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festival internacional deteatro de rua

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imaginarius

alfredo henriquespresidente da câmara municipalde santa maria da feira

A criação artística local continua a ser uma dasgrandes apostas do Imaginarius e tem contribuído,de forma decisiva, para a afirmação de Santa Mariada Feira como Cidade e Município criativos, ondediariamente emergem novos talentos em diferentespatamares da arte e cultura.

Não é a primeira vez que acontece, seja no âmbitodeste Festival ou de outros eventos culturais dereferência, mas nesta edição do Imaginarius a cria-ção artística local e o património juntam-se numasimbiose perfeita. A apresentação da co-produçãoBanda Sinfónica de Jovens de Santa Maria daFeira / companhia feirense All About Dance nonosso emblemático Castelo constituirá mais ummarco importante na afirmação do nosso territórioe da nossa já bem vincada identidade cultural.

A vertente formativa, que em cada uma das ediçõesenvolve a comunidade local em diferentes projectosdo Festival, centra-se este ano nas crianças e jovensdas escolas do Concelho, convidados a participaractivamente em três projectos artísticos, reforçandoa capacidade criativa local e incutindo nas novasgerações o gosto pelas artes de rua.

Nesta 11ª edição, e pelo terceiro ano consecutivo,o Imaginarius volta a assumir-se como palco privile-giado para artistas e criadores emergentes de todoo mundo que, no âmbito do Mais Imaginarius, têma possibilidade de partilhar o mesmo espaço deconceituadas companhias nacionais e internacionaisde teatro de rua, encontrando aqui, na Cidade eno Festival, uma oportunidade única para mostrare promover as suas criações.

Seja bem-vindo ao Imaginarius!

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imaginarius

renzo barsottidirector artístico festival

As coordenadas democráticas encontram noespaço público o seu melhor aliado. Imaginariusmostra a realidade como poderia ser, de formaque podemos repensar aquela em que vivemostodos os dias.

É um projecto cultural caracterizado por umaforte componente de clandestinidade, sempreem fuga dos pontos de bloqueio do conformismo.

Uma lufada de sinceridade generosa numa sociedadecomo a actual, cada vez mais perigosamenteautoreferenciada e falsa.

Aqui está todo o sentido do investimento público.Porque a cultura custa, mas a incultura custaainda mais.

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Espectáculo de encerramento do ciclo “Poéticada Casa”, “Mansarda” instala-nos nesse lugar entrecéu e terra - o sótão, as águas-furtadas -, propon-do-nos uma súmula de várias ideias de casa. Umasúmula de memórias vivas, feitas de terra, ar eágua, com a forma redonda do tempo solar: dia,noite, Inverno, Verão.

As linguagens das imagens e das emoções, docorpo, dos objectos, da música são a base destenovo manifesto poético que, sem palavras, querfalar da importância da preservação da memóriae do devaneio.Os escritos de Bachelard e os desenhos, as escul-turas e as instalações de Louise Bourgeois foramo ponto de partida para um diálogo com múltiplosautores: Tonino Guerra, Miguel Torga, Cesare Pavese,Mia Couto, Chagall, Dussaud… A máscara, a dançacom cadeiras, cântaros, ramos, palha, a música dassanfonas e sanfonelas, a voz e o canto, algumas dasmatérias base no trabalho de improvisação teatral.Sucessão de quadros que podem ter diversasleituras, a obra abre-se às histórias singulares decada espectador.

ficha técnica e artística

criação colectivadirecção artística: André Braga e Cláudia Figueiredo

direcção e concepção plástica: André Bragadramaturgia: Cláudia Figueiredocomposição musical: Alfredo Teixeirarealização plástica: Nuno Guedes · Carlos Pinheiro · SandraNeves · Américo Castanheira · Inês Mariana Moitasdesenho de luz: Cristóvão Cunhadesenho e operação de som: Harald Kuhlmann

interpretação: Ana Madureira · André Braga · Graça Ochoa · InêsOliveira · João Vladimiro · Mafalda Saloio · Patrick Murys

produção: Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santoscoordenação técnica e operação de luz: Francisco Tavares Telesdirecção de cena: Ana Carvalhosapalco e montagem: Nuno Guedes · Carlos Pinheiro · Nuno Brandão

co-produção: Circolando, Próspero - Projecto Plurianual deCooperação Cultural, Centro Cultural de Belém e Teatro NacionalSão Joãoresidência de criação: Teatro Virgínia

circolando é uma estrutura subsidiada pelo: Ministério da Cultura/ Direcção Geral das Artesoutros apoios: IEFP / Cace Cultural do Porto

duração: 75'

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‘mansarda’adaptação ao ar livre

circolandoportugal

© P

edro

Dav

id

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the dirty brothersaustrália

‘the dark party’

Os The Dirty Brothers são Shep Huntly, The GreatGordo Gambsy e Dirty Patrick Bath.Shep Huntly foi membro do revolucionário HappySideshow e é um convidado assíduo do “Sideshow”do canal de televisão ABC. É igualmente um vete-rano do Festival Fringe de Edimburgo, onde vaihá mais de 12 anos.Great Gordo Gambsy é uma das estrelas ascen-dentes de circo que explora as suas performancescom uma atitude diabólica e com uma vontadede revolucionar os limites do humanamente possível.Dirty Patrick Bath é como um enigma: de dia éum palhaço para crianças imaculado e de noitetransforma-se no mais louco de todos os irmãos.Tendo já sido uma rock star, encontrou actualmentea sua verdadeira vocação que é ser um DirtyBrother.Os Dirty Brothers, palhaços kamikazes, formamuma aliança de rebeldia que, quebrando todas asconvenções e criando invenções, mostram-nosnovos limites para números de circo.

