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1 REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO: RELATÓRIO Nº14 DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA São Luís 2009

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AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO: RELATÓRIO Nº14 DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA

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    REDE DE AVALIAO E CAPACITAO PARA A IMPLEMENTAO DOS PLANOS DIRETORES

    PARTICIPATIVOS

    AVALIAO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO:

    RELATRIO N14 DO MUNICPIO DE IMPERATRIZ-MA

    So Lus

    2009

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    REDE DE AVALIAO E CAPACITAO PARA A IMPLEMENTAO DOS

    PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

    Nome do pesquisador: Claudiceia Silva Mendes e Frederico Lago Burnett

    E-mail e telefone de contato: [email protected] (98) 8807- 6993 [email protected] - (98) 8846-2024 Municpio: IMPERATRIZ

    Nmero da Lei: 002/2004

    Data da aprovao do Plano Diretor: 14/07/2004

    Estado: Maranho

    1. INFORMAES GERAIS DO MUNICPIO DE IMPERATRIZ

    1.1 HISTRICO

    O surgimento de Imperatriz

    comeou a ser desenhado nos fins do

    Sculo XVI e incio do sculo XVII.

    A fundao de Imperatriz se deu em

    16 de julho de 1852, trs anos depois da

    partida da expedio que saiu do porto de

    Belm, em 26 de junho de 1849. Frei

    Manoel Procpio do Corao de Maria,

    capelo da expedio, foi o fundador da

    povoao, que recebeu inicialmente o

    nome oficial de Colnia Militar de Santa

    Tereza do Tocantins. Depois de quatro anos

    da fundao da cidade, em 27 de agosto de

    1856, a lei n. 398 criou a Vila de Imperatriz, nome dado em homenagem imperatriz

    Tereza Cristina.

    Com o tempo, sua denominao foi sendo simplificada pela populao, foi

    elevado categoria de cidade em 22 de abril de 1924, no governo Godofredo Viana (Lei

    n. 1.179).

    Imagem: Localizao geogrfica do Municpio de Imperatriz Fonte: Sebrae Legal, 2009

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    O Municpio de Imperatriz e sua sede permaneceram geogrfica e

    politicamente distantes de So Lus, resultando em um lento crescimento econmico e

    populacional, at o ano de 1958, quando foi iniciada a construo da Rodovia Federal

    BR-010 , a Belm-Braslia. A construo dessa rodovia trouxe para a regio grande

    desenvolvimento econmico e transformou Imperatriz na segunda cidade mais

    importante do estado, ficando atrs somente da capital So Lus.

    De acordo com o site da Prefeitura Municipal, Imperatriz teve sua ocupao

    acelerada a partir de 1960, aps a abertura das rodovias Belm Braslia (BR 010), que

    corta o Oeste Maranhense no territrio do Municpio, a BR-226, que liga Teresina

    Regio Tocantina, e a BR-222, que liga a regio do Mearim s terras devolutas do Alto

    Pindar.

    A economia do Municpio baseada nos setores de agricultura, pecuria,

    extrativismo vegetal, comrcio, indstria e servios, Imperatriz ocupa a posio de

    segundo maior centro econmico, poltico, cultural e populacional do Estado e o

    principal da regio do sudoeste do Maranho, norte do Tocantins e sul do Par.

    Imperatriz, segundo o site da Prefeitura Municipal, apresenta-se como entreposto

    comercial e de servios, no qual se abastecem mercados locais em um raio de 400 km, e

    forma com Araguana-TO, Marab-PA, Balsas-MA e Aailndia-MA, uma importante

    provncia econmica. O Municpio situa-se na rea de influncia de grandes projetos,

    como a minerao da Serra dos Carajs (Marab/Paraupebas), a minerao do igarap

    Salobro (Marab/Paraupebas), a Ferrovia Carajs/Itaqui, a Ferrovia Norte-Sul, as

    indstrias guzeiras (Aailndia), a indstria de celulose da Celmar (Cidelndia) que

    condicionam seu desenvolvimento.

    Fontes: IBGE, Prefeitura Municipal de Imperatriz e Portal do Governo do Estado do Maranho

    1.2 Localizao Geogrfica

    O Municpio de Imperatriz, situado na Mesorregio Oeste Maranhense, est

    localizado a 639 km de So Lus, Capital do Estado do Maranho. Segundo a Contagem

    da Populao do IBGE de 2007, Imperatriz possui uma populao de

    229.671habitantes.

  • 4

    Imagem: Ncleo Urbano de Imperatriz

    Fonte: Google, 2009

    O Municpio esta situado na Microrregio Geogrfica de Imperatriz, 47 26' 35'

    de Longitude Oeste e 5 31' 32' de Latitude Sul, de acordo com o IBGE, possui uma

    rea Territorial de 1.538,1 km. Limita-se com o Municpio de Cidelndia e So

    Francisco do Brejo ao Norte, com Davinpolis, Governador Edison Lobo ao Sul, com

    Joo Lisboa, Senador La Roque e So Francisco do Brejo ao Leste e com o Rio

    Tocantins divisa do Maranho com o Estado do Par a Oeste.

    Fontes: www.ibge.com.br e Prefeitura Municipal de Imperatriz

    1.3 Informaes Socioeconmicas

    A populao de Imperatriz teve no perodo de 1991 a 2000, uma taxa mdia de

    crescimento anual de 0,28%, passando de 225.005 em 1991 para 230.566 em 2000.

    Depois do crescimento do perodo de 1980 a 1991, quando saltou de 50,75% para

    93,35% a taxa de urbanizao. A Taxa de Urbanizao diminui 0,02%, passando de

    94,8% em 2000 para 94,6% em 2007.

    A populao rural de Imperatriz diminui no perodo de 1980 a 1991, devido ao

    desmembramento do povoado de Aailndia, transformado em Municpio pela lei

    estadual n 4.295 de 06 de junho de 1981.

