima Tropical Chuvoso) e tipo climático Am (chuvas do tipo

monção), apresentando um período seco de pequena duração. A pluviosidade está limitada pelas

isoietas de 2.250 e 2.750 mm, com período chuvoso iniciando em outubro e prolongando-se até

junho. As temperaturas médias anuais variam entre 25ºC e 27ºC e a umidade relativa fica entre

85 e 90%. O município de Humaitá-AM, possui área territorial de 33.071,902 km2, e população

estimada em 51.354 habitantes (IBGE, 2016)

Figura 1. Localização da área de pesquisa.

4.2. Aspectos metodológicos

Quanto às características metodológicas, a pesquisa se caracteriza como exploratória,

pois visa avaliar a atividade pecuária no Município de Humaitá -AM, em relação ao manejo

adotado pelos produtores. Em relação aos procedimentos, é caracterizada como um

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levantamento, com aplicação de questionários para uma amostra representativa de 57

propriedades rurais ativas cadastradas na Agência de Defesa Agropecuária e florestal do estado

do Amazonas - ADAF.

4.3. Coleta de dados

Para a coleta das informações deste estudo utilizou-se os seguintes instrumentos

metodológicos: levantamento de dados primários e secundário. O levantamento de dados

primários foram realizados nas propriedades com criação bovina e secundários foi realizado

com o auxílio de informações disponibilizadas na literatura, como publicações em relatórios

técnicos, livros e artigos especializados e por meio dos órgãos do município responsáveis pela

atividade (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do

Amazonas – IDAM e Secretaria de Estado de Produção Rural - SEPROR), Agência de Defesa

Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF.

As coletas de dados primários foram oriundas diretamente das fontes de informação

utilizadas na análise e interpretação do objeto em estudo (realidade). Já os dados secundários

possuem informações em bases de dados, como no caso de referenciais bibliográficos e

documentos, ou seja, são fontes que já obtiveram uso em outros trabalhos de pesquisas como

primárias, mas que atualmente estão disponíveis para consultas, classificando-se como dados

secundários.

Primeiramente foi realizado o mapeamento das propriedades existentes ao longo das BR

230, BR319 e Vicinal Alto Crato, no município de Humaitá para identificar as propriedades e

seus tipos de manejo. Em seguida para obter o maior número de informações, realizou-se por

meio de entrevistas o levantamento de dados junto aos produtores e órgãos que realizam o

acompanhamento técnico destas propriedades. Para obter uma amostragem significativa foram

coletadas informações aleatoriamente em um terço (1/3) de propriedades de criação bovina de

cada área de produção (Vicinal Auto Crato, Br 230 e Br 319) para obter maior

representatividade de acordo com o número de propriedades participantes da pesquisa.

Para a obtenção de dados provenientes do desmatamento ocorrido no período de 2013 a

2017 e de focos de queimadas entre os meses de julho a outubro nos anos de 2016 e 2017, foram

consultados o banco de dados disponibilizados no site do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais – INPE.

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4.4. Analise e interpretação dos dados

A análise dos dados coletados foi constituída ainda pelas transcrições das entrevistas

semiestruturadas, observações diretas e registros fotográficos, predominantemente quanti-

qualitativos, sendo este estudo classificado como uma análise descritiva e explicativa.

Quanto à análise dos dados, o tratamento foi realizado de forma quantitativa a partir das

respostas aos questionários aplicados.

O questionário aplicado aos produtores possuía perguntas abertas e fechadas em relação

ao manejo da pecuária adotado nas respectivas propriedades.

Por fim, para a análise quantitativa foi utilizado o programa Microsoft Excel®, no qual

os dados coletados foram submetidos à análise estatística descritiva, sendo determinadas a

frequência absoluta (Fi), frequência relativa (Fr), com base na metodologia descrita por

Zamberlan et al. (2014), Oliveira & Lajús., (2017), com modificações.

Quando se analisa um conjunto de dados, começa-se por considerar as diferentes

categorias ou classes, e para cada uma delas calcula-se a sua frequência absoluta obtendo-se a

distribuição de frequências do conjunto de dados representada na forma de uma tabela, a que

se dá o nome de tabela de frequências (MARTINS, 2013).

Em estatística denomina-se frequência relativa o resultado obtido da divisão entre

a frequência absoluta - o valor que é observado na população (amostra) - e a quantidade de

elementos da população. Geralmente é apresentada na forma de percentagem, a partir da

multiplicação por 100, conforme a seguinte equação: Fr = [Fi / n].100

Portanto, dá-se o nome de frequência relativa de uma classe (ou dado) à frequência dessa

classe dividida pela soma das frequências de todas as classes. Se ela é expressa em percentagem,

chama-se frequência relativa percentual.

Denomina-se, enfim, Frequência Relativa a razão ou o coeficiente entre a frequência

absoluta (quantidade de dados) pelo número de elementos da amostra (n) ou população (N) em

questão.

Assim:

Frequência absoluta (F ou Fi)

Quantidade de dados (n ou N)

⇒ Frequência relativa (Fr) = Fi/n

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1. Análise descritiva: Identificação das atividades desenvolvidas no manejo da pecuária

Para compreensão mais detalhada do manejo da pecuária no município de Humaitá-AM,

optou-se por separar os principais tipos de manejo adotados nas respectivas propriedades em:

Desmatamento, Queimadas e Uso do Solo na pecuária avaliando-se as peculiaridades de cada

localidade pesquisada (Vicinal Alto Crato, BR 230 e BR 319).

No município de Humaitá a pecuária está presente em 172 propriedades em atividade

segundo os dados fornecidos pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do

Amazonas – ADAF, distribuída ao longo da Vicinal Alto Crato, BR 230 e BR 319 (Tabela 1).

Tabela 1. Levantamento do total de propriedades ativas município de Humaitá-AM.