“The Dark Party” é uma fusão completamentenova de acrobacias e comédia contemporânea.Inspirando-se em cinema art-house e no espíritodo punk rock, The Dirty Brothers criaram uma no-va forma de teatro, extrema e visceral.Espadas, pistolas de agrafar, serrotes, ferramentaseléctricas e baterias de carro são apenas algunsdos coadjuvantes deste paraíso enlouquecido.Do surreal ao sublime e simplesmente engraçadoeste é um evento teatral como nenhum outro.Pense que Samuel Beckett encontra os meninosChoque Tóquio e faz um filme mudo.

ficha técnica e artística

intérpretes: Great Gordo Gambsy · Dirty Patrick Bath · Shep Huntly

duração: 45'

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co-produção banda sinfónicade jovens de santa maria dafeira e all about danceportugal

‘distorction’ criação imaginarius

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Banda Sinfónicade Jovens de Santa Maria da FeiraEm 1998 foi criada uma formação musical, a BandaSinfónica, tendo sido convidado para integrar adirecção deste projecto o professor Paulo Martinsque, desde 1998 até 2004, assumiu as funçõesde Maestro Assistente da Orquestra e Banda Sinfó-nica de Jovens de Santa Maria da Feira.No ano de 2004, a Câmara Municipal de SantaMaria da Feira juntou-se ao Conservatório de Músi-ca de Fornos, às Academias de Música de SantaMaria da Feira e de Paços de Brandão e às BandasFilarmónicas do Concelho para formalizarem aconstituição da Associação Orquestra e BandaSinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, cujopropósito é o desenvolvimento da música no Con-celho de Santa Maria da Feira e a gestão artísticadeste projecto.

Companhia All About DanceA companhia All About Dance é uma companhiade dança semi-profissional, sediada em Santa Mariada Feira desde 1997, constituída por 20 bailarinos(10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino), to-dos eles com idades compreendidas entre os 17e 31 anos.Tendo vencido nos últimos 5 anos todos os cam-peonatos de dança Hip Hop existentes em Portugal,venceram um campeonato em Itália e participaramem campeonatos em outros países como grupoconvidado. Actualmente, a companhia All AboutDance tem centrado toda a sua atenção e esforço

no trabalho de palco. Foram Semifinalista do con-curso “Portugal tem Talento 2011”.

‘Distorction’Criação de raiz de um espectáculo multidisciplinar,envolvendo as componentes da música, dança,arte cénica e electrónica.A temática de Distorction assenta na relação entreas estruturas urbanas contemporâneas e a espiri-tualidade vigente. São abordados de forma estiliza-da os conceitos de perversão social, sexualidade,terror e magnificência. Em termos estruturais, Distorc-tion assenta em cinco quadros orquestrais separa-dos por interlúdios de criação electrónica/sonic art.A intersecção de obras acústicas amplificadas emeios electrónicos de produção musical constituirãoa paleta sonora. O mesmo acontecerá em termosvisuais entre a companhia de dança e a arte digital.

ficha técnica e artística

co-produção: Banda Sinfónica de Jovens de Santa Mariada Feira / Companhia All About Dancedirecção artística e maestro: Paulo Martinscomposição: Carlos Pires Marquesdirecção de produção e conteúdos: Henrique Portovedodirecção técnica e som: Miguel Marquesdirecção técnica e luz: Ivo Pratacoordenadora executiva: Sílvia Pintologística e produção executiva: Câmara Municipal de SantaMaria da Feira/Feira Viva Cultura e Desporto EMprodução executiva: Associação Orquestra e Banda Sinfónicade Jovens de Santa Maria da Feira

duração: 80'

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percussioni dadadangitália

‘parata, fase IV’ as cores do ritmo

Percussioni Dadadang nasceu de uma ideia deVittorio Pança, iniciada em Bergamo em 1985. Oalvo do trabalho artístico é a síntese do movimentoe do som, entre o ritmo visual e sonoro.A primeira produção, "Parada para Percussõesitinerantes", performance itinerante ainda no palco,fez a sua estreia no Festival Internacional de Teatro,Música e Dança "Sonavan ... le vie dintorno" eobteve imediatamente opiniões favoráveis, tantodo crítica como do público.Após o sucesso de "Parata", a investigação evoluipara outros campos, tanto ao ar livre como em mú-sica de câmara, a partir de performances com per-cussões como "Oraritmos" e "Percussioni Verticali"como coreografias, como "Bolero Rue".O grupo terminou agora o trabalho de dois novosprojectos: "Drams" e Fase IV do procjeto "Parade".

‘Parata, Fase IV’ é uma performance itinerantee representa um momento ritual baseado em co-reografias em que o gesto e ritmo trabalham emconjunto para alcançar um "ritmo global". As más-caras tem um importante papel cenográfico, poistransformam os dez percussionistas em elementosde uma "máquina Dadadang".A performance fez a sua estreia em 1985 na oca-sião"... le vie Sonavan dintorno" do Festival Inter-nacional de Teatro, Música e Dança em Bergamoe obteve críticas muito positivas, tanto da críticaespecializada como do público.A partir de então o espectáculo "Parata" foi realizadomais de 500 vezes nas cidades e festivais mais

importantes na Europa, como Paris, Milão, Bruxe-las, Berlim, Roterdão, Londres, Marselha, Edimburgo,Nápoles, Moscovo.Em 1993, o projecto de Dadadang foi reformuladocoreográfica e cenicamente e recebeu o premio"Crystal du Spectacle 1993", com o reconhecimentodo júri (presidente Jerome Savary) para o projectomais original e inovador em figurinos.

As cores do ritmoO grupo Dadadang, em colaboração com escolase associações do Concelho, formará uma paradamarcada por ritmos de percussão em movimento.O trabalho será pontuado por encontros entreelementos do grupo e alunos das seguintes escolase instituições: EB2/3 Argoncilhe, EB2/3 Paços deBrandão, EB2/3 Fiães, Colégio Liceal de SantaMaria de Lamas, EB1 Aldriz - Argoncilhe e Associa-ção AMAR - Rio Meão

ficha técnica e artística

interpretação: Alberto Bucci · Davide Mallia · Vittorio Panza ·Alessio Riccio · Filippo Sala · Paolo Saltarelli · Robi Pezzotta · CarloAttolini · Luigi Radassao

duração: 45'

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Kto Theater é um teatro na estrada. Os seus espec-táculos foram vistos por mais de um milhão e meiode pessoas.