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    Populao por situao de Domicilio 1980, 1991, 2000 e 2007

    Populao 1980 1991 2000 2007

    Urbana 111.619 210.051 218.673 217.192

    Rural 108.460 14.954 11.893 12.479

    Total 220.079 225.005 230.566 229.671

    Taxa de Urbanizao*

    50,7% 93,35% 94,8% 94,6%

    Fonte: IBGE - Censos Demogrficos 1980, 1991, 2000 e Contagem da Populao 2007. * Percentual da populao urbana em relao populao total

    Observando a tendncia da Populao Economicamente Ativa (PEA) dos

    ltimos 10 anos medidos pelos indicadores de Renda per capita Mdia, Pobreza e

    Desigualdade Econmica do Municpio de Imperatriz de 1991 a 2000, percebemos que a

    Renda per capita Mdia cresceu 37,90%, passando de R$ 140,04 em 1991 para R$

    193,11 em 2000. A Pobreza (medida pela proporo de pessoas com renda domiciliar per

    capita inferior a R$ 75,50, equivalente metade do salrio mnimo vigente em agosto de

    2000) diminuiu 26,09%, passando de 57,0% em 1991 para 42,1% em 2000.

    A Desigualdade Econmica diminuiu, passou de 0,62 em 1991 para 0,61 em

    2000, dados observados pelo ndice de Gini, que mede o grau de distribuio da renda

    entre os indivduos em uma economia. Seu valor varia de Zero (0), quando no h

    desigualdade a Um (1), quando a desigualdade mxima.

    Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade, 1991 e 2000

    Indicadores 1991 2000

    Renda per capita Mdia (R$ de 2000) 140,0 193,1

    Proporo de Pobres (%) 57,0 42,1

    ndice de Gini 0,62 0,61 Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

    Com relao ao PIB do Municpio de Imperatriz, observamos que os setores da

    Agropecuria assim como o de Indstrias sofreram uma queda entre os anos de 2001 e

    2005, enquanto o de Servios cresceu passando de 70,4 % para 73,6 %, no mesmo

    perodo.

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    Composio Setorial do PIB 2001 a 2005

    Setor 2001 2002 2003 2004 2005 Agropecuria 2,0 % 0,7 % 1,1 % 1,3 % 1,5 %

    Indstria 22,4 % 12,7 % 14,7 % 14,2 % 12,7 %

    Servios 70,4 % 74,3 % 72,3 % 72,7 % 73,6 % Fonte: IpeaData

    A Estratificao da Populao por Renda e sua evoluo nos ltimos anos, pode

    ser observada conforme o quadro abaixo:

    Porcentagem da Renda Apropriada por Extratos da Populao, 1991 e 2000

    Porcentagem 1991 2000

    20% mais pobres 2,8 2,5

    40% mais pobres 8,7 8,6

    60% mais pobres 17,9 18,3

    80% mais pobres 33,1 34,3

    20% mais ricos 66,9 65,7 Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

    Segue abaixo o Dficit Habitacional e o Acesso a Servios Bsicos para o

    Municpio de Imperatriz.

    Dficit Habitacional - 2000

    rea Absoluto % do Total dos Domiclios

    Urbana 10.431 20,2%

    Rural 1.631 60,5%

    Total 12.062 22,2% Fonte: Fundao Joo Pinheiro (FJP), Centro de Estatstica e Informaes (CEI)

    Acesso aos Servios Bsicos, 1991 e 2000 Servios Bsicos 1991 2000 gua Encanada 51,3 72,7 Energia Eltrica 96,0 99,3 Coleta de Lixo* 43,0 89,3

    Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil * Somente domiclios urbanos

  • 7

    No foi possvel analisar o contexto sociopoltico em que o Plano foi elaborado,

    uma vez que no tivemos acesso documentao ou a informaes relacionadas ao

    processo de elaborao do Plano Diretor de Imperatriz.

    O Municpio de Imperatriz est classificado segundo a Tipologia Municipal

    produzida pelo Observatrio das Metrpoles, como: E - Aglomerados e centros

    regionais N e NE, isto , municpios com baixo estoque de riqueza, porm com grande

    importncia regional. So cidades plo em regies menos urbanizadas, e situados em

    microrregies de menor dinamismo.

    Os diagnsticos/estudos que subsidiaram a elaborao do Plano Diretor no

    constam na Lei analisada.

    O Municpio no possua Plano Diretor antes da elaborao deste.

    O Plano Diretor de Imperatriz, apesar de ter objetivos e diretrizes Polticos;

    Econmicos-Sociais; Administrativos, Fisico-Ambientais, Polticas Setoriais e

    instrumentos de conter instrumentos jurdicos e polticos, tributrios e financeiros, no

    expressa uma estratgia econmica/scio-territorial para o desenvolvimento do

    Municpio, considerando que o Plano no determina metas concretas, programas e planos

    integrados, assim como prazos para o desenvolvimento das Leis complementares e

    especficas da Poltica Urbana no foram estabelecidos.

    O Plano Diretor de Imperatriz no traz glossrio ou documento explicativo, mas

    no corpo da lei constam as definies referentes aos termos tratados no Plano. A

    linguagem predominante simples e de fcil compreenso.

    A Lei do Plano Diretor de Imperatriz analisada possui 113 artigos e foi

    desenvolvida, conforme a estrutura abaixo:

    TTULO I DAS DEFINIES

    TTULO II DOS OBJETIVOS

    TTULO III DAS DIRETRIZES

    TTULO IV DOS INSTRUMENTOS

    TITULO V DAS REAS VERDES, ESPAOS LIVRES E PRESERVAO E

    CONSERVAO DO MEIO AMBIENTE

    TITULO VI DA POLITICA CULTURAL

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    TITULO VII - DO PATRIMNIO HISTRICO E CULTURAL

    TITULO VIII DA POLITICA HABIACIONAL

    TITULO IX - DA POLITCA DE TRANSPORTE

    TITULO X DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E DO

    TURISMO

    TITULO XI DA POLITICA DE PLANEJAMENTO E GESTO

    TITULO XII DAS DISPOSIES GERAIS

    Com relao ao ciclo de elaborao oramentria subseqente no foi definido a

    prioridade de investimentos.

    O Plano no tem relao com o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) e

    tampouco com outros grandes investimentos previstos para o municpio. Segundo a

    pesquisa realizada pelo MCidades e Confea, est previsto para o Municpio de Imperatriz

    o recebimento de investimentos do PAC Saneamento no valor de R$ 19.989.848,26(

    Dezenove milhes novecentos e oitenta e nove mil oitocentos e quarenta e oito reais e

    vinte e seis centavos), do PAC Favelas de R$ 16.100.000,00( Dezesseis milhes e cem

    mil reais) e para o Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social- FNHIS de R$

    46.082.851,85 (Quarenta e seis milhes oitenta e dois mil oitocentos e cinqenta e um e

    oitenta e cinco centavos)

    2. ACESSO TERRA URBANIZADA

    A Funo Social da Propriedade Urbana definida no inciso III do art.3, sendo:

    Aquela que atendida quando o uso e ocupao da propriedade urbana respondem s

    exigncias fundamentais da sociedade, consolidadas nas Diretrizes do Plano Diretor,

    em conformidade com os dispositivos de instrumentos legais decorrentes.

