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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015 Soluções criativas Soluções criativas contribuem para o contribuem para o consumo racional consumo racional da água da água PÁGINA 8 PÁGINA 8 Fraudes na rede Mais de 2 bilhões de litros de água são desviados por mês na RMS Ligação irregular no condomínio Pedra do Sal/Foto: Breno Viana/Acervo Embasa Investimentos no Água para Todos superam os R$ 55 milhões no primeiro bimestre PÁGINA 3 PÁGINA 3 m 2014, foram desviados 2,1 bilhões de litros de água por mês em Salvador e Região Metro- politana. Os casos de suspeitas de fraudes resultaram em prejuí- zo de R$ 121 milhões, decorrente do volume de água não faturado pela Embasa. O Código Penal Bra- sileiro tipifica a prática como crime contra o patrimônio. Apesar disso, lidar com as ações fraudulentas envolvendo o uso indevido da água tratada é um dos grandes desafios que se colocam às empresas de abastecimento em todo o país. No mês em que o mundo comemorou o Dia da Água, em 22 de março, o Ministério das Cidades iniciou apoio técnico para intensificação do com- bate a perdas nos sistemas de abastecimento de Salvador e Feira de Santana. PÁGINAS CENTRAIS PÁGINAS CENTRAIS E

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Page 1: Mais de 2 bilhões de litros de água são desviados por mês na RMS · 2018. 3. 19. · Março/2015 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015

Março/2015Março/2015

Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015

Soluções criativas Soluções criativas contribuem para o contribuem para o consumo racional consumo racional

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Investimentos no Água para Todos superam os R$ 55 milhões no primeiro bimestre

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m 2014, foram desviados 2,1 bilhões de litros de água por

mês em Salvador e Região Metro-politana. Os casos de suspeitas de fraudes resultaram em prejuí-zo de R$ 121 milhões, decorrente do volume de água não faturado pela Embasa. O Código Penal Bra-sileiro tipifica a prática como crime contra o patrimônio. Apesar disso, lidar com as ações fraudulentas envolvendo o uso indevido da água tratada é um dos grandes desafios que se colocam às empresas de abastecimento em todo o país. No mês em que o mundo comemorou o Dia da Água, em 22 de março, o Ministério das Cidades iniciou apoio técnico para intensificação do com-bate a perdas nos sistemas de abastecimento de Salvador e Feira de Santana. PÁGINAS CENTRAISPÁGINAS CENTRAIS

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Page 2: Mais de 2 bilhões de litros de água são desviados por mês na RMS · 2018. 3. 19. · Março/2015 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 238 — Março de 2015

Março/2015Março/2015

DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteRogério Cedraz

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretora de Gestão CorporativaMaria do Socorro Mendonça Vasconcellos

Diretor de Operação e Expansão RMSCarlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretora de Operação e Expansão Norte Rita de Cássia Sarmento Bonfim

Diretor de Operação e Expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCésar Silva Ramos

UNIDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

GerenteDaniel Menezes

EditorDaniel Menezes/Fernanda Macedo

RedatoresDébora Ximenes, Fernanda Macedo, Paula Janaína Araújo, Silvia Noronha

Cássia Dias, Sílvia Dantas (UNF), Benedito Simões (USI),

Editoração GráficaPatrícia Resende

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Qualigraf Serviços Gráficos

e Editora Ltda.

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O novo presidente da Embasa, Rogério Ce-draz, foi empossado em cerimônia realiza-da no dia 31 de março, em auditório da em-

presa, que contou com a presença do Secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Cássio Peixoto, e do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, dentre outras figuras políticas.

Funcionário da casa, o engenheiro civil começou sua carreira como estagiário e assumiu funções gerenciais na unidade regional da Federação, além da superintendência operacional para Sal-vador e Região Metropolitana. Em seu discurso

de posse, Cedraz ressaltou que está ciente do grande desafio que tem pela frente. “A Embasa avançou muitos nos últimos anos e, para conse-guir ainda mais vitórias, precisamos investir na eficientização dos nossos gastos para conseguir fazer ainda mais com menos recursos”, afirmou.