The BlindO argumento desta apresentação ao ar livre é ins-pirado no romance “Ensaio sobre a Cegueira”,best-seller do vencedor do Prémio Nobel PortuguêsJosé Saramago.O que parece ser ficção hoje pode tornar-se reali-dade amanhã. As pessoas perdem a sua visão emcircunstâncias inexplicáveis. A epidemia espalha--se tão rápido que toda a gente se torna impotente.Isso leva ao pânico que invade o mundo aparente-mente ordenado, criando o caos. As autoridadestentam isolar rapidamente o primeiro grupo depessoas cegas num asilo psiquiátrico. A comunida-de isolada começa a definir suas próprias regras.Algumas pessoas tornam-se opressores e algumasdas suas vítimas, superiores e subordinados. E sóuma pessoa sabe que nem todo mundo é cego...A produção The Blind é um estudo chocante dacondição humana.

"(...) Logo após o primeiro grito, Zon continuaacelerando o ritmo. Ele constrói uma hora esmaga-dora. Imagem após imagem... há cada vez maise mais loucura em cena. Ventos fortes varrem apoeira do chão. Músicas cada vez mais cruéis fa-

zem a cabeça latejar até ao final, quando umamulher de vermelho está numa cama com a mãono ar. Ela está a olhar (...). Como se ela fosse verifi-car se a cidade perdida está a voltar para ela a partirda brancura ou não. Não? Sim? Não. Ela não vaivoltar.É por isso que (...) é uma obrigação para ir vê-lo.Perceber. Perceber a todo o custo ".Por Glowacki Pawel, Dziennik Polski

ficha técnica e artística

dramaturgia, encenação e direcção musical: Jerzy Zoncenografia: Joanna Jasko-Srokafigurinos: Inês de Zofia · Joanna Jasko-Srokacoreografia: Makohon Erykintérpretes: Bondaronek Karolina · Anna Jaworska · AnnaKamykowska · Danuta Kulesz-Rózycka · Slowicka Agata · GrazynaSrebrny Rosa · Swaltek Urszula · Barbara Wysoczanska · KatarzynaZawadzka · a ZON Marta · Bartosz Cieniawa · Michal Orzylowski· Pakosz Alan · Pater Szymon · Plewinski Adam · Tomasz Urbanski

duração: 60'

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kto theaterpolónia

‘the blind’

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Theater Tol foi fundado em 1998 e é uma compa-nhia de teatro de Antuérpia (Bélgica). O grupo utilizaimagens, movimento e música, e raramente a pala-vra. Um determinado local é normalmente o pontode partida para um espectáculo. As característicasfísicas do local, bem como a sua história e contextosocial são a inspiração de Teatro Tol para a criação.Teatro TOL reúne escultores, músicos, dançarinose actores. A companhia não se apresenta em salasde espectáculo convencionais, preferindo espaçosnão convencionais como zonas industriais, parques,praias, margens de um rio, uma fortaleza ou umcastelo... Na montagem do espectáculo, as carac-terísticas do local são integradas na apresentaçãodo próprio espectáculo.Teatro Tol já foi apresentado na Bélgica, Holanda,Espanha, Grécia, Polónia, Alemanha e Áustria.A companhia tem igualmente como missão a realiza-ção de workshops e oficinas interdisciplinares parajovens artistas.Teatro TOL trabalha os detalhes, a poética, numacomunicação sem diálogo, mas com uma linguagemvisual original e incomum. Durante os espectáculoso público vê-se confrontado com contos de fadas,objectos e com eles próprios.

Corazón de AngelesLeveza e alegria são os temas mais importantesneste espectáculo sobre um casamento. Um

casamento em que o casal come, dança, voa.Eles estão apaixonados e rodeados por boascompanhias: os músicos e criaturas de contos defadas. Os anjos - os protectores, os sonhadores,os sábios - são o grande presente para o casalrecém-casado.Hoje, na nossa cultura, as noivas levam um bouquetde flores. Originalmente era apenas um monte deespeciarias, usadas para expulsar os fantasmasdo mal para fora do casamento. Em Corazón deAngeles, a noiva não recebe um bouquet paraexpulsar o mal, mas os anjos para manter o bem.A audiência será convidada para o casamento.Queremos tocar o público e fazê-lo feliz. Paraproporcionar uma noite inesquecível.

ficha técnica e artística

ideia original, concepção e direcção artística: Lot Seuntjensmúsicos: Annemie Van Daele · Wouter de Belder · Yaso RomeroFernándezcoreografía: Aline Deleubailarinos: Aline Deleu · Loes Buenen · Julia Mitomiartistas áereos: Elfje Duchateau · Els Aerts · Martine Varndervelden ·Thomas Vreriks · Stefaan Cleirenfigurinos: Lisette Hensttécnico de luz: Philippe Devauxtécnico de som: Yvan de Meyerdirector técnico e efeitos: Werner Musenbrockgestão e produção: Carmina Escardó

duração: 40'

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theater tolbélgica

‘corazón de angeles’

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ARTES VISUAIS E PERFORMATIVASNa 3ª edição, o Mais Imaginarius Arte Pública assume-se como uma plataformacriativa destinada a apoiar e apostar na visibilidade de linguagens emergentes,sem distinção quanto aos meios de expressão. Como tal, apresenta-se noformato de um evento cultural alternativo de excepcional transdisciplinaridadeestética, de actualização, percepção e vivência do espaço público.O Mais Imaginarius evidencia o relacionamento da prática artística na dinâmicacultural do território, instaurando um processo colectivo de conhecimento. Estecontexto de transformação qualitativa do domínio público, cujo efeito multiplicadortem que se acentuar, faz da cidade um espaço consciente do privilégio deintercâmbios e da sua própria produtividade.Assim, a par da programação oficial, convidamos o público do Festival a descobriras manifestações artísticas cujas sinergias pontuam o centro histórico e tecem(re)leituras da sua urbanidade.