Localidade Propriedades ativas Percentual (%)

Vicinal Alto Crato 33 19

Br 230 63 37

Br 319 76 44

Total 172 100

Fonte: ADAF, 2017

Podemos constatar que a maior concentração de propriedades se encontra ao longo da

BR 319 sendo a principal via de acesso da região de Humaitá, seguida pela BR 230 onde a

grande parte das propriedades localizam-se principalmente no sentido Humaitá/Apuí-AM, e a

Vicinal do Alto Crato em menor quantidade em comparação com as demais unidades de

produção.

5.1.1. Efetivo animal

No município de Humaitá o efetivo animal é composto pela criação de bovinos, aves,

suínos e caprinos distribuídos ao longo das propriedades citadas anteriormente. O efetivo

bovino destaca-se entre os demais tipos de criação animal existente no município,

compreendendo um total de vinte um mil cento noventa e seis animais (21.196) em todas as

fases de criação de acordo com os dados obtidos junto a ADAF (Figura 2).

Segundo Araújo et al. (2012) o Brasil tem sido um país que detêm fluxo continuo de

exportação de carne bovino e ocupa uma das posições de maior produtor e maior exportador

mundial.

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Figura 2. Quantitativo da criação animal no município de Humaitá-AM.

Fonte: ADAF, 2017

Em termos de porcentagem de criação de bovinos foi possível observar que 44% do

efetivo encontra-se ao longo da BR 319 sendo a principal via de escoamento da produção,

outros 37% na BR 230 e 19% na Vicinal Auto Crato.

A pesquisa realizada buscou fazer um paralelo da criação de bovinos no município de

Humaitá-AM entre os anos 2016 e 2017, para relacionar este fator a maior ou menor incidência

de impactos ambientais decorrentes do manejo da pecuária na região.

Com base no estudo realizado houve aumento do quantitativo bovinos quando

comparado os dados dos anos de 2016 e 2017 no município de Humaitá-AM.

No ano de 2016, o quantitativo bovino era de dezenove mil oitocentos e sessenta e nove

(19.869) animais, passando para vinte e um mil cento e noventa e seis (21.196) animais no ano

de 2017, conforme os dados fornecidos pela ADAF (Figura 3).

Figura 3. Efetivo Bovino dos anos 2016 e 2017 do município de Humaitá-AM.

Fonte: ADAF, 2017

0

5000

10000

15000

20000

25000

Bovino Aves Suinos Ovinos Caprinos

Qu

an

tita

tiv

o a

nim

al

Principais tipos de criação animal

19869

21196

19000

19500

20000

20500

21000

21500

2016 2017

Efe

tiv

o B

ov

ino

Perído observado

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5.2. Principais práticas de manejo adotado nas propriedades

5.2.1. Desmatamento

Nos últimos anos tem sido dado bastante enfoque a derrubada da vegetação como uma

prática comum na região, quando há a necessidade de abertura de novas áreas para aumentar

áreas de pastagens nas propriedades rurais. No entanto, de acordo com o levantamento realizado

e as observações in loco sobre a prática de derrubada da vegetação para aumento de áreas de

pastagens nas propriedades constatou-se que a mesma não vem sendo realizada na região.

O levantamento mostrou que na Vicinal do Alto Crato 72,7% dos produtores não realiza

a derrubada da vegetação para aumentar a área de pastagem da propriedade e 27,3% afirmaram

que realizam, na BR 230 nas propriedades visitadas, 76,2% não realiza a derrubada da

vegetação para aumentar a área de pastagem e 23,8% afirmaram que realizam derrubada da

vegetação, nas propriedades da BR 319, 64% mencionaram que não realizam derrubada da

vegetação e 36% informaram que realizam derrubada da vegetação para aumento da área de

pastagem na propriedade (Tabela 2).

Tabela 2. Distribuição de frequência do desmatamento para aumento da área de pastagem na

região de Humaitá-AM.

Desmatamento Alto Crato BR 230 BR319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 3,0 27,3 5,0 23,8 9,0 36,0

Não realiza 8,0 72,7 16,0 76,2 16,0 64,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

O resultado mostra que nas três unidades de produção onde realizaram-se a coleta de

dados a intensidade da prática de desmatamento para aumento da área de pastagem não vem

sendo utilizada pela grande maioria dos produtores. Resultados diferentes sobre a prática de

desmatamento vem sendo destacados como causadora de inúmeros impactos sobre o meio

ambiente pelo uso inadequado dos recursos naturais (SOUZA et al., 2013).

Em estudo realizado por Pavão et al. (2017), mencionam que a substituição de áreas de

floresta por pastagem é indicada como causadores de impacto ambiental. Conforme Carvalho

& Zen (2017), nos últimos anos a pecuária brasileira tem atraído atenção pela criação realizada

próximo a floresta amazônica e pela abertura de novas áreas causando forte impacto ambiental

na região.

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Embora os resultados tenham sido pouco evidenciados do ponto de vista negativo com

relação a prática de desmatamento para a implantação de pastagem, ressalta-se a importância

da preservação de áreas de floresta para o meio ambiente local. Estudo realizado por Pedron et

al. (2013), relatam que o desmatamento e mudanças na cobertura do solo possuem relação com

o aumento de temperaturas. Conte (2014), ao analisar a evolução do processo histórico de

ocupação pela agropecuária menciona que esta tem papel importante no processo de diminuição

da vegetação em decorrência da intensa atividade. Fauro et al. (2016), relatam ainda que o não

conservacionismo da natureza torna-se o grande responsável pela degradação das matas, dos

solos e das águas.

Com base nas informações obtidas em relação a recomposição da vegetação, nas

propriedades pesquisadas observou-se que é uma prática pouco realizada pelos produtores,

sendo implantadas principalmente culturas com valor e possivelmente retorno econômico como

é o caso do açaí presente em algumas propriedades. Souza et al. (2015), relatam que o manejo

adequado promove melhor regeneração da vegetação natural em áreas que sofreram processo

de desmatamento.