Na ocasião, o ex-presidente Abelardo de Oli-veira Filho agradeceu o apoio recebido durante seus oito anos de gestão e se despediu afirman-do que “deixa a presidência com a consciência plena do dever cumprido e um legado de ética na gestão da coisa pública”.

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SEMANA DA ÁGUASEMANA DA ÁGUA Com o tema “Preservar é valorizar a vida”, a edição 2015 da Semana da Água da Embasa teve programação em Salvador e mais 50 municípios. Entre os dias 23 e 30 de março, a empresa promoveu caminhadas ecológicas, visitas a mananciais e a estações de tratamento de água, workshops e palestras, além de peça teatral. As ações de educa-ção alcançaram um público supe-rior a 30 mil pessoas, na capital e no interior do estado.

Embasa empossa novo presidente

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Rogério Cedraz (primeiro à direita) assume presidência

da empresa

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Março/2015Março/2015

Governo do Estado reafirma prioridade ao PAT em 2015

O Programa Água para Todos (PAT) teve destaque nos dois primeiros me-ses do novo Governo do Estado. Du-

rante o período, em visitas ao interior baiano, o governador Rui Costa entregou obras em quatro sistemas de abastecimento de água (na Zona Fumageira, Mulungu do Morro, Cam-po Formoso e Vera Cruz), além de autorizar o início de novas obras de abastecimento em mais cinco municípios (Muritiba, Mulungu do Morro, Souto Soares, Manoel Vitorino e Ta-nhaçu). Na área de esgotamento sanitário, o

governador também autorizou o início de em-preendimentos, desta vez em Muritiba, Conde e Rio do Antônio.

As obras com realização da Embasa já se traduzem num investimento superior aos R$ 55 milhões, entre recursos próprios da empre-sa e provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). “O abastecimento de água e o saneamento bá-sico merecem atenção especial. É importante sempre executar novas obras pensando no fu-

turo”, afirmou o governador Rui Costa, durante uma das cerimônias de entrega de obras do PAT, destacando a prioridade conferida ao sa-neamento, diretriz iniciada em 2007 no estado.

RESULTADOSRESULTADOSEm oito anos, a Embasa foi responsável pela

realização de 1.270 ações do PAT, em 346 mu-nicípios baianos. Até o final de 2014, mais de 3,5 milhões de baianos passaram a ter acesso à água tratada e mais de 2 milhões a esgota-mento sanitário.

Apenas no primeiro bimestre, mais de

R$ 55 milhões foram investidos no

Água para Todos

Obras entreguesObras entreguesRECÔNCAVORECÔNCAVO SIAA da Zona Fumageira (1ª etapa) – dupli-

cação da oferta de água no sistema, reforçando o abastecimento em Muritiba e outras cidades do Re-côncavo (São Félix, parte de Cachoeira, Governador Mangabeira, Cruz das Almas, Sapeaçu e Conceição do Almeida). O investimento é de R$ 20,9 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC). População beneficiada de 120,9 mil habitantes.

CENTRO-NORTECENTRO-NORTESAA Canudos (povoado de Mulungu do Mor-

ro) – investimento de R$ 415 mil, com recursos da Embasa, beneficia cerca de 1,5 mil habitantes.

SIAA de Campo FormosoSIAA de Campo Formoso – ampliação aten-derá 6 mil moradores dos povoados de Brejo do Tamanduá, Candeias, Canavieiras, Gavião, Lagoa do Pastorador, Tuiutiba e Vanvana. Investimento de R$ 1,9 milhão, com recursos próprios.

SULSULSAA de Vera CruzSAA de Vera Cruz (distrito de Porto Segu-

ro) – obra teve investimento de R$ 748 mil, com recursos próprios da Embasa, e beneficia cinco mil moradores.