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O grupo Guixot de 8 fundou-se no ano 1991, nalocalidade de Tona (Barcelona). O seu principalobjectivo é a reciclagem de resíduos que se conver-tem, através do trabalho artesanal e da imaginação,em utensílios com novas possibilidades de utilização.

Recycled games outdoor é uma instalação commais de 30 jogos construídos com materiais recu-perados. Pretende-se que o público perceba deforma prática que estas construções lúdicas sãode fácil execução. Neste sentido, estão construídoscom materiais e peças identificáveis. Cada jogo

apresenta um desafio para que todos possam ex-perimentar as suas diferentes habilidades.Reciclagem artística, criatividade, imaginação…são as palavras mais adequadas para descreveresta apresentação lúdica e interactiva.

ficha técnica e artística

criação: Joan Rovira Boix · Martí Rovira Tordera

duração: 180'

guixot de 8espanha

‘recycled games outdoor’

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Claudia Vásquez Gómez nasceu em Santiagodo Chile em 1981. Licenciada em Artes Visuaispela Universidade do Chile. Em 2006, na Faculdadede Ciências da Universidade do Chile, faz umagraduação em “Teoria biológica do conhecer e dacomunicação humana”, transformando esta discipli-na no motor substancial da sua concepção devida e da poética no âmbito artístico. A partir destemomento, especifica o campo discursivo dos seustextos, seleccionando e disponibilizando para oseu processo de criação as considerações queprocuram evidenciar “a urgente necessidade derevalorizar a experiência do mundo”, nas palavrasde Francisco Varela.

Com Palavras de Rua Claudia Vásquez realizatrês acções performativas, uma em cada dia dofestival, representando no pavimento três textoscom pedras de pequeno formato. “Eu estou per-dido”, “Você tem a certeza” e “Está entre as linhasda fronteira e não se atrevem a dizer-lhe” são as

citações seleccionadas para a implementação des-te projecto, sendo a última da autoria da escritoraespanhola Beatriz Millares.

ficha técnica e artística

criação: Claudia Andrea Vásquez Gómezagradecimentos: Cristián Mena · Susana Gómez · ConstanzaCabrera · María Angélica Trujillo · Pedro Pablo Torres · Jaime Frene

duração: 180'

claudia vásquez gómezchile

‘palavras da rua’

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Colectivo Enfarte é um grupo de artistas multi-disciplinar que privilegia o carácter espontâneo,auto-organizativo e informal da intervenção artísticaindependente como meio para expressões sensi-tivas, emocionais, sociais e políticas da sua exis-tência/habitat. Nascem sob esta encarnação, noinício de 2011 em Barcelos, com o objectivo principalde dar vida à Enfarte - zine d'artes e letras, publica-ção aberta dedicada à expressão artística de autor.

Sala de enfartes para vidinhas low cost é umprojecto de intervenção artística multidisciplinarem espaço público, que propõe adaptar os con-teúdos da publicação Enfarte - zine d'artes e letrassob a forma de diversos meios da expressãoplástica, performativa e visual, assim como criarnovos conteúdos a partir do conceito fundamentalda zine: Enfarte, estar farto, ponto de colapso,ebulição, farsa, acção/reacção, excesso. Propõe,pois, uma zine que foge das páginas de papel ese propaga numa loja abandonada/desocupada,

bombardeando o público com questões, respostas,pensamentos avulso, desabafos, contra-informação,crítica, ambiguidade e clareza. Uma intervenção/ac-ção em espaço público, apresentada sob a formade instalação fragmentada: vídeos, pintura, dese-nho, ilustração, slogan, cartaz, happening, espaçoaberto a discursos e discussões.

ficha técnica e artística

criação: Miguel Ferreira · Andreia Ruivo · Vasco Santos · Sineiro· Sofia Sarmento · Mário J. Negrão · Susi Campinho · Leonel Coel

duração: 240'

enfartecolectivo de intervençãoartística e acção políticaportugal

‘sala de enfartes para vidinhas low cost’

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Alex Campos é realizador, performer, fotógrafo,ocupa, documentalista, nómada e sonoplasta.Trabalha com performers, artistas, cegos, coreógra-fos, favelas, prostitutas, indígenas e autistas. Osseus documentários foram projectados em Doclisboa[PT], Krakow film festival [PL], Mil metros bajo tierra[VE], entre outros.

A instalação audiovisual Olhares Nómadas naÁsia é o resultado de um projecto comunitárioque envolveu oito realidades locais do continenteasiático. Entre o Japão e a Índia, durante oito me-ses, Alex Campos com uma câmara e uma hamacaencontrou uma vontade de contar histórias, neces-sidades e problemáticas, para além de partilhar aalegria e percepção do mundo. Em bicicleta, auto-carro, comboio, a pé, à boleia, canoa, ferry... aoencontro de comunidades, tribos, mosteiros, ong's,aldeias, grandes cidades... integrou no processocriativo o quotidiano das pessoas. Nomadizandoo olhar. O encontro: sementes, raízes e potencial.

Concluídos os documentários, seguiu-se a criaçãode um novo dispositivo para que os espectadorespudessem viajar de forma mais onírica e livre, inte-grando-os como corpos nómadas suspensos emhamacas. Um encontro de olhares, de corpos,em que se questiona o que é ver e ser visto. Flu-tuando no espaço, caídos em hamacas, viajaremospor estas oito estações.

ficha técnica e artística

direcção e realização: Alex Camposedição: Anouk Devillé · André Tasso · Max Rosenheim · AlexCampospós-produção de imagem: Alex Campospós-produção de som: Miguel Cabralbanda sonora original: Lost in sound (Alban Nicolaas Haal · AndreTasso · Alex Campos)acompanhamento artístico: Ainhoa Vidal

duração: 60'

alex camposportugal

‘olhares nómadas na ásia’[instalação flutuante]

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A companhia Ne me títere pás surgiu em 2006,fruto da colaboração de duas companhias já exis-tentes: Oizque de Xesco Quadras e a CompanyiaPomodoro de Miquel Nevado e Eva Montero.