    De acordo com o inciso II do art.3 que trata da definio da Funo Social da

    Cidade de Imperatriz, diz: Funo que deve cumprir a cidade pra assegurar as

    condies gerais necessrias ao desenvolvimento da produo, da produo, do

    comrcio e dos servios e, particularmente, plena realizao dos direitos dos

    cidados, como direito sade, ao saneamento ambiental, infra-estrutura urbana,

    educao, ao trabalho, moradia, ao transporte coletivo, segurana, informao,

    ao lazer, ao ambiente saudvel e participao no planejamento.

  • 9

    E ainda no art.4 define: Para fins estabelecidos no Art.182 da Constituio da

    Repblica, no cumprem a funo social da Propriedade urbana, por no atender s

    exigncias de ordenao da cidade, terrenos ou glebas totalmente desocupados, ou

    onde o coeficiente de aproveitamento mnimo no tenha sido atingindo ressalvadas as

    excees previstas nesta Lei(...)

    Com relao ao Controle do Uso e Ocupao do Solo do Municpio de

    Imperatriz, o Plano no menciona o termo Macrozoneamento, assim como no

    estabelece objetivos e diretrizes para o mesmo.

    O Plano no prev a atualizao, delimitao ou descrio de permetros de

    nenhuma natureza para o Municpio de Imperatriz, e tampouco prev a criao de regras

    para a extenso do Permetro Urbano da cidade, porm o Municpio possui a Lei

    n923/2000 que dispe sobre a descrio do permetro da rea urbana.

    No foram estabelecidos percentuais para novos loteamentos para rea de

    Habitao de Interesse Social.

    Como forma de regulao do Solo, o Plano no remete para a Lei de Uso e

    Ocupao assim como no define prazo para sua elaborao, apenas determina no

    art.57: As Leis de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo estabelecero parmetros

    urbansticos sobre limites de zonas, dimenses de lotes, definies tcnicas dos

    logradouros, arborizao, porcentagem e caractersticas gerais de reas a serem

    destinadas ao uso pblico, reas no edificveis, normas para estacionamento, recuos,

    gabaritos e afastamentos.

    As zonas tratadas no Plano foram encontradas apenas no art. 4, onde poder ser

    utilizada a Outorga Onerosa do Direito de Construir, demarcada no mapa de

    Zoneamento Urbano da Lei de Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo. No foram

    definidos como se calculam os coeficientes de aproveitamento bsico e mximo, assim

    como no foram determinados parmetros para o controle do uso e ocupao do solo

    para essas reas no Plano.

    Com relao ao Zoneamento e Polticas especficas para as reas Centrais e

    Stios Histricos, o Plano estabeleceu no 1 do art.78 que: As reas de Preservao

    Cultural-APC, criadas por Lei especfica, so pores do territrio de propriedade

    pblica ou privada, destinadas preservao, recuperao e manuteno do

    patrimnio cultural e natural podendo configurar como stios, edifcios ou conjuntos

  • 10

    urbanos

    As definies do que subutilizao, no utilizao e terreno vazio no constam

    no Plano, apesar do art. 34 determinar que: O Poder Executivo Municipal, na forma de

    Lei, exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado, ou no

    utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de:

    Parcelamento, edificao ou utilizao compulsrio; Imposto Predial e Territorial

    Urbano Progressivo no Tempo; e Desapropriao com pagamento mediante ttulos da

    dvida pblica.

    A definio dos tipos de Zonas Especiais Interesse Social (ZEIS) no abordada

    no Plano, porm a Habitao de Interesse Social foi definida no 3 do art.80 sendo

    aquela: (...) destinada a famlias com renda equivalente at trs salrios mnimos, de

    promoo pblica ou ela vinculada, com rea mnima de 48,00m(quarenta e oito

    metros quadrados), contendo dois quartos, sala, banheiro e cozinha, com possibilidade

    de ampliao ou melhoria da unidade habitacional bsica. Porm no define a

    localizao em mapa, coordenadas ou a descrio de Permetro das ZEIS, e no h

    referncia Tipologia Habitacional ou a populao que acessa os Projetos Habitacionais

    nessas reas.

    No h definio de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como

    investimentos em educao, sade, cultura, saneamento, mobilidade etc.

    No foi possvel a anlise do Zoneamento em relao ao acesso terra

    urbanizada do Municpio, j que no tivemos acesso Lei de zoneamento, uso e

    Ocupao.

    Os Instrumentos de Poltica Fundiria que foram previstos para a implementao

    do Plano Diretor de Imperatriz so:

    So Instrumentos Jurdicos da Poltica Urbana do Municpio, segundo o art.22:

    Desapropriao;

    Servido Administrativa;

    Tombamento de bens;

    Direito real de concesso de uso;

    Direito de superfcie;

  • 11

    Direito de preempo;

    Usucapio especial de imvel urbano;

    Concesso de uso especial para fins de Moradia;

    Discriminao de terras pblicas;

    Parcelamento, edificao ou urbanizao compulsrio;

    Transferncia do direito de construir; e

    Outros previstos em leis prprias.

    De acordo com o Pargrafo nico do art.22: A desapropriao, a Servido

    Administrativa e o direito Real de Concesso de Uso regem-se pela Legislao que lhes

    prpria.

    Com relao ao Direito de Superfcie e o Direito de Preempo o Plano apenas

    faz a definio, determinando no Pargrafo nico do art.24: A lei delimitar as reas

    em que incidir o Direito de Preempo.

    De acordo com o art.34: O Poder Executivo Municipal, na forma de Lei,

    exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado, ou no utilizado,

    que promova seu adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de:

    Parcelamento, edificao ou utilizao compulsrio; Imposto Predial e Territorial

    Urbano Progressivo no Tempo; e Desapropriao com pagamento mediante ttulos da

    dvida pblica.