Na região da Vicinal do Alto Crato apenas 18% dos produtores realizam algum tipo de

recomposição da vegetação da área da propriedade e 81,8% informaram que não realizam

recomposição da cobertura vegetal. Na BR 230, os proprietários informaram em 23,8% dos

casos que realizam algum tipo de recomposição da vegetação e 76,2% não realizam

recomposição da vegetação, na BR 319 os proprietários informaram em 24% dos casos, que

realizam recomposição da vegetação e 76% que não realizam nenhum tipo de recomposição da

vegetação na área da propriedade (Tabela 3).

Tabela 3. Distribuição de frequência de recomposição da vegetação nas propriedades de

criação bovina na região de Humaitá-AM.

Recomposição

da vegetação

Alto Crato BR 230 BR319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 2,0 18,2 5,0 23,8 6,0 24,0

Não Realiza 9,0 81,8 16,0 76,2 19,0 76,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados mostram que, em média, a realização da recomposição da vegetação que

anteriormente tinha cedido lugar para atividade pecuária, não é uma prática de manejo comum

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realizada pelos produtores que utilizam na maioria das vezes a mesma área anualmente.

Resultado de estudo realizado por Ferreira et al. (2016), ao analisar o uso da terra relata que

recuperação da vegetação proporcionou a diminuição de processos erosivos. Oliveira et al.

(2014) observaram redução drástica da vegetação em áreas utilizadas para atividades

agropecuárias ao analisar a dinâmica do processo de desmatamento.

Estudos colocam em evidência a retirada da vegetação para a implantação de áreas de

pastagem com as causas de impactos ao meio ambiente. Ourives & Carniello (2018)

mencionaram em seus estudos que a redução da vegetação nativa para conversão de pastagens

foram fatores que aceleraram transformações no meio ambiente.

De acordo com Silva (2017) a retirada da vegetação natural de forma desordenada para

ocupação pela pecuária contribui para o agravamento de problemas ambientais como processos

erosivos e assoreamento dos corpos de água. Para Aquino (2014) a ocorrência de distúrbio ao

meio ambiente por meio de ação natural ou antrópica são os principais fatores na mudança do

espaço geográfico principalmente em regiões em desenvolvimento.

Lemos & Silva (2011) indicam, em resultado de estudo, a pecuária como uma das causas

do desmatamento na Amazônia legal, no entanto informa, ainda, que o estado do Amazonas

apresentou uma das menores taxas de perda da vegetação diferentemente de outros estados da

região corroborando com os resultados obtidos na pesquisa de campo.

Em comparação aos dados obtidos na pesquisa de campo, podemos analisar através da

série de dados históricos referentes aos anos de 2012 a 2016 a evolução do desmatamento no

município de Humaitá-AM, podendo este está relacionado ou não com a questão do manejo da

pecuária nas unidades de produção estudadas (Figura 4).

Figura 4. Desmatamento no município de Humaitá-AM nos anos 2012-2016.

Fonte: Sistema PRODES do INPE (Instituto..., 2018).

694,4

705,0

718,5

727,7

745,2

660

670

680

690

700

710

720

730

740

750

2012 2013 2014 2015 2016

Ta

xa

de

Des

ma

tam

ento

Ano de ocorrência

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Conforme o exposto acima sobre a ocorrência de desmatamento no município de

Humaitá nos últimos 5 (cinco) anos, embora que crescente a prática foi pouco realizada

confirmando os dados da pesquisa em campo. Os índices de desmatamento citados de acordo

com os participantes da pesquisa estão relacionados a prática de extração madeireira e na

maioria dos casos de forma irregular não tendo relação com o manejo da pecuária na região.

Ladwig et al. (2018) observaram, ainda, ao analisar a paisagem por meio de series

temporais, uma expressiva diminuição de áreas degradadas, o que o que se constitui num fato

positivo para a limitação dos efeitos indiretos da atividade analisada. Resultado semelhante foi

obtido por Almeida et al. (2018), que ao analisar o uso e cobertura do solo observaram redução

de áreas de pastagem em comparação com o aumento de áreas de vegetação densa.

5.2.2. Queima da vegetação

Em relação a queima como trato cultural, a grande maioria dos produtores informaram

que não realiza devido aos problemas que podem ocasionar a propriedade como danos materiais

e ambientais quando usado de forma irresponsável e sem as devidas precauções. Estudo

realizado por Fonseca Morello et al. (2017) destaca que a utilização do fogo é uma pratica

bastante realizada para a manutenção de pastagens.

Com base na pesquisa de campo realizada foi possível observar que na Vicinal do Alto

Crato, 27,3% realizam a prática de queimar a vegetação para limpeza do terreno na área da

propriedade e 72,7% informaram que não realizam a queima da vegetação da área da

propriedade. Na BR 230, constatou-se que 23,8% dos produtores realizam a prática de queima

da vegetação para limpeza da área da propriedade e 76,2% mencionaram que não realizam a

queima da vegetação da área da propriedade. Na BR 319, observou-se que 32% dos

proprietários utiliza a prática de queima da vegetação da área da propriedade e 68% informaram

que não realiza essa prática (Tabela 4).

Tabela 4. Distribuição de frequência de queima da vegetação para a limpeza da área de

pastagem no município de Humaitá-AM.

Queima da

vegetação

Alto Crato BR 230 BR319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 3,0 27,3 5,0 23,8 8,0 32,0

Não Realiza 8,0 72,7 16,0 76,2 17,0 68,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

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Os resultados obtidos mostraram que em média, menos da metade dos produtores não

realizam a prática de queima da vegetação da área de pastagem na região das unidades produção

pesquisadas, ainda assim pode ser indicativo de danos relacionados ao meio ambiente.

Resultado de estudo realizado por Martins et al. (2017), ao analisar impactos ambientais

indicaram a presença de queimadas e de sucos erosivos acarretando em danos ao meio

ambiente, e ainda segundo os mesmos autores, a prática de queima da vegetação é realizada

com a finalidade de limpeza e rebrota da pastagem.

Estudo de Tavares (2018), mostrou ainda que o uso de queimadas para o preparo de

atividades pastoris está relacionado a pecuária extensiva e relacionou esta prática ao aspecto

cultural dos agricultores.