O Circo Circumloqui montou o seu palco em ci-ma de um veículo motorizado, dispondo-se aactuar para todo o povo. Um músico e um palhaçoencarregam-se de apresentar diferentes números:magia e equilíbrios, o homem forte, o domadorde feras e ainda o Bebé Bala, o único capaz devoar mais de 50 metros.

ficha técnica e artística

títere: Xesco Quadrasmúsico: Miquel Nevadodirector: Jordi Farrésassessoria artística: Ton Muntanerfigurinos: Mireia Buyó e Ilu Sanchoassessoria cenográfica: Antigua&Barbudaconstrução cenográfica: Xesco Quadrasmúsica: Miquel Nevadodesign gráfico: Eva Monteroprodução: Associació d'espectacles Oixque com a colaboraçãode Co NC A

duração: 60'

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ne me títere pásespanha

‘circumloqui’

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Isaurel é uma companhia franco-portuguesa, se-diada em França, fundada em 2009 por IsadoraBranco e Aurélien Chaillou, que trabalha a rua co-mo espaço de pesquisa, experimentação, encontroe apresentação. Estes dois artistas encontraram-se em França, na FAAAC (Formação Alternativae Autogerida de Artes de Circo 2006/2008). Apósexperiências em colectivos como a Cie Branle-bas,em França, e FIAR-CAR (Festival Intern. e Centrode Artes de Rua em Palmela), criam a própriacompanhia para provocar encontros e desenvolvera sua pesquisa de circo/dança.

Terra é um espectáculo de circo/dança, em tornode e sobre uma árvore.«Encontro sob chuva de argila, diálogo de corpos.Tocar, roçar, confrontar, afrontar, largar, deixar, pas-sar, voltar, equilibrar, harmonizar…Construir em conjunto.Corpos de hoje deambulando no passado…Corpos antigos que vivem ao meu lado e que vive-ram todas as transformações da terra.Evoluindo sobre, como e com a terra.

Transformação devido ao trabalho e a matéria, umcorpo por vezes animal,por vezes máquina escapando-se nos ares parauma dança suspensa.... e as linhas espessas dos campos que sobempara a árvore.»

ficha técnica e artística

intérpretes / criadores: Isadora Branco · Aurélien Chailloucenografia / figurinos: Lionor Dupicolhar coreográfico: Branco Potocancriação musical: Anthony Delestre · Franck Beaumardcriação de luz / régie: Adrien Talongrafismo: Adèle Beauvineauprodução: Un Pas De Côtéco-produção: TFC Chemilléfotografia: Vincent Point

duração: 40'

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cie isaurelfrança

‘terra’

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A companhia de teatro de rua e circo Los Kikolasfoi criada em 2001 por Quique Méndez e Kike Se-bastián, com formação em diversas técnicas circen-ses, especializando-se em técnicas malabarescombinadas com outras artes, acrobacias, magiae música. Desde 2005, fazem parte da Asociaciónde Artes Escénicas de Burgos e desenvolvem opróprio trabalho no Centro de Creación EscénicaLa Parrala.

Um espectáculo de circo, teatro e humor gestual.Uma personagem sem palavras, que desperta umar de nostalgia.Um jogo com a cena, os objectos e o público.Com esta premissa de jogo, e através de técnicascomo o teatro gestual, comédia slapstick ou dife-rentes piadas visuais, Sin Remite introduz-nosno seu mundo particular e aproxima-nos de umofício cada vez mais distante.Utiliza várias técnicas de circo, manipulação deobjectos, malabares e um sem fim de soluçõespara os conflitos que se levantam, que o levaminclusive a introduzir-se num balão gigante.

Um espectáculo mudo de circo teatro, programadonos festivais Humoris Mollerussa, Muces, ARCA.Inspirado no cómico Frances Jacques Tati e a suacurtametragem L´Ecole du Facteurs (1947).

ficha técnica e artística

direcção: Los kikolasiluminação: Susana Alonsotécnico de som: Enrique Sebastiancenografia: Francisco Porrasfigurinos: el pozo amarilloadereços: Taller Guirigay · Saul Velazquezfotografia: Beatriz Merino

duração: 50'

‘sin remite’ los kikolas circo teatroespanha

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Kyung Ae Ro graduada em dança pela SuwonUniversity in Korea. Trabalhou durante cinco anoscomo bailarina no Laughing Stone Dance Company,uma das companhias mais destacadas de criaçãocontemporânea da Coreia do Sul. Mais tarde, iniciao seu trabalho coreográfico no EDDC em Arnhem(Holanda). Em Bruxelas, funda a associação EVEvzw com Sara Manente, Jaime Llopis, Marcos Si-mões, Norberto Llopis e Varina Cantovila. Actual-mente, vive na Coreia, continuando a colaborarcom EVE vzw.

Unspecific Language é uma peça de dança so-bre a negação, com o objectivo de apresentar umanova perspectiva do próprio conceito e da acção.Negação é uma palavra, gesto, expressão quesignifica 'não', e é de facto uma situação de fracas-so ou prejuízo. Mas, quando interpretado de outraperspectiva, encontra-se uma nova possibilidade.

Reúne diversos termos negativos, como desequilí-brio, desconforto, instável, etc, cujos prefixos, “des”ou “ins” transformam o significado de uma palavrano seu oposto. Todavia, não os aplicaram para odesequilíbrio, mas antes para criar outra noção deequilíbrio. Esta performance apresenta-se, assim,como uma ferramenta de negação que ofereceum modo diferente de pensar e fazer, tentando en-contrar uma outra linguagem a partir das possibilida-des erradas.

ficha técnica e artística

direcção conceptual: Kyung Ae Rocriação performativa: Eon Jin Jeong · Hee Seung Lee· Rai Kyung Leemúsica: Sang Tae Jin

duração: 50'

‘unspecific language’ kyung ae rocoreia do sul

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Van Nguyen nasceu no Vietnam. Com três anosde idade emigra para Itália, onde permanece 25anos. Actualmente vive no Porto, onde aprendeue tem praticado tecido acrobático. O seu percursoestá vinculado à aplicação desta técnica circenseao teatro e à dança butoh, tendo já passado porIstambul, Porto, Lamego, Lisboa, Setúbal, Lagos,Vila de Conde, Santa Maria da Feira e Ponta Delgada.