RECÔNCAVORECÔNCAVO SIAA Muritiba SIAA Muritiba - extensão de rede dis-

tribuidora atenderá os povoados de Gravatá de Baixo e Gravatá de Cima. O serviço tem investimento de R$ 332 mil, com recursos próprios da Embasa. População beneficiada é de cerca de mil moradores. SES de Muritiba SES de Muritiba – ampliação complemen-

tará bacias sanitárias A e F do município, bene-ficiando cerca 3.700 habitantes. O investimento é de R$ 1,5 milhão, com recursos da Embasa.

LITORAL NORTELITORAL NORTESES de CondeSES de Conde – implantação de siste-

ma terá investimento de R$ 17,3 milhões do PAC e da Embasa. Dez mil beneficiados.

CENTRO-NORTECENTRO-NORTESIAA Mulungu do Morro/Souto SoaresSIAA Mulungu do Morro/Souto Soares

– extensão de rede atenderá localidades de Baixa da Cainana, em Mulungu do Morro, e Campo Alegre, Xavier, Morrinho de Baixo e Morrinho de Cima, em Souto Soares. Recur-so de R$ 1,2 milhão, do Funcep. Cerca de 2 mil moradores contemplados.

CENTRO-SULCENTRO-SUL SAA de Manoel VitorinoSAA de Manoel Vitorino – ampliação

atenderá os povoados de Táboas e Largo Grande. Quando concluída, a obra deverá atender mais oito mil pessoas da sede muni-cipal e da zona rural. Investimento de R$ 1 milhão, com recursos da Embasa.SAA de TanhaçuSAA de Tanhaçu – ampliação beneficia-

rá diretamente mais de 11 mil moradores. O investimento é de cerca de R$ 2 milhões da EmbasaSES em Rio do AntônioSES em Rio do Antônio – implantação

dará acesso à coleta e tratamento de esgoto doméstico a mais de 4,5 mil pessoas. O in-vestimento de mais de R$ 7,4 milhões conta com recursos do PAC 2.

Novas obras autorizadas

SAA - Sistema de abastecimento de água;SIAASIAA - Sistema integrados de abastecimento de água; e SES SES - Sistema de esgotamento sanitário.

SAASAA Sistema de

Fique por dentro

Foto: Luiz Hermano/Acervo Embasa

População de Muritiba será

beneficiada com obras de água e

esgotamento

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o mês em que se comemora o Dia da Água, em 22 de março, e as atenções do mundo se voltam ainda mais para a questão de sua escassez, a Organização das Nações Unidas (ONU) lança um alerta preocupante: até

2030, nada menos que 40% dos recursos hídricos mundiais podem sumir, caso não haja mudanças sig-nificativas nos hábitos dos consumidores. A conclu-são é do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos. A publica-ção recém-lançada torna ainda mais evidente a pre-ocupação e a necessidade de mudanças de postura frente ao consumo racional da água.

Além de incentivar o combate ao desperdício, principalmente através de campanhas e ações de conscientização entre os consumidores, a Emba-sa vem buscando a melhoria das ferramentas de controle de perdas de água nos sistemas de abas-tecimento operados pela empresa. Nesse sentido, um dos grandes desafios é lidar com as ações fraudulentas envolvendo o uso indevido da água canalizada e tratada pela empresa.

Em 2014, foram desviados mais de 2,1 bilhões de litros de água por mês em Salvador e Região Metro-politana (RMS). Os 137,6 mil casos de suspeitas de fraudes resultaram em prejuízo da ordem dos R$ 121,7 milhões, decorrente do volume de água não faturado. A estimativa é que a perda seja ainda maior, já que nem toda a ligação fraudulenta é descoberta, mesmo com uma rotina de fiscalizações periódicas.