A prática de queima da vegetação pode ocasionar problemas quando realizada de forma

exploratória dos recursos naturais exaurindo sua capacidade de regeneração. Resultado obtido

por Abrel & Watanabe (2016), mencionam que é possível conciliar a diversificação dos

sistemas de produção economicamente viáveis e preservadora dos recursos naturais com a

diminuição do desmatamento e do uso de queimadas. Santos & Mendonça (2016) relatam como

resultado de estudo que o grande número de focos de queimadas pode levar a impactos diversos,

até a supressão da vegetação e empobrecimento dos solos.

De acordo com Borges et al. (2016), o uso de queimadas é uma ferramenta utilizada por

agricultores principalmente os que dispõem de poucos ou nenhum recurso e que não possuem

acesso a técnicas alternativas. Ainda segundo os mesmos autores, as práticas de queimadas são

realizadas no início da estação seca.

O uso do fogo para abertura de novas áreas de pastagem de acordo com a pesquisa não

é uma prática muito comum na maioria das propriedades locais, sendo apenas utilizada áreas

que já estão sendo mantidas anualmente para o pastejo de bovinos. Em estudo realizado por

Resende et al. (2017), afirmam que as queimadas ainda são muito utilizadas por agricultores

tendo em vista ser muitas vezes a primeira alternativa para a limpeza da vegetação natural do

terreno ou para a renovação da pastagem de forma rápida e barata.

De acordo com pesquisa de campo, contatou-se que na Vicinal do Alto Crato, 18,2%

das propriedades realizam a prática de queima da vegetação para abertura de novas áreas de

pastagem e 81,8% não realiza a queima da vegetação para introdução de pastagem. Na BR 230,

observou-se que 23,8% realiza a queima da vegetação para a utilização de pastagem e 76,2%

não realiza a queima da vegetação para abertura de novas áreas de pastagem. Na BR319, em

24% dos casos informaram que realizam a queima da vegetação para introdução de pastagem e

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76% mencionaram que não realizam essa prática tendo conhecimento dos danos ambientais que

elas podem causar ao meio ambiente (Tabela 5).

Tabela 5. Distribuição de frequência do uso do fogo para abertura de novas áreas de pastagem

na região de Humaitá-AM.

Abertura de

novas áreas

Alto Crato BR 230 BR319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 2,0 18,2 5,0 23,8 6,0 24,0

Não Realiza 9,0 81,8 16,0 76,2 19,0 76,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme os dados obtidos na pesquisa de campo constataram-se que em média poucos

produtores na região realizam a prática de queimadas para abertura de novas áreas de pastagem.

Resultados forma obtidos por Costa & Rodrigues (2015) mostrando que as queimadas, quando

utilizadas, podem afetar drasticamente a densidade de cobertura vegetal e atuar como

intensificadoras da perda de solo, quando acompanhada de altos índices pluviométricos.

Barcelos et al. (2014) mencionam ainda que as queimadas podem causar desequilíbrio e

prejudicar a sustentabilidade do ecossistema devido a eliminação da cobertura vegetal do solo

tornando-o mais suscetível a erosão.

A utilização de queimadas para abertura de novas áreas de pastagem pode ocasionar

problemas ambientais em decorrência do aumento dos índices de focos de calor nas regiões

com altas incidências dessa prática. Rosan et al. (2017) demostraram em seus estudos a

associação entre áreas de pastagens com a proximidade de focos de calor em florestas. Estudos

Realizados por Patriota et al. (2017), relatam ainda a ocorrência de incêndios em pastagens

nativas em propriedades rurais.

Vasconcelos et al. (2013) relacionam a utilização de queimadas com o aumento na

disponibilidade de nutrientes nas áreas que utilizam corte e queima, afetando negativamente os

teores de matéria orgânica pelo uso do fogo no preparo do solo. Batista & Biondi (2009)

mencionam que os incêndios florestais são os principais causadores de danos às florestas e

demais tipos de vegetação.

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5.2.3. Uso do solo

A preparação do solo da área de pastagem nas propriedades pesquisadas se dá pela

utilização de implementos agrícolas como aração e gradagem, visando à preparação da terra

para semeadura da pastagem conforme informações dos proprietários, sendo isso uma prática

bastante comum na região. Cunha et al. (2008), afirma que o uso intensivo da mecanização,

fertilizantes e agrotóxicos, pode vir a comprometer a cobertura do solo, se refletindo no

processo de degradação ambiental.

Na realização da pesquisa de campo constatou-se que na Vicinal do Alto Crato, 63,6%

das propriedades realiza aração e gradagem para o preparo do solo e 36,4% não utiliza nenhum

tipo de implementos agrícola para a preparação da área de pastagem. Na BR 230, 76,2% das

propriedades pesquisadas utilizam implementos agrícolas no preparo do solo da área de

pastagem e 23,8% não utiliza nenhum tipo de maquinário na preparação do solo da área de

pastagem. Na BR 319 em 76% dos casos os proprietários informaram que utilizam implementos

agrícolas como aração e gradagem para o preparo do solo da área de pastagem e 24%

informaram que não realizam o preparo solo da área de pastagem (Tabela 6).

Tabela 6. Distribuição de frequência do preparo do solo realizado na pecuária na região de

Humaitá-AM.

Preparo do

solo

Alto Crato Br 230 Br319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 7,0 63,6 16,0 76,2 19,0 76,0

Não Realiza 4,0 36,4 5,0 23,8 6,0 24,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com os dados obtidos, a preparação da área de pastagem, através do

revolvimento do solo com a aração e posteriormente o uso de gradagem, é uma prática realizada

principalmente por proprietários que possuem melhores condições financeiras ou que possuem

implementos agrícolas na propriedade.

A prática de revolvimento constante do solo pode acarretar, futuramente, danos a

estrutura física do solo, acelerar a compactação e problemas erosivos nestas propriedades.