    Ser definido por leis especficas o critrio mnimo de utilizao de um imvel

    (pargrafo nico do art.35l, a gradao anual das alquotas progressivas e a aplicao do

    IPTU progressivo (1 do art.36) e ainda as condies para aplicao do instrumento de

    desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica. (pargrafo nico do

    art.37)

    De acordo com o art.40 so Instrumentos Tributrios e Financeiros:

    Contribuio de melhoria

    Fundos destinados ao desenvolvimento urbano;

    Outorga onerosa do direito de construir

  • 12

    Taxas, tarifas e impostos diferenciados por zonas urbanas, por grupos

    sociais, por renda e pelos servios pblicos ofertados;

    Incentivos e benefcios fiscais e financeiros;

    Taxa de urbanizao;

    Transferncia do direito de construir; e

    Operao urbana consorciada.

    Com relao ao Direito de Construir tratado nos art.44, 38 e 39, sempre sendo

    remetido para uma Lei Especfica determinar as reas a receber a transferncia do

    potencial construtivo, assim como dever conter o clculo do potencial construtivo a ser

    transferido ao imvel receptor (1 do art.39), os imveis que receberem o potencial

    construtivo devero atender aos demais parmetros da Lei de Zoneamento e uso do solo.

    (2 do art.39) e os estoques de potencial construtivo devero valer para um perodo no

    inferior a dois anos. (1 do art.44)

    Foram delimitadas no art.43 as reas onde a Outorga Onerosa do Direito de

    Construir poder ser aplicado: ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), ZIT, ZRPA,

    ZE (Zonas e Expanso), demarcadas no Mapa de Zoneamento Urbano integrante da Lei

    de Zoneamento, Uso e ocupao do Solo. Foram excludas as seguintes zonas: ZPA

    (Zonas de Proteo Ambiental), ZCBR, ZC, ZRC, ZSA (Zona de Segurana

    Aeroporturia) e Corredores Secundrios 1, quando no contidas no permetro de

    operaes urbanas. (1 do art.43). As siglas citadas acima no foram definidas no

    Plano.

    Com relao a prazos foi determinado no art. 46 que: Os procedimentos para a

    aplicao da outorga onerosa, bem como os preos pblicos relativo aos servios

    administrativos, devero ser fixados pelo Executivo no prazo mximo de 90(noventa)

    dias aps a publicao desta Lei.

    As Operaes Urbanas foram tratadas nos art.47, 48, 49, 50, 51, 52e 53, porm

    foi remetido para lei especfica no art.39: A aplicao do instrumento definido no

    caput do artigo 50(...) sero estabelecidos em lei especfica.

    Os instrumentos de Planejamento e Gesto foram determinados no art.53,

    conforme abaixo:

    Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano;

  • 13

    Planos de Governo;

    Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo;

    Cdigo de Obras e Edificaes;

    Cdigo de Posturas;

    Cdigo de Ambiental;

    Mapa Urbano Bsico-MUB;

    Cadastro Tcnico;

    Plano Plurianual;

    Lei de Diretrizes Oramentrias;

    Lei Oramentria Anual; e

    Programas e projetos especiais de urbanizao.

    Art.54: Os Fundos Municipais previstos nesta Lei tero natureza contbil-

    financeira e sero regulamentados em leis especificas.

    3. ACESSO AOS SERVIOS E EQUIPAMENTOS URBANOS, COM NFASE

    NO ACESSO HABITAO, AO SANEAMENTO AMBIENTAL E AO

    TRANSPORTE E MOBILIDADE

    3.1 Integrao das Polticas Urbanas

    A Integrao das Polticas Urbanas foi tratada apenas no inciso XI do art.80: a

    articulao dos programas habitacionais com as aes na rea da sade, da educao

    da promoo de atividades esportivas e culturais e, principalmente na rea da gerao

    de emprego e renda, visando melhoria da situao socioeconmica da populao

    atendida.

    Sendo assim podemos afirmar que as definies e diretrizes e polticas no

    expressam uma abordagem integrada, assim como no foi previsto a criao de

    programas e a instituio de instrumentos visando integrao as Polticas Urbanas.

    No foram encontrados contradies entre as definies e Instrumentos relativos s

    Polticas Setoriais previstas no Plano.

  • 14

    3.2 Poltica de Habitao

    Os objetivos da Poltica de Habitao de Imperatriz foram determinados no

    art.79, conforme abaixo:

    I. A garantia do direito social moradia digna;

    II. A implantao de servios e equipamentos pblicos essenciais

    III. A regularizao fundiria e a instalao da infra-estrutura necessria

    qualidade de vida da populao.

    IV. A reduo do dficit habitacional em Imperatriz, envolvendo os aspectos

    quantitativo e qualitativo, atravs da utilizao racional do espao urbano;

    V. A promoo da melhoria das habitaes existentes das famlias de baixa renda e

    a viabilizao da produo de Habitao de Interesse Social-HIS;

    VI. A criao de condies para a participao da iniciativa privada na produo de

    HIS e habitao de renda mdia e baixa;

    VII. A coibio de novas ocupaes por assentamentos subnormais em reas de risco,

    de preservao ambiental, de mananciais e assoreadas, atravs da aplicao de

    normas e instrumentos urbansticos e de fiscalizao;

    VIII. A promoo do uso habitacional e da regularizao fundiria/ dominial em reas

    consolidadas e dotadas de infra-estrutura, utilizando, quando, necessrio, os

    instrumentos previstos no Estatuto da Cidade.

    IX. A promoo da regularizao fsica dos assentamentos subnormais em reas

    consolidadas da cidade, atravs da execuo de obras e servios de infra-

    estrutura e de aes de recuperao ambiental nestas reas, assegurando a

    efetiva participao da comunidade em toas s etapas de sua implementao.

    X. A articulao da poltica de Habitao de Interesse Social com as outras

    polticas pblica, promovendo assim a incluso social das famlias beneficiadas;

    XI. A contribuio para o fortalecimento e organizao dos movimentos populares

    que lutam pelo direito a moradia digna, pela valorizao da funo social da

    propriedade e pelo acesso cidade;

  • 15

    XII. A articulao, por meio de aes integradas s instancias municipal, estadual e

    federal de governo, no setor de habitao, para a otimizao dos recursos,

    integrao das aes e garantia das condies dignas de habitabilidade;

    XIII. A articulao da ao da rea da moradia com as intervenes ambientais, de

    modo a corrigir problemas ambientais, principalmente aqueles referentes s

    populaes que ocupam rea de risco, reas assoreadas, de preservao

    ambiental e de mananciais.