“Os números mostram que o desperdício de água em consequência das fraudes ainda é um grande problema na capital. Essa utilização clandestina aca-ba, inclusive, comprometendo o abastecimento em alguns locais, mesmo com os investimentos realiza-dos nos últimos anos”, explica o diretor de operação e expansão da RMS, Carlos Ramirez. A empresa for-nece, numa média mensal, cerca de 13,6 mil litros de água por ligação, em Salvador. Em regiões de ocupação irregular intensa, essa média sobre para 36 mil litros, fato que evidencia o elevado desperdí-cio provocado pelas ligações irregulares.

LAVA A JATOLAVA A JATOA Embasa identificou cerca de mil lava a jato ir-

regulares em Salvador, que causam um desperdí-cio de água em torno de 51 milhões de litros por mês. Esta quantidade de água seria suficiente para abastecer 5,1 mil famílias de cinco pessoas durante o mesmo período. Cabe à Embasa a identificação, retirada e regularização das ligações indevidas, ações que, por si só, não resolvem o problema, já que a empresa não tem poder de polícia e os fraudadores, muitas vezes, restabelecem a ligação clandestina. A autuação das irregularidades é de responsabilidade da Prefeitura de Salvador.

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Fraudes desviam 2,1 bilhões de litros de água por mês, na RMS

As principais formas de furto de água são as ligações clandestinas (quando o usuário interli-ga o seu ramal indevidamente à rede distribui-dora de água), as fraudes na medição (quando o hidrômetro é danificado ou desviado, visando adulterar a medição do consumo) e as fraudes no corte (quando a ligação é cortada por falta de pagamento e o cliente faz a reativação de maneira indevida).

A prática é qualificada como crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Có-digo Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tra-tar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor eco-nômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa. O valor individual de cada multa pode chegar a R$ 157, acrescido do preço do serviço executado para sanar a fraude, além de uma estimativa do desperdício causado pelo ato criminoso.

Crime previsto em lei

Ministério das Cidades apoia combate a perdas em Salvador

e Feira de SantanaOs sistemas de abastecimento de água dos dois

maiores municípios baianos foram selecionados para participar do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas), do Ministério das Ci-dades. O programa prevê apoio técnico para de-senvolvimento de projetos de combate a perdas de água e economia de energia elétrica em Sal-vador e Feira de Santana. As primeiras reuniões com representantes do ministério aconteceram em março, quando foi iniciado um diagnóstico das características de cada sistema.

Na capital, um projeto piloto será desenvolvi-

do na área atendida pela Unidade Regional do Cabula, que inclui bairros como Sussuarana, Liberdade, Mata Escura, Calçada, Pernambués e Engomadeira. “Escolhemos essa área por-que ela abrange regiões bem distintas, tanto em termos de topografia como em infraestru-tura urbana”, explica José Moreira, superinten-dente de Abastecimento de Água na Região Metropolitana de Salvador. “O projeto servirá como um estudo de caso, para encontrar so-luções que possam ser replicadas no restante do município”.

LIGAÇÕES CLANDESTINAS SÃO ELIMINADAS LIGAÇÕES CLANDESTINAS SÃO ELIMINADAS EM FEIRA EM FEIRA Após anos sendo abastecidos através de ligação irregular, realizada dire-tamente em um dos ramais da rede públi-ca, 79 imóveis no bairro Feira IV, em Feira de Santana, foram regularizados. Depois de localizar a ligação clandestina, a Em-basa fez uma reunião com os moradores e iniciou o cadastramento das novas liga-ções. Paralelamente, foi realizada extensão da rede e instalação dos hidrômetros. “A ligação clandestina, além de crime contra o patrimônio público, pode trazer sérios danos à qualidade da água consumida”, afirma o gerente local da Embasa em Feira, José Neydson Eloy.

Prejuízo com fraudes foi de R$ 121 milhões em

2014

Reunião define ações do

Interáguas

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A Embasa autorizou o início das obras de complementação da primeira etapa do siste-

ma de esgotamento sanitário (SES) de Camaçari, em ato realizado no dia 24 de março, na Prefei-tura Municipal de Camaçari. A complementação da primeira etapa do SES de Camaçari conta com recurso de R$ 7,8 milhões e o prazo de con-clusão dos serviços é de 11 meses, contados a partir da emissão da ordem de serviço. A amplia-ção do SES tem 89% do cronograma já execu-tado e, ao todo, o investimento é de R$ 80,4 mi-lhões, entre recursos da Embasa e do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 1).