Resultados encontrados por Pereira & Tomaz (2017) mostram que o sistema convencional pode

alterar significativamente a estrutura do solo em comparação com as práticas de baixo grau de

revolvimento do solo. Estudos realizados por Rocha et al. (2014) mostram ainda que processos

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erosivos são mais frequentes em propriedades com pastagens, fazendo relação com o manejo

do solo e falta de cobertura vegetal.

Dados obtidos por Fontana et al. (2016) ressaltam que o tráfego intenso de máquinas

pode ocasionar efeitos negativos como a compactação do solo, sendo limitantes ao

desenvolvimento radicular e causando redução nas taxas de infiltração de água, na aeração e na

permeabilidade dos solos. Franco et al. (2015) menciona que o sistema capitalista exige

investimentos e retorno, às vezes, muito rápidos, reforçando assim preocupação quanto aos

possíveis impactos que pode trazer ao ambiente.

Marmontel & Rodrigues (2015) relatam ainda que erosão ocasionada em áreas de

pastagem e a movimentação constante do solo pelas práticas agrícolas são um dos principais

impactos negativos ao meio ambiente.

De acordo com as informações obtidas na pesquisa de campo, alguns proprietários

informam que os principais locais utilizados para pastagem são os campos naturais presentes

na BR 230 e BR319. De acordo com Simon et al. (2017), os campos naturais, são compostos

por gramíneas de boa qualidade e que por muitos anos foram utilizados para a prática da

pecuária.

Quanto ao uso de defensivos agrícolas de acordo com a pesquisa realizada em campo,

tem sido uma prática pouco utilizada, na grande maioria das propriedades. Os dados coletados

mostram que na região da Vicinal do Alto Crato, 18,2% utiliza algum tipo de defensivos

agrícolas na propriedade principalmente para controle de plantas daninhas e 81,8% não tem

utilizado defensivos agrícolas na área de pastagem da propriedade.

Na BR 230, conforme a pesquisa realizada, os proprietários informaram que em 23,8%

dos casos que utiliza algum tipo de defensivo em área de pastagem da propriedade e 76,2%

informaram que não fazem uso de nenhum tipo de defensivos agrícolas. Na BR 319, com base

nos dados obtidos junto aos proprietários, os mesmos informaram em 16% dos casos que

utilizam defensivos agrícolas na área de pastagem da propriedade e 84% não utiliza nenhum

tipo de agrotóxicos na propriedade (Tabela 7).

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Tabela 7. Distribuição de frequência do uso de defensivos agrícolas em áreas de pastagens na

região de Humaitá-AM.

Uso de

defensivos

agrícolas

Alto Crato BR 230 BR319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Utiliza 2,0 18,2 5,0 23,8 4,0 16,0

Não utiliza 9,0 81,8 16,0 76,2 21,0 84,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

Os dados obtidos mostram que, em média, poucos proprietários fazem uso de algum

tipo de produto químico, seja para o controle de plantas daninhas, seja para qualquer outro tipo

de controle. Conforme Vale et al. (2015) a aplicação de defensivos, quando utilizado sem o

conhecimento necessário quanto a sua aplicação e em desrespeito às normas básicas de

segurança, geram graves problemas de contaminação de recursos naturais como o solo e a água

bem como a saúde humana.

Resultado de estudo de Alencar et al. (2013) menciona que o uso de agrotóxicos ocorre,

na maioria dos casos, sem o conhecimento técnico necessário e sem o controle relativo ao

excesso de aplicação destes produtos. Dias et al. (2011) ressaltam que com o aumento de áreas

de pastagens degradadas e com alta infestação de plantas daninhas torna-se comum o uso

indiscriminado de herbicidas no manejo destas espécies.

O uso constante de agrotóxicos utilizados na região, embora pouco significativa, pode

ser considerado motivo de preocupação, tendo em vista os problemas de contaminação que

estes podem gerar ao meio ambiente se aplicados em excesso e sem as normas de segurança

necessária. Estudos realizados por Rosset et al. (2014) mostram que a utilização de agrotóxicos

pode acarretar em problemas para o meio ambiente e a saúde humana. Ainda segundo os

mesmos autores, resíduos de elementos tóxicos podem ainda, contaminar plantas e animais, e

ser acumulativos ao meio ambiente.

Ismael et al. (2015) ressaltam em seus estudos que o uso de agrotóxicos pode acarretar

sérias consequências tanto para a saúde do trabalhador como para o meio ambiente, quando

manuseado incorretamente e em níveis de concentrações que ultrapassam os limites

recomendados.

Moraes & Rossi (2010) relatam ainda que, dependendo das características físicas,

químicas e biológicas do solo ao qual foi depositado e ao número de aplicações, há uma

influência de forma direta ou indireta na população da macro e microfauna do solo. Conforme

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Bittencourt (2009), altas taxas de pesticidas e fertilizantes são muito utilizadas em países em

desenvolvimento, superando em média as taxas de países desenvolvidos, podendo elevar os

riscos de danos ambientais.

Em relação ao uso de fertilizantes químicos, o levantamento de campo mostrou que na

maioria das propriedades, o uso do calcário é uma prática utilizada principalmente por

produtores que possuem maiores recursos financeiros para a compra deste produto. O calcário

é incorporado no preparo do solo na realização da calagem, visando melhorar a qualidade do

solo da área da propriedade. Resultado de estudo de Geremia et al. (2015), mostraram que a

adubação na pastagem melhorou a qualidade do solo, melhorando suas propriedades físicas,

químicas e biológicas.

Na pesquisa de campo na região da Vicinal do Auto Crato observou-se que 36,4%

utilizam fertilizantes químicos para melhorar a qualidade do solo da área de pastagem e 63,6%

não utiliza nenhum tipo de fertilizante para melhorar a fertilidade do solo da área de pastagem.

Na BR 230, a pesquisa mostrou que em 19% das propriedades é utilizado algum tipo de

fertilizante para melhorar a qualidade da pastagem e em 81% não realiza nenhum tipo de

fertilizante na propriedade. Na BR 319, de acordo com os dados obtidos, 24% das propriedades

utiliza fertilizantes para o preparo do solo da área de pastagem e 76% informaram que não

utilizam fertilizantes na preparação do solo (Tabela 8).