Água e Vento, Sonho e Paixão. Às vezes trazemreminiscência de uma antiga chamada. A do mar.Nordwest é uma performance de dança aéreaem tecido vertical, acompanhada por som e imagem,que reproduz a atmosfera e as emoções de umavida no mar.

O barco que, no seu despertar, é chamado pelomar e inicia a sua viagem sugere uma metáforade transformação/metamorfose de um ser humanodurante a viagem da sua própria vida.

ficha técnica e artística

direcção / interpretação: Van Nguyenmúsica / vídeo: Pedro Leitão

duração: 25'

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van nguyenportugal

‘nordwest’

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Rute Esteves formada como bailarina profissionalna Escola Profissional Balleteatro. Em 2010 é selec-cionada para A Nova École des Maîtres - EdiçãoXIX. É criadora, coreógrafa e intérprete de No titleNo end - estágio internacional Inov-Art; ShowOff,como co-criadora e intérprete - financiado peloMinistério da Cultura e NEC - Núcleo de Experimen-tação Coreográfica; Diário de um Corpo - PortoCapital Europeia da Cultura 2001 - Festival Interna-cional de Dança Invicta Cidade que Dança.

Para o conceito de No title No end serviu-se co-mo ponto de partida a reflexão sobre a exposiçãoda intimidade na vida pública da sociedade contem-porânea. Questionou-se sobre a importância atribuí-da à visão dos outros na vida íntima de um indivíduoe na vida do performer, como também das distân-cias que existem ou não entre o performer e o es-pectador. Articulamos o conceito de “vida” comouma repetição infinita que nunca conquista umlugar - as acções quotidianas servem-se de repeti-

ções constantes para atender aos nossos propósitos,sendo que o núcleo da “vida” reside precisamentena diferença e na repetição, nas estruturas cíclicase na variação contínua.

ficha técnica e artística

direcção artística e concepção: Rute Estevesintérprete e coreografia: Rute Estevesagradecimentos: Hans Schnitzler · JimJak · Pedro Hugo Carmo· Josep Tobella · Victor Molina · Ricardo Brito · Ricardo Graça ·Luís Miguel Félix · Rita Machado

duração: 20'

rute estevesportugal

‘no title no end’[itinerante]

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Paulo Morais tem vindo a desenvolver ao longoda sua vida diferentes formações, experiências esensibilidades, destacando-se a Música, as ArtesPlásticas e a Fotografia como as áreas em quemais tem trabalhado.

Caminho de Bicho é uma instalação sonora emdesenvolvimento, que conduz o espectador atravésde um percurso sonoro e visual, cuja composiçãovai crescendo por acumulação de diversas sonori-dades e imagens. Desenvolve-se de um modointuitivo e intimista, explora a capacidade de escutae experimentação do performer.Como uma pedra que cai num lago, a acção acon-tece provocando uma ondulação que se repercutee influencia toda uma trajectória de sentidos. Oprojecto tem, assim, como ideias base o aleatório(acontecimento) e a repercussão da acção feitana definição de um caminho. O som funcionarácomo o rasto ou a memória de uma acção passa-da, mas permanentemente actualizada no presente.

ficha técnica e artística

criação: Paulo Moraisdesenho de luz: Teresa Acevedo

duração: 35'

paulo moraisportugal

‘caminho de bicho’

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H2Watts é uma criação de César Estrela e SandraCorreia que surge no desenvolvimento de um ou-tro projecto, de nome “artífices do arco-íris”, elabora-do para a edição de 2010 do Mais Imaginarius.Dessa experiência levantou-se uma quantidadede questões que precisaram de ser resolvidas econsolidadas, tanto no âmbito técnico como esté-tico. Assim, reestruturaram-se algumas ideias basedesse projecto configurando-se progressivamenteneste novo trabalho. Esta experiência teve estreiano espaço WIPs (work in process) do Festival Inter-nacional de Marionetas do Porto.

H2Watts é escultura inserida em espaço cénico,matéria animada, um ensaio em work in process

de carácter intimista que privilegia a experiênciasensorial. Visando o exercício plástico, procuram--se potencialidades expressivas de “matérias”,sobretudo, água, luz e som, que manipuladas ecombinadas criam composições visuais e sensíveis,livres de prévias atribuições metafóricas. Tal comona criação da imagem visual, também na imagemsonora o erro e o improviso são circunstânciasrelevantes no decorrer do exercício plástico.

ficha técnica e artística

criação e manipulação: César Estrela · Sandra Correia

duração: 25'

césar estrela e sandra correiaportugal

‘h2watts’

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Os Andantes são um grupo do Porto, constituídoem 2010, que cria, de forma interdisciplinar, umaosmose entre a música tradicional e a de vanguar-da. As linguagens cruzam-se e o resultado é umafusão inteligente entre Goran Bregovic, Yann Tiersen,Ray Charles, Kusturica, Manu Chau, entre outros.Música orgânica oferecida por artistas de rua quesurgiram da necessidade emanada pelos coraçõessufocados dos Portuenses que todos os dias deam-bulam pelas plataformas que traçam o caminhodas suas rotinas.O seu trabalho foi recentemente premiado com oprimeiro lugar no concurso "Música na Rua", orga-nizado pelo Metro do Porto.

ficha técnica e artística

guitarra: António Duartepercussão: Helder Silvasopro / sintetizador: Henrique Limasopro: Pedro Ferreira

duração: 60'

os andantesportugal

‘os andantes’

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Em 1995, Gaëlle Courtet e Eric Delpech conhecem-se na criação Twist poker, um projecto de dançaseleccionado para o Bal Moderne (Théâtre deChaillot, Paris, seguido de uma itinerância europeiaentre 1995 e 1997). Três anos mais tarde, decidemmisturar os seus mundos, dança contemporâneae mímica, resultando na Compagnie Quai desValses.

