mais além do princípio do prazer - i

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Mais Além do Princípio do Prazer - I →Texto de 1920 (1919). → Após o período da 1ª Guerra. → Retomada da Teoria do Trauma → Estatuto da Neurose Traumática → Tema da Violência volta a ser visitado.

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Mais Além do Princípio do Prazer - I. →Texto de 1920 (1919). → Após o período da 1ª Guerra. → Retomada da Teoria do Trauma → Estatuto da Neurose Traumática → Tema da Violência volta a ser visitado. Mais Além do Princípio do Prazer - I. - PowerPoint PPT Presentation

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Mais Além do Princípio do Prazer - I

→Texto de 1920 (1919).

→ Após o período da 1ª Guerra.

→ Retomada da Teoria do Trauma

→ Estatuto da Neurose Traumática

→ Tema da Violência volta a ser visitado.

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Mais Além do Princípio do Prazer - I

Supõe-se o psiquismo regulado pelo Princípio de Prazer:

– desprazer = aumento na quantidade de excitação.

– prazer = diminuição na quantidade de excitação.

P. do Prazer → deriva do P. de Constância (esforça-se por manter a quantidade de excitação o mais baixa possível, constante).

► “O máximo que se pode dizer é que existe na mente uma forte tendência no sentido do princípio de prazer.”(p.19)

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Mais Além do Princípio do Prazer - I

• P. Prazer – Método Primário.

• P. Realidade – Adiamento da satisfação, tolerância temporária ao desprazer.

► A repressão transforma uma possibilidade de prazer numa fonte de desprazer.

► Todo desprazer neurótico é dessa espécie, ou seja, um prazer que não pode ser sentido com tal.

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Mais Além do Princípio do Prazer - II

Neurose Traumática

→ Quadro aproxima-se ao da histeria.

→ Ainda sem explicação.

► Características:

– fator de surpresa, susto;

– um ferimento físico opera contra o desenvolvimento de uma neurose.

●Ansiedade, Angústia, Terror

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Mais Além do Princípio do Prazer - II

Os sonhos nas neuroses traumáticas → repetem e trazem os pacientes de volta à situação de seu acidente.

→ Sonho: Outro susto.

→ Fixado em seu trauma.

→ ?? Sonho: relizador de desejos ??

→ Condição de sonhar está perturbada e afastada de seus propósitos.

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Mais Além do Princípio do Prazer - II

O Brincar das crianças• Fort – Da (desaparecimento e retorno)– jogo com o carretel relacionado à renúncia instintual.

• Como a repetição dessa experiência relaciona-se com a dominância do Princípio do Prazer?

• A repetição da experiência desagradável na brincadeira truxe uma produção de prazer.

(Antes – papel passivo. Repetindo – papel ativo)

► Seguem ao P. do Prazer

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

Tratamento Psicanalítico

– motivo da repetição reside nas resistências do paciente.

– via transferência, as resistências são abandonadas.

– o paciente repete o que está reprimido como se fosse experiência contemporânea.

– o que é repetido diz da vida sexual infantil (C. Édipo) → atuadas via transferência.

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

→ O ICS, o reprimido, não oferece resistência.

→ A resistência é originária dos mesmos sistemas que provocaram a repressão.

► As resistências são originadas do Ego.

►E a compulsão a repetição são atribuídas ao reprimido ICS.

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

→ Se as resistências se originam do ego na tentativa de evitar desprazer → fica claro que obedecem ao p. prazer.

→ E a compulsão à repetição pode ser atribuída ao reprimido, e em oposição ao p. prazer.

→ O que é vivenciado através da compulsão à repetição é tido pelo ego como desprazeroso, pois traz à tona impulsos sexuais infantis.

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

→ A resistência do Ego funciona sob o P. do Prazer. → O Ego busca evitar desprazer com o retorno do reprimido.

→ Mas se por um lado se tem desprazer, por outro, por parte do reprimido, se tem prazer.

→ O conteúdo do que se repete, do reprimido, é fonte de desprazer e a repetição não visa, assim, reviver um momento feliz anterior.

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

► E como podemos pensar a compulsão à repetição (manifestação do ics) relacionada com o princípio do prazer?

– Chegamos a um fato novo.

– Ao contrário do que se pensava, não se tem desprazer por um lado e prazer por outro, tem-se apenas desprazer

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

• O que se repete está totalmente desligado e desvinculado das concepções do p. prazer.

Desligado = separação afeto x representação.

Manutenção dos conteúdos de forma e isolada, almejando representação.

• Essa eterna recorrência da mesma coisa não efetua a mudança de uma posição passiva → ativa.

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Mais Além do Princípio do Prazer - III

“Existe realmente na mente uma compulsão à

repetição que sobrepuja o princípio de prazer,

como também ficaremos agora inclinados a

relacionar com essa compulsão os sonhos que

ocorrem nas neuroses traumáticas e o impulso

que leva as crianças a brincar.”(p.33)

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

Freud retoma “Estudos sobre Histeria”

• A cs produz percepções de estímulos externos, assim como sentimentos de prazer e desprazer, que só podem vir do interior do aparelho psíquico.

► Sua localização seria na fronteira do interior com o exterior.