Tabela 8. Distribuição de frequência do uso de fertilizantes na pecuária na região de Humaitá-

AM.

Uso de

Fertilizantes

Auto Crato Br 230 Br319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Utiliza 4,0 36,4 4,0 19,0 6,0 24,0

Não utiliza 7,0 63,6 17,0 81,0 19,0 76,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

Os dados obtidos mostram que o uso de fertilizantes no manejo do solo da área de

pastagem não tem sido uma prática muito comum na região, podendo este fator estar

relacionado com a redução da produtividade do pasto informado pelos produtores. Segundo

Lima et al., (2013), o manejo inadequado da fertilidade do solo ocasiona a redução da

produtividade das pastagens.

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Estudos realizado por Carvalho et al. (2017) mencionam que a não reposição de

nutrientes perdidos no processo produtivo, erosão, lixiviação e volatilização ao longo dos anos

são ocasionados por manejo inadequado em pastagens elevando os riscos de degradação. Porto

(2017), ressalta ainda que a aplicação de fertilizantes é uma estratégia de manejo que pode

elevar a produtividade de forragens e os índices de produção animal.

Do ponto de vista ambiental o uso de fertilizantes quando em excesso acarretam em

danos ambientais, quando manejados incorretamente. Costa et al. (2017) mencionam que

fertilizantes nitrogenados podem gerar impactos ambientais quando usados excessivamente e

manejados incorretamente. De acordo com Fernandes et al. (2017), quando manejados

incorretamente a aplicação de fertilizantes sob uma mesma área podem aumentar os riscos de

impactos ambientais.

A pesquisa mostrou ainda que, em média, a grande maioria dos produtores realiza como

prática de conservação da área da propriedade a técnica de rotação da pastagem, que consiste

em manter o efetivo bovino em determinado período de tempo/dias em piquetes diferentes, para

a recuperação do pasto e assim manter a qualidade da alimentação animal o ano inteiro, gerando

menores prejuízos de manutenção e recuperação de sua área.

Sendo assim, na Vicinal do Alto Crato, 72,7% dos produtores informaram que realizam

o rodízio da pastagem como forma de manter sempre a pastagem vigorosa e em condições de

alimentar o rebanho e 27,3% não realiza rotação de pastagem utilizando sempre a mesma área

para o pastejo do rebanho. Na BR 230, de acordo com os dados obtidos 85,7% dos produtores

realizam rotação de pastagem e 14,3% não realiza a rotação da pastagem na propriedade. Na

BR 319, observou-se que 88% dos proprietários realizam a rotação da pastagem e 12% não

realiza nem um tipo de pratica que vise a conservação de sua área de pastagem (Tabela 9).

Tabela 9. Distribuição de frequência de produtores que realizam práticas conservacionista na

pecuária na região de Humaitá-AM.

Práticas

Conservacionistas

Alto Crato Br 230 Br319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 8,0 72,7 18,0 85,7 22,0 88,0

Não Realiza 3,0 27,3 3,0 14,3 3,0 12,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

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A partir dos dados obtidos em campo, nota-se que a grande maioria dos produtores

realizam a rotação da pastagem de acordo com a disponibilidade de área da propriedade. As

propriedades que não realizam a rotação da pastagem são as que encontram maiores problemas

quanto a obtenção de pasto, devido ao intenso consumo na mesma área pelos bovinos,

ocasionando ainda problemas de compactação da área de pastagem dificultando a rebrota das

forragens em decorrência do superpastejo.

Resultado encontrado por Freitas et al. (2016), mostrou que o superpastejo pode

provocar redução do sistema radicular das forragens, diminuir a capacidade de absorção de água

e nutrientes afetando a qualidade da pastagem.

Disconizi e Rodrigues Junior (2015) mostram em resultados de estudos que com a

utilização do pastejo rotacionado houve aumento no ganho de peso dos bovinos, sugerindo este

tipo de prática como forma de geração de lucros para o produtor e manutenção da

sustentabilidade ambiental do local de produção. Resultado semelhante obteve Ribeiro et al.

(2016), mostrando que o uso de pastejo rotacionado ocasionou melhor produtividade do

rebanho para a produção de leite, atestando a eficiência desta prática tanto para manutenção da

qualidade da pastagem quanto para o meio ambiente.

Em relação a manutenção da área de pastagem, em média, a grande maioria dos

produtores não realiza a manutenção do pasto. A falta de manutenção pode vir a ser um

agravante para a área de pastagem, onde a utilização dessas áreas por anos consecutivos pode

aumentar os riscos de degradação nestes locais. Para Souza et al. (2015), é necessário

estabelecer padrões de manejo de pastagens para aumentar assim a produtividade e a

sustentabilidade da pastagem melhorando a produção animal.

Com base nos dados obtidos na pesquisa de campo na região da Vicinal do Alto Crato

18,2% dos produtores realiza a manutenção da área de pastagem e 81,8% não realizam nenhum

tipo de manutenção de pastagem. Na região da BR 230 os produtores informaram em 19% dos

casos que realiza a manutenção da pastagem e 81% não realiza nenhum tipo de manutenção da

área de pastagem. Na BR 319 constatou-se que 28% dos produtores realiza manutenção da

pastagem e 72% não realiza a manutenção da pastagem (Tabela 10).

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Tabela 10. Distribuição de frequência de produtores que realizam manutenção da área de

pastagem na região de Humaitá-AM.

Manutenção

da pastagem

Alto Crato Br 230 Br319

Fi Fr% Fi Fr% Fi Fr%

Realiza 2,0 18,2 4,0 19,0 7,0 28,0

Não realiza 9,0 81,8 17,0 81,0 18,0 72,0

Total 11,0 100,0 21,0 100,0 25,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa

A partir dos dados mencionados anteriormente, observa-se que a grande maioria dos

produtores não realiza nenhum tipo de manutenção da área de pastagem, elevando assim os

problemas relacionados aos impactos negativos da falta de manejo adequado desta atividade.