    As diretrizes da Poltica de Habitacional do Municpio de Imperatriz foram

    abordadas como aes estratgicas no art.81, conforme abaixo:

    I. Elaborar o Plano Estratgico Municipal para Habitaes Subnormais

    (PEMAS), identificando seus diferentes aspectos, de forma a quantificar e

    qualificar os problemas relativos s moradias em situao de risco, loteamentos

    irregulares, favelas, sem-teto, co-habitaes e casa de cmodos, reas que

    apresentam ocorrncias de epidemias, reas com alto ndice de criminalidade,

    reas com solo contaminado, reas de preservao ambiental ocupadas por

    moradia, de modo a garantir informaes atualizadas sobre a situao

    habitacional no municpio de Imperatriz, especialmente em relao ao dficit e

    s necessidades habitacionais.

    II. Criar um Sistema Municipal de Habitao, a ser regulamentado por lei,

    composto de trs partes articuladas;

    a. O rgo gestor e operador do sistema

    b. O conselho municipal de habitao;

    c. Fundo municipal de habitao popular,

    III. Aplicar nas Zonas Especiais de interesse Social(ZEIS), os instrumentos relativos

    regularizao fundiria e, quando couber, a concesso especial para fim de

    moradia, previstos no estatuto da Cidade;

    IV. Divulgar de forma acessvel a legislao pertinente a empreendimentos e

    projetos habitacionais;

    V. Agilizar a aprovao dos empreendimentos de interesse social estabelecendo

    acordos de cooperao tcnica entre os rgos envolvidos;

  • 16

    VI. Investir no sistema de fiscalizao integrado nas reas de preservao e

    proteo ambiental constantes deste plano, de forma a impedir o surgimento de

    ocupaes irregulares;

    VII. Priorizar o atendimento habitacional s famlias de baixa renda, que venham a

    ser removidas em funo das obras previstas no respectivo programa de

    Interveno, devendo preferencialmente, ser assentadas no permetro dessas

    operaes, nas proximidades ou, na impossibilidade destas opes, em outro

    local a ser estabelecido com a participao das famlias;

    VIII. Apoiar a formao de tcnicos na rea de habitao, estabelecendo parcerias

    com universidades, centros de pesquisa tecnolgicas, entidades de classe,

    iniciativa privada e organizaes nogovernamentais;

    IX. Implementar subsdios direto, pessoal, intransfervel e temporrio na aquisio

    ou locao social, bem como criar instrumentos que possibilitem a insero de

    todos os segmentos da populao no mercado imobilirio;

    X. Reservar parcela das unidades habitacionais para o atendimento aos idosos,

    aos portadores de necessidades especiais e populao em situao de rua;

    XI. Compatibilizar o Plano Estratgico Municipal para Habitaes Subnormais

    (PEMAS) com as diretrizes estabelecidas neste plano;

    XII. Realizar periodicamente as Conferncias Municipais de Habitao para

    definio da poltica municipal de habitao, e para implantar o conselho

    Municipal de Habitao, democrtico e representativo, como instncia

    deliberativa, consultiva, propositiva e de assoreamento da poltica habitacional.

    O Diagnstico identificando a situao do Municpio na rea Habitacional no

    consta no Plano, assim como no foi previsto prazo para o seu desenvolvimento.

    O Plano no trata de nenhum Instrumento de natureza Fiscal, Regulatrio e

    Urbanstico vinculado a Poltica de Habitao do Municpio, assim como no estabelece

    uma estratgia de aumento da oferta de moradias na cidade pela interveno regulatria,

    urbanstica e fiscal na dinmica de Uso e Ocupao do Solo Urbano, tampouco define

    Instrumentos especficos visando produo de Moradia Popular ou Parmetros de Uso e

    Ocupao do Solo condizente com os princpios da Funo Social da Propriedade.

  • 17

    Com relao criao de Programas e Planos relacionados com a Poltica de

    Habitao, o Plano determinou de acordo com o inciso I do art.81: Elaborar o Plano

    Estratgico Municipal de Habitaes Subnormais (PEMAS), identificando seus diferentes

    aspectos, de forma a quantificar e qualificar os problemas relativos s moradias em

    situao de risco, loteamentos irregulares, favelas, sem-teto, co-habitaes e casa de

    cmodos, reas que apresentam ocorrncias de epidemias, reas com alto ndice de

    criminalidade, reas com solo contaminado, reas de preservao ambiental ocupadas

    por moradia, de modo a garantir informaes atualizadas sobre a situao habitacional

    no municpio de Imperatriz, especialmente em relao ao dficit e s necessidades

    habitacionais porm no estabeleceu prazo para a elaborao do plano citado acima.

    Os princpios e objetivos que visam ao articulada com os nveis de Governo

    Estadual e Federal foram tratados apenas no inciso II do art.81, como uma ao

    estratgica da Poltica de Habitao: atuar em conjunto com o estado, a Unio e a

    Caixa Econmica Federal para a criao de um banco de dados de uso compartilhado

    com informaes sobre a demanda e oferta de moradias, programas de financiamento,

    custos de produo e projetos. E ainda no Inciso VI: Agilizar a aprovao dos

    empreendimentos de interesse social estabelecendo acordos de cooperao tcnica

    entre os rgos envolvidos.

    O Plano instituiu um Fundo Municipal de Habitao Popular no inciso III do

    art.81, porm no foram determinados Instrumentos voltados para a Poltica

    Habitacional com destinao de recursos para esse Fundo.

    De acordo com o inciso III do art.81: Foi criado um Sistema Municipal de

    Habitao, a ser regulamentado por lei, composto de trs partes articuladas:

    a. O rgo gestor e operador do sistema;

    b. O Conselho Municipal de Habitao;

    c. O Fundo Municipal de Habitao Popular;

    A Poltica Habitacional do Municpio aplicar os recursos advindos da

    valorizao imobiliria resultantes da ao do Poder pblico preferencialmente na

    produo de unidades habitacionais para a populao de baixa renda, com qualidade e

    conforto, assegurando nveis adequados de acesso a servios de infra-estrutura bsica,

    equipamentos sociais, de educao, sade, cultura, assistncia social, segurana,

    abastecimento, lazer e recreao. (Art.82)

  • 18

    No foram definidos critrios de gnero, etnia/raa ou de outras polticas

    afirmativas na rea Habitacional, porm com relao aos Instrumentos e Mecanismos

    de Controle Social na rea de Habitao foi previsto a criao do Conselho de

    Habitao (alnea a do inciso III do art.81).