A obra beneficiará 64,7 mil moradores dos bairros Centro, Dois de Julho, Piaçaveira, Phoc II, Nova Vitória, Alto da Cruz, Mangueiral, Ficam, Lama Preta, Parque Florestal, Parque Satélite, Natal, Gleba A, Gleba B, Gleba H, Camaçari de Dentro, Bomba, Verde Horizonte e Buri Satuba. Para José Nilton dos Santos, vice-presidente da associação de moradores do bairro Dois de Ju-lho, uma das localidades a serem beneficiadas pela obra, a expectativa dos moradores é muito grande. “Tenho um filho de 11 meses e essa é uma ótima notícia, porque significa mais saúde para ele e para toda a comunidade”, afirma.

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ABASTECIMENTOABASTECIMENTO

Melhorias beneficiam mais de cinco mil

famílias em Serrinha

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Serviço terá investimento de R$ 7,8 milhões

Autorizada complementação de obra de esgotamento em Camaçari

Intervenções no Rio Vermelho vão otimizar funcionamento da redeA Embasa deu início, em março, a ações de

melhoria no interceptor da Paciência, uma tubulação de grande porte responsável pelo transporte do esgoto coletado nas bacias sa-nitárias da Barra, Ondina e Rio Vermelho até a estação de condicionamento prévio da Em-basa, no Lucaia. Com investimento de R$ 6,2 milhões, com recursos próprios, a intervenção está sendo realizada em um trecho de cerca de 1,2 quilômetro, entre o restaurante Sukyaki e o Parque Cruz Aguiar, no boêmio bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. A obra será reali-zada das 21h às 5h, horário em que o tráfego nas ruas do bairro sofrerá alterações, sob a coordenação da Transalvador. A previsão é que a intervenção seja concluída em 150 dias.

Atendimento é ampliado nas lojas

de SalvadorNo início de março, todas as lojas de

atendimento da Embasa em Salvador am-pliaram seu horário de atendimento ao público. O funcionamento, que se encerra-va às 16 horas, agora é realizado das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira. A Embasa mantém dez lojas de atendimen-to na capital baiana, nos bairros da Boca do Rio, Brotas, Cabula, Piedade, Pirajá, Rio Vermelho, Itapuã, Liberdade, São Caetano e Uruguai. Os quatro postos da Embasa nos Serviços de Atendimento ao Cidadão (SAC) de Salvador (Barra, Cazajeiras, Comércio e Periperi) continuam seguindo o horário de atendimento geral do SAC.

A Embasa vem promovendo uma série de intervenções para melhorar a distribui-ção de água em Serrinha, assegurando maior regularidade no abastecimento no município. A empresa implantou uma nova rede de distribuição, derivada de outra já existente, para atender aos bairros do Cruzeiro, Cidade Nova, Urbis, Novo Hori-zonte, Vista Alegre, Caseb e Alto dos Co-queiros, uma ação que está beneficiando 5.014 famílias.

“A implantação da nova rede, que bati-zamos de Zona Alta 2, possibilita a oferta permanente de água aos moradores”, explica o gerente local da Embasa, Victor Oliveira. Com as mudanças, a Embasa melhorou o abastecimento em 42% das li-gações na cidade. Ricardo Mota, morador do bairro Vista Alegre, diz que o abasteci-mento na área melhorou cem por cento. “Agora, a água está caindo sempre. Ter água na torneira é tudo”, comemora.