Estudo realizado por Canto et al. (2010) mostra que a falta de adubação e manutenção por

longos períodos ocasionam a redução das pastagens provocando degradação da vegetação e do

solo. Resultados obtidos por Quaresma et al. (2009), mostra que quando não são realizadas

adubações de manutenção em pastagens pode ocasionar queda da produtividade

comprometendo a sustentabilidade do sistema.

Os principais problemas encontrados nas áreas de pastagem nos locais pesquisados estão

relacionados com a forma de obtenção e utilização do pasto levando este a um processo de

exploração desordenada elevando os riscos de degradação. Fabrice et al. (2015), ressalta que o

aumento das áreas degradadas de pastagens ou em processo de degradação tem aumentado em

decorrência da forma extrativista de exploração pecuária. Porto et al. (2014), menciona ainda

que o manejo inadequado das pastagens eleva a degradação do pasto ocasiona menores

rendimentos em termos de produção.

Resultado de estudo realizado por Pereira et al. (2013), mostra que no manejo da

pastagem é extremamente importante o ajuste da carga animal para manter o pasto sob menor

pressão, aumentando assim a rebrota e o desenvolvimento das forrageiras.

5.3. Principais impactos ambientais ocasionados pelo manejo da pecuária

As principais variáveis analisadas na pesquisa e que possuem alguma relação com o

manejo da pecuária desmatamento, queimadas, uso do solo, podem gerar impactos quando essas

técnicas quando manejadas incorretamente, tornando-se nocivas ao meio ambiente. Os

principais problemas ambientais observados e que tem ocasionado ambientais foram o avanço,

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embora reduzido, diminuição da cobertura do solo, aumento de focos de queimadas,

compactação e erosão do solo.

5.3.1. Diminuição da cobertura do solo

De acordo com as observações in loco, a uso continuo das áreas de pastagem tem

ocasionado a diminuição da cobertura vegetal do solo, aumento assim os riscos de degradação

ficando estes sujeitos aos efeitos do intemperismo. Nas três áreas pesquisadas (Vicinal do Alto

Crato, BR 230 e BR 319), constatou-se que a remoção continua da vegetação do solo pode estar

ligada ao surgimento de impactos ambientais em decorrência do manejo adotado nas áreas

dessas propriedades.

Resultado de estudo realizado por Oliveira & Fernandes (2017), mostram que a retirada

continua da vegetação e o uso intensivo do solo para a pecuária podem gerar consequências

elevando os índices de degradação ambiental. Fonseca et al. (2017), menciona que a

degradação do solo é seguida ou antecedida pelo desmatamento da cobertura vegetal a partir da

implementação de atividades antrópicas de manejo inadequado.

A retirada da vegetação entre outros fatores pode ser responsável por alterar as

condições climáticas da região onde o solo exposto pode estar mais suscetível aos efeitos da

radiação solar. Resultados obtidos por Pavão et al. (2017) mostram que a substituição da

cobertura vegetal por outras formas de ocupação pode alterar as características termodinâmicas

da superfície, sendo responsável pelo aumento na temperatura do ar e superficial.

5.3.2. Aumento dos focos de calor

A realização deste levantamento mostrou que embora em quantidade relativamente

pequena, que proprietários ainda realizam como atividade comum a destoca e queima das

espécies vegetais presentes nas áreas de pastagens, deixando o solo totalmente desprotegido e

pobre em matéria orgânica. Conforme Guimarães et al. (2014), o fogo remove a cobertura

vegetal que recobre o solo, ficando este vulnerável as intempéries climáticas e propensos ação

do vento e da chuva aumentando a possibilidade de futuramente sofrer degradação.

Resultado obtido na pesquisa de campo constatou que a prática de retirada da vegetação

é seguida pela queima e a ação do fogo além de empobrecer a cobertura vegetal da área, queima

a camada superficial composta de organismos mortos que deveria gerar futuro húmus, e também

mata grande parte da microfauna e microflora presente. Fonseca-Morello et al. (2017) destaca

que, para o produtor, a utilização de queimadas é vista como uma forma de evitar despesas em

comparação com o preparo manual ou mecanizado.

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Com base nas informações obtidas foi possível observar em quantidade reduzida a

prática de queima da vegetação para abertura de novas áreas de pasto. O período analisado entre

os meses de julho a setembro dos anos de 2016 e 2017 respectivamente com base nos dados do

INPE, mostram a quantidade de focos de queimadas no município, não ficando evidenciado sua

relação com o manejo da pecuária (Figura 5).

Figura 5. Foco de queimadas na região de Humaitá-AM, no período de jul-out

de 2016 e 2017.

Fonte: INPE

Os meses avaliados correspondem ao período de menor incidência de chuva na região

caracterizado como estação seca e meses com maior ocorrência de queimadas. Em estudo

realizado por Santo et al. (2017), observou-se maior crescimento de focos de queimadas entre

os meses de maio a agosto em relação aos meses com maior incidência de chuvas. Resultado

semelhante foi obtido por Machado et al. (2014), que observaram maiores valores de queimadas

e focos de calor no final da estação seca entre os meses de agosto e setembro.

O período de seca na região favorece a realização de práticas culturais sendo o momento

propicio para o produtor realizar os trabalhos de melhoria na propriedade com isso surgem

também os problemas relacionados a questão ambiental. Resultado de estudo realizado por

Garcez et al. (2014) mostrou maiores índices de queimadas em região que possuem como uma

das principais atividades econômicas a pecuária.