    As definies estabelecidas na Poltica de Habitao no so auto-aplicveis e

    com relao s metas concretas estas no foram estabelecidas, considerando que no

    foram definidos prazos para a implementao das diretrizes encontradas nessa poltica.

    3.3 Poltica de Saneamento Ambiental

    O Plano no trata da Poltica de Saneamento Ambiental do Municpio de

    Imperatriz, sendo assim no h objetivos, diretrizes e tampouco definio sobre a

    titularidade municipal do servio, ou sobre o papel do municpio na gesto dos servios.

    O Plano no traz nenhuma indicao de privatizao dos mesmos e muito menos

    informao relativa ao contrato com a prestadora de servios

    O Diagnstico identificando a situao do Municpio na rea de Saneamento

    Ambiental no consta no Plano, assim como no foi previsto prazo para o seu

    desenvolvimento.

    O Plano no trata de nenhum Instrumento de natureza Fiscal, Regulatrio e

    Urbanstico vinculado a Poltica, assim como no define instrumentos especficos

    visando universalizao do acesso aos servios de Saneamento Ambiental.

    No foram estabelecidos Parmetros de Uso e Ocupao do Solo condizente

    com os princpios da Funo Social da Propriedade, e tampouco a definio de uma

    poltica de extenso da rede de servios de Saneamento Ambiental para as reas de

    Expanso Urbana.

    No foram definidos prazos, para a preparao do Plano de Saneamento

    Ambiental.

    No foram previstos princpios e objetivos que visem ao articulada com os

    nveis de Governo Estaduais e Federal com a Poltica de Saneamento Ambiental.

    No foi previsto a criao de um Fundo especfico de Saneamento Bsico de

    Imperatriz, assim como no h definio relativa ao Oramento Municipal,

    determinao de prioridades de investimentos, definio de obras ou investimentos

    concretos na rea de Saneamento Bsico.

  • 19

    No foram definidos critrios de gnero, etnia/raa ou de outras polticas

    afirmativas na rea de Saneamento Ambiental, tampouco foram definidos Instrumentos

    e Mecanismos de Controle Social na rea de Saneamento Ambiental de Imperatriz.

    No h como analisar a auto-aplicabilidade das definies estabelecidas na

    Poltica de Saneamento Ambiental, considerando que estas no foram tratadas no Plano.

    3.4 Poltica de Mobilidade e Transporte

    A Poltica de Mobilidade e Transporte foi tratada no Plano como Poltica de

    Transporte no Art.83, sendo (...) entendida pelo conjunto de objetivos, diretrizes,

    metas e instrumentos de ao capazes de gerir a movimentao e deslocamento de

    pessoas e cargas.

    Segundo o Plano no art.84, a Poltica de Transporte, tem como prioridade (...) a

    valorizao da coletividade e do interesse pblico sobre o individual, bem como a

    promoo de melhorias na funcionalidade e na segurana dos sistemas rodovirio,

    ferrovirio, fluvial, areo e de circulao de pedestres e bicicletas, de maneira a

    assegurar a mobilidade urbana pela circulao e o acesso de todos os cidados e

    cargas a todas as regies do Municpio de Imperatriz.

    As diretrizes gerais ou especficas para essa poltica no foram estabelecidas no

    Plano, porm determinou no Art.86 a criao do Plano Integrado de Transporte, (...) a

    ser regulamentado por lei especfica, coordenado por rgo municipal e elaborado

    pelo Poder Executivo Municipal com a colaborao dos operadores de transportes,

    empresas e entidades privadas do setor, e rgos competentes do Estado e da Unio.

    Segundo o Art.87: O Plano Integrado de Transporte ser desenvolvido com

    abordagens gerais e especficas, de forma a contemplar todas as modalidades, com

    solues de curto, meio e longo prazos e dever dispor a respeito de circulao viria,

    segurana dos sistemas operacionais de transporte, terminais de transporte e

    passageiros, estacionamento de veculos, ciclovias, bicicletas e vias de pedestres,

    sistemas e integrao de transportes de carga e de terminais, solues para situaes

    de emergncias e ainda aes voltadas para locais e momentos de eventos especiais.

    O objetivo geral do Plano Integrado de Transporte foi definido no Art.88, (...) a

    melhoria contnua da movimentao e do deslocamento de pessoas e cargas, a criao

    de meios e garantias de segurana da populao, implementao do transporte coletivo

    no municpio, a produo de campanhas de educao, e o incremento da integrao

  • 20

    entre Imperatriz e outras localidades do Estado e do Pas, especialmente os municpios

    vizinhos.

    Segundo o Art.89: O Plano Integrado de Transporte dever criar um sistema

    de circulao municipal, envolvendo anis de transporte, corredores urbanos,

    ampliao e renovao viria, hierarquia viria, o sentido virio, e ainda mecanismos

    de utilizao e aproveitamento das vias.

    A Poltica de Transporte de Imperatriz no abordou os Sistemas Modais do

    Municpio, assim como no definiu o sistema modal prioritrio, porm o 1 do art.89

    determina que: A Hierarquia Viria abranger anis virios urbanos, corredores

    primrios, secundrios e especiais, vias coletoras, e faixas de circulao de transporte

    coletivo, reas de embarque e desembarque, reas de carga e descargas,

    estacionamentos, paradas temporrias e vias para bicicletas e pedestres.

    O Diagnstico identificando a situao do Municpio na rea de Mobilidade e

    do Transporte no consta no Plano, assim como no foi previsto prazo para o seu

    desenvolvimento.

    No foram estabelecidos Parmetros de Uso e Ocupao do Solo condizente

    com os princpios da Funo Social da Propriedade, e tampouco a definio de uma

    Poltica de extenso da rede de servios de Transporte para as reas de Expanso

    Urbana.

    O Plano no trata de nenhum Instrumento de natureza Fiscal, Regulatrio e

    Urbanstico vinculado a essa Poltica, assim como no define instrumentos especficos

    visando universalizao do acesso aos servios de Transporte.

    O Plano no determinou a criao do Plano Municipal para o Sistema Virio,

    porm de acordo com o art.91: Ser criado o Programa de Segurana Viria de

    Imperatriz, com o objetivo e proteger a populao de acidentes e propiciar maior

    segurana e criao de um terminal fluvial

    No h existncia de Princpios e objetivos que visem ao articulada com os

    nveis de Governo Estaduais e Federal.