Page 15: Mais Além  do  Princípio  do  Prazer - I

Mais Além do Princípio do Prazer - IV

• Imaginando um organismo vivo, o mais simples

possível, sendo constantemente bombardeado por

excitações provenientes do mundo exterior, cabe

imaginar também que a camada mais superficial

desse organismo será modificada de forma a receber

esses estímulos e passá-los para o seu interior,

agindo como uma camada protetora. Essa seria uma

maneira de sobreviver às excitações constantes.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

•Transferindo essas idéias para o sistema consciente, equivaleria a dizer que seus elementos foram modificados o máximo possível, a ponto de darem origem à consciência.

• Essa camada superficial, ou o sistema consciente, também recebe excitações de camadas mais profundas de seu interior, e que dão origem às sensações de prazer-desprazer. Esses sentimentos revelam o que está acontecendo no interior do aparelho mental e predominam sobre os estímulos externos.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

• Diante de grande quantidade de excitação e aumento do desprazer o sistema consciente tende a tratá-las como se viessem de fora, se protegendo e criando defesas contra elas.

• Quando uma quantidade de excitação de fora é forte o suficiente para passar por essa barreira de proteção tem-se ► trauma.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

→ Provoca um desequilíbrio no funcionamento do aparelho o que aciona todas as defesas possíveis.

→ Há um excesso de excitação, em outros termos, de energia livre que precisa ser ligada, vinculada ao psiquismo para diminuir a tensão e o desprazer provocados.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

►Para que o princípio do prazer entre em ação é

necessário que haja um controle anterior sobre

essa energia, uma preparação, funcionando

independente dele, de forma mais primitiva e

precedente. A repetição seria a forma do

organismo controlar o excesso de energia.

Page 20: Mais Além  do  Princípio  do  Prazer - I

Mais Além do Princípio do Prazer - IV

→ É como se o aparelho mental fosse pego de surpresa, impossibilitado de sentir, até mesmo, medo e angústia.

→ Aqui a angústia aparece como um estado de defesa, responsável por deixar o organismo em estado de alerta e em prontidão para aquilo que é sentido como ameaça.

→ Angústia é um afeto alojado nos processos primários, ainda não representado, mas que ambiciona representação.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

→ Os sonhos são realizações de desejos inconscientes e obedecem ao princípio do prazer.

→ Os sonhos de pacientes que sofrem de neurose traumática não respondem ao mesmo princípio.

→ Retomam, desenvolvem a ansiedade necessária num esforço de dominar o estímulo, para num segundo momento possibilitar o trabalho do princípio do prazer.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

• A repetição que ocorre na neurose traumática e visa à dominação da excitação, transformando a energia livre em vinculada, é independente do princípio de prazer.

• Nesse caso a compulsão à repetição despreza o princípio de prazer, é antagônica a ele, e por isto mesmo, mais primária e mais propriamente pulsional.

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Mais Além do Princípio do Prazer - IV

• A compulsão à repetição – como o que domina o organismo na busca de apreender algo da experiência traumática, alheia ao sujeito – é uma manifestação da força da pulsão de morte, desse princípio de desligamento.

• Com o fracasso na proteção do psiquismo há um empobrecimento de funções mais complexas, o ego abdica a suas funções de ligação, aos processos secundários.

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Mais Além do Princípio do Prazer - V

• E por que Freud considera que a compulsão à repetição seria mais pulsional que o prazer?

“Parece, então que um instinto é um impulso, inerente à vida orgânica, a restaurar um estado anterior de coisas(...)”(p.47)

Page 25: Mais Além  do  Princípio  do  Prazer - I

Mais Além do Princípio do Prazer - V

Supondo que todos os instintos são conservadores, tendem à restauração de um estado anterior de coisas, e que algumas marcas causam modificações que são repetidas por trás do que parece ser uma força tendente ao progresso

↨ tem-se que o objetivo final é retornar ao anterior. Se tudo que é vivo morre, o objetivo da vida é a morte.

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Mais Além do Princípio do Prazer - V

►Freud diz que nem todas as partes do organismo fazem esse caminho para a morte.

► Os instintos que propiciam essa ligação e se opõem à repetição se apresentam sob o signo de Eros, e são pulsões sexuais.

► Essas duas pulsões trabalham juntas e impõem um ritmo de movimento vacilante e inconstante ao organismo.

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Mais Além do Princípio do Prazer - V

► Com o conceito de pulsão de morte a idéia de uma força de destruição se torna constitutiva ao próprio sujeito e ocupa lugar central na teoria freudiana.

► Os fenômenos vistos como violentos ganham um novo olhar.

► Antes alheios e inconcebíveis de serem relacionados à condição humana ↔ agora são vistos como manifestação do conflito entre a vida e a morte, que se trava no interior do sujeito.

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Mais Além do Princípio do Prazer - V

• No conflito psíquico, a luta deixa de ser travada entre as pulsões sexuais e as pulsões de auto-conservação do eu, entre a sexualidade e a realidade, entre princípio do prazer e o princípio da realidade. • A luta passa a acontecer dentro do próprio sujeito, entre uma força que tende à vida e outra que tende à morte.►A questão da violência é colocada como central ao sujeito e à própria construção teórica da psicanálise.