Silva Júnior et al. (2018) encontraram significativo aumento da temperatura da

superfície e focos de incêndio ao avaliar os anos de 2015 e 2016, relacionando a alteração da

vegetação nativa para uso da pecuária com o aumento da temperatura. Estudo realizado por

Rosan et al. (2017), ao avaliar focos de calor durante três anos consecutivos, menciona que o

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12

3

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61

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14

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10

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40

50

60

70

80

90

100

JUL AGO SET OUT

Fo

cos

de

qu

eim

ad

as

Mês de ocorrência

2016 2017

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maior número de focos de calor foi encontro em áreas de pastagens e próximo a áreas de fácil

acesso como rodovias

5.3.3. Ocorrência de compactação e erosão do solo

A preparação do solo da área de pastagem nas propriedades pesquisadas se dá pela

utilização de implementos agrícolas como aração e gradagem visando à preparação da terra

para semeadura da pastagem. Esse tipo de preparo quando realizada sem informações técnicas,

podem se tornar em um dos principais fatores relacionados a possíveis impactos ambientais em

decorrência de práticas sucessivas de preparo por estes implementos agrícola.

Conforme Gomes et al. (2007) a utilização de altos níveis de mecanização e uso

intensivo do solo contribuem para as modificações em seus atributos físicos e químicos,

gerando o desequilíbrio dos recursos naturais.

O pastejo excessivo foi observado na grande maioria das propriedades da Vicinal do

Alto Crato, BR 230 e BR 319, sendo comum a ocupação pelos bovinos na mesma área de

pastagem durante boa parte do ano. Verificou-se que a quantidade de animais existente em

algumas propriedades está acima do que é recomendado na literatura para quantidade de área

de pastagem disponível. Conforme Cerqueira et al. (2017) o intenso pisoteio contribui de forma

significativa para a compactação do solo e em seu entorno afetando principalmente a camada

superficial.

Dessa forma, nas áreas de pastagem onde anualmente vem ocorrendo o superpastejo,

sendo estas consumida pelos animais, o solo fica desprotegido e compactado pelo excesso de

pisoteio. De acordo com Parente & Maia (2011), a utilização de taxas de lotações inadequadas

e com sobrecarga animal em função da disponibilidade de oferta de pastagem podem ocasionar

danos às propriedades físicas dos solos. Corroborando com Oliveira et al. (2013), que

constataram ação do pisoteio do gado sob a camada superficial do solo relacionando esse efeito

a compactado do solo.

Nas propriedades visitadas, o pastejo excessivo torna-se o principal efeito negativo da

atividade, ocasionando baixo consumo de forragem pelos bovinos. Conforme Barbero et al.

(2014), quando a taxa de lotação e a pressão de pastejo é menor o consumo de forragem por

animal tende a ser maior melhorando assim seu o desempenho individual.

Com base na pesquisa de campo foi possível verificar a diminuição no desenvolvimento

de pastagem fato que vem se tornando frequente de acordo com o relato de proprietários

relacionando este fato a possível ocorrência e aumento da compactação do solo. Observou-se

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pontos que não nasce nenhuma vegetação mesmo no período de chuvas regulares devido à

presença constante de animais nessas áreas.

Resultado obtido por Guimarães et al. (2018) mencionam que as pastagens ocupam boa

parte do território brasileiro e a maioria delas se encontram degradadas ou em algum estádio de

degradação. De acordo com Dias Filho (2011), a taxa de lotação acima do potencial das

pastagens ocasiona um fator negativo em decorrência do superpastejo, sendo prejudicial a

estrutura do solo e elevando os custos de recuperação.

Com a realização deste estudo podemos observar de maneira geral que o manejo da

pecuária adotado na região se mantem em nível consideravelmente abaixo no que diz respeito

aos impactos causados por essa atividade quando comparado a outras regiões do país. A adoção

de métodos que minimizem a ocorrência de danos ao meio ambiente é fundamental para a

manutenção do meio ambiente.

Contudo estudos mais aprofundados de impactos ambientais na pecuária no município

de Humaitá são necessários para a melhor entendimento e compreensão de problemas dessa

magnitude na região.

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6. CONCLUSÃO

Contudo, ficou evidenciado que atividade pecuária no município de Humaitá no sul do

Amazonas tem tido pouca participação no que diz respeito a degradação ambiental nesta região.

Em relação a prática de desmatamento a atividade pecuária na região, a grande maioria

informou não ter utilizado desta prática para o estabelecimento de pastagens em suas

propriedades.

O uso de queimadas no município, para abertura de novas áreas de pastagem bem como

sua manutenção, conforme mostrou este estudo possuem causas não relacionadas a atividade

pecuária, apontando suas causas como habito cultural onde produtores que se utilizam desta

prática adotam o procedimento a várias gerações.

Com relação ao uso do solo para a atividade pecuária, requer maior atenção pelo uso

continuo de áreas de pastagem, o que tem ocasionado problemas como compactação e início de

processos erosivos.

Portanto, estudos complementares são necessários para obtenção dados mais detalhados

sobre os problemas relacionados ao manejo da atividade pecuária na região e para comprovar

os possíveis impactos ambientais desta atividade.

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43

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

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ENTREVISTA – LEVANTAMENTOS DOS TIPOS DE MANEJO ADOTADO

ENTREVISTA: _________ LOCAL:____________________________________________

DESMATAMENTO

1- Em sua propriedade realiza a prática de derrubada da vegetação para aumento de áreas

de pastagem

( ) Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

2- Utiliza área de reserva para Pastagem

( ) Utiliza ( ) Não utiliza

_____________________________________________________________________

3- Realiza a recomposição da vegetação

( ) Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

QUEIMADA

4- Realiza a queima da vegetação para a limpeza da área de pastagem

( ) Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

5- Realiza a queimadas para abertura de novas áreas de pastagem

( ) Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

USO DO SOLO

6- Realiza o preparo convencional do solo da área de pastagem

( ) Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

7- Utiliza agrotóxicos na área de pastagem

( ) Utiliza ( ) Não utiliza

_____________________________________________________________________

8- Utiliza fertilizantes na área de pastagem

( ) Utiliza ( ) Não utiliza

_____________________________________________________________________

9- Realiza práticas conservacionista na área de pastagem

( )Realiza ( ) Não realiza

_____________________________________________________________________

10- Realiza Manutenção da área de pastagem

( ) Realiza ( )Não realiza