Luís Miguel Rocha

Luís Miguel Rocha

As mulheres que influenciaram os papasO interior do Palácio Apostólico

O Papa implacável que transformou RomaAs forças de segurança do Vaticano

Os papas assassinadosA história do Conclave

E outros temas que apaixonaram os leitores do autor que mostrou o que está para lá dos altos muros do Vaticano.

Também publicados pela Porto Editora:

O Último Papa

A Mentira Sagrada

A Filha do Papa

Curiosidades do

Curiosidades do Vaticano

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AUTOR DOS BESTSELLERS A MENTIRA SAGRADA E A FILHA DO PAPA

Luís Miguel Rocha nasceu na cidade do Porto, em 1976. Foi técnico de imagem, tradutor, editor e guionista, até se dedicar em exclusivo à escrita. Publicou seis títulos: Um País Encantado, O Último Papa, Bala Santa, A Virgem, A Mentira Sagrada e A Filha do Papa. As suas obras estão traduzidas em mais de 30 países. O Último Papa marcou presença no top do The New York Times e vendeu meio milhão de exemplares em todo o mundo. Luís Miguel Rocha morreu a 26 de Março de 2015, em Viana do Castelo.

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65.

A correspondência de Francisco

Caixa de correio no Vaticano.

O primeiro ano do pontificado de Francisco impressiona. Tre-zentos e sessenta e cinco dias sem que passasse um em que o novo Papa não tivesse sido notícia. Desde a sua aparição na varanda da Basílica de São Pedro, onde pediu para rezarem por ele e com ele, que Francisco entrou nas boas graças de crentes, descrentes e não crentes. Mesmo os fiéis de outras religiões não deixam de manifes-tar o seu respeito e admiração pelo Pontífice que mudou tudo e não vai deixar pedra sobre pedra intocada.

Um dos medidores de popularidade, para além da afluência à basílica e à Praça de São Pedro que praticamente duplicou, e do

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óbolo de São Pedro (as contribuições dos fiéis de todo o  mundo para o Papa), que cresceu consideravelmente, é a correspondência que o Papa recebe. Se dúvidas existem podem ser apartadas. Só no primeiro ano de pontificado Francisco recebeu quase metade da correspondência que o Papa Bento XVI recebeu em todo o ponti-ficado. Todo? Os quase oito anos? Exactamente. É impressionante, não é?

Uma grande fatia dessa correspondência foi enviada, como não podia deixar de ser, por crianças. Aqui deixo alguns exemplos:

“Papa Francisco, a minha mãe diz que és como o Batman, só que vestes branco. Queria pedir-te que vestisses preto. O branco fica mal e depois não te levam a sério.” Tom, 10 anos.

“Querido Francisco, a minha avó foi para o Céu. Podes perguntar--lhe se viu a minha bandolete verde? Não a encontro. Muitos beijos para ti e para ela.” Martina, 8 anos.

“O meu pai está no Afeganistão. Podes dizer a Deus para os maus o deixarem vir a casa no Natal? Tenho muitas saudades dele.” Stuart, 7 anos.

“E  não te esqueças da máscara senão as pessoas sabem que és o Jorge.” Tom, 10 anos.

“Os meus pais gostam muito de ti. Se vieres cá a casa podes provar a carbonara da minha mãe.” Riccardo, 7 anos.

“Gosto do teu carro. Quando for grande vou ter um assim.” Fran-cesca, 8 anos.

“Papa querido, fala com o Pai Natal. Portei-me bem e o carro que eu queria era o vermelho e não o verde.” Andrea, 6 anos.

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