…et les autres é um espectáculo performativode rua que integra amadores e profissionais. Aideia consiste na realização da alienação colectiva,que faz qualquer um de nós um torturador e vítima,mostrando como o medo da exclusão, a rivalidadeentre pessoas, comportamentos narcisistas e ego-cêntricos podem destruir os indivíduos.No que aparenta ser um transe colectivo, o grupoexperimenta formas desta alienação mental nosseus corpos mecanicamente restritos até à sua

implosão final e trágica destruição. Em primeirolugar, surge na mente a palavra "patético". "Irrisório"também... pois o riso pode ser parte da solução.

ficha técnica e artística

coreografia: Gaëlle Courtet · Eric Delpechintérpretes profissionais: Erwan Badin (actor) · Eric Delpech(bailarino) · Marie Hubert (bailarina), Cécile Theil (bailarina)intérpretes amadores: Juliette Châtelain (estudante) · Marie Courtet(estudante) · Jean-Paul Dangoin (professor) · Maëlis Guillo (estudante)· Jacqueline Le Nouy (bibliotecária) · Delphine Prat (director decomunicaçao)

compagnie quai des valsesfrança

‘...et les autres’

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A música acústica ao mais alto nível e volume.Entre o souzafone e o bombo, saxofones e clarine-tes, trompetes e trombones, a correr ou a saltar,eis os Bizu.Os quinze músicos passam a ser actores ou bai-larinos desajeitados a cada mudança de ritmo, acada paragem, a cada esquina.De repente sentimo-nos invadidos e envolvidospela força da música e a alegria dos intérpretes.O objectivo dos Bizu é mostrar os temas escolhidosatravés de coreografias e acções teatrais minimaisonde não há protagonista.Actuamos para o público e com o público, quebran-do assim barreiras muitas vezes existentes.

ficha técnica e artística

músicos: João Miguel Sousa · Pedro Heitor · Rui Miguel CerolMachado · Francisco Rafael · Girardin Rocha · Luís Parente · JoãoPaulo Duarte Guerra · Ian Carlo Mendoza · Andrés Fuzeiro · HugoCaetano · Leandro Antunes · João Mendes · Miguel Pena · AndréPereira · Gonçalo Alexandre Seco · Dinis Duarte Silvafotografia: Nuno Efe

duração: 60'

bizu walking bandportugal

‘bizu walking band’

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© N

UN

OE

FE

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Em 2001, OPLAS substitui oficialmente a Associa-ção Cultural La Terra Nuova (criada em 1993, com-panhia da Umbria, Itália). Em 2003, torna-se CentroCoreografico Regionale Umbria, e, em 2010, CentroRegionale della Danza Umbria. Desde 2007, sãoapoiados pelo Ministério da Cultura de Itália. Pro-duzem espectáculos de dança in e out-door hámais de 15 anos, tendo sido programados emimportantes festivais por todo o mundo.

Spazi di Nessuno é um projecto performativo emultidisciplinar desenvolvido durante anos de pesqui-sa. O principal objectivo é (re)estabelecer o diálogoentre 'arte contemporânea' e 'ser arte contemporâ-nea', de acordo com as experiências de algunsartistas, criadores e performers diariamente preocu-pados com os seus requisitos criativos. O projectoinvestiga qualquer motivação possível que leva oartista a criar: que propósito está camuflado pelaacção da mão que espalha as cores pela tela?Qual é a real motivação para o acto da pintura?O que é que está escondido atrás da dúvida queesbate a primeira imagem e parte para uma nova?

E mais: que força move o braço da bailarina? Quepensamento o empurra em vez de o parar? Porquêusar um corpo para expressar e relacionar umsentimento... e que sentimento move um corpo?E finalmente: há um mecanismo principal, existentena base de qualquer acção criativa? Ou talvezuma alquimia secreta para a razão de tudo? Oué apenas um mero passeio, a consciência de nãoser consciente: um conceito por trás das pérolasde sabedoria frequentemente dissimuladas.

ficha técnica e artística

criação: Mario Ferrari · Luca Brunimúsica original: Marco Schiavonicenários e figurinos: Mario Ferraridesenho de luz, textos originais, coreografia: Luca Brunivozes: Marta Benvenuti · Mario Ferrarivioloncelo: Ermanno Valliniperformers: Silvia Bastianelli · Marta Benvenuti · Luca Bruni · MarioFerrari · Veronica Nieddu · Weerasak Prateep Na Thalang · FrancescoSangermano

duração: 55'

oplasitália

‘spazi di nessuno’

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Flávio Rodrigues e Joana Castro conheceram-se em 2003, no decorrer da sua formação comobailarinos. Foi então que, confrontados com umdesejo enorme de colocar ideias e de resolver ques-tões que a ambos interessava, decidiram dar inícioa este projecto.