    No foi previsto a criao de um Fundo especfico para os Transportes ou de um

    Fundo de Desenvolvimento Urbano.

    No h definio relativa ao Oramento Municipal, assim como no h

  • 21

    determinao de prioridades de investimentos, definio de obras e investimentos

    concretos na rea transportes.

    No foram definidos critrios gnero, etnia/raa ou de outras polticas

    afirmativas para a Poltica de Transporte, porm com relao aos Instrumentos e

    Mecanismos de Controle Social na Poltica de Transporte de Imperatriz o 2 do art.91:

    O desenvolvimento do programa de Segurana Viria ter a participao dos poderes

    legislativo e executivo municipal, de entidades no governamentais e da populao em

    geral na elaborao, implantao e realizao.

    As diretrizes estabelecidas na Poltica de Transporte no so auto- aplicveis.

    Com relao s metas concretas o art.90 determina que O Plano de Transporte dever

    promover meios para a implantao da nova estao rodoviria, melhoria do terminal

    ferrovirio e criao de um terminal fluvial., porm no estabelece prazos.

    3.5 Poltica de Meio Ambiente

    A Poltica Municipal do Meio Ambiente de Imperatriz foi tratada Ttulo V

    Das reas Verdes, Espaos Livres e preservao e Conservao do Meio Ambiente

    O art.63 determinou que: A Poltica Ambiental no Municpio corresponde s

    diversas polticas de gesto e Proteo Ambiental, de reas verdes, de recursos hdricos,

    de saneamento ambiental, de drenagem urbana e de coleta e destinao de resduos

    slidos, e pressupe:

    I prioritariamente a busca e a proteo de qualidade de vida, recuperao,

    preservao, conservao das paisagens e dos recursos naturais e equipamentos

    ambientais dos Municpios.

    II a atuao em defesa da fauna, da flora, do solo, do subsolo, da gua, do ar e das

    obras, instalaes e atividades que, potencial ou efetivamente, atuem como agentes

    modificadores dos ecossistemas naturais existentes no municpio.

    III aes, intervenes, projetos, programas e planos especficos, ampliao e

    adequao dos instrumentos administrativo, tcnico e humano do Poder Executivo

    municipal, e estmulos s iniciativas privadas e no governamentais para este fim;

    IV a preservao e recuperao dos recursos hdricos, crregos, riachos e rios

    existentes no municpio, atravs de leis complementares, aes, intervenes,

    projetos, programas e planos especficos;

  • 22

    V a instituio e o aprimoramento da gesto integrada dos recursos hdricos no

    municpio, contribuindo na formulao, implementao e gerenciamento de polticas,

    aes e investimentos demandados no mbito da bacia do Rio Tocantins e no

    conjunto das suas reas de proteo e recuperao de regies produtoras de

    mananciais;

    VI o estabelecimento de metas progressivas, articulando os diversos nveis de

    governo e concessionria, para a implementao de programa de regularidade e

    qualidade no sistema de coleta, afastamento e tratamento de esgotos, principalmente

    em assentamentos isolados perifricos;

    VII a criao do Conselho Municipal de Gesto de Recursos Hdricos, a ser

    regulamentados por lei, compostos por representantes de rgos pblicos estaduais e

    municipais, da iniciativa privada e da sociedade civil.

    Pargrafo nico: O Conselho Municipal de Gesto de Recursos Hdricos tem

    como competncia gesto da demanda e da oferta de gua, assegurando o

    desenvolvimento das condies bsicas de produo, regularizao, disponibilizao e

    conservao de recursos hdricos necessrios ao atendimento da populao e das

    atividades econmicas do Municpio, atravs da elaborao de um Plano Municipal de

    Gesto dos Recursos Hdricos.

    O Plano no estabeleceu diretrizes para a Poltica do Meio Ambiente de

    Imperatriz, assim como no foi previsto prazo para o seu desenvolvimento.

    O Diagnstico identificando a situao do Municpio na rea do Meio

    Ambiente, assim como a compatibilizao do Planejamento Territorial com o

    diagnstico ambiental, tambm no consta no Plano.

    No foi previsto a criao de um Fundo de Meio Ambiente e suas fontes de

    recursos, assim como no h definio relativa ao Oramento Municipal, determinao de

    prioridades de investimentos, definio de obras e investimentos concretos na rea Meio

    Ambiente.

    O Plano no trata de nenhum Instrumento de natureza Fiscal, Regulatrio e

    Urbanstico vinculado a Poltica de Meio Ambiente do Municpio, assim como no foram

    determinados instrumentos para viabilizar as diretrizes dessa poltica ou de Instrumentos

    especficos visando a Sustentabilidade Ambiental.

  • 23

    A criao do Plano Municipal de Meio Ambiente, seus objetivos, suas diretrizes

    e prazos no foi determinada no Plano, porm foi determinada a criao do Plano

    Municipal de Gesto dos Recursos Hdricos no Pargrafo nico do Art.63, e ainda foi

    determinado no Art.110 que No prazo de 120(cento e vinte) dias aps a aprovao

    deste Plano Diretor, devero ser revisados pelo Executivo Municipal os cdigos (...)

    Ambiental.

    Os princpios e objetivos que visem ao articulada com os nveis de Governo

    Estaduais e Federal com relao ao Meio Ambiente no foram previstos no Plano.

    No foram definidos critrios de gnero, etnia/raa ou de outras polticas afirmativas para

    a Poltica Ambiental, apenas foi definido como Instrumentos e Mecanismos de Controle

    Social na Poltica de Meio Ambiente no inciso VIII do art. 63 a criao do Conselho

    Municipal de Gesto de Recursos Hdricos, a ser regulamentados por lei, compostos por

    representantes de rgos pblicos estaduais e municipais, da iniciativa privada e da

    sociedade civil.

    E ainda no Pargrafo nico do art.63 determina que: O Conselho Municipal de

    Gesto de Recursos Hdricos tem como competncia gesto da demanda e da oferta de

    gua, assegurando o desenvolvimento das condies bsicas de produo,

    regularizao, disponibilizao e conservao de recursos hdricos necessrios ao

    atendimento da populao e das atividades econmicas do Municpio, atravs da

    elaborao de um Plano Municipal de Gesto dos Recursos Hdricos.