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Sistema integrado na região de Acupe e Saubara vai melhorar abastecimento

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Novo SIAA

Implantação do trecho da adutora de água tratada

Reservatório de 500 m³ no centro

de Saubara

RECÔNCAVORECÔNCAVO

stá em andamento a im-plantação do sistema in-

tegrado de abastecimento de água (SIAA) Acupe-Saubara, um empreendimento no valor de R$ 14,9 milhões, com recursos financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF) e próprios da Em-basa, que vai garantir regularidade e frequência no fornecimento de água, principalmente no verão, nas localidades de São Brás, Ita-pema, Bângala e Acupe, no muni-cípio de Santo Amaro, e na sede de Saubara e nas localidades de Cabuçu, Bom Jesus dos Pobres e Monte Cristo. A população benefi-ciada por esta ação do programa Água para Todos chega a cerca de 47 mil pessoas, sem contar os veranistas que ocupam essas localidades entre os meses de dezembro e de março.

Atualmente, o abastecimento de Saubara e das outras locali-dades, à exceção de São Brás e Bângala, é feito por um SIAA que capta água no rio Grande e em quatro poços. Esses ma-nanciais não possuem disponi-bilidade de água suficiente para suprir a demanda da população. Já a localidade de São Brás é abas-tecida por um sistema de abasteci-mento local cujo manancial é o rio Timbó. A localidade de Bângala, com a implantação do SIAA Acupe--Saubara, vai passar a contar com distribuição de água da Embasa. O projeto que está em execução vai integrar o abastecimento de todas essas localidades a partir da esta-ção de tratamento de água (ETA) de Santo Amaro, onde já está em construção mais um filtro.

Segundo o gerente do De-partamento de Obras de Água da Região Metropolitana, Car-los Emílio Martinez, o cronogra-ma de execução terá que ser estendido porque o projeto inicial passou por revisões estruturais no tocante à ampliação da ETA de Santo Amaro e à construção da estação de tratamento de lodo e dos reservatórios.

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Trecho de adutora

Reservatórios

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Sabendo

faltar

usar, não vai

crise hídrica registrada na Região Sudeste disparou o alerta verme-lho para a necessária mudança de postura em relação ao consumo

de água. O assunto ganhou espaço definitivo na mídia, dada sua dimensão e ur-gência, e vem estimulando a criatividade de consumidores em diversos pontos do país, mesmo onde o abastecimento ocorre com regularidade, caso da Bahia.

Bem antes de o tema ganhar os contornos atuais, entretanto, um microempresário de Banco da Vitória, distrito de Ilhéus, já havia descoberto que um simples sistema de calhas para coletar água de chuva pode possibilitar uma grande economia. Há cinco anos, a so-lução encontrada pelo fabricante de tijolos ecológicos, Claudomark Ferreira, resulta no armazenamento de 15 mil litros de água dis-tribuídos em três tanques subterrâneos. Antes do reaproveitamento, a conta de água da pe-quena indústria chegava perto dos R$ 800. Hoje, a média é de surpreendentes R$ 21. “O investimento de cerca de R$ 2 mil foi recupera-do em apenas três meses”, revela.

A água coletada é usada para descargas, limpeza e, principalmente, no processo de produção dos tijolos ecológicos, que ficam “curando” durante três semanas e precisam ser molhados quatro vezes ao dia, pelo menos. Em períodos de maior demanda, a produção é de 1.200 tijolos por dia, produto utilizado na construção de casas e equipamentos para áreas de lazer, a exemplo de churrasqueiras. Para o microempresário, custos menores sig-nificam preços mais competitivos no mercado.

Claudomark revela que ainda é beneficia-do pelo clima da região cacaueira, onde as chuvas abundantes nunca deixaram faltar água nos tanques. “Pelo contrário, algumas vezes é preciso dar descarga nos tanques por excesso de água”, conta. Servidor públi-co federal aposentado, ele viu na fabricação dos tijolos ecológicos uma resposta ao seu espírito empreendedor e uma contribuição à preservação da natureza: um sustentável complemento de renda.

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Sistema de calhas recolhe água dos telhados para armazenamento em tanques subterrâneos

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