Amo-te em Português é o título da primeira co-laboração entre Flávio e Joana. Um projecto perfor-mativo com uma alusão bastante significativa àdança. O início do processo desenvolveu-se atravésde sessões esporádicas de improvisação, normal-mente partilhadas por correio electrónico.Tal como o título sugere, esta performance surgedo fascínio pelo amor, por aquela estranha e com-plexa união que existe entre as pessoas - "partilha-mos filmes que consideramos românticos, desdeclássicos a mais recentes, memórias pessoais,postais, cartas, canções, objectos decorativos eaté estudos neurológicos (...)". Quando se começoua levantar questões identitárias da peça, surgiramnovas problemáticas para resolver, que se tornaramessenciais: "Estou a pensar numa história de amor,

capaz de ser olhada e compreendida pela nossacultura ocidental, é um trabalho Português, dadança portuguesa, da arte portuguesa e, claro,do amor Português - ambos somos portugueses.Isto foi, sem dúvida, um ponto de reflexão - nãopodemos nem queremos negar a aculturação quenos tem chegado, mas interessou-nos essencial-mente construir algo de identidade Portuguesa".

ficha técnica e artística

criação: Flávio Rodrigues · Joana Castro

duração: 35'

flávio rodrigues & joana castroportugal

‘amo-te em português’

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PROJECTOS EDUCATIVOS

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marina carvalho‘da terra ao céu’ instalação interactivaportugal

Era um jardim diferente...No centro, a presença de uma árvore. À noite, oseu tronco encortiçado iluminava-se e a luz bailavanos seus ramos esguios e suas folhas translúcidas.Antes, ao pôr-do-sol, o ritual da música dedilhadapairava, misturando-se com o perfume do jardim.Flores coloridas faziam uma espiral até à árvore,entre elas, a flor que plantei. No tronco, o pedacinhode cortiça que encorticei. No chão de madeira medeitei e olhei o céu: ramos, folhas, nuvens ouestrelas... eu e a terra.

A biodiversidade engloba a variedade de genes,espécies e ecossistemas que constituem a vidano planeta. Neste pequeno habitat, a naturezaconvida a plantar uma flor, encortiçar um tronco,ouvir o ritual do pôr-do-sol, sentir a terra e olharo céu. Quem aqui vem, habita e dá vida.

19, 20 e 21 maio

21h00· ritual do pôr-do-sol | concerto musical

21h15· plantar uma flor[nº de participantes limitado]

· encortiçar o tronco· sentir a terra e olhar o céudurante todo o Imaginarius

ficha técnica e artística

concepção da ideia e concepção técnica: Marina Carvalhoprodução: Marina Carvalho | Município de Santa Maria da Feiraapoios: Município de de Santa Maria da Feira

O Grupo Cacotecnia surgiu da disciplina de Áreade Projecto e é formado por um grupo de alunosdo 12º ano de Artes Visuais da Escola Secundáriade Santa Maria da Feira. Este grupo propõe-sedesenvolver uma intervenção de Arte de Rua nafachada do Matadouro Municipal acompanhadacom uma base musical.

Esta intervenção conta ainda com a participaçãodo artista português, radicado nos EUA, Rigo 23e de um grupo de jovens da Oficina de Ideias queem conjunto a conceberam.

20 maio

23h00· projecção de making-off

ficha técnica e artística

organização: Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventudee Divisão de Acção Social e Qualidade de Vida

duração: 240'

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grupo cacotecnia‘projecto verticalarte’portugal

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CONFERÊNCIA | CURTA-METRAGEM

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Pelo segundo ano consecutivo, o Imaginarius promo-ve um encontro internacional que visa reflectir edebater o papel do Festival na promoção das artesde rua em Portugal e na afirmação de Santa Mariada Feira como "cidade criativa".

A conferência encerra com a estreia da Curta-Me-tragem “Entrado”, realizada por Paula Preto, noâmbito do Imaginarius 2010.

oradores

Marco MartinsEncenador e cineasta premiado com o seu trabalhode curtas e longas metragens

Jerzy ZonAutor, actor e encenador polacoCo-fundador e director artístico do Kto Theaterem Cracóvia, Polónia

Hugo  CruzPsicólogoEncenador e director artístico da PELE - Espaçode Contacto Social e Cultural

Jürgen MüllerFundador e director artístico da companhia LaFura Dels Baus

moderadora

Sara OliveiraJornalista do Público

2ª conferência internacional‘criação artística para o espaço público’

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paula preto / pele - espaço decontacto social e culturalportugal

‘entrado’ curta-metragem

SinopseEntrado: nome masculino; individuo que acabade entrar na prisão; o acabado de chegar; o queestá sempre à espera; o que não se pode esticarnaquilo que diz; título de uma peça de teatro; part.pass. de entrar.

Esta curta-metragem baseia-se no processo decriação teatral desenvolvido no EstabelecimentoPrisional do Porto e que resultou na apresentaçãode Entrado, projecto que teve o seu início emSetembro de 2009, resultado do encontro de von-tades da PELE, CCTAR, Festival Internacional deTeatro de Rua - Imaginarius (2010) e do Estabeleci-mento Prisional do Porto (EPP).

Ao longo deste processo, com um grupo de 30reclusos, foi possível desenvolver um espectáculocom base na pesquisa das suas histórias, memórias,corpos e vivências, destacando-se e valorizando-se as possibilidades da sua (re)escrita. Entrado,espelho das vontades dos reclusos, propôs aopúblico um percurso por alguns dos espaços doEPP, revelando sensações, obstáculos, experiên-cias, percepções sobre a vivência de um contextoprisional. A relação culpa-perdão, pano de fundodeste trabalho, encontrou-se em determinado mo-mento do processo com o “Hamlet” de Shakespeare.

Entrado é um espectáculo com uma forte com-ponente musical, destacando-se a participaçãoda banda rock do EPP “The Other Face” e a cola-boração do Serviço Educativo da Casa da Música,com o Coro “Ala dos Afinados”, projecto desen-volvido neste Estabelecimento Prisional.

Paula Preto - RealizadoraLicenciou-se em Tecnologias de ComunicaçãoAudiovisual pela Escola Superior de Música, Artese Espectáculo do Porto. Hoje é formadora no Ins-tituto Português de Fotografia e trabalha comofotógrafa freelancer, residindo parte do seu trabalhona fotografia de cena para teatro e cinema. Realizouo seu primeiro filme em 2009, "Reservado", apoiadopelo ICA e seleccionado para diversos festivais decinema, entre eles o DocLisboa.

ficha técnica

título: Entradoduração: 27'ano: 2011

realização: Paula Pretoprodução: Pele - Espaço de Contacto Social e Culturalmontagem: Paula Pretooperador de camera: Roberto Santos e Pedro Santospós produção som: Pedro Santos

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