    As diretrizes estabelecidas na Poltica de Meio Ambiente no so auto-

    aplicveis, e com relao s metas concretas somente foi previsto criao do Plano e

    do Conselho Municipal de Gesto dos Recursos Hdricos de Imperatriz, mas no foram

    estabelecidos prazos para essas aes.

    6. Poltica Metropolitana

    Ainda que o Municpio no faa parte de Regio Metropolitana, est includo na

    Aglomerao Urbana Imperatriz.

    4. SISTEMA DE GESTO E PARTICIPAO DEMOCRTICA

    O Plano trata da Poltica de Planejamento e Gesto no TTULO XI, e define no

  • 24

    Art. 101 sendo um (...) conjunto de metas e instrumentos que articulam as diversas

    modalidades de atuao da administrao Pblica Municipal, mediante processo de

    planejamento, implementao e controle de carter permanente, descentralizado e

    participativo, como parte do modo de gesto democrtica da cidade para a

    concretizao das suas funes sociais.

    De acordo o Art. 102 o Sistema Municipal de Planejamento e Gesto, compem-

    se de:

    rgos do planejamento

    rgos de gesto

    Conselho da cidade

    Conselhos setoriais

    Conferncias de polticas urbanas

    Debates e audincias publicas

    Iniciativa popular de lei

    Referendo e plebiscito

    Oramento participativo;

    No foi definida a criao de Fruns entre governo e sociedade para debate de

    Polticas Urbanas.

    Com relao criao de conselhos o art.103 diz: Fica criado o Conselho da

    Cidade de Imperatriz, a ser regulamentado por ato do Executivo como rgo de carter

    deliberativo, consultivo, propositivo e de assessoramento no que se refere a polticas,

    programas e projetos globais e setoriais no mbito do Pode Executivo Municipal.e de

    acordo com o inciso VIII do art.63 determina: a criao do Conselho Municipal de

    Gesto de Recursos Hdricos, a ser regulamentados por lei, compostos por

    representantes de rgos pblicos estaduais e municipais, da iniciativa privada e da

    sociedade civil.

    A Composio do Poder Pblico e Sociedade do Conselho de Imperatriz foi

    determinada no art.104: O Conselho da Cidade ser composto pelo prefeito e secretrio

    da Administrao Municipal indicados por ele e por representantes da sociedade civil

    organizada eleitos entre seus pares, no formato tripartite, assim distribudos:

  • 25

    1/3 (um tero) de representantes do Poder Pblico Municipal;

    1/3 (um tero) de representantes de entidades no-governamentais, construdas

    por entidades de classe e afins ao planejamento urbano, entidades empresariais

    e ambientais e instituies cientificas e econmicas;

    1/3(um tero) de representantes dos movimentos sociais organizados;

    De acordo com o art. 105 foi atribudo ao Conselho da Cidade de Imperatriz

    deliberar sobre:

    Plano Diretor;

    Plano de Governo Municipal;

    Plano plurianual;

    Lei de Diretrizes Oramentrias

    Lei Oramentria Anual

    Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo;

    Cdigos de Obras e Edificaes, Posturas, Transportes, Ambiental e Tributrio;

    Planos, programas e projetos de desenvolvimento urbanos.

    Segundo o art.106 A coordenao geral do Planejamento e da gesto ser

    realizada pelo rgo Municipal de Gesto e Planejamento, juntamente com o Conselho

    da Cidade.

    De acordo com o art.109: Compete ao rgo Municipal de Gesto criar um

    Sistema de Informaes Municipal. esse Sistema dever conforme o 2 do art.109

    (...) publicar periodicamente as informaes analisadas, bem como coloc-las

    permanentemente disposio dos rgos informadores e dos usurios.

    A Participao da Populao e de entidades representativas dos vrios

    segmentos da sociedade na formulao, execuo e acompanhamento dos planos,

    programas e projetos de Desenvolvimento Urbano foi prevista atravs dos Conselhos

    Setoriais: Sero organizados conselhos setoriais, a serem regulamentados por lei, que

    tero por competncias deliberar sobre o processo de elaborao, controle e avaliao

    das atividades de planejamento e gesto pertinentes ao mbito de sua vinculao

    temtica. (art.107)

  • 26

    O Plano no definiu obras e investimentos e tampouco os relacionou com a

    capacidade financeira do Municpio.

    No foram determinadas as formas de planejamento e execuo das aes no

    Plano.

    No foi previsto a reviso do Cdigo Tributrio do Municpio no Plano, porm o

    art.111 determina que: Aps a aprovao deste Plano Diretor, dever ser efetuada

    reforma administrativa da prefeitura aos objetivos, diretrizes, instrumentos e

    programas especficos previstos nesta Lei.

    5. CONSIDERAES FINAIS

    O Plano Diretor de Imperatriz no define prioridades de investimentos, no

    demonstra uma abordagem integrada das polticas, apesar da linguagem simples e do

    fcil entendimento.

    Com relao ao Acesso Terra Urbanizada, o Municpio de Imperatriz no

    determina objetivos e diretrizes especficos e tampouco metas concretas. Os

    Instrumentos de Poltica Urbana foram apenas citados e alguns foram remetidos para

    leis especficas, porm no foram estabelecidos prazos.

    O acesso aos servios e equipamentos urbanos de Imperatriz determinados no

    Plano trouxe diretrizes, objetivos e aes estratgicas, porm no determina programas

    ou traa metas eficazes, assim como no define prazos.

    Quanto ao Sistema de Gesto e Participao Democrtica o Plano determinou

    apenas a instituio do Conselho da Cidade, sua composio e as atibuies, porm no

    estabeleceu prazos para que entre em funcionamento, e ainda foi determinado a

    instituio do Sistema Municipal de Planejamento e Gesto.

  • 27

    REFERCIAS

    FUNDAO JOO PINHEIRO. Dficit habitacional no Brasil. . Acessado em 2009.

    IBGE-INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. . Acessado em 2009.

    IMPERATRIZ. Lei n 002, 14 de Julho de 2004. Dispe sobre a instituio do Plano Diretor do Municpio de Imperatriz, Estado do Maranho, e estabelece outras providncias.

    IPEA-INSTITUTO DE PESQUISAS ECONMICAS APLICADAS/PNUD-PROGRAMA DAS NAES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. . Acessado em 2009.

    PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHO. . Acesso em 2009.